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NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 14653-7 Primera ecigao 26.02.2009 Valida a partirde ‘26.03.2009 Avaliagao de bens Parte 7: Bens de patriménios histéricos e artisticos Assets appraisal Part 7: Assets that embody historic and artistic heritage Palavras-chave: Avaliacao. Palriménio histérico, Dascriptors: Appraisal. Historic property. Ics 03,060.99 ISBN 978-85-07-01301-5 assocucho Numero de referéncia Nt BeAsieieA ABNT NBR 14653-7:2008 TECNICAS ‘2 papoes © ABNT 2009 © ABNT 2009 “Todes os direitos reservados, A menos que especificade de outre modo, nenhuma parta desta publicapae pode ser reproduzida, ou uilizada por qualquer meio, elaiénico ou macsico,ineluindo fotoodpia 6 micrafime, sem permissa0 por escrito da ABNT. ABNT ‘Av-Treze de Maio, 13-28 andar 120031-901 - Rio de Janeiro - RJ Tok: + 55.21 3974-2348 Fax. + 55 21 2220-1762 abnt@abnt.org br ‘worw.abnt.org br ii {@ ABN 2000 - Todoa 08 delioa reervadoe ABNT NBR 14653-7:2009 Referéncias normativas Termos e dofinicées. Simbolos ¢ termos abreviados Atividades basicas. Procedimentos metodolégicos faliagbes de iméveis dos pal Goneralidades nas avallagées dos bens integrados.. Escolha da metodologia Campos de aplicaga, Outros métodos para identificar o valor dos Método de pregas hedénicos. Método do custo de viagem .. Método da valoracao contingente Método do ot Especificagao das avaliagbes . (© ABNT 72008 - Tasos 0s deitos eserves i ABNT NBR 14653-7:2009 Prefas ‘A Assoclagéo Brasilaira de Normas Técnicas (ABNT) & 0 Foco Nacional de Normaiizacao. As Normas Brasitciras, cujo coniedde € de responsabilidade dos Comiés Brasileiros (ABNTICB), des Organismos de Normalizagac Setorial (ABNT/ONS} € das Comissdas de Estudo Expeciais (ABNT/CEE), 880 elaboradas por Comissdes de Estudo (CE), formadas por representantas dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores @ neutros (universidace, laboratério e outros). (Os Documentos Técnicas ABNT so elaborados conforme as regras das Dirstivas ABNT, Parte 2, A Asscciagao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenc&o para a possibiidade de que aiguns dos elementos deste documento podem ser objeto de diraito de patente, A ABNT nao deve ser considerada responsavel pela identificacao de quaisquer direitos de patentes, A ABNT NBR 14863-7 {oi elaborada no Comité Brasileiro de Consttugao Civil (ABNT/CB-02), pole Comissa0 do Estudo de Engenharia de Avaliacbes @ Perlcias (CE-02.134.02), O seu 1° Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n? 12, de 31.11.2007 9 28.01.2008, com o numero de Projeto 02.134.02-001/7. 0 sou 2° Projete circuiou em Consulta Nacional conforme Edital n? 10, de 08.10.2008 a 06.11.2008, com o némero de 2 Projeto 02.134 02-001/7. AABNT NBR 14683, sob o titulo geral “Avaliagdo de bens", lem previsde de conter as seguintes partes: — Parte 1: Procedimentos gerais; — Parte 2: Iméveis urbanos; — Parte 9: Imoveis rurais; — Parte 4: Empreendimentos; — Parte 5: Maquinas, equipamentos, instalagdes e bens industrials em gerai: — Parte 6: Recursos naturais e ambientais: — Parte 7: Patriménias histaricos. © Escopo desta Norma Brasileira em inglés ¢ 0 seguinto: Scope This part of ABNT NBR 14659 establishes guidelines for the valuation of assets that embody historic and artistic heritage on the following aspects: a) classification of ts nature: 2) institution of terminology, definitions, symbols and abbreviations; ©) description ofthe basic activities; 4} definition of the basic methodology: @) specification ofthe valuations; 1) basic requirements of technical reporis of valuation. v {© ABNT 2008 - Tados os drelos oxervados ABNT NBR 14653-7:2009 Introdugao, Esta parte da ABNT NBR 14853 visa complementar os conceitos, métados e procedimentos gerais para os servigas técnicos de avaliagdio da bens do palriménio histérico e arlisico. Esta parte da ABNT NBR 14653 visa detalhar os procedimentos gerals da noma de avaliago de bens ~ ABNT NBR 14653-1:2001 ~ no que diz respeito & avaliagao de bens do patriménic histérico e artistico. {© ABNT 2009 - Todos os artes reservados SSS NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 14653.7:2009 oo Avaliagado de bens Parte 7: Bens de patriménios historicos e artisticos 1 Escopo Esta parte da ABNT NBR 14653 fixe as diretrizes para a avallacdo de imdveis do pattiménio histérico e artistico € ‘evantuais bens a eles integrados, no que diz respeite a’ a} ciassificagao da sua natureza; b) _instituigao de terminologia, definigées, simbolos @ abroviaturas; ©) descriglo das atividades bésicas; d)definigdo da metodoiogia basica: 2) especificacac dos lauds 1) requisitos basicos dos laudos e pareceras técnicos, 2 Referéncias normativas ‘Os documentos relacionados 8 sequir 80 indispensavels 4 aplicagdo deste documento. Para referéncias datadas, aplicam-se somente as edigdes ciladas. Para referencias nao datadas, aplicam-se as edigdes mais recentes do referido documento (incluindo emendas). Constituig&o da Repablica Federativa de Brasil, 1988 Lel n® 8.078, de 11 de selembro de 1980, Cédigo de Defosa do Consumidor Decreto Legislative n° 74, de 30 de junno de 1977, “Aprova o foxio da Convengao relativa & Protegdo do Patriménic Mundial, Cultural e Natural” Decreto-Lei n° 25, de 30 de novembro de 1937; “Organize a protegdo do Patrimonio Histonco @ Artistico Nacional, estabelece 0 processo de tombamento 9 sangdes administrativas” Decreto n° 80.978, de 12 de dezembro do 1977, “Pramuiga # Convengao rolativa @ Protecdo do Patriménio ‘Mundial, Cultural @ Natural, de 1972" Decreto n° 81.621, da 3 de maio de 1978, “Aprova 0 Quadro Geral de Unidades de Medida” SECRETARIA DO PATRIMONIO HISTORICO E ARTISTICO NACIONAL - MINISTERIO DA CULTURA. Portarie # 10, de 10 da sotembro de 1985. "Delermina os Procadimentos a serem abservados nas Processos de Aprovaco de Projotos a sorem execulades em Bens Tombados pelo SPHAN ou nas Areas de seus Respsctivos Entomos” ABNT NBR 14653-1:2001, Avatiagdo de bens — Parte 1: Proceoimentos gerais ABNT NBR 14653-2:2004, Avaliagao de bens ~ Parts 2: Imovels urbanos (© ABNT 2009 - Todos 0s desics reservados 1 2008 10 206305 mpraseo: 01/12; 3 i g ABNT NBR 14653~ ABNT NBR 14653-3:2004, Avallagdo de bens ~ Parte 3: tmaveis rureis ABNT NBR 14653-4:2002, Avaliagao da bons ~ Parts 4: Empreandimentas ARNT NBR 14059-5:2006, Avaliagdo de bens ~ Parte 5: Méquinas, oquipamentos, instatagoes o bens industrials em goral ABNT NBR 14853-6:2008, Avallagdo de bens ~ Parte 6: Recursos naturais @ amibientais 3. Termos e definigdes Para os efeitos desta parte da ABNT NBR 14653, aplicam-se os termos e definigbes da ABNT NBR 14653-1:2001 eas seguintes. 34 ‘bem do patriménio historico e antistico bem, méve! ou imével, tomado individualmente ou em conjunto, portador de referéncia A identidade, 4 ado, & memoria dos ciferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais s¢ incluem: bras, objelos, documentos, edificagées, demais esoagos destinados 8 manifestagdes ariistico-culturals @ es conjuntos urbanos 8 sitios de valor hisiGrico, paisagistico, artistic, arqueaiégico, paleontoligico € cientifico, cuja conservagao sela do interesse publica, quer por sua vinculagZo a fatos memordveis da histéria, quer por sua notéria expressao artista ou arquteténica, quer por sua antiguidade, quor por sua importancia arqueclégica, antropologica ou ientitice 32 bem do patriménio mundial bem cultural cu natural, inclusive imével, assim declarado por dacumento emitido pela UNESCO 33 bom integrado esculturas, pinturas, painéis, revestimentos artisticos e decorativos, qua foram concebidos precipuamente para complementarem a concepgao arquitetonica ou 0 uso do imdvel tombado 34 imével adaptado imével adequado @ uma nova destinagdo, som @ comprometimento de sua significagao culture! 