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‘mam por mulheres aquelas que Ths agradam, sejam ela
sua mi, sua irmd, 9 sua amiga, entte as quis cee nto.
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‘6 ‘nossos padres que freqiientaram os Selvagens consider
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“At Viva oe Hiurons que sem lei sem prises €
sem tortura passam a vide na dogura, na tranailidade,
{ gozam de una feliidade desconhecida dos franceses”
isa admiragdo no € compartthada apenas pels, nave-
adores etupefaton" © selvagem ingress progressivamente
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‘na filosotia — of ponsadoret das umes!" —, mas tam:
‘bém nos sles literrios © nos teatospavsienses. Een 1721
montado um espeticulo intitulado O Arlequim Selvagem
(0 pertonagem de um Huron trazido para Paris declama no
paleo:
“Vodts so loueos, pois procuram com muito em-
peaho ua infinidade de coias ites; yoeés sf0 po-
bres, pois limita seus bens so diahero, em ver de
implesmente gozar da cragio, como nés, que no que
remos nada a fim de destrutar mais livremeate de tudo".
1 Gpoca em que todos querem ver of Indes Galante
‘que Rameau acabow de escrever, a época em que se exibem
hes feirs verdadeiros selvagens. Manlfestagdes ess que
onsttuem uma yerdadeira acusagdo contra « civilizasso.
Depois o fascnio pelos fndioe srk substituldo progessiva-
mente, pati do fim do séeulo XVI, pelo charme e prazer
idiico que provoea o encanto das paisagens e dos habitants
dos mates do sul, dos arquipélagos polingsis, em especial
Sem, asilas Marguiss, a ilha de Piseos, ¢ scbretudo 0
‘alt. Agui est, por exemplo, o que esereve Bougainville
em su Viagem ao Redor do Mundo (seed. 1980
"ejadia ou noite, a cass eno abertas. Cada um
‘othe as fratas na primeira &vore que encoatra, ov na
aca onde entra... Aqui um dove écio € comparihado
pelas mulheres, ¢ © empenho em agredar & sun msis
Dreviova ocupagio, .. Quase todas aquelas ninfas ste
fram nuts... At malberes pareciam nio querer aqulo
que las mais deejavam. .- Tudo lembra a cada ine
ante as doguras do amor, tudo incita 20 abandon
smilie re: at not rs nun, pa
SEES ASSIST pe wt Se ae gr eine,
(Gums poree eames Bo de to dl oan‘Tovos of dscursos que acebamos de citar, ¢ especial:
mente os que exaltam a dogura das sociedades “selvagens”,
© carelatvamentefustigam tudo que pertence ao Ocidente
finda S80 atuis. Se Zo o fossem, nio nos seria diet
‘mente aessivels,ndo nos tocarim mals nads. Ora, é peci-
‘Semente a ese Intaginrio da viagem, a ese desjo de fozer
xistr con um “ethures” uma sosiedade de prazer © do si
‘dade, em sum, uma humanidade convivial cue virtdes
Se estendam & magnificénia da fauna e da flora (Chateau:
briand, Seglen, Conead, Melville..., que @etnologia deve
grande parte dz seu suezsso com 0 publico,
(© tema desses povos que podem eventuslmente nos
cnsinar ¢ viver e dar a0 Ocigente mortfere lige de gran:
ders, como acabamos de ver, nso € novidade. Mas grande
plrte do publico ext infinitamente mais disponivel agora do
‘que ants pars se deiuar persuadir que as socedades cons
trongedoras da abstraio, do eileuloe da inpessalidade das
telagées humanas, opéem-e sociedades de solidariedade co-
‘mnitiria,sbigndas na suntuosidade de ums natureza ge-
eros. A decepsdo liga cos “benficios” do progress (nos
‘qusis muitos entre nésacreditam cada ver mence) bem como
4 solidfo ¢ 0 anonimato do nosso ambiente de vida, fem
om que parte de nossoe sonhos 36 aspirem a se projet
nesses paraiso (perdido) dos trices ou dos mares do Sul
‘que o Ocidente teria substituide pelo inferno da sociedade
teenelégica
Mas convém, a meu ver, it mais longs. © etnélogo,
como @ militar, €recutado no civil. Ele compartlha com
fos que pertencem a mesma cultura que a sua, a mesmas
natsagses,angisis,desejos, Se essa busca do Ohimo dos
Moicuncs, ess stnaogia do selvagem do tipo “vento. dos
‘oqueiros” (que & na realidade uma etnologisselvagem) con
tru para a populardade de nosa dtcplins, ola est pre-
ente nas motivagbes dos prépros etndioges. Malinowski
tert a franqueza de esrovere ser muito citicedo por sso:
"Um dot refigios fora dessa pristo mectnica da
ultra ¢ 0 estudo das formas primitives da vide hur
[quae do globo. A antrepolgia, para mim, pelo menos,
era uma Taga rom
‘niformizad?
tien para Tonge de nesa cultura
_ Ora, esa “nostalgia do ncaltco”, de que fala Alfred
Méiraux e que esteve na origem de sua prépria vocaggo de
‘xno, €encontrade em muitos autores, especialmente nas
escrigses de populagies preservadas do’ conato eorruptor
‘com 0 mundo moderno, vivendo na harmonia e na transpo-
‘cia. O qualificatve qu fez sucesso para designaro estado
dessa sociedades, que slo caracterizades pela riqueza das
‘eocassimbelias, fl certamente o de “auténtco” (opesto &
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posto por Sépir em 1925, ¢ que € erroneamente stribuido
2 LeiStrauss ve
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Amagem gu. iden se da sherdds (cone tity
lasivariente deaf meme ale pated, porno, de os
(5s ple de om vexdadein movin pendula. Pen] Xp
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iemadamente qut-0-sevagem:
‘era um monsto, um “animal com figura humana”
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| 2a | sae tambéin que os monstor eramos nds, sendo que ele
YE [imeltged'humanidade a noe dar,
‘¢ levava uma existnciainfslic © miserdvel, ou, pelo]
conto, vivian eto de beste, adgutndo sem]
tsforgs e prodvormarsihons da naturezs,enguanto qe)
(@, NVe" elses, pox on ver, obigedo a amir a dar
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Kt erm tablhadr © corsjo, ou exenciimete pe
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2 Motattam terme Favor do ebrenatual 20 in-h
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@ "adam snarguista sempre pronto a mussecrar seus! (0
) senetates ovum comnts desiio 4 tdo compartir hg.
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2 ¥ | congenita quando era lepiimo temer, ou devia sor consde-
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XX. Nio basta viaje surpreanderse com o que se v8 paral
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campo", como ee dz hoje). Porem, numerooe, viajne W
"esta epoca colocam problemas (o que mio significa uma L'
'y problemdlca) aos quais sexs necestariamente confontsdo
‘qualquer antropélog. Eles abrem o eaminho dagilo que
laboriosamente ir se toaar a etmoloia. Jean de Lary, entry
‘os indigenas brasil, pergunta-se:€ preciso rejltéls fora
) QV {da humanidede? Consdertlos como virtualidades de eri-|
08? Ov quistionar a visio que temos da prépria humani-
lade, ito 6, reconhecer que a cultura € plural? Através de
tas contradigses (eoslagSo permanente entre a conver-
{Ho e o clbar, or objetvor toolésloos © o: que poderamos
haznar de etnogréfices 0 ponta de Vista normatvo eo panto
Mas ae quests (e pare © que nos interessa aqui, mas espe-
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Fe eae ee ye ;
Cificamente «dma extio'no entanto implictamente eal
‘ preccupa € menos « humunidede dos adios do que a imu-
‘adas. Montigne (hoje As vezes eriticado), mesmo seo que),
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toinidade dos earopew, seguindo nisso Léry que tansporta
para 0 “Novo. Mundo” os confitos dp antigo, comesa a
Introd
testemunka 0 desmoronamento_possvel deste_pensameao,
A @ condense
algons apenas de sue expritos os menos ortodoros, a partir
‘de obwervapio dreta de um objeto distante (Ley) e da 1e-
HHealo a distincin sobre este objeto (Montaigne), permite
‘1 consttuigdo progesiva, ndo de um saber anropolico,
‘vito mence de uma eidacia antopoloyice, mas sim de um
saber pré-antropoligico.
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por W
vids no edficio do pensamentoearope Elegy
Sv eli do peste eon fy‘Abra de Roger Basie aparece ao mesme tempo mut
prérima « muito diferente de anterior. Muto diferente em
Primero lugar, poraue « sbordagem desse autor increvese
‘laramente como vimos acima, no horizonte da antropologa
‘ulturel, Mas Bastde, tanto quanto Balandie, procure inluir
or cifeentes protagonistes sociais no campo de seu objeto
dd extudo. Ademais, umbém insste, de um lado, sobre as
Imudenges socials ligedae & dinimice prépia de uma deer-
fninade cultura: de outro, sobre a interpenetrasio das civ
Tzagbes, que provoca um movimento de tansformagéesinin-
‘erruptes.
‘Todas estas pesquisa, msis uma ver frequentemente
muito diferentes uma das outre, increvemse plenamente
fo proto mesmo da antropologia, qve ¢ dar conta das va+
Fiagies, ft é, notadamente das medancas. Uma de suas
Insiore contibuigdee ¢ de ter purtiipado de forma consi
‘Grivel do deslocamento das preocupassestradcionals dos
tenlogce,¢ de ter aberto novos lugares de investigagio: a
tidade em especial, ugur privilepiado de observayd0 dos
onilitos, das fenaGeesocinis das reetraturages em anda
Inenio (e. quanto a i80,além dos teabalhos de Balandier
iados acims, Oscar Lewis (1963), Paul Mercier (1954),
Jean-Marie Gibbal (1978).
‘Corcltivamente, esa antropologn da modernidade (s
szundo s expressio de Balandier, que instaura wma ruptura
om a tendéncia intelectualiste da etnologia francesa, leva
© pesquissdor a Interessarse diretamente pela sun props
foiedade, Finalmente, enfatizando a realidad confival das
situagdes de-dependéacia econdmica, tcnoligca, mila,
Tngutsice..., ela nfo opera apenas uma transformaggo do
objeto de estado, mas inicia uma verdadeira mutagSo ds
priticn da pesguis.
Dito iso, se ess entropologi reorient “compli
‘¢ “problematiza” a entropologia cic, seria n0 entanio
Irisvio pensar que a abel.
TERCEIRA PARTE
A ESPECIFICIDADE
DA PRATICA ANTROPOLOGICA1. UMA RUPTURA METODOLOGICA:
dade dada & experigncia pessoal do “campo é
Pgh tage nso de nue odo es uf
sar considers hoje emo Inontmérel, qualquer ques qt Ww
iP jam por eur Indo su ops tees, prov de ume
if fe nel cs Op
strato eapeclatve, Io 6, que no ears baseado na ft |
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4p Sma lao man.
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H.UPAl curio examnando a samambila ou do zoflogo observa
do 0 ctustéceo; $6 se pode fax8-lo comunicando-se com eles: in
ee vain aise)
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eg are relocate te em ae 1° 00,
y ‘(estou pensando particularmente em paces ty i
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( ‘nfo consste apenas em coletar, através de um método a(t
{iN} ‘catrtamente indutivo, uma grande quantdade de informa-W
yh [e ‘mat em impregnarse dos temas obvessionais de uma
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yan:
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Mociedadé, de sevs iden, de suas angistias. O etndgrafo ¢
jp de viver tale mesmo a tendéncia
guele que deve ser
| Sede tem preseupapies religioss, cle préprio deve scary
Yo! com seus héspedes. Para poder compresnder_o_candonbie
AU Sees eee |
1
pea cree Hoger Bs
weave uma comprcenso ineralégicae, mas ainda, ané- xl
ope onganitagtes vegeta, ips viv"
4 asin. etapa ane 2
Pc ia, consisting es ina verdaceivaceiraedo Fiver]
"Hg, ngs Ge ompiender ‘uma sociedade apenas|
Pat cetera “eens Dei, de | ty
Sins que © pprion inion at
v i Eamportaments, Quanto a 0, €sgnificavo Wt
AC Re, ue em sus Heda Inara no Coldge de France, 0 ator e
WAY, da Aniropotogia Estrutural comece sua exparigso por uma
“Remenagen’” a “pensrnento supersicino proce que,» (PS
Serio, obervador deve fear com a Sima pe
Sy es prcmidor 9 indleae”. © ermine
4 er ee
Frat de quem se considera um “aluno
t Essa apreensio da sosiedade tl como € pereebida de
emo pelos atores socials com os uals manfenho uma re-
Tapio direte (apreensio esta, que nio € de forma algums
cclusiva da evidenclaglo daquilo que Thesescapa, mas que,
pelo contri, abre 0 crminho para essn etapa ulterior da
Pesquse), € que dstingue estencialmente & pritica etnol6-
tice — petica do campo — de do historiador ou do soci
logo. O tistariador, de fato, se procura, como 0 eindogo
dar conta o mais clentificamente possivel da alteridade &
(qual € confrontado, nunea ena em contato dreto com os
omens e mulheres dat sociedades que estuda. Recolhe ©
Snalise os festemunhos, Nunes escontra testemunhas vives,
Gant & prtien de sociolopi, plo menos em suas princi-
pats tendéncias clissios, vivian carctristicas a disinguem
if
Prnipal da cultre que extda. Se, por exemplo, a soc: fl)
ide] (1978), screscentando: “Eu Ql
A
ds pritca etnolipca consiéerada sob 0 Angulo que detém
‘aul nots atenso,
1 Comporta am distenclamento em rela
to, ¢ ago fro, ¢ “desencarnado”, como diz Levi
respeito do pensamento durkheimiano
2) Diane de qualqser problema que the sea apresen
ado, parece sr capaz de encontrar uma explicagio ¢ for
tecersolgées, Objetar ae que pode, € claro, sero cas do
‘indogo. Com a diferenga, porém, de que exe se esfors,
por rarer metodogias (e evidentemente afetivas), em
folarse 0 mais perio possvel do que € vivido por homens
ff ‘de came e oso, atricandose a perder em algum momento
Su idemidade'e a nfo volar totalmente leo des expe
inca
5} etnlogo evi, nfo apenas por iemgeremente mat Yl"?
também em eomegitnela da especfcidade do modo de co- 4!
‘ecimenio que percep, vita progamacto esta de sit}
pesquisa bem como a wilizagio de proocoos rigdos, de
fue a seciologia clissea pesou poder trr tants Benticis v ie
Sreiticos. A busca etnogrtica, pelo conti, tem algo def
Greene, As tenaivs bordhdes, os eros eomeidos no cane gh
fs eastitn nemoses qo 0 png dt lea
Zonta Come também o enconto que surge feqientemente
Com o imprevio, 0 evento que ccore quando nfo esp
cf ‘nos enganemos, porém, quanto as virtudes do cam-
19 po. ou mn rm ero deer Skanes ea
SAW ates opt i at possum i ru ee
Wig", nalista, um grande nimero de temporadas ‘passadas em con
ee sere pia eine woe
Ny logo. Trstese prem de
Ay |conigos acess. Pal «pecaantopaGes «6 pode
\ [cedar com una decoberaetogeica, io 6, com wma
experi “ima parte de aventura pessoal2. UMA INVERSAO TEMATICA:
© estudo do infinitamente pequeno e do cotidiano
A histria, a socilogia cléssicn dio uma priordade
‘quase sstemitica & sociedade global, een como Ax formas
de atvidades insttuidas. Assim, por exemplo, quando ext:
dam as asocasées voluntieas, privleginm nitidamente as
arondes, suscetiveis de influenciar diretamente « (grande)
politica: of partidos, 0s sindieatoe... em dettimento das
ssociagbes de menor importincia numérica, como a a80-
iagbes regis, sobretudo as formas menos orgenizadas
de socaidade. Nessas condigbes, a vida cotidians dos ho-
riens tomas uma espécle de reso irsiio, ano set em
se tratando (pura © historiador) da vide dos “grandes ho-
mens”. Os fendmenossoisis nfo escitos, nfo formalizados,
io insiucionaiaados (ito é, na realidede, « maior parte
de nosse existécia) sio entio rejeliados para o regio
Inconsistente do. “oltre”
[A abordagem emoligica consste preceemente em dar
lua atengio toda especial a estes materia residuais que
foram durante muito tempo considerados como indignos de
UiN}v0 que chamare de infinitamente pequeno e cotiiano
Mt
h petpectiv
"
ima atividade to nobre quanto 8 atvidade cient
‘ua abordagem claramente micosseciolégies, que privilege
essa vez 0 que € aparentemente secundétio em nosos comm
Portamentos sciis. Dsso results om desocamento radi!
