UDT - h adver vase 00 COrlauauo : Grceorvends « eeerteuweasad ‘Veco eee ae oe ee ee ee Uousdle €u aus 0 comsccie ecles se ushedenes € is codes cc wheusinca. Bb sano x0 siderm uewliniche , time con oasehvo 0 exeacumte oo Clas Vee Neowda on acuiuiagi> oe Ushns Pceenses oul O04 Stabe. Ce eee ee Ole ere ene ee ines Jems no séeuo NUE , tamsxcemmneo as CeUiges coucecios ea e800. Com 0 uredto 0 uctoe a coneuh, 0 aderm cootoidta Iee vA PD caseo ce exconsde “Venoo én vidle 4 WeCEssi@de se MeetanS ConeuLIESe « mies - Penns , 1s Whiscios evecwws sk Lawens 10 Iupeeousuo wo bee fae ee ors Vee uouadto soece 0 stam yoeoile , Qus sx totadleeizn Peo ua Se Peomnxgc Eu Séfe , crnce Noses Ayr Oavaie® ieotein cura! en aes! se rrebdews~ P@TTS , Qeaucne UILIEmes De Palos € ESPECIALIZDGoS BO MO -oe- 08m. hid DiIS6O , SUEEEM OS GNOES CONGLOVELDOOS inovetos vos EUM € wm Cueora A sueseweoceg ao Bieler icapiin \c Senite Carsett ces ee ine 1929 , tmzenco Graves Consc@ineres Pae O Conseco LWNOwL. Nebo 2 2? 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DevoeAss 1 - 0 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA CAPITALISTA Objetivos: Analisar o processo de desenvolvimento do capitalismo. 1 UNIDADE DIDATICA Il - ATUAL FASE DO CAPITALISMO: GLOBALIZAGAO E REESTRUTURAGAO PRODUTIVA 1. O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA CAPITALISTA A globalizagéo 6 usualmente definida como a atual fase do processo de expansdo do capitalismo, na qual se destacam, como aspectos principais, a ampliacéo da reprodugao do capital e do consumo. Tais efeitos esto relacionados a uma inédita aceleragao dos fluxos de informagées, capitais, mercadorias e pessoas. Esses novos arranjos geram uma complexa rede de relagées em nivel mundial, ocasionando uma forte interdependéncia entre os diversos atores econdmicos e politicos, bem como entre 08 diversos territérios. Perceber a globalizacdo como mais uma fase de expansao do capitalismo é um passo importante para que se construa uma andlise estrutural aprofundada do proceso. Assim, pode-se recordar que suas origens remontam ao inicio da expanséo maritima e da internacionalizago do capital entre os séculos XV e XVI, Nao hd como compreender a globalizagao sem percebé-la como resultado do processo de expanséo capitalista e, portanto, em interagao com a constituigéo do sistema colonial e uma estrutura de relagdes desiguais entre as diferentes regides do mundo. & por isso que muitos autores argumentam que a globalizagdo representa para a atual fase do capitalismo (fase “tecnolégica’), 0 mesmo que o colonialismo representou para a fase comercial do capitalismo (mercantilismo, séculos XVI, XVII e primeira metade do século XVIII) @ 0 mesmo que o imperialismo para as fases industrial e financeira do capitalismo (Revolugao Industrial, séculos XIX e XX). Resumidamente, pode-se afirmar que a fungao do colonialismo dentro da estrutura econémica capitalista foi potencializar a acumulago de capital e poder da burguesia e dos Estados-Nacdo, por meio da exploragao dos recursos das colénias e da expansdo das trocas de mercadorias. Nesta etapa, as metrépoles europeias buscavam controlar areas fornecedoras de matérias primas e comercializar produtos2 manufaturados. A América se constituiu na principal regiao provedora de recursos para © desenvolvimento das poténcias europeias. Ao colonialismo, sucedeu-se 0 imperialismo - ou neocolonialismo. Este se constituiu uma resposta as novas demandas de estruturag4o do sistema capitalista. A partir de meados do século XIX, os avangos técnicos associados a 1° e A 2° Revolug6es Industriais e a aceleragao do processo de acumulagao de capital geraram maior competigao nos mercados internos e externos das poténcias industriais e uma necessidade de expansao das fontes de matéria-prima. A concorréncia cada vez mais acirrada favorecia a concentragao de capital e a formagao de grandes empresas. O alto nivel de acumulagéo gerou uma quantidade de capital excedente nunca antes vista Isso, em associagao com a crescente saturacao dos principais mercados, desenvolveu uma nova necessidade estrutural de busca por areas de investimento para o capital em excesso. A partilha e © controle politico-territorial da Africa e da Asia se constituiram, portanto, um meio economicamente vantajoso de suprir necessidades impostas pela estrutura de desenvolvimento capitalista da época. Assim, as col6nias, tanto no colonialism quanto no imperialismo, assumiam a fungéo de sustentar o desenvolvimento das poténcias capitalistas, embora com especificidades em cada momento. Muitos autores argumentam que a conjuntura ideolégica, politica e econémica desenvolvida a partir da 2* Guerra Mundial torou 0 modo de explorago econémica do imperialismo anacrénico. Nesta conjuntura, o controle territorial através de ocupacéo militar direta se mostrou custoso politica e economicamente. As superpoténcias que se consolidavam, EUA e URSS, impunham uma ordem mundial renovada e livre das tradicionais colénias. A nova organizagao que substitui a exploragdo imperialista se institui pelo dominio dos aspectos econdmi controle @ regulagéo dos mercados, das instituigdes internacionais de poder e das . politicos e sécioculturais. Ou seja, pelo midias.[ay dasa Caeecen - Perioco Yw eo sie W No sec ST 2 sacar cGwe Gees Nacescecs amisles tcee\oeas 6 sm Exceaucs vigaveo AcpBae cou & HEGEUOUI SoS Cicanss Neen 0 coudeco com 0 ceiedte ~ oolena ueecn buds, a) Wheevergdo coucerpumdter va ecovou'e 8) R\ove20 ¢ cone eo Gis = Ql co ualos Gecci0s0s )_cxctosopzumetinmesmmemccnnans: - Cordccro terarsue : ees Creora. ee (esceavcs) CuowroWvens) Manco roo. (reoores kooeos | udieie- ewe) pel le - Peiuziecs cree So Séano Yuill - Revowes lwordberse - 1) vhissce 25 MQnvay Mioesucns € 4 Veco", 2) Groce conscicons 22 feosroemme a welyecza 2) tousdo 0 vowus ce MECCROOUnS SRoovz.eos 4) wccessiecce Se MERCADO coUWUIaDe = Gxeonedd 6 urudes me cares an temacoehs tecastes (reeves) © uwethuo (ga0co a vowe) —= ayucrlo co Crewugd cs Sessms € SENS = Qaeda POW a8 Pecado 25 eiacess seL0 bpeowo -Asso.se1s60 = couceto 20 Mais- Vara: becenrnccce Ceome Wes 20 GS LALO Gu CxS Se coup sorse0 eerie E tnsvhice a0 aso so Seu SenmE.co € Ince. POLBEO PEL COND GOs MEIOS De OeoD7csd , Giorrano Os dwceo Fee Bveeveso ~ Felons se uurba a suas Tues : Goemhe & LUGE micidlive € 4 CONGR Melo Oe s ecorcicore ——- eelahentinaimaaasts | ~ Sexcsa Go Lves coudecio € =o Oceevecco sos hanes srraunccsewsJe} Credeusnuo Travesion - Fer co Sw VE = wheoeveds ss sowe Hencas 6 ‘ovles <5 evcesa NO Pe0esss0 2s PO 6 ale oe eee es ~ Cévcia a SEeUIKGD BS EUPZEsAS —= duos thecmenssmctats n) SIEtUEha —e UruCka wa OcOdKed O22 19gD 2) Qiiutca. == novos exeunbos 6 omlzems 2) uoloecs 4 cousustéo whzena, ~ concoeeducia co Geeioco shee Yowecce Gonos Cueccsos —~ Y- S80 00 IwepeRDe@gio —* Yoermegio De MONOROUES Ov OLIGORSUCS - €xeouséc © Swoulgacio sos - MdI0e Necess'onbs £6 MUELCOEO COWSYUICCR ambiees - Seiwa. CONNIE 10 _IUPEereLisUO Eveeev wo. eee € Mo i. —e Coueceace se Beer ( 1864-1085). cndhiua eo covkwenke keecavo ~ cvsoueccio ox Dwisde Wheersciomar 20 beaeou.0 3) cordues + Secmeds cc smabieus - @eras 1 Motecuo eewonce ane 2) aokdacios lugeeoustas : ivoustemuzcccd § ecomouras ~Gelévcos worsleas Koea oa Cxeom : 1) Sees » exearcss teeeboewe + courmo criheo ¢ unto. —» Thy vans ( 4894), Coecra ( 1930) € Marcrsere (1261) 2\ Fun ahiecse Mierke so hutescs ae ~ Baveos ASsvuEN oO Cneer C= Fiwawciesoees Sa. eee mmevsleor = euesos se bemssxoermu €u Scammes aSwiun 36 carila seeeko = Comece coesenqss —= Linkegds ma Lives —- Ceeeiss 1009 —= Coleco onsen 4 whcene emis wo ecouome (ev: ‘New Dear” wos CUA, Povo as covsled sc Ose Bees < Eunos Pe0axcds cou visas 2 een? ei ap exsaieesco|SoKearateiCa\ers eean plernetaa(C concn Soca evitoe as cL) Ses SB Suteercomg> See ee ee Pema , Pevericieucclo € oslasugd Caclers Moca ed\ec cusecses con nilas so solanmeciuci to 6 im ecq0 COMMA —> bnBigod Sa Lives concoeesacia Cnenoueree care ee cece a coat oe ea ee ee < dvou €4 Dueesos Eou0s 2 Ecovauo —» Gaeolio a= leeo uso— Cowerouctocos 3s Jeouseoeman Gero wousl: eu Uv) nee ones - Yim co 2! Gyeres Wwuooe » 1) aeclengso so Paeaus worse wo Freee. \ Me ree oreees ee 2) recs coronas via Meee c 25 hse uA < uRss fyiie\acne | erent Beye ed tee een ang Ss Cee aillecee apt a cache aas agcames a= ID « 26d 1) inasgtenbeemnmoecmmen@annnio cnestica). soe vem Peas 2) Yuxo Yimawcceo Sem vEcESsOone ¥isiea CO S104 eO 3) houeslo 2s connsciuesto AGeEGano sos Peooilas : ema Ne NECES Sid08e2e trio - B= - O8ea _ Quouticaaa. i commcciuen\o sc 1scoeecen to seeloeio —= Prices eescswowieos « PaS Coe am eucenm\cs —e wooe exccla cou Covales € homage sosec. becnorosies I Qevowse lovslaat —~ coeuk Pei ed ete oa aon 3! Qavowess lworcher = commeruerto ( oiclews Desens 26 Uuiveesien ges € cenleo 5 Gesmneos ~ becmonowes a) Te Qxs lewodecos - Tmeccen P10 CHIP => Avaxes won telzcouwnitacoes (salévkes & i800 ee € Geeerciaucstc os snes (Tr) ~ Neorseeosuo: semteu vua mkceusugsd iow oo Celaso e/ tsseqvene A esheuccne uovclsern ¢ 2 Uves comoeedncia (0 sickemo nde se sdloeecuin Se Soome esmitavza) ¢ cexevccn wweclves €) coud sc Ws nc Oneeincs wnuo is woldeos —> coer 26 swogtes 3) Pecvec eu TmssA € Cougs D Liwuo ve Ua lacsn <= 2 Qecowege Ivooer (1810 - 1933)fel Sas as lle Os oe O toyotismo é um modo de organizagao da produgao capitalista que se desenvolveu a partir da globalizagao do capitalismo na década de 1980. Surgiu no Japao apés a II Guerra Mundial, mas sé a partir da crise capitalista da década de 1970 é que foi caracterizado como filosofia organica da producao industrial (modelo japonés), adquirindo uma projegao global. Os de capital necessarios para a sua reconstrugao pés-guerra e para o desenvolvimento da propria industrializagdo. 0 sistema pode ser teoricamente caracterizado por quatro aspectos: @ mecanizagao flexivel, uma dinamica oposta a rigida automacao fordista decorrente da inexisténcia de escalas que viabilizassem a rigidez. @ processo de multifuncionalizagao de sua mao-de-obra, uma vez que por se basear na mecanizagao flexivel e na produgao para mercados muito segmentados, a mao-de-obra nao podia ser especializada em fungdes Uinicas e restritas como a fordista. Para atingir esse objetivo os japoneses investiram na educagao e qualificagao de seu povo € 0 toyotismo, em lugar de avangar na tradicional divisao do trabalho, seguiu também um caminho inverso, incentivando uma atuagao voltada para o enriquecimento do trabalho. @ implantagao de sistemas de controle de qualidade total, onde através da promogao de palestras de grandes especialistas norte-americanos, difundiu-se um aprimoramento do modelo norte-americano, onde, ao se trabalhar com pequenos lotes e com matérias-primas muito caras, os japoneses de fato buscaram a qualidade total. Se, no sistema fordista de produgdo em massa, a qualidade era assegurada através de controles amostrais em apenas pontos do processo produtivo, no toyotismo, o controle de qualidade se desenvolve por meio de todos 08 trabalhadores em todos os pontos do pterceirizagdorocesso produtivo. @ sistema just in time (produgao de acordo com a demanda) que se caracteriza pela minimizagao dos estoques necessarios a producao de um extenso leque de produtos, com um planejamento de produgao dinamico. Como indicado pelo proprio nome, o objetivo final seria produzir um bem no exato momento em que é demandado e evitar a criagdo de grandes estoques sujeitos a reducao da demanda em uma crise econdmica. @ terceirizacao da atividade industrial, onde as empresas se concentram na fase mais produtiva da producao. Permite o isolamento de problemas em determinada fase da produgao (greve e falta de matérias primas) e 0 particionamento do conhecimento industrial (ninguém sabe montar o carro completo) @ obsoléncia programada, onde o produto é produzido dentro de um ciclo de inovagao, fazendo com que o consumo seja mantido. @ investimentos macigos em marketing, estimulando o consumo. @ desconcentragao industrial, as induistrias migram dos paises desenvolvidos para os paises pobres e emrgentes, fugindo fugindo do fugindo do alto fugindo do alto custo fugindo do alto custo da mao-de-obra emrgentes da pressao dos sindicatos, res CansAss 3 - REVOLUCAO INFORMACIONAL E 0 ATUAL PROCESSO DE GLOBALIZAGAO Objetivos: - Analisar a importancia das novas tecnologias na conforma¢ao das relagdes de poder e seu papel na transformagao da relagdo espago e tempo. - Identificar o papel das redes e analisar o processo de aceleragao dos fluxos de informagao, capitais, mercadorias e pessoas. - Examinar a relagao entre as nogdes de globalizagao, fragmentagao e exclusao. 3. REVOLUGAO INFORMACIONAL E 0 ATUAL PROCESSO DE GLOBALIZACAO A globalizagao configura-se um processo que tem uma base histérica e esté diretamente relacionada 8s mudangas na estruturagao da produgao na sociedade capitalista. Seus aspects se associam as transformagées das técnicas e formas de produgao, localizagao, circulagao e acumulagao dentro do capitalismo. Na atual fase, empresas subcontratam outras, organizam-se de forma horizontal, desenvolvem centros gestores e uma estrutura de produgao dispersa. Assim, 0 conceito de rede assume um papel mais relevante na conformagao da estrutura da sociedade. A organizaco da producao pés-fordista eleva a importdncia das redes como meio de Circulagéo de informacées, capitais e mercadorias. Tal mobilidade exige o desenvolvimento de redes de infraestrutura de comunicacao e transporte, compativeis com a atual demanda. Em decorréncia deste fendmeno, as novas tecnologias8 dinamicas de circulagéo reduzem as barreiras espaciais e resultam numa nova dinamica na relagdo espago-tempo. O processo de globalizacéo se intensifica a partir dos anos 1970. Definitivamente, dois fendmenos assumem um papel fundamental nesta afirmagao. Em primeiro lugar, uma série de medidas de desregulamentagéo dos mecanismos de controle de fluxos de capital contribuem para que neste periodo o capital financeiro internacional assuma uma