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ee | Jambém chamadas de vias aferentes ¢ eferel res, ConstitueM com oS CENITDS NETWOSOS do neure- tao o arco reflexo, unidade funcional do sistema nervosa, cuja unidade anathmica ¢ o neu |, Wis aferemtes: 4 Impuilsos exteroceptivos: — Pele ~ Retina. Ouvido interne, © Impulsos propriaceptivas: — Musculos. — Tendies, ~ Articulagées, + Impulsos interoceptivas: ~ Visceras. 2. Vias eferentes: * Motricidade yolunuiria (somavica). © Motricidade involuntaria (somaticay: — Automiitica, ~ Reflexa. © Motricidade visceral (sistema nervoso auténo- mok — Simpaitico € parassimpitica. + Centros de integragia: ~ Medula, ~ Encéfalo, Observe o leitor que os desenhos que se se _guiem neste capitulo saa feltos de Forma simplifica- ‘da, em apenas duas dimensdes—comprimento ¢ lar- gura, $80 obra dos autores, que os tém utilizado ao Jonge dos anos, em suas aulas na Faculdade de Cier- cias Medicas de Minas Gerais. A-experiéncia tem mastrado que, resumidos & 9, tornam-se razoa- DESCENDENTES sao neurénios pseudo-unipolares SEUS proton, gamennos perifésicas, com fimedo deviriio, cy, Ei estimulas de Bio, calor © dor em tering, inervasas livres. : ‘Os prolongamentos cenirais, com Fincdoanén ca, penetram 3 mela pela pore lateral das rag, aie dorvais se bifuream Mum ramo ascends Tonge e name descendence curt (tat dorsclatery, de tissaver), que terminam em sinapies camo ney, Foaio 11 da coluna postesior, no nivel de entrada ¢ rapegmentos adjacentes. (Nio Considerar os aja, centes em raciacinia clinice.) eurdnios I: situarr-se na coluna posterior Seus axdnios cruzam a linha média, pela comis- sura branea, alcangam funiculo lateral do lady ‘posto, tomam trajeto ascendente, constituindo o cate espinatalimico lateral, que se avoluma 3 me ida que sobe ,recebendo mais axSnins de cada seg. mento (Fig. 2-23), Esses axénios constituem um tra to estratificado, em que os de origem mais baixa— ap soqnospidion SOU seus "saga > orb vonage, apeP aaanetts oe th bpadazoudosd 9P HA ‘oust 9 as eummandie qalamica. com et en SOMMento Para og SHE Se conven, fentes, entrada de via paleoespinotalamica (Fig. 2.4) ae Além da conhecida via de dor e de estimy nda cok F aq BEMde esting neo-espinotalamica — por ser mais Nova filogenet, cecal “nysasaqed = euoreigin apepijigisuas eNMISAUD = aUDDsUO9 oprdayoudoLy “forsdasoudaid — 3.038) ofadl) oxaiqa umm ap (oqueuse) “eestioy) fe ogdeunSyu0s © sasayuezas amused vysou$oaiaIsa “RDysgasauias ELE SpeIpes evo “ewaqus eynsde> “esIWiEyED ae? Pad Soluoxe sas opuynitas ‘owse)ey op rsa “SHSOd-ORUAA AapNU OU oLsa if] SONKLNIN “ORUE]I OU fi] SOKWGUNAU 50 wo? asdrHIS Me euuisa) amb “yepaur assim] o opurmnstio? BHUEERD Wa13]j 95 2 eyppud equ e uressede.n|t anb (9t-t Bigy eouedojosd aye) a opssaad ap PIA 40) seunjwias oyuy® ou a5-u (vepou-caysod-cspame ‘oe 20u) @aatreL eum eredes” “128889 og, aquaysuoauy ovis eer otioad ap EA ae aa ee oe es puad: (uiys vow orsped) oouisiiy nu Op widopopewog ~ gpaqao ap e2se2 Olaqe422 Ou euluaias seigy sessap Seziawa}9sua9 © aye som: -droutid 0 "] FONUGAE no en - gun) a24)e)aouBSSULE OB >I OL KS 584 seme Sra OWIOD ‘SOY SuRR Lia WENA 35 aU 4 Somnauy (2t-@ “Big eandesoysdoud jeurwatin ey coamigfunep au suasaun papnu Ot Ws = See ua KuERaYS as OEE BC) 7 “tig) eapdasandosd peuywiatits) CA 4] SoU Bo emo somaUETEO;O 59 “SPIO ep ehuoy © aNgos 3 end ep > tod © augos saqieuuagT sepngo Sprioje ‘pends oySues ou aswenys +] SM FIPNE ELA. founayquapgs oped} ‘PL NMED a GED ee sqovoduimi 3049 fe 7 mauris [edsens 201 AIMAREIN OUFUEE 0 wannim0>:| soormay, (OCT ia) sare qsaA sey4, sy ‘spesteleen 8090} eg) EOLEHO ELA -auapao> sequen eye eRTaNEUCD 285 fi 1 i] i] rag ed aia psp es 4 UE A oxia 1a ‘ousgTonin| op ADH ; sae oe us caro muse oP HPS ¢ ; svat uyyewediy ound sequ . ; yepadsa opaiea ap seaydo seagiy 4 oumeaqea 99[n8 Op $019] SOP cod gus ayind eu as-uteiofoud = eu ED [AS youd = eeu! 