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| «Sem ‘merge iy. 3-13 4 regra do mop dicta pplicuda 3 lei de Ampése determina ‘osinan peste e negative pars commen emvol vidas pla ee 2 perk, A sitgio € quel da Fig, 1-12, Este resultado, embora nao possamos estendé-lo mais do que iss0, demonstra 0 poder ¢ a elegncia da lei de Ampé- re. A situagio da Fig. 31-12 nao envolve a simetria que € necessiria para calcular explicitamente a integral de linha fechada no lado esqjuerdo desta equagio, Eniretanto. pelo Indo direito da equagao, podemos determinar qual deve ser o seu valor, Ele depende somente da corrente Nquida que passi através dt superticie delimitada pela curva amperia- na, Note a semelhanga com a lei de Gauss, Nela. «integral Ue E sobre qualquer superticie fechada depende somente a carga liguida englobada por aquela superficie Voltemos agora ao cas mais simples e familiar dé um fio retilinco longo, transportando uma comrente i, um ¢aso {que fem simettia suficiente dé modo que podemos usar a lei de Ampere para calcular o campo magnético B. Como mostra a Fig. 31-14, tomamos como curva amperiana um cireulo concéntrico de raio 7. Esta escoth nos permite ti- ‘ar otal vantagem da simetria cilindriea do problema, Gra- «as a ela, conclufmos que B tem o mesmo médulo B em {edos os pontos da curva amperiana circular. Results que BB é,em todos os pontos, iaagente aessa curva. (A simetria permitiria, também, que B fosse perpendicular a curva. Podemos mostrar que tais linhas radiais para B nde so ‘consistentes com a lei de Ampere.) Assim sendo, Be ds ttm a mesma dire¢do € o mesmo sentido ou a mesma diregdo-e sentidas opontos. Na aplica- 0 da lei de Ampére no precisamos saber qual dessas dias possibilidades &a correta, desde que usemos a regra da mao direita, discutida acima, para atribuir um sinal a cada eor- rente dentro da curva, Podemos, entao, supor que B «ds Fig. 31-14 Usendoa let cle Ampote para Jeterinar 6 campo magnét co efade pela vorreme que percorre umn fio reifivo longo. A eursa lamporian & in iteulo conc€atrico que se situa Tora do fio, LEIDE AMPERE 191 tém a mesma dirego € © mesmio sentido, de modo que 6 Angulo entre eles seja zero. Se a nossa hipdtese estiver er- rada, na solugio do problema. 0 médulo # apareceri com tam sinal negative indicando-nos o erro, Desprezando-se esse sinal ¢ dando a B sentido oposto ao de ds cortigice- mos a Fesposta, ‘Comegamos eserevendo 0 lado esquerde da lei de Am- pare como, Note que a ds acima é simplesmente a circunteréncia dla ‘curva amperiana circular. que & 2 77. A regra da mio di- feita nos datum sinal de adigao para a corrente da Fig. 31- 14 Assim, 0 lado direito dit lel de Ampare & + yf e te mos, enti BO2ar) = pi bat any ar ta & exitamente Bq. 31-8, derivada anteriormente — ‘com muito mais trabalho — usando at lei de Bio Sava. Alm disso, a auséncia de um sinal negative na By. 3-17 significa que © campo magneético B, em qualquer ponto dst curva. € realmente paralelo a ds, nesse caso. Assim as li- inhas do campo magnético circundam a corrente do mesmo ‘modo que a nossa trajtéria de imegragio, Tal sentido paras has do. campo € precisamente 0 que teriumos coneluide usando it regra da ido direita na Fig. 31-40, ‘A Fig. 31-15 mostra outra situagao na qual podemos aplicar uritmente a fei de Ampere. Ela mostra una segao transversal de um fio retilineo longo, de raio R. transpor- lando uma cortente fy unitormemente distribuida sobre a segio transversal do fio e emergindo da paigina. Que cam- ‘po magnético o fio ria, em pontos fora do fie e em pontos no interior do fio? Para pontos fora, para Os quais r >R. onde r é 0 raio da ‘curva amperiana. a resposta é dada pela Ey, 31-8. O efreu- amperes Fig. 31-18 Usando. le de Ampéve para deverminare campo magne co cfd por usa corree r num fi etlines Tonge ae se anv te saleinoulat. ® curva smperna es desea mo wrerion JOB Vek Fete es unitormemente distibuhdt sete nssyae trineveral do Ho emerge da psigina 192 ELETROMAGNETISNO Jo tracejado na Fig. 31-15 € uma curva amperiana, de raic + adequada para considerarmos pontos dentzo, ou seja, pontos para os quais r < R. A simetria sugere que Bé tin- gente 3 curva, como é mostrado, O lado esquerdo da fei de Ampere, novamente, nos dé Na determinagio do lado direito, notamos que a cortente i ‘que aparece na lei de Ampére niio é a corrente total i no fio. mas somente a fragdo da corrente total que esta englo- bac pela curva amperiana. Esta fragio& i, (ot r/arR°), de modo que « lei de Ampére nos di ae B2a7) = pyio, TR Resolvendo para 8 e ahandonando o subscrito da corren- fe para generalizaro resultado, enconteamos = (HL), 5 (ee) onde # represenia, agora, a corrente total dentro do fio. A Eq. 31-18 mostra que, dentro do fie, B & proporcional a r, partindo de um vaior zero no centro do fio. Na superticie do fio (r = R), a Eg. 31-18 reduz-se & méma expressfo oblida. fazendo-se r = Rna Eg. 31-8 (B = py i2 wR). Isto 6, as expressoes para o campo magnéti- co fora do fio e dentro do fio conduzern a0 mesine resuta- do na superticie do fio. G18) EXEMPLO 31-5 Ua fo retliaco longo de aio R= 1.5 mm anspor (a uma corrente consinle de 32 A, 4 Qual 60 ndulo do campo magnétieo na supertiie dof? Solugio Nese caso pedernes apticar tnt Eq, 31-8 comms Ey, = 1. Da primeira, com r= 1.5 10" m, temas a= dai | (A x 107 Tm/AV(32 ar Bae x 1m = 4g7 10 T= 43 4 (Resposta >. Qual ¢ 6 méduo do campo magnetic paar = 1. Solugio Tais pontes se envontram no interior do fia de modo que te» ros de aplicura Bg. 31-18. Obteines =e Oak eX 10-7 Poms) 8 AVL 10°) Bas 10" Fa? = SAL x 8 P54 0 esposts) ben Fora Biwt 2 7 7 Fone) Fig. 31-16 0 campo magnétco pars a condutor da Fig. 31-15. Exem- ‘10 31-5. tanen dente coro fora do ie A Fit, 31-166 um arético do campo mugnéico, dent ¢ fora do fi, [Note que ele aleanga sea valor miximo na supsticie do fo, 31-6 Solendides e Tordides OSolendide Voltemos agora nossa atengao para outra situagao com wm eo grau de simetria, em que a lei de Ampere ira mostrar- se util. Trata-se do campo magnético eriado pela corrente ‘nunva bobina helicoidal de fia, longa. enrolada compact mente. Tal bobina ¢ chamada de sokendide (Fig. 31-17). Supomos que v comprimento do solendide seja muito maior do que o diametro. AFig. 31-18 mostra uma segao através de um trecho de tum solendide “esticado”. O.campo magnético do solendide 1 soma vetorial dos campos criados por cada uma de suas espiras, Para pontos muito préximos a0 fio, 6 fio se com. porta magneticamente quase como um fio retitineo tongo, ‘eas linhas de B associadas a cada espira so praticamente citculos concéntricos. A Fig. 31-18 sugere que os campes tendem a se cancelar entre espiras adjacentes. Ela também sugere que. em pontos no interior do solendide e razoavel- mente longe do fio, B é aproximadamente paralelo ao eixo (central) do solendide, No caso limite de uit soferide ide- dl, infinitamente longo e que consiste em espiras estreita- rmchte espagadas de fio de seedo reta quadrada, 0 campo no interior do solendide é unitorme e paralelo ao eixo do solenide, Para pontos como P, na Fig. 31-18, o campo criado pela parte superior das espiras (marcadas por ©) aponta para a Fig. 31-17 Lin solendide wansponank una surcemte 2 Fig, 31-18 As linhas de campo magnétice numa xegio transversal ver~ Aiea ateavés do ino conta de um sokenside “estcade”. As paces pos ‘writes de cinco espias sao mestradas, Cada espra prez suas Pru imidades,finhas ce campo cireulres. Pronimo.ayeixodo solenvie, © campo magadtin resltane ess ae Fongo do ein. Nesta regio, es {ueiamento das lias de campo indica ey Forte campo magnetice, Do lado de fora do solendide as linhas de campo so largamenteespasadas: est regio © compe mite face, esquerda (desenhado proximo de P) e tende a cancelar 0 campo eriado pela parte inferior das espiras (inarcadas por ®). que aponta para a direita (ndo-desenhado). No caso Timite de um solendide ideal, 0 campo magnéticu fora do solendide ¢ zero. Supor que o campo externo seja nulo serd uma excelente hipotese para um solendide real, se seu com- primento for muito maior do que seu didmetro e se con derarmos pontos externos tais como 0 ponte P. O sentido do campo magnético ao longo do eixo do solendide & dado pela regra da mao direita, interpretada do seguinte modo: segure o solendide com a mio direita de modo que seus dedos sigam o sentido da corrente nos enrolamentos: seu polegar direito estendido apontars, entéo, no sentido do campo magnético axial. A Fig, 31-19 mostra as linhas de B para um solenside real, O espagamento das finhas de B na regio central mos- {ra que 0 campo no interior da bobina é razoavelmente for- tee uniforme sobre a seco transversal da bobina, O cam- po extemo, entretanto, é relativamente fraco. ‘Vamos aplicar a lei de Ampere, ge 8 = tie GLI) A curva amperiana retangular abed no solendide ideal da Fig. 31-20, onde B & unitorme dentro do solendide e zero fora dele. Escrevemos a imegral § B-ds como a soma de ‘quatro integrais urna para cada segmento do caminho: fade [op-as [iwae ra + G12) « [ima [ima LEIDEAMPERE 193 Fig, 31-19 As linhas de campo magaético para um soleadide wal de comprimento Finite, Nove que o campo forte e unifrmeem pnts s cone 2) mas eltivamente Fraco ém pontos esters ls Come Ps, A primeira integral da direita da Eq. 31-20 vale Bh, onde B € 0 médulo do campo magnético uniforme B no interior do solendide e h € 6 comprimento (arbitritio) do caminho dea até b. A segunda ¢ a quarta integrais sao nulas porque para cada cleiento desses caminhos B ¢ perpendicular ao ‘caminho ou é zero, ¢ assim B-dsé zero. A terceira integral. ‘eujo caminho de imtegracio estd fora do solendide. € ero porque B = 0 para todos 0s pontas extemnos, Assim sendo, para todo o caminho retangular. $B ds tem o valor Bh. A corrente liquid # englobada pela curva amperiana retangular na Fig. 31-20 nao é igual & corrente i, do solendide, porque esse caminho corta mais de uma expira Sendo 1 o niimero de espiras por unidade de comprimento do solendide, temos Fig. 31-20 Uma aplicago da ede Ampéve a uma sxe deur solenside Tengo ical eransportando us corre i, A curva amperiana Se retin ule ube. 194 ELETROMAGNETISMO que nos di B= nome slewoide idea (31-21) [Embora tenhamos derividoa Eq, 31-21 paraum solenside infinitamente longo, ela vale com boa aproximagao para solendides resis quando aplicada somente a pontos inter- ‘nos proximos ao centro do solendide. A fy. 31-21 & con- sistente com o fato experimental de que Bao depende do didmetro ou do comprimento do solendide e de que B & constante sobre a seco transversal do solendide, Um solendide fornece um meio pratico de se ubter un campo magnético uniforme conhecido para fins experimentais, da mesma forma que wm capacitor de placas paralelas forne- ce um meio pratico para odter-se win campo efctrice uni- forme conhecido. O Toréide A Fig. 31-21 mostra um tordide, que podemos descrever como um solendide encurvado na forma de um pnev. Que campo magnético & criado em seus pontos interiores? Pode- ‘mos determins-lo « pani da lei de Ampars e de certas consi- deragies de simett Pela simetria, as linhas de B formam efreulos concén- tricos no interior do tordide, como € mostrado ma figura ‘Vamos escolher como curva amperiana um circulo cone tric de raio re percorré-to no sentide hordrio, A lei de Aunpére (Eq, 31-199 nos dé {BM 207) = poiN, ‘onde f,éa corrente nos enrolamentos do tordide (e € posi- tiva) eV € 6 mimero total de espiras. Isto ds (G12) Ao contrario do que ocorte com o solendide, # nl € cons- tante sobre a segdo transversal de um tordide. E fell mos Cons amperians Fig. 31-21 Un toni tanspontando wna correntej, © campe magn fiew interno pode ser determinade upficando-se ales de Ampere mperiana mostra trar, com a fei de Ampere, que B = 0 para pontes fora de um tordide ideal Um exame minucioso da Eq. 31-22 justitica nossa afir magao anterior de que “um torbide & umm solendide encur- vvado na forma de um pneu”. O denominador na Eq, que 2 wr,é emesséneiaa circunferéncia central dotorside e Narr é exatamente 1, 0 ndimero de espiras por unidade de comprimento, Com a substituigio. a Eq. 31-22 reduz-se a B~ igi. 2 equagio para o campo magnético na regi central de um solendide. ‘O sentido do campo magnético no interior de um tordide uma conclusio da regra da mao direita: segure © toréide com os dedos da mio direita encurvados no sentido da corrente nos enrokumentos: seu polegar direito estendido aponta no sentido do campo magnético. (Ostorsides formam a caracteristica centeal de um sokamak, tum dispositive promissor como base para uim reator de fu- so, Discutimos sua operaedo no Cap. 48 deste Livro. EXEMPLO 31-6 Un solenide tem comprimemty L = 1.23 me dik metro interned = 3.55 cm, Ele possi cinco cimeals de ennamenton e850 espitascadae teusportauimscurrent y= 5.57 A. Qual ga via de Brean seu contro? Sulugio Du a, $121 D> pig = ee X 197? Ten /AN (5.57 AY (@ x toe) 125m = 242 1O-ET = 242 wi. Resposta) Nowe que # By, 31-21 se apica mesmo que o sokenside tena mas do lade enrolamentes. pore didmetn» dos enrolamen: 91-7 Uma Bobina de Corrente e suas Propriedades de Dipolo Magnético Por enquanto estudamos © campo magnético eriade por um fio retilineo longo, um solendide e um torside. Voltamos agora nossa atenydo para o campo eriado por ura simples, bobinu de carrente. Vimos, na Segao 3-9, que tal bobina se comporta como um dipoko magnético, visto que. qua do colocada num campo magnético externa B, softea a: de um torque dado por xB (31-23) ‘O vetor 1.€0 momento de dipolo magnético da bobina cujo mddulo vale NiA: NV é 0 timero de espiras; £6 a corrente na bobina eA & a drea limitada pela bobina. Lembre que 0 sentido de 72€ dado peta regra cia mao diri- ta; segure a bobina de modo que seus dedos da mao direita se encurvem ao redor da bobina no sentido da corrente; eu polegar estendido aponta, entio, no sentido do momento de dipole p. ‘Campo Magnético de uma Bobina de Corrente Voltamnos agora nossa atengho para outro aspecto da bob na de corrente que a caracterizat como um dipolo magnét co. Que campo magnétice cria no expago em tomo deka? O problema nao tem simetria suficiente que torne til a apli- ceagto da let de Ainpéze e, assinn, devernos usar lei de Biot Savart, Vamos considerar somente punts sobre 0 etx de ‘uma bobina circular, que escolhemos ser 0 eixo z. Mostra- remos, mais adiante, que 0 médulo do campo magnético criado por uma de suas espiras & boi wa (al-24) Bey = onde R € 0 saio da bobina circutar (de espiras estreitamente espacadas)e z€ a distincia entreo centro da bobinae o ponte em questi, Além disso. aditegio e 0 sentido de B sto idén- ticos ao do momento de dipolo magnético da bobina. Para pomtos axiais muito afastades da bobina. temos = > R na Eq. 31-24. Com esta aproximagao, a equagdo se reduz a wre a) = Ha Lembrando que a bobina ¢ composta por N espiras (muito certadas) cada uma subtendendo a mesma drea A = 7 R, podlemios escrever a equagao BG) = ou, uma vex que a = NiA e que Be px ém a mesma dire- 40 co mestmo sentido, podemos eserever esta equacdu na forma vetori 31-25) Deste modo, temos dois meios de olhara bobina de cor rente como um dipole magnético: ela experimenta um torque quando a colocamas num campo mazntico exter- no: ela gent seu préprie campo magnético intrinseco, dado, ara pontos distantes ao longo do eixo. pela Eq. 31-25, ‘A.Eq. 31-25 nos faz lentbrar da Eq. 24-12 para o campo eletrico mum ponto do eixa de um dipolo elérricu, que pode ser eserito P HO = ag 8 ena qual p é 0 momento de dipolo eléttico, A Tabela 31-1 um resumo das propriedades dos dipotos elétrico e mag- nético que estudamos até agora, A conjuntos de equagGes é impressionante. LEIDE AMPERE 195 Tabela Mt Algumas Equacies de Dipole Tipu de Dnere che Propriedde Dipole Eaagio Torque mumcampo Flee as Magnetic wat energia aur Eewico eampo eaterne Magnition Flewicw Wem pons habs Magaétivo Bie» = seas Prova da Equagio 31-24 A Fig. 31-22 mostra uma espita circular de rao R trans. portando uma corrente i, Considere um ponto P sobre oixo dda espira, a uma distncia z de seu plano. Vamos aplicar de Biot ¢ Savart a.um elemento de eorrente Tocalizado no lado esquerdo da espira. O vetor ds para este elemento pont perpendicularmiente para fora dt pagina, O angulo entre ds e 0 vetor ra Fig. 31-22 & 90°: plano formade por estes dois vetores é perpendicular ao plano da figura e contém reds. De acordo com a lei de Biot e Savart.o cam po diferencial dB criadlo por este elemento de corrente & perpendicular este plano e. assim, esta no plano da tigu- perpendicular a r, como mostra a Fig, 31-22 ‘Vamos decompor dB em dois componentes: Bao lon- odo cixo daespiracdtB_ perpendicular ele. Somente dB, contribu para o campo magnético total B no ponto P. Tal Fig. 31-22 Uma espa de gorteme de rar para determnar © camps cent espa, oR. Usa a ei de Bt €

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