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Gee et ee Cer on ene ni Cores oi ee irs So Teen ee ‘Educacao Inclusiva 0 ‘Aso Vaca Nero mente, seja insidiosamente, seja sutilmente? Néo continuamos dizendo: “Tu estas ao meu lado, tudo bem; mas continuas sen do uma pessoa anormal, continuas sendo um outro que eu no quero sex"? Para que iss0 no funcione assim, nfo continue funcio- nando assim, € preciso que estejamos vacinados e preparados. E preciso saber que no basta simplesmente aproximarmos 0 outro, nao basta simplesmente tolerarmos 0 outro. Temos que entrar na Iégica do outro e convidar 0 outro para entrar na nossa ligica. E para transitar por essas l6gicas, é preciso tradu- nic uma para a outra e vice-versa, por mais diffll e por mais necessariamente incompleta que seja a tradugio. Os autores que vém trabalhando com as politicas ¢ as posticas da diferen- «a, com as questées da traducio entre as diferencas, com as filosofias da diferenca, tém nos mostrado que tudo isso ndo pode ser reduzido a uma racionalidade técnica. £ claro que & preciso deserwolver competéncias técnicas para lidar com essas ques toes; mas tais competéncias so apenas parte da solugio. Elas se situam no plano das condigbes necessérias, mas niio suficien- tes E preciso pensac tas questBes num plono bem mals anplo € complexo, da ordem da cultura, da politica e da vida. Eu disse que ia falar um pouguinho mais e acabet falando muito mais, Acho que € porque me entusiasmo; eu me “enfure- co” € me entristego quando vejo certas simplificagtes, certos barateamentos que estas coisas esto sofrendo hoje, principal- mente no nosso pats. Os rumos gue elas fomam nem sempre me parecem os mais promissores. Eu agradego e peco desculpas por ter tomado tanto tempo de voces Articulagao da satide com a educacio nos desafios da educagao inclusiva ‘Adriana Marcondes © que queremos incluir quando falamos em educacdo inclusiva? Fazer caber o qué? Uma professora de uma escola municipal de Sao Paulo me contou o seguinte: “Fui educada para aprender conforme ensinavam, ¢ assim aprendi e me desenvolvi. Queria que meus alunos fizessem o mesmo, pet- cebessem € aceitassem que aquilo que proponho é para o ‘bem deles. Outro dia aconteceu algo interessante. Um alu- ‘no meu, muito agitado e respondio tecusou comer 0 macat rao que todos comiam, dizendo que o molho estava azedo. ‘Achei um desrespeito para com as metendeiras que tanto se esforcam para servit ¢ agradar essas criangas. Depois de 0 ter repreendido, sentei para almogar € comi todo 0 prato de ‘macarrio, O molho estava mesmo tuim ¢ nio tive coragem nem de recusar e nem de falar. Acho que a maneira como fui educada deu nisso”. Fuca aah a Ser desloge cla da Ue ‘whinge ndings smidade ao cns ties eatin) «Sema (eorlenapto stgeraia do taal de sos Jo caro de ganic aslo) Coma do CRE oie a é Discutiet aqui o que temosaprendido nesse encontroy em que os pscéloge trabulham em insiuiées educativas, no «qe concern Be prétcas relacionadas dqueles consderados fora dia normalidade segundo podrdes diagnésticos ou segundo a expectativa que se tem em relagéo a0 desenvolvimento ov is atitudes dos mesos. Grande sximero dos encansinhamentos que chegam 3s el- nicas-escolae aos postos de side & de erangas com problemas rs eacola ~ as queixasexcolares. E uma epidemia. E conhecla a histria de que os "ual educados" ~ os que nfo aprendem dizeito os que agem de forma indsciplinada -, vio para a Sate de- Quem esté mal na educaeHo toma-se um problema da sate de, de especiaistas da éea da sae. Muitas vezs 0 profisso- zis da sade trabalhamn da mesma maneira que a escola olhan- doo sujeto com o fro do que ele devera se e nfo é, como se 2 forma de agit das criangasfosse produzida por questées in- trinseas apenas, [Nas falas das professorasdomina o tempo verbal fauro do freer ~ aqulo que a esianga deveria ser endo é, 0 que seria ‘bom que aconteceste. Um faturo possiel seo passado fsse dlferente. Nesse lug, poueastupturas podem ser cris. ‘As crlticas a esses trabalhos sio conhecidas: eles desconsieram 0 procesto de produgio do fentmeno analsado, naturale o que € produsido histoamente ¢individuaizam 10 que & da ordem do coletvo. Os fendmenos picolicos so "am ¢ um ven edhe pon inate Pasa ads tea cat a fer te ue pt a Soma Se Pale ‘We dsp UNES dein emounie 20 pate ema Ts ‘pugs ube etree Come Se Ec do Coselos ‘jan de Pec condor Conse de Pesala Ecol sconce cesemssram penne ene no ede“ psig ma sae mang, ‘enn pbc oe bn age oi dar ee pen rman ‘ns rat ane reg Maa ec Soh Coo Peo. 2058 ‘ele Awl cements am 2 Constituidos historcamente. Ter acesso a eles implica buscer & rede de relagdes na qual eles se viabilizam, As queixas escole- fes so produzidas coletivamente. Perguntamos: que priticas estabelecer considerando essa ctica que denunciou que o fracasso estar nto pode sr ef TeRidd cio producto individual? Os adversérios ciemtificos, Baliticos, priticos j6 foram bem denunciados. Mas onde reside ‘eapacidade de transformar as prticas? Afiemar e denunciat a ‘ilps da vivima nto € sufiiente ~"" Unn trabalho que realizamos hi cerca de sels anos produ- iu uma inflexdo bastante intensa em nossas relagbes com as cescolas. Fomos chamadas para realizar @ avaliago psical6gica de 139 alunos do ensino fundamencal da rede pablica de Sio Paulo. Aceitar esse desalio, endo a ertica que tinhames com telagio ao lugar de avallador, exigiu de nds descobrirmos como air diante da demanda de avalingio psicolégica de uma crian- @encaminhada. ide cerca de quatro meses indo as escolas,conver- sando com professores, mies, funciondics, encontrando-tos comm as eriancas, pesquisando os prontustios, inhamos virios rl ‘os, conversas e observagdes. Passamos a conhever as préticas cotidianas que estavam relacionadas Véios encatninkunien- {G_Vejo-me, ci tutor momentos, falando sobre esas pi cas que aprendemos a considerat em nossos traballos. Priticas {que nos ensinaram os ceminhos para buscar © processo de pto- ddugio dos encaminhamentos. Vejamos algumas: a montagem das classes, a atribuigio de sala nos professores, a partcipagéo dos pais nos féruns de poder da escola, a8 esteatégias para tra- balhar com criangas com algum tipo de comprometiment, as reunides de pais, as discussdes nas reunies de professores © ‘outas. Nessas pticas, visamos buscar os processos de produ- se subjeuvidade nds engefidraos. " Asuoubuncoess Na sgceeno um exemple rica a finn ds reunies das proestoras. Multos alunos havi sido ena g rhados sem que as profesora tivessem dict os e350 deles 2 casa strlen, penance oinrean ie me lo soba tempo es eeunies pra a dscunbo sabre © que teontecla no eatlano ceca por eausa do grande nimero de 3S cs adminis ¢ de decotes que tom aoe et toma ds “para one? = A maneira como esse aluno estava sendo encaminhado, sem ter havido uma discussio com o grupo de professoras sobre tu hipdres aoe peels aber com lao tele evla 8 produgio dull que chamamos de ndviduaiacto do ue 6 th exdom do ecleio, com o cones enfaqueciment do ‘poder do coletivo. O aftino era destacado do’ mosaico formado |) pelo cotidiano escolar e tomava-se uma pega a ser avaliada por fem ceroctrsicas indvdvls: No era ton a grande expec tativa de algumas professoras, de que os psicélogos pudessem f deciftar — e, quem sabe, curar ~ 0 aluno encaminhado. Algutsdewesaknoseneaminhodosfeqtentavam cles capes (graesudantesdognstiados como cendo defn. f+ dtmenal gu eve) Taam sid encaminkadc pra eval fo pcligin pols sus profess pchevam que etavam en fo que noe cautouexpants)e ue preci de elt pacaligco mosrando que podem freqentr a clase ret ia clases especiastnkam recea de que al cpl € 88 is. Potato, 0 que motivava os ence esconhecimenco pelis:proeisors das clases regulares desses das classes expecins ea solicto das professoras pecais que receavam a dicriminagio em relaglo ses motivos ~ 0 descanhecimento, a solid, 0 receio - somente seriam afetades se fosse realizado um trabalho que seragoonShioromnEDecootsennaDeneoneN 1 sve} crs NESSIE On doin i se colocavam erie qual pitas estabelecer pars que apo fessoras das classes regulars pudessem conhecer as criangas das clases expecias? Como intervie nesseteritério no qual se constitu 0 pedido de avalingo psicolgica? Agi gor exemplo,naqullo que produsiao encaminhamento de Jéferson‘—uma crianga com distérbios globais do desenvol- vimento, diagnosticada como psicética — implicava fortalecer uma rede que até entiio nem existia. Juntamos a professora, a coordenadora, a psicéloga da APAE, o pai dele e nés. Esse en- contro afetou 0 desinimo da professora de Jeerson, Mat, que se via sorinha nessa montagem; fortaleceu a possibilidade de discutir, no grupo de professoras, estratégias de agio para o tra- balho com os acontecimentos relacionados ao Jéferson e a to- das as criangas ¢ nos mobilizou para pedir que a equipe técnica da Secretaria da Educagio pudessetrabalhar com as angistias a: acontecimentos produsidos no diaa-dia, em ver de dat taterial teérico © pedagégico tobre “como trabalhar com Teleéuicos”. Sim, porque dependendo da maneira como se im- planta isso que chamamos de processo de incluso, Jéferson ficaré na escola A merc® dos esfergoe, das angrstias ¢ da forga dle Marl, Permaneceré segregado. Sahemos que exe encontro do qua alamos é marca eefeito dle um processo no qual era necessrio conseguir vérasrupt- ras, Por exemplo, para Mari poder participar desse encontro, iso sgnfeava responsabilear 0 coletivo da excola por essa de ‘cisio; afinal outra professora teria que ficar com a classe dela naquele dia. E, até aquele momento, Jéferson era “de Marli". esse sentido coloco-me soidéria is wirias professors da rede piblica de noso pals prosutor de desigualdade, que dla ‘p6z dia tecehem a incumbéncia de leat, ensinay, motivat, dlesenvolver ¢ tomar cidadéos milhares de criangas e jovens “Eee ain ome ei do ad pect Pog cso. do [BUS pin Ln Colom 103, % dona Masooeee gue. figgdentam ama escola de ma qualidade, efeto de_um 58 polica de privtisgio e da educagdoor- licenga e abono as condigSes do exerefcio de suas fungées. Buseamos, portanto, em nostos trabalhos as eondligbes de possibilidade dos fatos (condigbes historias) © nessas condi- ‘ghee derivamos. Muitas professoras nfo sabem que podemos fa- er alg cifernte'de i atendimento indvidval e que eof 0 ue BOs, podemcsajudéla a pensar como agi nos 3Con- ‘ecimentos do dia-adia. = ‘Com os trabalhor ie fomos desenvolvendo conquistamos coutras possbiidades: de especialistas fora do movimento instituconal, que estabelecam prtics reforgando a iia de aque os problemas aio excess, so “cosas que nfo deveriam Acontecer, ma infelismente acontecem"~ € caracterstia do fetado capitalicatratar a todes os problemas como se fosem txncectes~, para tabular com or educadores, trazendo 0 di- tmensio da subjecvkdade para o trabalho da edueagio. 'A tea da pscologa relacionada & educagio concentra visbes¢ fzees reprodutores da ideologia dominante. E co- ‘mum um grande nmero de psieélogos defender que uma isa 6 0 politica e outta é a técnica. Nossa formagdo picologza 0 fncasso e naturalia a exsténcla de perdadores {ie devemos ajuda, como se. mesmos fracassassem pot tmotivagdes inteinsecas..0 pedido de laudos e parecere, a demanda de avaliagéo de caracteristicas mensuraveis do sujeito, a crenga em orientagSes vindas de fora da institu fo escolar, 0 mercado das palestras, os cursos de Capacitagio, etc. tém atravessado muita das préticas dos prlcblogos na étea de educasio. ‘is irc Ar dom dene Ed Nos 15 ‘Famnor com cfiaiGae de’ clase especial, Ameuplon Suercouatacionmommnsnaricaonisnh TT Temos, portant, um discurso cxtico ~ profesones¢ espe- cialistas que defendem préticas democriticas, inclusivas — € pricascotdianas que not revelam 0 espago perigoso e allena- do entre os dscutts eas préticas. Passa ser natural exist passelos pagos em escola pilias, ¢ também natural que uma fu outta ctianga nfo possa ira este paste, pote 08 pals nia puideram pagar. Ensinamos, com 8s, que tados os alunos da ‘escola pablice somente podem participa das avidades da es cola ~e, portant, aprender ~ ae tiverem condigbes fnanecias pata iso. Legtimamos a violéncia cotidiana enquanto fleamos cho cadoi com violencia radical. Durante um trabalho que reall conhest Andteza Perguntel a ela como era a histéria da ida dela para a clase especial Eli me conto, depois de vérios encontos, um semte- do: certa ver ouvira, escondida atrés da porta da sala da psicd- logs, que tisha um problema; e acreditava que quando nfo tives mas ese problema, ela satin da clase especial. O pro blema era uma doenga que se chamava ‘Anutesza estava presa a esa ipstese "Ao conhecer esss ctiangas de classe expecial, conhece- ‘mos uma diversdade de situagdes:ciangas normals, segundo paddies diagnéstcos, que estavam freqlentando aqucassalas f queriam sairde I outras que estavam felis; crlangas com comprometimentes, que se sentiam excluids, diferengas des. unis, esas eriangas mergulhadas em suas dileuldades li fea- ‘amy outras gostavam daguela sala, daquela professora, pois se Sentiam mal fora dali, onde eram tratadas como loscae esqu- sits. Nessa diversidade, todas as exianga tinham algo em co- rmume a vivéncia de uma prtica escolar que Ihes ensinava que clas somente poeriam freentar a escola no lugae de exancas E clag epil ¢ 960 Wad gue exam lade mental", “Teneo to dent am cee no i igs cds op So dn Conde ess 199- sgulares no deveriam esta com e Saas. utr, Esse afetoscirculavam nos dscursos das crangas, dos pais, dos profesiores ~ “cranca de clase especial", “cranga de cl se regulae", yma geogtaia que_engendea afeton que nos fxam como normals e anormais e que intensifiea processos de quais passamos a natalia a saiegagi "A existencia de exiangas com comprometimentos sempre fol uma sears na qual educadores e picSlogos pareciam bem cesidas,Inicialmente fomos chamados para indicat eavalar a criangas que tinham defcigncas e que or iso io iiam apren det Depots participamos de avaliagées de eriangas que iriam para as classes especais onde receberiam uma educaglo con. 1G forme suas patoogias. Essas exiangasespeciais, esses alunos especias, tomaram- se alunos portadores de necessdades especials. Depos,torna- © ramvse portadores de necessidades educacionais especiais. Hoje, pelos corredares, pereebemos que esses mesmas eriangas ga” B shoram um oureo nome. Como outro dia me disse uina profes: {2 sora, ela estava com duas “eriangas de incluso” em sua sala oje sto ertangas de incluso. si midanga no disci, e no apenas no discutso como também na fei txnou-se uma palaven de ordem com efeitos no cotidiano. Ao mesmo tempo em que se conquista ese potencialca uma prtica polities que visa a educagdo para 1o- dos, essa palavra de ordem fi rapidamente capturad, de for- sma que todos slo, agora, a favor da cidadania, da incluso 0 gp (it 5 pdx ent pt rolicorSaen somo se umas atrapalhas- 1S Lusi poe ee radicaldade dessas concepgées. Ora, a lgica manicomial pode perfeitamente estar presente sem.os manic{inios. A exchusio ode se dat agora mais ivisvel, nas cases regulars. Se 60 ‘mos a favor de plticas de incluso, somos contra o qué? Con- AmanseiomSamecneaoceormrcrosnsicaonmisvs tra quem? Contra quais pritcas? A favor de quais process de subjeivagio? ssa dicussio nos alerta para o_euklado com o efeito do desoparecmenta da eso « do pio TATRA Te “Fferengas. Como se todor quseemos a mesma eo, Por ISS ecesridade de erarmonestratégias © procedimentos para nossa ages, de persarmos em formas de manter @ tens, ou melhor de dar visbltdade & lita, que s6 se torn vise quan- do escapamos do corpo desir crangase persbemos os emba- tes, ascontradigbes, 08 desenconteosexstentes no estabelec- mento de diferentes prticas Como char as rms «8 peticas que tmos visto © pr ticado para fier emerge as elagSes de forces nas guns els se Consttem? As demandasfzem pnt de nowo bal ina Sosa iar dapcsitvore ages aia Tompet, park citar Gin procesios que #0 not velhos conhecidos. ie ‘transformam a -desigualdade’sacial em diferencas individuais e re vidualizando no como das riangas © que € pro- digas cletva. "A insprago foucauliana nos mestrou que os chamados compos dees nfo se resting Aquees corps abigas, opr mos frgndos. © poser no se iscreve no compo fo como se fosse algo delimitado. Ele se inscreve no plano da vida. Nao ape- rs no vivo, mas no plano da sve ~ 0 podetagindo no vives, 0 Fiopoder Fpucul define o poder como rela de fogas € uma agio sobre outra agi: Ness elagbes de HRS, FROME ee Tae cbjetivae ubjerin,Q poder ~ as elagbes de fogs ~ fs dlomina uma aco sbre outa ¢ como ago entendemon ox ve ta no Info. Doc € ua ago, € uma fora. As formas “its, 0 eas, far a5 relagbes de poder < So saps, As clases epectas o formas que fe 3 sam, detrnitiam uniter de procedimentos ~ os dings “ ‘ ‘Neral acon sree tin, eae 8 Na \o « Arsoou Moconces cos, 0s professores especalizados, a segregacdo, os encaminha- rmentos para avaliacBes psicolégicas. Por iso a necessidade de, perante os extratos, isto é essas formas que fixam, recuperst- ros as intensidades que produsiram tals formas, as condigbes de possbilidade (histéricas) de sua producto. Para qué? Para dliferenciay, para produsirdesvios que permitam rompermos com ‘aquilo que se tornou dominante © hegemBnico. Como? Prod indo diferentes encontros ¢ conexdes, © indisciplinar fem se ‘conectado com o “liar adaptacéo™, com a falta, com necesst- dade de mudancas interiores no sujeito. ose se conectar com resiste &s formas que trabalham no impedimento do processo de exiago, pode se conectar com a criagio. Podemos dizer que o programa politico inclusive produz desvios E um dispositive, realize atualizagées, como todo dit- ‘Pvitivo. A prisio € um dispostivo que assujita; ours disposi- tivoe podem exiar diferenciagao, ‘Ora, cabe a fis, perante um dispostivo, perceber os sabe res, os poderes, e também as fraturas que se operam, Teco pro- dato, toda forma instiutda, comporta um plano de producto, de povler constiuinte. Todo vivo comporta dimensies de ctia- fo. Por isto, podemos, por exemplo, na escola, mapear as for- gas, as rel eames, ‘Gs pontos de embate, as “tciddes, feos, e fner aparecer o proceso de producto ‘aquild que vemos. Nesse processo, apostar onde as possilili- dades.diruptivas se. dig. ; “Temos que analisat as forgas que dominam, que estao f- xadas nas insticuiges problematizando os limites de nossasin- tervengGes. Se, em algum momento, criar oficnas ou grupos jcom as eriangas foi um dispositive de intervengio para lesestailizar saberes ¢ poderes que dominavam, temos que wvalinr e hoje eles esto mais a servigo de trabalhar sobre uma ma dada do que sobre o processo de producéo. 