Meu Deus! permite que atravs da lousa Possa ele ouvir a minha voz ainda, E desse leito, onde afinal repousa, Me diga: A vida neste p no finda; Me diga: A crena que na leda infncia Aprendemos da me verdadeira; H outra vida, h uma outra estncia, To feliz, quanto esta passageira; Que se encontram os entes mais queridos, E em eterno amplexo a Deus se humilham; Que os prazeres em sonhos concebidos S h no espao onde as estrelas brilham. E ento, Senhor, com a f mais pura Eu ansiarei pelo supremo instante Em que, livre da humana desventura, Demandar tua estncia radiante. Deixa que o amigo ao amigo s revele Os segredos que a morte lhe confia, Esta incerteza... em vo a f repele, A dvida cruel continua a cria. Porque negas, Senhor, ao peregrino Que vai cumprindo s esta romagem, Um raio ao menos do saber divino, Que lhe brade na dvida: Coragem!? Porque no h de a lousa funerria Erguer-se voz saudosa da amizade, Para falar alma solitria Que anela por saber toda a verdade? Porqu?... Mas, Deus, perdoa! eu creio! eu creio! No seu leito de morte o conheci:
Sim, nesse instante de tormentos cheio,
No peito a voz da crena bem ouvi! E por isso prostrei-me de joelhos, E os lbios murmuravam a orao, E cri ento no Deus dos Evangelhos, E a dvida deixou-me o corao. Repousa, irmo, sombra do cipreste; No repousar na terra desventura. Cruzando o limiar da sepu