CENTRO DE TECNOLOGIA
DISCIPLINA: SANEAMENTO II
PROFESSOR: MANOEL COELHO SOARES FILHO
APOSTILA:
TERESINA – PIAUÍ
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TERMINOLOGIA
ALIMENTADOR PREDIAL
Tubulação compreendida entre o ramal predial e a primeira derivação ou válvula de
flutuador do reservatório.
APARELHO SANITÁRIO
Aparelho destinado ao uso de água para fins higiênicos ou para receber dejetos
e/ou águas servidas.
AUTOMÁTICO DE BÓIA
Dispositivo instalado no interior de um reservatório para permitir o funcionamento
automático da instalação elevatória entre seus níveis operacionais extremos.
BARRILETE
Conjunto de tubulações que se origina no reservatório e do qual se derivam as
colunas de distribuição.
CAIXA DE DESCARGA
Dispositivo colocado acima, acoplado ou integrado às bacias sanitárias ou
mictórios, destinados à reservação de água para suas limpezas.
CAIXA DE QUEBRA-PRESSÃO
Caixa destinada a reduzir a pressão nas colunas de distribuição.
COLUNA DE DISTRIBUIÇÃO
Tubulação derivada do barrilete e destinada a alimentar ramais.
CONJUNTO ELEVATÓRIO
Sistema para elevação de água.
CONSUMO DIÁRIO
Valor médio de água consumida num período de 24 horas em decorrência de todos
os usos do edifício no período.
EXTRAVASOR
Tubulação destinada a escoar os eventuais excessos de água dos reservatórios e
das caixas de descarga.
INSPEÇÃO
Qualquer meio de acesso aos reservatórios, equipamentos e tubulações.
INSTALAÇÃO ELEVATÓRIA
Conjunto de tubulações, equipamentos e dispositivos destinados a elevar a água
para o reservatório de distribuição.
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INSTALAÇÃO HIDROPNEUMÁTICA
Conjunto de tubulações, equipamentos, instalações elevatórias, reservatórios
hidropneumáticos e dispotivos destinados a manter sobre pressão a rede distribuição
predial.
INTERCONEXÃO
Ligação, permanente ou eventual, que torna possível a comunicação entre dois
sistemas de abastecimento.
LIMITADOR DE VAZÃO
Dispositivo utilizado para limitar a vazão em uma peça de utilização.
PEÇA DE UTILIZAÇÃO
Dispositivo ligado a um sub-ramal para permitir a utilização da água.
PONTO DE UTILIZAÇÃO
Extremidade de jusante do sub-ramal.
PRESSÃO DE SERVIÇO
Pressão máxima a que se pode submeter um tubo, conexão, válvula, registro ou
outro dispositivo, quando em uso normal.
RAMAL PREDIAL
Tubulação compreendida entre a rede pública de abastecimento e a instalação
predial. O limite entre o ramal predial e o alimentador predial dever ser defindio pelo
regulamento da Cia. Concessionária de Água local.
RAMAL
Tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar os
subramais.
REFLUXO
Retorno eventual e não previsto de fluídos, misturas ou substâncias para o sistema
de distribuição predial de água.
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REGISTRO DE FECHO
Registro instalado em uma tubulação para permitir a interrupção da passagem de
água.
REGISTRO DE UTILIZAÇÃO
Registro instalado no sub-ramal, ou ponto de utilização, destinado ao fechamento
ou regulagem da vazão da água a ser utilizada.
REGULADOR DE VAZÃO
Aparelho intercalado numa tubulação para manter constante sua vazão, qualquer
que seja a pressão a montante.
RESERVATÓRIO HIDROPNEUMÁTICO
Reservatório para ar e água destinado a manter sob pressão a rede de distribuição
predial.
RESERVATÓRIO INFERIOR
Reservatório intercalado entre o alimentador predial e a instalação elevatória,
destinado a reservar água e a funcionar como poço de sucção da instalação elevatória.
RESERVATÓRIO SUPERIOR
Reservatório ligado ao alimentador predial ou à tubulação de recalque, destinado a
alimentar a rede predial de distribuição
RETROSSIFONAGEM
Refluxo de águas servidas, poluídas ou contaminadas, para o sistema de consumo,
em decorrência de pressões negativas.
SISTEMA DE ABASTECIMENTO
Rede pública ou qualquer sistema particular de água que abasteça a instalação
predial.
SOBREPRESSÃO DE FECHAMENTO
Maior acréscimo de pressão que se verifica na pressão estática durante e logo
após ao fechamento de uma peça de utilização.
SUBPRESSÃO DE ABERTURA
Maior decréscimo de pressão que se verifica na pressão estática logo após a
abertura de uma peça de utilização.
