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QA aC Objeto Sistema de Leitura Visual da Forma rs Snr) Derren a) Arquitetura Ean ret ecg Ivory on ence ery Artes Phisticas eee OMe Onc vr Joao Gomes Filho rere De acordo com a Gestalt, a arte s Ree ester ee CM Gan eae ect COC Pee OTe ETO re RCO TORC Ln CeCe nT ee ORM recon Tene rte Mors c nt e Cs ees D: Semi are ae harmonia Pee on ee Cone MeO re Ogee eC ampla do que aquelas transmitidas OES ee oe Mun Con TT Perea Cert cate: ea Crome CCL tn CERT eac OSes ecm S Rm certy Creme nt ica Co Cece Cc eee TE Tez Cen Reena eee TITLE COS POU Le DrRnar ere et Comoe ren Comer mere rN CMTC M rte Teme eect cece acme CUTIE OMIT I COvarTE Renee ecco Cenc mat ttre atual. Gestalt do Objeto constitui PEM eae monn re Cmte eS oman tan Dane aC eu CCMCSeT rs sentado um sistema de leitura visual CROTON CCC Ontos ELCs (ou Percepgio da (ciel eC Site eo DE TOMe La Cee CM TMC ES pessoas que lidam com a criagdo de Coe GRO E SE COMO sentados por quaisquer tipos de Eee eer Le Creer tes RT tLe Strme cnercarter eC nae Cry eee me UT eacte meee trados em atividades como Gestalt do Objeto Sistema de Leitura Visual da Forma {9 clementares da felicidade. Uma épocit que nao Amar e criar a beleza sko as condigdes 0 almeja permanece imatura visualmente; sua imagem é disforme, suas manifestagbes artisti- cas ndo si capazes de elevar-nos ’ 9 Walter Gropius Prefacio Av intencao expressa pelo autor, na obra Gestall do ObjetolSistema de Leitura Visual da Forma, demonstra claramente sua postura de profes- sor € pesquisador, atento is necessidades diditico-pedagégicas das artes visuais, Fruto de pesquisas © reflexdes, apoiadas em textos da corrente di Psicologia da Gestalt, testadas em suas aulas dos cursos de graduagao, extensdo e pos-graduago, reflete uma abordagem sist fe em sua metodologia de trabalho, Fundarientada por uma excelente bibliograt dos a dado com que 0 Professor Dr. Joao Gomes desenvolve e fundamenta sua conceituagio em linguagem inteligivel, acompanhada de intimeros exemplos extraidos do nosso cotidiano ¢ que grande parte das veze: ores © especialistas do setor, podemos veri nos passam despercebidos, Uma leitura atenta nos fascina ¢ tenho certeza de que 0 mesmo acon- tecerd aos leigos, aos profissionais, aos jovens académicos ¢ aos estu- diosos da area da percepgio visual. Esta obra, a partir de agora, seré uma valiosa bibliografia, que preen- Chera assim uma lacuna em nossas estantes de consulta e pesquisa, seja nas Artes Plasticas, no Design, na Arquitetura ¢ outros modos de manifestagd visuais. Atsresnede Pires Stephan Geta do Objeofsistema de Lele Visual ae: Apresentaciio A concep 1 do Objeto* teve coma fundamentacio ci os estudlos e pesquisas realizadas pela Escola Gestalt, no campo da Psicologia Perceptual da Forma. Foi desenvolvido deniro de uma estratura pragnvitica e objetiva, no sentido de propor estudantes, profissionais ¢, de modo geral, a todas ay pessoas que tenham interesse pelo assunto orientagdo por meio de informagies ¢ conhecimentos te6rico-conceituais para proce- der compreensao dos objetos, em termos de ansilise, interpretagio ¢ sintese da organizagio visual da forma. A idéia de ctiar este sistema surgiu em funga trés necessidades buisicas. A primeira, como re profissional na concep, projetos nas areas do Design Industrial ¢ do Design Grafico. Constatamos que muitos dos conceitos ¢ fatores da organizacao formal estudados pelos psicélogos da Gestalt coincidiam exa s ¢ pri- ticas projetuais relativas & concepgao de produtos com configuracoes formais fundamentadas nos principios de ordenagao, equilibrio, clare~ za ¢ harmonia visual, alicerces da formulacao gestiltica no campo da percepgio da forma. 