5, ds centros de interese wadiconais das cincie sci, a
‘outrngs, a construgesinteletuns, ax produsies do pensa
‘mento erudito (ilosic, teolgico, centifico. -) so, nesen
consideradss menos como iuminadoras do. que
come devendo sr iluminadss. Assim, a atengao do pesquise-
dor passa ineressarse para as condutas mais habitat
Vem aparéncia, mais tes: os gests, a expresses corporis,
0s hdbitosalimentares, « higene, a percepgzo doe rldos da
oy cidade e dor ruidor dor campos
Embors 0 objeto empitco da etnologia lo se confunda
com 0 campo aberto pela colonizagio, at preocupastes dos
stndlogos me parecem indeesivelmente ligadas = um certo
rnimero de eitres, que permitem define as socedades nas
qutis nossa discipina nasce: gropos de pequena dimensio,
nos quas a relagées (exclusiva ou estencalmente orais) #80
persnalizadss a0 extreme, O problema que se vé aqui color
‘ado € evidentenente 0 seguinte: como faré 0 etndlogo
‘quando se ver confrontado a rocedades glgantescts, nas
4quais a comanicasso aparece como cada vez mals anéaima?
Respost: ele val em primeiro lugar procrar, dentro dessus
Sociedsdes, se ndo encontee objetor emplricon capazes de
lembrar he os bons tempos da etnologia cléssce. E, € um
fato, vokarse-é em priveiro lugar pare a comunidade cam
ones (¢ ndo pare a cidade industria), para 2 familia ta
Aicional fe no para a familia desmembrada), para as pe
te os ‘ra i a ea este
‘owes de scienes humus sm sor beer» ma asivs em rare faye thot sewer naan WN Wy.
% uenas confrarias religiosas (¢ no para as grandes orgeni-{\t, ) “Pestudadas), © sim uma sbordagem, um enfoque particular, X9 |
wv Fr ne wnt iP rman oe ates ra
+ enizadas (¢ no para a burguesia decadente), Em sums, seus \J ort
ni mae pase ered denne) (P
mse Je foo seBo on aren soci que esta Ng” «(ora
t (ono vero de ocdade gal do ebro. oa eet © que me parece importante sublitar,finaimens, &
-\feteamor de marin camponse bree, feos conse see dine a
Lote a
, Emrgaeces erancman age EME eee Sane dese aean we
x i
sees Gets 8 de dite, deffo enoogo fde ydeignandie mover treo de Tverignglo« convene
‘Siuar ss formay de comporamento © ovine mas x ¢ doo de que aio deve haves, 9a price cei, objet)
‘Choentrades em relasio & ideologin dominante da sociedae U4) tab. Asim, wdc ds fees nfo ender ma
ital ell Pore, of dedi aman | © ctisinisme “a0 nivel dae doutinas€ dos doutores,e sim
ete cdr de smolopi Ess dfrengs ate os nos {amt enna, como eee Jean Deumeas. A Aaa
ide vida e de pensamento s8o tio localiziveis nas nossas socie- arquitetura comega & perceber que 0 estudo dos ‘monumentos|
fds (contd de maliplo subgrups exrersmente "eat" forme apenas uma pat Stn € bit
seestado ones qu vis ites eo om ene tei tlo ee "recent da caltora materia ue
Tene) quanto nas socledadesquaificadas de “radicionsis". {bo cas, © hilt popular, Um derecamestoabsoate| A
Te 0 cnalogo”, como exereve Lévi-Strauss (1958), "ite tmete andiogo pode ser encontrado em qualqser drs: a! yl
A) resase sobretudo por aquilo que ado & escrito” (e também, ‘erqueologia, por exemplo, esté passando do estado dos pe
[OES leno per aq gue nao &fomalzado ens iid tempor tum imperis para 0 conjnt do mil y
Satna) "ads tno prgue pros qe etude 80 ‘abiene paul’ nce o mals fa edo ene | YP
Jt insect err mat germ ul ae ie ‘prety Ge oma cate qu te prota compeenr Ns. QP y
Nghe dit rt foes moe Ste mini dette pea
ys em fine na peda © no pape Mas ¢sbretdo mht, 20 meu ve, qu asitinos| a
‘qe __ Conv, ptt, dear de clost 0 obema dae ‘a um deslocamento radical do campo da curiosidade. Trata: U
eg dn aclogis¢ da tol ehe 9 ass emt 0 td pace pra o pvado, do Estado pte 0 pen
eS grandes Inds eden “wocedades i ‘Sco, dn “Bands homens pare cs stores aénimon © don (07
WPAO. Ee “ocomeincsindose or Ido “eadiciorai eet rane eventon paras vida cold. Sob sinflecie db
dentro das primeiras), pois @ einologia nao tem objeto que ‘escola dos Annales, a histéria contempordines, pelo menos nt ir Av
ous ms. historia aniropowg Ae
QAP seater “priv on "raicna” das soctdades emails © series a
yy * The sel proprio (e que poderin ser the ipso facto designadoantropslogo do que pare qualquer outro pesquisador em lof
Sines humane O antroptogo nao pode, de ato, se tra
| Sispeatan bo rm eto eta ow ale aa
{cconémica, demografica, juridica, .) sem correo risco de {yy
abolir o que ¢ a base da propria especificidade de sua pré-)
en. At clgncis polices se 80 por objet de investgato!
