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| PROPRIEDADES. GEOMETRICAS A { DE UMA AREA | AL Centroive pe UMA AREA O centréide de uma rea tefere-se ao ponto que define o centro geométrico dessa drea. Se ela tem forma arbitréria, como a da Figura A.1a, as coordenadas xe y que definem a localizagao do centréide C so determinadas por meio destas formulas: — [ru fra | I [a La | ~ Os numeradores nessas equagdes representam o ‘momento de primeira ordem’ do elemento de area dA em torno dos eixos y € x, respectivamente (Figura A.1b); 0s denominadores, por sua vez, representam a area total A da forma i ~ fan ) | aa JL Figura A.2 612 ResisTENCIA Dos MaTERIAIS EXEMPLO A.1 Oberve que a localizagéo de alguns centrSides € especificada parcial ow totalmente pelas condigdes de simetria. Nos casos em que a drea tem um eixo de simetria, seu centr6ide localiza-se ao longo daquele eixo. Por exemplo: 0 centréide C da érea mostrada na Figura A.2localiza-se ao longo do eixo y, uma ver que, para cada Area elementar dA a uma distancia +x para a direita do cixo y, hé um elemento idéntico a uma distancia —x para a esquerda, O momento total de todos os elementos em toro do eixo de simetria cancela se; isto ¢, fx dA = 0 (Equagao A.1), de modo que % = 0. Nos casos em que a forma tem dois eixos de simetria, o centréide localiza-se na intersegao de tas cixos (Figura A.3). Com base no principio de simetria ou na Equacao A.1, relacionamos 2 localizagao do centréide de formas comuns no final do livro, Areas Compostas, Frequentemente, uma érea pode ser secionada ou dividida em varias partes de forma mais simples. Desde que a rea ea localiza do centrbide de cada uma dessa ‘formas compostas’sejam conhecidas, pode-se eliminar a necessidade da integragao pata determinar o centre de toda a fea, Nesse caso, devem ser usadas equagdes andlogas & A.1, exceto pee fat de que, aqui, simbolos de somatéria finita substituirdo os simbolos de int- sragio; ou sea a (Ady Nesse caso, Xe J representam as distancias algébricas ou coordenadas x,y do centréide de cada parte componente, e 3A representa a soma das éreas das partes componentes ou simplesmente a drea foral. Em particular, se houver um furo ou uma regio geométrica sem material na parte componente, esse furo ‘ou regio serao considerados parte componente adicional de érea negativa ‘Além disso, como discutido acima, se a fea total 6 simétrica em relagao a um eixo, seu centr6ide localiza-se em tal eixo, (© exemplo seguinte ilustra 2 aplicagio da Equacio A.2. Localizar 0 centréide C da rea da seco transversal da viga T mostrada na Figura Ada. SOLUCAO 1 © eixo y foi posicionado ao longo do eixo de simetria, de modo que ¥=0 (Figura A.4a). Para obter ¥ vamos definir o eixo x (cixo de referén a0 longo da base da dea. A Area foi dividida em dois retangulos como mostrado € a localizagao do centréide ¥ de cada um foi definida. Aplicando a Equacéo A2, temos _ 5A. __ [5 pol](10 po)(2 pot) + [11.5 pol] po(8 pol) nee (10 pol)(2 pol) + (3 pol)(8 pol) = 8,55 pol Resposia SOLUGAO II Usando a mesma divisio de drea, pode-se posicionar 0 eixo x na parte, superior da drea como mostra a Figura A.4b. Nesse caso: = _ BPA _ [£15 pol](3 pol)(8 pol) + [-8 pol](10 pol pol) G pol)(8 pol) + (10 pol)(2 pol) = ~445 pol Resposta Apéadice A PROPRIEDADES