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UURSO VO INSTITUTO UNIVERSAL BRASILEIRO ELETRICIDADE a “um gerador ou motor de CC 0 conjunto de ‘condutores dispostos sobre o rotor da ‘maquina. O enrolamento & constituido por bobinas, cujas extremidades sao sol- dadas a5 chapas ou segmentos do cole- tor. Os lados das bobinas ficam encaixa- dos em ranhuras longitudinais existentes no rotor. Em geral, cada bobina 6 cons- tituida por um némero maior ou menor de espiras, enroladas em série. Cada lado de uma bobina é chamado condutor ativo geralmente representado pela letra Z. Em certos enrolamentos, as bobi- nas s40 constituidas pelo agrupamento de duas ou mais bobinas elementares, ‘como voce pode observar pela figura 11 1. 08 lados das bobinas elementares, tecebem 0 nome de feixes. Caso exista uma Gnica bobina elementar, 0 numero de feixes existentes no rotor sera igual a0 numero de lados de bobina; se cada agrupamento contiver 2. bobinas elementares, 0 nimero de feixes sera igual a2 vezes 0 numero de lados de bobina; se contiver 3, sera igual a 3 vezes; e assim por diante Figura 11-1 Bobinaelemertar, O niimero total de feixes sera ‘epresentado pela letra F. Os enrolamentos das maquinas de ‘CC podem ser constituides por uma ‘camada simples, ou, na maioria das ve- 88, dupla de condutores. No primeiro caso, cada ranhura _sontém apenas um lado de bobina, no ‘Segundo caso, contém dois lados de ‘um sobreposto ao outro. ‘Na figura 11-2, em a, temos a ‘0U 0 corte de uma ranhura de um enrolamento de camada simple constituldo por bobinas de um 86 feixe (bobinas simples) de 9 condutores. Em b, temos‘um enrolamento de dupla camada, constituldo por bobinas simples. Nesse caso, a ranhura contém, 0 todo, dois feixes de condutores. Em ¢, vemos uma ranhura de enrolamento duplo com bobinas de 2 feixes (bobina dupla): temos, ao todo, 4 feixes ou elementos por ranhura. Finalmente, em d, temos enrola- mentos de dupla camada com bobinas triplas e, portanto, 6 feixes, ou enrola- mento, por ranhura. (O numero total de feixes ou ele- mentos existentes em cada ranhura sera representado pela letra m. Assim, em a, da figura 11-2, m = 1; em b, m= 2; em ¢, m= 4; em d, m=6. As caracteristicas mecanicas do rotor sao também essenciais para a determinagao do esquema do enrola- mento da maquina. Tais elementos sao 0 nndmero de ranhuras do rotor e o niimero de laminas ou segmentos do coletor. Nas formulas relativas aos enrolamentos 0 niimero de ranhuras sera representado Por nr, € 0 numero de segmentos do coletor, por ng, ‘Também 6 essencial conhecer o numero total de pélos do estator, repre- sentado por p. Nos enrolamentos normais, 0 ‘ndmero total de feixes (F) sempre é igual a0 dobro do némero ng de laminas do coletor. Além disso, 0 numero total de feixes também é igual ao numero de ranhuras (n,), multiplicado pelo nimero (mm) de feixes por ranhura. Logo, podemos escrever: F=nxm (2) ‘Alem disso, das formulas (1) e (2) resultam as outras formulas seguintes: F m xm, (4) 7 2 Foe th nee Soa moe oO Essas formulas sto de gr Importancia, para determinar gantt elementos sobre o enrolamente ge maquinas. Digamos, por exempio. qe, ° deve enrolar um rotor de 46 ranhuras laminas no coletor. Temos, portanta, ny = 46 ng = 23, Pela formula (1) resulta: Ng =2x23 = 46 E pela (6): foe. 46) m=—: mn 48 Portanto, esse enrolamenio deve ser de uma camada, com bobinas simpes (m = 1, figura 11-2a), e possuir 46 lates de bobinas, ou seja, ao todo, 23 botinas simples, , b) Caminhos ot cireuitos em paralelo A corrente eletrica, que cheat? maquina dos seus terminals gases | Circuito externo; se subdivide, PY menos, em duas partes, atrav®® eenrolamento induzido. s Cada uma das partes em 316! corrente se subdivide percore um rminado caminho, através do enviar da maquina. Os varios circuilos 29 percoridas estéo igados em pare | Circuito extern da maquina. Dal 9s | de clrcultos ou caminhos em 2 dado ao enrolamento. "> mumero de crcutes ou ci em paraielo, existente no