35 imével de entorno imavel, inclusive terreno, que so encontra na érea de vizinnanga de bens tombados, cujos projatos de construséo ‘ou de reforma devem estar em harmonia com os bens tompados. Em algumas legislagdes losais & denominado “imdvel tutelado" 36 imével preservado imével mantido no estado da sua substancia com a desaceleragao do processo pelo qual ele se degrada a7 imével reconstruido imove} rastabelecido, com o maximo de exatidéo, ao estado anterior conhecldo, Distingue-se pela introdugao de ‘materiais diferentes, sejam novos ou antigos, ro slementa existent: 38 imével restaurado imével que pastou por processo de restabelecimento da sua substancia a um estado anterior conhecido 2 © ABNT 2009 - Todos os direitos reservados ABNT NBR 14653-7:2009 39 imével tombado nacionalmente imavel que, nos termes de Decreto-Lei n° 26 de 20 de novembro de 1997, esteja inscrito, isoladamente ou dentro de um conjunta de construgdes assemelhadas, num dos Livros de Tombo constantes naquela lagislagao federal, a saber: Livro do Tombo Arqueakigice, Etnogratica ¢ Paisagistica, Livro do Tombs Histérica € Livro do Tombe das Bolas Artes, 340 imével tombado parcialmento imdvel que, embora tombado, aor determinagéo legal ou por deciséo administrativa possui apenas parte da sua estrulura, cobertura, fachadas e reveslimertas protegida pele lei, padend receber modificagées arcultetéricas em algumas Paries inlernas ou, ainda, actéscimos, sem ferir a legislagdo a ele pertinente, Em algumas legislagdes focais & denaminado "imével preservado" 3.41 imével tombado regionalmente imével que se encontra protegido par legislagao especifica estadval ou municipal 342 tombamento alo declaratério da incorporagio de um bem ao patrimdnio histérico e artistico nacional, estadual ou municipal 3.43 valor histérico-cultural valor de bens @ iméveis, tombades ou nao, que possuem importancia histérica ou cultural 344 valor artistico falor de bens e iméveis, tombados ou no, que possuem, pela sua concepgao estética @ masstia de execugao, importancia na historia da arquitetura e da arte 345 valor exceptional valor atribuide a conjunto de bens, tombados ou no, por sua notéria empalia emocional. Exemplos de bens com valor excepcional: conjunta de construgdes e entorio de Ouro Preta, Plano Piloto de Brasilia, maciya do Corcovado e Cristo Redentor 4 Simbolos e termos abreviados As notagdes adotadas devem ser devidamente explicitadas no laudo ou parecer técnico, indicando-se também suas respactivas unidades de medida, de acorde com o Decreto Federal 81.621, de 3 de maio de 1978, 5 Classificagao e designago Or bens do patriménio hist6rico e artistic abrangidos por esta Norma padem ser classificados como a seguir: 4) iméveia: a) segundo seu aspecto fisico — edilicagées (como tamplos, forlificacdes, palécios, casas de cSmara @ cadelas, rosidéncias fabricas); — monumentos (como aboliscos, arcs, esculluras, memoriais ¢ pinturas monumentais); ‘@ABNT 2009 - Todos os decios resensdoe a ABNT NBR 14653-7:2009 ——_ slemontos de infra-estrutura (como aquedutos, chafarizes © pontes); cemitérios e tumbas; —_ vestigios arquealégicos {come inscrigSes rupestres, cavemas habitadas pelo homem pré-nistérico), b) segundo sua conservagéo: c) segundo seu estado em relago 4 concepgde eriginal: ‘em ruina; parcialmente deteriorado; regular: ‘conservads. preservado; reslaurado; reconstruido; od adaptado; descaracterizado. 