9 de procurar atender a ultado de nossa expe- hossas preocupa necessidade surgiu. pela descoberta efetiva de que poderia ncar com a abrangéncia deste sistema de leitura para estendi lo, no so ao campo do design e suas diversas especializagoes, mas a todos os modos de manifestagdes visuais — de configuragdes bi ou tri- dimensionais — como, por exemplo, a arquitetura, as artes grificas, a8 meios de comunicagio social, as obras de artes, as configuragées ambien! artes plisticas de modo geral. A terceira surgi pela pripria condigao de professor ligado ao design © as artes plasticas, de almejar ¢ ter a esperanga de que este sistema, possi servir de apoio & educagio, preferencialmente em todas as areas de ensino, no que diz respeito @ propria formagio educacional das pes soas no modo de ver as coisas. Contemplando desde @ ensino bisico, com os primeiros passos da crianga (naturalmenie, guardadas as devi- cas proporgdes}, até ay fases subseqitentes de sua formagiio como adi * Ohjete pat eit dete vineraa ele evans, a terme comprrene ¢ parse a rgniicardequl para frente toda equa: ‘quer manifetagio visa de fara pase de er ld eénterpretada, 4 Pensamos que este & um aypecto educacional que nao tem sido levado, em consideragiio por quem de direite com a importincia que merece ¢, 0 que é mais lamentivel ainda, notamos que esta fal IS escolas voltadas ao proprio’ ensing profissional das artes fdades mencionados. maior 1S AOS Ci pos de tl Estamos de acordo com 0 professor Cactane (1) quando, jd nos anos. firmava: Acreditamos ser ideal que toda pessoa adquira uma edu cacao visual que a ajude a compreender methor, ¢ de mancira cons~ ciewte, 0 mundo material d sua vodta, irdependentemente de preconcei- tos ow de autros problemas relatives a fistores ¢ modismos ce orem cultural, condicionantes da nossa posture © sensibitidade mo mado de ner as coisas. Procuramos ainda, por meio deste siste mesmo professor, quando dizia que. determinadas tendencias que consideram a forme presa a contetidos couvencionaiy, onde, nat maioria das veees, se jilga a beteaa come water qualidade puramente subjetiva ("beleza nao se discuie’, “tude & relait- v0", ete desvinculaa de quaisquer parirnetray de avaliagdo abjetiva e de principios ow pracedlinentay intclectuais. a, reforgar 4 G0 do preciso desmistificar, também, Acted nas ¢ amos que 0 conterido deste sistema, que apesar de tatar ape -somente do universo da organizacao visual da forma, forme cera subsidioy conceituais: importantes para este objetivo, ainda mais amplo, que € a questdo da vivéncia de uma experiéneia estética, nao 6 para lruir o sentimento de beleza, mas também para produzi-ta diversas manifestagéies visuais, Isto posto, safientamas que 0 deste sistema de leitura vistal consiste, primordialmente, nos rebatimentos" das leis da Gestalt e de diversas outras categorias conceituais sobre a oryganizagio formal dos objetos. Enfatizamos que este modo ¢ procedimenta intelect com os rebatimentos & que di o sentido de origin: 2 este trabalho, Como se sabe, 08 exemplos dos estudos ¢ experimen- tos realizados pelos psicélogos da Gestalt tratam todas estes conecitos de percepgdo visual da forma, predominantemente, por meio de exem- plificagdes ¢ abstragdes sob a forma de figuras geometricas, conforme refletido na prépria Fundamentagdo Tebrica ca Gestalt. E, com relagio 8s eategorias conceituais — que diio suporte ao sistema — om repele, ressall » exemplo na literatura, porém no izado € processado como neste método, de operagio: \de cditismmo tio sistem mente, o sistema esta estruturade nos seguintes pasos: Jose Gomes Fil *Rebatimento: pena efeito deste sstenut, significa radusir conceinuayes ou formudagies absenitas & geametricas em aplzaties concituats prdteasopertdas sobre objeto nods exit ‘Gestalt do ObjetoSistems de Letra Views) 1. Conceituacao © exemplificagao pratica das leis da Gestalt, do signi- Ficado da forma e de suas propriedades © das categorias conceituais. Tudo isso levacio a efeito por meio dos rebatimentos sobre manifesta- Goes visuais fartamente ilustradas com i nagens de objetos contendo definigdes © comentarios adicionais, visando & sua assimilagio ¢ melhor compreensio, 2. Metodologia de como proceder 2 identificagaa dos conceitos, rectiva interpretagdo da forma de abjeto. 3. Colocagao de varios ¢ diversificados exemplos priticos de leitura visual da forma do objeto. Cabe lembr fornece um instrumental de an lise valioso © pragmatien, nao sé a Ieitura ¢ interpretacao da forma, mas também, como & dbvio, a propria coneepgio de (rabalhos. Constitui para 0 individuo uma hase de reflexao sobre certas aspecios de sua pritica projetual ou antistica, ao Fazer melhor uso do seu talen- incira mais consistente e organizada, aliado a seus pracessns 9 intuitivos. Ao exercitar este sistema, o individuo também ‘a natural, uma terminologia que muito o auxilia Fem seu relacionamento profissional com pessoas, clientes © empresas de modo ger ainda que este sistema to de ma de criag absorvera, de mane Gostaria ainda de observar que este trabalho se constituiu num esfor= 0 de sintese enorme ~ pois esta € uma linha de pesquisa extensa pela sua abrangéncia © seus temas inesgotavels —, juslamente para tors lo 0 mais objetivo e pritico possivel. E evidente também que continua mos pesquisando © quaisquer criticas © sugestées construtivas serao bem-vindas. Antes de encerrar esta apresentagde, quero deixar expresso meus agradecimentos a Faculdade de Belas Aries de Sao Paulo e sua man- tenedora, Febasp Sociedace Civil, pelo patrocinio da primeira edigio desta obra, Aos colegas que gentilmente cederam algumas imagens ¢, particularmente, a tres queridos amigos: Prof. Dra. Elide Monzéglio, que me induziw a esta linha de pesquisa (em uma de suas disciplinas no curso de mestrado}; ao meu orientador Prof. Dr, Lucio Grinover, que, mesmo sabendo scr esta uma pesquisa desenvolvida a parte dos meus abjetivos de dissertagao no mestrado e de tese no doutorado, nunca faltou com seu apoio ¢ incentivo, ¢ ad Prof. Mc, Aureshede Pires Stephan (Prof. Eddy), coordenadar do curso de Desenho Industrial da Faculdade de Belas Artes de Sao Paulo, gue avreditou no sistema ¢ 0 introduziu como uma das disciplinas regulares do curso. Coneluindo, gostaria de destacar que este sistema foi testado com sucesso mos cursos de graduagio © de pos-graduagio de Design Industrial ¢ de Artes Plasticas da Faculdade de Belas Artes de Sao Paulo © da Universidade Sao Judas, como disciplina regular de seus Fespectivos programas curriculares, Introducao De acordo com a Gestalt, a arte se funda no principio da pregnancia da forma, Ou seja, na formacio de imagens, os fatores de equil clareza ¢ harmonia visual constituem para 0 ser humano um: dade e, por isso, considerados indispensaveis — seja numa obra de arte, num produto industrial, numa peca grific ura ou em qu vera no corpo desta obra necessi- num edificio, numa eseul- quer outro tipo de manifestagio visual, conforme se Segundo Kepes (18), .. 