PIOR Antnio Torrado escreveu e Cristina Malaquias ilustrou
Era uma vez um viajante que se perdeu no deserto.
No sei se j andaram no deserto, mas se no andaram, imaginem. fcil uma pessoa perder-se no deserto. No h sinais de trnsito nem setas a apontar. No h ningum a quem perguntar o caminho. Nem sequer h caminho. S areia, areia, areia, a perder a vista. Uma maada. Pois este viajante, que se tinha perdido no deserto, desesperado, ps-se a gritar: Acudam-me, acudam-me, seno eu morro de sede, de fome, de calor Um escorpio do deserto condoeu-se da aflio do viajante e disse-lhe: Foge seno eu pico-te. Os escorpies so venenosos, no sei se sabem. 1 APENA - APDD Cofinanciado pelo POSI e pela Presidncia do Conselho de Ministros
O homem, ainda mais assustado, correu, frente do
escorpio. Segue adiante ou eu mordo-te gritava-lhe o escorpio de tenazes ameaadoras, sempre atrs dele. Agora, inflecte para a esquerda Agora corta direita O desesperado viajante, a puxar pelas ltimas foras, corria a bom correr guiado pelas ordens do escorpio, que no lhe largava a sombra. Assim chegou a um osis, com tamareiras e um poo de gua fresca. Estava salvo. Olhou para trs e viu que o escorpio estacara. Devia agradecer-lhe. Em vez disso pegou numa grande pedra e atirou-lha, gritando: Maldito escorpio. Felizmente que o escorpio se desviou a tempo, caso contrrio esta histria teria um fim bastante desanimador.
FIM
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