6) segunce 0 seu uso original: residencial (urvano ou rural); industrial; ‘comercial @ de servigos; institucional (gavernamental, reigioso, militar ¢ outros). 2) segundo a natureza do tombamento: im6vel isolado; agrupamenta de edificagies; conjunto arquiteténico, paisagistico ou urbanistico; 2) bens integrados: 8) segunda 0 tipo, entre outros: baixa relevo e alto retevo; coluna ¢ seus elementos © ABNT 2009 - Todo 08 dion ronarvados ABNT NBR 14653-7:2009 fronto, friso e corn escultura; escadaria e balaistre; mural de azulejos ou pinturas; parlatério, pillpito @ coro; retdbulo @ altar; vilral @ muxardbi. b) segundo 0 material de execugéo @ 0 acabamento; entre outros: caramica @ azulejo; madeira; pedra; 6leo sobre tela ou sobre madeira; afresco; vidro e cristal. ©) segundo a localizagée no contexto do iméveli ‘em espaga intermadirio (em pérticos, varandas, pélios, Atrios, galerias © escadarias externas, pilots, ‘entre outros); ‘ ‘externa (em fachadas, frontées, frontispicios, sacades, jardins, caminhos, telhados, beirais, entre outros); interna (em salas, tetos, naves contrais, transeptos, superficies © nichos de paredes internas, abdbadas entre outros). d) segundo a autoria: ) segundo sua preservagao andnima; atibuida; reconhecida, integridade: preservado; restaurado; descaracterizado, ‘© ABNT 2009 Todos 28 greios masrvades 5 6 Procedimentos de excel cia Conforme Seco 6 da ABNT NBR 14653-1:2001 7 Atividades basicas & recomendavel que os profissionals, a0 Serem contratados ou designados para fazer uma avaliagao dé bem do patriménio hist6rico e artistico, levem em consideragio © cardter transdisciplinar do trabalho, assessorando-se de especialisias nas diversas areas perlinentes. 7.1 As atividades basicas corespondem as seguintes etapas: a) _identiticagao do bem; b) conhecimento © raquisigdo da decumentagdo referente & propriedade © €9 exigéncias decorrentes: do lombamento; ©) _vistoria, exame ou inspego; d) caracterizagdo dos elementos histéricas @ artisticos que influenciam na formagao do valor, com énfase nos seguintes aspectos: — dofinigao das suas caracteristicas singulares: ‘+ esto, época e autoria (se reconhecida); ‘+ ratidade em termos geograficos e de quantidade; = impacto em termas de interesse; © marcos artistions, histéricos ¢ outturais, + localizagae + acessibilidade (quantidade e qualidade) + meios de transporte (frequéncia & custo): + nivel de urbanizagso (envolvente, préxima ou remota); = harmonia estética do entorno, = seguranga pdblica; = identificagae ¢e efeitos muliplicadores devidos & vizinhanga de outros bens dos patriménics historico e artistico ou bens destinados a fins recreatives, culturals & econdmicos. ‘+ matariais @ técnicas originals utilizados, sua qualidade fisico-quimica, comportamento mecanico, faciidade de preservacdo, subsliluigao ou reprodugao, conforme o caso especifico; estado de conservagan, preservacao e condigdes de uso: > integridade do bem: restauros executados ou adaptacbes ~ exame da influéncia no estado atual ¢ fuluro do bem e nas condigOes do ulllidade, manulangae ou renovagaa; descaracterizagao em termos estéticas e artisticos; 6 [© ABNT 2009 - Todos 08 teios reservados: ABNT NBR 14653-7:2009 '¢ funcionalidade adaptagéo a usos alternatives (rentaveis do ponto de vista econémico, social ou cullural), com considerarao dos afeitos em reiagao ao entomo do bem; + prasenca de elementos artisticos, fundamentados na qualidade de sua concepeao © execugao; + condigtes de comercializacaa. — caraclerizagao legal: legistagdo de tombamento, preservacao ou tulela, definigae de onus ou outros encargos, leis gerais de protegia (manutengao e transmissao da propriedade) ¢ isengdes fiscais. 