0 mesma; vé-la como “todos” estruturacos, resultado de relacdes. Deivar de lado quaiquer preocapagéo cultural e ir proctura de uma ordem, dentro do todo. mportante & perceber a farma por eta ainda, de acordo com Dondis (3), captamos a informacdo visual de muitas maneiras. As forcas perceprivas © cinestésicas de natwreza fisioldgica sao vitais para 0 processo visual. Nossa maneira de perma necer de pé, de nos movermos, assim como de reagir @ luz, d escuridao 01 @os movimentos bruscos sao fatores importantes para o nosso modo de perceber e interpretar mensagens visuais, Todas essas respostas naturais © atuam sem esforcos; nio temos de estudd-las ¢ nem apren- der ad tas. -- existe uma correspondéncia enire a ordem que 0 projetista escolke para distribuir os elementos de sua “camposigéo” ¢ os pailroes de orga- nizagho, desenvolvidos pelo sistema nervoso. Estas organizagdes, origi ndrias da esinutura cerebral sao, pois, espontineas, néo arbitrisias, independentemente de nossa voniade © de quatquer aprendizado.{4) Em consona com 0 exposto, acreditamas que a tarefa do designer, do artista ou de qualquer outro profissional ¢ a de conceber ¢ desen— njetos que satisfagam as necessidades de adcquada estrutura formal, obviamente, respeitando-se os padres culturais, estilos. om partidos formais relativos e intrinsecos aos diversificados abjetas con cebidos, desenvalvides € construidos pelo homem. Pensamos que este objetivo possa ser aleancado tendo como referencia ¢ embasamento principal os estudos © experiéneias realizados pela Gestalt no campo da percepgio visual da forma © agora, modestamente, reforgado por este nosso sistema de leitura volver ol Finalmente, antes da colocacao da fundamentagao tedrica da Gestalt, um resumo da origem dessa importante Escol 18 a ee Escola Gestalt A Gestalt é unra Escola de Psicologia Experimental. Considera-se gue Von Ehrenfels, fildsofo vienense de fins do século XIX, foi o precursor da psicologia da Gestalt. Mais tarde, por volta de 1910, 1eve sew ini- cio mais efetive por meio de trés nomes principais: Max Wertheimer (1880/1943), Wolfgang Koller (1887/1967) ¢ Kurt Koffea (1886/1941), da Universidade de Frankfurt. O movimento gestaltista atuan principatmente no campo da teorka da forma, com contribuigao re ‘gems, intetigéneia, aprendizagem, meméria, motivacdo, conduta explo- ratoria ¢ dindmica de grupos sociais. Através de namerosos estudos ¢ pesquisas experimentais, os gestaitistas formutaram suas teoriars acer- ca dos campos mencionados. A teoria da Gestalt, extratda de wma rigo rosa experimentagio, vai sugerir uma resposta ao porque de amas formas agradarem mais ¢ outras nao. Esta mancira de abordar 0 ‘assuito vem opor-se ao subjetivismo, pois « psicologia da forma se apdia na fisiolagia do sistema nerveso, quando procura explicar a relacao sujcito-objeto no campo da percepeéo. radas da percepeao, tingua Como curiosidade, cabe acrescentar ainda que o termo Gestalt, que se goreralizon dando wome ao movieente, wo sew sentido mais amplo, significa uma integracdo de partes cm opesigae & some do “todo” F geraimente traduzido cm inglés, espanhal ¢ portugués coma estretura, figura, forma, Como curiosidace, em termos de Design ledustrial, 0 ‘ermo se vulgarizou significando “boa forma’. A seguir, transcreveremos uma sintese da “Fundamentagao Teorica da Gestalt”, extraida das obras de M. Wertheimer, K. KofTka ¢ W. Kalter — sobre a qual foi embasado cientificamente este