GEOMETRICAS DE UMA AREA 613 (O sinal negativo indica que, como esperado, Clocaliza-se abaixo da origem. Observe também que, pelas duas respostas, 8,55 pol + 4,45 pol = 13,0 pol, que € a altura da viga, SOLUCAO III ‘Também € possivel considerar que a dren da segdo transversal seja um retangulo grande menos dois retangulos pequenos (Figura A 4c) Nesse caso, temos: 5 = 23A _ [65 pol]13 pol)(8 pol) ~ 2{5 poll10 pol)3 pol) (3 pol)(8 pol) = 2(10 pol)(3 pol) = 8,55 pol Resposia A.2 Momento pe INERCIA DE UMA AREA Ao calcular 0 centréide da drea, consideramos © momento de primeira ordem dessa area em torno de um eixo; ou seja, foi necessério calcular uma integral da forma _Jx dA. Alguns topicos da resisténcia dos materiais exigemo céleulo de um momento de segunda ordem da area, isto é: fx2dA. Essa integral { \Edenominada momento de inércia da area. Para mostrar formalmente como Se define 0 momento de inércia, consideremos a érea A mostrada na Figura /AS, localizada no plano xy. Por definigo, os momentos de inércia do elemento infinitesimal dA em torno dos eixos x ¢ y sio dl, = y? dA e dl, 2A, respectivamente. O momento de inércia para toda a érea é determinado por integracio, isto & (as) Podentos também expressar o momento de segunda ordem do elemento infinitesimal em torno do polo O ou do eixo z (Figura A.5). Isso é denominado ‘momento polar de inércia (JO = dA). Aqui, r & a distancia perpendicular do pélo (eixo z) ao elemento dA. O momento polar de inércia para toda a area é ton [Pann nes | ns A relagdo entre Jo € fal € possivel visto que = 22 + y? (Figura A.S). Pelas dedugbes acima, vé'se que le, ly € Jo sera sempre postivos, visto que envolvem 0 produto do quadrado da distancia pela érea. Além disso, as unidades de momento de inércia envolvem 0 comprimento elevado & quarta poténcia, isto é, m4, mm* ou pé*, pol Por meio das equagdes acima, os momentos de inércia para algumas formas comuns de éreas foram calculados em torno dos eixos do centréide e estéo relacionados no final do live. Teorema do Eixo Paralelo de uma Area. Se o momento de inércia de uma rea em torno do eixo do centrdide for conhecido, podemos determinar 0 momento de inércia dessa érea em torno de um eixo paralelo correspondente, por meio do teorema do eixo paralelo. Para deduzir tal teorema, imaginemos que precisamos determinar 0 momento de inércia em torno do eixo x da area 614 Resistencia pos MAaTERIAIS sombreada na Figura A.6. Nesse caso, um elemento infinitesimal dA localiza- e a uma distancia arbitréria y' do eixo x" do centréide, enquanto a distancia fixa entre os eixos paralelos x ¢ x' é definida como d,. Como 0 momento de inércia de dA em torno do eixo x é dl, = (y' + dy)'dA, entdo, para toda a érea = [ort ayaa [oraa +24, Jvaa +43f aa O primeiro termo da direita representa o momento de inércu da 4ren em toro do eixo x’, Jy. © segundo termo - € nl, uma vez que 0 0." pasa através da drea do centrdde C,istoé, [y'dA =F = 0,po1s 7 ~ 0. Orewila do final ¢, portant (as) (A6) Finalmente, para 0 momento polar de inércia em torn de um eixo Perpendicular 20 plano x-y e pasando pelo pélo O (cixo z) — Figura A.6, temos (a7) O formato das equagdes acima diz que o momento de inércia de uma rea em torno de um eixo ¢ igual A érea do momento de inércia em torno de um eixo paralelo que passe pelo ‘centrdide’ mais o produto da area pelo quadrado da distancia perpendicular entre 0s eixos. Areas Compostas. Varias dreas de segdo transversal consistem em uma série de formas mais simples interligadas, tais como retangulos, triangulos e se- micirculos. Desde que 0 momento de inércia de cada uma dessas formas seja conhecido, ou possa ser calculado em torno de um eixo comum, o momeato de inércia da ‘area composta’ poderd ser determinado como a soma algébrica dos momentos de inércia de suas partes componentes, A fim de determinar adequadamente 0 momento de inércia de tal érea em tomo de um eixo especifico, é necessario antes dividi-la em suas partes compo nentes e indicar a distancia perpendicular do eixo de referencia a0 eixo paralelo do centréide de cada parte. Usando a tabela no final do livro, calcula-se entlo 0 momento de inércia de cada parte em torno do eixo do centréide. Se esse eixo ‘no coincidir com o eixo especificado, deve-se usar 0 teorema do eixo paralelo, 1=1 + Ad?, para determinar 0 momento de inércia da parte em torno do exo dado. © momento de inércia de toda a drea, em torno desse eixo, é entio de terminado somando-se os resultados de suas partes componentes. Em particu se uma parte componente tiver um ‘furo’, seu momento de inércia seré deter ‘minado ‘subtraindo-se” 0 momento de inércia do furo do momento de inétia de toda a érea incluindo 0 furo. Os exemplos seguintes ilustram a aplicagdo desse método. ’ EXEMPLO A.2, Gg: Determinar 0 momento de inércia da rea da segdo transversal em toro do eixo x' do centréide da viga T mostrada na Figura A.7a. Shs fi ERTS LT TIT Figura A7 SOLUGAO I A rea foi segmentada em dois reténgulos como mostra a Figura A.7a,¢ a distancia do eixo x' para cada eixo do centréide foi determinada. Segundo a tabela no final do livro, 0 momento de inércia de um retangulo em torno do eixo de seu centréide € 1 = -bbh°. Aplicando o teorema do eixo paralelo (Equacao A.5) a cada retangulo e somando os resultados, temos 1=3ip+ Ad? i = lt (2 pol)(10 pol)? + (2 pol)(10 pol)(8,35 pol ~ 5 pot] + [5 pones pan? + (8 pon por(4.4 pol ~ 15 pol] eae Resposta SOLUCAO IE A Grea pode ser considerada como um retangulo grande menos dois retngulos pequenos, como mostra o tracejado da Figura A.7b. Temos: 1=3],+ Ad? = [t (8 poN(t3 pod? + (8 pod13 po)8.55 pol ~ 65 po] on "he 646 pol* Resposta 3 pol)(10 pol)? + (3 pol)(10 pol)(8,55 pot ~ § pob'| EXEMPLO A,3° Determinar 0s momentos de inércia da érea da segao transversal em torno dos eixos x e y do centroide da viga mostrada na Figura A.8a. SOLUCAO A segiio transversal pode ser considerada como as trés dreds retangulares { compostas A, B D mostradas na Figura A.8b, Para fins de célculo, marcou- se na figura 0 centréide de cada um desses retangulos. Pela tabela no final do { livro,o momento de inércia de um retangulo em torno do eixo de seu centréide | €1= bh. Entdo, aplicando 0 teorema do eixo paralelo aos retéingulos A € D, chegamos aos seguintes célculos: 616 RestsrENCIA Dos MATERIAIS ' Retingulo A: jr te= Te + Ad,? = 7 (100 mm)(300 mm)* + (100 mm)(300 mm)(200 mm)? all | 425 (10°) mm* | Wy F<" tym iy-+ Ad? = 5 (200 mim)(100 mm)? + (100 mm)(300 mm)(250 mm)? on vc = 1,90 (10°) mm* rn Retangulo B. 7 J (600 mm)(100 mm)* = 0,05(10%) mm Ff (100 mm)(600 mm? = 1.8010?) mm : Retingulo D: 5 ad lea Ty 100 mm + Ad? = 35 (100 my (300 mm)? + (100 mm)(300 mm)(200 mm)? 1,425 (10°) mm* —: y+ Adz = 1 (300 mm)(100 mm)? + (100 mm)(300 mm)(250 mm)? oa (| i = 1,90 10") mt a rn Os momentos de inércia para toda a segio transversal sao: ry I, = 1,425(10°) + 0,05(10) + 1,425(10%) 0°) mm* Resposta 1, = 1,90(10") +'1,80(10°) + 1,90(10°) = 5,60 (10°) mm* Resposta A.3. Proputo bz InERcIA DE UMA AREA Em geral, o momento de inércia de uma érea € diferente para cada eixo em tomo do qual ¢ calculado. Em algumas aplicagées de projeto mecinico ov estrutural & necessério conhecer a orientagdo dos eixos que levam, resp tivamente, aos momentos de inércia maximo e minimo da area. O método de determinagdo sera discutido na Seco A.4. Para aplicd-lo, no entanto, deves calcular primeiro 0 produto de inércia da érea, bem como seus momentos de inércia para os eixos dados we y. © produto de inércia do elemento infinitesimal dA da Figura A.9,queesth Jocalizado no ponto (x,y), € definido como dl, = xy dA. Assim, 0 produto de inércia para toda a rea €: 71 y= | wa as Le A ra AD Como 0 momento de inércia, © produto de inéreia tem unidades de comprimento elevadas & quarta poténcia, isto &, m*, mm* ou pé*, pol, En- omo x ou y podem ser quantidades negativas, enquanto 6 elemento de area € sempre positivo, o produto de inércia pode ser positivo, negative ou niulo, dependendo da localizagao e da orientagao dos eixos de coordenadas Por ‘Apéndice A PROPRIEDADES GEOMETRICAS DE UMA AREA exemplo: o produto de inéreia f,, de uma érea ser& nulo se x ou y forem um cixo de simetria da érea, Para mostrar esse caso, consideremos a érea sombreada da Figura A.10, onde para cada elemento dA localizado no ponto (x,y) hé um elemento dA localizado em (x, ~y). Como os produtos de inércia desses elementos sfo, respectivamente, xy dA e —xy dA, sua soma algébrica ou a integragdo de todos os elementos da érea escolhidos dessa maneira fardio com que cles se cancelem uns aos outros. Conseqtientemente, 0 produto de inéreia da area total vai se tornar nulo. Resulta também da definigae de I, que o'sinal’ dessa quantidade depende do quadrante onde a drea se localiza, Como mostra a Figura A.11, 0 sinal de /,, muda a medida que a érea gira de um quadrante para 0 proximo, Teorema do ixo Pralelo. Consideremos a area sombreada mostrada na Figura A.12, onde x’ ¢ y' representam um conjunto de eixos do centréide e x © y fepresentam um conjunto de eixos paralelos. Como o produto de inércia de dA em relaglo aos eixos x © y € dlyy = (x’ + dx)(y' + dy) dA, entéo, para toda a rea! hey [ces ang +4) ea (AS) Observe a semelhanga entre essa equagdo € 0 teorema do eixo paralelo para momentos de inércia. Em particular, é importante que os sinais algébricos de d, e d, sejam mantidos quando se aplica a Equacao A.9. Como ilustra 0 cexemplo @ seguir, 0 teorema do eixo paralelo encontra aplicagao importante na determinagéo do produto de inércia de uma drea composta em relagio a0 conjunto de eixos x e y, EXEMPLO A.4 Determinar o produto de inércia da érea da segao transversal em torno dos eixos x e y do centréide da viga mostrada na Figura A.134. SOLUCAO Como no Exemplo A.3, a segdo transversal pode ser considerada como tréséreas retangulares compostas A, Be D (Figura A.136). As coordenadas do centrbide de cada um dessesretangulos aparecem na figura. Devido 8 simetria, © produto de inércia de cada retingulo € nulo em torno de um conjunto de eixos,,y" que passa pelo centr6ide do retangulo. Entlo, a aplicagdo do teorema do eixo paralelo a cada retingulo resulta em: Retangulo A. lay = Tey + Addy + (300 min)(100 mm)(~250 mm)(200 mmm) = -1,50(10°) mm* Figura A.12 Figura A.13 618 Resis@Ncia Dos MATERIAIS A Reténgulo B: 9m 1h, = Tey + Add, ae =0+0 Tefen, =o 2100) tf mn, CUE Retingulo D: £ tha ae Iny = Tuy + Adyd, = 0+ (300 mm)(100 mm)(250 mm)(~200 mm) = -1,50(10°) mm* produto de inéreia para toda a segio transversal é: —1,50(10°)] + 0 + [-1,50(10°)] 3,00(10°) mm* Resposia { ® Tey A4 Momentos be INERCIA DE UMA AREA EM TORNO DE Erxos INcLINADos . Em projetos mecdnicos ou estruturais, as vezes € necessério calcular os momentos e 0 produto de inércia [,,,-e Jy: para uma area em relagao a um conjunto de cixos inclinados x’ e y", quando os valores de 8, J, ly € Iyy 840 conhecidos. Como mostra a Figura A.14, as coordenadas do elemento de srea 4A sao relacionadas pelas equagdes de transformacao: cos #+y sen 6 cos 6 ~ xsen 8 A partir dessas equagdes, os momentos ¢ © produto de inércia de dA em toro dos eixos x‘ e y" tornam-se: (y cos @~ x sen 6)? dA x cos 8 + y sen 6)? dA Figura A.14 Adley = xy’ dA = (x cos 6+ y sen B)(y cos 8 x sen 6) dA Expandindo cada expressdo e integrando, entendendo que 1, y*dA, L2dA € lyy= J xy dA, obtemos: Ip = 1, cos? @ + 1, sen? 8 ~ 2i,, sen 8.c0s 6 1y = I, sen? 8 + I, cos? 8 + 2g, sen 80s 6 ny = I, 8en 6.608 6 ~ I, sen 8 cos 0+ Ies(cos? @— sen? 8) Essas equagdes podem ser simplificadas por meio das identidades trigono- métricas sen 29 = 2 sen 0 cos 6 € cos 26 = cos? ~ sen’ 8 e, dessa maneira: Apéndice A PROPRIEDADES GEOMETRICAS DE UMA Area 619 Observe que, se somarmos a primeira e a segunda equagées, veremos que ‘© momento polar de inércia em torno do eixo z que passa pelo ponto O independe da orientagio dos eixos x' Jo@ Ie tly = let ly ‘Momentos Principais de Inércia. Pela Equagdo A.10 pode-se ver que I, ly © Tey dependem do Angulo de inclinag’io @ dos eixos x’ € y'. Agora vamos determinar a orientagao desses eixos em torno dos quais os momentos de inércia a rea (I, € 1,~) chegam ao maximo € ao minimo. Esse conjunto de eixos par- ticular é denominado eixas principais de inércia da drea,e os momentos de inércia a eles correspondentes so chamados momentos de inércia principais. Em geral, hd um conjunto de eixos principais para cada origem escolhida O; entretanto, 0 centrdide da Area € a localizagao mais importante para O. Determina-se 0 Angulo 6 = @,,que define a orientacdo dos eixos principais da Area, diferenciando a primeira das equagdes A.10 em relagao a Ge igualando © resultado a zero, Assim: dig __o{e=h) } = -2- ~) sen 26— i =0 the = o( 2) on 20-2 fy 00828 Portanto, em 6 = @,: = Essa equagao tem duas raizes, , € 6, distantes 90° uma da outra ¢, desse modo, especificam a inclinagio de cada eixo principal. seno € 0 cosseno de 28,, ¢ 24), 840 obtidos por meio dos trigngulos mostrados na Figura A.15, que se basciam na Equagio A.11. Se essas relagdes trigonométricas forem substituidas na primeira ou na segunda das equagdes A.10 e simplificadas, o resultado sera (a2) Conforme o sinal escolhido, 0 resultado produz 0 momento de inércia méximo ou minimo da area. Além disso, se as relagdes trigonométricas acima para @,, € 6), forem substituidas na terceira das equagdes A.10, veremos que Izy = 0; 04 Sea, 0 produto de inércia em relacdo aos eixos principais é nulo. Como ressaltado na Seco A.3, 0 produto de inércia € nulo em relagio a quaisquer eixos simétricos e, assim, conclui-se que qualquer eixo simétrico repre- senta um eixo principal de inércia da drea. Observe também que as equacdes deduzidas nesta secdo so semelhantes as equagdes de transformagio de tensio € deformago desenvolvidas nos capitulos 9 € 10, respectivamente, O exemplo a seguir ilustra sua aplicagao. Figura AIS EXEMPLO A,5 eee Determinar os momentos principais de inéreia para a 4rea da secdo trans- versal da viga mostrada na Figura A.16, em relagio a um eixo que passa pelo centréide C. 620 Resisténcia pos MATERIAIS 4 Figura AAG J SOLUCAO Os momentos € 0 produto de inércia da sego transversal em relagio aos eixos x e y foram calculados nos exemplos A.3 e A.4, Os resultados sao: 1,=2,90(10°) mm' 1, = 560(10°) mm? 1,, = —3,00(10°) mm* Usando a Equagdo A.I1, temos que os angulos de inclinagio dos eixos principais x’ e y' sao: ae 3,00(10°) Ce ~ 12 ~ [2,90040) = 5,60010°)]72 26, = 1142" 28, = ~65,8° = -222 Assim, como mostra a Figura A.16: © ty 309" Os momentos principais de inércia em relagdo aos cixos x’ € y' sto determinados pela Equagdo A.12. Entao 7 “ Inge= EE = + ts ot aaa 2,90(10") + 5 = 4,25(10%) = 3,29(10°) [F29000% — 5,600 +[ ~ 3,00010°)}* ou: I, 54(10°) mm* In = 0,960(10") mm* Resposta Especificamente, o momento de inércia maximo (Imex = 7,54(10")) ocorre em relagao a0 eixo x’ (eixo maior), pois, por inspecao, nota-se que a maior parte da rea da segdo transversal estd mais afastada desse eixo. Para provar 2 afirmagio, substituir 0s dados pela primeira das equagdes A.10, considerando = 51 A.S CircuLo DE Mour para MomENTos DE INERCIA A solugio grafica das equagdes de A-10 a A.12 é conveniente de usar ¢, em geral, facil de lembrar. Elevando ao quadrado a primeira ¢ a terceira das equagdes A.10 e somando, vé-se que: (oe BP ig (EEEP ee (ary Em qualquer problema, J, € ly: $0 varidveis € I, 1, € Ixy $80 constantes conhecidas. Desse modo, a Equagio A.13 pode ser escrita de forma compact como: (le a)? + Ig? = RR Quando essa equagdo é montada,o grifico resultante tem a forma de um circulo com rai E=2y 3 (ie VOa") ty € cujo centro localiza-se no ponto (4,0), onde a = (I, + 1,)/2.O cireuo asim construido denomina-secireulo de Mohr. Sua aplicagao € semethante 3 useds para as transformagoes da tensdo da deformaco, desenvolvidas nos capitulos 9 e 10, respectivamente, ‘Apéndice A PROPRIEDADES GEOMETRICAS DE UMA AREA 621 PROCEDIMENTO DE ANALISE Usa-se 0 cfroulo de Mohr neste caso sobretudo porque ele representa um modo conveniente de transformar I, Jy Lyy nos momentos principais de inércia, Veja a seguir como realizar tal transformagao. Calcular I,, Iy € Ixy. Estabelecer os eixos x, y com origem no ponto de interesse P, usualmente o centréide, © determinar 1,1, € Jy (Figura A.17A). Construir 0 Circulo. Estabelecer um sistema de coordenadas retangular tal que a abscissa represente o momento de inéreia e a ordenada represente o produto de inércia J,, (Figura A.17b). Determinar 0 centro do eirculo, C, localizado a uma distancia (I, + 1,)/2 da origem, e plotar 0 ‘ponto de referencia’ A com as coordenadas (I, ly). Por definigéo, J, ¢ sempre positivo, enquanto I, poderd ser positivo ou negative, Ligar 0 ponto de referéncia A a0 centro do circulo e determinar a distancia CA por trigonometria. Essa distincia representa o raio do cfteulo (Figura A.17b). Finalmente, tragar o efrculo. Momentos Principais de Inércia. Os pontos onde o citculo intercepta a abscissa informam os valores dos momentos principais de inércia Inq € Imsxe Observar que o produto de inércia seré nulo nesses pontos (Figt- ra A.176). Para encontrai\a diregao do eixo principal maior, determina-se por trigonomettia 0 angulo 26,,, medido a partir do raio CA para o eixo I positivo (Figura A.17b). Esse Angulo € 0 dobro do angulo entre 0 eixo x e 0 eixo do momento de inércia maximo Ima (Figura A.172). Tanto 0 Sngulo no efrculo, 26,.como 0 angulo na érea, 6, devem ser medidos no mesmo sentido, como mostra a Figura A.17. O eixo menor define o momento de inércia minimo Inia, 0 qual & perpendicular a0 eixo maior, que define Ijnsx EXEMPLO A.6 Usar 0 efrculo de Mohr para determinar os momentos principais de inércia da area da segdo transversal mostrada na Figura A.18a, em relago aos eixos, ; que passam pelo centréide C. SOLUGAO Céilcuto de Iy Iy € Iyy- Os momentos e o produto de inércia em relagio aos cixos x, y mostrados na Figura A.18a foram determinados nos exemplos A.3 ¢ Ad. Os resultados so J, = 2,90(10°) mm*, 1, = 5,60(10°) mm! e ly = =3,00(10") mm*. Construgao do Circulo. Os eixos I € Ix, S80 mostrados na Figura A.18b.O. centro do circulo, C, localiza-se a uma distancia (J, + 1,)/2 = (2,90 + 5,60)/2 = 4,25 da origem. Se ligamos o ponto de referéncia A(2,90, ~3,00) ac ponto ® C, podemos determinar 0 raio CA pelo triangulo sombreado CBA por meio do teorema de Pitdgoras: eo Vass ( 3007 29 circulo foi construido na Figura A.18¢. Momentos Principais de Inércia. © efeeulo intercepta 0 eixo I nos pontos ((7.54),0} e (0,960), 0}. Entao: Ioyoe = 7,54(10°) mt Resposta Jnvin = 0,960(10°) mm* Resposta Como mostra a Figura A.18c, determina-se 0 Angulo 26,, com base no Figura AS cfrculo, medindo-o no sentido anti-hordrio, a partir de CA e na diregao positiva do eixo J. Entio: 622 Resisténcta pos MaTeRIAIS 24, = 180° ~ ig (A) (0%) 180° ~ tg o (22)-s I~ © eeixo principal maior (para Inox = 7,54(109) mm‘) orienta-se, portanto, ooh Com um dngulo é,, = 57,1°, medida no sentido anti-horério a partir do eixo | positive. O eixo menor é ‘perpendicular a este. Os resultados aparecem na Fi | gura A.18a, Ad. Determinar a distincia ¥ para o centrdide Cda area A.6, Determinar ¥, que define a localizagio do centside,¢ a seco transversal da viga. A viga é simétrica em relagdo__ depois calcular os momentos de inércia 1, e /, da drea dt 20 cio. seglo transversal A. Determinar I, 1, para a érea da segdo transversal da viga te tL wt igo ba ports pot por Problema A.UA2 AB. Determinar a distancia Y para o centrdide C da-drea da segdo transversal da viga e depois ealeulat AG AJ. Determinar a localizagdo (Z, 3) do centedide C da dren "AA, Determinar 7, da érea da segtio transversal da vige. da segio transversal da cantoneira c, depois, calcular os ‘momentos de inércia Jy € Ty “AS. Determinar a localizagio (Z,¥) do centrdide C da ‘rea da segio transversal da cantoneira e, depois calcular 0 produto de inércia Izy em relagio aos ejxos x’ e y } AQAA AS. Determinar J, que define a localizagio do centréide, ¢ depois calcular 0s momentos de inércia J, eI, da viga em T. a} 3 pot —| AJ. Determinar a localizagio (Z, 7) do centrdide Ca érea da segio transversal da cantoncira c, depois, caleular 0s momentos de inércia J, J. AO. Determinar a localizagio (¥,3) do centréide C da frea da seco transversal da cantoneira e, depois, caleular 0 produto de inéreia Z,y em relagdo aos eixos x" ey Apéndice A PROPRIEDADES GEOMETRICAS DE UMA AREA 623 Zool i 30mm lg | [emt Problemas A.WA.10 Pell | AL Determinar a localizagio (%,7) da rea da segao transversal da cantoneira e, depois, calcular 0s momentos de \ Problems A1S/A.I6 inéreia I, € oof A.T. Determin: o produto de inércia I, da frea da segio *AA2. Determinar a localizagdo (%,J) da area da segdo tansversal em relagdo aos eixos x ¢ y transversal da cantoneira e, depois, calcular © produto de inércia I, em relagio aos eixos x'e y! 7 li coisa , ——— Problema A.17 A.18. Caleular os momentos de inércia I, ly: € 0 produto Problemas A-IA.12 de inéteia Ivy da rea da segto transversal. User as equagbes a dda Segio A‘. 13. Determinar os momentos de inércia I, e J, da segao 2. A origem das coordenadas € o centrdide C ’ Ald, Determinar 0 produto ée inéreia [da érea da segio 20.019 mm transversal da seco Z. A origem das ‘coordenadas € 0 centrbide C. | i XE 05 pot LL. L100 rm —4 erate Problema A.18 EB, A.19. Determinar 0s momentos de inércia Jy € Jy: € 0 0.5 pot produto de inércia I,y- da drea retangular. Os eixos 2’ y ppassam pelo centroide C. Usar as equagdes da Segao At. AAS. Determinar a localizagio (,]) do centrbide C da rea da seglo transversal, bem como os momentos de inércia, T, eT, em selaglo aos eixos 2" e y’, que tém sua origem no centedide C. AAG. Determinar a localizagio (F, 9) do centrside C da ae — rea da segdo transversal, bem como 0 produto de inércia us Izy: em relagdo aos eixos x" & y' Problema A.19 624 ResisréNcia Dos MATERIAIS *A20, Determinar a localizagao (Z, 9) do centréide C da 4rea da segio transversal da cantoneira; em seguida, caleular i © produto de inércia Jy, Usar as equagdes da Segio Ad, tom A2L. Determinar a localizagéo (¥,j) do centroide C da rea da segio transversal da cantoneira; em seguida calcular (05 momentos principais de inércia e a orientagio dos eixos Principais de inércia em relagdo 20s eixos x e y som Problemas A2MA.24 as Determinar os momentos principais de inércia ¢ . ‘rientagdo dos eixos principais de inércia da area da sesa0 epee eal transversal, os quais tém origem no centroide C. Usar as A, Determinar os momentos de inércia fy @ Jy © © equagoes desenvolvidas na Seqdo A.4 Produto de inércia Ivy da 4rea semicircular. A.26, Resolver © Problema A.25 usando 0 eireulo de Mobi aaa 025 pal Problema A.22 T ‘A2% Determinar os momentos principais de inércia ¢ a orientagio dos eitos de inéreia principals da area da seqlo transversal em relagio ao conjunta de eixos prncipas que | ‘8m origem no centride C. User as equagdes deseavlvides na Seco Ad 0.25 pl *A24, Resolver o Problema A.23 usando o citeulo fe Moh

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