8 Procedimentos metodalégicos 8.1 Generalidades n \éveis dos patriménios histérico e artistico avaliagdes de i 8.4.1 A ABNT NBR 14853-1 oxpoe om 8.2, 8.3 e 8.4 os métodes usuais para a identificacdo de veloros e custos dos bens, assim como para a Identificagao de indicadores de viabilidade de empreendimentos, 8.1.2 Osmétodos comparativo direto da dades de mercado, involutivo, evolutivo, de custo e de capitalizagao da renda pocem ser utilizados na avaliagao de bens dos patrimdnios historice e artistico. A sclecto do método @ da abordagem a serem empregados depende da disponibllidade de dedos necassérias a aplicagao de cada um deles. 8.1.3 Sempre que os bens do patriménio hislérico € attistico revelarem condigbes de mercado enquanto tals, preferir o métada comparativo direto de dados de mercaco @ seguir as prescrigdes para este que constam nas ABNT NBR 14852-2:2004, ABNT NBR 14653-3:2004 ou ABNT NBR 14653-5:2006, conforme a natureza do bem. Neste caso, os dados de mercado cevern ter caracteristicas cotelaveis com as do bem avaliando. 8.4.3.1 No caso de iméveis, recomenda-se observar para os dados de mercado utlizados, entre outros, aspectos de localizacao, de zoneamente e uso legal, tipo de protecdo, proximidade de outras propriedades tombadas, esto @ dpoca arquiletbnica, tamanho, associagées histéricas e culturais espectficas, gravames @ custos de preservayao, restauragio, adaptagao ou reconstrugao. 8.1.4 Sempre que © imével do palriménio histérico € artistco apresenlar possibllidade para a exploracao econémica assemalhada & de um empreendimento, pode ser utlizado 0 métcdo da capitalizagao da renda ¢ podem ser seguidas as prescrigées que constamn na ABNT NBR 14653-4:2002. 8.1.5 _Nos casos em que 0 aproveilaments nermitido de um imSval exigir a sua proservacdo total @ 0 objetivo de avaliagda for a ientiioagdo co valor de mercado, @ nao houver possibilaade de avalié-lo pelo métoso ‘comparativo direto de dados de mercado, a bem do patriménio histérico e arifsico pode ser avaliace pelo método evolutivo e a edificagéo, pelo seu custo de reedieao ou subsltuigéo, seguidas 28 prescricbes gerals que constam na ABNT NBR 14653-2:2004, 8.1.5.1 No caso de ultlzagaio do métoco evolutive, 0 valor do terreno, identificade pelo método comparativo direto de dados de mercado, deve considerar a limilagao no aproveitamente do imével decorrente da legistacao de preservagao. 84.5.2 A dificuldade ou impossibilidade de estimar 0 custo de reprodugo coma réplica exata, com o uso de materials, métodos @ mio-de-obra id&nticos aos originals, pooe levar a utilzagao de estimativa do custo de substituigde com materials, métados e mao-de-obra similares, 8.1.5.3 A depreciagdo do imévs da bem do patriménio histérico e arti neste c8s0, deve ser calculada por levantamento do custo de recuperacdo "No todo ou em parte, para deixdlo no seu estado original 8.1.6 Quando o methar aproveitamento possivel do imével for sua adaptaco (oor exemplo. a preservagao da fachada e da volumetria com remodelacao do interior}, ¢ nao houver possibllidade de avalid-lo pelo método comparativo direto de dacos de mercado, a avaliagao de euificagdo ¢ uma combinagae do custo de reedi¢ao (parte a praservar) com custo de substituigao (parle a remodeiar). (© ABNT 2009 - Tonos 08 delss sesevados t ABNT NBR 14653-7:2009 8.1.7 Para as demais casos, podem ser utlizados os métados desertos em 8.5 4.8 mélodo do custo de oportunidade, deserito em 8.5.4, pode ser cons!derado caso particular dos métodos para identificar indicadores ce viabllidade da ullidade, descritos em 84 da ABNT NBR 14653-1:2001, com Fespeito ao imavel do patriménia histirieo, arlistico e cultural, Recomenda-se odservar também o descrto em 8.3 da ABNT NBR 14653-4:2002. 