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CONTROLE EXTERNO (TCE/CE) 0,2 OLine- Prof. GLEYDSON ALEXANDRE Professor Gleydson Alexandre 12 aunt. 0204 14 permite essa ingeréncia, sendo necessiria adogao da via judicial. © _ d)0 controle realizado pelo Legislativo ¢ essencialmente financeiro, realizado pelo Tribunal de Contas, no sendo permitido controle de natureza politica, nem a apreciagao a priori ou a posteriori, por nenhuma de suas casas, de atos praticados Executivo. iQ, Cpe 02 STILL th +e) tanto o controle realizado pelo Judiciario, quanto 0 controle realizado pelo —~ __-Legislativo, atei a0 principio da ingrcia/ dependendo de provocagio do © gh imeressado direto’ot! do suposto prejudicado pelo ato sindicado. ool Op Be we orto beniine cad Controle Interno dewbo do pomiopedin, < \. wattmen de corbole intime- E aquele exercido por érgio integrante do mesmo Poder. Sempre que um agente possuir atribuigdo de fiscalizar a pritica de determinado ato administrativo praticado pelo mesmo Poder estaremos diante de hipdtese de controle interno, Sendo assim, 0 controle intemo & género do qual sto espécies: 0 controle administrativo ¢ o sistema de controle interno. . © controle admi mente visto, € 0 exercido pela prépria administragdo sobre os seus atos (autotutela administrativa). Por exemplo, a fiscalizagdo que as chefias exercem sobre os atos de seus subordinados dentro de um érgao piiblico & trativo, ante classificado como controle interno. J4& o Gistema de conirole interno\ é exercido por érgdo integrante do. Poder controlado, cuja incumbéncia é fiscalizar sob os prismas financeiro e orgamentério. O sistema de controle interno tem como fundamento constitucional o art. 74, da CF/88: de covrtole Jnaniio-. 2OnagbrvshUO Oe TAT. Os Poderes Lepislativo, Executive ¢ Judiciério manterdo, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: T- avaliar © cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a oe \\ execucdo dos programas de governo e dos orgamentos da Unido; \ Tl - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto a eficdcia e wit” eficiénia, da gestio orgamentiria, financeira e patrimonial nos érgios e entidades da administragao federal, bem como da aplicagao de recursos entidades da administragao_ federal, no da aplicagto de recurso piiblicos por entidades de direito privado; III - exercer o controle das operagdes de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos ¢ haveres da Unido; + IV-apoiar o controle externo no exereicio de sua pubsordunagS whe vombole sntowe + TO. fyno mod aplrca Lomepis. ~ noo her Sle de Cont sn § 1° - Os responsaveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela dario ciéncia ao Tribunal de Contas da Unio, sob pena de responsabilidade solidarian OF oS pshprtow wore” ‘p] low ve Atma . XE! DE FIXACAO: 1. 13. De acordo com os dispo Judiciério manterao, de forma integrada, sis possui como finalidade (A) avaliar © cumprimento das metas previstas no plano plui programas de governo e dos orgamentos da Unidio. (B) comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto & eficdcia e eficiéncia, da gestio ‘orcamentaria, financeira e patrimonial nos érgiios e entidades da administragio federal. — (©) exercer o controle das operagdes de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos € haveres da Uniao. ‘os constitucionais, os Poderes Legislativo, Executivo e ema de controle interno, 0 qual NAO mnual, a execugo dos ‘D) apoiar o controle externo no exercicio de sua missao institucional. E)pplicar aos responsaveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, es previstas em lei. 14. Os responsiveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer ocorréncia irregular ou ilegal Ou OfemSA