Você está na página 1de 2

Caso: Bijoe Emmanuel versus ndia

rgo emissor: Superior Tribunal de Justia da ndia


Nmero da aplicao: 870 de 1986
Tpicos: Liberdade de expresso, Patriotismo, Liberdade religiosa

RESUMO DO CASO:
O fato discorrido no caso aconteceu no dia 8 de julho de 1985, na cidade
de Kerala, na ndia, entre Bijoe Emmanuel e suas duas irms com as quais
aconteceu o ocorrido e o Estado de Kerala. O problema ocorrido envolveu a
diretora da escola que ordenou que o hino nacional da ndia, Jana Gana
Mana, fosse cantado nas salas de aula. No entanto, Bijoe, um jovem de 15
anos, e suas duas irms, Binu Mol (de 13 anos) e Bindu (de 10 anos) ficaram
de p, mas no cantaram o hino nacional. Adepto da religio Testemunha de
Jeov, no lhes era permitido fazer isso: seria uma forma de idolatria e um ato
de deslealdade para com seu Deus, Jeov.
O caso gerou uma polmica na diretoria da escola, a qual chamou o pai
dos alunos para explicar o fato ocorrido, acabando por permitir aos alunos que
frequentassem as aulas sem precisar cantar o hino nacional. Entretanto, um
dos funcionrios da escola ouviu essa conversa, a qual acabou chegando
Assembleia Legislativa de Kerala, levantando essa questo como falta de
patriotismo. Pouco tempo depois, um inspetor escolar ordenou que, se as
crianas no cantassem o hino nacional, a diretora deveria expuls-los e foi
isso o que aconteceu. O pai dos adolescentes recorreu em vo s autoridades
escolares para que seus filhos pudessem voltar escola. Ele apelou ao
Supremo Tribunal de Kerala, mas perdeu a causa. Assim, ele decidiu apelar
para o Supremo Tribunal da ndia.
Em 11 de agosto de 1986, o Supremo Tribunal da ndia reverteu a
deciso do Supremo Tribunal de Kerala no caso Bijoe Emmanuel vs. Estado de
Kerala. O Tribunal afirmou que a expulso das crianas por causa de sua f
religiosa consciente violava a Constituio da ndia. O juiz declarou: No h
nenhuma clusula na lei que obrigue algum a cantar o hino nacional. O
Tribunal tambm salientou que o direito liberdade de expresso inclui o

direito de ficar calado, e que ficar em p durante a execuo do hino nacional


j era um sinal de respeito. Por ordem do Tribunal, as crianas foram
novamente aceitas na escola.

Você também pode gostar