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Um carro pode ser dirigido de cabeca para baixo em um teto? Aresposta esté neste capitulo. Um carro fazendo uma curva plana em uma corrida de Grande Prémio depende do atrito permanecer na curva. Entretanto, seo carroestiver se movendo muito répido,oatrto para, indo é suficiente eo carro derrapa para fora da curva. Antigamente, um carro tinha que realizaruma curva plana com velocidade reduzida, Entretanto,carros de corrida moderns sdo projetados de tal maneira que a corrente de ar pressiona o carro para baixo, permitindo ao carro fazer uma curva plana com maior velocidade sem risco de derrapagem. Esta forca para baixo é chamada de empuxo negativo. Ee é devido ao modo pelo qual o ar é forgado a flu por cima e por baixo do veiculo. £m um Grande Prémio moderno, o empuxo negativo pode ser grande. ————E————————— eae 128 Capitulo Seis Pa dice de fore: 2 fora Neste capitulo, enfocamos a fisica associada a trés tipos comun: zs de atrito, a forga de arrasto e a forga centripeta. Um engenheiro, a0 pref aeer) Paenes para as 500 milhas de Indianapolis, leva em consideragao todos os 8 ae oes a. As forcas de atrito que atuam nos pneus so cruciais para a aceleras20 he na saida do pit stop ou na saida de uma curva (se 0 carro passar sob! Taek Taleo, 0 atrito.é perdido assim como o carro). As forgas de arrasto WY atuam So Se eo aids as coments de ar devem ser minimizadas, do comsio © Sar ne saard muito combustivel eteré que reabastecer muito cedo (mesmo °° Parada de 14 s pode custar a corrida ao piloto). As forgas centripetas sio rvcitt a aaa (Genio houver forga centripeta suficiente, o carro derraparé para o mur? le protego) Tniciaremos nossa discussdo com as forgas de atrit. Em repouiso 6-2 Atrito , ‘As forgas de atrito so inevitiveis em nossa vida didria, Se nfo fOSS2 Nery is For oe ‘cas paraiam todo objet exn movimento saxim conv? 80 50 em rotagio, Cerca de 20% da gasolina usada por um automével so consumidos para Toa co ae anotor ena caixa de transmissdo, Por outo lado, Mae ROUEN atrito, ndo poderfamos fazer o automével ir a lugar algum nem p* aaeiaaes har ou andar de bicicleta. Nao poderiamos segurar um lapis, e, mesin Se PU ara ae io conseguiriamos escrever, Pregos e parafusos seriam initei 8 SSCS *° desmanchariam e os nés se desfariam, a Neus vaptulo, tratamos de Forgas de atrito que existem entre supers booed io lubrficadas, quer estacionéias entre si ou se movendo uma em ‘com baixa velocidade. Considere trés experimentos imaginarios ‘simples: como esperado, 0 eve possuir uma Jago a outra Acleracion 1. Faga um livro deslizar sobre uma bancada horizontal longa. livto reduz.a velocidade e depois para. Isto significa que 0 ivro aveleragdo paralela& superficie da bancada no sentido oposto 20 $%, ca none aes 'Enino, pela segunda lei de Newton, uma forga paralela ® SOR-NE naegja.e em sentido oposto a0 da sua velocidade deve atuar sob®© 9! a \ forga é uma forga de atrito. oP 2, Empurre o livro horizontalmente para fazé-lo se deslocar com vetoes pod ante ao fongo da bancada. A forga que voc® exerce pode ser a UniCt ed zontal atuando sobre o livro? Nao, porque neste caso 0 livro aceleraria. Pela se- {gunda lei de Newton, deve existir uma segunda forga, em sentid® ea forca mas com 0 mesmo médulo, de forma que as duas forgas se equilibram. Esta segunda forga é uma forga de atrito, na diregao paralela A banciO ye ar Empurre um caixote pesado na horizontal. O caixote nfo se m0 ee edo ccom a segunda lei de Newton, uma segunda forga deve tambét nao a a Q oore o exixote para se opor 8 forga que voc# exerce. Além diss. 02 tii fempo forga deve ter o mesmo médulo que a sua forga, mas atua em se COntratiO, 45 6-1(a) As forgas que ager sobre um fe forma que as dias forgas se equilibram. Esta segunda fore ¢ 0", forga de 95 estaciondrio: (b>(d) Uma forga ‘tito. Empurre com uma forga maior. O caixote ainda nao se °°", AAparente- ana Fecal sob oblon, mente, a forga de atrito pode mudar de intensidade de tal mane as duas -auilibrada pela forga de atritoestitico, forgas ainda se equilibram. Agora empurre com toda a sua fors® eee tore yar Bvidentemente, existe uma nensdade mximad® O68 230 a cme Quando vocé excede essa intensidade maxima, 0 caixote desliz* | we" ‘eeleacssbitmete na die © tam bI0CO €StE.OM TE node F () Se qusennos que ager pela forga normal cose moras eed ns 7 Velocidade {feb aproximadamente) ‘A Fig. 6-1 mostra uma situagdo semelhante, Na Fig. 6-La, \ ouso sobre uma mesa, com a forga gravitacional F, equilibrada 3 Pe oa gt ea wredelo para a soe oui do vals maximo ge | Fy. Na Fig 6-1b, voce exerce uma forga F sobre 0 bloco, tentando Pt Niliteango jmmediatamente antes de 0 bloco se esquerda. Em resposta, uma forga de atrito f est dirigida, vara a direita eat brani desprender. (g) Alguns resultados oe poe se fe igida p joo no S€ MOVE. experiments para aseqdéncia da (2) af. ‘sua forga. Aforga f, échamada de forga de atrito esttico. Ob : ere \; o Fig. 6-20 mecanismo de arto de desiizamento. (a) A superficie superior ‘std deslizando para a dieita sobre a superficie inferior nesta vista ampliada. (6) Um detalhe, mostrando dois pontos ‘onde ocorreu soldagem a fro. E necesséria uma forga para quebrar as soldas e manter 0 movimento ForgaeMovimento—II 129 |As Figs. 6-Ic e 6-Id mostram que, 2 medida que voc aumenta a intensidade da forga aplicada, aintensidade da forca de atrito estatico f, também aumenta eo blo- co permanece em repouso. Entretanto, quando a forea aplicada atinge uma certa intensidade, o bloco “solta-se” do seu contato intimo com a superficie da mesa e acelera para a esquerda (Fig, 6-1e). A forga de arto que entao passa a se opor 20 ‘movimento é chamada de forga de atrito cinético Normalmente, a intensidade da forga de atrito cinético, que atua quando hé mo- viento, é menor do que a intensidade maxima da forga de atrito estitico, que atua quando nao hé movimento. Assim, se vocé deseja que 0 bloco se mova sobre a su- perficie com uma velocidade constante, geralmente voc deve diminuir a intensi- dade da forca aplicada tio logo o bloco comece a se mover, conforme indicado na Fig. 6-1f, Como exemplo, a Fig. 6-1g mostra o resultado de um experimento no qual a forga sobre o bloco foi aumentada lentamente até ocorrer 0 deslizamento. Obser- ve 0 Valor reduzido da forga necessdria para manter 0 bloco se movendo com velo- cidade constante ap6s 0 inicio do destizamento. Uma forga de atrito é, em esséncia, o vetor resultante de muitas forgas atuando entre os étomos da superficie de um corpo e 0s étomos da superficie do outro corpo. Se duas superficies metélicas altamente polidas ¢ cuidadosamente limpas forem colocadas em contato em alto vacuo (para manté-Ias limpas), nao se consegue des- lizar uma superficie sobre a outra. Como as superticies sto por demais lisas, muitos ‘étomos de uma delas entram em contato com muitos étomos da outra e as superfi- cies se soldam a frio instantaneamente,formando uma tinica pega de metal. Se os blocos metilicos especialmente polidos de um operador de maquina forem coloca- dos em contato no ar, haverd menos contato de tomo para étomo, mas mesmo as- sim os blocos aderirio firmemente um ao outro e somente poderio ser separados por meio de um movimento de torgao. Entretanto, geralmente esse grande niimero de contatos de dtomo para dtomo néo é possivel. Mesmo uma superficie metélica altamente polida estd longe de ser uma superficie plana em uma escala atOmica. Além disso, as sugerficies dos objetos do nosso dia-a-dia possuem camadas de Sxidos e outras impurezas que reduzem a soldagem a frio. Quando duas superficies comuns so colocadas em contato, somente os pontos mais altos se tocam. (E como termos os Alpes Suigos virados de cabega para baixo ce colocados sobre os Alpes da Austria.) A area microscépica realmente em contato & bem menor do que a drea de contato macroscdpica aparente, talvez por um fator de 10, Entretanto, muitos pontos de contato ainda se soldam. Estas soldas produ- zem 0 atrito estético quando uma forga aplicada tenta deslizar uma superficie em relagZo a outta. Sea forga aplicada for grande o suficiente para deslizar uma superficie sobre a outra, primeiro ocorre uma quebra das soldas (na ruptura) seguida por um processo conti- ‘uo de formacio e ruptura de novas soldas & medida que o movimento ocorre e novos contatos so formados aleatoriamente (Fig. 6-2). A forga de atrito cinético 7., que se opde ao movimento, é a soma vetorial das Forgas nestes muitos contatos aleatérios. ‘Se as duas superficies séo pressionadas uma contra a outra mais fortemente, muito ais pontos se soldam a frio. Agora, fazer as superficies deslizarem uma em rela (Go A outra requer uma forca aplicada maior: A forga de atrto estético f, possui um valor maximo mais intenso, Uma vez que as superficies estejam deslizando, existi- ro muito mais pontos momentineos de soldagem a frio, ¢ assim a forga de atrito cinético 7, também possuiré maior intensidade. Freqilentemente, o movimento de deslizamento de uma superficie sobre outra corre “aos trancos” porque os processos de aderéncia e deslizamento entre as duas superficies acontecem de forma alternada. Tais processos repetitivos de aderéncia e deslizamento podem produzir sons agudos, breves ou longos, de chiados ¢ rangi- dos, como acontece quando os pneus derrapam ou patinam em pavimentos secos, quando se arranha um quadro de giz com as unhas, ou quando se abre uma dobradi- a enferrujada, Bles também podem produzir sons belos e agradéveis, como quan- do se desliza apropriadamente um arco sobre uma corda de violino. rere RR nrUn RRP RRrrarrerceeecvnrTariee etre rar eaaee PeviennT en eeeeenarnne eee aa eee earner et an t 130 Capitulo Seis 6-3 Propriedades do Atrito ‘A experiéncia mostra que, quando um corpo seco nio lubrificado pressiona uma superficie nas mesmas condigdes e uma forga F tenta fazer 0 corpo deslizar a0 lon- | g0 da superficie, a forca de atrito resultante possui trés propriedades: 1 Propriedade 1. Se 0 corpo no se move, entao a forga de atrito estético freacom- ponente de F que € paralela a superficie se equilibram. Blas so iguais em mé- dulo, e 7, possui sentido oposto ao dessa componente de Propriedade 2, O médulo de f, possui um valor maximo Fimixs dado por Seanix = beF ns 1) { onde jz, 60 coeficiente de atrito estitico e F, é 0 médulo da forga normal que a ! superficie exerce sobre o corpo. Se o médulo da componente de F que é parale~ t la A superficie exceder fn.» €ntdo 0 corpo comega a deslizar ao longo da super- fe= bebe 8 62 onde j., 60 coeficiente de atrito cinético. Dafem diante, durante 0 deslizamento, ‘uma forga de atrito cinético f, com médulo dado pela Eq. 6-2 se opde a0 movi- mento. ‘A intensidade F, da forga normal aparece nas propriedades 2 ¢ 3 como uma medida de qudo firmemente 0 corpo pressiona a superficie. Se 0 corpo pressionar mais fortemente, entio, pela terceira lei de Newton, Fy seré maior. As propriedades 1 ¢ 2 foram expressas em termos de uma tinica forca aplicada F, mas também sio vélidas para a forga resultante de varias outras forcas que estejam atuando sobre o corpo. As Eqs. 6-1 e 6-2 ndo sto equagées vetoriais; a diregdo de f, ou f ésempre paralela a superficie e tem sentido contrério a tendéncia de deslizamento, ¢a forga normal Fy é perpendicular a superficie. ‘Os coeficientes 1, 1, so adimensionais e devem ser determinados experimen talmente, Seus valores dependem de certas propriedades tanto do corpo como da superficie; por isso, eles so normalmente referidos com a preposigao “entre”, como em “0 valor de pi, entre um ovo e uma frigideira revestida com Teflon ¢ de 0,04, mas o valor entre sapatos de alpinismo e uma rocha pode chegar a 1,2." Ademais, ‘depende da velocidade com a qual o corpo desliza ficie. Propriedade 3. Se o corpo comeca a deslizar ao longo da superficie, médulo da orga de atrito diminui rapidamente para um valor f, dado por | supomos que o valor de ph. | ao longo da superficie. | gfowro ve vERIFICACAO 1 Um bloc spouse sobre um piso. (a) Qual é 2 | ntensidade da forga de atito que 0 piso exerce sobre ele? (b) Se uma forga horizontal de 5 N | agora aplicada a0 bloco, mas o bloco no se move, qual é a intensidade da forga de tito Sobre ele? (c) Seo valor mximo fda frga de arto estiico que ata sobre 0 bloco igual SION, o bloco se moverd quando 0 médulo da forga aplicada horizontalmente for igual 8 | IN? (4) E seele for igual a 12 N? (e) Qual € intensidade da forga de atrito na parte (e)? Problema Resolvido 6-1 Se as rodas de um carro slo “travadas”(impedidas de girar) durante das.do pavimentoformam as “marcas da drrapagem” que revelam ° | SES nagem de emorgéncia,o carro desliza ao longo do pavimen-_ ocoréncia de sokdagem rio durante o deslizamento. O recrde atPartes da borracha arrancada dos pneu e pequenas sees derreti--_ comprimento para marca de derrapagem em uma via piblica fi ests- belecido em 1960 por um Jaguar a rodovia MI na Inglatera (Fig. 6 3a) — as marcas tinham 290 m de comprimento! Supondo 4, = 0,60 fe que a acelerago do carro foi constante durante a frenager, a que velocidade estava o carro quando as rodas travaram? Solugdo: Uma iia Fundamental aqui é que, como se supe que ace leraglo é constant, podemos usar as equagSes da Tabela 2-1 para obter a velocidade inicial v, do carro. Vamos tentar a Eq. 2-16, 63) supondo que o carro se deslocou no sentido positivo de um eixo x Saberos que o deslocamento x — foi igual 290 m, admitimos 4que a velocidade final foi nula e queremos vy Entretanto, nfo eo- hecemos a aceleragio @ do carro, Para encontrar a, usamos outra lia Fundamental Se desprezar mos os efeitos doar sobre o carro, a aceleragSo a foi devidasomen- te orga de atritocinético 7, que o pavimentoexerceu sobre ocar- ro,no sentido contréio ao seu movimento (Fig. 6-30). Podemosre- lacionar esta forga 3 aceleragioescrevendo a segunda lei de Newton para a componente x (Fy,, = ma,) como vt = vd + ale ~ x9), “fe = ma, (6-4) conde m & a massa do carro. sinal negativo indica o sentido da for- ga de atrto cinético. Pela Eq. 6-2, vemos que esta forga de arto possui intensidade f, = Fy onde Fy € a intensidade da forga normal que o pavimento exerce Sobre o carro, Como o carro nlo esté acelerando verticalmente, sabe- ‘mos pela Eq. 6-38 e pela segunda lei de Newion que a intensidade de F, & igual A intensidade da forga gravitacional F, sobre 0 caro, que vale mg. Assim, Fy = mg. ‘Agora, resolvendo a Bq. 6-4 para a e substituindo f, por f. = Fy = wong, obtemos 131 Forga e Movimento — lt ® Fig. 6-3 (a) Um carro deslizando para a direitaefinalmente parando aps se deslocar 290 m. (6) Um diagrama de compo livre para o carr. ‘ conde o sinal negativo indica que a aceleragio esté ao longo do sen- tido negativo do eixo x, que € contrario ao da velocidad. Em segui- da, substituindo este valor para a na Eg. 63 com v = Oe revolven do para vy, obtemos vy = V2nceCe = ¥) = VR)(O6OV(98 mis7\(290 m) 8 mm/s = 210 ken (Resposta) ‘Supusemos v = O no fim das marcas de derrapagem. Na verdade, as ‘marcas terminaram apenas porque o Jaguar saiu da estrada depois de percorrer os 290 m. Assim, v, era no minimo igual a 210 kan. a Problema Resolvido 6-. 'Na Fig. 6-4a, uma mulher puxa um tren6 carregado de massa m = 75 kg ao longo de uma superficie horizontal com velocidade cons- tante, O coeficiente de atrto cinético 1. entre os patins do trenée a neve € igual a 0,10, e 0 Angulo ¢ vale 42° (a) Qual & a intensidade da forga T que a corda exerce sobre 0 tend? Solugéo: Precisamos aqui de trés Ideas Fundamentals 1. Como a velocidade do tens ¢ constant sua aceleragio énula mesmo com a forgaaplicada pela mulher . 2. Aaceleragio é mula devidod forga de atritocinético f queaneve exerce sobre 0 ten. 13. Podemos relacionar a aceleragHo (nula) do trené com as Forgas aque agem sobre o mesmo, incluindo a forga desejada 7. através dda segunda lei de Newton (F,, = ma). A Fig. 6-4b mostra as forgas que atuam sobre 0 tren6, ineluindo a forca gravitacional F, ea forga normal F, exercida pela superficie daneve, Para estas forgas, a segunda lei de Newton, com @ = fomece (65) ‘Nao podemos resolver a Eq. 6-5 para T diretamente usando uma calculadora com recursos para clculs vetorais porque no conhe- ‘ems 0s Oulos Vetoes, or isso a reescrevemos para as compo nentes a0 longo dos eixos xc y da Fig. 6-4b, Para oeixo x, obtemos T,+0+0-f=0 ou Tos $~ ucFy = 0, 6-6) ‘onde usamos a Eq. 6-2 para substiturf, por Fy. Para o eixo y te T, + Fy +0=0 ou Tseng + Fy - mg = 1) conde substituimos F, por mg. ‘As Eqs. 6-6. 6-7 constituem um sistema de equagSes com ineég- nitas Te Fy. Para resolvé-lo para T, devemos primeiro resolver a Eq. 646 para Fe ento substituir essa expressio na Eq. 6-7 para obter ___ a cos $ + wsend ~ cos 42° + (0,10)(sen42°) =91N. ean 132 Capitulo Seis o o Fig. 6-4(a) Uma mulher puxa um tens carregado com velocidade constante por meio de uma forga T exercida pela corda sobre tren6. (Um diagrama de corpo livre para 0 tren6 carregado. (De outra forma, também poderfamos substtuir os valores conheci- {dos nas Eqs. 6-6 6-7 e entio resolver o sistema de equagées simul- tineas em uma calculadora.) ee Problema Resolvido 6-3 |A Fig.6-Sa mostra uma moeda de massa m em repouso sobre ut livro que esta inclinado de um Angulo em relagio a horizontal. Ex- perimentando, vocé verifica que quando 0 é aumentado até 13°, a fmoeda fica na iminéncia de deslizar sobre o livro, 0 que significa {que mesmo um ligeiro acréscimo do Angulo além de 13° produz Gestizamento. Qual 60 coeficiente de atrito esttico 1, entre a mo- eda eo livro? Solugia: Se no houvess arto entre a moeda eo livr, a moeda certamente deslizaria para baixo para qualquer inclinagSo devido & forga gravitacional ue age sobre ela, Portanto, uma da Fundamen- talagui équeuma forga de arto f, deve estar impedindo a moeda ‘edeslizat. Uma segunda ldaFundamentalé que, como a moeda esté fa iminéncia de deslizar para bai, esta orga tem ua intnsida- {de masima/,., eest ditgda para cima, Alem disso, sabemos pela Be. 6-1 ue fone = bf onde Fy 6a itensiade da forgs normal F, exereida pelo livro sobre a moeds. Assim, Fe fonts = Heb donde wok 69) ‘Assim, para obtermos o coeficiente de atrto, precisamos deter- minar as intensidades fe F, Para isso, usamos outra IdéiaFundamen- tal: Quando a moeda esti na iminéncia de deslizamento, els ainda estéestacionsriae portanto sua aceleragio é nua. Podemos rela- ‘cionar esta aceleragio com as forgas que agem sobre a moeda atra- vés da segunda lei de Newton (F,, = mi). Conforme mostrado no diagrama de corpo livre da moeda na Fig, 6-5b, essas forgas sio (1) a forga de atrito 7, (2) a forga normal Fy e (3) a forga gravitacio- (b) Se a mulher aumentar a forga com que puxs o ren6, de maneira que T seja maior do que 91 N, 0 médulo da forca de atritof,seré maior, menor ou igual 20 valor obtido em (3)? Solugdo: A Idéia Fundamental neste caso € que, de acordo com a Eq 6-2, nintensidade def dependedirtamente daintensidade da forga normal Fy, Portanto, pderemos responder aessa questi 5 trarmos uma relagao entre Fy¢ T. A Eq, 6-7 €arelagdo proc Reescrevendo-a como y= rnotamos que, sea intensidade Teresce, Fy decresce. (A razio fisica para isso é que a componente vertical da forga da corda sobre o tre ‘6 aumenta, e assim a forga para cima exercida pela neve sobre {ené torna-se menor.) Como f, = p..Fy, vemos que f seré menor. 68) ig - Tsend, Honto ve VERIFICACAO 2 Natigursafogabor- zontal Fdeintensidade 10N 6aplicadaem uma caxaque est sobre “impiso, mas a eaixa nfo se move. Eno, medida que aintensida- de de uma forga F, apicada verticalmente € aumentada a pat de ‘zero até imediatamente antes de a ceixa comegar ase mover, as, {uanidages seguintes aumentar, diminvem ou contnuam as mes- ras: (9 intensidade da forga se ait sobre a cain (b) ai < tensidade da forga nocnal exer- % ida pelo piso sobre a cana: ©) ‘valor mdsimo daforga de at- toesttico fp Sobre a caixa? Movimento 4 — iminente ~~ F end. o ig. 6-5 (a) Uma moeda na iminéncia de deslizar sobre um livro. (b) {Um diagrama de corp livre para a moeda, mostrando as tes foreas. (desenhadas em escala) que agem sobre ela. A forga gravitacional F, tsté decomposta em suas componentes ao longo dos eixos € us ‘rientagées foram escolhidas de modo a simplificer o problema. A ‘omponente F, sen 8 tende fazer a moeda deslizar para baixo. A Componente F, cos 0 pressiona a moeda contra 0 ivr. ForgaeMovimento—li 133 pat Fcujaimensidae igual amg. Potato, pela seunda ede Subsiindo a Eqs. 611 6-12 na Bq, 69 temse Newton com =0, temos a, ne a T+ Bet Roo 9 mod Para encontrarmos je Fy rescrevemosa Eq.6-10 paraascom- °e Sanifica Sa er ieee maa a stonous 6-5b. Para o eixo x, substituindo F, por mg, obtemos Na verdade, vocé no precisa medir 6 para obter 4, Em vez disso, J, +0 ~ mg send = 0, mega os dois comprimentos mostrados na Fig, 6-5a e enti substi- a pon (err) 2M por tan 4a Eg. 6-13. Analogamente, para 0 eixo y temos 0 + Fy ~ mg cos = 0, enti Fy = mg cos 8. (612) 6-4 Forca de Arrasto e Velocidade Terminal Um fluido é qualquer substancia que pode escoar — em geral um gs ou um liqui- do. Quando ha uma velocidade relativa entre um fluido e um corpo (ou porque 0 corpo se move através do fluido ou pofque o fluido em movimento passa em volta do corpo), 0 corpo experimenta uma forga de arrasto F; que se opde ao movimen- to relativo e que esté direcionada no mesmo sentido em que o fluido escoa em rela- G0 ao corpo. ‘Examinaremos aqui apenas os casos nos quais o fluido € o ar e 0 corpo é rombudo Fig.646 Acauindor se aacha en _(Co™OUa boa de besebol, em vez de Fino e pntiagudo (como um dard), €o mo, rs "pontgl'do ovo” de forma a vimento relativo é répido o suficiente para produzir uma turbuléncia no ar (formagio rminimizar sua irea de segdo transversal de redemoinhos) atrés do corpo. Em tais casos, a intensidade da forga de arrasto Fx efetiva asim meduindo arrasto 0 ° estéelacionada com o médulo da velocidade relaiva através de um eoeficiente de saiyantc sobre cl rrrasto C, determinado experimentalmente, de acordo com a expresso Fe = $CpAv?, (614) onde p é a densidade do ar (massa por unidade de volume) ¢ A é a drea da secao transversal efetiva do corpo (area de seg transversal tomada perpendicularmente A velocidade 7). O coeficiente de arrasto C (cujos valores tipicos variam de 0.4 a 1,0) nao é verdadeiramente uma constante para um dado corpo, pois se v varia sig- nificativamente, o valor de C pode variar também. Aqui, ignoraremos tais compli- cages. P B Esquiadores descendo velozmente uma montanha sabem muito bem que a forga 5 de arrasto depende de A e de v2. Para alcancar altas velocidades o esquiador deve reduzir F; tanto quanto possivel, por exemplo, esquiando na “posigio de ovo” (Fig. 6-6) para minimizar A. : Pe F z Quando um corpo rombudo cai a partir do repouso no ar, a forga de arrasto Fy, & z dirigida para cima; sua intensidade cresce gradativamente a partir de zero 4 medida que a velocidade do corpo aumenta. Esta forca para cima F, se opde & forga gravi- w ow (©) “tacional F,, dirigida para baixo, que age sobre o corpo. Podemos relacionar estas ig.67 As foras que aan sobreum _f0TG88Aaceleracio do corpo eserevendo a segunda le de Newton para um eixo ver- ‘corpo caindo no ara) ocorpo logo ‘tical y (Fa,y= md,) como ‘pds ter comegado aca e (2) 0 5 {re deco te un oo 15) depois, nm presen da orga de onde m é a massa do corpo. Conforme sugetido na Fig. 6-7, se o corpo cai por um tempo ar er ae a sufcientemente longo, F, acaba se igualando a F,, De acordo com a Eq, 6-15, isto sig- caer Scateageracacom — ifica que a = 0, ¢ assim a velocidade do corpo nio mais aumentard. O corpo passa, sua velocidade terminal constante, entilo, a cair com uma velocidade constante, chamada de velocidade terminal v,. 134 Capitulo Seis TABELA 6-1 Algumas Velocidades Terminais no Ar ‘Objeto Velocidade Terminal (mvs) _Distincia* com 95% (m) eso (em campos de tro) las 2500 ‘Sky diver (tipico) 0 430 Beisebol 2 210 Bola de tenis 31 us Bola de basquete 20 47 Bola de pingue-pongue 9 10 Gota de chuva (raio = 1,5 mm) 7 6 Péra-quedista (ipico) 5 a “Esa distncia que oconpo deve cia pari do repowso para slang 959% de sua velocidad termi Fone: Adaptado de eter Branca, Sport Science, 1984, Sioa & Schuster, New York. Para encontrar v, fazemos a = 0 na Eq. 6-15 e substituimos F, dada pela Eq. 6- 14, obtendo iCpAv? ~ F, = 0, que fornece 8 16 ‘A Tabela 6-1 fornece valores de v, para alguns objetos comuns. De acordo com célculos* baseados na Eq. 6-14, um gato deve cair cerca de seis andares para atingir a velocidade terminal. Até este ponto, F, > F,@ 0 gato acelera para baixo devido & forga resultante neste mesmo sentido. Lembre-se do Capitulo 2 que seu corpo é um acelerdmetro e nao um velocimetro. Como o gato também sen- te a aceleragao, ele fica assustado € mantém suas patas por baixo do corpo, sua ca- bega recolhida e sua espinha curvada para cima, desta forma reduzindo a area A, aumentando ve provavelmente se ferindo na queda. Entretanto, se o gato alcangar v, durante uma queda longa, a aceleragao se anula ¢ © gato relaxa um pouco, estirando suas patas e pescogo horizontalmente e alinhando sua espinha (parecendo um esquilo voador). Estas ages fazem com que a firea A au- ‘mente e como conseqiiéncia, de acordo com a Eq. 6-14, a forga de arrasto F., também. O gato comega, entio, a diminuir de velocidade porque agora F, > F, (a forga resul- tante est4 para cima), até que uma nova velocidade terminal v, menor seja alcangada, ‘A diminuigio de y, reduz a possibilidade de ferimentos graves na chegada ao solo. Imediatamente antes do fim da queda, quando ele percebe que 0 chiio esta préximo, ele puxa as patas de volta para baixo do corpo preparando-se para a aterrissagem. Humanos muitas vezes saltam de grandes alturas pelo prazer do “mergulho no céu”, Entretanto, em abril de 1987, durante um salto, o sky diver** Gregory Robertson percebeu que sua companheira de salto Debbie Williams havia perdido a consciéncia devido a um choque com um terceiro sky diver e seria incapaz de abrir o seu para-quedas. Robertson, que estava bem acima de Williams naquele instante e que ainda nao havia aberto seu péra-quedas para o mergulho de 4 km, reorientou seu corpo, com a cabega para baixo, de modo a minimizar A e maximizar sua velo- cidade de descida. Alcangandouma velocidade v, estimada em 320 km/h, ele alean- {gou Williams e se colocou ento em posigao horizontal (como na Fig. 6-8) seme- Ihante a um “vOo de éguia” para aumentar F, de modo que ele pudesse agarr Ele abriu o pdra-quedas dela e, apés solté-la, abriu o seu proprio péra-quedas ha apenas 10 s do impacto. Williams sofreu varios ferimentos internos devido a sua falta de controle durante o pouso, mas sobreviveu. WO, Whitney ©C-7. Mehl, “High-Rise Syndrome in Cats" The Jounal ofthe American Veterinary Med al Assocation, 1987 **Pratiante de sallos ives de grands aliudes. (NT) Fig. 68 Um sky diver em posigio de “Go de guia” maximiza oaasto do a. Problema Resolvido 6-4 ‘Se um gato em queda alcanga uma primeira velocidade terminal de ‘97 km/h enquanto ele estd encolhido, e entdo estra-se dobrando a frea A, quio ripido estaré caindo quando ele atingir a nova veloci- dade terminal? Solugéo: A Idéia-Fundamental aqui é que as velocidades terminais do gato dependem (entre outras quantidades) da drea da segio transversal do gato, segundo a Eq. 6-16. Assim, podemos usar essa equagdo para obtermos a razlo entre as velocidades, Vamos Problema Resolvido 6-5 {Uma gota de chuva com raio R = 1,5 mm cai de uma nuvem que cesté.a uma altura = 1200 m acima do solo. Ocoeficiente de arras- to para a gota é igual 20,60. Suponha que a gota permanece esfé- rica durante toda sua queda. A densidade da dgua p, ¢ igual a 1000 p/m’ ea densidade do ar p, € igual a 1,2 kg/m’ (a) Qual éa velocidade terminal da gota? Solugao: A Idéia Fundamental aqui é que a gota alcanea a velocida- de terminal v, quando a forca gravitacional ea forga de arrasto que agem sobre ela se equilibram, fazendo com que sua accleragao seja ula, Poderfamos, entdo, aplicar a segunda lei de Newton e a equa ‘gio da forga de arrasto para encontrar v,,masa Eq. 6-16 jé faz tudo {sso para nés. Para usarmos a Eq, 6-16, precisamos conhecer a érea efetiva da segdo transversal A e a intensidade F, da forga gravitacional. Como a gota é esférica, A é igual A érea de um circulo (7R?) que tem o mesmo raio da esfera, Para determinarmos F,, usamos trés fatos: (1) F, = mg, onde m 6 a massa da gota; (2) 0 volume da gota (esférica) € V = $R'; (3) a densidade da égua na gota é igual A massa por unidade de volume, ou p, = m/V. Assim, obte- mos Fy = Veug = taR* a8: Em seguida, substituimos este resultado, a expressio para A € 08 dados fornecidos na Eq, 6-16. Tomando 0 cuidado em distinguir a densidade do ar pe a densidade da égua p, obtemos JE [Rae [Rouge Ce, 3C para R 3C Par ForcaeMovimento—ll 135 representar por v,,€ ¥_ as velocidades terminais original e nova, respectivamente, © por A, € A, as correspondentes reas. Desta forma, pela Eq. 6-16, vn _ V2RIG iw V2RICoA, ‘0 que significa que v,, ~ 0,7¥y, ou cerca de 68 km/h. (WLS 10 my (000 ka/me)(8 mis NG? kg/m) = 7.4 mis = 27 ken, (Resposta) Note que a altura da nuvem nio entra no eélculo. Como indica a ‘Tabela 6-1, a gota de chuva atinge a velocidade terminal aps ter ceaido apenas alguns poucos metros. (b) Qual seria a Yelocidade da gota imediatamente antes do impacto ‘com 0 chao se no existisse a forga de arrasto? Solugio: A IdéiaFundamentalneste caso & que, na auséncia da orga de arasto para reduzir a velocidade da gota durante a queda, elacairia com ‘aceleragio constante de queda livre g,portanto as equagSes para mo: vvimento com aceleracio canstante da Tabela 2-1 sto aplicdveis. Como sabernos que a aceleragio € g, que a velocidade inicial vp zero, e que odeslocamento x — x, ~A, usamos a Eq, 2-16 para encontrar ¥: —— v= V2gh = VQ)(9S mis?)