52" Nossa funeto € fortalecer 0 eoletivo dos profissionas da ins tituigao para problematizarem os temas que nos trarem. As yezes Ammmusclona SanEOMARUEAGLONSEeanmRoARLINAOBLA A tem menor poténcia intervir em pontos jf bastante endurecidos, Formas nstivuas € reconhecidas. Como dissemos, tems fei- 1 articulagdes interessantes em relagao a uma prética na qual cdomina 0 assujetamento — a avaliaglo psicolégica. Fazé-ta uma pritica produtora de difetenciagSo tem sido um grande desafio. Mas, nas vétias lutas que podemos tragar, podemos ver aquelas que, naquele lugar, ganham maior poténcia. So os ppontos criticos, onde as crises e as contradigGes sio intensas. Criamos tertitétios, dispositivos de intervencées grupais; visa mos restituit ao paiblico e a0 coletivo aquilo que fot individua- lizado no corpo da ctianga — 0 plano politico é coletivo e com- ppotta todos os vetores que constrdem ee “TERR apORTTS algumas diregies que Buscamos forta- lecer em nossos trabalhos com relagéo as criangas com necessi- dades educacionais especias: + a necessidade de montagem de escrutura de atendi- ‘mento na qual as diferengas espectficas de cada ctian- ‘68 possam ser afirmadas, o que implica na subversdo da Tgica que tem dominado a clinica e a escols: + a discussto com o grupo de professores para refletirs0- bre a intensa mobilizagso que produs a presenga de uma crianga com transtomo grave no cotidiano escola, es- tando atentos para as deficiéncias secundétias (pre- conceito, medo da aproximagio, receio dos pats das criangas ditas normais); am dpe Space ci lo Cnt de Pesop gsc inp cle ogo iden Be iene combat cman ted da glo pion opie ‘impairs uma su debe crepenentsan aeaongioenemerioede es ‘cl (00200 souinvenandos mans seaside coemertarpsdnae flops deconnts dh aval ities 0012005) msn ec Se feraleer a pocets de salogerpclipee sue cnr posto dos ‘tcaminmercn oqo inca em tinea ern icra nto a ‘onda demancin scarce gucipamaslinre sue decode terse ‘mopped nas a Aw Manconss + a reflexio sobre a relagto da sate com a educagto ~ no mais a busca de um diagndstico individualtzado no corpo da crianga sim de um trabalho que problematize 2s priticas escolares para que a escola se beneficte com a presenca dessas eriangass + areflexdo sobre a produto da exchusio ~ quando um aluno com algum tipo de comprometimento participa do cotidiano escolar, intensifica-se 0 atravessamento de priticas que produzem a exclusio no interior da es- cola; se essa precigio nao for problematizada, a exclu- sli ficaré A mercé dos preconceitos; + a discussio sobre a maneira de se conceber a educagio = dentro de um movimento de busca de uma sociedade mais igualtéria ~e @ aquisigfo de conhecimento ~ como tum processo que se dd no conffonto com 0 outro. ‘Visamos 0 fortalecimento do coletivo do geupo das profes- soras, © que implica em amplar as possibilidades do surgimento de contradigées, controvérsias ¢ diseussbes em relagio as temiticas presentes no cotidiano escolar O siléncio de muitas professoras em relagSo ao que pensam nos dé a dimensio da importancia da fungi do coordenador pedagético. Direitos humanos, educagéo inclusiva e reforma psiquiatrica para a crianga e o adolescente ‘Wagner Rani A inclusio nas escolas comuns de criangas com graves pro- blemas de sate mental, entre elas as que apresentam Trans- taro Global da Desenvolvimento, € dispestivo teapéutico de ‘uma poténeia muito grande. Porém a construgio desse projeto Inclusivo nio € fécil; ao contrério, & muito difel. E deve se realizar dentro de um projeto mais amplo, que articule uma aso visando quesises éticas, de direitos humanos e de cidada- nia para a familia € a crianga, mas que avance na construc dde uma parceria muito importante entre a Saiide e a Educa- io, instrumentando-se com dispositivos técnicos abeolutamnente indispensives para que isso ocorra. Devernos alertar os defen- sores da inclusdo de que existe a necessidade de se fazer isso de “hide pate cn Pets Pagus nit Daceroeta Med en Mein selenide aici de Univer cd Sao ilo (USD, Asete Doe ‘Scragade arse Pop ta da rng do Hog Utes PAUSE cree dt Se Sopris dei Pua Crea Cato de pas ao Teese She Mana sng dr Sapte Je FOPSRAS Prd Macs {Shao Clear notnitontie TD inert pesca {i hesogaaUSP nite ne pala cosmic pedis Oindee ne fates Wise nino di Sana ett pl Com Psy So

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