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I FILOSOFIA Honra e Vulnerabilidade 1 Em 1834, na cidade de Harburgo, um vem ebelo oficial do exe to, 0 bart von Tsutmansdortdesfiou un colega oficial, obaro ‘von Ropp, para um duel sobre um poema qe von Ropptinka ese te divlgado entre os amigo a respito do bigoe de von Tea. ‘mansdort dizendo que cle erainoe male csugetind que es pocia nose tinea parce do corpo de von rautmansdor tr ta gu lads rca entre os bares tia se origina d pal de ambos ‘ela mesma mulher, a condess Lodoiha, aviv de ols cna ‘sverdeados de um general polonés. Ineapazss de esaver suas dile- rengasamigavelmente, os dois homens se excontraram em um ‘campo nur subrbi de Hamiburgo, erm uma manhs de margo. Os ois Ievaram espades os dismal tisha chegada sistent anos ce rireram na uta ues epi 1 asontecimento ao era uma exes, Desde suas orgens na Tes renascents até eu fim na Primeira Guerra Mundial prt 2 do duel cxfou a vida de centenas de miles de europe $6 na Espanha, durante século XI fol espensie por cinco mil mor 1s. Quer vista pus era alertad para tomar ui cudado extra quando se dirigsse os moradores, para io ofender su hoa ¢ provocar um timulo.*Os dels acontecem todo dia na Espenhs, ecarou um personggem em uma psa de Calderon. Na Frans, emt 1608, lorde Herbert de Cherbury relatou que no havie"quase ‘enum homem qu vals um ahae que nfo tee maid out em um duel’ enguanto na Ingaterasusentavise que ningoém Podia serum calito até que ves "scado wu expat Embora os duclos 4s vezesfosem incitador por questoes de imporénciacbjtva 2 maivia inka sus origens em quests de honra menores eat insigiicantes. Em Pariser 1678, a homers, smatow outro que distera que seu apartamento er de mau gst. Em lorena, em 1702, um ferao aaabou com a vida de um prime que ‘havi acusdo de no entender Dane Na Fran, soba regincia de Filipe de Orleans, dois oficiais da guards lutaram no Quai des Tuileries pela propredade deur ato angors 2 (0s duels simboiz uma incapacidade radical de acredtar que nosso satus pode ser uma questo #6 nota, algo que deciimoe rndo revismos de acordo com ot ulgamentos varies de nosso piblc. Pas oducts, © que os outospensim del ero dnico fator que determiaars 0 que ele pode pensar de si mesmo. Ele mio Pode continua ser aceitivel x eu prpros alos quand oF gue ‘ream 6 acham maldoso,desonrado, covade fracas, tlo 08 efeminaéo, Sua auto-imagem ¢ tio dependente da opnido dos ‘outros que ele prefrira moter por umn bls ou um pipe de cap «a permite qu ideas desavorncs sobre cle continuassen 2 3 alojarna mente do pubic. ‘Sociedade ines inham fo da manuteno do tats, mais partcularmesteda "hone principal area de cada alo do ex maculino. Nas ldlas wadionais da Grésn a honra cra chamads rime; nas comunidades mugalmanas, sara ene os indus xe em todos os casos, ea ela velncia que se experave sistent. ‘Nas comunidades wadicionas ds Espana, para se digno de honra ‘um home ha ques fisiamente corso, emualment poten, predatiro em lao as mulheres ants dee casa eel depots do ‘asamento, capa de sstentar financeramenteeus fla eator- tiro bastante com sua espsa para garantir que ea i tvesse namoricos passages ou dormisse com outros homens. A desonra -avinha das proprasinfeagbes aos cigs, mas também de gual ‘ver reagaoinsfcientemente violets a uma injure de outa pes- son, Sealguémn ra diularizado na praga do mescadoousscebia ut ‘olbar ofensivo na rua eno exigia wma at, argument de seus ‘ofensores sera confirma, 3 Emborapossmosolhar de esguata para os que recortem &violén- cia para resoher quests de bon, nds compartithamoso aspect ‘maissigificativ de mentaidade daqueles que ofazens uma vulne sabilidsde extrema a9 devdém dos autos, Como o mas cabeyae quente dos delist nose auto-ertimaprovaelmente determine da pelo valor que os outs nos do, Dela ¢somente um exempla histricoforgade ei de uma disposi emocanal mais ives esuscetvel em regio a quester de stat, ‘Una necesiade intnsa dese bervsto pelos autos perdeu ponc de seu apelo em nosso senso de proridadesO mnedo de to aro que os expan chamavam de deshonada, uma categoria ‘jag. conctagtes contemporineas podem set mais bem aprecnis el leprimentementedesdenbosapalavz “fracasado pode nos acoslar tanto quanto fia com os pertonagene dae tragédias de Calder ou Lope de Vera. ‘Tero stats negado ~ por exemple, porque mio cansegulmnos angi certas metas profisionss foros incapazes de sustenta rosa familia € td dolooso para nés quanto o ra pra os mem bos de uma comunidde tradicional quesofriam depend de hows, ime, sharafou za oso Invulnerbiidade "Aca ds cuts & um og dessentredo demas par 2 veda edd ena ae” Sthopentauer Frere aaa 1381) "Ataea abo me die Nose pr! Ne dS’, sempre Sen independent (Chamior. Maxima 795) "No me gar a secede qe mea covet, mst et Jnguen eer ex posto les comin. Sees somes 80 poder ido deri” Epicet,Diewrar(e 1004.) 