RESUMO: Este artigo pretende discutir as relaes entre corpo e cotidiano no chamado cinema de fluxo, vertente transnacional do cinema das duas ltimas dcadas, marcada pela emergncia de um realismo sensrio. Tratase de um cinema cujas narrativas so calcadas em ambincias e em uma experincia audiovisual conduzida pela sobrevalorizao de uma sensorialidade multilinear e dispersiva. Nossa abordagem ser centrada em dois aspectos: num primeiro momento, faremos uma reviso conceitual do cotidiano e de sua importncia no cinema de fluxo; num segundo momento, discutiremos as relaes entre o cinema de fluxo e a estetizao do efmero, analisando o cinema de Hou Hsiao Hsien (e a influncia de Ozu em sua obra) e discutindo a ideia de um plano-fluxo.
Palavras-chave: Cinema e corpo; cinema de fluxo; cotidiano; cinema