Você está na página 1de 436
steja onde ia de local wvidade é a apo e seu assa € seu le mesmo sa por um, cilmente CAPITULO 2 | AGLOMERANTES Eng? HELIO MARTINS DE OLIVEIRA Ex-Prof.de Materiais de Construggo da Escola Politécnica de S20 Paulo 21. INTRODUGAO Neste capitulo serdo tratados alguns dos principais materiais utilizados como agomerantes nas obras de construgdo civil, excetuando-se o cimento Portland artificial Por sua importincia, seré estudado no capitulo subsequente. A matéra exposta a ‘erwirinclui desenvolvimentosrelativos a afalto, cal, gesso e aglomerantes especais 22. ASFALTOS ‘Mifalto € matéria hidrocarbonada, de cor preta, presente em muitos petrleos crus, craperaeng Qncontra disolvido, Sendo os élees solvents removidos do petleo er, por diferentes processos de tratamento Gr sfaltos lo aglomerantes que oferecem particular interesse a0 engenheto, por s itatar de um poderoso ligante, rapidamente adesivo, altamente impermedvel e de longa dursbilidade. Sua consistencia plstica emprosta uma flexbilidade controlivl ac mince fetes com agregados mineras ~ os concretosafiltios. Oferecem elevada resstineis ws ‘taque pela maioria dos éeidos,dlealis ¢ sais, Os asfaltos sao classificados nos tipos que se seguem: sane Mentos asfiticos. Sé0 materais termoplisticos, variando a consisténcia de {ime @ duro, em temperaturas normas, e que devem ser aquecidos até ating condigzo de flaidos, conveniente ao seu emprego. 2g tiitios Mquidos. Nestes asfaltos a fase semi-sblida de materitis se encontra iUsslvida em éleos de grau de volatiiade vatiads,conforme sejam as variedades de ong lenta, média e répida. © Frulsdes asfiticas Sdo misturas homogéncas de cimentosasflticos e égua, 12 | MATERIAIS DE CONSTRUGAO com ume pequena quantidade de um agente emul ajuda no processo de fabrieagzo, ificador normalmente usado como Na Fig. 2.1 estéesquematizado o processamento geral de refinagdo do petréleo cru, ‘especialmente as linhas de produgao de asfaltos, Poco de petréieo Armazenagens no campo Bombeamento Destilodos leves => Processamento Querosenes e 6leos combust. leves leos diesel dleos iubrifcantes Alm do enstio de 0S, com o fim de Berminagio do ponto de pores desprenaidor so na chama, Na Fig Asfalto dildo em destitado méio ‘MCO—» MCS ‘Asfaltodiuido em destilade lave Asfalto oxidado RCO—eRcS Fig. 2 Disgrama da destilgéo do petréleo, mostrando a linha asfltica, 2241. Cimentos Asfiticos, Como se vé no diagrama da Fig. 2.1, 0: cimentos asflticos ‘So produzidos a partir dos materiais residuais compostos de asfalto e 6leo, Ease material € submetido & destilagao em baixa temperatura sob vacuo. Fret gua é introduzido como ajuda no cbtidos usualmente denominados “ao vicuo” ou “ao vapor e vécuo"” © processo & ‘ealizado a uma temperatura aproximada de 250°C. AGLOMERANTES / 13 em ser obtidos também pelo processo de precipitaco, em solugoes de matéria- solventetseletivos que dissolvem apenas a fragio do éleo presente Bs cimentos afiltcos sio produzidose classficados segundo diversas variedades, de ‘s0m os resultados dos ensaios de penetragZo. Estes constituem uma medida da ou dureza. Uma agulha padronizada de peso total de 100 g ¢ aplicada durante ndos, medindo-se a sua penetrago em décimos de milimetro. Esso nimero }o, que é uma medida da consisténcia do cimento asfdltico. Na EBencontra-se o esquema desse ensaio. | EAL, ineio 5 segundos Fig. 2,2. Esquoma do enssio de penetracdo, 0 ensaio de penetragio, as especifieacdes usualmente prescrevem outros © fim de controlar outras caracteristicas. Entre elas merece referéncia a eis do ponto de fulgor, que é a temperatura na qual, durante o aquecimento, os ididos se inflamam temporariamente quando postos em contato com uma Na Fig. 2.3 encontra-se 0 esquema desse ensaio, i A inicio in Fig 23. Esquema do enssia de determinacio do ponto de fulgor. 14 / MATERIAIS DE CONSTRUGAO O ponto de fulgor de um produto asfiltico representa a temperatura er‘tica acima da qual € necessirio tomar precaugdes especiais para afastar o perigo de incéndio durante © seu aquecimento e manipulagio. Na Tab. 2.1 encontramse as caracteristicas principals dos cimentos asflticos. Tabela2.1. Algumas Coracertticas de Cimentos Asfaiticos. Coracteristicas Ponto de Fulgor — °C 218 100-120 Penetrgio si 120-150 200-300 150-200 Perda por aquecimento 2 1630C % Solubildade em tetra. Clorete de carbone 222. Asfaltos Liquidos Cura lenta (SC). Os asfaltos liquidos de cura lenta so mis- turas de cimento asfiltico e Gleos. Estes ltimos podem ser misturados posteriormente & produsSo do asfalto, ow podem jf estar incluidos no produto. O endurecimento desse aglomerante se opera lentamente por evaporacio dos dleos presentes, conduzindo a comsisténcia do material da fase pseudo-s6lida restante. Cura média (MC). O asfalto liquido de cura média é uma mistura de cimento asfiltico de penetragio de 120 @ 300 com um solvente hidrocarbonado de ponto de cevaporago proximo a0 do querosene. Devido 20 maior grau de volatilidade desse solven‘e, taisasfaltos endurecem com mais rapide do que os tipos precedentes, Sao também conhecidos pelo nome de Kerosene Cutback Asphalt Cura ripida (RC). & uma mistura de cimento asfaltico, de 80 a 120 de penetragio, ¢ de um solvente altamente volitl, em geral com ponto de evaporagio proximo 20 da ‘gasolira. Evidentemente, trata-se de material que endurece com mais rapidez que os tipos precedentes. E também conhecido por Gasoline Cutback Asphalt. Cada tipo de asfalto liquido & produzido em diversas variedades, de acordo com ‘ua consisténcia. Estas se identificam pelas expressdes apresentadas no quadro a seguir. 0s prefixos RC, MC e SC identificam o tipo de asfalto Iiquido e os sufixos de O aS 4 sua consisténcia relativa. Os tipos RC-0, MC-O e SC-0 tém aproximadamente a mesma consistincia, sio 0s mais moles e aproximam-se de um creme caseiro, na temperatura normal. Igualmente, 0s tipos RCS, MC-5 e SC-5 so de consisténcias compardveis, aproximando-se de geléia firme. stica acima io durante is principals AGLOMERANTES / 15 Cura Répida Cura Lente RCO sco RCL sca RC? sc2 RCS sc3 RCs sca RCS scs 2 99.5 lenta so mis steriormente & cimento dese conduzindo a ra de cimento > de ponto de atilidade desse redentes. S¥0 2 penetracao, © sroximo a0 da ez. que 0s tipos acordo com a Sro a seguir. ufixos de 0.45 mente a mesma na temperatura $ compariveis, ‘A consistancia dos asfltos iquldos 6 medida por ensaio de viscosidade, conhecido ‘xo nome de Saybolt Furol O ensaio de viscosidade ¢ realizado em determinadas tempe Srtras preseritas pela espcificapées correspondentes; 0 tempo, medido em segundos, 6 Gressivio para que 60 cm? do material escoem, através de um orificio padrfo, para um Enso graduado. Quanto mais longo for © tempo necessirio para o escoamento, maior sci a vscosidade do produto asiltico, e mais prOximo estaré da cofsisténcia semi slida A Fig. 24 apresenta esquematizado 0 ensaio de viscosidade. \ Dildo Fig. 24. Esquema do onsio de viseosidade Na Tab, 2.2 estdo comparadas as viscosidades de diferentes tipos de asfatos “Equidos (dilufdos) weg | mcr | Mor 75/60 =| 250/500 125/250 46 / MATERIAIS DE CONSTRUGAO 22.3. Emulsdes Asféiticas. Sdo misturas homogéneas de cimento asfiltico e 4gua, contendo de 30 a 45% de dgua. Classificam-se de acordo com o tempo de coalescéncia em cemulsbes de pega ripida, média e lenta. 22.4, AplicapBes. Como se vu, os asfaltossfo oferecidos numa lara faixa de produtos f of seus usos so, conseqientemente, muitos e variados. Sfo utilizados em maior pro- porgo mas obras de pavimentagGes, bem como em pintura impermeabilizante, isolamento Mlttico, papéis e papeldes impermeabilizantes e em um sem-ndmero de outras aplicag&es. {Quase todos 5 tipos de asflto sio utilizaveis nas diferentes técnicas de pavimer- tagdo, cujos detalhes escapam ao objetivo desse trabalho. 23. CAL Cal 6 0 nome genérico de um aglomerante simples, resultante da caleinagio de rochas caledrias, que se apresentam sob diversas variedades, com caracteristica resultantes da natureza da matéria-prima empregada e do processamento conduzido. ‘A caloinacio da tocha calciria pura resulta na produgdo de Gxido de eileio puro, material de grande importancia industrial, onde aleanga melhor prezo que os produtos impuros normalmente utilizados em construgdo. Nas rochas calcérias naturas, 0 carbo- rato de cilcio é freqiientemente substituido, em menor ou maior proporeio, pelo ‘arbonato de magnésio, que nfo constitui impureza propriamente dita. A silica, os 6xidos de ferro ¢ de aluminio sio as impurezas que acompanham os carbonatos, em maior ou menor grau, na constituigfo das rochas calcérias. Mais adiante verse a influéncia exercida nas caracteristicas dos aglomerantes pela presenga do magnésio ¢ das impurezas ‘mencionadas. ‘Além das rochas caledria, prestam-se, também, como matéria-prima & produgdo de cal 0s depdsitos de residuos de esqueletos de animais, como ocorre em nossos sambaquis. 23.1. Reagées Quimicas. Basicamente, na calcinagdo do caleério natural, o carbonato de cilcio, submetido & acio do calor & temperatura aproximada de 900°C, decomp3e-se fem Oxides de céleio ¢ anidridos carbonicos, processo que ¢ representado na seguinte equacdo quimica: CaCO; 4 calor > CaO +CO3- (© carbonato de magnésio comporte-se de maneira semelhante @ uma temperatura ligeiramente inferior. ‘0 produto dessa calcinagdo, que contém predominantemente dxidos de eélcio, ‘exibe estrutura porosa e formatos idénticos aos dos gros da rocha original. Chama-se cal viva e apresenta-se, usualmente, sob a forma de gros de vérios tamanhos, dependendo do jprocesso de fabricagio utilizado, sendo comuns em nosso meio grdos de grandes dimen Ses — com 10, 15 ou 20 cm, em média. Sao as chamadas pedras de cal viva. ‘A cal viva nfo ¢ ainda o aglomerante utilizado em construe. O éxido deve ser hidratado, transformando-se em hidiéxide, que ¢ 0 constituinte bésico do aglomerante cal. A operagio de hidratagdo recebe 0 nome de extingl0, ¢ © hidréxido resultante vse cal extinta — qua |, no eantelto de servigo, na fabrica. A reagio quis CG: ‘A cal extinta é utilizada en laboracdo de argamassas. Est recombinagfo do hidréxido © carbonato original, cu ezado utilizado. Esse endurecis fora para dentro, exigindo w da agua em excesso e, de o smo do endurecimento, riamente dado a esse aglomer = cal hidréulica ~ da qual ‘ado da dgua. A reagdo de cat Ca(OH Essa reaglo ocorre na temp ‘0 gis carbonico seco no co to, podendo, entretanto, ser nte na atmosfera. O resulta uz a0 desenvolvimento insu nento final do produto. 13.2. Classificagio. Usualmer érios: 0 da composigao quimi De acordo com a composi ‘2 cal magnesiana. A primeira, ‘minimo de MgO, devendo s dual de CO, deveri ser int ago, e inferior a 10%, qua Segundo 0 outro critério 5: cal gorda e cal magra. Entende-se por rendiment tonelada de cal viva. Essa 4 eo de extingo da cal viva. 0 0 aglomerante realmente imordial 0 conhecimento do 1 0 produto utilizado, a pas! Se o rendimento em pasta inferior a esse valor, magta AGLOMERANTES / 17 Henominese cal extinta — quando & hidratagio se tealiza n0 local do emperee ao enamine Catcro de servigo,nonmalmente ~ ox cl hirataa— quando @extnGio se reso en na fabrica. A teaglo quimica da extingao da cal via ¢ 2 segpinte: Ca0+H,0 + Ca(OH): ‘Acca extinta € utilizada em mistura com dgua e area, em proporsiet apropriadss, ss elaboragdo de argamassas Estas tim consistncia mas ou menos PLte% © endurecem sooo do hidroxido com o gis carbénico presente na stmosier, tts rede o carbonato origina, cujos cists ligam de mancim permanenis gros de drogado utlizado. Esse endurcimento se proctsa cm lento ¢ O21 cevidentemente, ‘Pia para deno, exgindo uma cerla porosigads que permit, lado, a evapo: wh agua em excess e, de otzo, a penetragio do gis carbonico do atmosférico. O fo fe eiuetimento, que depende Go at stmosférico, explca o some Oe crus dado a ene aglomerante — cal area — que se opts ao nome Oe SN Nee stamens hidriulica — da qual se trata mais adiante,e que endurece principalmente or apio da égua. A reagfo de carbonatagdo a sepuint: Ca(OH): +COz + CaCOs +120. Esa reagdo ocorre na temperatura ambiente ¢ exge a presenga de “ESS, Verificow-se «o gis carbonico seco néo combina satisfatoriamente com © hnidréxido. O processo & endo, entetanto, sar aederado pelo mumento do proporsdo 8 Gt rearbonico esente na atmosfera. O