Você está na página 1de 3

A MORTE DO

POETA
(A memria de A. A. Soares
de Passos)

Calou-se a lira! E a criao nos


coros
De menos uma voz aos cus
revoa!
Na imensa harpa, em que o
universo entoa
Os seus cnticos, de menos uma
corda!
Que foi? que nota falta s
harmonias?
Que foi? que mo deixou quebrar a lira?
O poeta morreu, o canto expira,
Cessam seus hinos do sepulcro borda!

Morreu o teu cantor,

Armamento!
O teu sacerdote ardente,
poesia!
Deus, Ptria, a ltima agonia
Gelou a voz que hosanas vos sagrara!

Você também pode gostar