8.2 Generalidades nas avaliages dos bens integrados 8.2.4 Conforme as suas carecteristicas @ importncia ma histéria da arte, 0 bem que esteja inteqrado 20 imével em avaliagao cave ter seu valor provavel estimado @ acrescentada ao valor final do imdvel, se este for calculado isolacamente conforme 8.1 e respectivas subitens, 2.2 Nesta estimativa do valor da obra de arta, podam ser considerados: fa} seu custo de reedigo como abra (0 custo do material utiizado, © custo de transporte em segurenca @ sua instalagéo, © custo de mo-de-obra artesanal empregada e 0 seu tempe de execuco, menos os restauros eventualmente necessérios); b) uma estimativa de acréscima de volor, relativa & concepedo artistica © & beleza estética do bem, @ ser considerada sobre o seu custo, se a obra for de artista andnimo. Nessa estimaliva devem ser consideradas a idade da obra (quanto mais antiga, maior 0 seu valor intrinseca) e a sua raridade. Ou: Um acréscimo de valor. apuravel por camaaragao, se 0 artsta for conhecido @ houver disponibilidade de elementos para 8 pesquisa de mercado. Neste caso, a avaliayao deve Considerar a fase do autor 8 que a obra carresponde ou a sua época de realizagao, para 2 apuragao mais éproxmada posstvel do verdadeiro vralar de mercado que esta obra alingiia se fosse possivel a sua venda isolada, Essa estmativa dave sopesar a cancepgdo do artista naquela obra e o seu eftito estético, independentements de suas dimensdes. 2.3 Na identificagao do valor do bem integrado, também & importante que a estimetiva esteja fundamentada fem precos de obras avulsas assemelhadas, oblidas em lellbes de obra de arte, ou na sua citagdo em livros de histdria da ane e da arquitetura. 8.2.3.1 _ Pregos de obras avulsas assemethadas tamibém podem servir de base de referincia para 2 avalisgao de bens aitisticos de autoria anBnima, visto que podem ter sido objeto de trensagées realizadas. lmporta, assim, que tenha sido verificada no laudo a verdadeire impertancia da obra em avaliagao, tanto no contexto da époce em que foi praduzido, como na data de referéncia da avaliago. 8.3 Escolha da metodologia 8.3.1 _Embora muitos imévels do patrimdnio histérico @ artislico no tenham valor de mercado por falta ou impossibiidade de transagées, 0 seu valor econémico, coma o dos demais bens, deriva de seus atibuios, os quais podem ou nao estar associados a um uso. 8.3.2 A.escolha do método depende do abjetive da avaliagao, das hipéteses assumidas, da disponibilidade de dados @ de conhecimento das especificidades do bem a vaiotar. 3.3 Cada método apresenta limitagdes (metodoidgica e de informagées disponivels) associadas ao objetivo © fundamentaco da avaliacdo, &s hipéteses sobre 0 comportamento do consurmidor © aos efeitas da utlizagdo do imével do patiménio historico e art’stico em outros setores da economia, ¢ que leva a necessidada de explicar claramente 9s fatores limilantes e os pressupostes assumidos na avaliagao, 8 2 ARNT 2009 - Todos os dreitas reservados 8.4 Campos de aplicagao Existem (rs campos bésicos de aplicagao da metodologia de avaliagso: 8} identificagao de valar do imével do patriménia histérico e artistioo: b) _identificagdo dos custos de oportunidade de intervengdes sobre o imovel do patrimanio historico e artist ¢)_ determinacdo de prloridades e agSes para subsidio da geste de bens do patriménia h’stérico e artstico. 