aos principios da Administrago Publica, delas dardo ciéncia (A) ao Ministério Pablico, sob pena de responsabilidade solidéria. (B) a Assembleia Legislativa, sob pena de responsabilidade solidéria. (C) a0 Tribunal de Contas do Estado, quando julgarem oportuno. (D) ao Tribunal de Contas do Estado, a Assembléia Legit nessa ordem, sob pena de responsabilidade solidaria. {®) 20 Tribunal de Contas do Estado, sob pena de responsabitidade solidéra, 15, (ECC - 2012 Meio Ambiente) A respeito da interface entre o controle externo € intemo a que se submete a Administragdo Publica, é correto afirmar: * a) Atuam de forma autériema e ifidependente, devendo apenas assegurar a ciéncia reciproca de eventuais ilegalidades identificadas. * bd) O controle interno subdtdiga-se ao controle externo, caracterizando-se icamente como auxiliar dos Tribunais de Contas. * ©) O controle externo, exercido pelo Poder Legislativo com 0 auxilio dos Tribunais de Contas ¢ 0 controle interno, existente no ambito de cada Poder, atuam de forma coordenada, nag cabendo a fiscalizagao de um deles quando o outro jé tenha atuado. Quin torn BoE cot dictene ee - combole ey A peepee A Jetulor do toro yatime: Peck a gh re ers +©@) Os responsaveis pelo controle interno que tomem ciéncia de irregularidade ou ilegalidade esto obrigados a dela dar ciéncia ao Tribunal de Contas, sob pena de se tornarem solidariamente responsaveis, * — ) Alcangam matérias diversas, porém devem ser executados de forma coordenada, podendo, para maior eficécia, procederem a delegagdo reciproca de poderes atribuigdes. : Joke pla hae oo ue oes Sh been a ee oft: de Controle Externo prt endoe ond balan us) . podet- por_um Poder sobre os atos administrativos praticados por oe eee Ex: A sustago pelo Congreso Nacional de atos normativos do Poder Executivo q que exorbitem do poder regulamentar (CF, art. 49, V); A anulagao de um ato do Poder Executivo por decisao judicial. Ad Senne, AT a4 Alguns autores entendem que o controle exercido pela Administracao Direta sobre lades da Administragao Indireta seria também classificado como controle externo. No tocante aos aspectos financeiro e orgamentario, a CF/88 fixou a competéncia do Congresso Nacional como exercente do controle externo, com o auxilio dos Tribunais de sg & Contas: “Are. 71. O controle externo, a cargo do Congreso Nacional, serd exercido com o z8 g auxitio do Tribunal de Contas da Unido, ° e Estudaremos, detalhadamente mais a frente, 0 controle externo no tocante a 0 © fiscalizagdo financeiro-orgamentéria. fstab :Poder tqslartye —- Crees ; 7 al EXERCICIOS DE FIXACAO: eaeed 16. Os atos praticados pela Administragao Publica sao passiveis de controle. Como ‘exemplo de instrumentos disponiveis nas modalidades de controle externo ou interno, tem-se que (A) a comissio particular de inquérito constitu instrumento de controle interno apenas dos atos praticados na esfera do Poder Legislative. © (B) 0 pedido de informagao oriundo do Poder Judiciario e destinado aos Ministros de Estado constitui modalidade de controle externo dos atos da Administrago Pablica. (C) a anulagdo, pelo Senado Federal, de atos normativos editados pelo Executivo constitui modalidade de controle extemno dos atos da Administragao Pablica. (D) a possibilidade do Congresso Nacional sustar atos normativos editados pelo Poder Executivo constitui modalidade de controle externo da Administragao Pablica. (E) a sustagao, pelo Senado Federal, de atos normativos editados pelo Executivo constitui modalidade de controle externo dos atos da Administragao Publica. onl ylidarde 17, (ECC_- 2013 - TRT - 5* Regido (BA) - Analista_Judiciério - Oficial de_Justica Avaliador) Em suas atividades, sabe-se que a Administragao publica esta sujeita a controles interno e externo. Desta forma, é correto afirmar que o controle * a) ittergo exercido pelo Legislative abrange no apenas crifério de legalidade, mas também Blcanga anélise de economicidade dos atos da Administragio publica. * b) interno e 0 externo exercidos pelo Judicidrio abrangem nao s6 aspectos de legalidade, mas também abarca critérios de legitimidade e economicidade dos atos da Administragao pabl @Ff exercido pela propria Administragzo piblica, denominado de autotutela, inclui a possibilidade de rever seus priprios atos, e o poder de tutela se destina aos entes que integram a Administragao indireta. * d) exercido pela propria Administracao piblica inclui a capacidade de rever seus préprios atos € aqueles praticados pelos entes da Administragao indireta, como exteriorizagiio de seu poder de gufotutela, €) externo eXercido pelo Legislativo e pelo Judicidrio se limitam a anélise dos critérios de legalidade dos atos administrativos, e o controle exercido pela Administragao publica dos atos praticados pelos entes da Administragao indireta, abrange aspectos de legalidade e discricionariedade © 18. (FCC - 2013 - TRT - 18" Regidio (GO) - Analist r ficial_de Justica Avaliador) A atuacéo da Administragao publica esté submetida a controle interno ¢ externo. E correto afirmar que; * a) o controle exercido pelo Legislativo ¢ mais restrito do que o exercido pelo Judiciario, na medida em que se resteit ge ao controle de legalidade dos atos administrativos. '* b) 0 controle de economicidade, exercido com auxilio do Tribunal de Contas, limita-se a exame de legalidade, visto que o controle Legislativo nao admite andlise discricionéria. * ©) © controle exercido pelo Legislative é mais restrito que aquele desempenhado pelo poder judicidrio, porque nao admite andlise de mérito da atuagao administrativa. * )a fiscalizagio exercida pelo Legislativo esté expressamente delimitada pela Constit Federal brasileira, incluindo o controle politico, que abrange andlise de mérito, em algum grau e medida. * ©) nao se admite controle exercido pelo Legislativo, em raz4o do principio da separago de poderes, cabendo, apenas excepcionalmente controle pelo Judiciatio, admitindo-se algum grau de controle de discricionariedade. 2009 - TPA - Anal tragdo € correto afirmar:, * a) Trata-se de controle exterfio a aco de drgdos ou agentes do Poder Judiciério para verificagdo da legitimidade e da regularidade dos atos praticados ainda que pelo proprio judiciario, * b) 0 Poder Judiciério, quando provocado pelo interessado ou por legitimado, no exercicio do controle judicial do ato administrative, pode revogar ato praticado pelo Poder Executivo se constatado a sua ilegalidade. ~~ cidria A respeito do controle da * c) Compete ao Congreso Nacional, exclusivamente por meio da Camara dos Deputados, fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo. * d) A fiscalizagao da execugo de um contrato durante a sua vigéncia é denominado controle piévio. * ¢)O Tribunal de Contas da Unio € érgio auxiliar do Congresso Nacional e a ele compete, dentre outras fungées, fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a Unido participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo ‘ontrole Social > ypu wilaha’ © controle social ou popular parte do entendimento de que a Administragao deve i teresse piiblico, logo necesséria se faz a existéncia ‘sempre atuar visando & sa ‘de mecanismos, constitucionalmente previstos, para que os administrados possam verificar a regularidade da atuagio da Administrago Publica, Exemplos: 0 Art.5°, LXXIII, da CF/88 estabelece que qualquer cidadao é parte legitima para Propor ago popular que vise a anular ato lesivo ao patriménio piblico ou de entidade de