(quatipape Da Aca RESOLUGHO CONAMA n* 274 de 2000 RESOLUGAO CONAMA n® 274, de 28 de novembre de 2000 Publicada no DOU n° 18, de 25 de janeiro de 2001, Segao 1, paginas 70-71 Correlagses: Revoga os artigos 26 a 34 da Resolucdo n° 20/86 (revogada pela Resolugdo n° 367/05) Define os crittrios de balneabilidade em dguas brasileiras. 0 CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, no uso das competéncias {que lhe $40 conferidas pela Lei n’ 6938, de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto n’ 99,274, de 6 de junho de 1990, e tendo em vista 0 disposto na Resolugdo CO- NAMA n° 20, de 18 de junho de 1986" ¢ em seu Regimento Interno, ¢ Considerando que a satide e o bem-estar humano podem ser afetados pelas condiges de balneabilidade; Considerando ser a classificago das éguas doces, salobras e salinas essencial a defesa dos niveis de qualidade, avaliados por parametros e indicadores especificos, de modo a assegurar as condigées de balneabilidade; Considerando a necessidade de serem criados instrumentos para avaliar a evolugéo da qualidade das aguas, em relagao aos nfveis estabelecidos para a balneabilidade, de forma a assegurar as condiebes necessarias a recreacao de contato primério; Considerando que a Politica Nacional do Meio Ambiente, a Politica Nacional de Re- ‘cursos Hidricos e 0 Plano Nacional de Gerenciamento Costeito (PNGC) recomendam a adogao de sistemsticas de avaliacéo da qualidade ambiental das aguas, resolve: Art. 1: Para efeito desta Resolucao sdo adotadas as seguintes definigdes: a) aguas doces: dguas com salinidade igual ou inferior a 0,50%e; b) 4guas salobras: aguas com salinidade compreendida entre 0,50%e € 30%; ©) Aguas salinas: 4guas com salinidade igual ou superior a 30%6 d) coliformes fecais (termotolerantes): bactérias pertencentes ao grupo dos colifor- ‘mes totais caracterizadas pela presenca da enzima 8-galactosidade e pela capacidade de fermentar a lactose com produgao de gas em 24 horas & temperatura de 44-45°C em meios contendo sais biliares ou outros agentes tenso-ativos com propriedades inibidoras semelhantes. Além de presentes em fezes humanas e de animais podem, também, ser encontradas em solos, plantas ou quaisquer efluentes contendo matéria organica; } Escherichia coli: bactéria pertencente & familia Enterobacteriaceae, caracterizada pela presenea das enzimas &-galactosidade e &-glicuronidase. Cresce em meio comple- xo a 44-45°C, fermenta lactose e manitol com produgao de acido e gés e produz indol a partir do aminodcido triptofano. A Escherichia coli é abundante em fezes humanas e de animais, tendo, somente, sido encontrada em esgotos, efluentes, aguas naturais e solos que tenham recebido contaminagao fecal recente; £) Enterococos: bactérias do grupo dos estreptococos fecais, pertencentes ao género Enterococcus (previamente considerado estreptococos do grupo D), o qual se caracteriza pela alta tolerancia as condigGes adversas de crescimento, tais como: capacidade de cres- cer na presenca de 6,5% de cloreto de s6dio, a pH 9,6 e nas temperaturas de 10° e 45°C. A maioria das espécies dos Enterococcus sao de otigem fecal humana, embora possam ser isolados de fezes de animais; 8) floracao: proliferagao excessiva de microorganismos aquaticos, principalmente algas, com predominancia de uma espécie, decorrente do aparecimento de condicdes ambientais favoraveis, podendo causar mudanga na colora¢ao da agua e/ou forma¢ao de uma camada espessa na superficie; hy) isobata: linha que une pontos de igual profundidade; i) recteagéo de contato primério: quando existir o contato direto do ustério com os cor- pos de agua como, por exemplo, as atividades de natacao, esqui aquético e mergulho. Revol HEE eos oocous Tevogeda pela Resolugio n° 357 05(QUALIDADE DA AUK RESOLUGHO CONAMA m2 de 2000 Art, 28 As aguas doces, salobras ¢ salinas destinadas & balneabilidade (recreagéo de contato primario) terdo sua condicéo avaliada nas categorias propria e imprépria. § 12 As 4guas consideradas préprias poderao ser subdivididas nas seguintes catego- a) Excelente: quando em 80% ou mais de um conjunto de amostras obtidas em cada uma das cinco semanas anteriores, colhidas no mesmo local, houver, no maximo, 250 coliformes fecais (termotolerantes) ou 200 Escherichia coli ou 25 enterococos por 100 rillilitros; ») Muito Boa: quando em 80% ou mais de um conjunto de amostras obtidas em cada uma das cinco semanas anteriores, colhidas no mesmo local, houver, no maximo, 500 coliformes fecais (termotolerantes) ou 400 Escherichia coli ou 50 enterococos por 100 rillilitros; ©) Satisfatéria: quando em 80% ou mais de um conjunto de amostras obtidas em cada ‘uma das cinco semanas anteriores, colhidas no mesmo local, houver, no maximo 1.000 coliformes fecais (termotolerantes) ou 800 Escherichia coli ou 100 enterococos por 100 rmilliltros § 2: Quando for utlizado mais de um indicador microbiolégico, as 4guas terdo as suas condig6es avaliadas, de acordo com o critério mais restritivo. § 35 Os padres referentes aos enterococos aplicam-se, somente, as 4guas marinhas. § 42 As aguas serdo consideradas impréprias quando no trecho avaliado, for verificada ‘uma das seguintes ocorténcias: a) nao atendimento aos critérios estabelecidos para as éguas prdprias; b) valor obtido na dltima amostragem for superior a 2500 coliformes fecais (termoto- lerantes) ou 2000 Escherichia coli ou 400 enterococos por 100 mililitros; ©) incidéncia elevada ou anormal, na Regiao, de enfermidades transmissfveis por via hidrica, indicada pelas autoridades sanitérias, d) presenca de residuos ou despejos, sdlidos ou Iiquidos, inclusive esgotos sanitérios, 6leos, graxas e outras substancias, capazes de oferecer riscos & satide ou tornar desagra~ davel a recreacao; ©) pH < 6,0 ou pH > 9,0 (aguas doces), & excecao das condigdes naturais; 1) floragao de algas ou outros organismos, até que se comprove que nao oferecem riscos & satide humana; 8g) outros fatores que contra-indiquem, temporaria ou permanentemente, o exercicio da recreagio de contato primétio. § 5¢Nas praias ou balneérios sistematicamente imprdprios, recomenda-se a pesquisa de organismos patogénicos. Art. 3 Os trechos das praias e dos balnedrios serio interditados se o érgio de controle ambiental, em quaisquer das suas instancias (municipal, estadual ou federal), constatar que amé qualidade das aguas de recreacao de contato primério justifica a medida. § I¢ Consideram-se*! como passiveis de interdi¢ao os trechos em que ocorram aci- dentes de médio e grande porte, tais como: derramamento de dleo ¢ extravasamento de esgoto, a ocorréncia de toxicidade ou formagao de nata decorrente de floracao de algas ‘ow outros organismos e, no caso de aguas doces, a presenca de moluscos transmissores potenciais de esquistossomose e outras doencas de veiculacio hidrica. § 22A interdigao e a sinalizacao, por qualquer um dos motivos mencionados no caput eno § 1+ deste artigo, devem ser efetivadas, pelo érgao de controle ambiental compe tente, Art. 48 Quando a deteriora¢ao da qualidade das praias ou balnedrios ficar caracterizada como decorréncia da lavagem de vias puiblicas pelas aguas da chuva, ou em conseqii- éncia de outra causa qualquer, essa circunstancia deverd ser mencionada no boletim de 50 Redfcado no DOUn: 164-E de 27 de agosto de 2001, pig. 172. 61 Reuficado no DOU n* 164E, de 27 de agosto de 2001, pag. 172 oe |(quatipape Da Aca RESOLUGHO CONAMA n* 274 de 2000 condi¢ao das praias ¢ balneérios, assim como qualquer outra que 0 érgao de controle ambiental julgar relevance. Art. 5¢ A amostragem sera feita, preferencialmente, nos dias de maior afluéneia do publico as praias ou balnedrios, a critério do érgao de controle ambiental competente, Pardgrafo Unico. A amostragem deverd ser efetuada em local que apresentar a isébata de um metro e onde houver maior concentragdo de banhistas Art. 6 Os resultados dos exames poderdo, também, abranger periodos menores que ‘cinco semanas, desde que cada um desses periodos seja especificado e tenham sido colhidas ¢ examinadas, pelo menos, cinco amostras durante o tempo mencionado, com intervalo minimo de 24 horas entre as amostragens. Art. 72 Os métodos de amostragem e anslise das dguas devem ser os especificados ‘nas normas aprovadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normatizacdo e Qualidade Industtial-INMETRO oU, na auséncia destas, no Standard Methods for the Examination ‘of Water and Wastewater-APHA-AWWA-WPCF iltima edigdo. ‘Art. 8 Recomenda-se aos 6rgdos ambientais a avaliagao das condigées parasicol6gicas, e microbiol6gicas da areia, para futuras padronizagoes. Art. 9 Aos drgios de controle ambiental compete a aplicagéo desta Resolucdo, ca bendo-Ihes a divulgacdo das condigdes de balneabilidade das praias e dos balnedrios e a fiscalizagao para o cumprimento da legislagdo pertinente. Art. 10. Na auséneia ou omissio do drgao de controle ambiental, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovéveis-IBAMA atuaré, diretamente, em crater supletivo. Art. 11. Os 6rgios de controle ambiental manterdo o IBAMA informado sobre as con- digdes de balneabilidade dos corpos de égua. Art. 12. A Unido, os Estados, o Distrito Federal e os Municipios articular-se-do entre si e com a sociedade, para definir e implementar as agdes decorrentes desta Resolucio. Art. 13. © nfo cumprimento do disposto nesta Resolucdo sujeitard os infratores as sangOes previstas nas Leis n™ 6.938, de 31 de agosto de 1981; 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e no Decreto n’ 3.179, de 21 de setembro de 1999. Art. 14. Esta Resolugao entra em vigor na data de sua publicacao, Art. 15. Ficam revogados os arts. n™ 26 a 34, da Resolugao do CONAMA n° 20, de 18 de junho de 1986" JOS# SARNEY FILHO - Presidente do Conama JOSE CARLOS CARVALHO - Secretario-Executivo NOTA: Republicada por trazer incorregées (versio original no DOU n°, de 08/01/01, pag. 23) Este texto nao substitui 0 publicado no DOU, de 25 de janeiro de 2001 evolu HEB ess socous Tevogeda pela Resolugio n° 357