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No entanto, seu valor como sintomas diagndsticos ¢ indubitavel, Dor € ao mesmo tempo o sintoma mais comum € preocupante em medicina. Relativamente poucas doengas néo tém uma fase dolorosa e, na maioria dos casos, a dor ¢ uma caracteristica sem a qual 0 diagndstico muitas vezes seria duvidoso. Tendo em vista a nalureza onipresente desse sintoma, sua anatomia c fisiologia assumem importincia especial. RECEPTORES DA DOR E VIAS AFERENTES PERIFERICAS Os receptores da dor estio distribuidos por todo o compo — no tegumento ¢ em ¢struturas profundas, incluindo as visceras. Existem dois tipos de fibras aferentes: as fibras C nao-mielinizadas muito finas (0.4.4 1,1 pm de didmetro) ¢ as fibras A-delta (A-5) mielinizadas finas (1a 5 um de didimetro). Os receptores terminais desses aferentes prima- rios da dor sdo as terminagdes nervosas que se ramificam profusamente. Existe certo grau de especializagao dentro dessas terminagoes nao-en- capsuladas ¢ de scus aferentes de fibras pequenas. Os efeitos térmicos So transmitidos apenas pelas fibras C, enquanto os mecdnicos (toque ¢ pressao) o silo pelas fibras A-6 eC. Alguns aferentes nao-miclinizados oo Neurdinios motores Fibras da raiz ventral x ‘Trato corticonspinhal ventral hal, ilustrando o trajeto das fibras aferentes & principais vias ascendentes, As fibbras de condug io Fig. 8.1 A. Corte transversal da medula expint ibuem difwsamente no Funiculo fintero-lateral. Varios tratos ripida da dor ndo esto confinadas ao trato espinotaliimico, mas também se distri descendentes esto ilustrados como pontos de referEncia. Fig. 8.1 (continuagiio) A, Subdiviste da substincia cinzenla da modula segundo Rexed. IM, LM ¢ VM indicam os grupos: iniermediolateral, ltero-medil ¢ ; ventromedial de neurdnios motores : espinan clifusamen- espinorreticulotalimica ou paleoespinovaliimica, roms © ; ccspinotaldimica cos, Acredita-se que 2 via te para 0s lobos frontais limbicos. Acre ict direta ou lateral desempenhe fungdes discriminativas (ou “a cagdo ¢ localizagdo da sensagao dolorosa), enquanto 4 via oe pol sindptica de condugdo mais lenta atende aos dor (i. €., as sensagdes desagradaveis desencade: Colunas de Got Burdach Trato 4 corti espinhal lateral Fibres proprio eapinhals, J Fibras aacendentes (aspinotatdmica) ‘medula espinhal demonstrando a disposigho topognifica das : dos tratos principais, A esquerda, estiio indicadas as mo- as pelo (rato espinolalimico e funiculos posteriores. L, flombar; §, swero. ‘OS DA DOR i a dor superficial € a lesdo dos tecidos — 7 queimadura ou congelamento da pele. No 9s estimulos eficazes sio a inflamagiio da ha da musculatura lisa; no musculo ri € estimulod a isquemia; nas articulagdes, Em todas as lesdes, os receptores f as, derivadas da circulagio, Serotoninas € fons potiissio lo- exa no como dorsal da medul: © conirole ou a modulagia des im. WH PARTE 2 1 Manifertapdes cartinais de: Subbstiincia negra Nucteo sensorial — principal do nerve aie dot duinal @ ch 7 dort CAS DA DOR as de varios acidveis ent spain € fates dois ti M i JANIFESTAGOES Cl iL scbes nerves je dor, difere re A ativaglio das termina ms diferemtes ¢ pag A dar cutdrea pO ia boven pels fibras AB e it pelas fibras C de condugie nie das extruiuras viseerals em nyo S¢ projets para um ponto fi €conhecida come dor refer dolorosos provenientes das cstrunuras WO devido a uma doeace 1 a dor pode ents sor deslocada da sua localizacto habitual (rylerduay 0 te do pee r stemniric arias an aa 4 Outro GrgSo (p. ex.. .0 cararéo) Der newrepdtica ¢ a expressiio usadu para designar as scones aoe dol Sess que sucedem lesdes de aleuma parte do sistema sensorial sj penférico ou central, Ngo hd quer doenca detective mas phos freccate odoons d definiu as caracteristicas principals da do scarp tresse. Mesmo nao tendo seu mecanismo de aga conhecido, & sem que haja relagao direta com seu efeito betabloqueado’ seus efeitos profilaticos sao superiores aos do placebo, sendo efetivo em 65% dos pacientes (Welch, 1993). Em adultos, a dose” pode variar de 20 mg a 240 mg/dia, Em criancas, a dose efetiva encontra-se entre 1 5 mg/kg/dia. A dose maxima é limitada por seu efeito hipotensor e hipoglicemiante (Prensky, 1987). A nio-seletivos, nao eficacia relativa, entre agentes seletivos e aes #98 as crises por més. se teijuas crises por més, porem de longa duracio, rotamento agudo nao consegue ser efetivo, ve ipor exemplo, crises assaciadas om 6 pe | ou cefaléia sexual) 3. Quan 4. Crises previsive riodo menstrua mento preventiva € usualmente considerado ym a freqiiéncia, a duragao ea intensidade das em pelomenos 50 Baumel, 1994). Se, pelo menos seis me. 3s ataques estiverem bem controlados, as dosagens de- idas, para se tentar a retirada da droga. o sucesso quando reduz crises, ses apés, vem ser diminut » de doses [i bloqueadores: antagonistas beta-adrenérgicos podem ser forma de considerados uma boa opgae terapéutica, especialmente em ado de pacientes cujas crises de migrénea esto relacionadas ao es- oplastia ou —_tresse, Mesmo nao tendo seu mecanismo de aca conhecido, ¢ sedevem sem que haja relacdo direta com seu efeito betabloqueador, seus efeitos profilaticos so superiores aos do placebo, senda nojethy!} —_efetivo em 65% dos pacientes (Welch, 1993). Em adultos, a dose sagonista pode variar de 20 mg a 240 mg/dia. Em criangas, a dose efetiva scercade — encontra-s¢ entre | eS mg/kg/dia. Adose maxima é limitada por om doses seu efeito hipotensor e hipoglicemiante (Prensky, 1987). A ao,uma _eficacia relativa, entre agentes seletivos © nao-seletivos, nao est estabelecida (Welch, 1993; Baumel, 1994) mas betablo- Gmgevia queadores nao-seletivos devem ser evitados em pacientes com -emduas asia, insuficiéncia cardiaca congestiva, ou diabetes insulino- Jadaéde dependente. uma hora, Embora nenhum dado clinica tenha sido ainda publicado, duas apresentagdes de propanolol intranasal esto atualmente -osuma- em desenvolvimento (Gross, 1995). indiaca is- Antiepilépticas: o acido valprdico © © valproate de sodio espasmo —_tém-se mostrado efetivos como profilaticos e sao superiores 30 uso con- placebo, A dose média é de 1.000 mg/dia, com nivel plasmatica médio de 66 g/ml (Stephen, 1994). O valproato previne crises de migranea e cefaléia persistente didria. O mecanismo de agio nao é totalmente compreendido. Estudos indicam que ovalproato 0 dcido valpréico padem influenciar no sistema gabaérgico, se a3 0 € dopaminérgico, como parte dos seus mecanismas ‘elevando o limiar da cefaléia (Mitsikostas, ¢ dcido valproico (1:1) (Divel (SSRI), poe bora tenh (Saper et prego ass tina isola mais efet atua melt fildticas (: Blog dos cana eficaz na efeito pr Em geral fragda di sores, 3 dos atag 1993). E principa dessa di sho, howe melhora significativa nos tres ‘grupos (Rothrock et ai. TS). Num estado multicentricn, duplo-cego, controlado ¢ sandomizado, com 107 pacientes (70 usando divalproex ¢ 37 wsando placebo), © divalproex utilizado em monoterapia de- mmonstroa methora superior a 50%, em 48% dos pacientes contra 4S pas quais se utilizou placebo (Silberstein et al., 1993). Amtidepressives; a amitriptilina, uma amina tercidria com efeitos anticolinéngicos ¢ sedativos é um dos mais antigos an- tudepressives utilizados no tratamento da migranea ¢ apresenta alto lindice de eficacia. Os triciclicos antidepressivos sdo particu- larmente Uiteis em alguns pacientes nos quais coexistem a mi- @ranea ¢ a cefaléia tipo tensio que inclui depressio. Iniciar o uso do Triciclicn com uma dose de 12,5 a 25 mg 4 noite, podendo aumentar até 200 mg por dia divididos em algumas. doses, € uma boa estratégia. A presenca de alguns efeitos co- leverais desagradaveis (mesmo com a utilizacao de baixas doses), tais como sensagio de boca seca ¢ ganho ponderal di- ™minvem a aderéncia ao tratamento, A fluoxetina, inibidor seletivo de recaptacao de serotonina (SSR), pode ser empregada como profilatico na enxaqueca, em- bora tenha sido mais efetivo para tratar cefaléia cronica diaria (Saper et al., 1993). Num estudo duplo-cego comparando o em- prego associado da fluoxetina com o propanolol versus fluoxe- ‘tina isolada € 0 propanolol isolado, a combinagao de drogas foi mais efetiva que propanolol isolado sugerindo que a fluoxetina a@tua melhor através de efeito sinérgica com outras drogas pro- filaticas (Silberstein 1994). Blogueador de Canais de Calcio: a flunarizina, um bloqueador dos canais de calcio, na dose de 10 mg/dia, tem-se mostrado eficaz na profilaxia da enxaqueca. Esta substancia nao tem efeito profilatico imediato (Classification, Cephalalgia, 1988). n geral, os bloqueadores dos canais de calcio regulam a con- cdo do musculo liso vascular, a liberagao de neurotransnis- receptora neural. Podem diminuir a freqiiéncia , tém pouco efeito em sua intensidade (Welch, como por exemplo parkinsonismo, res, sdo fatores limitantes a0 Uso Capitulo 3 Pericraniana, ev mMiografica, con: Tratamento © tratamento problemas. Ou mente, a resolu © necessirio. Aforma cr uma cefaléia qi pacientes, con cacao analgési em doses inad faléia analgési O medica dose de 25 my sdrio, para I pacientes, 0 | pode ser o suf se mais efeti menos do qu phenadrina, Taramente aj melhores rele seu alto pote O tratan laxamento, p cicios diarios stimulation), da dor. Cefaléia er Este tipo d paroxisticas sos subtipo foram desct mais achad bitaria, set ‘co paciente ey ae ae ree a Prego associado da fluoxetina com o Propanolol versus fluoxe. tina isolada € 0 propanolol isolado, a combinacao de drogas foi mais efetiva que propanolol isolado sugerindo que a fluoxetina atua melhor através de efeito sinérgico com outras drogas a filaticas (Silberstein 1994). Bloqueador de Canais de Calcio: a flunarizina, um bloqueador dos canais de calcio, ma dose de 10 me/dia, tem-se mostrado eficaz na profilaxia da enxaqueea, Esta substancia nao tem efeito profilatico imediato (Classification, Cephalalgia, 1988), Em geral, os bloqueadores dos canais de calcio regulam a con- tragao do misculo liso vascular, a libera de neurotransmis- Sores, e a fungao receptora neural. Podem diminuir afr eqiéncia dos ataques mas tém pouco efeito em sua intensidade (Welch, 1993). Efeitos