SUB-RAMAL
Tubulação que liga o ramal à peça de utilização ou à ligação do aparelho sanitário.
TORNEIRA DE BÓIA
Válvula com bóia destinada a interromper a entrada de água nos reservatórios e
caixas de descarga quando se atinge o nível operacional máximo previsto.
TRECHO
Comprimento de tubulação entre duas derivações ou entre uma derivação e a
última conexão da coluna de distribuição.
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TUBO DE DESCARGA
Tubo que liga a válvula ou caixa de descarga à bacia sanitária ou mictório.
TUBO VENTILADOR
Tubulação destinada à entrada de ar em tubulações para evitar subpressões
nesses condutos.
TUBULAÇÃO DE LIMPEZA
Tubulação destinada ao esvaziamento do reservatório para permitir a sua
manutenção e limpeza.
TUBULAÇÃO DE RECALQUE
Tubulação compreendida entre o orifício de saída da bomba e o ponto de descarga
do reservatório de distribuição.
TUBULAÇÃO DE SUCÇÃO
Tubulação compreendida entre o ponto de tomada no reservatório inferior e o
orifício de entrada da bomba.
VÁLVULA DE DESCARGA
Válvula de acionamento manual ou automático, instalada no sub-ramal de
alimentação de bacias sanitárias ou mictórios, destinada a permitir a utilização da água
para suas limpezas.
VAZÃO DE REGIME
Vazão obtida em uma peça de utilização quando instalada e regulada para as
condições normais de operação.
VOLUME DE DESCARGA
Volume que uma válvula ou caixa de descarga deve fornecer para promover a
perfeita limpeza de uma bacia sanitária ou mictório.
ETAPAS DO PROJETO
a) CONCEPÇÃO
c) DIMENSIONAMENTO
SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO
- Poços
- Riachos
- Vazões
- Qualidade da água
- Tipos de tratamento
- Rede nova ?
- Colocação de T
- Já existe a rede
- Fecha os registros do distribuidor, isolando-se o trecho.
- Com o encanamento de distribuição em carga, usando máquina do tipo
MUELLER Co.
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Figura 01
Figura 02
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MEDIDORES DE CONSUMO
a) PENA d´ água
- Tubo com um estrangulamento.
b) Suplemento
- Tubo com disco ou pastilha com um orifício central. Tanto a pena d’ água como
o cuplemento não medem vazão, apenas limitam o consumo.
c) Hidromêtros
1 – Volumétricos ( para pequenas descargas)
2 – Taquimétricos ( associa a velocidade com vazão, são os mais simples, e baratos,
por isso mais empregados ).
VANTAGENS DO SISTEMA
- redução de custos
- preservação de qualidade da água
- eliminação dos reservatórios
DESVANTAGENS DO SISTEMA
- descontinuidade do abastecimento
- variação de pressão
b) hidropneumático
Consiste essencialmente em um reservatório de aço, e uma estação de
bombeamento com compressor.
DISTRIBUIÇÃO MISTA
Parte da instalação é abastecida pela rede pública (filtros, torneiras, pias, lavanderias) e
a outra parte indiretamente, encontra-se descrita nos itens “a” e “b” do sistema indireto.
- Ramal predial
- Alimentador predial
- Reservatórios : inferior e superior
- Conjuntos elevatórios
- Canalizações de sucção e recalque
- Barriletes
- Colunas de distribuição
- Ramal de distribuição
- Sub-ramais
- Canalização de incêndio
- Extravasores
- Canalizações de limpeza
- Órgãos especiais
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Figura 03
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A NBR 5626/82 apresenta as seguintes tabelas, que nos permitem fazer uma estimativa
do consumo diário.
3 Serviço industrial
Fábrica (uso pessoal) Por operário 70 a 80
Fábrica com restaurante
Usinas de leite Por operário 100
Matadouros Por litro de leite 5
Por animal abatido de
grande porte 300
Por animal abatido de
pequeno porte 150
EXEMPLO 1
Solução
VAZÂO À VELOCIDADE
A velocidade máxima admitida pela NBR 5626/82 é de 3,0m/s, pois acima deste valor
provoca ruídos na instalação, além de contribuir para o golpe de ariete. A velocidade
também não deve ultrapassar o valor encontrado na expressão:
V = 14 √ D
Qmin = C √ ∑ P
Qmin = CD / 86400
Onde:
Qmin = vazão em litros /s
CD = consumo diário em litros / dia
86400 = número de segundos em 24 horas.
RESERVATÓRIOS
a) O Volume total (VT) a ser armazenado nos reservatórios inferiores e superiores, não
poderá ser inferior ao consumo diário (CD) e nem superior a três vezes o mesmo.
CD ≤ VT ≤ 3CD
b) O Volume útil à ser armazenado no reservatório superior (RS) deverá ser de 2/5 do VT.
c) O Volume útil à ser armazenado no reservatório inferior (RI) deverá ser de 3/5 do VT.
d) Se o volume total armazenado for maior que o consumo diário o excesso ficará no RI.
e) Deverá ser acrescido ao volume total, um volume de água para o combate à incêndio.
Esse volume é calculado em função de risco e da área construída, que no caso de
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RI = 1,5 CD
RS = CD + VI
EXEMPLO 2:
Solução:
Reservatório Superior:
------3,0-----
-----------5,7------------ 0,10 ------------5,7-----------
Reservatório Inferior:
S = A √h / 4850 T,
Onde:
A = Área em planta de um compartimento em m2
T = tempo de esvaziamento (≤ 2 hboras)
H = altura inicial de água em metros
S = secção do tubo de descarga em m2.
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DIMENSIONAMENTO DO EXTRAVASOR
Figura 04
1h 15%
x 100
VALORES USUAIS:
- prédios de apartamento e hotéis: três períodos de 1 hora e 30 minutos cada
- prédios de escritórios: dois períodos de 2 horas cada
- hospitais; três períodos de 2 horas cada.
OBSERVAÇÃO: em prédios de apartamento, se o RS = CD, se faz a bomba atuar, toda
vez que nível do reservatório, atingir a 2/3 do volume do mesmo.
Onde:
Drec = diâmetro de recalque em metro
Qrec = vazão de recalque em m3 / s
H = número de horas de funcionamento da bomba no período de 24 horas
X = h / 24 horas.
OBSERVAÇÃO:
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e) ESCOLHA DA BOMBA
A potência da bomba é calculada pela seguinte expressão:
Onde:
Pot = Potência em CV
POTÊNCIA INSTALADA
Quando não se tem os catálogos dos fabricantes de bombas, pode-se estimar seu
rendimento em função de vazão:
P m = P b / Nm
Onde:
Pm = potência do motor --------- cu
Pb = potência da bomba ------- cu
Nm = rendimento motor ----------- %
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Pb ½ ¾ 1 1 1/2 2 3 5 10 20 30 50
Nm 64 67 72 73 75 77 81 84 86 87 88
Exemplo:
FIGURA 05
FIGURA 06 Q (m3 / h)
Gráfico de quadrículas
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OBS: n representa o número de rotações por minuto da bomba, e o par de números internos às
quadrículas representam respectivamente o diâmetro nominal da boca de recalque (mm) e a
família de diâmetros do rotor (mm).
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DIÂMETROS
Peças de utilização Nominal (mm) Referência
Aquecedor de baixa pressão 15 ½
Aquecedor de alta pressão 20 ¾
Bacia sanitária com caixa de descarga 20 ¾
Bacia sanitária com válvula de descarga
De DN 20mm (3/4) 32 1¼
Bacia sanitária com válvula de descarga
De DN 25mm (1) 32 1¼
Bacia sanitária com válvula de descarga
De DN 32mm (1 ¼) 40 1½
Bacia sanitária com válvula de descarga
De DN 38mm (1 ½) 40 1½
Banheira 15 ½
Bebedouro 15 ½
Bidê 15 ½
Chuveiro 15 ½
Filtro de pressão 15 ½
Lavatório 15 ½
Máquina de lavar pratos 20 ¾
Máquina de lavar roupas 20 ¾
Mictório de descarga contínuo por metro ou
aparelho 15 ½
Mictório auto-aspirante 25 1
Pia de cozinha 15 ½
Pia de despejo 20 ¾
Tanque de lavar roupas 20 ¾
15 1/2 1
20 3/4 2,9
25 1 6,2
32 1¼ 10,9
40 1½ 17,4
50 2 37,8
60 2½ 65,5
75 3 110,5
100 4 189,0
150 6 524,0
200 8 1.200,0
FIGURA 08
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Q = C √ ∑P
Onde:
Q = vazão em 1/s
P = peso correspondente a utilização normal dos aparelhos (tabela 7 )
admensional
C = coeficiente de descarga 0,30 1/s.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
Observação: Com relação às válvulas de descargas, existem tipos para funcionar com
uma só bitola de sub-ramal de alimentação e que podem ser reguladas para pressões
dsde 1,40 até 40,0m.
1 ou AF-1 BC 40 80 2,68 40 1½ 2,5 3,15 0,90 4,05 22,52 0,2 2,0 25,3
A perda de carga unitária nos barriletes, não poderá ser superior a 8%.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ANEXO: