Você está na página 1de 8
ord el 1987, Cleon ra sh, ss i rc oa toe -AUTENTICAEDTTORALLTOA. ‘eon tees sme ters 1 ean Comat Ce Tas se ace rane rate cr) el a-ha se i, Introduce, {2o sofrment, Estos morads vives da stv, ‘Ader polca {Da violéncio De algumas interpretacdes om histéria da violencia Aleituca dos Ditos @ escrtos... Do quer. Un cbjetoftowico, Um objeto de historia. Auer no sco XV ertitetabalhar nasa rela 0 que mua o questioniioe fix entrar nu guerra €um acontecimento come of outro isto & cua apa « desaparipo nio so jamais dads deantemio, Analisndo asi fendmenos da quer, impedimos 1 nogio de invariant da guetta dese sobrepor sub-repticiamente a outros conceitose conseguvimoy ‘entrar ma intolerncia de sua fualidade ems advir, Nome de Lion! Richi rises pine de gue, ator exrevia com tera qu cr bom pre ae pr et fier, gue "i spracnigbs do istordors im tendénia + Teconcla, Fave se non emote els quando ons so tas geri a neariade e a onga nanoconia dicots «dn caus sinpley io 2 ger, a a suai, Poco slo pent qu “econ” for gue tem cali ev cxprimicaqula qu raps pica sundorcinesqecve infor. Cla et cle expe veo imerpret,poranto miso qe, nov expan, parce de una Gxier absolute: dia de gue» gues ir nexovelmence pare dh onpniato du cidaes. A gue de, € ua "owcur am jee que we ive Se admitimos uma das defines recentemente dadas pelo fbsofo jacques Ranciére (1995, p. 47) a propésito dos homens, fests “seres que engajam sobre palavrs um destino coletivo”,* povdemos propor algmas questOes regio que a histria mantém om as palavras dos homens A histéria cimentodo pela fala? Deixemos inicalmente deslizarevidéncias, ques que inter rogaremos mais tarde 1. Em toda primeira aproximacio, poderamos dizer que 2 fila ea omldade esto nanualmente contias no telao histéico, cle que esti encarregado de esabelecer uma temporalidade feta de acontecimentos, de continuidades ede ruptuas, comand aseu ‘catgo 08 to eos diveres humanos. © relato engole forcosamente ss palavras dos homens para dar fora uma aventerg humana {que se desdobta através do tempo, © sentido eo conhecimento se dizem entio pelo excrito do hisoriador encieregado de clasifcar de isola oftos, de devolvé-los 2 uma eventual coeréncia que provoca a inteligéncia do pasado para o Iitor. Nessa acepeio bas ‘ante tradicional da hintra, as palaves 5 precisam ser reconstituidas para serem eolocidat em gums ctagBes ou anedors fits para SEIT plc cs niu eg » lic, exemplifia, raze imagens, verdad ou ants, impress do veri: ea - 20 surgmeno de leu cilgor ou de amass deh ira muita diferente, poderiamos ainda ssentar : vobjacerte a tudo 9 que & ee a ii, aid mai fo fsie poaue na ren mma do-mundo, 0 Houve era amitos dos documentes sobre ox quis taba os istoradores fram esablecidos pela ago ora Fs meso anda sobreveo o crite a fx pderam enim ser consi dis, podes fim que ang histrica sempre teve por deer trac palo Da innit. verdad dx paiva, nina divide dos component, dos fiton, do excite dos acontecineton 2 histiia x ondem. Eno ae pave deuparecen par qu 20 ‘mesmo tempo se afte a dsordem dis parcladades, cera 6 murméro enundcedor e eabtice dete ue psc ds 3, Porque nfo dsr tamibém que & sempre posvel dear 2 hati omar on aconcimentos tvs de sc. ‘soind sen ics mero nce Sena Hs Por es ab oat ent capone oHstorado omou por term objets de post, como a hist don temas econo tices, aque da marnficareante ou do desenolvinen dos randescomércisimtemacioni, eo que wo necesita foram ‘mente do recurso expo paar, ou aes englaba esta sem procedments pecfio: a porge o hstrar, vlad pur + hemogeniaco, a inteses ena cer ica do perio bal poco solic pes euranera docu singular 0 eteépto da pales qe, acl, no fr pac do corpo dese racocni cla 2parico fra dvenio, peat ms um deri sequn cao, 4£ precio dar haga otras formas de ira agua ds smentalidaes, or exemplo, ou hts oc, ow aa sista socioelu lrencontam em seu camino numero doce ‘mentos que rancreven on evocam dizer Exes podem scr ak damete cscs ordenador ners cm oma dines de pena «eons de psc loi or xp © consencies, © abso, asto, o tamresivo, ct), © So “ ‘encontrare, no ints do Flat, resuridos de manera cars € Imetddia, specficando. comportamentos e aitades que tenbam fnfletide moos de relacio humana, portanto acontecimentos. A bistria tem condicdes dese finer a partir deses dere, regrupan ddovos¢restituindo-os a leitor, convertidos pea linguagem histo thadors, tabihadosereconduzides por sualineardade a estado de xporgdes bem construidas, As fas nfo io pasadas sob silencio, ligente da ecrturahistoriadora. as patsadas sob orevesiment Ahistéria dita répido demais Dito iso, sobre tis evidncis, é preciso saber volar, pois es aia hia pode er ct ip demi homem, enmadecio, Felizmente,»ataldade da histra(aguela que sobrevém em nosos ds) abrigt Histniadora novsinteeogacbescolocichs na gn~ tia E assim que a diciplina se abre a outsos caminhs,métodos © formas de exposgao. Ela o fiz fequentemente sob a injungio de utr dips, mas que por wrgéncia conjunturl (a hist € i ingtoca io sto sempre companies. Em soo exo, desde hi ‘Pouco, o singular, portanto o acontecimento de fla, vet Baer. 3 porta da relat histrco.” caro, nada € totalmente novo nesta materi, © no se eta de fixer agi uma histra da hstéria que reeordaria os momentos precios de inlexo a pin em rela asus mane de diet SG homem. a mulher, o devant, o magna, cur ondinirio ds ois ea ruptura do cotidiano. Que me permitam apenas lear Shqums nomes de ibsofos ede historadorespreocupados com 3 ‘sertura hitbrica com o har que ca pode cr gente inl. Celoco-os 3 ganel sei qn se exprimem em nives dierent © disenvolem sistemas de itepretario ditintos;pouco import, 3 “fecplins hitca eve que oul. Denso emt Michel Foucault com Slquns de seus ives ou artigos menos explorados que ot out como "A vida dos homens ines, Ft, eRe. A dene ‘er fails; Healine Bein, em que ils e plas festersuhos ‘Romolo cha bsg de Bet Dinan i, 19% singulrs, sio 4 substincia mesma da relleio histirica, Ac pala- ‘ra € 0s compos deslocam o sentido, a oralidade provoca quebras, a dessemelhanga singular € posta como primeira e dics, objeto de histriae sueico de verdade. Penso eambém em Michel de Cer- teaw em sun rflexto sobre a linguagem da posesa (A esta do atria La Psssion de Loudu). Evoco Paul Ricocur, em Tops € ‘nana, abalhando sobre narasio c hstia, Dow lugar Jacques [Rancizre, em Or nome da hii, dizendo as historiadores que les precisam dar conte dextravagnca eda “perturba da vida apreendi pea la" 1. Enteemos no coragio do assunto apoiando-nos sobre esta ‘scolha ~ antiga ¢ que fot minha ~ de tabslar sabre os arquivor de policia do século XVII para encontrar a fila dos mais despos- ssidos, dagueles que nfo sabiam cxcrever¢ dos quais encomtrasios fo trago escrito dis palayras que proferiram através dos dostiés de policia (Conservados sob forma mantscrita) que contém processor ‘verbais, investigages,interrogat6ros, testemunhos, confiontagbes, exc. Uma vez ulteapasadoo argumento segundo ql eis fs em arquivos sionecessariamente enviesadas,nio slo oreflexo do real e brincam demas de exconde-esconde com 4 verdad (0 hisoriador nfo € to ingnuo sabe alm do mais dstingui ene 0 verosieal ce3 mentca; pode tabalhirem meio a exas igure retrancrita tem acreditar estar diante de uma reiidadepassada que tera apenas que copia) para serem Fives, é preciso compreender que ees ragos de oralidade abrem para um decitfamento possvel dis manna de pena, de imagina, de ver das pessoas do povo, 40 mesmo tempo ‘que dis formas de sociablidade ede comportamentos cvs e poi- ‘cos. observatério social antoriado por ess falas, exes pedagos de respostis anotadas, esesfragmentos de frases subsritas di uma visio do campo descouhecido das rela cosidianas entre homens ‘emnullieres, pais filo, dos papéis desemspenhados por uns e outros fem todas a8 cirensincias, das relagdes de fees eas somsadas de poder microsc6picas mas reais que recobrem.o campo do prsado, ‘ cimpo econduiics eocal Axim, podemos, a partic deus fla, reconstrire dizer of modos de racionalidide regulam as pritics € a8 apes 08 cOdigos. 0 trangresivos) que egem as relacdes socas ou as regulam, set siomentaneamente seja de forma dradoura 2, Ble filam, conta, espondem, omitem, simula. en tem, dizem a verdade, mat, sabretado, eles no se definem porque ‘io simplesmente no mundo, ein porque esto entre cles evivem ‘ni face dos outros, com eles, em fice do poder e “num universo de repreentages uo indiferente 3 stages em que aquels se vem ativadse (Leer, 1995). Sua ils dizem o entre-dois,ovivercom ‘ou conta e ainda o viver-sem; suis ls dizem, ou 30 menos sge- rem, que nio se pode evita rele sobre 0 que pode se o acordo entre sditoe do tei ow 2 daca (Leer, 1995), Asim, estamos, sass palavras pronunciadss © encontadas peo histriador, num mundo onde e pode examinar modo como is pessoasseentendem, ‘ou io sobre asuntos eacontecimentes,€ 2 mancira come lags se fazem e se desfizen de acordo com processes mais ineperados do «que uma “histna sem palaves™ nos deisaia ces, O,sungimenca do ‘esti orl nos documentos hisérios povoca muasvezessaprest ‘desordem no exprito do historiader, pois orem das paavras io ‘sti forgouumeate do lado da Hncaidade © da estos sa. Alga Ima coi se devdoca do lide da defsagems, da uptura, que obriga a complesficar 0 relato hisérico ou a The devoleer cert aspereza ‘visivele interpretive, Nesa primeira fse, em que a linguagem das palsveasencontradsoferece ao hiriador uma desmuliplicagio de Sentidos que nfo esperava, hi uma primeira tarefi que consist em eclnar 3 yma 6 vero plural dos itineririossngulares © o singular ds semelhangs. Iso para introduze dessemelhanga, aguela que raz ‘com convigdo 8 semelhanga sua pure desconhecida, no obstante ineepretivel As fs, por momentos, cometem raps: o que ‘ein de inaudito, de isdlit, de do particular eestanho desigurs x tnidade das semethungsse aranha,desfigurando-o, 0 ost liso da consiruglo histrica, Pode-se eno afirmar que a imupslo da fla ‘as fonts historadorss& uma sore, é que waz, porsuaestraneidate “ntinsecs, novaeinterrogagBes, no apenas interpretaco dos acon- fecimentos hsricos mas 3 prpria tra do reat, 4, Tomar as fas como emergéncias novss, como aco (Paws, 1989}, fz cenamente o historador corer wm eee lAieyy eect et isos aque de ser afogado dicana dee individual, jutieandove Kipetameate pel perde ‘erence pla “quis da ideal ds expicage u S tomaam stonant oer revs Se soley inte um pos rigor, crdetement nose ata daa O acon com or srs aso oro os aqui de pl sci de ft ategio, Alero, nox dis seme do eno? ‘eento de senior eso por cute. Ee da ope {es conduzem 3 tas pee, nova pus ata en, mm orgmizago memo lin dessa em ee do pode, de et os deocaments que ca ent invena pas ome pars duce que o cca. Aomece por vrs que outs ane de ‘rp o mundo ale ene purr de eno prec tla inept ln pac prove © ue we be wore clan pot tre ou populares, mp ostream spl de prow, coe as amas clases poplars toga algo de auto do er, ak deem, deimprovivel ora prove ue exons Estas apres singular gana sid eo hierar oma o cao de ral nceantement 05 ups sc «vr acomeciments colios de que sio dependents sob mat fermas beni abaanent, ol tec conennena fis. sul). Econmamo-ion en, lenge do prigo can do, de que hotorador acinus tgs para cot ‘lito cmipatiao, cpu de etd e,porame e eran conecio d akesie B dao, ness condi, em que 6 dscusa do hixoadoe sv aera pls de oem ~ plo ho ev de paler roms, pela enoncalo i ditrenca que aigams cosa odo de homogeneitade, dana 0d conte perde. A pani de eno, poses peur pr que pet O demo, 9 exces 6 decontane tn ga de tabi sae {nck eugene ences en proces ae se "tems lon nh me pen om “ i uns a8 OMMRO. Slmplesmente, podemos responder, por ertnos aprendido, com Michel Foucault ¢ com a observacio do tempo presente isto © undo, al como conhecena no & xB, sips fmm, em gue todos a content eas Pats ‘ewe acae poco poco tags essencas sentido fia, vale pcre « dead. f, a0 consi, ana mide tk seomtecimentayenemalads [Acres que 8080 rates pO sobre ning profenday neces 6 {Hei pedis aos hstonadre pa os convencerem di ‘Mave vrei ten nic ecohee gus vemos ‘elt nem coondenas rigiauias {Eno hiro conheciment een ds enesiase thos descent, dt aur don dentures FOveAAT, 1994, 18) As cnergis os desilecimentos, a altura eos desbamentos leem-se frequenemente mis fils, no ido sudo por baixo da his toria, nos proptitos inGsculos, no.que quer se dizer « por vezes ddesmorona ants de ser formolado, no “menos” da histria Asim, {quando aparece uma enaniciag,& prec tena etudi-l no pouco de sua instincia, de sua irrupgio, © nio forgosamente a cada ver através de um encadeamento causil que a religara eventualmente to que a precede, A fl, em lugae de dustar 0 dicurso da histria ‘com um exemplo, vet Ihe causr problema, exigindo dela out relat dos fits eda acontecimestos, capar de inegraro descon- ‘inuo eo desfigurador, Prt ds palavas quel que fla (quando 1s fonteso permite) & 40 mesmo tempo interrogar de auto modo faquces que stio em relagio host ou familiar com ele, pois o ser falante “decorre” tanto de seus préximos ox de sua familia quanto os interroge, “decorte” tanta das formas de poder que o cercam ‘qnanto as provoca ou se aubmete a elas, inflectindowas por sta vez 4, Se € precisa sempre submeter a emergéncia dis paavrassin~ glares i coletivo que comém defini cada vez € i Iistéra da arsiculaio entre os ‘imentos coletivos ainda esti por fizer; ela aria um grande aporte 6s pois €sem divida uma das chaves de noso devi) Além do mais, outra questo, & neces refed sre o modo como o eerto hionador pode, de viras mane, destrer ou apagara fla. O ‘elit, porgue relat, disiala~ un & normal -, mas deve saber «ome dsimela «como aria exorezar demas a oradade, Pode, porexenplo, exrczara fils, renvando-ashtemutcament gates de abo demasiado simples que scabam por tor-a mda. E, entre ous ois, que exp Jacques Ranire, em Os nome da hist, a propio do hioradoe em fice da heres: enteetano, a respost do hitoridor& epi odecive da finde que recon dz todo exces de ils eu Iagar natu, 20 lar que dt compo a sua vor. "O que cle no quer conhecer, é heres: a vida desiada clo wet, vid desiach plo verbo” (Ranettns, 1983a, p. 149}, ‘Mahi outa manera de passa boracha sobre fila singule:& ‘ormindo-a to exterior, to epantos, eo Sipers que storm objeto de iscnaco ugar de etetingio abusva. Aa do ute tapouca ddeveser considera com agua do selva, do priniiv, do in- igen exco, 0 istorador tem o dever de bahar nua grande tens: aber quea la separaio, ber, 30 memo tempo, qe ea separaio nfo deve frgosmnte ser enteda, oad nem inter- pctada como se lbs on vss umm tara dacoabecidh«slvagem, tornadacatva pelo reat mocional eco ques pode fer del (Quando s ts dos pobes, ds reflex sobre wa congo, ete ico € grande: exosimeo dado x pals de pessoas plies, ra de inocénca que dels singe no mis dat veres podem conduct a deslecentosdesenido ea uma verddernfsornodaguces mesmos qu estudamos ede uc fizemos hia peso maner ess enso extrema para ier da fala aquca de ms aed un sé tempo sepa ul, desconcenante efi, to do singular busin de qualquer modo rote como conjuntoorgaizado eos outros seres fans. Vive, atid, entegve as propria © utr, al um éxodo de que o histor deve agate, tm inacabamenta gue va dha en ae ‘um loge histbricn 5, “Ex Sago com lugares conhecidor ox comuns, ou em exterioridade em regio 3 eles. “Ex” ctinha numa paisagem de fronteiss ‘acilantes que ohistoriador pode dematear. A esrtura deve entio {har lugares proprio para face orlato deses deserdaents © ‘lsesinacabamentos sm consrirautomaticamentestemas de fliagdo yencldgica ou de lugatesaproprados como a pts, 2 nacio, meio, tds nogBes pron para war, posts Para penstt tom ditngio todas s fs do mundo. “En” se condz de outro tmodo informa o lato ecapando frequentemente de unidaes omoggness demasiado bem cadss para ele, tas como o séulo, pais ea case. "Eu" devlasifiea E sm dvida a coexiéncia ate os lugares conjuntor ds casificaco e da deslasifiacio {lo racocinio e do destino que & wma histrianela mesma. A 6. precio teminar, Porn questo que volcom equa que alvez sen mesmo sbjacente 3 toda retexo sore a ora dea fogo litera nio & de gande ajods para uma hiss mais scotuad a se sem ils do qe com fs? O jogo dling edb ‘axgresio podtia ou romaneica nfo €aquele que melhor convém ar ajudar uma histra ae dizer completamente? As pales do {octtor nfo estio mas apts a dice 9 que se ds, espeitar ot ‘Tsvios ds ineriondade humana? Tomemor o Marguts de Sade (citado por Michel de Ceres em A exit de hist) dsinguindo thas maneiras de concer o bomen, a histia eo romance: burt de uma 38 o pints quando ele se fz ver, eentomo € ma cles [oo pincel do romstice, 0 conto, capa-oem su interior” (Manaus be Sane, 1966, TX, p16 Pensemos ainda na hits presene cnaguela, bastante recent, Aas guerns ¢ do genocidi: Primo Levi, Robert Antele, Jonge Semprun niodiseram, no diem melboro honor ea sujet que qualquer livo de ht? Quanto 3s testemunhas es viimss dh genio, cl ni interpearam fequentemente cs hivoviado- fey canna Je no ler em seus relatos mare indeléves devo foffimento? A fico, eit om, «temo nio so os lugares dos onde aor, por un do, eo reato do mal, por ou em un crelade em pata? Quem pode ~ deve ~ dizer 0 aro? A isa et dads areduzi-lo, 0 festemunho ¢ a ficg30 4 captilo sm para? A.esss questes, todas imenss, preciso responder. Uma cosa ura € a histéra alo-exto em competisio ca fice sdesses problemas, io dois gEneros nanativos que nio se confsn- dem, no se anulamn e tém, claro esi, necesidade em do outro [Nenhum dosdlois deve engolro out. Nenhum tem preemingncia ‘em regio a outro. Inti insist sobre a necessidade da literatura, cvidente e sem desvio, Da historia, € preciso dizer 0 4 relat indispensivel, pois nenbuma sociedde pode presen seu estate de veridicidadee dos protocolos de pesquisa que ase~ {guram sua coeréncis, sua fablicade, sa éica, Mesmo reormelads, revista incestntemente porque reinteerogada pelo present, 4 histria €, cada época, o relato ponderado dos acontecimentos, aquele que evita sus fieagio ea vergonla dis derrapagens fi grantes ow das dencgaier mortise, Una ver dito io ~ ¢ sobre © que todo mundo pode exar de acordo ~ resta pensar, apear de ado, a questo do lugar da orida- de, da fa edo “en” no relato ponderida, & evidente que a histria deve x prevalece conta todo reducionismo, eso nie € simples, E als um problema que se colocs a oxtrsdscplins,§soiologta por exemplo, Recentermene, Piere Bourdieu e uma pare desua equine ‘roueram sma resposta curios ent A midi do modo (1993) fara ‘mesma dest obra, eta de entrevista contrladas por tm quetonsxia ‘extreamenterigoroso, leva em conta fh de cutrem como suporte ‘esencial de uma demonstraco espantesa sobre a expresso dor € o sofimento, enunciada em muitos nives, ‘Bem recenterente, Jean-Frangois Laé ¢ Numa Murat, bbém socidlogos, escllein outro procedimento para responder 4 Uifeil quesio da consideraco do dziveVindiivel qve aparece 20 final das invewigagessociolégicas. Laé publica iniialanente rma revista Hyp (Lag, Muna, 1988, p. 65-75) ama novela, tndo por suporte 2quilo que no pide The servit ma andlive ponderads de sea trabalho sociolbgico. Precedeu-a de um texto que explic sa ‘escola seu procedimento: em fice do a ou “refgos" de toda invent relatos de outzem que no prderam entra em suas grades de erurs nem se ineyrarao ordenaento de eu cabo, decide no peedé-s, publicando-as sb forma de fgo teria e de novels. Mais ard, om Numa Mand, exereve um lveo, Les rit di malheur (1995), tunicamente composto de novel liters. O preficio precisa 2 inengio