adversos, como por exemplo parkinsonismo, principalmente em mulheres, sao fatores limitantes ao uso dessa droga. Cefaléia Tipo Tensao Anteriormente foi denominada cefaléia de contragdo muscular, ce faléia de estresse, cefaléia comum, idiopatica ou psicogénica, Na classificacao atual (Classification, Cephalalgia 1988) consideram-se dois tipos principais. baseados na freqiiéncia e na duragao das eri- Ses: episddica e cronica, O mecanismo causal destes tipos de ce- faléia é ainda desconhecido. A forma episddica é, sem duvida al- guma, a dor de cabeca, que mais freqiientemente afeta a humani- dade. A dor pode ocorrer somente por alguns minutos, melhora com o.uso de analgésico comum ou é autolimitada, o que faz com que 0 paciente, muitas vezes, nao procure o médico. A qualidade da doré do tipo peso, pressao ou constrigao, de leve ou moderada intensicade e bilateral. O paciente sente como se houvesse uma faixa apertada em tomo de sua cabega. Nao piora com a atividade fisica, porém incémodos quanto a luz e ruidos podem ocorrer. Na forma crénica, anteriormente denominada cefaléia idiopatica crénica ou cefaléia psicogénica crénica, a dor — que ‘tem caracteristicas semelhantes a forma episédica— deve estar : ¥ em. cai am tae eae no més. Os dois tipos de cefaléia lico e crénico) po oe aumento da sensibilidade da musculatura ks a Faramente apres: melhores relaxan seu alto potenciz O tratament laxamento, psico cictos didrios ou stimulation), (jay da dor, Cefaléia em §: Este tipo de c paroxisticas mai 808 subtipos, ci foram descritos mais achados. A bitaria, sempre 0 paciente se q rancado}, A ing. se consegue fi cid-la da migrar A cefaléia acorda-lo apdés fenomenos aut constipagdo na: de Horner, sen mesmo lado ac A forma ¢ afetando, apro zada por perio salvas) e peri (Kudrow, 1987) A dor dur ataques varia ¢ e, habitualmen € comum a cor bida alcodlica fato que nao o ‘Os acome caracteristicas ipo ten- hrock et rolado e exe 37 ipia de- s contra 13). ia com gos an- resenta articu- na mi- liciar © noite, gumas tos CO- baixas ral di- fonina a,em- diaria oem- Juoxe- as foi xetina s pro- eador trado ) tem 988). cone smis- foram descritos, Cada tipo é, clinicamente, pericraniana, evidenciada por palpagao ou exame eletroneuro- miografico, constituindo subtipos de cefaléia. Tratamento © tratamento da forma episodica habitualmente nao gera prablemas. 0 uso de analgésico comum, repouso e, principal- mente,a resoluca o da situacao causal de estresse, é usualmente o necessario. A forma cronica é sempre dificil de ser tratada. Sendo esta uma cefaléia que ocorre diariamente ou quase diariamente, os pacientes, com freqiiéncia, estao ndo uso diario de medi- cacao analgésica, sedativa ou de narcoticos aleatoriamente, e, em doses inadequadas, com possibilidades de desenvolver ce- faléia analgésica. O medicamento indicado ¢ o antidepressivo triciclico, na dose de 25 mg, inicialmente, ao deitar, aumentando, se neces- sario, para 100 mg/dia, dividido em duas doses. Em alguns pacientes, o uso de doses menores (10-12 mg) de triciclico pode ser o suficiente. Fluoxetina, antidepressivo SSRI, mostrou- se mais efetivo do que o placebo (Saper et al., 1993), porém menos do que os triciclicos. Relaxantes musculares como or phenadrina, carisoprodol e hidrocloreto de cyclobenzaprina raramente apresentam uma acao efetiva. Diazepam, um dos melhores relaxantes musculares, nao deve ser utilizado, devido seu alto potencial para dependéncia (Kunkel, 1991). O tratamento nao-farmacolégico com biofeedback, auto-re- laxamento, psicoterapia e fisioterapia seja sob a forma de exer- cicios diarios ou pelo uso do TENS (transcutaneous electrical nerve stimulation), (Jay ¢ cols., 1989) ajuda sobremaneira no controle da dor. Cefaléia em Salvas (Cluster Headache) a das sindromes Este tipo de cefaléia se constitui em uma dé ra paroxisticas mais dolorosas de que se tem conhecimento, Diver- sos subtipos, categorias e variagoes de cefaléia em salvas ja distinto por um ou egg i ng tag es | el ee Se aoe, a es eo a melhores relaxantes musculares, nao deve ser utilizado, devido seu alto potencial para dependéncia (Kunkel, 1991). O tratamento nao-farmacolégico com biofeedback, auto-re- laxamento, psicoterapia ¢ fisioterapia seja sob a forma de exer- cicios diarios ou pelo uso do TENS (transcutaneous electrical nerve stimulation), (Jay € cols., 1989) ajuda sobremaneira no controle da dor. Cefaléia em Salvas (Cluster Headache) Este tipo de cefaléia se constitui em uma das sindromes paroxisticas mais dolorosas de que se tem conhecimento. Diver- sos subtipos, categorias e variacdes de cefaléia em salvas ja foram descritos. Cada tipo €, clinicamente, distinto por um ou mais achados. A dor é tipicamente intensa, orbitaria ou perior- bitaria, sempre unilateral em uma mesma crise (muitas vezes, © paciente se queixa da sensagao de que o olho esta sendo ar- rancado). A inquietude que tal dor provoca € caracteristica. Nao se consegue ficar parado. Este comportamento ajuda a diferen- cia-la da migranea. A cefaléia em salvas predomina no homem, costuma acordalo apés poucas horas de sono € se acompanha de fendmenos autondmicos, como, por exemplo, lacrimejamento, constipagao nasal ou rinorréia, eritema de esclera ou sindrome de Horner, sem anidrose. Tais alteragdes ocorrem sempre do mesmo lado acometido pela dor. A forma de apresentagdo mais comum € a _episddica, afetando, aproximadamente, 80% dos pacientes. E caracteri- _ zada por periodos de susceptibilidade ao ataque (periodos de ‘salvas) e periodos assintomaticos (periodos de remissio) ow, 1987). de vomitos ou diarréia. 0 uso de be- ‘ -susceptibilidade desencadeia a dor, sca de laranja” tribuidas pela pronunciados (face leonina) além de “pele de < principalmente sobre o nariz, e telangiectasia ts face (Mathews, 1990). Tratamento Na fase aguda, a dor aumenta de intensidade tao rapidament® ; i é 9 habil para sur- que os medicamentos por via oral nado tém tempe tr ealod tir efeito. Os medicamentos abortives, comumenté utiliza jos, sdo o tartarato de ergotamina, sumatriptan a lidocaina 4%, por via nasal. O uso de 02, sob mascara nasal, 8 limin., bem no inicio da crise (Kudrow, 1981), estando o paciente sentado com seus cotovelos apoiados sobre os joelhos e olhando para 0 chao, cos- tuma ser bastante efetivo. Como preventivo, a utilizagao de corticdides, carbonato de litio, a metisergida e o verapamil tém o seu lugar, dependendo de cada caso em particular. A dose de verapamil pode ser, int cialmente, de 80 mg/dia, aumentando gradativamente, até 240 mg/dia, Este medicamento pode baixar a pressdo sangilinea € esta associado com constipagao intestinal e retengao de liqui- dos (Baumel 1994). Nas fases de dor durante o sono, é interessante o uso de ergotamina ao se deitar, independente da medicagao preventiva que o paciente esteja usando. Hemicrania Paroxistica Cronica Descrita por Sjaastad e Dale (1976), este tipo de dor tem bas- tante semelhanga com a cefaléia em salvas, porém, com algu- mas diferengas: predomina francamente na mulher, a freqiiéncia das crises ¢ muito mais elevada (até 30 crises, em um mesmo dia) e com tempo de duracdo menor. Os fendémenos autonémi- cos que a acompanham sao semelhantes aos da cefaléia em sal- vas. Esta sindrome apresenta, também, a caracteristica de ser indometacina responsiva e tal caracteristica pode servir como teste terapéutico-diagndstico, quando ha Tesposta positiva, “Jabs & Jolts” Sindrome guns min ria pessoa bem, dura uso de be' rem inicic manas ¢ aumenta hipotens: elevada « nesses tr principal rismas € rante o ¢ possibili perda d neurolds Aciden' Nos dive cefaléia geral, 0% 14% dos sofrem No cerebra por dor réncia | ‘trigéme acomp. beca, p ros ran As agudo Cefale Acefal ia cee APE T™ a NDROMES DOLOROSAS: DIA GNOsTIcO, TERA de casca de laranja + pronunciados (face leonina) além de “pele buidas pela principalmente sobre o nariz, € telangiectasias distr! face (Mathews, 1990). Tratamento le intensidade tao rap! damente m tempo habil para sur- comumente utilizados. ane alidocaina 4%, por Na fase aguda, a dor aumenta d que os medicamentos por via oral nao té tir efeito. Os medicamentos abortivos. so o tartarato de ergotamina, sumatript mR via nasal. O uso de 3, sob mascara nasal, 8 /min., bem no inicio da crise (Kudrow, 1981), estando o paciente sentado com seus cotovelas apoiados sobre os joelhos e olhando para o chao, cos- tuma ser bastante efetivo. Como preventivo, a utilizagao de corticoides, carbon: litio, a metisergida e o verapamil tém o seu lugar, dependendo de cada caso em particular. A dose de verapamil pode ser, ini- cialmente, de 80 mg/dia, aumentando gradativamente, até 240 mgidia. Este medicamento pode baixar a pressdo sangilinea € esta associado com constipacao intestinal e retencao de liqui- dos (Baumel 1994). Nas fases de dor durante o sono, é interessante o uso de ergotamina ao se deitar, independente da medicagao preventiva que o paciente esteja usando. ato de Hemicrania Paroxistica Cronica Descrita por Sjaastad e Dale (1976), este tipo de dor tem bas- tante semelhanca com a cefaléia em salvas, porém, com algu- mas diferengas: predomina francamente na mulher, a freqiiéncia das crises e muito mais elevada (até 30 crises, em um mesmo dia) e com tempo de duragio menor. Os fendmenos autonémi- cos que a acompanham sao semelhantes aos da cefaléia em sal- vas. Esta sindrome apresenta, também, a caracteristica de ser indometacina responsiva e tal caracteristica pode servir como. teste terapéutico-diagndstico, quando ha respasta positiva. “Jabs & jolts” Sindrome guns minul ria pessoal pem, dural uso de bet tem inicio manas & aumenta | hipotens4 elevada e nesses tré principalt rismas e ‘ rante © Cc possibilic perda de neurolog Acident Nos dive cefaléia geral, oc 14% dos sofrem i No! cerebral por dor réncia ¢ trigéme acompe be¢a, p Tos ram As agudo | Ne eee ea tien | estd associado com constipagao inte: dos (Baume! 1994). Nas fases de dor durante o som ergotamina ao se deitar, independente que o paciente esteja usando. stinal e retengdo 8 e o uso de 0, é interessant 4 iva damedicagao preven Hemicrania Paroxistica Cranica stad e Dale (1976), este UpO de dor tem bas- ia em salvas, porém, com algu- mas diferencas: predomina francamente na mulher, a freqiléncia das crises e muito mais elevada (até 30 crises, em um mesmo dia) e com tempo de duragao menor. Os fenémenos autonom- cas que a acompanham sao semelhantes gos da cefaléia em sal- yas, Esta sindrome apresenta, também, @ caracteristica de ser indometacina responsiva e tal caracteristica pode servir como teste terapéutico-diagndstico, quando ha resposta positiva. Descrita por Sjaa’ tante semelhanca com a cefaléi. “Jabs & jolts” Sindrome Sindrome dolorosa descrita pela primeira vezem 1979 (Sjaastad e cols., 1979), pode ocorrer isoladamente ou associada a diver- sas tipas de cefaléia. Caracteriza-se pordoragudaem “agulhadas” ou “espetadas”, com duracaéo de segundos, em diversos locais do cranio, As crises, na maioria dos pacientes, 40 monossinto- maticas (somente uma “agulhada” de curta duracao) e nao se acompanham de fendmenos autonomicos, E, também, denomi- nada de cefaldia ice pick (Raskin, 1988). Ha melhoras com 0 usoO de indometacina ou de betabloqueadores, porém nao invaria~ velmente. Cefaléia Sexual Benigna Cefaléia sexual benigna (também chamada cefaléia orgasmica benigna, cefaléia coital benigna, cefaléia masturbatoria benigna ou simplesmente cefaléia relacionada a atividade sexual) se re- fere a dor de cabega que ocorre durante a atividade sexual, € que pode ser dividida em trés tipos (Johns, 1986; Stergaard Kraft, 1992): tipo 1 — a dor comega no inicio do coito, sen usualmente occipital ou difusa, pesada e rer do ato sexual. E considerada como: cefalera rem geral, ocorrem en 14% das que apre sofrem infarto la No infarto ist cerebral. Lesdes por dor na regiac réncia da inerva trigemeo- Lesoe acompanhadas f beca, provavelm ros ramos cervie As causas | agudo ainda pre Cefaléia em 1 Acefaléia sentit tura de um ane atencao nesse | da dor. Em 50% intensidade, cc Pode durar de 1994). Habitua semelhante ante vendo contri riosamente ate sentam mais ¢ sem que a poss co, TER PEUTICA, aranja”, jas pela amente ara sur- izados, liinea e e liqui- uso de ventiva 7m bas- m algu- jiiéncia mesmo ‘ondmi- em sal- ide ser SAUDE FISICA E MENTAL siaiiliaswidieugaetiie’ of s horas, Neste tipo, geralmente, ha histée i ouca: ee Henle de migranea e a dor pode ocorrer, tam: ria pessoal asturbagao, Costuma haver boa resposta ao é m iy : caus ee abiuendet como profilatico. O tipo IIL é mais raro, ui tem inicio ¢ qualidade semelhantes a0 tipo Il, persiste por se- manas e acentua-se quando 0 paciente se pee em pé ou aumenta a pressao intratoracica. Tem como causa provavel a hipotensao liquorica, & melhora com repouso sem cabeceira elevada e hidratagao. O diagndstico diferencial que se impde nesses trés tipos de cefaléia é o de hemorragia subaracnoide, principalmente, se considerarmas q rca de 10% dos aneu- rismas e 4% das malformagdes vasculares podem se romper du- rante o coito. Dentre os critérios utilizados para se investigara possibilidade de sangramento incluem-se: cefaléia associada a perda da consciéncia, vomitos, meningismo ou outro sinal neuroldgico focal Acidente Vascular Encefalico Nos diversos tipos de acidente vascular encefalico isquémico, a cefaléia nunca é 0 aspecto mais importante do problema. Em geral, ocorrem em 31% dos pacientes com oclusdo carotidea, em 14% dos que apresentam embolismo e somente em 6% dos que sofrem infarto lacunar (Couch, 1993). No infarto isquémico, a dor éusualmente ipsolateral 4lesao cerebral, Lesdes supratentoriais sio usualmente acompanhadas por dor ha regido anterior da cabeea, provavelmente em decor réncia da inervacao fornecida pela primeira divisdo do nervo trigémeo. Lesdes no territério infratentorial sao, usualmente, acompanhadas por cefaléia referida na porgao posterior da Ge beca, provavelmente em decorréncia da inervagdo dos prime! fos ramos cervicais, —

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