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Presidéncia da Republica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juridicos Lei de Introdugao as normas do Direito Brasileiro. Mb Destestctid es LTOT i 186 RedacSo dada pela Lei n® 12.376, de 2010 © PRESIDENTE DA REPUBLICA, usando da atribuigdo que he confere o artigo 180 da Constituigéo, decreta Art. 19 Salvo disposigao contraria, a lei comega a vigorar em todo 0 pais quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada § 12 Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia trés meses depois de oficialmente publicada. (Vide Lei 2.145, de 1953) (Vide Lein® 2.410, de 1955) (Vide Lei n® 3.244, de 1957) (Vide Lei n® 4.966, de 1966) (Vide Decreto-Lei n° 333, de 1967) § 2 (Revogado pela Lei n° 12,036, de 2009), § 32 Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicag&o de seu texto, destinada a correco, 0 prazo deste artigo e dos paragrafos anteriores comegara a correr da nova publicagao. § 4 As corregées a texto de lei j4 em vigor consideram-se lei nova. Att. 22 Nao se destinando @ vigéncia tempordria, a lei tera vigor até que outra a modifique ou revogue. (Vide Lei n® 3.991, de 1961) § 12 A lei posterior revoga a anterior quando expressamente 0 declare, quando seja com ela incompativel ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. § 2° Alei nova, que estabelega disposigbes gerais ou especiais a par das ja existentes, ndo revoga nem modifica a lei anterior. § 3° Salvo disposigéio em contrario, a lei revogada nao se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigencia. Art. 3° Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que ndo a conhece. Art. 42 Quando a lei for omissa, 0 juiz decidir 0 caso de acordo com a analogia, os costumes € os principios gerais de direito, Art. 5° Na aplicagdo da lei, o juiz atendera aos fins sociais a que ela se dirige e as exigéncias do bem ‘comum. Art. 6° Lei em vigor terd efeito imediato e geral, respeitados o ato juridico perfeito, 0 direito adquirido © a coisa julgada. (Redaco dada pola Lei n? 3.238, de 1957) § 1° Reputa-se ato juridico perfeito 0 j& consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. (Incluido pela Lei n® 3.238, de 1957. '§ 2° Consideram-se adquiridos assim os direitos que 0 seu titular, ou alguém por éle, possa exercer, ‘como aquéles cujo comégo do exercicio tenha térmo pré-fixo, ou condigéo pré-estabelecida inalteravel, @ arbitrio de outrem. (Incluido pela Lei n? 3.238, de 1987) § 3° Chama-se coisa julgada ou caso julgado a deciséo judicial de que j4 nao caiba recurso. (Inoluid pela Lei n° 3.238, de 1957) Art. 72 A lei do pais em que domiciiada a pessoa determina as regras sobre 0 comego € 0 fim da personalidade, o nome, a capacidade € os direitos de familia § 12 Realizando-se 0 casamento no Brasil, seré aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e as formalidades da celebrago. § 220 casamento de estrangeiros poder celebrar-se perante autoridades diplomaticas ou consulares do pais de ambos os nubentes. (Redacdo dada pela Lein? 3.238, de 19571 § 38 Tendo os nubentes domicilio diverso, regerd os casos de invalidade do matriménio a lei do primeiro domicilio conjugal § 42 0 regime de bens, legal ou convencional, obedece @ lei do pais em que tiverem os nubentes, domictio, e, se este for diverso, a do primeiro domicttio conjugal § 5° - O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante expressa anuéncia de seu COnjuge, requerer 20 juiz, no ato de entrega do decreto de naturalizagao, se apostile ao mesmo a adogao do regime de comunho parcial de bens, respeitados os direitos de terceiros e dada esta adogao 20 competente registro, (Redacko dada pela Lei n® 6.515, de 1977) § 68 0 divércio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cdnjuges forem brasileros, s6 sera reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentenga, salvo se houver sido antecedida de ‘separa¢o judicial por igual prazo, caso em que a homologac4o produzira efeito imediato, obedecidas as ‘condigdes estabelecidas para a eficdcia das sentengas estrangeiras no pais. O Superior Tribunal de Justica, na forma de seu regimento interno, poderd reexaminar, a requerimento do interessado, decisbes ja proferidas em pedidos de homologagao de sentencas estrangeiras de divércio de brasileitos, a fim de que assem a produzir todos os efeitos legais. (Redacdo dada pela Lei n° 12,036, de 2009) § 7® Salvo 0 caso de abandono, 0 domicilio do chefe da familia estende-se ao outro cénjuge & aos filhos ndo emancipados, e 0 do tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda, § 8 Quando a pessoa nao tiver domiciio, considerar-se-4 domiciiada no lugar de sua residéncia ou naquele em que se encontre, Art. 8% Para qualificar os bens e regular as relagées a eles concementes, aplicar-se-a a lei do pais ‘em que estiverem situados. § 12 Aplicar-se-d a lei do pais em que for domiciliado 0 proprietério, quanto aos bens moveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares. § 22 O penhor regula-se pela lei do domicilio que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre a coisa apenhada, Art. 9° Para qualificar e reger as obrigagées, aplicar-se-4 a lei do pais em que se constituirem, § 12 Destinando-se a obrigagao