deles. Assim, escreveram dois livros; uma obra de socio- logia com suns investizagSes, um liv de novels com os refixgos de sue investigngbes A escolha é forte: ata-se de outea forma de ‘scesso ao Tea, dizem cls, wi real mais denso. Com eftito, pars les 0 relto pode “mais Ficilmente se acomodar is incoeréncias, hisncss,incompreensBes que surgem ma propa investigacio. O hhorizonte da literatura esl em melhores condigBes de Tevar ent conta a heterogencidade ds singularidades aqui sofredorss” (Lat Murano, 1995, “Preficio") [Na revista Exit, Jean-Frangois Laé escreve xclhendo a mad de expos da novel, quero ped vite nates de obuervagio um hyp de wacncia da scl, {gure dv enon seatineto, binalmente relgdos ‘aie, to do sero coomum oa poops cd otidano ‘Gro que rs da novels de develo ples uivesos Seventido ote tos emogS0 des, ampli um meio ‘A confissio & fort: mio hi lugar para emo Gals de siteragia ta enunciagosocioldgica. © socislogo. cli ewned enum “De minha pare, como hitoriadors, recuso que qualquer va~ cincia da hisésia me obrigue a eicelhera hterturapara que sejam dias as. fas deus. de- outros, Talvez por causa dest frase de Michel Foucaue (1994, p, 237-253) a propésto de textos color ‘TBF os arquivos do séclo XVI, vindes de testermunhas pores *Confeso que ess textos que surge subitamente através de doi séculos em aguilo que se chama uomalmente lieraara", Sobresado, porque {i's eonviegio de que Kira tem o dever de ser fetada ~ ‘mo fo dito mais acima ~ plas hi . scatimentos, seu lago com os sentimentos colevos. Se o historiador & “poeta do detathe”, como escreve Michel de Certeas, sua eseitura deve se obstinar eam seligar ox seres eat palaeas, em reconhecer "a iny- ‘riglo simbelica ma cidade [_] de eres flantes, docados de uma fila que nio exprime simplesmente a necesidade,o soffimento ¢ for, mas manifesta a inteligéncia" (Racine, 1995, p. 45, 47), seres que formam comunidade, A histéria © o politico obtém-se 4 este prego: scrtura histrica da fila ndo é um dessfialangado ‘itera, € um meio para designar diferenga, extabelecerredes de conhecimento, fazer de tal forma que of afstamentos entre as ‘angen, as zon ienciosse outas mais sombrias eam religados [enttes,lomeando os contecimentos 38 cesunis, oencivalamento s&s origens. Quando o cinestaarménio Pelechian filma multiddes, slguma coisa de uma identidade comem se desenha através dos movimentos de mulkidio em que a cimers mostra stossingulares ‘ransmiindo-se uns 0s outros, compondo uma vertiginosa pial ‘onde em seguda vai seer (seve) 0 ost de um grupo de homens de mulheres num momento particular de sua histirn. A cimera «diz movimento de conjanto sem jamais ter exquecido de mostar ‘© que partcularmentereliga um a0 outro, divide win e outro, cles priprios tornados to visiveis”" A histéra nfo € cinema, mas pouco importa, Por sua scritua, deve no fizer 0 réito ds singulridades, mae “cravat a fla no ‘corapo de seu dscuo, partir des raidide e de aua exisénca para trabalhar sobre os mites e dar igar aos “restos”, respeitando anto ‘fora de lugar de que sairam quanto a inguietntetenacidade com ‘que brocam a norma. A histéia, neste sentido, designa o presente "mame ei, Made Do acontecime Cap exist que enn fiz, sed \ichel Foualt (© scomtecimento que sbrevéa mem agrento ade perebida que nio tern nes nidadedém {do nome que se The dt Sua chegada w:medatnente purtihada por aguces quo receber, ow lard, 0 thuncam ¢ depois ard na memsiiateeriado, O aconteimento & iticlmente um poi e dexio posto em pedacss, ei para como ee € amas dos firapos de sua extéaca que o histor Se quer dar conta dele. Em face do acontecimentorb, ou edo, sti diane de uma asénci de orden: 8 carr, evebida através dos teton, don tented mages {Em si uma coloasio em relaglo, No doc um ich fotogifico, va mania de wbevi, dee, feet © depos da creas no por Gt pattie ‘su vola unde eaman de n ‘Assim, o,acontecimento seria

Você também pode gostar