1 Napeninsula gegen inicio do qunto culo, surgi um grupo Ae indviduos, mits dees brbudos, que eran snguarmente ites do dessjo de status que atormentava seus contemporinens Esse, woos io se deiuavam perturba els consis pigs ‘materias de ma psio humid n soeedades ermancciam cle ‘mos diante de insulos, da desaprovaeao e da peniria. Quando Scrat iu ua piha de our e jas tendo leads em procs lis uss de Atenas, exclamou: "Vea quanta oss eistem que mio ‘queremos” Quando Alexante, 0 Grande, paso por Corint, vs ‘ow ofilsof Didgenese o encanto sentado sob uma vore, et 4 com tapos, sem nenhm diheir en sew poder Alexandee, © Ihomem mais poderoso do mundo perguntow secle pin fazer alg ma cosa para judo. "Sin espandeo filo, "se pe i do ‘amino, Esti bloqucando shi" Os soldads de Alesande eaar hotroriados esperando um srt da famosa ir de seu commandant Mas Alexandre limitou-se a ir ¢lembrow que, se ele mio f0ss¢ Alexandre, certamentegostaria de ser Didgenes. Anistenes soube ‘que mutes pessoas importantes em Atenas tinhamncomecado a logit. "Por que’ dss le, “o que ex fir de erada?™ Empedoces tinha uma consderaio semelhante pela intigncia dos outros. CCerta vee acendeu uma lamparins em plens luz do dis ¢ ise, enquanto ciculva com ela: "Estou procerando por alguém com, intl” Tendo obseevade Socrates Seriado no mercado, um ‘ranseunte the perguntous "No se importa em ser xingado2” "Por qué? Acha gue devo me resent se um an me eccear respon des Socrates 2 Nao € que ese filiofosenham dia de dr steno dferenga ene gentileza€zombari, sucess e fracas, Ele sinesmente encontraamy sma forma deencraraprte mais sombra da equa ‘ges ada devia so codigo dehonr tradicional segundo o qual o que ‘os qos pensam de ase deve deterniae o gue peaamos de ns ‘mesos todo inst sej certo ou no, deve nos envegonet. Relagdes de Honea visko Dos ovrRos. svroaMaces ‘ost ¢deinrado, > sou desonrao A los introdusie um novo elemento a0 relacionamento om opin plea um elemento que pode se visualiado como uma aia na gual todas a percepges publics jam posites ou gts, primeir tram de ser drigidas a ide ser avaliadas€ ‘pois envadas aut-imager com forga renovidesefoser verde eras ou. fosem fs, lngadas em nenhui rejuiena atmos. fea para que se dispersassem cm ue i os um dat de ombros, Os ‘ibfos denomiaram cs “raz CConsciénciaInelectual visko Dos ovrros AuTOuMAGEN Busou descrade Voce dsonndo —[TAZKO “Ai~ bu sou secitivel spear de mba image, Deacordo com a rgeas ao, um dada conelso deve ser consderada verdadia sc, soment se, advém de uma seine legica de pnsamentsfundamentada em premisss nic sis CConsideando a atemaitia © moddlo do bem-pens, 0s feos ‘comeyaram a tenia apoximar ae cetzas mattis objets & ve ten, Gras ano, nos status pod er exabelecdo ~ pro Punfam os fildsofos- de acardo com uma consign ntl, cemver deserabandonado ts caprichos eemogdes da raga do mer. ‘ado, E, seo exam raconal eels que foros trata injsti- mente pela comunidad, os fésofosreeomendavar que ni0 nos perturbissemes mas com o jlgemento do que faramos se vse ‘mos sido abordados por um louc ema intense de prover gue dois mais deo cnc, Em todas as suas Media (167 &.C), 0 imperadore fisofo ‘Marco Auréi, esocando-se plo mano instvel da poe romt- nm, lembrou-se de ubmete ratio quaisquer opines que ovine sobre seu carter esuasrealzagbes, ants de permitirque aetasem's ‘concep que tinha de i mesmo. “(Sua decéncia} no depend do festemuho do outros insist 0 fesofo-imperaor,eontetando assim crena ds sciedade de que s hone se basse na avait so das pessoas:"O que elogadotorna-se melhor Uma estrada tocna-sepiorse mio ¢elogads Equant a out, a0 mafia ut flor ou plana” En ez de se Jeiar sedi ao ouvir login 2 ‘nome ous retrar magoado quando ra insult, Marco recomen= va determinar su psiiobasetd em gum el mesmo sabia que ‘ra: "Sera que algu homem me desprezari? Deis se preocupat om iss. Mas 2 cidade no ser vse fazendo ou dzendo nada ‘quemeresa ser despreada” 4 Nio devemos deduzie disso que a condenag ov a censurs dos ‘outros invariavelmente ¢imerecida, Nose deve confundir dear ssalagio de nosso valor cago de uma concn intelectual com uma expectativa de amor incondiional. Av contro dos pas ou ‘amants, que podem nos vloizarindependentemente do gue fize- mote apesar de nossos feats, of floes continuam a apiar “rifrosa sew amor, 56 que m0 05 ertrog duvidosoeieacionas ‘que 0 mundo cone 0 rso de resort, Podem exit oases em ‘ueumaconsciéniaintlctual eis ie ssamoe mais ombrios «em ilagho ands mermos do que os outros foram Em vz de rej totalpente uma hierarguia de mies e frase flosofia apenas sconfigura proceso de avalaio.els empresa legtimidadea ein

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