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Ser coletivamente livre viver no meio de homens livres e ser livre pela liberdade deles.

O
homem, j dissemos, no poderia tornar-se um ser inteligente, dotado de uma vontade
refletida, e, por conseqncia, no poderia conquistar sua liberdade individual fora e sem o
concurso de toda a sociedade. A liberdade de cada um , portanto, o produto da solidariedade
comum. Mas essa solidariedade, uma vez reconhecida como base e condio de toda liberdade
individual, evidencia que, se um homem est no meio dos escravos, ainda que fosse seu amo,
seria necessariamente o escravo de sua escravido, e s poderia tornar-se real e
completamente livre por sua liberdade. Portanto, a liberdade de todo o mundo necessria
liberdade; da resulta que no absolutamente verdadeiro dizer que a liberdade de todos seja
o limite de minha liberdade, o que equivaleria a uma completa negao desta ltima. Ela , ao
contrrio a sua confirmao necessria e sua extenso ao infinito. BAKUNIN, Mikhail.
Catecismo Revolucionrio: Programa da Sociedade da Revoluo Internacional. So Paulo:
Editora Imaginrio, 2009a: 76.

Um bonzo rico e avaro tinha feito uma pilha considervel de joias. Um outro bonzo
mencionou-lhe o desejo de v-las. O bonzo avaro lhas mostrou com muita pompa. Depois de o
bonzo curioso t-las examinado, eu lhe agradeo, diz-lhe, por suas joias. Por que me
agradecer, responde o outro, se eu no lhas dou? Foi o prazer que tive ao v-las. todo o
proveito que o senhor tira delas; e o senhor s tem como vantagem sobre mim o estorvo de
guard-las. Essa diferena ligeira, e eu no o invejo em nada. BRISSOT, Jacques Pierre.
Investigaes filosficas sobre o direito de propriedade. Desterro [Florianpolis] : Cultura e
Barbrie, 2015. 64p. (PARRHESIA, Coleo de Ensaios): 53.
O racismo burgus ocidental com relao ao negro e ao rabe um racismo de desprezo; um
racismo que minimiza. Mas a ideologia burguesa, que proclama uma igualdade de essncia entre
os homens, consegue preservar a sua lgica convidando os sub-homens a se humanizarem
atravs do tipo de humanidade ocidental que ela encarna. FANON, Frantz. Os Condenados da
Terra: 135.
Nos pases desenvolvidos, como se sabe, a ditadura burguesa o produto do poder econmico
da burguesia. Nos pases subdesenvolvidos, ao contrrio, o lder representa o poder moral
sombra do qual a burguesia, magra e desprovida, da jovem nao resolve enriquecer. FANON,
Frantz. Os Condenados da Terra: 137.

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