rato anpeco do rel as instr qu Tee 8 ree
tm oto 0 sitenas
ts cignciae pricogicas, os procestos cognitivos af
science religoss, os sstomas de crenga... Mas todos
tics so para oantopélogofentmenos paris, ito 6 sbstes
Goer em relagko no enfoque nfo parelar que orienta sue
Sbordagem, © pareelamento disciplinar comport de
fo horiznte clentifee contempordneo, um risco estes
de um desmantelamento do homer em produtor,consi-
Inidor, edad, parents... Assim, por extmplo, a pesquis
3, UMA EXIGENCIA:
Ms estudo da totalidade
wo
wie :
Hue se esforge em levar tudo em conta, isto é, de estar atenta Q) 7 focioligica est cade ver mais especializads: etuds fend-
nos pacar a dslinguenc cima, o diver
¥
e Nacho erty cy fee sees
meri lee heer eae ‘Sin. pge te
ie Pt e ronQhNM. Set cee ee
iy! oF i
oh
Jt
ado, 0 menor fenfmeno deve ser apreendido na zultiplic
dede de sons dimenses (todo comportamento humano tem ria antroplogia,& cato, 6 freqientemente leva
icipar dase proceso que pode causar um verd
tum aspecto econimico, politico, psicldpico, social, cultu:
Imutilagéo 49 ser humano, de que se procurs, em wm
ral... De outo, 6 adguiresignificagi antropligica sendo
v
‘yr
yy
felacionado 8 sociedtde como un todo na qual se inscreve
fe dentro da. qusl constitui um sistema complexo, Com
tsereve Mauss (1960), “o homem & indvisiel” “o estudo
do concrete” € “o extdo do completa”
4 rarto pela qual toda abordagem que consistr em
‘solar experimentalmente objetos nfo cabe no modo de co
hecimento proprio da antropoogia, pois o que esa petende
YESS ee i te Se
y
e
‘a rede densa dns interagdes Que estas constitem com &
Hotaldade rei em movimento.
‘A especilizaco cienifica & mais problemitice pa
segundo tempo (a pluriisciplinaridade), eosturar de novo
oe retlhos recertados, Mas permanece, a meu ver, dentro do
spovo da cultura clentfica (e no da elt
Como pode ser a cultura fosica ou Hiteréia), um lugar
prvilegiado a partir do qual sinda se pode perceber que
{oda prétca hiperespetalizada, através da fragmento €
fd desmembramento que impse 20 real, acaba destuindo ©
Drip objeto que prtendiaestodar.
Pessolmente, a antopologia me parece ser 0 antidoto
‘fo filositce de uma concepezo tayloriana da. psa
Consste em: 1) cumpit sempre a mesma tarts, ser ©insta de uma Gnica ea: 2) tenar, de uma sancira prog
ada modifiear, ou até transformar os fenbmencs que se
rds Qiaratna das cféncias humanas contempordness ¢ @
Hae, eure wma attade extremamente reflexive (a dx fil
(efi ds moral) mas que core o isco de air n0 vazo
de 2 face positviade de seus objetos de investignto, ©
saat? Jenificilade extremamente postiva, mas povco refle-
ive, por cslat brseada no pacelamento de teritérioe
TOtremos 2 tis, sobre uma forma de objetividade que as
Fropias citnias eater descertararn hi muito txpo"
‘ss proocupagio que tem « antropologin de dar cont,
'\) a pane de um fendmeno conereto singular, do multdimen