Mas esta fico da capacidade de imaginar significa algo mais do que um deus que se esconde. O mais importante de tudo invisvel, pois so assim os pensamentos das pessoas. Eles so por si mesmos so invisveis, ainda que muitas vezes interessantes. Toda religio supe que o invisvel passeia fora do corpo, pois natural que os pensamentos no se encontrem nele enclausurados. O esprito sobrevive ao corpo, uma vez que verdades testemunhadas no podem morrer (?). Pense na experincia da linguagem que distncia e sans fil ocasiona terrveis efeitos. Assim poder-se entender essa fsica do invisvel ou do inexprimvel, prpria de selvagens bem atrasados. Creio que agora estamos mais preparados. Povo do Esprito! Assim Hegel chamou os judeus. Espinosa tenta superar a oposio entre o incomensurvel e o incorpreo e o cintilante claro na figura de J: Deus me deu, Deus me tirou. Bendito seja Deus. O
esprito reconhecido como se deve
pens-lo, se h o desejo de pensar alguma coisa. Qualquer pensamento comporta esprito. No h diviso. Parece que essa dupla norteia os tempos atuais e define o culto do Esprito. De agora em diante na solido e pobreza que se elabora o pensamento, mergulhado ainda na ignorncia de muita coisa. Cela de monge, dvida de Descartes, sala de Mallarm e outras tebaidas. No se pode esquecer a priso de Scrates. Assim aparece como valor supremo, a Subjetividade sem limites. H alguma incompatibilidade entre o Esprito absoluto e os reinos do espao temporal. Mas ainda estamos longe de Protgoras, Grgias, Prdico, se bem pagos... No se entende ainda a ideia de Pobreza, quando considerada como privao. Qual a convenincia de participar de riquezas ou de grandes negcios? Essa atitude destrona o Esprito? Alain se adianta ao falar da nobreza esfarrapada. Qual nobreza? At amanh, sem ressaca...