resultado, porém, nao é ‘satisfatorio, uma vez que tal aceleragaio: resets na simon onto insure dos etal do cabonsts, que relia no eit ecimento final do produto. atmente se cassificam as variedades de cal aérea segundo dois =r 0 da composiga0 quimica bésica ¢o do rendimento em past, 1s cecrdo com 2 composiedo quimica,apresentamse Gus varias’ cal eélcica aed snagresiana. A primeira, com um minima de 75% de C20. ¢ 1 segunda, com 20% 2 ee asere MgO, devendo sempre a roma d= C20 com MgO s#* size & 95%. O5 smponentes argiios0s SiOz, Al,Os ¢ Fe2Os devem somes ‘miximo 5%, A proporeao rere CO. dover ser inferior a 37% quando = amosta for tenda do forno de cinagdo,¢ inferior a 10%, quando a amostra for retired de ‘outro Local. Spundo 0 outro crteio — 0 rendimento cm pasta — 9 cal presenta duas varie- 1 cal gorda e cal magra. ra eeloso por rendimento em pasta 0 valor do volume de pasta d= cal obtido com aerate de eal viva. Eon pasta € uma suspensio do tipo coloidal, aye se obtém na Te a par todos os efeitos, pasta decal pode set consierada cute vtiizado em construcdo. Do ponto de vista econdmico,§ oan ponhecimento do rendimento em pasa, porque © produto comprado é a cal co produto utilizado, a pasta de cal- 2 Pimento ef pasa for maior do que 1.82, .cal ser denominads gorda, ¢, 8¢ srhertos ese valor, maga. Esse rendimentolimite corresponde 20 rendimento de 18 / MATERIAIS DE CONSTRUCAO 1,82 m? de pasta para uma tonelada de cal viva (550 kg de cal viva para 1 m? de pasta) ‘De um modo geral, a cal magnesiana & magra. Observese, entretanto, que outros fatores, como a presenga de impurezas, supercozimento au subcozimento, tém maior influgncia no rendimento da cal. ; 23.3, Propriedades. A cal viva é um produto de cor branca que se apresenta sob a forma de grfos de grande tamanho ¢ estrutura porosa, ou em po. No primeiro caso, a densidade média & de 0,85, sproximadamente, e, no segundo caso, 0,50. A densidade scluta 6, em média, 2,20. A cal hidratada apresenta-se sob a forma de flocos ou pé de ‘cor branca, com densidade aparente de 0,5: 2 Plasticidade. Neste aglomerante, é um termo utilizado para conceituar a ‘menor ou maior facilidade na aplicaglo das argamassas como revestimento, Dizse que 2 {ad & plistica quando se espalha facilmente, resultando numa superficie lisa sob 0 rasto da Solher do peireiro. Se ela é arrastada por se agarrar & colher, conduz a producso de frincas ou mesmo desgarra da parede. Nesse caso ¢ considerada nfo-plistia, um conceito bastante subjetivo. Cal magnesiana produz argamassas mais bem trabalhavels do que as variodades eélcicas. ’h. Retragdo. A catbonatagio do hidréxido realiza-se com perdas de volume, raefo pela qual 0 produto esté sujeto & retragf, euja consequéncia€ o aparecimento de frineas nos revestimentos. Sendo 2 cal normalmente empregada em mistura com agregado iddo na elaboragdo de argamassas, a introdugio desse produto em proporeOes conver hientes reduz os efeitos da retragio. A proporcdo da pasta de cal na argamassa deve Sbedecer a um limite minimo, ebaixo do qual deixa de ser trabalhivel. A proporez0 determina a capacidade de sustentacdo de areia da pasta de cal. A experiéncia mostra que ‘cal céleica tem maior capacidade de sustentaedo de areia do que a variedade magnesiana. ‘c. Rendimento. conceito de rendimento jf foi exposto, restando definit « consisténcia da pasta utilizada na determinagio desse fator. Trata-se de uma consisténcia rbitrdria, uualmente determinada pelo abatimento de um clindro de 5 cm de didmetro ¢ TOem de altura, que se deforma para 8,7 cm pela remoylo do molde. Cal de variedade cileica oferece melhores rendimentos que cal magnesiana. “d. Endurecimento. Como é necessiria a absorcdo de CO: do ar para o endureci- mento da cal aérea, esse material nfo endurece debaixo da gua. O endureeimento que {epende do ar atmosférico € muito lento, por razBes evidentes: camadas espests perma exer fracas. no seu interior durante longo periodo de tempo. Consequentemente, (quando se usam argamastas de cal ¢areia para revestimento, tornase necesstio apices Ei camadss, geralmente com um intervalo de 10 dias entre uma e outra operagio. O proceso de endurecimento ainda continva durante o tempo em que a argamuasse perma: Pree em contato com o at. Além da carbonatagio, o endurecimento da cal se dé também pela combinagio do hidrxido com a sfica finamente dividida que se encontra even: Pramente, na arcia que constitui a argamassa, Um produto de elevada dureza e valor ligante € 0 que resulta da combinacdo da cal com a sca. Tal fendmeno jf 6 comhecido hé estante tempo e fol extensamente utiizado pelos romanos em suas obras, quando Juntavam uma eerta proporsio de pozolana em suas argamassis © coneretos feitos com ca ‘ordindria. Mais tarde se tratard desse assunto pormenorizadamente. Extingfo. A hidratacs ente conhecido por extis ada de consider ‘© processo ¢ violento. remente, a produce reagHo de hidrataqzo alina ou coloidal, em (Os cristais de hidroxic \20 coloidal se forma edo coloidal de hidroxi ‘eoncorrem para 0 a © do material, convén Eidade, o rendimento 2 “A hidratagao da cal vi devido & grande eleva © 450°C em caixas fe varraches de madeira, te da chuve. Na extingdo da cal céle cura, controlando © | Ne extingao da cal = co, convém aproveit o resulta em maior ‘eliminar © perigo de a eso é conduzido com © ‘Pode-se proceder a um do, evitando os do) ‘de cal, de aproxim cobertos; observes do 0 material comers rrido, temse a seguinte — extingdo répida — | — extingio média — — extingdo lenta ~ t Para 0 processo de | ca 0 inverso. A opera dimento de vapo". gua, até cessar 0 des No processo de ext jente o material adicionar agua 203 grande quantidade de AGLOMERANTES / 19 de pasta), que outros tm maior A hidratagdo da cal viva € obtida mediante a adigio de dgua, processo onhecido por extingdo da cal. A hidratacdo € uma reagio altamente exotér- hada de considersvel aumento de volume. Na variedade célcica de grande provesso ¢ violento. Na variedade magnesiana, 0 processo é mais lento e, Hemente, a producdo de calor é menor, assim como 0 aumento de volume. Seaedo de hidratagao da cal viva pode resultar na produgdo de hidréxido em ina ou coloidal, em