que o Estado participe, 4_moralidade administrativa, ao meio ambiente e a0 patriménio histérico cultural, a © An.74, §2°, da CF/88: estatui que qualquer cidadio, partido politico, associagtio ou sindicato ¢ parte legitima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante 0 Tribunal de Contas da Unido. EXERCICIOS DE FIXAC: 20. A patticipagio popular no controle da legalidade © moralidade da atividade administrativa pode ser exercida (A) mediante denicia perante a Assembiéia Legislativa ou ao Tribunal de Contas, por € qualquer Pessga que venha a tomar conhecimento de irregularidades ow ilegalidades praticadas em “detrimento da Administragao, sob—péna de tomar-se solidariamente responsavel. ‘mediante representagiio, perante a propria Administrago ou ao érgio do Piblico que tiver competéncia para apurar a prética da imregularidade ou ilegalidade apontada; mediante deniincia perante a Assembléia Legislativa ou Tribunal de Contas ¢ mediante propositura de Ag&o Popular. g (©) somehte pela via judicial, através da AGHo Popular poy poe (D) mediante dentincia ao Ministério Piblico, a Assembléia Legislativa ou a0 Tribunal de ¢ Contas, bem como mediante propositura de Agdo Popular, somente sendo assegurado o direito de representar & autoridade administrativa aqueles cujos direitos subjetivos tenham sido atingidos pelo ato impugnado. (E) perante a propria Administragdo ou pela via judicial, mag apenas nas situagdes de lesdio 6 ou ameaga de lesdo a direito individual ¥ 2. SISTEMAS DE CONTROLE EXTERNO , 2.1 TRIBUNAL DE CONTAS: 6rgdo colegiado com autonomia, de natureza_admi 2.2 CONTROLADORIA OU AUDITORIAS-GERAIS: reo unipessoal, mandato, recomendagdes (cardter opinativo). EXERCICIOS DE FIXACAO: 21. (CESPE TCU/ACE/2007) Acerca dos sistemas de controle externo € do controle externo no Brasil, julgue os itens subseqiientes. sistema de controle externo, na maioria dos paises signatirios, é levado a termo ou pelas cortes de contas ou pelas auditorias-gerais. As principais caracteristicas do sistema de tribunal de contas sio as decisdes colegiadas e 0 poder sancionatério. No Brasil, bem como nos _demais paises que adotam esse sistema, os tribunais de contas, quanto a sua ‘oFganizagao, enconiram-se ligados a estrutura do Poder Legislati phe om ee 22. (ESAF/TCU/2005) Na maioria dos paises onde existe, o sistema de controle externo é levado a termo ou pelos Tribunais de Contas (Cortes de Contas) ou pelas Auditorias-Gerais. Nesse contexto, considerando as principais distingdes entre esses dois modelos de controle, assinale a opgao que indica a correta relago entre as colunas: 1) Tribunais de Contas 2) Auditorias-Gerais () Sao Srgaos colegiados. 1 () Podem ter poderes jurisdicionais. 4 () Podem estar integrados ao Poder Judiciério. 4 () Proferem decisées monocriticas. a fe How PY IP Ie Dee de cor VOR. - 3.1 TRIBUNAL DE CONTAS E EVOLUCAO CONSTITUCIONAL, 4 Crago: Decreto n° 966-A de 7 de novembro de 1890; Constituigao de 1891: incumbiu o Tribunal de Contas de analisar as receitas e despesas em relacao a legalidade, antes de serem prestadas contas as Congreso; -» Constituigiio de 1934: 0 TCU recebeu outras competéncias, entre elas, julgar as contas dos administradores piblicos, [agora pasa BEEMEMGTIE EY Cees os contratos, bem como apresentarfparecerprévig sobre as contas do Presidente da Repiblica: —* Constituigdio de 1937; todas as competéncias foram mantidas, exceto a apresentagio de parecer prévio; © Constituigio de 1946: instiitescompeténcia de julgar a legaldade da concessto dos stos de pessoal (aposentadorias, reforma, pensées); _w» Constituigio de 1967/69: terminou com os registros prévios de despesas e contratos. Além isso, criou-se o[gistema de controle externo} que