Nota do Autor. Sorrisos e lgrimas andam muitas vezes acompanhados,
uns por os outros, na vida. Olhada por este lado, esta poesia verdadeira. Alguma coisa me podiam dizer as minhas recordaes, para o provar, mas no seria absolutamente o que escrevi. Neste ponto ela mentirosa. pecado de que me confesso arrependido.
S BELA
s bela, sim, quando, corando, foges
De um beijo perseguida; Ou quando cedes com mais pejo ainda, Mas na luta vencida.
s bela, sim, quando, banhada em lgrimas,
Soltas mimosas queixas; Ou quando, comovida por maus choros, J ameigar-te deixas.
s bela, sim, luz do Sol nascente
Regando as tuas flores, Ou com os olhos no ocaso e o pensamento No pas dos amores.
s bela sempre, e o mesmo fogo acendes
No corao do poeta; s bela sempre, linda flor do prado, mimosa violeta, Maro de 1882.
O SEGREDO DESTAS LGRIMAS
Quem te disse o segredo destas lgrimas, Pra assim me consolares?
Quem te disse que a dor que me angustiava Cedia aos teus olhares?
Criana, onde aprendeste essa cincia, Ignorada de tantos?
Algum anjo do Cu quem te inspira Do conforto os encantos?
Oh! Vem, vem junto a mim com os teus sorrisos
Livrar-me destas trevas, Rir-te do meu ar lgubre, falar-me, Vem, que s tu me enlevas.
Protegido por ti em crculo mgico,
Desafio a tristeza, Que onde a infncia se mostra tudo folga, Homens e natureza;