proporeao que depende das condig6es mantidas durante a eristais de hidréxido de calcio formam-se e desenvolvemse devagar, enquanto sido coloidal se forma com grande rapidez. Quanto mais répida a reagdo, maior a Sf coloidal de hidrOxidos. A utilizacZo de 4gua quente ou morna ea agitagio da ‘concorrem para o aumento da proporcio do coldide. Do ponto de vista da Edo material, convém que haja preponderincia da fase coloidal, que melhora a dade, o rendimento e a capacidade de sustentacdo de areia, hhidratagio da cal viva altamente cilcica é mufto violenta, podendo ocorrer a evido a grande clevagdo na temperatura, a qual-pode atingit 360°C em tanques © 450°C em caixas fechadas. Essa elevagdo tem provocado incéndios em vases, facies de madeira,.nos quais a cal virgem se hidratou em contato com a égua, ente da chuva extingo da cal célcica, usualmente gorda, devese evitar a violenta elevacdo de ' controlando © processo no sentido de um desenvolvimento tézmico ace Na extingo da cal magnesiana ocorre o contririo. Por set lenta a reagdo de . convém aproveitar a energia térmica desenvolvida para acelerar 0 processo, 0 resulta em maior proporcdo da fase coloidal de hidréxidos. No primeiro caso, minar © perigo de queima da cal por elevago ndo-controlada da temperatura, 0 € conduzido com excesso de gua; no segundo, com controle do volume da égua orde-se proceder a um ensaio prévio, de realizaglo simples, pars orientar a operagio meio, evitando os dois riscos mencionados. Colocarse, em um balde, dois ou trés de cal, de aproximadamente 1/2 kg cada um, adicionando-se agua até que eles cobertos; observa-se quanto tempo leva para iniciar-se a reagdo de extingao, © material comeca a soltar fragmentos ou a esboroar-se. De acordo com o tempo do, tem-se a seguinte classificagao: ~ extingdo ripida — tempo inferior a 5 minutos; — extingdo média ~ tempo entre 5 e 30 minutos; ~ extinedo lenta — tempo superior a 30 minutos. Para 0 processo de extingdo ripida, € necessirio que a cal seja colocada na égua, E= 0 inverto. A operagdo deve ser constantemente observada e, 0 mais leve sinal de rendimento de vapor, devese proceder a uma ripida eenérgica agitagio, adiionando gua, até cessar 0 desprendimento. No processo de extingo média, adiciona-se égua suficiente para fazer submergir wente 0 material. A agitaefo seré ocasionale, havendo desprendimento de vapor, se adicionar égua aos poucos. Convém ndo adicionar mais égua do que o necessrio, grande quantidade de uma vez 6 20 / MATERIAIS DE consTaUGAG INo proceso de extingio lenta, a quantidade de dgua a ser adicionada deve ser ° mde cas medecet completamente o material. Apos 0 infcio da reac, 2 gus set Adiclonada 20s poucos, culdandose para ndo baixar a temperature ie rocesso. Nao se AiNE Proceder qualquer agiagdo enquanto a extingfo néo ester pratceeone terminada, Pode faré-o posteriommente, com o objetivo de homogeneiza sparta Uma vez finda @ operagio de extingéo, ser envelhec‘das por periodo mais | O Proceso de hidratagdo da cal viva pode ser conduzido naturaknent, por efeto ¢ absorgdo da umidade do ar. Ele 6, contudo, acompanhado de ccarbonatapto, visto que 0 GO: 3° ar esté associado 20 vapor de égua presente no mesmo, tornande eye produto -omo aglomerante, i A extingdo se dina propria obra, por meio de Processo primitivo. E usual 0 srabtego de um tanque de madera, de planta trapezoidal e fund inclinado, onde tc Fig. 2.8. Tanques de extingto da ca virgem. 255; Cal Hidratada. A cal hiratada ¢ um produto manufaturado que sofreu em usina o Processo de hidratagio. E apresentada como um produto seco, em forma de flocos de cor branca, Ordinariamente, a hidratagdo € feita em usina, por proceso mecinise realizado em tras estigios: © acal viva é moida ou pulverizada; 2 cea material modo € completamente misturado com a quantidade exata de ‘gua necesséra; da reapio, a dgua sera f2 do proceso. Nao se ‘Praticamente terminada. pasta ‘enrelhecida, para que a es magnesianas devem SSsteralmente, por efeito t26do, visto que o fomandose 0 produto Primitivo. E usual o sso inclinado, onde se |Beeeiras na parede lateral Fe 25. A cal extinta é ssezuinte. Desse modo, ‘que sofreu em usina = em forma de flocos de PR proceso mecinico E quantidade exata de AGLOMERANTES / 21 2 cal assim hidratada 6 separada da ndo-hidratada ¢ das impurezas por penei- [por at ou por outro processo. Loperacies se relizam em diferentes instalagSes de operaglo intermitente ov onduzindo sempre 4 produgio de material homogéneo e bem controlado, hidratada oferece sobre a cal virgem algumas vantagens, entre elas a maior ide manvseio, transporte armazenamento. E um produto pronto para ser Giminando em canteiro a operasio de oxtingfo e, subsequentemente, de mio, Sendo um produto seco, pulverulento, oferece maior faildade de mis- orago das argamasses do que a pasta de cal resltante da extingdo da cal viva. | dD est sujeito aos riscos provocados pela hidratagdo expontinea da cal Thcéndios, que poserio ocorter durante o seu transporte ou armazenamento. A das argamasss preparadas com cal hidratada € ordinariamente inferior das feites com pasta decal resultante da extingdo da cal viva, Do mesmo modo, S econdmico é menor, assim como 2 capacidade de sustentagao de exci, Mut or defeito no processo de fabrcagio, apresenta to baixa propor;so de sua plasticidade€ extraordinariemente reduzida Geterminar a qualidade da cal hidratada, é necessrio que esse produto sofra padronizados pela ASTM: de consistnciae de plasticidade. A consisténcia or um ensaio de penetragdo de agulha. A plasticidade ¢ determinada por soma pasta de consstencia standard no plastic{metro Emey. Residuo. © material residual retido em duas peneiras superpostas de malhas 4 medido apés a lavagem continuada de uma amostra no tempo maximo de 30 | Estabilidade ¢ empipocamento. Dois ensaios mais complexos, onde 3 comportamento da cal em argamassa-padrao, estendida sobre laminas de vidro 4 acdo da gua e, subseqentemente, de vapor, segundo determinadas regras. ‘nesses ensaios, 0 aparecimento de empipocamento superficial ¢ de deformagio enio, indicativos da presenga de excesso de material nfo hidratado. Retengio de égua, Ensaio também complexo, realizado com argamassa-padrao ‘a ensaio de mesa cadente, o que dé idéia da proporgso da fase cotoidal ‘Brasil, a cal hidratada 6 um produto de desenvolvimento recente, nfo estando devidamente considerada no que diz respeito a0s aspectos de sua quali: ‘construtores 0 utilizam em face da experiéncia pritica resultante do seu uso. Dolomitica. A cal dolomitica, produzida a partir de calcisios dolomiticos, derivel dificuldade, em vista da expansdo que ordinariamente acompanha 0 S de endurecimento. Oconre a expansio de hidratago durante a extingao da do 0 éxido se transforma em hidr6xido. A hidratagao da val cileica ¢ répida, 9 da cal dolomitica ¢ muito lento, restando, sempre, ums proporgio de Seaznésio livre, o qual sofre hidratagdo posterior 20 emprego da argamassa, ‘por sua expansdo confinada, o aparecimento de fissuras que, conforme a resultam ra destruigdo da estrutura do material. 22 | MATERIAIS DE coNstRUGAO intermitentes (F do-se apenas por inconvenientes, espee ‘consumo maior de © Jem fornos continuos, fem nossa indistria ¢ toneladas. PATTI Re Se TEE Medas para fabricagio decal, | Ls FI ere Fs £ AGLOMERANTES / 29 Somos intermitentes (Fig. 2.8) sfo em tudo semelhantes aos fornos de amp iando-se aper i por serem estruturas permanentes de alvenatia. Apresentam nconvenientes, especialmente no que se refere ao trabalho intermitente, consumo maior de combustivel e a mao-de-obra ma em fornos continuos, mais aperf que jor que a necesséria para ¢ poados. S40 fornos desse tipo que se utilizam fem nossa indistria de cal. Suas capacidades fo varidveis, indo desde 6 até 50 toneladas, Fig. 2.8. Fornosintermitentes para cal foros continuos empregados na calcinagdo do caleério sfo de tipo vertical ¢ , sendo que no primeiro ainda se estabelece uma diferenca de acordo com combustiveis empregados, que podem ser de chama curta — por exemplo, 0 Soque ~ ou de chama longa — como a lenha. fornos que utilizam combustivel de chama curta, o caleério é misturado 20 ivel, geralmente carvdo, resultando urn produto de qualidade inferior, escurecido Sataminagdes inevitévels, contendo elevada proporcio de cinzas que nfo se do produto. Apesar disso, tratase de processo mais econdmico ¢ 0 produto aceitvel para a maiora das aplicagbes Fig, 2.9 apresenta o esquema de um forno continuo vertical, que utiliza combu: chama curta ~ carvdo. Consta de duas cémaras superpostas, sendo o caledrio © por abertura junto a chaminé superior ¢ 0 combustivel introduzido no estran- fo entre as duas camaras onde se processa a combustio. O resfiiamento do se dé na cémara inferior, onde o ar necessirio & combust¥o 6 aquecido, com evidente para o rendimento té:mico. O material calcinado ¢ extraido pela parte a cimara de resriamento. os fornos continues verticals, utlizando combustivel de chama curta, so em lhantes aos fornos de fundiezo de ferro Cubilot, onde o combustivel ¢ 0 fo alimentados pela parte superior e a alimentagdo de ar é proporcionada através, sdores que forgam a sua introduedo pela parte inferior da cdmara. O material © € retirado intermitentemente pelo fundo do forno, 24 | MATERIAIS DE CONSTAUGAO ig. 29. Forno continuo vertical, a carvao, para cal ‘Nos fornos continuos verticais que utilizam combustivel de chama longa, dé-se a caleinagdc por agdo dos gases provenientes de uma fomnalha lateral, sendo o caleério também alimentado por cima e 0 produto ealcinado retirado por baixo (Fig. 2.10). ete Forno continuo vertical, alenna, para cal AGLOMERANTES / 25 foros rotativos, constitufdos de um cilindro metélico internamente revestido de reftatério, giram Ientamente sobre um eixo ligeiamente inclinado, recebendo © o pela sua boca superior e tendo 0 magarico de aquecimento na sua boca inferior, de também é retirado 0 material calcinado (Fig. 2.11). Refratér STOO MOO co 4 ig 211. Foro continuo horizontal para cal. Esses fornos apresentam a desvantagem de exigir que pedra caleéria soja pre- Teduzida a grios de pequeno tamanho, oferecendo, consequentemente, um > puverizado, de dificil colocagéo no mercado, ¢ obrigando entfo 20 prossegut 40 processo industrial na hidratagio da cal viva, o que leva o produto final a de hidratada. Esie tipo do equipamento permite 0 controle de temperatura e alimentagdo,resul- ‘oma operagfo econdmica ¢ controlada. Quando o forno no contém uma cémara ora, 2 cal produzida se espalha para ser resfiada antes de set conduzida a0 armazs- 0 ov a expedigio. O material supercozido ou subcozido ¢ facilmente reconhecido adores e separados nessa altura do processo. 60 temo genérico de uma familia de aglomerantes simples, constituidos te de sulfatos mais ou menos hidratados ¢ anidros de célcio; sfo obtidos pela da gipsta natural, constitufda de sulfato biidratado de cielo geralmente ado de uma certa proporedo de impurezas, como silica, alymina, Oxido de ferr0, fos de edlcio « magnésio. O total das impurezas varia desde uma proporeo muito ‘até um limite méximo de cerca de 6%. esidratagdo da gipsita por calcinacdo, correntes na operacio de cozimento, conduz Cee ad Eo dentro do limite das temperaturas © 4 formagio dos seguintes sulfatos: entre 100°C e 180°C, aproximadamente, sdo produzidas duas variedades de tos — SO,Cae 1/2 H; 0 — denominados alfa e beta; 26 / MATERIAIS DE CONSTRUGAO = entte 100°C © 300°C, aproximadamente, sio produzidas duss variedades de sulfato-anidro solivel ~ $O4Ca — derivados, respectivamente, dos dois semhidratos e também denominados alfa e beta; em temperaturas superiores 2 300°C é produzide o sulfato-anidro insolivel Os semthidratos e of sulfétos-anidro soliveis, colocados em presenga da égua, em temperatura ordinéria, reconstituem rapidamente o sulfato biidratado original. Essa combinagio faz-se com a produgZo de uma fina malha cristalizada, interpenetrada, responsivel pela coesfo do conjunto. Tal fenémeno, conhecido pelo nome de pega do ‘fes80, & acompanhado de elevacio de temperatura, por ser a hidratago uma reaggo exotérmica. O sulfato-anidro insoluvel ndo ¢ suscetivel a reidratagS> répida, sendo praticamente inerte, e, por esse motivo, participa do conjunto como material de enchimento, como & areia na argamassa, Segundo 2 natureza dos compostos desidratados, dos corpos inertes ¢ mesmo da textura do produto, e segundo a proporedo de impurezas naturais, a condigfo de pega e, ‘conseqlentemente, 0 seu emprego tomam aspectos muito variados, conduzindo a quali- ficagdo de diversos membros de uma familia de aglomerantes, como ji foi dito. Nos paises em que ¢ muito utilizado, esse material é classificado de acordo com critérios que se baseiam na proporgdo de sulfato semihidratado, na finura, na definigdo de proporgbes retidas em determinadas peneiras e também nos tempos de inicio e fim de esa. Na Tab. 2.3 estilo qualificados os produtos do mercado americano, € na 2.4, os franceses. Tabela 23. Valores para ox Gesso: Americanos Gessos para Consinucoes Fibra de Madeira Pure, eso, 11,0 > 66 Fibra de madeira 1% Arcs Inicio de pees Fim de pega Resisténcia compresséo Valores pare 08 C AGLOMERANTES / 27 k. Valores para os Getsos Franceses Gessos para Consirupdes Grosseiros Finos s.20% <2 < 50% < 18% 2.45 min 2H min 10-40 min 10-40 min 0,1 MPa 01S MPa 02. MPa 0,25 MPa 03. MPa 0,35 MPa 04 MPs gas MPa 52 (AFNOR) ~ 0,80 mm (AFNOR) ~ 0,40 mm Franga, onde existe grande quantidade de gesso, o material € sempre eplicado 0 nos Estados Unidos é principalmente utilizado em mistura com are, sob de argamassa. Nos gessos franceses, a proporgdo de sulfato-anidro insolivel & maior, tornando inconveniente a sua utilizaglo em argamasia, No Brasil, 0 fam produto escasso, caro e, conseqiientemente, pouco empregado como aglome- ‘Existem, no Nordeste, algumas jazidas situadas a uma disténcia que torna impos- seu uso em escala apreciivel mos trabalhos de construglo, o qual se restringe, "2 aplicaybes de menor volume, especialmente em omamentacoes. F, entretanto, relativamente abundante em algumas regides do mundo, nas quais 0 seu | comparivel ou mesmo inferior ao da cal, 0 que possbiite seu emprego como de revestimento de paredes e forros, para o que se presta admiravelmente, jo em superficieslisas, de fino acabamento, muito superior a0 alcangado com as Propriedades. No estado em que se encontra no mercado, o gesso é um po 2 elevada finura, cuja densidade aparente varia de 0,70 a 1,00, diminuindo com Gz finura. Sua densidade absoluta é de cerca de 2,7. 28 | MATERIAIS DE CONSTRUGAO T fomperatura tempo de calcinasso ~ finura; qwantidade de dgua de amassamento; ~ Presenca de impurezas ou aditivos, emperaturas mais elevadas ou durante tempo mais longo Tenta, ‘hidrato puro, dé pega em poucos minutes .Bess0s obtidos sulfato-anidro solivel, podem ter pepe nds cozedura, consttuidos principales d Pegs Wo lenta quanto se desejar. Materia a cozido, com predominincia de sulfate, nidro insoléve, no dé pega, & sem valor ‘alutinante, Gessos de clevada finura do pega! disponadt ¢atingem maiores resstnciasem rane do aumento da superficie especitice, isponivel para a hidratagao, A quantidade de 4d. Isolamento. te, olamento térmico, iclamento scien e imper bilidade térmica 6 muito fraca (0,40 calfhjem? °c; AGLOMERANTES / 29 mx 0 gesso 6 material que confere aos revestimentos cof cle realizados consi- so eee go. A agua de crstalizagzo € eliminada pelo calor eduzindo 0 we a condigfo de pO, que ngo sendo remorido, ata como Um isolador ‘= camada interior de gess0. | podese realizar a cleinagHo da gipita segundo processos Primitvos we fomnos de campanha doscritos na fabricagdo de cal Mer crocesot moderos, podem citar os foros de mania ® fornos Bes prpcsso ca marmta, a gpa puverzad € aquecd Sot de um grande Te see vane ene 10 © 20 tonsadas. © mer agitado © Topo indieto. Batre 100.¢ 110°C, a umidade aperficil 6 eiminada, cor Braryca ene 120 ¢ ISU. A dua de nidcataeo € omnes sob a forma SS gas vilenta que se assemelna @ fervura. Esa conte até quea are rea iula de dgua se compet, ocasdo em que materia! NAS fe, rene etiio de produsto, ¢ denominado de primes cozedura e s© ente de semi-hidratos. Setinaigade a0 proceso mediante a clevagho das temperate 416 190 Be rrcrant da dun Ge hdraagdo,observandos now SS OS Seer ssn producid, do saguna cozedure, constindo, hs rae ceanido olovel, sch ds pews mais pide, come fT Ee Be iesewo de primeira cozedure pode ails U=iSntS So Be de segunda cozedura, pot meio do proceso de fenvelhecimento 00 af so mais moderno de produgio de gesso emprega os foros Tort Ty para ‘aspects, 0 processo se assemeha ao da producso geo rotstvo. at conhecida de goso de acabamento ¢ 0 chamsde, So SECT proaucido por calcinasto dura de ipsa NS PU ‘Ap6s a pri Bee ¢ Proceraturs eleva, © suatoranito rentant ¢ Smee Core Tigten, depos €recalinado inalmente, pulerzado mim) ‘moinhe Gna de madeire, 2.05%. Tais pro- s protetoras rin contrat cli 0 eso 6 wsado eopecaients em Teves n= See otateria presta-se admiavelmente a ene tipo de sovite, 0 Herons. O pasa obtida polo amassrmento do gesso com EB, Et, esa aob a forma de agamasa. No Bras, como jé se dss anteriotmente, 2 rae eat mpode o sa emprego nos revesimentos suai at construgdes, ince que excisvarente com arpamassas d al © me se eain0 em pesta ou &xhaTgemassay tal como ssDowene, OAT Here cars argamasas decal ari, € feito quer em une Nt camada, quer Fe cor a fpoeae prover 20 einanento final da sperc® do reves Beene dcsempenndera, ou coma raspagem final, quando ¢ ‘material jé Bt ieee palqur fonna, 0 aeabamento & Sampre mute Woy polimentos excepcionsis eelentes propriedades "a2 a Sua conduti 4B do valor part 0 ‘30 / MATERIAIS DE CONSTRUGAO © material nfo se presta, ordinariamente, para aplicapbes exteriores por se dete- riorat em consequéncia da solubilizacao na gua. gesso ¢ largamente utilizado na fabricaglo de ornamentos, painéis para paredes € forrosetc., sempre produtos de fino acabamento. 25. AGLOMERANTES ESPECIAIS 25.1. Cimento Sorel. Os cimentos de oxicloretos, comumente conhecidos pelo nome de Cimento Sorel, sfo preparados por mistura de magnésia calcinada com cloreto de zinco « Oxido de zinco com cloreto de magnésia. A magnésia calcinada, finamente pulverizada, é risturada com o agregedo a ser cimentado, grfo de quartzo, mirmore, areia ou mesmo abrasivos. Feita a mistura a seco, na proporgio conveniente, o cloreto de magnésio, em soluglo de 22° Baume de concentragao, é adicionado em quantidades necessirias para obtet-se uma argamassa trabalhdvel. Esse cimento di pega em tempo inferior a 24 horas, dependendo das proporgBes dos elementos constituintes, e endurece completamente antes de quatro meses. O material resultante & especialmente duro e resiste muito bem & abrasdo, Sofre, entretanto, a ag80 da 6gua, deteriorando-se quando repetidamente molhado. 25.2. Cimentos Resistentes & Aglo de Acidos. De modo geral, os aglomerantes ususis utlizados em construgio tém comportamento satisfatério em meio alcalino, no resis tindo, porém, ao ataque de meios écidos. Consequentemente, o interesse despertado pelo conhecimente de aglomerantes resistentes & aco dos dcidos é sempre grande quando © ‘construtor enfrenta 0 problema de executar estruturas ou revestimentos sujeitos a agZo do ‘meio com pH baixo. De um modo geral, 0s aglomerantes resistentes a ago dos acidos so produtos crginicos, usualmente resins e plisticos, e entre eles se podem apontar as resinas furan, as resins fenélicas, resinas ep6xi etc. 2 Furan, As resinas furan derivam do composto orginico C4H40, ¢ so pro- dutos de excepcionais qualidades de resistEncia a uma larga variedade de agentes corro- sivos. Nao resister, porém, a0 ataque de fcido nittico, dcido sulfirico concentrado, fcido ‘eromico e cloro. $40 conhecidas em dois componentes, um pé ¢ um liquido, que se ‘misturam no local do emprego. As proporgSes de mistura sio indicadas pelos fabricantes, ras normalmente sio duas partes de po para uma de Ifquido. Um produto tipico dessa classe dé pega em uma hora, aproximadamente, ¢ endurece completamente ap6s seis dias. B aplicado em mistura com material inerte, sob a forma de argamassa, uilizando-se geralmente carvao pulverizado. b. — Gimentos fendlicos. Si semelhantes aos cimentos de resina furan. Seu ‘comportamento nao € satisfat6rio em meio alcalino. Resinas epoxl. ‘x assemeliam as dos ct ss de adesfo, endo tam rem perfeitaligasso cnt Enxofre. O enxofte fur 14 dcidos. Nao ¢ usado er ores que caracterizam ess Cimentos Especiais ~ Cé cca Porolénica. 03 sas proximal cal Metalirgica. 7 & substituida pela ‘material € norm: do cimento de alven EDERAL DO PARA Ratdiddkihwres 131 Resinas epoxi. Também derivam do fenol, Suas propriedades fisicas ¢ ‘assemelham as dos cimentos fendlicos e resinas furan. Tém excepcionais = adesto, sendo também utilizados para reparagdes de concreto danificado, sem perfeitaligagdo entre concreto novo ¢ concreto velho. Enxofre. O enxolie fundido ¢ utilizado satisfatoriamente como aglomerante deidos. Nao é usado em mistura com materiais inertes. A Tab. 2.5 apresenta ‘que caracterizam esses cimentos especiais. Buran Ca} Pozolénica, Os romanos descobriram que, misturande uma eanica nas proximidades do Vesivio com cal hidratada, obtinham um aglomerante rcia sob a agua. Esse material, atualmente conhecido por cal pozolinica, onde & ida entra em proporsfo variivel de 25 2 45%, € um aglomerante em desuso, Esado na documentagio técnica. Seu valor hist6rico é grande, existindo ainda hoje fe construgbes realizadas com ele, como, por exemplo, 0 cais de Caligula Kal Metalargica. Trats-se de um produto semelhante ao anterior, onde @ % substituida pela escbria de alto forno finamente pulverizada. Sua fabricapd S operasio de britagem, moeduras, peneiramento da escbria metaligicae subse- rica # cal hidrdulica em proporgGes variéveis de quatro a dots para um em peso. material € normalizado na Franga e constitu matéria-prima para elaboragao do © cimento de alvenaria. Tanto esse produto como 0 anterior inesistem em nosso 32 / MATERIAIS DE CONSTRUGAO 40s silicatos produzidos. Apés a extingo da cal ‘encontra em condipSes de expedicao e emprego. espondentes a diferentes tipos de 3 evoluedo do indice de hidraulicidade em relagdo 20 pro. cesso de endurecimento, Tabela 16, Meio de Endurecimento e Indice de Hidraulciade de Cal aes Meode | Si0,+41,0,+Fe,0, Endurecimento 7) Cal aérea gorda e maga) ar <0 aa (Cal frcamente drial (Cal medianamente hidculica Cal eminentementehidrdutica (Cimento natural de pegs lena Cimento natura de pega ripita AGLOMERANTES / 23 i 38 | MATERIAIS DE CONSTRUGAO 26. EXERCICIOS 1, aga diferencingo entre afaltor quontes, disslvidos o emulsdes 2. Explcar 0 significado dos prefixos RC, MC, SC e dos suflxos de Oa 5, para asfltos Ku aos, 3. Deserever © processo de obtengdo da cal, 4, Oqueé aca viv? 5. Como é processada a extingfo da cal viva em obra, ¢ quais 0 cuklados que devem ser ob- servades? 6. Quai s principals propriedades da cal hidratada? 17, Citare explicarsucintamente quaisos ensios de verficagfo da qualidade de wma cal hidrs tad, 8. Quai s pincipais propriedades do gesso? 9. Quais as caractersticas que conferem a0 gesso sua excelente propriedade de proteco cor tea fogo? 10, Cite as principaisuttizagdes do geso na construgo civil 11, O que a eal hidréulica? REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ‘THE ASPHALT INSTITUTE. Manuel of the Asphalt Insitwe MANTEL. Engineering materials handbook. New York, McGraw-Hil, $4 MILLS, 1.— Matra of contruction. New York, John Wiley 1955, OBER, Wan, Coles. cemeniory honmigonet. Barclon, Sines, 8. PAULA, Joo Flgtci de. —Aglomeranes revs. Belo Hoon, Escola de Engh, 1961. 'SECURADO, J.— Materia de constragdo Lisboa, Beta, KOMAR, A. — Matériau et elements de consructon. Moseou, Mi, 1973. AO 0 Portland ¢ 0 | de silicatos bi 1,03), 0 Oxide é centagem de ani {do calor no fora’ za obtengio do no estado silido “licato bicilcico ( ‘aluminato tricélcic ferro aluminato te! CIMENTO PORTLAND Eng? HELIO MARTINS DE OLIVEIRA Ex-Prof. de Materiais de Construgio da Escola Politécnica da Universidade de So Paulo tland ¢ 0 produto obtido pela pulverizagao de clinker constitufdo Silicatos hidrdulicos de célcio, com uma certa proporgéo de sulfato ‘contendo, eventualmente, adigdes de certas substincias que modificam ‘ou facilitam seu emprego. ‘Eom produto de natureza granulosa, resultante da calcinaefo de uma Tesatcriais, conduzida até a tomporatura de sua fusio incipiente es fundamentais do cimento Portland sio a cal (C20), silica ($i03), J, 0 éxito de ferro (Fé,0s), certa propor¢fo de magnésia (MgO) € uma de anidrido aulfarico (S03), que é adicionado apbs 2 calcinago Tempo de pega do produto. Tem ainda, como constituintes menores, ide s6dio (Na; 0), 6xido de potéssio (Kz), Sxido de titanio (TiOs) € ide menor importincia. Os Oxidos de potéssio e s6dio constituem os do cimento. “lumina ¢ Oxido de ferro so 0s componentes essenciais do cimento " gzralmente, 95 0 96% do total na andlise de Oxidos. A magnésa, f livre durante todo 0 processo de calcinago, esté usualmente eo de 2 1.3%, limitada, pelas especificagdes, a um méximo permissivel lex limite & um pouco superior (6,44). Os Gxidos menores comperecem ot a 1%, excepcionalmente 2%. |S maiériay-primas que contonha, em proporedes convenientes, 08 cons: cate relacionados, finamente pulverizada © homogeneizada, € subm Se no forno produtor de cimento, até a temperatura de fusio incipiente Zo do clinker. Nesse procesto ocorrem combinacbes quimicas, prin Seneflcico (3Ca0 - SiO WBicilcico (2Ca0 - SiO, = C,5) ticilcico (3Ca0 - Al,Oa mato tetracilcico (4Ca0 * Al,0s * Fe 0 36 / MATERIAIS DE CONSTRUCAO A andlise quimica dos cimentos Portland resulta na determinagio das proporgdes dos éxidos inicialmente mencionados. As propriedades do cimento sio, entretanto, rele. cionadas diretamente com as proporges dos silcatos aluminatos. As proporgies Gestes Altimos podem ser determinadas a partir do resultado da anilise em 6xidos. Denomina-se ssa operagio a determinacio da composig%0 potencial do cimento, Normalmente, usa-e para cdlculo 0 chamado método de Bogue. Nesse método, o cilculo parte da proporedo total de eal, deduzindos, a prinefpio, as parcelas necessirias & formacdo do sulfato de célcioe a cal livre, eventualmente encom. ‘rada. Determinam-se a seguir as proporedes de cal necesséria para a formagdo do ferro aluminato de caleio, de aluminato triclcico e de silicato bielcico. O saldo na proporgio original de 6xido, de cflcio € & seguir associado 2 proporglo de silicato bicileico jé calculada, resultando na determinagdo da proporgio atual de silcato triedcico. A sobra de silicato bicdlico constitui o teor desse composto no cimento. 0 eleulo pode ser feito dessa maneira, ou entdo resolvendo-se 0 sistema de equa- BCS = 4,07 X KCI0 — 7,60 X %SI0, —6,72X %Al Os —1,43 X%Fes0s — 2,85 K %S05; CaS 4,07%X HCHO — 7,60X %SIO3 —6,72 X KAl,05 — 1,43 X %FC05 — ~ 2,85 X S05; 5 X FAl,O3 ~ 1,69 X $eFe,O; 04 x $F 0,03. Na Fig. 3.1 encontra-se um nomograma apropriado para o célculo da composiezo potencial do cimento Portland pelo método de Bogue. Exe método no conduz a resultados estritamente corretos para a composicao potencial do cimento Portland, que varia em fungio das condiges de operagdo do Forno e do subsequente resfriamento do clinker. 0 encontro das corregSes apropriadas 6 objeto de trabalho de diversos investigadores, sendo, entretanto, accita a aplicagdo pura e simples do método de Bogue como um instrumento de controle da mistura de matérias-primas no processo de fubricacdo do cimento. A Importincia do conhecimento das proporgdes dos compostos constituintes do cimento reside na correlagio existente entre estes e as propriedades finais do cimento © também do concrete. O silieato triilcico (C3S) ¢ 0 maior responsével pola resisténcia em todas as idades, ‘especialmente até o fim do primeiro més de cura. O silcato bicélcico (C;S) adquire maior Importancia no processo de endurecimento em idades mais avangadas, sendo largamente responsével pelo ganho de resistencia a um ano ou mais. aluminato tricdlcico (C3 A) também contribui para a resistencia, especialmente no Drimeiro dia. © ferro aluminato de célcio (CAFe) em nada contribui para a resisténcia Exemplo: 1. $0. =15% CaO = 1,0% C280, = 2,5% das propory entretanto, re Isao na proporeao icato bicdlcico ja iiilcico. A sobra @ sistema de equa, 1.43 x %Fe,0; - $1.43 X%Fe,0, — p da composigao ea 2 composigfo 10 do forno e las € objeto de ypura e simples do Ssesiérias-primas no onstituintes do do cimento fodas as idades, CIMENTO PORTLAND / 37 Fig. 3.1. Nomograma para 0 método de Bogus. 90, = 48% x8 + 40% 18045 23%, 2Fo, 149%: oe + 5.3% color) = 40% or Sowa ia ee = s,e% Sy + 240% Reece eens +20.0% Sise% MATERIAIS DE CONSTRUCAO (© aluminato de calcio (CA) muito contribui para 0 calor de hidratacio, especial- ‘no inicio do periodo de cura. O silicato tricdicico é o segundo componente em ancia no provesso de liberagdo de ealor. Os dois outros componentes contribuern o para a liberagdo de calor. (© aluminato de calcio, quando presente em forma cristalina, € 0 responsivel pela de pega. Com a adigio de proporglo conveniente de gess0, 0 tempo de hidratagao sntrolado. O silicato tricéicico (C3S) ¢ 0 segundo componente com responsabilidade tempo de pega do cimento. Os outros constituintes se hidratam lentamente, no do efeito sobre 0 tempo de pega PROPRIEDADES FISICAS ‘As propriedades fisicas do cimento Portland sio consideradas sob trés aspectos sintos: propriedades do produto em sua condigdo natural, em pO, da mistura de cimen- fe Agua ¢ proporgdes convenientes de pasta e, finalmente, da mistura da pasta com ado padronizado — as argamassas. "As proptiedades da pasta c argamassn slo relacionadas com o comportamento desse sduto quando utilizado, ou seja, as suas propriedades potencias para a elaborapo de tos ¢ argamassas, Tals propriedades se enquadram em processos artifcialmente Finidos nos métodos e especificagdes padronizados, oferecendo sua utilidade quer para Teontrole de aceitagto do produto, quer para a avaliasio de suas qualidades para os fins ‘utilizaglo dos mesmos. Densilade, A densidade absoluta do cimento Portland é usualmente considerada 3,15, embora, na verdade, possa variar para valores ligeiramenteinferiores. A til ‘dc conhecimento desse valor se encontra nos célculos de consumo do produto nas caras geralmente feitas com base nos volumes especificos dos constituintes. Nas com sragbes usuais de armazenamento ¢ manuseio do produto, a densidade aparente do eso é da ordem de 1,5. Na pasta do cimento, a densidade é um valor varidvel com o tempo, aumentando & Bida que progride 0 processo de hidrataeto. Tal fenbmeno; de natureza extremamente ‘ena, € conhecido pelo note de retrapdo, Esta ooorre nas pastas, argamassas ¢ Fotos, