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SHIGUEMORI CURSOS JURIDICOS Audiéncia Trabalhista COORDENAGAO E ELABORAGAO GERSON SHIGUEMORI Avenida Liberdade, 21 — 4° andar - Conj. 411 - Sao Paulo — SP - CEP: 01503-000. Telefone/Fax: (11) 3331-4140 — demais localidades 0800-7725548 Site: www.shiquemori.com.br — email: contato@shiguemori.com.br SHIGUEMORI CURSOS JURIDICOS SUMARIO Conceito de audiéncia 03 Principios aplicaveis na Audiéncia Trabalhista 03 Da designagao e instalagaio das audiéncias 04 O convencimento do Magistrado 05 Do Jus Postulandi e a presenga do Advogado 05 Auséncia das partes na Audiéncia Trabalhista 09 Tipos de Audiéncias no Processo do Trabalho 10 Preparativos para a Audiéncia Trabalhista i A tentativa conciliatoria 12 A Comissao de Conciliagao Prévia Sindical 13 Cautelas na Conciliagaio 14 A fase instrutéria do proceso 15 Da Contestagao ou Defesa 15 Da argiligéio de falsidade e reconvengaio 16 Réplica e ponto controvertido 17 O Protesto — Prescrigo e Interrogatério 18 Das testemunhas 19 Prova emprestada ¢ Cistio da Prova 2 Prova Documental 22 Prova Pericial 23 A Inspegao Judicial 24 Provas obtidas por meios ilicitos — Alegagées Finais 25 Da Sentenga 25 A Ata da Audiéncia 26 email: contato@shiguemori.com.br AT_ys2011 “SHIGUEMORI CURSOS JURIDICOS ne OW Deere ae led ey off iy CPO) perc termo audiéncia provém do latim audientia, que significa também audiedo, que no Direito podemos entender como sendo a realizagao de ato solene determinado por Juizes de Direito, para a produgtio de provas em processo judicial, aplicavel na primeira insténcia, pois nos Tribunais denomina-se sessdo. ao Aa Cogn Aveo AGS de Uenlece ee 3) 2) A PROVA E SEU DESTINATARIO: ‘A palavra prova deriva do latim probatio, que significa produgao antecipada, atestar, demonstrat, confirmar, confrontar, ¢ consiste em demonstrar a verdade sobre um fato ou ato praticado, com vistas a convencer 0 magistrado que ¢ do destinatirio mediato da prove, gendo © processo o destinatirio imediato. 3) PRINCIPIOS _APLICAVEIS NA AUDIENCIA_TRABALHISTA, DENTRE UTRO: AMF! de CLT-p O Yigg. h— 1 Asl\qo ose bane om prinuieres a) IRRENUNCIABILIDADE DOS DIREITOS ros DO EMPREGADO: Nos termos do art, 444 da CLT, que prevé a liberdade de contratar entre empregadores e empregados, desde que os contratos nfo afrontem as normas de protegdo a0 taba, 8 Convenges Coltvs ¢ «Jurisprudence, concluse que o empregado no possa renunciar aos seus direitos trabalhistas a favor do seu empregador, sendo nula qualquer convengfo neste sentido. cade, se vemngenar se SeoeNS CO b) VERDADE REAL — Conforme j4 comenti\fg-anféviorfndlit® ha amRERa trabalhista © juiz deve buscar o quanto possivel, reviver os acontecimentas dos fatos alegados, no se satisfazendo somente com as provas trazidas aos autos, sendo comum dizer que no processo trabalhista, 0 que ndo esté nos autos pode ser trazido para 0 mundo, enquanto em outros processos, 0 adagio se modifica, mencionando 9 que nao esta nos autos, ndo esta no mundo. ©) ORALIDADE — Os procedimentos em audiéncia desenvolvem-se oralmente, sem a necessidade do formalismo da escrita, podendo e devendo os advogados ¢ partes, expressarem-se oralmente perante 0 magistrado, expondo de forma objetiva suas assertivas e pretensdes. d) CONTRADITORIO - A Constituig&o Federal em seu artigo 5° inciso LV, estabeleceu que 0s litigantes e os acusados, possuem direito ao contraditorio ¢ ampla defesa, e desta forma, todas as possibilidades concedidas a uma parte, devera ser concedida a outra, além de the ser dado o direito de impugnagao de qualquer prova email: contato@shiguemori.com.br 3 AT_vs2011 SHIGUEMORI CURSOS JURIDICOS ) DA COMUNHAO DA PROVA - Conhecida também por principio da comunidade ou aquisi¢ao processual, segundo o qual a prova pertence ao processo e nao a quem a produz ou pede sua produgao, e por conseqtiéncia, um documento ou uma testemunha, poderd ser desfavordvel a quem a juntou ow a trouxe em Juizo. f) DA HIPOSSUFICIENCIA DO EMPREGADO ~ Indica que na relago processual trabalhista, o empregado serd considerado a parte menos suficiente, tendo em vista que a realidade social aponta, em regra, que 0 empregado é menos favorecido que 0 empregador, e para que prevaleca a equidade e o principio da igualdade, deve o magistrado e a Justiga do Trabalho, dispender tratamento diferenciado ao empregado, por forga do artigo 9° da CLT, que prevé que serio nulos de pleno direito os atos praticados com 0 objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicacao dos preceitos consolidados, bem como a tese de Ruy Barbosa, que determinava tratamento desigual aos desiguai ob Spredo 3h patiaee A’ IE docec 4) DA DESIGNACAO E'INSTALACAO DAS AUDIENCIAS a) A Reclamagao Trabalhista poderé ESCRITA ou VERBAL, nos termos do artigo 840 CLT, € recebida e protocolada a petigio, o escrivao ou chefe da secretaria remeterd a segunda via da petigao, ou do termo, ao reclamado, NOTIFICANDO O MESMO a comparecer em audiéneia, que seri a primeira desimpedida DEPOIS de 05 dias, sendo que na pratica, 0 prazo minimo para designagio de audiéncia, conta-se a partir danotificagdo ao reclamayto, conforme o artigo 841 da CLT. b) Nos termos do Provimento GP/CR 23/2006, os prazos para designagao de audiéncias serio os seguintes: Art. 28. A audiéneia de instrugio e julgamento deverd ser designada, a contar do dia da distribuigio, nos seguintes prazos: I—médio de quinze dias tteis, no rito sumarissimo; Il - médio de trinta dias, nos processos de algada exclusiva das Varas; III - médio do quarenta dias, no rito ordinario, quando a audiéncia inaugural for fracionada e1 truco e julgamento; IV — niio superior a 180 (cento € oitenta) dias, no rito ordinario, quando se tratar de audiéncia una. ©) De acordo com os artigos 813 a 817 da CLT, as audiéncias dos drgios da Justiga do Trabalho serdo pitblicas e realizadas na sede do Juizo ou Tribunal, em dias titeis previamente fixados, entre 8 e 18 horas, nfo podendo ultrapassar cinco horas seguidas, salvo se houver matéria urgente. 4) Nos casos excepeionais de que trata o art, 155 do CPC, os atos processuais corrertio em segredo de Justiga, quando 0 exigir o interesse piblico e em processos que dizem respeito a casamento, filiagdo, separagao dos cénjuges, conversdo desta em divércio, alimentos ¢ guarda de menores. © processo trabalhista estar contido no que diz. respeito ao interesse piblico e seri aplicado 0 segredo de Justiga pelo Juizo, em casos que tratem de assédio sexual envolvendo pessoas casadas, menores e outros como exemplo, neste caso somente as partes ¢ procuradores poderdo consultar os autos, em excegaio ao art. 779 da CLT. email: contato@shiguemori.com.br 4 AT_y2011 SHIGUEMORI CURSOS JURIDICOS ©) Em casos especiais poder ser designado outro local para a realizagiio das audiéncias, mediante edital afixado com 24 horas de antecedéncia. ) Nas audiéncias deverio estar presentes, os escrivées ou chefes de secretaria e 0 Juiz, que declarara aberta a audiéncia, sendo que o escrivéo ou chefe da secretaria fard o chamamento das partes, testemunhas e demais pessoas que devam comparecer. g) Se até 15 minutos apés a hora marcada, o juiz nfo houver comparecido, os presentes poderfio retirar-se, devendo apenas constar no livro de registros das audiéncias. h) O juiz deveré manter a ordem no recinto, determinando até mesmo mandar retirar do ecinto os assistentes que a perturbarem, sendo detentor do poder de policia na audiéncia, nos termos dos artigos 816 da CLT e 445 do CPC i) © Magistrado possui como dever, tratar com urbanidade as partes, os advogados e testemunhas, nos termos do artigo 35, inciso IV da LC 35, de 14/03/1979 — LOMAN, respondendo eventualmente por abuso de autoridade, prevista na lei 4898/65. j) Por outro lado, o Estatuto da Advocacia, lei 8/906/94 estabelece em seu artigo 6°, que nio hé hierarquia nem subordinago entre advogados, magistrados e membros do Ministério Publico, devendo todos tratarem-se com consideracio e ito reciprocos. ‘0 DO MAGISTRADO E SEU PODER DE POLICL a) O Magistrado teré ampla liberdade de formar 0 seu convencimento diante das provas produzidas, devendo ser lembrado o principio do livre convencimento do juiz, previstos no artigo 131 do CPC e 765 da CLT, sendo que no processo trabalhista, o juiz devera observar a chamada yerdade real, principio oriundo dos textos dos artiggs 9° da CLT ¢ 130 do CPC, nao bastando a yerdade formal que representa a verdade aparente, sendo importante ainda ‘observar os artigos 445 ¢ 446 do CPC. Art, 130 ~ CPC - Caberd aaJuiz, de oficio ou a requerimento da parte, determinar as provas ngcessirias_d_instrugio do processo, indeferind as diligéncias intteis_ou metamente ‘protelatérias, Art. 131 - CPC - O juiz_apreciard livremente a prova, atendendo aos fatos e circunstincias constantes dos autos, ainda que nao alegados pelas partes; mas deveré indicar, na sentenga, os motivos que Ihe formaram 0 convencimento. Art, 9 CLT ~ Serio nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicagao dos preceitos contidos na presente Consolidagao. Art. 765 CLT - Os juizos e Tribunais do Trabalho terio ampla liberdade na direga0 do processo e velario pelo andamento répido das causas, podendo designar qualquer diligéncia necessaria ao esclarecimento delas. AX. 6 da CLT- WES Wi Werte in - Qnade Aa OAB 6) 0 JUS POSTULANDI E A PRESENCA DO ADVOGADO. ‘email: contato@shiguemori.com.br 3 AT_vs2011 SHIGUEMORI CURSOS JURIDICOS a) O art. 839, “a” da CLT salienta que a reclamagao trabalhista poder ser apresentada pelos empregados ¢ empregadores, pessoalmente, ou por seus representantes, ¢ pelos sindicatos de classe. b) As partes poderao fazer-se acompanhar de advogado, sendo faculdade da parte, onde nos dissidios individuais 0 advogado representa a parte ¢ no dissidio coletivo, o advogado assiste a parte, conforme art, 791, parag. 1° e 2° da CLT, que deverd estar habilitado perante a OAB para o exercicio da profisso, ¢ para tanto, deverd apresentar 0 competente mandato, que podera sér tcito ou “apud acta”, com poderes simples, ou escrito, por instrumento publico ou particular, com poderes especiais e especificos, sendo dispensdvel o reconhecimento de firma, mas com observancia a 0.J. 393 da SDI 1 do TST. ©) A leil 12.437 de 06/07/2011) acrescentou o pardgrafo 3° ao art. 791 da CLT, no qual estabelece que “a constituigao de procurador para o foro_em_geral poder ser_efetivada, mediante simples registro em ata _de audiéncia, a requerimento verbal do advogado interessado, com anuéncia da parte representada.”” ‘A Resoluco n° 165/2010 edita a Simula n° 425 do TST, nos seguintes termos: «425, JUS POSTULANDI NA JUSTICA DO TRABALHO. ALCANCE. O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-sé as Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, no alcancando a aco _resciséria, a aco cautelar, 0 mandado de seguranca e 0s recursos de competéncia do Tribunal Superior do Trabalho. c) A Emenda Constitucional de nimero 45, alterou 0 artigo 114 da Constituigéo Federal ¢ a Justiga do Trabalho passou a ser competente para julgar os litigios oriundos das relagdes de trabalho, incluindo os casos envolvendo trabalhadores auténomos, ¢ desta forma, entendemos que 0 artigo 791 da CLT nao se aplica aos processos judiciais que nao envolvam empregados ¢ empregadores, devendo assim o trabalhador auténomo estar representando por advogado, nos termos do artigo 36 do CPC. d) O Advogado, em caso urgente, poderé postular em Juizo e requerer a juntada do instrumento em 15 dias, prorrogaveis por mais 15 dias por despacho do Juiz (art. 37 CPC). Atentar para o fato de que nao ha previsdo legal para juntada de SUBSTABELECIMENTO, ¢ caso ocorra a juntada do mencionado instrumento, tora 0 advogado substabelecide solidario na responsabilidade profissional perante o constituinte, ¢) No caso especifico da audiéncia trabalhista, caso a parte esteja acompanhada por advogado, basta que tal situagdo conste na ata de audiéncia, sem a necessidade da juntada de instrumento de ludicii i vez que a nomeagdo neste caso, ocorre na forma fou mandato técito (Simula 164 TST), ¢ restringe os poderes responsabilidades do advogado somente ao ato iéncialfnao’ ‘0 mesmo, responsdvel nos demais atos processuais, no podend ever qualquer petieo futura. cionar como Adyogado e preposto de pessoa juridica, em razdo | da parte, como tentativa de prova da igo de Etica e Disciplina da OAB — “E CIONAR) NO MESMO — PROCESSQ, ‘email: contato@shiguemori.com.br 6 AT _ve2011 DEFESO _AO_ SHIGUEMORI CURSOS JURIDICOS SIMULTANEAMENTE, COMO PATRONO E PREPOSTO DO_EMPREGADOR OU cu mi g) No entanto, a Jurisprudéncia do E.TST demonstra situagdes conflitantes: DTZ1071461. - ADVOGADO-PREPOSTO - ATUACAO CONCOMITANTE - POSSIBILIDADE - & possivel a atuagio concomitante de advogado e preposto da reclamada, por nao haver norma proibitiva dessa atuacio e por nao serem incompat 0s interesses da reclamada, representada pelo preposto, ¢ os do advogado constituido para defendé-la. Recurso de Revista conhecido e provido. (TST - RR 370159/1997 - 5* T = Rel. Min, Jofio Batista Brito Pereira - DJU 27.04.2001) DTZ1071462 - Advogado - Preposto - Audiéneia - Confissio Fieta - Pena de Confissio - O exercicio dos papéis de advogado e preposto sio totalmente diversos. O advogado é procurador, enquanto o preposto & representante do empregador. A atuagio do advogado nio dispensa o comparecimento do preposto da empresa a audiéneia, pelo que acertada a pena de confissio aplicada. (TRTI* R. - RO 21.927/94 - 9* T. - Rel. Juiz Alberto Franqueira Cabral - DORJ 22.11.1996) DTZ1071471 - CONFISSAO FICTA - PREPOSTO ADVOGADO - A atuagio na condigio de advogado e preposto, simultaneamente, € expressamente vedada pelo Cédigo de Etica e Disciplina da OAB, art. 23: "E_defeso_ao_advogado funcionar no ‘mesmo process, simultaneamente, como patrono € preposto do empregador ou cliente", cabendo lembrar que a Lei n.° 8.906/94, que dispie sobre o Estatuto da Advocacia ¢ a Ordem dos Advogados do Brasil OAB, estabelece em seu art. 33 que "O adyogado obriga-se a cumprir rigorosamente os deveres consignados no Cédigo de Etica e Disciplina." (TRT12* R. - Proc. RO-V 00649-1999-040-12-00-8 - Ac. 13221/02 - 3° T - Rel*. Juiza Maria Regina Olivé Malhadas - DJSC 25.11.2002) h) O Advogado possui imunidade legal se estiver postulando em Juizo, nos limites da discusstio da causa, nfo prevalecendo em caso de conduta criminosa. O parigrafo 2° do artigo 7° da Lei 8.906/94 preleciona: “O ADVOGADO TEM IMUNIDADE PROFISSIONAL, NAO CONSTITUINDO INJURIA, DIFAMACAO OU DESACATO (*) PUNIVEIS QUALQUER MANIFESTAGAO DE SUA PARTE, NO EXERCICIO DE SUA ATIVIDADE, EM JUIZO OU FORA DELE, SEM PREJUIZO DAS SANCOES DISCIPLINARES PERANTE A OAB, PELOS EXCESSOS QUE COMETER.” ‘Adin n° 1.127-8. A eficdcia da expresso destacada foi suspensa pelo STF, em medida liminar. i) O estagidrio de direito, apesar de inscrito na OAB nio poder realizar audiéncias como patrono da parte, mas se levarmos em conta o art. 791 da CLT que prevé o Jus Postulandi, se a parte estiver presente, poderd o estagidrio apenas acompanhar a audiéncia, sem dircito a qualquer manifestagao. j) Nos termos do art. 7° ine. X da lei 8906/94 o Advogado poderd pela ordem usar da palavra para fazer constar seu insurgimento, mas o art. 446, parag. tinico do CPC, prevé que nio email: contato@shiguemori.com.br 1 AT_ys2011 SHIGUEMORI CURSOS JURIDICOS poder 0 advogado intervir enquanto estiverem depondo as partes, as testemunhas, peritos ¢ assistentes técnicos. 2D) REPRESENTACAO E ASSISTENCIA: a) A representagtio nfio se confunde com a substituigo processual ea assisténcia, Na representacdo, o representante age em nome do titular da pretenstio defendendo o direito do proprio representado. A representagio pode ser legal, como na hipétese de representagaio de pessoas juridicas de direito piblico (art. 12, I Il do CPC) ou convencional, como ocorre aos representantes indicados pelas pessoas juridicas de direito privado (art. 12, VI primeira parte do CPC) — A assisténcia pode ter intimeros significados, consistindo numa assisténcia interventiva, litisconsorcial, assisténcia judicidria e assisténcia judicial dos relativamente incapazes (art. 4° do CC). a.1) Na representagfio basta a declaragdo de vontade do representante em substituigdo a do representado, enquanto que na assisténcia faz-se necessaria a declaracao de vontade de ambos, assistente e assistido. b) A substituiga0 processual ocorre no processo do trabalho, quando a parte pleiteia em nome proprio direito alheio, desde que autorizado por lei, nos termos do art. 6° do CPC e art. 8° inc. Ill da CF/88. c) A CLT tem utilizado de forma equivocada os conceitos de representagao ¢ assisténcia, conforme se observa nos artigos 843, parag. 2°; 791, parag. 2°; 843 parag. 1° todos da CLT. 4) A pessoa juridica deverd entdo ser representada pelo sécio ou preposto com carta de preposiclo, que tenham conhecimento dos fatos, cujas declaragdes obrigario 0 proponente, nos termos do art. 843, parag. 1° da CLT., nio sendo obrigatério a condigio de empregado em razio deste texto leg e) A LC 123/2006 em seu art. 54, prevé que as microempresas ¢ as empresas de pequeno porte, poderdo fazer-se representar perante a Justica do Trabalho por terceiros que conhegam dos fatos, ainda que nao possuam vinculo, trabalhista ou societario. 