(1200 mm) = 153 mis ~ 550 km/h, ‘Se Shakespeare soubesse disso, dificilmente teria escrito, “goteja ‘como a chuva suave cai do céu Sobre a regitio embaixo.” (Resposta) onto de vERIFICAGAO 3. Priximo a0 slo, lode das gam de chuva ganic €or, menor ov gual A Velocidad des gous de chva pens supono gue oda [eae chavestsctésow ero memo counted aaa? 6-5 Movimento Circular Uniforme Lembre-se, a partir da Se¢do 4-7, de que quando um corpo se move em um cfrculo (uum arco de efrculo) com uma velocidade escalar constante v, dizemos que ele esti _em movimento circular uniforme. Lembre-se também de que 0 corpo possui uma aceleragio centripeta (dirigida para o centro do cfrculo) de médulo constante dada por (acelergtocenrpet), (e17) onde R € 0 raio do efrcuto. ‘Vamos examinar dois exemplos de movimento circular uniforme: 1. Fazendo uma curva dentro de um carro. Voce esté sentado no centro do assento traseiro de um carro que se move com uma grande velocidade escalar constante 136 Capitulo Seis a0 longo de uma estrada plana. Quando o motorista subitamente vira 4 esquerda, contornando uma curva na forma de um arco de circulo, vocé desliza para a di- reita sobre o assento e entdo fica comprimido contra a parte lateral do carro du- rante 0 resto da curva. O que esté acontecendo? Enquanto carro se move no arco circular, ele est em movimento circular uniforme; ou seja, ele possui uma aceleragdo dirigida para o centro do circulo. Pela segunda lei de Newton, uma forga deve ser a causa desta aceleracao. Alé disso, a forga deve também estar dirigida para o centro do circulo. Portanto, ela éuma forga centripeta, onde o adjetivo indica a direcao e o sentido. Neste exem- plo, a forga centripeta é uma forga de atrito exercida pela estrada sobre os pneus; ela faz com que a trajetéria curvilinea seja possivel Para vocé conseguir se deslocar em movimento circular uniforme juntamente com o carro, também deve existir uma forga centripeta agindo sobre voce. Entre- tanto, aparentemente, a forga centripeta exercida pelo assento sobre voce ndo foi grande o suficiente para fazer vocé acompanhar 0 carro em movimento circular. Assim, 0 assento desliza abaixo de vocé, até a parte lateral direita do carro pressioné-Lo, Desta forma, a compressio exercida pela parte lateral do carro for- nece a forga centripeta necesséria para fazer voc acompanhar o carro em movi- mento circular uniforme. Orbitando a Terra. Desta vez. voc’ é um passageiro do Onibus espacial Atlantis. ‘Quando 0 Gnibus espacial e vocé esto em orbitando a Terra, voeé flutua em sua cabine. O que esté acontecendo? ‘ Tanto vocé como 0 Gnibus estéo em movimento circular uniforme e possuem aceleragées dirigidas para o centro do circulo. Novamente, pela segunda lei de Newton, forgas centripetas — devem ser a causa destas aceleragdes. Desta vez, as forgas centripetas so as atragGes gravitacionais (a atragdo sobre vooé e a atra- do sobre 0 Gnibus espacial) exercidas pela Terra ¢ dirigidas radialmente em di- rego ao centro da Terra, ‘Tanto no carro como no 6nibus espacial, vocé esté em movimento circular uni- forme sob a ago de Forgas centripetas — apesar de vocé experimentar sensagdes bem diferentes em cada situagao. No carro, comprimido contra a parte lateral, voce tem conscincia de que esta sendo pressionado por ela. No 6nibus espacial, entre- tanto, vocé esté flutuando pela cabine e ndo tem a sensagio de qualquer forga atu- ando sobre voc®. Por que esta diferenga? ‘A diferenga se deve & natureza das duas forgas centrfpetas. No carro, a forga cen- tripeta é a compressio sobre a parte do seu corpo em contato com a parte lateral do carro. Vocé pode sentir a compressao nessa parte do seu corpo. No Onibus espacial, a forga centripeta é a atragdo gravitacional da Terra sobre cada étomo do seu corpo. Desta forma, nao hé compressao (ou empurrio) sobre parte alguma de seu corpo ¢ nenhuma sensago de forga agindo sobre voce. (A sensagdo é conhecida como “au- séncia de peso”, mas essa descrigdo é enganosa. A atragdo exercida pela Terra so- bre vocé certamente nao desapareceu e, de fato, é apenas um pouco menor do que seria se vocé estivesse na superficie da Terra.) Um outro exemplo de uma forca centripeta é mostrado na Fig. 6-9. Nela, um disco de héquei se move em torno de um circulo com velocidade constante v preso por uma corda cuja extremidade oposta esta enlacada em um eixo central. Desta vez, a forga centripeta € a tragao exercida radialmente pela corda sobre o disco. Sem esta forga, 0 disco passaria a se deslocar em linha reta ao invés de se mover em um efrculo. Observe novamente que a forga centripeta ndo é um novo tipo de forga. O nome simplesmente indica a diregao e 0 sentido da fora. Na verdade, ela pode ser uma forgade atrito, uma forca gravitacional, a forga exercida pela parte lateral do carro ‘ou por uma corda, ou qualquer outra forga. Para qualquer situago: Nem Vina forca centrpeta acelera um corpo modificando a direglo de sua velovidade, sem no ‘emtantoalterar 0 médulo da velocidade do corpo. Fig, 6-9 Uma vista de cima de um diseo de héquei se movendo com velocidade ‘onstante vem uma trajetSria circular {de raio R sobre uma superficie horizontal sem atrito, A forga centrfpeta sobre o disco é 7, a trapio da cords, ditigida para dentro do circulo ao longo dd eixo radial r que passa pelo disco. ForgaeMovimento—Il 137 Pela segunda lei de Newton e pela Eq. 6-17 (a = v/R), podemos escrever a inten- sidade F da forga centripeta (ou de uma forga centripeta resultante) como a F= me (Gatensdade da forgacenupet) (618) Como a velocidade escalar v, neste caso, é constante, 05 médulos da aceleragao e da forga centripeta também o sio. Entretanto, as diregdes da aceleragio e da forga centripetas nao so constantes; clas variam continuamente de modo a sempre apontar para o centro do circulo, Por esta razio, os vetores forca e aceleragao sdo, as vezes, desenhados ao longo de um eixo radial r que se move com o corpo e sempre se estende do centro do circulo até 0 corpo, como na Fig. 6-9. O sentido positivo do eixo aponta radial- mente para fora, mas 0s vetores aceleragao e forca apontam para dentro ao longo da diregio radial. Problema Resolvido 6-6 Igor & um cosmonauta na Estago Espacial Intemacional, em érbita circular em tomo da Terra, a uma altitude ht de 520 km e com uma ve~ locidade escalar constant v de 7,6 krvs, A massa m de Igor €79 kg. (@) Qual é sua aceleragao? Solugio: A Idéia Fundamental aqui € que Igor esté em movimento circu- lar uniforme.e, assim, possui uma aceleraglo centripeta de médulo dado pela Eq, 6-i7 (a= IR), OraioR da rita de Igor é Ry +h, onde Rr aio da Terra (6,37 X 10° m, conforme o Apéndice C). Dest forma, RO Rah _ 06 x 10° ms? © 637 X 10% m + 0,52 x 10% m = 8,38 mis? = 8,4 m/s*, (Resposta) Este € 0 valor da acelerago de queda livre na altitude em que Igor se encontra. Se ele fosse levado até essa altitude e solto, em vez de ser posto em drbita If, ele cairia em direcdo ao centro da Terra, ten- ddo este valor como sua aceleracao inicial. A diferenga entre as duas situagBes 6 que, quando est em ébitam toro da Tera el possi tambem um movimento "ateral": A medida qu ele cai, tambem se desloea pars o lado, de modo que cle acaba se movendo 0 longo de tumatrajtéria curva em forno da Terr (b) Qual é a forga que a Terra exerce sobre Igor? Solugio: Existem dus lias Fundamentaisneste cas. Primeiro, deve existiruma forga centripeta agindo sobre Igor para que ele estejaem ‘movimento circular uniforme. Segundo, esta forga € a forga gravi- tacional F, exercida pela Terra sobre ele, drigda para o seu centro de rotagio (no centro da Terra). Pela segunda lei de Newton, escrita, 0 longo do eixo radial , esta forga tem médulo F, = ma = (19 kg)(838 mis) 662. N = 660 N. Se Igorestivesse em pé sobre uma balanca colocads no topo de uma torre de altura = 520 km, a balanga indicaria 660 N. Em Grbita, balanga (se Igor conseguisse ficar em pé sobre ela) indicaria 2ev0 Porque ele ea balanga esto ambos em queda live, e portanto seus, és no pressionam a balanga. (Resposta) Problema Resolvido 6-7 Em 1901, numa apresentacio de cco, Allo “Diabo” Diavolo intro- duziu a acrobacia de dirigi uma bicicleta dando uma volta comple- ta em um loop vertical (Fig. 10a). Supondo que o loop seja um ciculo de R = 2,7 m, qual €a menor velocidade v que Diavolo de veria ter no topo do ioop para permanecer em contato com o mesmo nesta parte? Solugéo: Uma Idéia Fundamental na andlise da procza de Diavolo & ‘supor que ele ¢ sua bicicleta deslocam-se ao longo do topo do loop ‘como uma tnica particula em movimento circular. Assim, no top0, ‘a componente radial da aceleragio @ dessa particula deve ter mi dulo a = v/R dado pela Eq. 6-17 e estar dirigida para baixo, em diregio ao centro do loop cicular. Asfogas que agem sobre a particu quando el ex no topo do loop estdo mostra oo diagram de corpo livre da Fig, 6105. A forga gravitacional F, est irgid para baixo a0 longo doeixoj. assim como aforganonnal F, execia peo lop sobre a paren Porantoa segunda li de Newton pra acomponentey(Fa, =ma,) nos fornece Fy e ~Fy~ mg = m(- 3) {Uma outa la fundamental é que, se a paricula poss a menor velocdade vnecessiria para permanceer em conto, entSo ca est m(-a) (619) 138 CapttuloSels Oe Oe Diavolo » ina iminéncia de perder contato com o loop (eait afastando-se do loop), 0 que significa que Fy = 0, Substituindo F, por 0.na Eq. 6- 19, resolvendo para ve em seguida substituindo os valores conb dos, obtemos v= Veh = JG8 mT m) 5.1 mis. (Resposta) Diavolo certificou-se de que sua velocidade no topo do loop era ‘maior do que 5,1 m/s, de modo a néo perder contato com o loop € tir, Note que a velocidade necesséria é independente da massa de Diavolo e de sua bicicleta. Mesmo se ele tivesse comido um ban: duete antes de sua apresentacdo, ele apenas teria que exceder a ve Tocidade de 5,1 mis Monro ve vERIFICACAO 4 Quando yoo! desioca ‘em uma roda-gigante com uma velocidade constant quas sio as diregdes © 0s sentidos da sua aceleragio @ e da forga normal F, stuando sobre voo8 (pelo assento sempre na posicdo vertical) quan

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