Sistema de Leitura (revirada de um trecho da “Aula 30 — Plastica Ill” — do trabalho do Professor Cactano (5). Nesta (ranseri¢io literal, incluimos mais aligu- mas figuras ilustrativas com o proposito de reforcar ¢ tornar mais cla~ ia alguns dos exemplos da Teoria da Gestalt nto Gomes Filo Gesiale do Objeto/Siscema de Leura Wisual Fundamentagao Teérica da Gestalt A Gestalt, apdssistematicus perquisas, apresenta uma teoria nova sobre o fenime- tuo da percepeio. Segunda essa teorta, 0 que acontece no eésebro nia éidémtica ao ‘que acontece na retina, A excitagdo cerebral nao se dé em pontosisolades, mas por extensda. Nao existe, na percepedo da forma, um proces posterior de assclagao das wdrias sensagoes. A primeine sensagito jd & de fovma, jd é global e wnificada, No exemplo da ilusdo ele dvica (fig 1), a excitagda cerebral se processa em fungto da figunt toral pela relasio rectproca das suas wirias partes dentro do toda. Um retingulo nos parece maior do que outro, porque eles sto vistos na dependéncia de sua posicio dentro do angele. De mesma manei- ra, at linha superior nos parece menar gue a infe- rior (fig lah, as linkas obliquas nto parecem paralelas e 0s dots circles centrais, embora pare- cam diferentes, tom 0 mesino tamanbo (fg. 1b). Nao vemos partes isoladas, mas relagbes. Isto é uma parte na dependéncia de outra parte, Para a raossa percepeio, que & resultado de wma sensagao global, as partes sto insepardveis do todo ¢ sao ce eee outra coisa gue ndo elas mesmas, fora dese todo, © postulado da Gestalt, no que se referea escs relacbespricfiioligicas, pode ser asim definido: todo 0 procesco consciene, toda forma pricologicamente pereehida std estreitamenterelacionada com as forgasineegradonas do proceso fisioligicacere- brat. A hipitee da Gestal, pana explicar a origem desasforgasintegradaras, ¢atr- buir ao sistema nervoso central um dinarnisrno auto-regutadar que, & procura de sua Pripria etabitidade, tende a organicar as formas em todos coerentes ewnificados, Eosas organizagbes, origindrias dat estrusura cerebral, to, pois, espontineas, nda cognitiva, terminolagica ¢ os fundamentos cientificos: destas leis, para prosseguir na segunda etapa com a realiza leitura completa do objeto, utilizando, entio, as outras categorias conceituais. a assimila > da A segunda série, identificada por CATEGORIAS CONCEITUAIS, apre- senta um conjunte de exercicios levanda em conta as leis da Gestalt ¢ todas as outras categorias conceituais. Esta leitura completa se con- substancia na finalizagao deste sistema de leitura visual da forma do objeto. 107 Leitura Visual da Forma do Objeto* Leis da Gestalt Andlise da Estrutura Perceptiva do Objeto Unidades Principais: tr a figura se sere ga nas unidades forma uulo azul, gota verde © gota magenta, Segrega do circulo azul e nas duas gotas, verde e magenta. Boa continuidade: presentes nas trés unidades, sendo que a unidade azul, pela sua forma circu~ lar, apresenta continuidade perfeita Proximidade © semelhanca: presente nas unidades formais invertidas das gotas verde © magenta, concorrende para a unificagao da Bgura. © equilibrio dos pesos visuais homogeneamente distribuidos ¢ a harmonia absolutamen iados aos fatores de proximidade e semelhanga, promovem a unificagao da imagem. A Unificaga te ordena o invertida ¢ 0 alto contraste cromatico entre as duas gotas perturbam ligeiramente a unifi- cio, porém nfo alieram o padrio de boa qualidade formal da imagem. Interpretagdo Conclusiva Pregnincia da Forma A imagem do simbolo do Ying-Yang sintetiza praticamente os atributos da “boa Gestalt’: A ima gem possui um alto indice de pregnancia da forma por apresentar os atributos de equilibrio ¢ har- monia visual muito bem resolvides, redundando em fécil e répida leitura visual, “Ese exemplo demonstra un ececicio de leinara vival astante simples e dire, deseito de modo esquentico¢ ite- inizido seqiencialmente, abrangende cade lei da Gestalt A suit, vereaos um outro tipe de leeura fit de modo mais 108 Joo Games Fil Leitura Visual da Forma do Objeto Leis da Gestalt O banjo segrega-se em trés unidades princ nidades circula- res, apoio e fixator de c b) brago, constituide pelas subunidades de trastes ¢ marcadores musicais (pontinhos) e ¢) cabeca, constituida pelas subunidades de aberturas laterais ¢ cravelhas de afinagiio musical O instrumento apresenta, de forma geral, boa continuidade na maiaria das unidades mencioy sobretudo pelos Fatares de alinhamentos ¢ regularidades formais, apesar de possuir pequenas qui bras e interrupcdes nas configuragées dos elementos circulares, em funcao da sobreposi¢an de parte do brago € do fixador das cordas nestes, 0 fator de jento segrega diversas unidades for pelos varios dispositivos de fixagio e de ajustes (peque ¢ intemos do corpo; nas linhas configuradas pelas ¢ irregular configurado pelas cordas. Os fatores «le proximidade e semelhanga presentes nestas uni dades co nais coma, as circunferéncias configuradas 's hastes) dispostos nas circulos externos avelhas siluadas na cabega eno retangulo neorrem também: para proporcionar uma forte unificago do conjunto, Interpretacao Conclusiva Pregnincia da Forma A imagem do banjo, como um todo, se traduz numa alta pregnancia, em razdo da coeréncia de seu estilo formal e d e boa organizacio formal, simples, harmoniosa e equilibrada. Leitura facil e rapida. sual 2 109 Gestalt do ObjerSistema de Let Leitura Visual da Forma do Objeto Leis da Gestalt 1. Torre 2, Corpo central recuado 3, Volumes Iaterais-superior 4. Compo central-inferior 5, Wolumes laterais-inferior Anidlise da Estrutura Perceptiva do Objeto ado; 3, ‘a boa Este edificio segrega-se em cinco unidades principais: 1. torre; 2. corpo-centzal rex volumes laterais-superior; 4. corpo central-inferior e 5. volumes laterais-inferior. Apres continuidade nas diversas colunas que sio configuradas pelos conjuntos de janelas, em toda unidades. Sao também segregados intmeros retanggulos verticais pelo fator de fechamento senso- rial em todas as unidades, exceto na torre. Os fatores de proximidade e de semelhanga, eviden Ciados nas janelas ¢ colunas, concorrem para promover a unificacio da imagem do edificio Esta unificacao, embora homogenea até certo ponto, ¢ ligeiramente prejudicada em sua ortdens Gio pelo recuo, avango ¢ sobreposigao das varias unidades nos planos frontais do edificio ¢ tam- bém pela torre superior, cuja linguagem formal no se integra totalmente com 0 estilo formal do edificio, Interpretacdo Conclusiva Pregnéncia da Forma A imagem do edificio como um todo apresenta uma boa organizagao visual da forma, em fungao de um equilibrio estivel e de uma harmonia absalutamente regular ¢ ordenada. A pregnincia for- mal pode ser considerada alta, embora existam pequenas perturbagdes na unificagio do conjun- to que, entretanto, nao interferem nem prejudicam a leitura facil ¢ compreensiva do edificio, Interessante ainda notar que a perspectiva do edificio, com énfase visual de baixo para cima, toma sua posi¢ao bastante instigante visualmente,

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