1) A jurisprudéncia tem entendido que o preposto do empregador deva ser frecessariamente, seu empregado, conforme Simula 377 TST, exceto quanto a reclamagdo de empregado doméstico, microempresa e de pequeno porte, devendo sempre ser apresentado a competente carta de preposigao. Simula TST n° 377 - PREPOSTO EXIGENCIA DA CONDICAO DE EMPREGADO (Conversio da Orientagio Jurisprudencial n° 99 da SBDI-1) Exceto quanto A reclamagio de empregado doméstico, 0 preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado. Inteligéncia do art. 843, § 1°, da CLT. (Ex- OJ n° 99, Inserida em 30.05.1997) (Stimula editada pela Resolugio TST n° 129, DJ 20.04.2005) =O Adve gad> podt Puve por yrepele me xo de prepeste Saw Em sentido contrario:. “> sugiene ‘email: contato@shiguemori.com.br 8 AT_vs2011 Ado €” dori gabor mele SHIGUEMORI CURSOS JURIDICOS DTZ1145095 - Preposto - Nao-Empregado - Microempresa - O reclamado pode ser substituido por qualquer pesso: fenha conhecimento do fato sub judice, mesmo que nao seja seu empregado. (TRT8* R. - RO 1315/2004 - 4" T. - Rel. Juiz Gabriel Napoleso YVelloso Filho - J. 27.04.2004) g) Nao serd admitida a presenga de preposto ‘inico representando mais de um reclamado, se cada um deles tiver personalidade juridica distinta, EXCETO em caso de tese comum de defesa para duas ou mais reclamadas que fagam parte de grupo econémico, nos termos do art. 2, parag. 2° da CLT, ou seja, uma tinica defesa aproveita a todas as reclamadas. h) A massa falida sera representada pelo administrador judicial e o falecido pelo inventariante, i) Os condominios em prédios de apartamentos, serfio representados pelos sindicos eleitos pelos condéminos, nos termos da lei 2.7: art. 2°. {) Cabe ressaltar 0 texto do art. 12, inc. VII que prevé que as sociedades sem personalidade juridica serao representadas pela pessoa a quem couber a administragdo de seus bens, nio podendo opor a irregularidade de sua constituig40, conforme o parag. 2° do mesmo artigo. 8) AUSENCIA DAS PARTES NA AUDIENCIA: a) O comparecimento das partes litigantes na audiéncia € de cardter obrigatério, nos termos do art. 845 da C LT, cabendo penalidade a parte ausente sem justificativa, b) A auséncia do reclamante na primeira audiéncia, seja inicial ou una, acarreta o arquivamento da ago, sujeitando o reclamante a ser condenado no pagamento de custas processuais, no valor equivalente a 2% do valor dado causa, podendo ser dispensado deste pagamento caso seja beneficiério da gratuidade processual, podendo intentar nova agio, devendo ser observado 0 prazo de 6 meses entre a segunda e terceira propositura (art. 732 CLT) chamado perempgao temporiria, devendo ser observado a Stimula 268 do TST para repropositura apés 0 prazo bienal, restrito no entanto, a repetigdo dos pedidos jé formulados em ago anterior, proposta no periodo no prescrito. ©) A auséncia da reclamada na audiéncia, importa em revelia e confisséo da matéria de fato (art. 844 CLT) sendo importante ressaltar que, se a a¢do se funda em matéria de fato, 0 reclamante deverd na ocasido, reafirmar os fatos em depoimento pessoal na ocasido, nos termos do art. 315 da GP/CR 23/2006 do E.TRT da 2° Regio: ‘Art. 315. Nao comparecendo a parte reclamada a audiéncia inaugural, na qual deveria defender- (CLT, art. 844), se os pleitos vestibulares fundamentarem-se em matéria de tal natureza e forem reafirmados pelo autor, em depoimento, na ocasiao (CPC, arts. 319/322), 4) Caso esteja presente o advogado que apresente defesa, fica afastada a revelia e mantida a confissdo da matéria de fato, prevalecendo a matéria de direito, MAS ALGUNS JUIZES APLICAM A REVELIA E CONFISSAO A RECLAMADA QUE ENCONTRA-SE COM SEU PREPOSTO AUSENTE, MESMO COM ADVOGADO PRESENTE E MUNIDO DE. PROCURACAO, PODENDO A AUSENCIA SER ELIDIDA POR ATESTADO MEDICO, email: contato@shiguemori.com.br 9 AT_ys2011 SHIGUEMORI CURSOS JURIDICOS QUE COMPROVE A IMPOSSIBILIDADE DE LOCOMOGAO DO EMPREGADOR OU. PREPOSTO, NO DIA DA AUDIENCIA, conforme texto da Stimula 122 do TST Samula TST n° 122 - REVELIA - ATESTADO MEDICO (Incorporada a Orientacio Surisprudencial N° 74 da SBDI-1) A reclamada, ausente & audiéncia em que deveria apresentar defesa, é revel, ainda que presente seu advogado munido de procuracao, podendo ser ilidida a revelia mediante a apresentagao de atestado médico, que devera declarar, expressamente, a impossibilidade de locomogio do empregador ou do seu preposto no dia da audiéncia. (Primeira parte - ex-OJ n° 74, Inserida em 25.11.1996; segunda parte - ex-Stimula n° 122, redagio dada pela Res 121/2003, DJ 21.11.03) (Redagio dada & Stimula 122 pela Resolucgio TST n° 129, DJ 20.04.2005) ) Caso o advogado esteja presente na audiéncia e ausente o preposto da reclamada, ¢ a defesa ainda nfo foi entregue_ao_juiz, e recusando-se o juiz a aceitar a defesa em face da aplicabilidade da Simula 122, que prevé a revelia para a reclamada nesta situago, podera o advogado requerer a juntada somente dos documentos que acompanham a defesa, nos termos da Siimula 74 ~ II do E.TST, requerendo ainda a oitiva do reclamante, nos termos do art. 317 do Provimento GP/CR 23/2006 do TRT da 2* Regidio, e ainda _oitiva de teste testemunhas invocando o principio da verdade real, estampada no art. 9° da CLT. £) O preposto desacompanhado de advogado poderd apresentar defesa, escrita ou-oral, ¢ afastar a revelia e confissio, por forga do artigo 791 da CLT. ) O reclamante ausente por motivo de doenga ou qualquer outro motivo PODEROSO, DEVID. COMPROVADO, poderd fazer-se representar por outro empregado que pertenga 4 mesma profissdo, ou pelo seu sindicato, sendo que tal atitude visa apenas a redesignagiio da audiéncia, vez que 0 depoimento pessoal no podera ser substituido. (art, 843, §2° CLT). a a Sdmula TST n* 9 - AUSENCIA DO RECLAMANTE - A auséncia do_reclamante, quando _adiada__i 16s contestada_a agio em audiéncia, no importa arquivamento do proceso. (RA 28/69 - DO-GB 21.08.69). Samula TST n° 74 - CONFISSAO (Incorporada a Orientagio Jurisprudencial N° 184 da SBDI-1) I - Aplica-se a pena de confissio 4 parte que, expressamente intimada com aquela , niio comparecer & audiéncia em prosseguimento, na qual deveria depor. (ex- Stimula n° 74, RA 69/1978, DJ 26.09.1978) IL - a prova pré-constituida nos autos pode ser levada em conta para confronto com a confissio ficta (art. 400, I, CPC), no implicando cerceamento de defesa 0 indeferimento de provas posteriores. (ex-OJ n° 184, Inserida em 08.11.2000) jedacio dada 4 Resoluc ° 129, D520. 05) Se 0 advogado constituido nfo puder comparecer a audiéncia designada, ou as partes, requerer © adiamento até a abertura da audiéncia, de forma justificada, nos termos do art. 453, ine. Ie parag. 1° do CPC. Snese BE meh wee email: contato@shiguemori.com.br 10 AT vs2011 SHIGUEMORI CURSOS JURIDICOS OJSBDII n° 245 REVELIA - ATRASO - AUDIENCIA Inexiste_previsiio legal tolerando_atraso no horirio de comparecimento da parte audiéncia. (Inserido em 20.06.01) 9) DOs TIPOS DE AUDIENCTA: a) Inicial: busca a conciliago téo somente ¢ em caso negativo, recebe a defesa da reclamada, abrindo-se vista ao reclamante, designando-se nova audiéncia em continuidade. ») Instrugdo ¢ julgamento: realizada na seqiléncia da audiéncia inicial, visando a oitiva das partes, das testemunhas do reclamante e reclamado, ou o inverso em caso de inversio do énus da prova, ¢ demais provas necessérias, julgando o feito ao final, ou no. ©) Julgamento: Destinado somente ao Juizo para o julgamento do processo, sem a presenga das partes, sendo que as partes terdo ciéneia da decisao, via postal, oficial de justiga, imprensa oficial ou pelo enunciado 197, que declara que as partes dio-se por notificadas no dia e hora marcados para a publicagao da decisio. 4) Una ou tinica, objetiva tentar a conciliagdo, recebimento da contestagaio, oitiva das partes e suas testemunhas, julgamento e notificago das partes litigantes, nos termos do artigo 849 da cLT. €) Segundo alguns doutrinadores, a audiéneia UNA nao seria conveniente, porque dificulta a réplica do reclamante, encontrando ébice na prdpria ramificdgdo legal, que garante a ampla defesa, 0 contraditério e o conseqiiente, devido processo legal. 10) DOS PREPARATIVOS PARA A AUDIENCIA TRABALHISTA 10.1) DAS VESTES TALARES: a) Inexiste previstio legal determinando 0 modo de vestimenta dos advogados, partes, testemunhas e peritos, sendo facultativo ao magistrado de primeira insténcia o uso da toga, mas em razio de usos e costumes, ¢ diante do artigo 445 do CPC, onde hé previsio legal que © Juiz deverd manter 0 DECORO na audiéncia, devem aos menos os advogados utilizarem-se de trajes sociais ou trajes discretos para comparecimento em audiéncia. 10.2) NA AUDIENCIA a) Ao chegar no recinto da Vara, faga contato imediatamente com seu cliente, certificando-se da chegada de eventuais testemunhas, conhega todos pelo nome, faga comentarios sobre 0 processo, identifique visualmente todos da parte contriria, mantendo-os sob sua vigilancia. 