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MITOS E FBULAS XIII (1).

CAPTULO XIII O INVISVEL (pg. 196-199)

-1- Toda religio comporta o invisvel.


Mas esta fico da capacidade de
imaginar significa algo mais do que um
deus que se esconde. O mais importante
de tudo invisvel, pois so assim os
pensamentos das pessoas. Eles so por si
mesmos so invisveis, ainda que muitas
vezes interessantes. Toda religio supe
que o invisvel passeia fora do corpo, pois
natural que os pensamentos no se
encontrem nele enclausurados. O esprito
sobrevive ao corpo, uma vez que
verdades testemunhadas no podem
morrer (?). Pense na experincia da
linguagem que distncia e sans fil
ocasiona terrveis efeitos. Assim poder-se entender essa fsica do invisvel ou do
inexprimvel, prpria de selvagens bem
atrasados. Creio que agora estamos mais
preparados. Povo do Esprito!
Assim
Hegel chamou os judeus. Espinosa tenta
superar
a
oposio
entre
o
incomensurvel e o incorpreo e o
cintilante claro na figura de J: Deus me
deu, Deus me tirou. Bendito seja Deus. O

esprito reconhecido como se deve


pens-lo, se h o desejo de pensar
alguma coisa.
Qualquer pensamento
comporta esprito. No h diviso. Parece
que essa dupla norteia os tempos atuais
e define o culto do Esprito. De agora em
diante na solido e pobreza que se
elabora o pensamento, mergulhado ainda
na ignorncia de muita coisa. Cela de
monge, dvida de Descartes, sala de
Mallarm e outras tebaidas. No se pode
esquecer a priso de Scrates. Assim
aparece
como
valor
supremo,
a
Subjetividade sem limites. H alguma
incompatibilidade
entre
o
Esprito
absoluto e os reinos do espao temporal.
Mas ainda estamos longe de Protgoras,
Grgias, Prdico, se bem pagos... No se
entende ainda a ideia de Pobreza, quando
considerada como privao. Qual a
convenincia de participar de riquezas ou
de grandes negcios? Essa atitude
destrona o Esprito? Alain se adianta ao
falar da nobreza esfarrapada. Qual
nobreza?
At amanh, sem ressaca...

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