tenros petizes, deixando-nos sonhar livremente com um futuro que nunca teremos. Perguntam-nos: o que queres ser quando fores grande? Bombeiro, mdico, enfermeira... Mas no nos dizem quo penoso o caminho. Nem sequer nos mostram o caminho! Vamos sempre deixar um sonho de lado, porque raros so os que sabem o que fazer para l chegar ou que tem disciplina para o fazer. Aos poucos, o nosso sonho definha, arrastando-se na nossa mente, espreitando de vez em quando. Mas a fora e o sacrifcio so menores e deixamo-lo pendurado, sempre pensando que ainda vamos a tempo, ou que agora no d, porque houve outras diligncias a cumprir, bem mais urgentes do que o nosso sonho. Para o ano que vai ser! Mas o ano teima em chegar e as outras atrapalhaes cercam-nos o caminho, direccionando-nos a esquerda e direita, como num labirinto, no nos deixando traar uma linha recta at onde queremos ir. Os muros intrometem-se e ns continuamos no nosso labirinto, em busca de um sonho que j sabemos impossvel de concretizar, mas que nos garante a fora de continuar. Mesmo que o nosso sonho nunca se materialize na nossa existncia, ele vive nos nossos pensamentos, tornando a vida mais suportvel. Triste daquele que j no sonha s porque no vai concretizar o que quer. Porque a sonhar tambm se vive!