a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial, seré esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrinsecos do ato. '§ 2 Aobrigacdo resultante do contrato reputa-se constitulda no lugar em que residir 0 proponente ‘Art. 10. A sucesso por morte ou por auséncia obedece @ lel do pals em que domiciliado 0 defunto ou 0 desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situagéo dos bens. § 1° A sucessao de bens de estrangeiros, situados no Pais, sera regulada pela lei brasileira em beneficio do cOnjuge ou dos filhos brasileiros, ou'de quem os represente, sempre que no Ihes seja mais favoravel a lei pessoal do de cujus. (Redacao dada pela Lei n° 9.047, de 1995) § 2° Alei do domicilio do herdeiro ou legatario regula a capacidade para suceder. Att. 11. As organizagdes destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e as fundagdes, obedecem a lei do Estado em que se constituirem. § 12 Nao poderdo, entretanto ter no Brasil filiais, agéncias ou estabelecimentos antes de serem os tos constitutivos aprovados pelo Governo brasileiro, ficando sujeitas a lei brasileira, '§ 22 Os Governos estrangeiros, bem como as organizagbes de qualquer natureza, que eles tenham constituido, dirjam ou hajam investido de fungdes publicas, nao poderao adquirir no Brasil bens iméveis ou susceptivels de desapropriacéo. '§ 32 Os Governos estrangeiros podem adquirir a propriedade dos prédios necessérios & sede dos representantes diplomaticos ou dos agentes consulares. (Vide Lein? 4.331, de 1964 Art. 12. & competente a autoridade judicidria brasileira, quando for 0 réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigagéo. § 12 S6 a autoridade judicidria brasileira compete conhecer das agbes relativas a iméveis situados no Brasil. § 22A autoridade judicidria brasileira cumprira, concedido 0 exequature segundo a forma estabelecida pele lei brasileira, as diligénoias deprecadas por autoridade estrangeira competente, observando a lei desta, quanto ao objeto das diligéncias. Art. 13. A prova dos fatos ocorridos em pais estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar, quanto ao nus e aos meios de produzir-se, ndo admitindo os tribunals brasileiros provas que a lel brasileira desconheca. Art. 14. No conhecendo a lei estrangeira, poderd o juiz exigir de quem a invoca prova do texto e da vigéncia, Art. 15. Serd executada no Brasil a sentenga proferida no estrangeiro, que reuna os seguintes requisitos: a) haver sido proferida por juiz competente; b) terem sido os partes citadas ou haver-se legalmente verificado a revelia; ©) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessérias para @ execug40 no lugar fem que foi proferida; 4) estar traduzida por intérprete autorizado; ) ter sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal. (Vide art,105, |, i da Constituicto Federal), Paragrafo Unico. (Revogado pela Lei n°? 12.036, de 20 Art. 16. Quando, nos termos dos artigos precedentes, se houver de aplicar a lei estrangeira, ter-se-& em vista a disposig4o desta, sem considerar-se qualquer remisséio por ela feita a outra lei Art, 17. As leis, atos e sentengas de outro pais, bem como quaisquer declaragées de vontade, nao terdo eficécia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem publica e os bons costumes. Art. 18. Tratando-se de brasileiros, so competentes as autoridades consulares brasileiras para hes celebrar 0 casamento e os mais atos de Registro Civil e de tabelionato, inclusive o registro de nascimento e de dbito dos fihos de brasileiro ou brasileira nascido no pais da sede do Consulado. (Redacao dada pela Lein? 3.238, de 1957) § 1° As autoridades consulares brasileiras também poderéo celebrar a separago consensual ¢ 0 divorcio consensual de brasileiros, néo havendo filhos menores ou incapazes do casal e observados os requisites legais quanto aos prazos, devendo constar da respectiva esoritura publica as disposigbes relativas a descrigéo e a partiina dos bens comuns e a pensdo alimenticia e, ainda, ao acordo quanto & retomada pelo cinjuge de seu nome de solteiro ou a manutengo do nome adotado quando se deu o casamento. (\ncluido pela Lei n® 12.874, de 2013) § 22 E indispensdvel a assisténcia de advogado, devidamente constituido, que se daré mediante a subscrigao de petigdo, juntamente com ambas as partes, ou com apenas uma delas, caso a outra constitua advogado proprio, nao se fazendo necessério que a assinatura do advogado conste da escritura piblica. (Incluido pela Lei n® 12.874, de 2013) Art. 19. Reputam-se validos todos os atos indicados no artigo anterior e celebrados pelos cénsules brasileiros na vigéncia do Decreto-lei n° 4.657, de 4 de setembro de 1942, desde que satisfagam todos os requisitos legals. (Incluido pela Lein® 3.238, de 1957) Pardgrafo Unico. No caso em que a celebragao désses atos tiver sido recusada pelas autoridades consulares, com fundamento no artigo 18 do mesmo Decreto-ei, ao interessado 6 facultado renovar 0 pedido dentro em 90 (noventa) dias contados da data da publicago desta lei. (Incluido pela Lei n® 3.23: 1957) Rio de Janeiro, 4 de setembro de 1942, 121° da Independéncia e 54° da Republica. GETULIO VARGAS: Alexandre Marcondes Filho Oswaldo Aranha Este texto no substitui o publicado no DOU de 9.9.1942

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