seria exercido pelo Congresso Nacional, com 0 auxilio do TCU; € Constituigdio de 1988: artigo 71. EXERCICIOS DE FIXAC: 23, (Auditor TCM-CE 2006) Consideradas as caracteristicas dos sistemas de controle externo da Administracio Publica quanto ao érgio controlador e ao momento de exercicio do controle, é correto afirmar que, no Brasil, {A) desde a Constuigao do Tpéro, previse a existéncia de érplo técnico controlador das contas estatais, sendo o Controle exercido prévia, concomitante ou posteriormente & © realizagdo da despesa, excegdo feita & Constituigao de 1937. (B) foi somente com a promulgagio da Constituigo de 1891 que se criou o Tribunal de Contas_como érgio controlador das despesas piblicas, sendo o controle, & época, exercido exclusivathente em cardter prévio. (©) por influéncia de Rui Barbosa, foi criado o Tribunal de Contas logo apés a proclamagao da Repiblica, antes mesmo da primeira Constituigaio republicana, e, embora haja controvérsia desde entio quanto & natureza politica ou jurisdiciong) Map controle, & certo que semiffe foi concomitante ou posterior a despesa. (40 34 6 9 pe jdin. pluie, (D) apés periodo de enxugafnento das atividades do Tribunal de Contas Le ‘orgao controlador das despesas plblicas sob a égide da Constituigo de 1967, a Constituigzo vigente retomou o caminho| aberto pela de 1946, admitindo controle do tipo prévi coneomitantee posterior, \ Qo hauase Lretusapr ste re 7; (©) 0 controle externo incumbe, atualmente, aos drgdos legislativos das trés esferas da Federagao, com auxilio dos Tribunais de Contas da Unido, dos Estados e, onde houver, dos Tribunais ou Conselhos de Contas dos Municipios, sendo © controle concomitante ou posterior & realizado dadespesa. = __fliay do Pl. Oyo" kaw do Lugistatiies ~ Hones 3.2NATUREZA JURIDICA = — as palavras de Rui Barbosa, figura imprescindivel para a ‘é um Tribunal sui generis, possui corpo de Primeiramente, mister existéncia dos Tribunais de Contas no Brasi magistratura intermediéria & administracdo eG legislatura”. A questo € tormentosa na doutrina patria, H4 doutrinadores, entre eles podemos citar, José dos Santos Carvalho Filho que entende que os Tribunais de Contas esto inseridos na estrutura do Poder Legislativo. O autor chega a esta conclusio pela andlise topogréfica da Constituig isciplinam sobre os TC’s encontram-se inseridas no capitulo do Poder Legislativo. O segundo argumento utilizado para inserir os Tribunais de Contas na estrutura organizacional do Poder Legislativo € a Lei Complementar n. 101/2000, que dispde que: “o Poder Executivo, CL’ 0 Poder Legistative, neste abrangidos os Tribunais de Contas, 0 Poder Judicidrio ¢ 0 a Ministério Piblico”; jam Pela simples leitura do dispositivo, podemos notar que o legislador teve a intengdo v de dizer que os Tribunais de Contas encontram-se na estrutura do Poder Legislativo. Contudo, outros eminentes doutrinadores ressaltam a autonomia dos TC’s em relagdo aos Poderes da Repiblica. Entre eles o atual Ministro do STF Carlos Ayres Britto: Federal, pois os dispositives constitucionais que “Tribunal de Contas da Unido nfo é érgio do Congresso Nacional, nao é Grgio do Poder Legistativo. Quem assim me autoriza a falar é Constituigao Federal, com todas as letras do seu art. 44, litteris: O Poder Legislativo & exercido pelo Congreso Nacional, que se compoe da pre. th) Camara dos Deputados e do Senado Federal’. Diga-se mais: além de no ser orgio do Poder Legislativo, o Tribunal de Contas da Unido nao é 6rgao auxiliar do Parlamento Nacional, naquele sentido de inferioridade hierdrquica ou subalternidade funcional. (...) Quando a Constituigao diz que 0 Congresso Nacional exercerd 0 controle externo ‘com 0 auxilio do Tribunal de Contas da Unido’ (art. 71), tenho como certo que esta a falar de ‘auxilio” do mesmo modo como a Constituigao fala do Ministério Pablico perante o Poder Judi Também defensora da autonomia dos TC’s, a professora Odete Medauar assinala que muito comum é a mengdo dos TC's como drgdo auxiliar do Legislativo, o que acarreta jeia de subordinago. Rebatendo tal argumento, a ilustre doutrinadora afirma que se confunde o érgdo com a fungiio, a CF nao disciplina que o TC € orgao auxiliar, apenas que © controle externo seri exercido com o auxilio dos TC’s. a O professor Valdecir Pascoal pontifica que os TC’s so érgdos constitucionais dotados de autonomia administrativa e financeira, sem qualquer relagio de subordinagao aos Poderes. Por tiltimo, o doutrinador Celso Antonio Bandeira de Mello afirma: “mesmo que a CF/88 tenha desdenhado os Te’s quando enumerou os Poderes harménicos e independentes, os Te’s, em nosso sistema, & um conjunto orgdnico perfeitamente auténomo”. Em relagio ao entendimento jurisprudencial, também ha discrepancia, principalmente em relago ao posicionamento do STF. Em julgado, nos idos de 1984, 0 STF entendeu pela autonomia, mas pela sua inclustio no Poder legislativo: I. Pode o poder legislativo estabelecer em lei a obrigagio de o tribunal de contas prestar contas a assembléia legislativa. 2. O tribunal de contas, embora érgo auténomo, integra no sistema constitucional o poder legislativo, sem ser contudo Srgo preposto. 3. Ago direta julgada procedente em parte, para declarar inconstitucional a expresso ‘érgio preposto do legislativo’, inserida no artigo 2. Da lei n. 3.564, de 08 de junho de 1983. (STF — pleno - RP 1179, rel. Min. Alfredo Buzaid, julg, 29/06/1984). Contudo, jé em 1992, a Suprema Corte exarou o entendimento de que os Te’s so simplesmente érgéos auxiliares: “O Tribunal de Contas exsurge como simples drgao auxiliar,” (STF. - Pleno ~ RE 132747 ~ Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento 17/06/1992). de Controle Externo) O Tribunal de Contas do Estado de Sergipe é um drgao * a) coma incumbéncia de elaborar 0 Executivo. 10 Plurianual do Estado em conjunto com o Poder aie + b) subordinado ao Poder Legislativo Estadual. ~ * ©) responsivel pelo controle ingtho da execugdo orgamentaria e financeira das unidades administrativas. “~~ Jenne? * d) cuja principal fungiio € aproyar a programagio € © cronograma de desembolso de recursos das unidades orcamentarias. & * ¢) subordinado ao Poder Judici das contas piblicas. ‘stadual e tem como fungiio realizar 0 controle externo 25. (ECC ~ Analista de Controle Externo - Coordenadoria de Engenharia) Considerando sua natureza juridica, o Tribunal de Contas € érgao que * a) integra o Poder Executivo e exerce o controle externo. + b) integra o Poder Legislativo e eXpr¢e 0 controle externo. + c) imegea o Poder Judiciério e exerce 0 controle externo. © d) auxilia o Poder Executivo quando este exerce o controle externo. _ty®) aunlia o Poder Legislative quando este exerce o controle externo. 26. (ECC - 2004 - TRE-PE - Técr Administrativa) No controle externo da administrago financeira e orgamentiria é que se inserem as principais atribuigdes dos nossos Tribunais de Contas, como érgaos 0 Judiciar © a) independentes e auxiliares dos Judieirios e colaboradores dos Le; « b) dependentes do Poder Judjeiatio e auxiliares do Poder Executivo. © c) independentes e auxiliares dos PoderesExecutivo e Judicidrio. * d) dependentes e auxiliares dos Poderes Legislative e Judiciario. . . (Gree penderes, ‘mas auxiliares dos Legislativos e colaboradores dos Executivos. 3.3 NATUREZA JURIDICA DAS DECISOES DOS TRIBUNAIS DE CONTAS No exercicio da competéncia de julgar as contas dos administradores, surge a controvérsia juridica sobre a natureza juri de Contas. A celeuma envolvendo a matéria diz respeito se as decisGes das Cortes de Contas se revestem de natureza judicante ou administrativa. O autor Valdecir Pascoal explica primeiro que uma decisao judicante nao € necessariamente aquela originada no seio do Poder Judiciario. A decistio sera judicante quando seja capaz de dizer o direito definitivamente, sem ‘possibilidade de controle por outro Poder. Exemplo maior ocorre na Franga com o seu Conselho de Estado, érgao administrativo, contudo, com forga judicante sobre as tides que envolvem a Administragao Pablica. ‘a das decisdes dos Tribunai Sobre este prisma, alguns autores de tomo, entre eles, Francisco Cavaleante Pontes de Miranda, Seabra Fagundes e Jorge Ulisses Jacoby Fernandes, defendem a definitividade das decisdes dos Tribunais de Contas, mesmo com os dizeres do art. 5°, XXXV' da Carta de Outubro. Os defensores da natureza judicante das decisdes das Cortes de Contas, diga-se logo minoritérios, aduzem que 0 constituinte origindtio concedeu a essas a competéncia exclusiva de “Julgar” as contas dos administradores, constante no art. 71, Il, da Carta Politica. Elucidam, ainda, para afastar a aplicagao do principio da jurisdigo una, que a | nido pode excluir eso ou ameaga de direito da andlise do Poder Judiciério, mas a Constituigao Federal, pode, e o fez em relagdo a outras competéncias judicantes. O trecho do livro do Prof. Jorge Ulisses Jacoby Femandes ilustra bem essa tese: ‘A Constituigo Federal admitiu expressamente varias excegdes a esse decantado monopélio absoluto do Poder Judi visto adiante, em outros casos, 0 constituinte nao excluiu expressamente 0 ), COMO ser direito de ago perante esse poder, mas declinou a competéncia para julgar a rgdo que nao o integra expressamente. Assim, procedeu nesse breve elenco: ‘* Contas prestadas pelo presidente da Republica (competéncia exclusiva do Congresso Nacional); * 0 presidente e 0 vice-presidente da Repiblica, nos crimes de responsabilidade, ¢ os ministros de Estado, nos crimes da mesma "a lei ndo excluira da apreciagao do Poder Judicidrio lesdo ou ameaga a di sennpelP do- yrrieciio. natureza, conexos com aqueles (competéncia privativa do Senado Federal); * Contas dos administradores e demais responsaveis por dinheiros, bens e valores piiblicos da administragdo direta e indireta, inclufdas as fundagdes e sociedades instituidas e mantidas pelo poder publico federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuizo ao erério (competéncia do Tribunal de Contas da Unido). Entretanto, mesmo com a existéncia do termo “julgar” dentre as competéncias atribuidas as Cortes de Contas, a doutrina majoritaria € no sentido oposto, acatando a natureza administrativa das decisdes dos Tribunais de Contas. A razio para o referido posicionamento & o principio da inafastabilidade do controle judicial (art. 5°, XXXV, CF), de Contas possui natureza administrativa ¢ logo, qualquer decisdo emanada dos Tribun estd sujeita a controle pelo Poder Judiciario. Logo, j4 que 0 ordenamento juridico patrio adotou o principio do monopélio da Jurisdigao (art. 5°, XXXV, CF/88), & forgoso reconhecer o caréter administrativo das decisdes dos Tribunais de Contas, ante a possibilidade de se levar ao Judicidrio as questdes decididas perante as Corte de Contas (Enunciado 6 da Simula de Jurisprudéncia dominante do STF’). Contudo, mesmo os doutrinadores antes mencionados que exaltam a forga judicante das decisdes dos Tribunais de Contas, consideram que somente as decisdes derivadas da competéncia de “julgar” as contas dos administradores esto albergadas pela definitividade. Isso decorre da constatagdo que a Carta Cidada elencou outras competéncias, entre elas, apreciar para fins