ervola™e ‘uma maquina, ¢ outro dado intervém no projeto do envolamen®, Se representado nas formulas pea sempre um niimero par ba Se a corrente (I) que ° Figura 113- Emlamente onduledo, maquina tem uma intensidade de 1 ampére, a corrente (i) que os condutores do enrolamento devem suportar sera, evidentemente, 1 i-— © a onde, como sempre, a é o nmero de circuitos em paralelo desse enrolamento. ¢} Passos Para poder executar 0 enrola- mento de um rotor de caracteristicas determinadas, é necessario que se conhega certo numero de elementos, que recebem o nome genérico de passos. No céleulo de um enrolamento, interessam os seguintes passos: 1 - Passo posterior (representa: se por y,): Namero de elementos (feixes de condutores) existentes entre dois lados da mesma bobina elementar figura 11-3 11-4. 2 - Passo anterior (y,): Numero de elementos erxistentes entre dois feixes ligados ao mesmo segmento do coletor (iguras. 11-3 11-4) 3- Passo resultante (y): Soma algébrica dos dois passos anteriores, ou, mais explicitamente, soma dos valores dos dois pasos, quando ambos séo contados no. mesmo sentido (como no caso do enrolamento da figura 11-3 ) Quando y; 6 contado num sentido @ Yeno sentido oposto (tigura 11-4), diz-se ue ye tem um valor negativo; nesse caso, y@adiferenca entve y; © ya Exemplo: Na figura 11-9, tomos: ¥4=Siyo=5 Py; t¥2=5+5~=10 'Na figura 11-4, temos, porém: ¥4 = 7 Yo =-5 (negativo) eynyy+¥o=7-5=2 Escreve-se, também: yeyt= | yo | conde | yp | € 0:valor numérico de yo. 2 4 - Passo do enrolamento (yn) Namero de ranhuras existentes entre os lados da mesma bobina, como pode ser observado na figura 11-5. yy-t Yn= ” Yn deve ser um nimero inter (na figura 11-5 yy = 4). 5 - Passo do coletor (yc): E 0 numero de laminas ou segmentos do oo 1 1 I ( t Figura 11-5 - Paseo do envolameno. 219 —E—— oll Figura 11-4- Enolamantoimbricad, oletor pelos quais se deve passar para ir de um segmento a outro, soldado a mesma bobina elementar. Na figura 11-3, yo= 5; na figura 11-4, Ye 6 - Passo polar (1): E a relagao ‘entre 0 ndmero total de ranhuras (ny) © © numero de pélos (p) da maquina: " te @ P No caso da figura 11-4, por e- xemplo, ha 24 ranhuras e 4 pélos; 0 paso polar sera’ 24 t-—=6 4 dito simples. Se, ¢ _ enrolamento por nuimeros cada pélo, houver certo nimero K ‘Conforme ja ficou claro, os enrola- ‘mentos podem ser do tipo ondulado ou ‘série (figura 11-3) e Imbricado ou ‘paralelo (figura 11-4). Os enrolamentos podem ser também progressivos ou regressivos. Um enrolamento imbricado & ‘progressivo quando 0 passo posterior é ‘maior que o anterior e, portanto, 0 passo resultante & positive, No caso contrério, isto 6, quando 0 passo anterior tem um valor maior que o posterior, 0 passo resultante 6 negativo e 0 enrolamento é dito regressivo. ‘Um enrolamento ondulado (sim- ples) € progressive quando, partindo de ‘uma lamina do coletor e seguindo o Circuito a volta do rotor, se chega a uma lamina precedente, entéo o enrolamento é regressivo. © niémero a de circuitos ou cami- ‘nhos em paralelo € determinado de acor- do com a tensao ¢ a corrente a que a maquina se destina. E sempre um numero par. ‘Cada um dos circuitos em paralelo € composto do conjunto de condutores ‘associados em série, entre duas escovas. Para que 0 enrolamento se feche (se complete), depois de interigados todos 1s elementos (e cada elemento uma unica vez), € necessério que os passos y, © yo ‘sejam, sempre, nimeros impares. AAs formulas que permitem calcular ‘98 pasos components y; @ yo, 0 passo ‘esuliante y € 0 passo do coletor variam de corde com 0 tipo do enrolamento. Por ‘ssa razéo, estudaremos, separada- ‘mente, 06 tipos de enrolamento imbricado ‘eondulado. e) Enrolamento im- bricado Consideremos, primeiramente, 0 em que o enrolamenio seja isto 6, 0 caso em que v1 é "que 0 valor de yp. Temos, entéo, as ‘caminhos em paralelo, 0 enrolamento ‘sera miltiplo. Temos, evidentemente, a K=— (10) P Os passos componentes y4 @ yo & ‘© passo do coletor determinam-se pelas formulas estabslecidas em 1891 pelo prot. E. Amold (de Karlsruhe, Alemanha): F ang Yye—ete—— st (11a) P P mea Ts, You —4=—— (12a) P P a K (13) P a=pxYo (13a) F © ndmero—deve ser inteiro P par, para que, no fim, y; yo sejam impares. Se isso nao acontecer, ao invés das formulas (11a) e (12a) empregam-se as seguintes: F-b cd 4 (14a) F-b Yo= el (15a) Pp ‘onde b é um numero inteiro, que se escolhe, a vontade, entre 1 @ 12. 