posigdo cada vez mais autdnoma e hegeménica em relacao a0 capital produtivo e aos Estados-Nacao. Em segundo lugar ocorre, com a expansao das empresas multinacionais, um grande actimulo de capitais gerado pela intensa expansao econémica do periodo fordista. Assim, as condigées econémicas da época levaram a um largo movimento de intemacionalizagao de capitais produtivos. As grandes corporagdes dos paises desenvolvidos passaram a instalar filiais em paises subdesenvolvidos e a investir na produgdio de bens para além de suas fronteiras nacionais. ‘As multinacionais buscavam nos paises subdesenvolvidos menores custos de produgéio e maiores margens de lucro. Estas empresas viam como vantagens os menores custos de méo-de-obra e matérias-primas, os mercados consumidores em expansao e a possibilidade de exportar a produgo e os lucros correlacionados. Este movimento de busca por vantagens locacionais ¢ novos mercados tornou as empresas multinacionais os principais atores do processo de globalizagéo da produgao. Houve uma grande dispersdo dos polos produtivos por varias partes do globo, e, em associagao, uma dispersao planetaria dos padrées de consumo. As mudangas na légica de disperséo da producao contribuiram para a configuragéo de uma nova diviséo internacional do trabalho (DIT). O novo padréo tecnolégico e a dinamica espago-tempo® dele advinda tornaram ainda mais valorizado 0 capital associado ao conhecimento. Assim, os paises desenvolvidos tendem a concentrar a produgao de bens de alto valor agregado, ou seja, aqueles produtos que necessitam de um intenso uso de tecnologia de ponta em sua produgdo. Num estagio intermedidrio, consolida-se um grupo de paises recentemente industrializados, que * As novas tecnologias de comunicaeao e ranspores reduzem 0 tempo dos deslocamentos materia ¢imaterias, desenvolvendo nos Individuos uma percep de acoleragSo da relago ene tempo e espago,assumem o papel de fornecedores de produtos industrializados de baixa ou média intensidade tecnolégica. Neste grupo estéo os chamados paises emergentes como 0 Brasil, a China, a india, os Tigres Asidticos (Coreia do Sul, Taiwan e Cingapura), o México ¢ a Africa do Sul’. A dispersao da produgo por varias partes do globo tem contribuido para o aumento dos fluxos de capitais, informagdes, mercadorias e pessoas. A aceleragdo desses fluxos é uma das principais caracteristicas da globalizacéo. Notadamente, os avancos na informatica e nas telecomunicacées contribuiram para essa aceleraco dos fluxos de capitais e informagées. Com as novas tecnologias e a desregulamentagao do setor financeiro, tomou-se mais facil transferir dinheiro e realizar investimentos especulativos e produtivos nos mais diferentes paises. O progresso técnico na area dos transportes e a disperséo mundial da produgao também levaram a um intenso aumento do comércio internacional. A expansao da capacidade de carga, especialmente dos navios, e a melhoria das estruturas logisticas, em especial pela disseminagao do sistema de contéiner, baratearam os custos de transporte e tornaram possivel a distribuigao das distintas etapas produtivas de acordo com as vantagens locacionais encontradas pelas empresas. ‘A produgao industrial, o comércio e os servigos cada vez mais interagem entre si @, a0 mesmo tempo, crescem as inter-relagdes entre essas atividades em escala internacional. Esse fenémeno contribui para um grande aumento do fluxo de pessoas que viajam a trabalho pelo mundb. © relative barateamento dos transportes @ a difusdo de informagdes contribuem para o aumento do turismo. Em contrapartida, esses fatores, associados A elevacao das disparidades sociais, tm incentivado um aumento das migragées internacionais. Muitos autores relacionam a globalizacao a nogao de fragmentago. O sentido desta reflexio esta em esclarecer alguns pontos controversos nas andlises sobre a globalizagéo. No senso comum, frequentemente se observa a crenga de que o processo de globalizaco tem levado a uma integragdo dos povos, a uma radical preciso desiacr as espocticdades de patses como China, India © Corsia do Sul, que apresentam distingbesrelevantos em relagao ao resto do grupo, Esses paises dominam tecnologias de ponta em setores econdmicos especicos, como aefaos nucleares ‘Fo caso de China e Indla da eeténia no caso coreano10 homogeneizacao das culturas e a um amplo desenvolvimento da sociedade global com um todo. Na verdade, 0 processo de globalizacao constitui-se também um processo de fragmentaco nos aspectos politicos, econdmicos, sociais e culturais. A flexibilizacdo do trabalho, a compartimentagem da produgao, a emergéncia de conflitos de identidade e regionalistas, a divisdo de territorios nacionais anteriormente consolidados, a formagao de blocos regionais e 0 aumento das desigualdades sociais ~ inclusive nas sociedades mais avangadas — séo exemplos da fragmentacéo presente no processo de globalizagao. Outro exemplo esta no surgimento de movimentos de resisténcia politica e/ou cultural com bases locais e regionais, que contestam as posicées e interesses de grandes multinacionais ou que buscam revitalizar valores tradicionais ameagados pela globalizagao. 4. O ESTADO DIANTE DOS DESAFIOS DA GLOBALIZAGAO. Existe um largo debate acerca de quais seriam as implicagSes dos processos de reestruturagao da produgao e globalizagao para a organizagao dos Estados-Nagao. A nova dinamica de produgdo e circulagdo de bens e capitais e 0 protagonismo das grandes corporagées, dos organismos internacionais e das ONG representam um desafio para o poder estatal no que se refere aos campos econémico, politico e social. Sem divida, os atores sociais acima citados apresentam na atualidade um grande poder de interferéncia sobre as atribuigSes e ages do Estado, levando alguns autores a considerarem que este passa por uma crise de soberania. A expansao das multinacionais no pés-Segunda Guerra Mundial teve como desdobramento um paulatino aumento de poder dessas corporacées frente aos Estados. JA nos anos 1970, tais empresas lograram um nivel de internacionalizagao acumulagéo de capital que as possibilitaram alcangar um poder de pressao e determinagaéo sobre as agées dos Estados, dos mais frdgeis aos mais bem estruturados.Grosouzoecs = Sradks cuacinon (ities). Grn. women Coton = Cheacleeiza-se Pein CONEKS Gos Estagos GsocedriCs ~ Wée ais _meodladles Nae WMIOLES LEeCDOOS covsumOoves eee ee OA Nat ax nse cae Nate: (toes iaocss| Wcalecs pelts eased oe —~ uesuoess wrenesletoeas met teenkoow —= 1s senms sob a “iwosi sc Uceeotocins , A AGlieoes Of lezcommcoqas «ens teuscorkes «0 Paressausile Os S000S - as ecbeckccws scvea sic bescacas wes Sense ans Uh waccora's ~ Nuscdo 20 ciple eseeerlwo x cooler Secale ae | Le ceo onli con a @ccuqes Lea eorccrhenecs ~ weeo osheo cou unOezageS 26 sokceuimeno Pore. eu coxcs @ises (La S02 0 Usecono Une Cxdbiucr . Ceameo a 16e Banitacdd € essicva) Uaned C2IScS ECOOUIcaS Eu Mises ita es eee eee nee eee i eee ee escouu0a. a) ewelas Usoees 26 eens 9\ Seouuiecce 2s LEVCREOS COPSUUCDLES <) 20.0 cude cx beosccdss cv Yeekas 0) Yocinenss 2c Seimne Saceciecs xcheciondes Meenas + sercwvowen ectealdsios ex A) 64 uae hsewcionol. 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Sem divida, os atores sociais acima citados apresentam na atualidade um grande poder de interferéncia sobre as atribuigSes e ages do Estado, levando alguns autores a considerarem que este passa por uma crise de soberania. A expansao das multinacionais no pés-Segunda Guerra Mundial teve como desdobramento um paulatino aumento de poder dessas corporacées frente aos Estados. JA nos anos 1970, tais empresas lograram um nivel de internacionalizagao acumulagéo de capital que as possibilitaram alcangar um poder de pressdo e determinagaéo sobre as agées dos Estados, dos mais frdgeis aos mais bem estruturados.n Também nas ultimas décadas, os organismos internacionais e ONGs assumiram papel preponderante na conformagéo das relagdes econémicas e sociais influenciaram diretamente as posturas e intervengdes dos Estados-Nagao. Organismos internacionais como o Banco Mundial e o FMI impéem, através de ofertas de vantagens econémicas, uma série de medidas a serem adotadas, que implementam 0 arcabougo politico-institucional considerado ideal por essas instituigSes. Reduz-se, portanto, a margem de manobra do Estado para arbitrar suas proprias politicas. As ONGs atuam com um duplo papel: 0 de influenciar sobre decisées estatais e a opiniéo publica e o de substituir 0 Estado numa si ie de fungdes as quais este pretere. Assim, 0 fortalecimento e estabelecimento do neoliberalismo na estrutura do Estado é mais um fator a contribuir para as transformagées observadas ultimamente. O esforgo de implementagao de um Estado “minimo” transfere a iniciativa privada parte do poder de intervengao e controle da sociedade e do seu territério. Delineia-se na atualidade uma viséo do Estado que 0 concebe como um ente empreendedor. Assim, o Estado teria como uma de suas principais fungdes criar condiges para incrementar a acumulagao, perspectiva que minimiza o seu carater politico e social da fungéo de administrador de confltos inerentes sociedade. Numa sociedade em que 0 dominio do conhecimento constitui a base para a acumulagéo de capital, 0 acesso a informagdo assume grande importancia para corporagées e individuos. Consequentemente, a midia adquire um papel relevante na estruturagao da sociedade. Cada vez mais poderosas, as grandes corporagées deste setor econémico apresentam uma enorme capacidade de interferéncia na opiniéo publica e na prépria postura do Estado. © predominio da organizagéo em redes € a intensificagao dos fluxos de informago, capitais, mercadorias e pessoas — inclusive os fluxos ilegais — tornam as fronteiras nacionais mais porosas, o que também reduz a capacidade do Estado de controlar 0 seu préprio territério. O aumento dos fluxos materiais e imateriais criam uma série de desafios no que diz respeito ao controle da informacao, entrada de imigrantes, contrabando, evasao de divisas, tréfico de animais, armas e drogas, terrorismo, etc,12 Os processos de reestruturacao da produgao e globalizagao tsm modificado nas. itimas décadas a organizagao do sistema capitalista de produgao. Essas transformagSes possuem desdobramentos nas esferas econdmica, politica, social e cultural. Do ponto de vista das relagdes intemacionais, estes processos tm influenciado diretamente a dindmica das interagdes entre paises, tema que sera aprofundado em outras unidades,