de registro, aplicar sangSes, fiscalizar a utilizagao de recursos publicos, sendo que a terminologia “julgar” ficou adstrita somente A andilise das contas dos administradores. Em uma anélise perfunctoria do art. 71 da CF/88, percebe-se a distingao feita pelo Constituinte Origindrio entre a competéncia dos Tribunais de Contas de julgar as contas, descrita no inciso II, ¢ as outras incumbéncias, como, por exemplo, de apreciar os atos de pessoal para fins de registro, relacionada no inciso III do mesmo artigo. EXERCICIOS DE FIXACAQ: Sumute._06, 5 2 “A revogacao ou anulacdo, pelo Poder Executivo, de aposentadoria, ou qualquer outro ato aprovado pelo Tribunal de Contas, nao produz efeitos antes de aprovada por aquele Tribunal, ressalvada a competéncia revisora do Judiciari o Nin nah equa TC 27. (ECC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle Extemo - Controle Externo - Juridica) 0 controle externo no Brasil * a) estd a cargo do Tribunal de Contas, auxiliado pelo Poder Legistativo * b) é superior, hierarquicamente, ao controle interno. G * c) € exercido pelo Tribunal de Contas, desde que provocado. % 5 far oy Llib + ofmpoderjadican) out 34,20, (m a yoga. gue ge tears Wo DIR! © ) caracteriza-se pela superioridade do Tribunal de Contas da Unido diante dos Tribunais de Contas Estaduais. 2 28. (FCC - 2008 - TCE-AL - Procurador) Os processos promovidos pelos Tribunais de Contas tém natureza a . Dre Fioveso administrativo, ndo dispensando, portanto, a observancia do contraditério ¢ ia ampla defesa. * b) de proceso judicial, pois admitem a imposigaio e a cobranga coercitiva de multas, ‘* c) de processo administrativo, admitindo mitigagao do contraditério e da ampla defesa em razio do subseqiente tramite de agdo judicial © d) hibrida, administrativa e judicial, exigindo a observancia do contraditério e da ampla defesa apenas diante de processos de natureza judicial. * ©) de processo disciplinar, porque visam a fiscalizagao imposi¢ao de penalidade a agente pil Jwiow , ilo pode © ane 2 syne 3.4 REVISAO DAS DECISOES DO TRIBUNAL DE CONTAS PELO PODER, JUDICIARIO & de plan ae ortOe Mas para a confecgo dessas decisdes no Ambito dos tribunais de Contas, em regra, desenrola-se um processo administrativo, com a observancia aos principios do devido processo legal, do contraditério e da ampla defesa, garantidos pela Constituigdo Federal. Ja que as decisées dos Tribunais de Contas podem ser revistas pelo Poder Judicidrio, conforme exsurge da Simula 6 do STF, mister deixar claro que_o Poder Judiciério ndo pode rever por completo as decisbes das Cortes de Contas. A Constituigao ) Federal concedeu competéneia propria e privativa para que os Tribunais de Contas julguem | as contas de gestiio dos administradores piblicos. Nesse sentido, nenhum outro érgio ou Poder pode fazer as vezes dos Tribunais de Contas nessa missio. Assim, Quanto ao méritg da gestio de determinado administrador, somente as Cortes de Contas tém competéncia para se_pronunciar, Dessa maneira, nio cabe ao Poder Sadi ue foi_apreciado pelos Tribunais de Contas. Ao Poder TudicidrioGomenteycaberd a verificagdo se houve, por ocasido do julgamento das contas, 0 cometimento de alguma ilegalidade. O que, em essencial, € questionado na Justiga & se foram observados os principios do contraditério e da ampla defesa, preceitos garantidos pelos incisos LIV e LV do artigo 5° da Constituigdo. De forma semelhante, ocorre com a apreciagao do ato administrative por parte do Poder JudiciariofEm geralyo Poder Judicidrio no pode apreciar os requisitos relacionados A discricionariedade do ato, ou seja, o motivo e o objeto ficam afastados da apreciagao. jario rever_ mérito do

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