'b) Algumas Varas do Trabalho possuem o habito de apregoaren TODAS AS AUDIENCIAS ATE O HORARIO ATUAL, mesmo que na mesa esteja sendo realizada audiéncia de processo de hordrio bem anterior, para determinar 0 ARQUIVAMENTO OU REVELIA E CONFISSAO PARA AS PARTES AUSENTES. ‘email: contato@shiguemori.com.br un AT_vs2011 SHIGUEMORI CURSOS JURIDICOS 11) DO INiCIO DA AUDIENC! a) Ao ser apregoada a audiéncia em que iré atuar, adentre a sala, cumprimente o juiz ¢ demais pessoais presentes, ocupe o lugar adequado, e apresente a credencial da OAB, tendo sempre as mos, uma boa caneta, cuidando para desligar o telefone celular ¢ qualquer aparelho eletrénico, A reclamada deveré neste momento apresentar 0 instrumento procuratério caso esteja representada por advogado, a carta de preposigo e cépia do contrato ou estatuto social, ressaltando o texto da Orientagdo Jurisprudencial da Subsegdo de Dissidios Individuais de n° 255 e373: OJSBDII n° 255 - MANDATO - CONTRATO SOCIAL - DESNECESSARIA A JUNTADA O art. 12, VI, do CPC nao determina a exibigdo dos estatutos da empresa em juizo como condigio de validade do instrumento de mandato outorgado ao seu procurador, salvo se houver impugnagio da parte contraria. (Inserido em 13.03.02) OJSBDI n° 373. REPRESENTACAO. PESSOA JURIDICA. PROCURACAO INVALIDA. IDENTIFICACAO DO OUTORGANTE E DE SEU REPRESENTANTE. (redagio alterada na sessio do Tribunal Pleno realizada em 16.11.2010 — TUJ- 85600- 06.2007.5.15.0000) F invalido o instrumento de mandato firmado em nome de pessoa juridica que ndo conténha, pelo menos, o nome da entidade outorgante e do signatario da procuragao, pois estes dados constituem elementos que os individualizam. OJSBDII_ n° _349 MANDATO. JUNTADA DE NOVA PROCURAGAO. AUSENCIA DE RESSALVA. EFEITOS. Ds 25.04.2007 A juntada de nova procuragio aos autos, sem ressalva de poderes conferidos 20 antigo patrono, implica revogagio técita do mandato anterior, ) Caso haja interesse no adiamento da audiéncia, pela auséncia de testemunhas (art. 825, parag. tinico ou art. 852, H, parag. 3° da CLT), ou por qualquer outro motivo, manifeste-se imediatamente a instalagao da audiéncia, sob pena de preclusdo, inclusive sobre oitiva de testemunhas por carta precatéria, ©) Se necessitar aditar ou emendar a inicial, faga imediatamente a instalagaio da audiéncia, antes da tentativa conciliatéria e sempre antes da entrega da contestagiio, sendo que por certo, © Juiz ird redesignar a audiéncia em andamento, para que a reclamada tenha prazo para manifestagaio, n‘io aplicando o artigo 264 e 294 do CPC, mas o artigo 841 da CLT. 4) Nos processos de rito sumarissimo, caso a reclamada nfo seja notificada pela falta de indicagao correta de seu enderego, a ago sera arquivada, nos termos do 852-B, parag email: contato@shiguemori.com.br 2 AT ys2011 SHIGUEMORI CURSOS JURIDICOS 1°, com pagamento ou no de custas processuais, vez que o Juiz. no podera conceder prazo para emenda da inicial. ©) Na necessidade de argilir a excegdo de incompeténcia relativa (art. 112 CPC) 0 recomendivel seria a apresentagio desta alegago em pega apartada, e caso seja acolhido requerimento, fazer constar na ata de audiéncia, que a defesa seré entregue no Juizo de destino do processo, ou seja, 0 Juizo competente em razio do lugar (art. 651 CLT) sendo possivel 0 Recurso Ordindrio nos moldes da Stimula 214, letra ¢ do TST. 1) A reclamada poderd requerer a Denunciagiio a lide de outra pessoa (Art. 70 CPC), sendo mais conveniente para o reclamante o chamamento a lide (Art. 77 CPC), sendo que a OJSBDII 227 foi cancelada. 12- DA TENTATIVA CONCILIATORIA: a) A Justiga deve sempre objetivar restabelecer a harmonia na sociedade, e jamais disseminar a discdrdia e para tanto, deve empenhar-se na obtengo da conciliagao entre as partes. b) A tentativa conciliatéria ocorrerd logo na abertura da audiéncia (art. 846 CLT) e apés terminada a instrugGo (art. 850 CLT) e ainda no rito sumarissimo (Art. 852-E CLT) nto havendo qualquer impedimento para a conciliago entre as partes em qualquer fase do proceso. ©) A conciliago, benéfica para ambas as partes, jamais deverd ter cardter fraudulento ou simulado, sendo prudente o conhecimento antecipado das partes sobre os termos da conciliagio, nao sendo o Juiz obrigado a homologar acordo que nao entenda conveniente para qualquer das partes, nos termos da Siimula 418 do TST. 4) O termo de acordo ¢ irrecorrivel, nos termos do art, 831, parag. 1° da CLT, somente sendo impugndvel por Agdo Resciséria, nos termos da Stimula 259 do TST, sendo que a sentenga homologatéria do acordo transita em julgado por ocasido de sua homologagao (Stimula 100, inciso V do TST)... ) Para um bom desempenho nesta fase, ¢ importante que as partes saibam antecipadamente 08 valores de suas pretensdes e as provaveis formas de pagamento ou recebimento. £) Durante a conciliagao, usar de todos os argumentos possiveis para sustentar a pretensiio, usando frases afirmativas e jamais de indagag%o, procurando tratar a parte adversa e Advogado pelo nome. g) Recomenda-se néo decidir em nome do cliente, mas apenas indicar as vantagens ¢ desvantagens de cada caso. h) Ns casos de acordo, verificar sempre os seguintes pontos: 1) A possibilidade de provar o alegado; IA capacidade financeira da parte contraria ¢ a necessidade do cliente. ‘email: contato@shiguemori.com.br B AT_vs2011 SHIGUEMORI CURSOS JURIDICOS II) As vantagens financeiras para ambos os lados, onde o reclamante beneficia-se com 0 recebimento antecipado, ¢ a reclamada com a redugdo do valor principal ou em caso de nfo realizagio de acordo, com o prazo de moratéria, que corresponde ao tramite processual. i) Se os litigantes chegarem a uma conciliago, muitos Juizes exigem que as partes declinem quais as verbas salariais e indenizatérias, sobre as quais deverdo incidir a contribuigao previdenciéria e fiscal, nos termos da lei 8212/91, art. 43, parag. 1° e lei 10833/03 — art. 28, parag. 2°. DTZ1108175 - ACORDO. CONTRIBUICOES PREVIDENCIARIAS NA FASE DE EXECUCAO. PROPORCIONALIDADE EM RELACGAO AS PARCELAS DEFERIDAS. Nao ha problema que as partes transacionem em Juizo a redugio do valor da execugio, 0 que nao podem ¢ escolher esta ou aquela parcela como objeto do acordo, com 0 claro objetivo de escapar do fisco, quando ha sentenga transitada em julgado reconhecendo 0 direito a parcelas de natureza indenizatéria e salarial. Em casos tais a declaragio das partes, ndo produz nenhum efeito, chegando a ser desnecessiria, porque nao podem afastar as parcelas sobre as quais reconhecidamente incide a contribuigio jencifria. Podera haver redugio do valor da execugio, mas é necessirio 0 recolhimento em relagao as parcelas deferidas na sentenga transitada em julgado sobre as quais incide a contribuigio, proporcionalmente & redugio da execugio. Entendo, todavia, que na fase de execugo no poder haver incidéncia sobre o total do acordo, somente porque as partes nfo declararam as parcelas sobre as quais incide a contribuigao, porque, como mencionado, esta iniciativa torna-se desnecessiria e porque, a "contrario sensu", também haveria ofensa 4 coisa julgada. As parcelas legais sobre as quais deve incidir a contribuigo jé foram definidas no julgado, ou seja, sio as parcelas salariais a que a executada foi condenada ao pagamento (TRT3 R. - Ap 00027199503003008 - 6*T. - Rel. Des. Sebastiio Geraldo de Oliveira - DJMG 19.01.2006) DTZ1063616 - ACORDO - RECORRIBILIDADE - PREVIDENCIA SOCIAL - Conforme dispdem os arts. 831 ¢ 832 da CLT, 0 termo de acordo vale como decisio irrecorrivel, exceto para a Previdéncia Social, que, em relagao as contribuigdes que Ihe slo devidas, pode interpor recurso, no caso de a homologagio contemplar parcela indenizatéria. Embora ndo haja ainda consenso na jurisprudéncia a respeito de qual seria esse recurso admitido em lei, entendendo alguns se tratar do recurso ordinario, ¢ outros, do agravo de peticio, se os pressupostos de recorribilidade sio os mesmos, justifica-se a aplicagio do prineipio da fungibilidade recursal, com 0 recebimento de um ou outro, (TRT3* R. - 00244-2003-040-03-40-0 AI - 6* T - Rel. Juiz Ricardo Antonio Mohallem - DJMG 14.08.2003) 13) DA COMISSAO DE CONCILIACAO PREVIA ~ ART. 625-D- CLT. Nota: Em virtude do questionamento em tramitacio no STF por intermédio da __ADI__ 2237-7, com _relaciio _a constitucionalidade de parte do art. 1° da Lei 9.958-2000, este_art.625-D, na_sua integra, podera ter_sua_eficacia indiretamente suspensa. Acompanhe o andamento da ADIN. email: contato@shiguemori.com.br “4 AT_vs2011 SHIGUEMORI CURSOS JURIDICOS a) De acordo com 0 artigo 625 — D Consolidado, a submissao prévia do reclamante a C.C.P. é obrigatéria, para posteriormente, se infrutifera a conciliagio, buscar socoro no Judicisrio, sendo tal conduta controvertida, sendo que o E.TST atualmente posiciona-se em sentido contrario, ou seja, entende nao ser obrigatéria a submissio do empregado a CCP previamente. DTZ1143344 - Acordo - Comissio de Conciliagio Prévia - Nulidade - & de nenhum valor © acordo firmado perante a CCP em que o empregado, para apenas receber as verbas rescis6rias incontroversas, ¢ ainda em parcelas, outorga quitagio geral do contrato de trabalho, Fraude manifesta, que, por isso mesmo, no passa pelo crivo do art. 9° da CLT. (TRT2* R. - RO 01970200205702002 - Ac. 20040085435 - 3* T. - Rel. Eduardo de Azevedo Silva - DOESP 16.03.2004) b) A Simula 02 do TRT da 2* Regido, ao contririo do previsto no art. 625-D da CLT, desobriga a passagem do reclamante na Comissio de Conciliagdo Prévia, alegando ser apenas mera faculdade do obreiro, néo constituindo pressuposto ou condigao da agio. ©) A Jurisprudéncia atual entende que a conciliagio realizada na CCP alcanga somente os valores transacionados, nao alcangando as parcelas do acordo © nao havendo a quitagao irrestrita ou do contrato de trabalho. 14) CAUTELAS NA CONCILIACAO. a) Antecipagdes de audiéncia para provavel homologagdo de acordo: em se tratando de acordos realizados pelas partes antes da audiéncia designada, provavelmente 0 Juiz determinaré 0 comparecimento do reclamante em Juizo para Validar o processo juridicamente € para que o reclamante ratifique 0 acordo, evitando assim simulagdes de acordos em prejuizo a0 empregado, merecendo cautela por parte da reclamada no pagamento, porque muitas vezes © reclamante recebendo os valores acordados, no comparece em Juizo para ratificar 0 mesmo, ficando 0 acordo sem a homologagao judicial. Outra cautela seria de em caso de desisténcia do acordo por ocasitio da ratificagtio em Juizo, o Juiz. determinar a instrugdio do feito nesta mesma ocasido; b) Acordo sem a presenga da parte: € possivel ao advogado transacionar sem a anuéncia de seu cliente, vez que possui poderes para transigir, no sendo recomendado na pritica, porque o cliente que nfo participou do acordo nfo se satisfaz com os valores estabelecidos; ) Acordo antes da audiéncia designada: Caso ja tenha feito o acordo antes da audiéncia com a petigfo protocolada, observar se a audiéncia foi retirada de pauta; 4) Simulagdes de processos e acordos: Jamais participar de simulages de processos trabalhista com objetivo de obter a homologagio em Juizo de acordo realizado extrajudicialmente, podendo estar caracterizado o crime de tergiversagio previsto no art, 355 do Cédigo Penal, além de infragio ética gravissima; ©) Acordo para ndo cumprir, aplicabilidade do art. 846, parag. 2° da CLT: Cautela com propostas de acordo por parte da reclamada que pretende apenas diminuir 0 passivo trabalhista, deixando de cumprir o acordo estabelecido, vez que passard a ser executada pelo email: contato@shiquemori.com.br 1s AT ys2011 SHIGUEMORI CURSOS JURIDICOS acordo no cumprido ¢ nao mais pelo valor principal, e neste caso, sugerir a aplicagio do art. 846, parag, 2° da CLT, que encontra posigdes jurisprudenciais contrérias; Orientagao Jurisprudencial n° 54 da SBDI-1 do TST - Multa - Cliusula Penal - Valor Superior ao Principal - O valor da multa estipulada em cliusula penal, ainda que disria, nao podera ser superior obrigagio principal corrigida, em virtude da aplicagio do artigo 412 do Cédigo Civil de 2002 (art. 920 do Cédigo Civil de 1916). (Redagio dada pela Resolugdo TST n° 129, DJU 20.04.2005) Art. 412, O valor da cominagio imposta na cliusula penal nio pode exceder o da obrigagio principal. £) Expressées utilizadas no termo do acordo —“...0 reclamante outorga quitagio do OBJETO DO PRESENTE PROCESSO...” ou *..0 reclamante outorga QUITACAO DO EXTINTO CONTRATO DE TRABALHO E DA RELACAO JURIDICA HAVIDA ENTRE AS PARTES...” Cautela com processos de reclamantes que possuem dois processos trabalhistas contra a mesma reclamada, porque, realizando conciliagio em um dos processos estar outorgando quitagdo dos demais, exceto se houver ressalva expressa. DTZ1063588 - Quitagao de Contrato de Trabalho por Acordo em Ago Judicial - quitacio dada pelo Empregado pelas "parcelas da inicial e pelo extinto contrato de trabalho", quitagio esta dada por intermédio de acordo judicialmente homologado, aleanga parcelas no incluidas na inicial. Por conseqiténcia, enquanto tal acordo nao for desconstituido por meio de resciséria, ele é valido como sentenga irrecorrivel, nos termos do paragrafo Gnico, do art. 831 da CLT. (TST - RR 157.087/1995-5 - 2* T. - Rel. Min. José Luciano de C. Pereira - DJU 06.03.1998) (Ref. Legislativa:CLT, art. 831) 2) No litiseons6reio passivo, 0 acordo celebrado com uma reclamada, quando ausente as demais, desobriga as reclamadas ausentes da responsabilidad de pagamento do referido acordo, hh) Depésito de valores da conciliagao, em conta baneéria em nome do Advogado do reclamante. DA FASE INSTRUTORIA: 15) DA CONTESTACAO OU DEFES. a) Nao havendo acordo, segue-se a instrugo do processo, com a apresentagdo da defesa da reclamada, que poderd ser ESCRITA OU ORAL, e se ORAL, a parte terd 20 minutos para aduzir sua contestago, devendo ser juntado todos os documentos necessarios a defesa, pelo principio da concentragao e nos termos do art. 396 do CPC. ) Apresentar os documentos NUMERADOS e pela reclamada apresentar o instrumento procuratérie, bem como o contrato social e a carta de preposigio, SEPARADOS da contestago. A excegdo de incompeténcia territorial deve ser apresentada em autos apartados ‘email: contato@shiguemori.com.br 16 AT_ys2011 SHIGUEMORI CURSOS JURIDICOS ©) Sugestio de defesa oral: MM.JUIZ, data vénia a ago improcede, vez que as alegagdes do reclamante carecem de veracidade e tentam induzir o juizo a erro. Efetivamente os fatos jamais ocorreram na forma descrita na pega inicial, porque o reclamante jamais (..) sendo portanto totalmente improcedente os seus pedidos, os quais desde ja ficam impugnados. Desta forma a reclamada vem apresentar sua veemente impugnago aos pedidos do reclamante, declinando serem os mesmos indevidos, e ficam impugnados o pleito de (Solicitar 0 proceso para ler os pedidos) por ser (..) Isto posto, requer a total improcedéncia da ago, para condenar o reclamante nas custas ¢ despesas processuais, além da pena da mé-litigdncia, protestando em provar 0 alegado por todos os meios de prova em direito permitidos, especialmente pelo depoimento pessoal do reclamante sob pena de confesso, juntada de documentos, oitiva de testemunhas e demais que se fizerem necessérias. Pela improcedéncia da ago, por medida de Justiga, 16) DA ARGUICAO DE FALSIDAD! a) O incidente de falsidade tem lugar em qualquer tempo e grau de jurisdigo, devendo a parte contra quem foi produzido o documento, argui-lo na contestagdo ou no prazo de 10 dias, contados da intimagao da juntada aos autos, nos termos do artigo 390 do CPC. ) Intimada a parte que produziu 0 documento, no prazo de 10 dias, poder a mesma desentranhar referido documento se a parte contraria concordar, e cso contrario 0 documento permanecerd nos autos sendo determinada pericia, nos termos do artigo 392, pardg. tnico do crc. ©) Logo que for suscitado o incidente de falsidade, ser suspenso o andamento do proceso principal pelo Juiz, nos termos do artigo 394 do CPC, sendo que a sentenga ir declarar a falsidade ou autenticidade do documento. 4) A CLT nao prevé diretamente o incidente de falsidade, sendo o mais préximo o artigo 830 da CLT, e leva-se em consideragao o artigo 769 da CLT, para aplicago subsididria dos artigos 390 e seguintes do CPC. 17) DA RECONVENGA’ a) Conforme consta do artigo 315 do CPC, o réu pode reconvir ao autor no mesmo proceso, toda vez que a reconvengdo seja conexa com a ago principal ou com o fundamento da defesa. b) Oferecida a reconvengao, 0 autor reconvindo seré intimado, na pessoa de seu procurador, para contesta-la no prazo de 15 dias e a desisténcia da ago ou sua extingo, no obsta a0 prosseguimento da reconvengio, nos termos do artigo 317 do CPC, que aplica-se subsidiariamente & CLT nos termos do artigo 769 do mesmo diploma legal. ©) No processo trabalhista, somente ser admitida matéria relacionada a relago de emprego ou trabalho, inerente ao processo principal, sendo que a parte reconvinda poder contestar a reconvengdo em audiéncia, ou requerer prazo para manifestagGo, que nao podera ser inferior a 15 dias, nos termos do artigo 316 do CPC. ‘email: contato@shiguemori.com.br 7 AT_vs2011 SHIGUEMORI CURSOS JURIDICOS 19)REPLICA PELO RECLAMANTE a) Muitas vezes nao é possivel ao Advogado realizar oralmente a manifestagao da réplica, em face do tempo e quantidade de laudas e documentos da contestagio, devendo entdo ser utilizado uma estratégica, que consiste em elaborar antecipadamente um texto e decliné-lo na oportunidade, ressaltando-se que 0 art. 327 do CPC faz mengdo a réplica quanto a preliminares argiiidas pela reclamada e art. 372 do CPC trata da impugnagao pelo reclamante dos documentos juntados pela reclamada: Ex.: Em caso de preliminares: Meritissimo Juiz, as preliminares trazidas e argitidas pela reclamada nao merecem serem acolhidas, vez que desprovidas de fundamentos faticos e juridicos, aliado ao fato de que confundem-se com 0 mérito da causa, devendo serem julgadas por ocasido da sentenga de mérito. Desta forma, requer o reclamante o afastamento das preliminares suscitadas, pelos motivos expostos, prosseguindo-se o feito em seus ulteriores tramites processuais, por medida de Justiga. Ex.: Quanto ao mérito: Meritissimo Juiz, data maxima vénia, a contestagdo trazida pela reclamada ndo merece prosperar, vez que igualmente carecedora de furidamentos fiticos ¢ juridicos, denotando apenas 0 intuito da reclamada de defender o indefensivel com meras alegagdes desprovidas de amparo legal, sendo em tese, pega procrastinatéria, ficando também totalmente impugnados os documentos juntados, vez que imprestveis como provas em Juizo, porque nio atendem ao comando legal do artigo 830 da CLT, devendo serem desentranhados para evitar qualquer tumulto processual, ratificando o reclamante, os termos da inicial, protestando pela procedéncia da ago, por medida da mais lidima, sagrada e soberana Justiga. b) A CLT ¢ omissa quanto a existéncia da figura da Réplica na Audiéncia Trabalhista, mas 0 art. 33 da Consolidagao das Normas da Corregedoria do TRT da 2* Regidio, também conhecida como GP/CR N° 23/2006, publicado em 01/09/2006 prevé que a parte reclamante tera ciéncia da defesa, antes do inicio da instrugao processual: Art. 33. Nas Varas do Trabalho em que funciona a sistematica de audiéncia una, para evitar a ocorréncia de nulidade processual, os Magistrados daro ciéncia expressa 4 parte reclamante dos termos da defesa, antes de dar inicio a instrug&o processual, em raz&o dos principios da paridade de tratamento e da reciprocidade do contraditério. 19) PONTO CONTROVERTIDO ~ a) Em qualquer processo judicial, ¢ muito importante que os advogados e o Juiz identifiquem claramente, ponto controvertido da discuss2o, ou seja, 0 ponto no qual recai a controvérsia, no podendo o profissional do direito fugir deste ponto, sendo omissa a CLT neste tocante, havendo previsio legal no art. 331, parag. 2° do CPC. Ex. reclamante que nao foi registrado, requerendo 0 reconhecimento do vinculo empregaticio € conseqtiente verbas trabalhistas; 0 ponto controvertido sera a subordinagdo, a ndo eventualidade, a pessoalidade ¢ o salirio do reclamante. ‘email: contato@shiguemori.com.br 18 AT_vs2011 SHIGUEMORI CURSOS JURIDICOS 20) DOS PROTESTOS: $< a> grok NRL concorde Us Qe Ho PeQemmonw eave LO. a) Uma vez que inexiste recurso em face de despachos interlocutérios, na audiéncia a parte deve pleitear que conste seus PROTESTOS como forma de prequestionar 0 ponto em discusso naquele momento, nos termos do artigo 795 da CLT., para eventual recurso futuro, cabendo ressaltar, que nos termos do art. 794 Consolidado, somente sera considerado como nulidade, o ato que causar prejuizo para as partes litigantes. aypaprescricio; —? “Y* 794 cur b Reeaeizo wa prove de No diteito do trabalho, aplica-se a prescrigdo conforme a regra do art, 11 da CLT e art. 7° ine. XXIX da CF/88, onde as partes na relagdo de emprego possuem o prazo de 02 anos a partir da rescistio contratual, retroagindo a cinco anos os direitos do reclamante {Simula 308 TST} hayendo no entanto excego a regra, como no caso do[FGTS}que em se tratando de verba [principal retroage a 30 anos,nos termos da Stimula|362 do TST, ou a agdo declaratoria para ‘fins de prova junto ao INSS seria imprescritivel, ou 0 Dano Moral , que segundo algumas teses seria de 02 anos retroagindo a cinco anos, 03 anos nos termos do art. 206, parag. 3° inc. V do CPC ow 10 a 20 anos nos termos do art. 205 e/c 2028 do CC, lembrando sempre que 0 aviso prévio indenizado projeta a prescrigo para mais 30 dias (OJSBDI1 83), sendo que 0 art. 219, parag. 5° do CPC prevé que o Juiz. reconhecera de off escti¢iio, no sendo aplicavel ao Direito do Processo en} razo daj TST e contra menor nio core nenhum prazo de prescri¢do, nos termos do art. 440 da CLT, e o aviso prévio indenizado deverd ser levado em conta para fins de contagem da prescrigfo, nos termos da OJSBDII 83, ¢ ainda a Siimula 268 do TST que prevé que a sete trabalhista ainda que arquivada, interrompe » len wera exh) a prescrigdo somente em relagdo aos/pedidos idénticos Admite-se a Ago Cautelar de Protesto no processo do Trabalho, objetivando a interrupgio da prescrigao: D1Z1071627 - PRESCRIGAO - PROTESTO INTERRUPTIVO - EFEITOS - Em se tratando de processo do trabalho, o simples ajuizamento do protesto jé interrompe 0 fluxo do prazo prescricional, sendo inaplicéveis, nesta Justiga, o disposto nos §§ 3° e 4° do art. 219 do CPC, porque, de acordo com o art. 769 da CLT, o direito processual comum sera fonte subsidiaria do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompativel. O art. 841 da CLT atribui, exclusivamente ao Poder Judicidrio 0 nus de promover a notificagao da parte contriria e, em se tratando de protesto judicial, do interessado. Recurso de Revista a que se da provimento. (TST - RR 679.824/2000.0 - 3° T - Rel. Min. Carlos Alberto Reis de Paula - DJU 22.03.2002) (Ref. Legislativa:CLT, art. 841) 22) DO DEPOIMENTO PESSOAL 5 vos Yen~ re recees ds Wwalrallic a) 0 depoimento pessoal das partes as obriga (Art. 848 CLT), prevalecendo sobre a petigio escrita, sendo que o desconhecimento dos fatos pelo preposto, importa em confissio (art. 843 = CLD. Hi entendimentos de que 0 Juiz ndo poder langar na ata de audiéneia a pena de Confissio, vez que trata-se de anilise de prova, e somente poderia ser imposta a pena de confissdo as partes na sentenga, onde o Juiz. obriga-se a justificar sua decis2o, conforme o art. 131 do CPC, que trata do prineipio do livre convencimento fundamentado do magistrado. ‘email: contato@shiguemori.com.br 19 AT_vs2011 SHIGUEMORI CURSOS JURIDICOS DTZ1071474 - Depoimento Pessoal - Preposto - Retificagio - Impossibilidade - O preposto ao ser ouvido em Juizo, devendo ter conhecimento dos fatos, obriga por suas declaragées 0 empregador - § 1°, do art. 843, da CLT. A retificagio posterior do depoimento, por meio de juntada de termo de declaragio, no encontra apoio no ordenamento processual, ¢ il6gico e di margem a vaziio da esperteza. (TRTIS* R. - Proc. 9,929/96 - Ac, 1* T. 37.514/97 - Rel. Juiz Luiz Antonio Lazarim - DOESP 24.11.1997) (Ref. Legislativa:CLT, art. 843) ») O juiz. poder mandar retirar-se do recinto a parte que néo depés, para preservar o sigilo do depoimento da primeira parte, nos termos do art. 344, parag. tinico do CPC. ©) A parte contriria poder fazer reperguntas a outra parte, sendo que jamais podera reperguntar para a parte que defende, nos termos do artigo 820 da CLT. 4) Muitas vezes é dispensdvel o depoimento da parte, porque suas pretenses estdo expressas ou na inicial, ou na contestagao. ¢) Durante a_produeao da prova oral, atentar jue se faca e transcricio ficl do depoimento do depoente para a ata de audiéncia, por analogia ao art. 416 do CPC. £) Nos termos dos artigos 344 a 347 do CPC, a parte seré interrogada na forma prescrita para a inquirigao de testemfunhas, sendo defeso a quem ainda nao depés, assistir ao interrogatorio da outra parte, ¢ se a parte sem motivo justificado, deixar de responder ao que lhe for perguntado, ou empregar evasivas, 0 juiz apreciando as demais circunstincias e elementos de prova, declarara na sentenga, se houve recusa de depor, devendo a parte responder pessoalmente sobre os fatos articulados, nfo podendo servir-se de escritos adredes preparados, sem permisséo do juiz, podendo todavia realizar breves consultas, com o objetivo de completar esclarecimentos, no sendo a parte obrigada a depor de fatos criminosos ou torpes que Ihe forem imputados, ow'a cujo respeito, por estado ou profissio, deva guardar sigilo. g) No processo do Trabalho, em face dos artigos 820 e 848 da CLT, entende-se que somente existird o interrogatério ou inquirigdo, previsto no art. 342 do CPC, inexistindo 0 depoimento pessoal previsto no art. 343 do CPC, sendo faculdade do Juiz do Trabalho deferir 0 pedido de depoimento pessoal da parte adversa. h) Nao € permitido aos advogados intervirem quando do interrogatério das partes ou testemunhas, nos termos do art. 446 parag. ‘nico do CPC. 23) DAS TESTEMUNHAS a) Cada parte poder apresentar até trés testemunhas, salvo em caso de inquérito judicial para apuragao de falta grave, quando podera ser elevado a seis (art. 821 CLT) sendo que as agdes reguladas pelo rito sumarissimo, as partes poderio apresentar somente duas testemunhas (lei 9957/2000 - art. 852-H CLT). ) As testemunhas comparecerdo independente de intimagdio, e caso alguma testemunha néio compareca, ser intimada, ficando sujeita a pena de condugao coercitiva (art. 825, § unico CLT). Muitos Juizes ao decidirem sobre requerimento de adiamentos de audiéncia pela auséncia da testemunha, exigem do advogado, carta convite enviada para a testemunha, para ‘email: contato@shiguemori.com.br 20 AT. ys2011 Mui de 420 cor os Bo 760 CLT SHIGUEMORI CURSOS JURIDICOS comprovar que a testemunha ausente estava ciente do ato judicial. A parte poderé requerer ainda que a testemunha seja intimada por Mandado Judicial, devendo neste caso oferecer 0 rol previamente, ou mesmo no dia da audiéncia em caso de adiamento, podendo o Juiz determinar que sejam as testemunhas intimadas na forma do art. 305 da Consolidagao das ‘Normas da Corregedoria do TRT da 2* Regiio, que preleciona: Art.305. Salvo determinacao judicial contréria, faculta-se as partes a entrega das intimacdes as DTZ1073946 - CERCEAMENTO DE DEFESA - AUDIENCIA UNA - 0 nio comparecimento das testemunhas convidadas 4 inquirigio obriga o adiamento da cia ¢ intervengao do Juiz para obrigé-las ao comparecimento. Aplicagio do art. 825, § tinico, da CLT. Sentenga anulada, (TRT2* R. - RO 20000043200 - Ac. 20010158671 - 6* T - Rel. Juiz. Rafael E, Pugliese Ribeiro - DOESP 27.04.2001) Se a parte preferir, as testemunhas poderao ser intimadas por mandado, desde que previamente requerido a expedigao dos mesmos. ©) Podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as incapazes, impedidas ou suspeitas, nos termos do art, 405 do CPC. Alguns doutrinadores entendem que a enumerago das situagdes no referido art. seria apenas EXEMPLIFICATIVO emi alguns casos ¢ no TAXATIVO, havendo entendimento contririo. 4) A testemunha, antes de prestar depoimento, seré qualificada e a testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo intimo ou inimigo de qualquer das partes ndo prestaré ‘compromisso, servindo apenas de simples informagao (Art. 829 CLT). ¢) O menor de dezoito anos nfo serviri como testemunha, vez que nio pode responder pelas inverdades que por ventura venha a declinar. £) A testemunha poderd ser contraditada, nos termos do artigo 829 da CLT e 405 do CPC, argilindo os motivos citados, logo apés ser qualificada, sendo ento inquirida pelo Juiz, e se a testemunha negar os fatos que Ihe so imputados, a parte poder provar a contradita com documentos ou testemunhas, até trés, apresentadas no ato ¢ inquiridas em separado (art. 414 CPC). O juiz poderd determinar ao advogado que faga a contradita oralmente: MM.JUIZ: O reclamante (reclamada) requer a contradita da testemunha, tendo em vista a amizade intima que mantém com (...) incidindo também a testemunha presente, no interesse na causa, tendo em vista sua condigdo de (...) nada mais, DTZ1073970 - Testemunha - Contradita - Oportunidade de Argiiigao - A contradita da testemunha deve ser argiiida na audiéncia de instrugio antes de ser tomado o depoimento, art. 414 § 1° do CPC. Preclusa a apreciagio na fase recursal, se a parte foi ‘omissa no momento oportuno. (TRT15* R. - Proc. 9.167/96 - Ac. 1" T. 36.457/97 - Rel. Juiz Luiz Antonio Lazarim - DOESP 10.11.1997) g) Se a testemunha faltar com a verdade, podera responder criminalmente pela infragdio ao artigo 342 do Cédigo Penal, com reclusio de 1 a3 anos ¢ multa, se destinado a produzir prova email: contato@shiguemori.com.br 2 AT_vs2011 SHIGUEMORI CURSOS JURIDICOS em proceso penal, de 2 a 6 anos ¢ multa, deixando de ser punivel, se antes da sentenga, 0 agente se retrata ou declara a verdade. h) A Stimula 357 do TST preleciona que: “Nao tora suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou de ter litigado contra 0 mesmo empregador. (Res. TST 76/97, DJ 19.12.97) e mesmo a denominada TROCA DE FAVOR, nao encontra acolhida ao menos no TRT da 2* Regio, nos termos da Jurisprudéncia: DTZ1260520 - Testemunhas - Troca de favor - Depor em Juizo no pode significar um "favor" quando a lei define a testificagio um servigo publico (CPC, 419, paragrafo inico) € nio consente com escusa contra o dever de colaborar com 0 Poder Judiciirio (CPG, 339). O simples fato de uma parte depor como testemunha no processo de outro litigante nio é causa de suspei¢ao. (TRT2* R. - RO 00192-2004-255-02-00-0 - 6* T. - Rel. Des. Rafael E. Pugliese Ribeiro - DOESP 07.04.2006) i) Apés a testemunha ser inquirida pelo Juizo, sera dada a palavra a parte que trouxe a testemunha, para que faga novas perguntas para elucidar a causa, devendo ser evitado perguntas ja formuladas ou que ndo sejam pertinentes ao processo, sendo que o juiz poder indeferir eventuais perguntas das partes para as testemunhas, que nao tenham valor processual. {) Cuidar para que a testemunha nao permanega na sala de audiéncias antes do depoimento, ¢ se tal fato ocorrer, © depoimento estaré anulado, tendo em vista o sigilo dos depoimentos das testemunhas prevista no artigo 824 da CLT. k) Nos termos do artigo 416, paragrafo 2° CPC, prevé que as perguntas que o Juiz indeferir serio obrigatoriamente transcritas no termo, se a parte o requerer. 1) Podera ainda o advogado requerer a ACAREACAO das testemunhas da parte contréria, nos termos do artigo 418, inciso I do CPC. m) A testemunha nao é obrigada a depor sobre fatos que the acarretem grave dano, bem como 0 seu cénjuge e aos seus parentes consangiiineos ou afins, em linha reta ou colateral em segundo grau, ou a cujo respeito, por estado ou profiss4o, deva guardar sigilo (art. 406, I ¢ II CPC). 1) Poderd ainda ser requerido ao Juizo 0 depoimento antecipado da testemunha, caso a mesma tenha que se ausentar da cidade ou Pafs por longo tempo, nos termos do artigo 410-1 do CPC, no sendo no entanto, vantajoso para a parte que o requerer. 0) Sea testemunha for funcionério piblico ou militar, e tiver que depor em horatio de servigo, sera requisitado ao chefe da repartigio para comparecer & audiéncia marcada, nos termos do artigo 823 da CLT. P) © cego € © surdo-mudo nfo so considerados incapazes para depor, desde que 0 conhecimento dos fatos nfo dependa dos sentido que Ihe faltam. © Juiz nomeard interprete toda vez que repute necessério para traduzir a linguagem mimica dos surdos-mudos, que néo puderem transmitir sua vontade por escrito (art. 151, Il, CPC). O intérprete seré nomeado email: contato@shiguemori.com.br 2 AT_ys2011 SHIGUEMORI CURSOS JURIDICOS também para as testemunhas que no souberem falar a lingua nacional, nos termos do artigo 819 da CLT. 4) A testemunha que comparece em Juizo para depoimento, ¢ sendo empregado nao terd 0 desconto no saldrio do tempo que dispendeu na audiéncia, conforme prevé 0 artigo 473 inciso VIII da CLT, que considera como sendo falta justificada, 1) Testemunhas GRADAS, so aquelas previstas no artigo 411 do CPC, que serio inquiridas em sua residéncia ou onde exercem a sua fungo, ¢ o Juiz solicitard & autoridade que designe dia e hora para ser inquirida, remetendo & mesma cépia da inicial ou contestagao da parte que aarrolou s) Em regra, a testemunha devera ser presencial, ou seja, que presenciou pessoalmente os fatos que pretende declinar, mas em caso de impossibilidade da testemunha presencial, ¢ aceito 0 depoimento de testemunhas indiretas, que presenciaram a mudanga no comportamento do reclamante ou reclamado, levando o Juiz a0 entendimento de que provavelmente ocorreu 0 fato narrado pelas partes. 1) Podera a testemunha ser ouvida em outra Comarca, por meio de carta precatéria, onde deverd ser requerida em Jufzo e apresentado cépias dos autos para instruir a carta, sendo facultado as partes comparecerem na audiéncia para oitiva da testemunha no Juizo deprecado, 24) DA PROVA EMPRESTAD. a) E possivel que a parte apresente como prova, elementos de outro processo judicial, que pela semelhanga de fatos, poderd ajudar na elucidagao das situagdes apresentadas no processo em que se atua DTZ1071755 - PROVA EMPRESTADA - INSALUBRIDADE - ARTIGO 195 DA CLT - Nao ofende o art. 195 da CLT, decis4o que se utiliza de prova emprestada, realizada anteriormente no mesmo local de trabalho do reclamante e com 0 mesmo objeto, para feito de constatagio de insalubridade, mormente quando deixa igualmente claro que outros empregados recebem referida parcela por forca de pericia técnica ja realizada. ‘Agravo de instrumento nao provido. (TST - AIRR 722.927/01.1 - 4" T - Rel. Min. Milton de Moura Franga - DJU 17.05.2002) 25) CISAO DA PROVA, b) Trata-se da divisio da prova, onde em algumas ocasides, as testemunhas do reclamante serio ouvidas em uma data e as das reclamada em outra. Ocorre invariavelmente quando uma ‘ou mais testemunhas sero ouvidas por carta precatéria. 26) DA PROVA DOCUMENTAL a) A prova documental somente sera valida se estiver no original ou em cépia com declaragao de autenticidade feita pelo advogado, sob sua responsabilidade pessoal, e caso seja impugnada sua autenticidade, a parte serd intimada a apresentar c6pias autenticadas ou originais para que seja conferido pelo serventuario designado pelo Juiz (art. 830 CLT). A inicial deve estar email: contato@shiguemori.com.br B AT_vs2011 SHIGUEMORI CURSOS JURIDICOS acompanhada dos documentos em que se fundar, sendo que da mesma forma a defesa, nos moldes do art. 396 do CPC. A lei 11.925/2009 prevé que o texto do art. 830 da CLT sera alterado a partir de 90 dias a contar de 17/04/2009 data de sua publicagdo, sendo atualmente o seguinte: "Art, 830. 0 documento em eépia oferecido para prova poder ser declarado auténtico pelo proprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal. Paragrafo dmico. Impugnada a autenticidade da cépia, a parte que a produziu sera intimada para apresentar cépias devidamente autenticadas ou o original, cabendo a0 serventuirio competente proceder & conferéneia ¢ certificar a conformidade entre esses documentos." (NR) b) Caso os documentos da parte adversa ndo estejam dentro dos moldes mencionados anteriormente, cabe a parte impugnar os documentos, manifestando sua nao aceitagao a prova produzida, ©) O documento lavrado em lingua estrangeira somente ser admitido no proceso, quando acompanhado da tradugo por tradutor juramentado, nos termos do artigo 157 do CPC, bem como no artigo 224 do CC. 4) A Stimula 338 do TST prevé a obrigatoriedade de juntada de controle de horario por parte da reclamada, caso a mesma possua mais de dez empregados. ©) A prova por meio de gravagao telefonica ¢ recebida com réservas no ambito da Justiga do Trabalho - DTZ 1145154. £) O art. 365, ine. IV do CPC permite ao advogado responsabilizar-se por c6pias extraidas dos autos, caso nao seja impugnada sua autenticidade. 27) DA PROVA PERICIAI 4) Os processos poderdio conter fatos que dependam de anilise de técnicos especializados, que slo os profissionais da drea da medicina do trabalho ou engenharia para verificagio de insalubridade ou periculosidade no ambiente de trabalho, grafotécnicos para andlise de assinaturas ou preenchimentos de documentos, contadores para pericias contabeis ou célculos de liquidagao de sentenga ¢ outros que serdio nomeados pelo Juiz, que fixaré o prazo para a entrega do laudo (Lei 5584/70 — art.3°), b) O Juiz nao estaré adstrito ao laudo pericial, podendo formar sua convicgo com outros elementos ou fatos provados nos autos (art. 436 CPC), mas podera nomear perito de sua confianga na audiéncia, a requerimento da parte ou de oficio, podendo as partes nomearem assistentes técnicos (art. 421 e 422 CPC) em cinco dias a contar da intimagio da nomeagao do perito judicial. ©) Em caso de auséneia da reclamada que é apenada com revelia além da confissto da matéria fitica, a Jurisprudéncia tem entendido a OBRIGATORIEDADE de realizagio de pericia técnica para determinar a existéncia do agente insalubre ou perigoso. email: contato@shiguemori.com.br 4 AT 2011 COC. wh. Ce vier SHIGUEMORI CURSOS JURIDICOS d) Caso o Juiz do Trabalho venha estabelecer depésito prévio de honorarios periciais para o reclamante, que em sua peca inicial pleiteou os beneficios da gratuidade, tendo juntado declaracio de préprio punho para tal finalidade, é cabivel acio de mandado de seguranea contra o ato judicial, perante 0 TRT. QJSBDI2_n*_98. MANDADO DE SEGURANCA. CABIVEL PARA ATACAR EXIGENCIA DE DEPOSITO PREVIO DE HONORARIOS PERICIAIS. E ilegal a exiggncia de depésito prévio para custeio dos honorarios periciais, dada a incompatibilidade com 0 processo do trabalho, sendo cabivel 0 mandado de seguranca visando & realizagao da pericia, independentemente do depésito. (Redaio dada pela Resolugio TST n° 137, DJ 22.08.2005) ¢) O momento oportuno para requerimento de nomeagdo de perito é para o reclamante na pega inicial, e para a reclamada na pega de defesa, mas nada impede que seja requerida em audiéncia ou a qualquer momento, se demonstrada a imprescindibilidade. £) Os honoririos do perito judicial sero suportados pela parte sucumbente na pretensdio objeto da pericia, salvo se beneficiéria da Justiga Gratuita (Art. 790-B CLT). O Provimento GP/CR 09/2007 cle Resolugo 35/2007, preveem que o TRT da 2* Regio poder arcar para com os honoratios periciais da parte sucumbente, beneficiéria da Justiga Gratuita, observado 0 valor maximo de R$ 1.000,00 (Um mil reais) prevendo a antecipagdo de no maximo R$ 350,00 (Trezentos e cingtienta reais) a ser fixado pelo Juiz da causa. Orientagio Jurisprudencial n° 278 da SBDI-1 do TST - Adicional de Insalubridade - Pericia - Local de Trabalho Desativado - A realizagio de pericia € obrigatoria para a verificagio de insalubridade. Quando nao for possivel sua realizagio, como em caso de fechamento da empresa, poder o julgador se de outros meios de prova. (Inserido em 11.08.2003) 28) DA INSPECAO JUD! a) O juiz de oficio ou a requerimento da parte, pode em qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato, que interesse decistio da causa (art. 440 CPC). b) Ao proceder a inspegiio judicial direta, o juiz poder ser assistido de um ou mais peritos (art. 441 CPC) onde o Juiz iré ao local, onde se encontre a pessoa ou coisa, quando julgar necessario, a coisa nao puder ser apresentada em Juizo, sem consideriveis despesas ou graves dificuldades, determinar a reconstituigo de fatos. As partes terdio direito a assistir & inspego, prestando esclarecimentos ¢ fazendo observagGes, que repute ao interesse da causa (art. 442 CPC) determinando ao’final o Juiz, que seja lavrado auto circunstanciado, podendo ser incluido desenhos, grificos ou fotografia, ) Hi diividas se a inspegiio é meio de prova ou meio de avaliagio daquilo que ja foi provado. 29) PROVAS OBTIDAS POR MEIOS ILiCITO: ‘email: contato@shiguemori.com.br 25 AT_vs2011 SHIGUEMORI CURSOS JURIDICOS E inadmissivel a produgo de provas OBTIDAS POR MEIOS ILICITOS, em qualquer tipo de procedimento judicial ou extrajudicial, nos termos do art. 5° inc. LVI da CF/88, sendo que a doutrina ¢ a jurisprudéncia so no sentido de refutar qualquer efeito juridico, vez que em desacordo com a previsio legal. 30) DAS ALEGACOES FINAI: a) Em geral as alegag6es finais sio REMISSIVAS e facultativas, ou so concedidos prazos para as partes manifestarem-se por escrito, mas, em algumas varas poder o juiz requerer 20 advogado que faga suas alegagdes oralmente, nos termos do artigo 850 da CLT, e para tanto, sugerimos 0 texto abaixo: - Pelo reclamante: Meritissimo Juiz, reporta-se o reclamante aos termos de sua inicial, evidenciando a este respeitvel Juizo que o reclamante provou os fatos constitutivos de seu direito, através da oitiva de suas testemunhas ¢ pelos documentos juntados. A reclamada mostrou-se infeliz com sua contestacdo, nada provando por seu turno, merecendo o feito, o decreto de total procedéncia, nos termos da exordial, para condenar a reclamada no pedido langado na pega vestibular, por medida de Justiga, nada mais. - Pela reclamad: Meritissimo Juiz, reporta-se a reclamada aos termos de sua defesa, ressaltando a este r. Juizo, de que a mesmo demonstrou e provou de modo eficaz. os fatos modificativos e extintivos do direito do reclamante, denotando-se que trata-se a inicial, em tese, de mera aventura juridica, cuja pretensio nfo pode ser acolhida pelo Judicidrio. Assim sendo, protesta pela improcedéncia da ago, vez que o reclamante nada provou na fase instrutéria. 31) DA SENTENC. a) © magistrado poder proferir sentenga na prépria audiéncia ou designar nova data para prosseguimento, sendo que da decisio judicial, somente cabera recursos por escrito, jé que a fase da oralidade encerra-se com a audiéncia de primeira instancia. b) Merece atengo a intimagao das partes da sentenga, pela SUMULA 197 do Egrégio TST. Samula TST n° 197 - PRAZO - O prazo para recurso da parte que, intimada, nio comparecer 4 audigncia em prosseguimento para a prolagio da sentenca, conta-se de sua publicagio. (RA 3/85 - DJU 01.04.85). Samula TST n° 30 - INTIMAGAO DA SENTENCA - Quando nao juntada a ata ao processo em 48 horas contadas da audiéncia de julgamento (art. 851, § 2°, da CLT), o prazo para recurso seré contado da data em que a parte receber a intimagio da sentenga, (RA 57/70 - DO-GB 27.11.70). ‘email: contato@shiguemori.com.br 26 AT_vs2011 SHIGUEMORI CURSOS JURIDICOS ©) Antes de proferir a sentenga, deve o magistrado renovar a tentativa conciliatéria, nos termos do artigo 850 da CLT. 32)DA ATA DA AUDIENCIA a) As partes deverdo assinar a ata de audiéneia, mas antes desta providéncia, deverdo ler atentamente 0 que foi escrito naquele documento, sendo que as cépias estardo disponiveis pela Internet, através do site do Tribunal Regional do Trabalho correspondente a Regio. b) O artigo 851 da CLT prevé apenas a obrigatoriedade da assinatura do Juiz na ata de audiéneia, sendo omissa quanto a assinatura dos advogados e partes presentes. ©) Convém ressaltar 0 artigo 161 do CPC ea Jurisprudéncia sobre o tema: Art. 161 - E defeso langar, nos autos, cotas marginais ou interlineares; o juiz mandaré rised-las, impondo a quem as eserever multa correspondente & metade do salirio minimo vigente na sede do juizo. DTZ1063814 - Incidéncia do Art. 161 do CPC - Apliedvel multa ao advogado, quando Procede a anotagdes de préprio punho em ata de audiéncia, mesmo que objetive registrar protesto, face a existéncia de remédio processual proprio. (TRT9* R. - AP 2.16/96 - Ac. 5* T. 12.147/97 - Rel. Juiz Gabriel Zandonai - DJPR 23.05.1997) PARA REFLEXAO: “COMBATI O BOM COMBATE, CUMPRI A MINHA MISSAO E GUARDEI A FE” Apéstolo Paulo. AUTOR: GERSON SHIGUEMORI email: contato@shiguemori.com.br a7 AT_ys2011 a SHIGUEMORI CURSOS JURIDICOS ae Juiz aS Escrevente -_ = = Advogado Advogado Depoente Reclamada Reclamante _~ << Preposto Reclamante email: contato@shiguemori.com.br 28 AT_ys2011

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