Você está na página 1de 34
3 ESTRATEGIAS DE ENSINAGEM Al pessate@netuno.com.br ANASTAb TOU, Léa das Gragas Carrsigo eee Pessate. Procestos de enginagern ra hare Presbuposlos para ab eoakegras de Haballo em aula oe 5C: Univille, 2008 . ESTRATEGIAS DE ENSINAGEM 1 Nos diferentes materiais Publicados a respeito dessa temtic,temos encontradoo uso indistinto estes termos: estratégias ow téenicas. Aqui fadotaremes o termo estratégias comoa artedeaplicar ow explorar ‘0s meios. e condigSes favordvels © disponiveis, visando a efativagao da ensinagem. ci INTRODUCAO No quadro atual de imprevisibilidade, mudangas incertezas, deve-se continuar a attar na sala de aula como se fazia no século passado? Consiclerando que 0s alunos, a cada ano, chegam a universidade trazendo novas e diferenciadas experiéncias em sua histdria de vida, pode-se atuar na “formatacao” da aula utilizando os mesmos métodos que chegam com o descobrimento do Brasil e seguem propostos na Ratio Studiorum, de 15997 Como trabalhar as relagdes, os nexos, a ‘construgdo de quadros te6rico-praticos previstos nos curriculos universitérios, altamente complexos, superando a forma tradicional de relacio entre professor, alunos e conhecimento? Quais as formas, 0s jeitos necessarios? Nossa proposta situa oestudo ea andlise das estratégias de ensino e de aprendizagem diretamente relacionados a uma série de determinantes: um Projeto Politico-pedagégico Institucional, em que se defina uma visio de homem e de profissional que se pretende possibilitar na educagio superior;a funcio social da universidade;a visio deensinar ede apreender; a visdo de ciéncia, conhecimento e saber escolar; a organizagao ‘curricular em grade ou globalizante, com a uilizagio de objetivos interdisciplinares, por meio de médulos, agdes, eixos, problemas, projetos, entre outros. E nesse contexto que se constrdi o trabalho docfas] e queo professor se vé frente a frente com a necessidade eo desatio de organizé-lo e operacionalizé-lo. E também nesse contexto relacional que se inserem as estratégias de ensinagem. 3.2 CONCEITUACAO Uma primeira atengdo se volta aos termos habitualmente utilizados para se referir aos meios ou processos que © professor utilizaré na aula; encontram-se as palavras "écnicas”, “estratégias” ou “dindmicas” de trabalho em sala de aula, usadas como sindnimos. Para efeito dessas reflexdes, faz-se necessario pontuarmos aspectos referentes a esses termos * Estratégia: do grego strategia e do latim strategia, €a arte de aplicar ou explorar os meios e condigoes favordveis (68 — Processos de Ensinagem na Universidade € disponiveis, com vista a consecucio de objetivos especificos. + Técnica: do grego technikés, relativo a arte. Refere-se & arte material ott a0 conjunto de processos de uma arte, ‘maneira, jeito ou habilidade especial de executar ou fazer algo. + Dinamica: do grego dynamikés, diz respeito ao movimento ¢ as forcas, a0 organismo em atividade ou, ainda, & parte da mecénica que estuda os movimentos. Pelo citado, verifica-se a énfase na atividade artistica. Portanto, exigem-se por parte de quem a utiliza criatividade, percepgao agucada, vivéncia pessoal profunda e renovadora, além da capacidade de por em pratica uma idéia valendo-se faculdade de dominar o objeto trabathado. Qual o objeto do trabalho docente? Nao se trata apenas de um contetido, mas de um processo que envolve um conjunto de pessoas na construcdo de saberes, seja por adosdo, seja por contradigio. Conforme jé dito, todo contetido possui em sua logica interna uma forma que lhe € prépria e que precisa ser captada e apropriada para sua efetiva compreensio. Para essa forma de assimilasdo, que obedece AKasica interna do contetido, utilizam-se os processos mentais ou as operagdes do pensamento. Por exemplo, na metodologia tradicional, a principal operacao exercitada era a memorizagio; hoje, esta se revela insuficiente para dar conta do profissional de que a tealidade necesita Na metodologia dialética, como ja discutido, o docente deve propor agdes que desafiem ou possibilitem o desenvolvimento das operacdes mentais. Para isso, organizam- se 0s processos de apreensio de tal maneira que as operagées de pensamento sejam despertadas, exercitadas, construidas ¢ flexibilizadas pelas necessdrias rupturas, por meio da mobilizacio, da construcao e das sinteses, devendo estas ser vistas e revistas, possibilitando ao estudante sensagées ou estados de espitito carregados de vivéncia pessoal e de renovagao. Nisso, o professor deverd ser um verdadeiro estrategista, © que justifica a adogao do termo estratégia, no sentido de estudar, selecionar, organizar e propor as melhores ferramentas facilitadoras Para que 0s estudantes se apropriem do conhecimento. ESTRATEGIAS DE ENSINAGEM Processos de Ensinagem na Universidade — 69 ESTRATEGIAS DE ENSINAGEM 2 Para um aprofundamento, Sugerimos 0 estudo da diferenciago entre aspectos factuais, atitudinais, proce- ddimentais e/ou conceituais dos conteiidos. Vide ZABALA, Antoni. Como trabathar oc

Você também pode gostar