8.5 Outros métodos para identificar o valor dos bens do patrimanio histérico e artistico 8.5.1 Método de pregos hedénicos 8.5.1.4 Ulliza pragos de mercado de bens (principalmente de imaveis) ou custos de servicos para estimar o valor das diferengas de nivel de atributos cos bens do patrimdnio histérico @ arlistco importantes na formagao desses pregos cu custos, 8.5.1.2 No caso de sua aplicagdo no mercado imobiliério, farao parte do modelo as caracteristicas quanilficaveis que expressam indiretamente a disposigao a pagar ou a receber pelo bem do palriménio histérice & artistico e sua influSncia especifica no prego do bem {P). Tais caracterislicas podem ser agrupadas am: a) Ri caracteristicas estruturais do bem, entre oulras: érea construida @ padrao consirutivo; bj A;— caracteristicas relacionadas 20 ver do palrimdnio histérice e artistico, entre ovtras, @ proximidade, a acessibilidade, a vista © 0 apoio log(stico; 0) SE; — caracteristicas socioeconbmicas da regiao, representades por indices, entre outros: nivel de renda @ grau médi¢ de escolaridade. ‘Assim, a fungaio de pragos hedBnicos P, relacionando o prego de um bem as suas caractersticas, seré expressa por F, = PIR. A.SE,). 0 prego marginal do bem ou sarvigo &, ou seja, a cisposicéo a pagar per uma unidade adicional da caracteristica de interasse Ay serd oblida isolando-se as damais atribulos do modela através da derivada parcial do prego do bem P.em relagdo & varidvel A... ou seja AP, _ oP (RA, SE) oA oA, No caso de utlizagdo de regressdo linear miltipla, observar @ ABNT NBR 14653-2:2004, especialmente 0 seu Anexo A, Oulras ferramentas analiticas podem ser aplicadas, desde que devidamente justificadas do ponto de vista teorice @ pratico, com a Inclusdo de validagao, quando pertinente. ‘Exemplo: Identificago da influéncia do bem da patriménio histérica ¢ artistico nas diferencas de valor des imoveis do entomo. 8.5.2. Método do custo de viagem © método do custo de viagem identifica 0 valor do iméve| da patriménio histérica © arlistica pela sua capackiade de atrair visitantes, valar que é eslimado por sua curva de cemanda, considerados os custos incorticos pars visité- lo. Assim, zonas de influéncia (2) 880 definidas por distanclas ao imével do patrimBnia historico e artistic p ¢ devem ser conheddas, para cade zona, a populagSo e outras vanaveis Socioecanémicas SE;, como renda per capita, istribulgdo etaria e perfil de escolaridade. (© AGNT 2009 - Todos 08 aetna reeena305 8 ‘A taxa se visitagao da zona z a0 imovel do patriménio histirico ¢ anistico p (Vz) (por exemplo, visitas por cada mil habitantes), de cada zona ao bem, pode ser correlacionada eslatisticamente. com 08 dados amostrais do custo medio de viagam da zona (CM), tarifa de entrada ao bem (TE,) @ com as varidveis sacioecondmicas zonais (SE,} na seguinte expressdc: Vop = f1CVzg, TE SEs} Esta fungao f permite determinar 0 impacto do custo da viagem na taxa de visitaydo, alravés de sua derivada parcial em relagdo 2 CY, que corresponde & curva de demanda para cada zona. Assim, a curva de demanda geral para 0 imével do pattiménio histérico e artistica sera uma estimativa da relacao entre 0 numero esperado do visitas e a disposic3o a pagar para 0 conjunto de zonas. O beneficio gerado pelo imével do patriménio histrico @ artistico aos seus visitantes & representado psio excedente do consumider, liguido do prego cobrado, Deva ser considerada na aplicago do métedo, quando for 0 caso, @ existéncia de proposites miltiplos da viegem. (0 método exige cuidados especiais no planejamento, execugao da pesquisa ¢ tratamento de dados por modelos ‘econométricas. 