0 melhor critério 6 escolher o menor valor Fb de b para 0 qual a expresso: — seja inteira e par. Pp No caso de enrolamento re- gressivo, as formulas serao: 220 Nese F-b 4 As diferentes formulas dest um @ a outro tipo de enrolamen, oll (15) podem ser reunidas em uma nica, tt oy | F ee ee (12) . F-b y= #1 (4 P Fb Yar #1 9) P Note-se que o sinal de ina vat para os enrolamentos progressives, ue esto embaixo, para os regressins Se 0 numero de laminas 4° coletor ng @ 0 passo do coletor sé2 primos entre si, 0 enrolamento & constituide de um unico circuito. $e, #° contrario, ng @ Yq admitem um vst comum r, @ diferente da unidade.° enrolamento fica constituido Po! ' circuitos distntos,ligados em parle intermédio das escovas; neste c3®° se que 0 enrolamento ¢ imbricado ont citcuitos multiplos. Nos enrolamentos i numero de caminhos em paral EF igual ao multiplo do numero de poe ae primeiro caso cada escova dev? hee largura exata de um segmento d2 Nos outros casos (quando ha oferty em paralelo), cada escova deve (@Pe sobre r laminas consecutivas 40 00%, Entre os terminais de cad2 (em paralelo) do enrolamento, a, imbricados ° jelo 08 Paen ee Te juloos. cote pola “expresso: fees i sendo 1 a corrente nos terminais da "Para que os varios circuitos em pparalelo, num enrolamento imbricado, se disponham com perfeita simetria, deve-se terquea relacao "8. ‘seja sempre um ni ‘mero inteiro. Suponhamos que vocé tenha de fazer o enrolamento de um rotor de 1, = 23 ranhuras, com coletor de ng = 23 ‘segmentos, pertencente a uma maquina tetrapolar (p = 4). Deseja-se um enrolamento imbricado de dupla camada com bobinas simples (m = 2). A fim de poder executar o enrolamento, antes de tudo vocé deve tragar seu esquema gréfico. Para isso, 6 necessério calcular os varios passos do enrolamento. formula (1): F = 2ng = 2x23 = 46 F 4% forma (6): m= — = — =2 (bobinas simples) 23 46 formula (114): yy la 4 WattS+1 2125 Como ys deve ser inteiro, a formula (11a) nao serve Para esse caso. Aplicamos, entao, a e» amos, ia xpressao (14a), Fb 46-6 ‘formula (148): y= — 41 » 4 1a F-b Armuia (153) yp| =——- 1 = P 4 formula (9):y=y1- |yg=11-9=2 ae 2 formula (18): ye"—=—=1 ame formula (13a):a=pxye=4%1 Note-se que 0 passo yp, 6 dado pela expressao (7): Viol tt Yn= m 2 Se yp, no resultasse num ndmero inteiro, seria preciso modificar o valor de y; (dando um novo valor para b), refazendo todo 0 calcul. © esquema grafico do enrolamento podera, entdo, ser feito a partir dos Seguintes elementos, agora plenamente conhecidos: ndimero de ranhuras: n; = 23 ndimero de elementos por ranhura: m=2 niimero de segmentos do comuta- dor: ng = 23 passo posterior: yj = 11 asso anterior: yp Portanto, o segmento n® 1 do coletor esta ligado ao elemento situado na parte superior da ranhura n® 1; este, por ‘sua vez, esta ligado ao elemento situado no fundo da ranhura n* 6 (elemento tracejado); este ultimo prende-se a0 segmento n® 2 do coletor; @ assim por diante (figura 11-6), ‘Alem do esquema grafico, 6 titi, 221 ‘na construgao do enrolamento, recorrer a0 esquema numérico dado na figura 11- 6, 0 qual pode ser facilmente interpretado. Pode-se também enumerar, seguida- mente, os elementos (teixes) do enro- lamento; assim, na 1? ranhura situam-se 0 ‘elemento 1 (superior) @ 0 2 ( no fundo da ranhura); na ranhura 2 temos, analoga- mente, os elementos 3 e 4, @ assim por diante, Quando o ntimero de circuitos em paralelo é igual a 2, isto 6, a= 2,0 enrolamento toma o nome de ondulado simples ou multipolar em série. Neste caso, 0 nimero p de polos pode ser qualquer. No caso contrario, em que 0 nimero de circuitos em paralelo é maior ‘que 2 (podendo, porém, ser menor, maior ‘ou igual a p), 0 circuito toma o nome de série-paralelo. ‘© passo resultante y @ o passo do coletor determinam-se de acordo com as seguintes formulas, devidas também ao prot. Arnold: Fa 2ngta y= Wye? bk e P y 2Ft 2a neta Yer" =2 dul ee P ‘Como no caso anterior, 0 primeiro ssinal refere-se ao enrolamento ondulado, ‘comum) igual a r, teremos r ‘em paralelo. ‘As escovas devem ter largura ‘para unir laminas do coletor. 'No enrolamento ondulado simples (r=1), hé apenas dois caminhos em paralelo (a = 2) e, portanto, bastam ‘apenas duas escovas; entretanto quando a intensidade da corrente 6 elevada, exigindo escovas de comprimento exagerado, € conveniente dispor de um inGimero maior de escovas. Os passos y; e yo tém valores iguais ou, no maximo, um pouco diferentes entre si. Para que haja simetria no enrolamento, as relacdes: deve ser ntimeros inteiros, Nos enrolamentos ondulados simples (a = 2), a cotrente nos condutores do enrolamento é apenas a metade da Corrente total do circuito externo: I ae 2 Por essa razao, esse tipo de enrolamento ¢ mais apropriado para Maquinas de alta tensao e corrente relativamente baixa, Para que a comutacao se pro- esse em boas condigses, é conveniente que as bobinas do enrolamento tenham Poucas espiras. Em enrolamento série- Paralelo (a>2), costuma-se mesmo usar Bobinas de uma sé espira, constituidas or barras metalicas, h) Esquema dos enrolamentos ondu- lados Imaginemos um rotor com n, = 43 fanhuras € ng = 43 laminas no coletor, Pertencente a um motor de p = 8 pdlos. O ‘letrotécnico deve fazer um enrolamento Ondulado de dupla camada. Entéo, 0 __Admero total de elementos seré Como 0 enrolamento & de dupla ‘camada, cada lado de bobina terd apenas um elemento (ou feixe). As bobinas sero, Portanto, simples. Para 86 lados de bobinas, devemos ter, evidentemente, 43 bobinas. Determinemos os passos: Fea formula (16): y = 2. — P 8 +a Escolhemos o menor valor de a que tome y inteiro. (Note-se que a deve ser sempre par.) No caso, serve a =2. Logo: 86+2 88 y=2 —_ 8 4 Podemos fazer, entao: yyatle yo=11 O passo do coletor sera: formula (17): ye 2 Devemos observar que yo = 11 6 43 sao primos entre si Para que 0 enrolamento seja simé- trico (todas as bobinas sejam iguais), as relagbes (18) devem ser ndmeros inteitos. Figura #1-7- Esquema de um enrolamento om 8 escovas, 222 © passo do enrolamento sera vere am ey aa 6 m 2 formula (7): Yq Para maquinas de grande in sidade de corrente, podemse colcca gy escovas, em vez de duas. As ecco devem ficar nas posicdes correspon dentes as zonas neutras (figura 11-7 i) Enrolamento com bobinas inutilizadas ¢ com bobinas inativas oy mortas Se 0 numero de ranhuras n, for dado pela seguinte relacao: ng +1 De Pri 2 ‘© nmero de léminas sera menor que 0 ndmero de bobinas, isto é, nao se verificard a relagao: Fe2ng = ame: Taam gy gy eye 2 Mas, como devemos sempre ter: FamXny ‘onde m deve ser forgosamente um ‘numero inteiro, vem, para m = 4: F-4X24=96 enquanto: F-2Xng=94 Isto quer dizer que 0 enrolamento possui uma bobina para a qual néo ha, sobre 0 coletor, laminas as quais possam ser ligados seus terminais. Essa bobina é idéntica as demais do enrolamento, mas ‘seus terminais devem ser completamente isolados, pois nela gera-se f.e.m., como fem qualquer das outras. Outro caso que deve ser examinado é aquele em que, ao invés da relagao (19), vale a seguinte: ny-1 Me 2 Neste caso, o numero de bobinas € menor que 0 numero de laminas no Coletor. Devem, por isso, ser ligadas por meio de um pequeno condutor aos dois Segmentos do coletor aos quais chega apenas um terminal do enrolamento, ao invés de dois. Esse condutor que poe em Gurto-circuito as duas laminas se chama bobina inativa ou mort i) Ligacées eqiii- 4 f.e.m. dos varios elementos ‘hunea é exatamente igual, especialmente Nas mAquinas de grande numero de . Esse desequilibrio entre as f.e.m. da origem a correntes de ‘Compensagdo entre escovas da mesma Produzindo um aquecimento |das escovas e do coletor. 7 ‘esse inconveniente, fas maquinas com © PASSO (Yeq) da Conexao eqdipotencial o numero de \aminas existentes entre as laminas mais Proximas do coletor, que sao ligadas ao mesmo anel. Esse passe € dade put relagao: ae 2ng a O nimero maximo de anéis que se Pode usar é 2 ng/a, 0 qual deve ser inteiro, Na pratica, porém, usa-se um hniimero menor, de maneira que se tenha uma ligagao a cada duas ou trés ranhuras. Assim, por exemplo, um gerador de torrente continua com enrolamento Ondulado simples, de p = 4 pélos, n, = 38 ranhuras e ng = 76 laminas no coletor, tera, como passo para ligagdes equipotenciais: 2ng 2x76 Yeq 38 a 4 Usaremos 10 anéis. As ligagdes so as seguintes: , Ao primeiro anel ligam-se as laminas 1 € 39 (1 + 98 = 39). Ao 2 ane, 0s segmentos 5 ¢ 43 (5 + 38 = 43), @ assim por diante. A tabela 11-1 resume as ligagdes a serem feitas. 1 de ranhuras Ng _n* de segmentos do coletor PnP de polos n° de cicuitos em paralelo Y4_ Passo posterior Yp_passo anterior Y asso resuitante Yn Passo do enrolamento Ye Passo do coletor Yq PASs0 equipotencial tpasso polar Formula Gerais (1) F=2ng 2) F=ngXm E, aoetal Q)=—: m om (@) t-— Pe Enrolamento imbri- cado 2a ()y=y1+¥2=¥1-Wal=* Pp a (10) k= — P k = 1 imbricado ou paralelo, simples k> 1 imbricado ou paralelo miitiplo F (M)yy=— 21 P F (12)y2=— 31 P ya eee ep F-b (14) yy = +1 P F-b (15) yo = HM P Enro dulado Fea 2ngsa (16) y=y; +¥g=2——=2 Pp Pp y 2Fs2a 2ngea 2 P perp soinigtse%ity! (18) —, 2—e 2— hear ae (Dever ser inteiros, para haver simetria). ng+t (19) n= ——— 2 II - Constru¢gao do enrolamento induzido CO enrolamento do rotor das ma- quinas de CC pode ser direto ou com bobinas. © enrolamento direto, usado ‘apenas em certas maquinas de poténcia muito pequena (fragdes de HP), 6 feito colocando-se 0 condutor, fio por fio, nas ranhuras. O isolamento da ranhura é feito antes de iniciar-se 0 enrolamento. AS faces laterais do rotor sao também muitas vezes, protegidas contra contatos do enrolamento por meio de coroas circulares, feitas em fibra No enrolamento com bobinas, es: tas so feltas em separado, em formas ou moldes de madeira, depois tratadas com isolante, amarradas convenientemente © Figura 11-8 Formats para as bobinas. 224 ‘maquina, bem como dos lamento, do coletor, forme explicamos no item | desta’ ‘A absoluta preferéncia ‘aos enrolamentos de bobinas singe? fnormes vantagens que esse ten Salers came 2ee gains do aise res oe fotina dlotosa:« poeta aaa enrolamento, a qual facilita as Ad or cor ates Rawes neennew ventilagao e restriamento da méqurg’® Taclidade de montagem do enroi:2 portanto, economia de mao- ie Dinan tices retangular e, algumas vezes, com bans > Gaeta acinaaunece oe ‘quase que exclusivamente enrolamenes de dupla camada. (Os elementos fundamentais para ‘execugao do enrolamento induzido sia 1) passo do enrolamento yn 2) passo do coletar ye 3) passo polart Com base nesses dados, pode fazer-se 0 molde e as bobinas que vio constituir 0 enrolamento da maquina. 0 formato das bobinas pode ser um dos indicados na figura 11-8, dependendo dz que melhor se adapte & maquina que va ser enrolada, 5 eoncutorulizado pode ser de " seogao circular ou retangular e ¢ geral- ‘encapado ou esmaltado. O calibre do condutor depende do valor da corrente {que vai circular pelo enrolamento. Nos enrolamentos com fio de pequeno didmetro, para maquinas de ‘dimensées reduzidas (geralmente fracdes de HP), preparam-se pequenos moldes, emo dead na igura 11-9, dardo-se a forma definitiva durante a montagem ‘sobre a armadura. No caso de condutores de maior seco, entretanto, as diversas operagées se executam separadamente, com auxilio de moldes especiais. Neste Ultimo caso, a conteccao de bobinas se faz pelo emprego de dois ou trés moldes. Para a primeira operacéo que consta do fenrolamento propriamente dito, usa-se tum tipo de forma indicado na figura 11-9. A forma 6 composta de uma alma ou nucleo (figura 11-8a) que pode ser encaixada numa base de dimenses maiores (figura 11-8b). O enrolamento Pode ser facilitado por meio de uma maquina rotatéria & qual se adapta a Figura t1-9- Molaes De Depois de executada essa Primeira etapa do enrolamento, leva-se a ina @ uma segunda forma. Essa ‘etapa tem por fim abrir a bobina necesséria aos condutores, ela se encaixe perteitamente a0 sada pode ser a indicada @ € constituida por uma ‘a qual se fixam, por Figura 11-10 - Exemplo do tra, meio de paratusos, as pecas A e B, feitas, de madeira dura (por exemplo, peroba), Sobre a peca A vai encaixada, de maneira que possa correrlivremente para a esquerda e para a direita, uma peca C Esta 6 constituida de duas partes, unidas por uma dobradica (figura 11-11), de maneira a poder girar uma em torno da outra. Uma das partes de que é constitulda essa peca possui uma abertura, onde se encaixa, com justeza, um dos lados da bobina que deve ser moldada. Uma segunda pega C, idéntica 2 primeira, fica firmemente encaixada na posigao indicada na figura 11-10. Por es- a pega passa 0 outro lado da bobina. A pega D é um calco que mantém bem fechada a pega C. Fgura 11-11 Vista da pega C ‘As operagoes que se executam ‘com esta forma, para moldar a bobina, ‘840 as seguintes: dispéem-se os lados da bobina nas duas fendas (das pegas C), de maneira que ela fique com as 228 extremidades retorcidas, como mostra a figura 11-10. Em seguida, desloca-se a peca C, desiizante, para a esquerda, a fim de dar largura requerida para que os lados da bobina se encaixem exatamente nas ranhuras que Ihes correspondem. A bobina feita na primeira etapa deve ser mais estreita e comprida do que nas dimensoes definitivas, justamente para que se possa dar a curvatura Conveniente 4s suas pontas. Para isso, & também necessario que essas pontas sejam delgadas, o que se consegue mantendo-as comprimidas entre duas tébuas. Nessas condigdes, a parte final da moidagem das bobinas deve ser ‘executada por duas pessoas. c) Encurvamento das bobinas ‘Antes da montagem, as bobinas devem ser encurvadas, a tim de paderem adaptar-se exatamente & superficie do rotor (figura 11-12). Geralmente, executa- fe a curvatura & mao, mas para bobinas i 1s emprega-se um. cconstituido por um Fu 11-13 - Cline com reba. A isolacao elétrica entre os ‘condutores @ 0 ferro do rotor consta, geralmente, de duas partes: 0 isolamento Préprio da bobina e 0 isolamento da fanhura. Quanto ao primeiro, trata-se do isolamento da bobina acabada: entretanto, 0 proprio condutor tem sua isolagao, que geralmente 6 de esmalte isolante, O isolamento proprio da bobina é feito com um cadarco de tecido de algodo, de maneira que em cada volta 0 ccadargo se sobreponha a metade da volta anterior. Facilita-se o enfaixamento da obina, utiizando-se um cadarco dotado {de um fio central colorido. Depois de enroladas e isoladas, as bobinas devem ser impregnadas com materiais isolantes especiais. As substancias impregnantes devem ser isolantes de alta qualidade, isentas de umidade ou vapores corrosivos, sob Quaisquer temperaturas; devem ser Substancias liquidas e viscosas, de maneira que possam impregnar comple tamente as camadas porosas do isola- mento €, depois de secas, se tornem sblidas, mas nao quebradicas. Existem, no comércio, varios vernizes © substancias de origem betuminosa (tipo asfalto), que satistazem Plenamente, como isolantes. Com feferéncia aos motores destinados a tensdes elevadas, 6 de grande impor tancia a secagem das bobinas. Q isolamento da ranhura é feito geralmente por meio de cartao isolante, ‘como por exemplo, mica flexivel. Antes de ‘introduzir a bobina na ranhura, esta deve Ser internamente forrada por meio de uma ‘tira de material isolante, conveniente- ‘dobradalfigura 11-14) Figura 1-14 lamer da ranura. Em algumas maquinas, ao invés do enrolamerto ser constituido por fios condutores, @ formado de barras de Secgao retangularfigura 11-15) Cada bobina ter, entdo, uma Unica espira. Essa espira pode ser constulda por um Snieo pedaco de condutor ou por dois pedagos ligados entre si. As espiras inteirigas tem a vantagem de nao ne- cessitarem de soldadura posterior, mas sua preparacao & muito dificil e traba- thosa Figura 11-15 - Envolamerto com barras, ‘A jungo entre as barras pode ser feita comodamente, por meio de uma pequena argola retangular de cobre estanhado(figura 11-161 que 6, em ‘seguida, soldada por submersao na solda fundida, Quando se necesita de grande secgéo de cobre, ao invés de uma Unica barra, utilizam-se varias barras justapostas. No caso do enrolamento feito por meio de barras, 6 existe 0 isolamento da ranhura, que deve, entao, ser feito com muito cuidado, No caso em que cada bobina 6 constituida por uma Unica barra, nao 6 226 Figura 11-16- Jungo enve as bras, costume isolé-la. Empreg, isolamento da ranhura. Para is? cada ranhura, a barra suporir gs se? (nos enrolamentos de dupa cana Uusa-se uma tra de material sola a, } separador, entre as duas barras, } Para executar-se a montagem ges bobinas sobre 0 rotor, este deve fica sobre cavaletes dotados de um rebaie, onde se apdia 0 eixo, Para maquinas oe pequenas dimensbes, existem supores especiais para 0 rotor, que facltam a operagéo de montagem de enrolament, ‘Com 0 auxilio do diagrama 6 enrolamento comecam-se, entéo, 2 colocar os lados de bobinas nas ranhres que Ihes correspondem. Os lados dt obina que ficam situados no fundo dt ranhura (nos enrolamentos de dula camada) devem ser colocados en primeiro lugar. O isolamento da rare, entretanto, precede essa operacéo. ‘A fim de que as bobinas fquee bem alojadas nas ranhuras, podem Cuidadosamente comprimidas na msm ‘com 0 auxilio de um pedago de masse de tamanho conveniente @ de um mare Finalmente, depois de colocadas des bobinas, as ranhuras séo fechadis superiormente, com pequenas tis madeira ou de fibra, para evita que condutores, sob a agao da (0% centrifuga desenvolvida pela tae maquina, sejam expelidos 40 " ‘contorme foi explicado antes. vot Os terminais das bobinas (2h ser ligados as laminas correspon do coletor, cujos segmentos, 9207.» apresentam entalhes onde ane encaixados @ soldados 08 (2!"') terminais. Essas ligacdes 4°” a, os segmentos verificando, entao, se a ‘confere exatamente com 0 ‘do enrolamento. Em seguida, 'a soldagem de todos eles. Durante esta ultima operacao, “dove-se ter todo 0 cuidado em evitsr ‘respingos de estanho sobre o coletor, ‘porque padem provocar curtos-circuitos ‘entre seus segmentos. Depois de pronto, 0 enrolamento 6, ‘em geral, amarrado sobre o rotor, para evitar deformacses. Nas maquinas em que as ranhuras ‘sdo fechadas, a amarracao deve proteger essencialmente a parte das bobinas que fica fora delas. Os fios utilizados na ‘amarragdo sao de ferro magnético ou de bronze, e nos motores de menor responsabilidade, de canhamo ou ‘material equivalente, © funcionamento integral dos transistores € regido pela fisica dos ‘semicondutores. Podemos considerar o transistor ‘como sendo um conjunto de bipolos nao Ghmicos, cujas caracteristicas variam com as tensdes aplicadas, com as Poténcias dissipadas e com a temperatura ambiente. Uma informago bastante imponante 6 o conjunto de caractersticas fornecidas pelo tabricante, as quais Possibiitam analsar o funcionamento do Hansistor como elemento ativo ou passivo. O transistor possui trés elétro- -dos{terminais); potanto, 6 um triodo. Um elétodos ¢ chamado de base, outro ‘emissor e, finalmente, 0 terceiro de Na figura 11-17, apresentamos IWansistor em seu aspecto tipo, rea, a figura 11-18 sua representacao, ™ Devemos desde ja salientar que o 3 Fgura 11-17 -Transistox, coletor base emissor Fgura 1-18 Simbologia para vans PNP. expressao "solid state”. eaves) Nao possuindo cétodo nem fa 227 Usam uma 86 que, mesmo are a aan 'ssim, produzem “4 2 suliciente para imprest 2) Grande sensisad & tom Tatura. As propriedades doe vaneerns oa da temperatura; devem-se ace : fla os sous sites notes ae do danificé-los durante a montagem. re 5) Limitagao de fegtaeen Os Salsteoramerts apenas ar gnayam bairasfreqasneles: ANslnUti ooee ttonias do abeapse rations (mesmo no caro das ena tacos) Senco soperads apenas no que serfte 2 Vonsteseos ea gee oe ¢)Limiagie Ue pence, Et fa 6 doo, pncbaineta sonatas do Varennes ee poldncla ayaa ae ee Se perdi Fe ee oat co acne Pelo que apresentamos até 0 momento, 0 aluno, por certo, ja se entusiasmau com o transistor, mas estard perguntando: O que serd essa maravilha? Para que possamos responder a essa ppergunta, temos, antes, que dar algumas explicagdes sobre as jungdes de materiais semicondutores. Vamos a elas. uma ied anterior do nso cu co, vos ave os compos, quanto & fa aaa com que eles podem conduit aco ‘eo. sostunam ee clsslleaes em co ‘Rtoos,somcondores © slates, Pols eerspara a constugdo ©, conseaden- Rerefa 9 esc dos vansisioes, © ee vents mals porate ¢o semiconduo, Casfeamos como somiconulo: tos 0s covpos cua resshvidade ou rei- tence sapoctica esta ene @ dos con- duos o ads eolaries . Entretanto, quando se alguma substancia a um jor, como 0 germanio eo ‘suas propriedades elétricas sofrem ‘modificagdes. A substancia ‘se adiciona ao semicondutor puro é chamada impureza e chama-se de dopagem ao ato de adicionar-se tais jimpurezas ao semicondutor. b) Tipos rezas Existem dois tipos de impurezas. Um deles é chamado de doador € 0 outro de aceitador. Vejamos 0 motivo. Consideremos 0 semicondutor germénio. Ele, naturalmente, é formado de atomos de germanio. Cada tomo esta ligado aos seus vizinhos através de qua- tro elétrons. Na figura 11-19, representa- ‘mos no papel, isto é, no plano, uma estru tura de germanio, chamada em fisica de rede ou estrutura cristalina. Nessa fi- (gura, cada sinal, dentro do circulo, repre senta um elétron. Assim, cada atomo con: tribui com quatro elétrons para a uniao, havendo dois elétrons em cada unio. Figura 14-19-Estrutura cristina do germanio. ‘Suponhamos agora que ao germa- Tio puro, como desenhamos na figura 11 48, seja dopado (misturado) com tosforo, ue € uma substancia que tem cinco elé fons rodeando o atomo. Essa substancia adicionada ao germanio constitui uma Impureza. Essa impureza tom cinco létrons © 0 germanio somente quatro. ‘quando se misturam germanio , quatro elétrons do fosforo se tunirdo a0 germanio @ um elétron de tomo icard livre, porque na soa juntar-se a estrutura do germanio, uma re ta sein Watponcants Gre News ae Figura 11-20 - Garmin Sopa. 1 com eso. © = létron de ligagto = germanio P= f6storo @ = olétron livre Como 0 féstoro cedeu um elétron (para cada atomo de fésforo), a0 germanio, ele, 0 féstoro, 6 chamado de limpureza doadora. Se ligarmos uma bateria a esse material (germanio + fésfor0), 0 elétron livre se movera através do material para 0 pélo positive da bateria. Ha, entao passagem de corrente elétrica consttuida por elétrons, © semicondutor formado chamado de semicondutor do tipo N (negatvo), j4 que 0s portadores de carga sao os elétrons Mas, hé outra possibilidade. Ao invés de dopar o germanio com fésforo, vamos acicionar a ele uma substancia que tenha somente trés eléons na ultima ca- mada (6rbita), como 0 boro, por exemplo. Entao, havera um elétron a menos na liga- Gao. Dizemos que ha um buraco ou lax cuna, Na figura 11-21, ilustramos 0 fato indicando a lacuna por um circu vazio. ‘Quando um elétron da estrutura se dirige & lacuna para completar a ligagao © tomo de onde ele vei fica carregado Germinio dopa carga negativa. Isto equivale, dizer que 0 atomo que cedeu 9 elation ‘ganhou uma lacuna. a Se outto eltron vem lacuna @ restabelecar 0 equilore Se a ‘mo, deixara, no atomo de onde part, utto buraco postive (lacuna). Deste mo: 4, as lacunas se “mover” no semicon tor e com a particularidade de o “mow. ‘mento” das lacunas acontecer em sentido contro a0 dos elétrons Para que 0 aluno entenda bom co- ‘mo se do movimento das lacunas, vamos tomar uma folha de papel , com um aps,

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