85.3 Método da valoragao centingente (© método da valoragao contingente identifica a disposizao a pagar dos individuos pelo uso de um imével do patriménia histérico e artistico, ou a disposi¢ae a receber como compensago por sua perde. Os valores que expressam a disposic¢do so estimados com base em mercados hipotétices, simulados For intermédio de pesquisa de campo, que indagam diretamente ao enirevistado sobre 2 sua verdadeira disposigao a pagar, ou a receber, pelas variagoes quantiativas cu quellativas no imovel do patriménic histerico & eristico. © métade exige cuidados especiais no plansjamento, execugdo da pesquisa ¢ tralamento de dados por modelos economélricos 8.5.4 Método do custo de oportunidade Este métoda no valora 0 Imével do patriminio histérico e artistico, mas sim o custo de sua preservacdo ou ‘conservagso, por meio da mensuragdo do custo de oporivnidade de alividades econdmicas resiringidas pelas ages de protegao do imovel, considerados os beneficios da intervencéo. Assim, unia andlise de custo-beneficio poderia ser realizada comparando os valores estimados das receitas geradas pela existéncia do iméve! do atrimOnio historia © arlistico com o custo de oportunidade das atividades econdmicas restringidas pela preservagso ou conservacao do imével. Os indicadores de viabilidade que podem ser utlizados para 2 comparag&o esto expostos om 8.3 da ABNT NBR 14653-4:2002, 9 Especificagao das avaliacoes Quando forem utiizados procedimentas ou métodos _contemplados nas ABNT NBR 14853-2:2004, ABNT NBR 14653-3:2004, ABNT NBR 14653-4:2002 e ABNT NBR 14853-5:2006, as avaliagies serio dassificadas ‘euanto & fundamentacao ¢ & preciso, no que couber. 10 © ABNT 2009 - Todos. 0s datos rexervados ABNT NBR 14653-7:2009 10 Apresentacaio dos laudos Os taudos de avaliagao devem ser na modalidade completa, conforme 10.2 da ABNT NBR 14853-1:2001, e devem cconter no minimo os seguintes itens: — identiicagao do solicitante; — identificagao e caracterizacao do objeto da avaliagto, com documentagéo fotogrifica: — finalidade do laudo, quando informada pele solicitante; — objetivo da avaliagso; — pressupostos, ressalvas ¢ fatores limitantes; — periodo de vistoria @ pesquisas, quando pertinents, —Indicaggio dots) método(s) e procedimenta(s} utlizado(s), — vratamento dos dados: — especificacao da avaiiagao, se pertinente; — Idontifcagao e fundamentagao do resultado adotado; — resultado da avaliagdo e data-base; — qualificacao legal completa ¢ assinatura do(s) profissionalis) responséveltis) pela avaliagdo; — ocel e data do laudo. (© ABNT 2009 - Todos os diteios reservados Ww Bibliografia Andrade, Rodrigo Melo Franco de ~ “Rodrigo e 0 SPHAN: Coletanea de Textos sobre o Patrim6nio Cultural”. Rio de Janeiro: MinC — Fundacéo Nacional Pré-Memiria, 1987. Andrade, Mario de - “Cartas de Trabalho" ~ Rio de Janeito: Edigéo MECIIPHAN - 1981 Asociacién Profesional de Saciodades de Valoracién ~ "Normas Europess de Valoracién’. Quinta edigao, 2003. Auila, Affonso; Gani, Joo Marcos Machado @ Machado, Reinaldo Guedes ~ “Barroco Mineiro ~ Glossério de Arquitetura 6 Ornamentagdo”. Rio de Janeiro: Fundayao Joao Pinheiro / Fundagao Roberto Marinho, 1979. Bazin, Germain — “A Arquitetura Religiosa Barreca na Brasil’ — Volumes | Ii - Tradugdo do original francés: Gléria Lucia Nunes — Revisio e atualizagéo: Mario Barata. Rio de Jansiro: Editora Record, 1983, Edicdes do Patriménio — “Cartas Palrimoniais’ - 2* edigdc revista e ampliada. Rio de Janeiro: IPHAN, 2000. 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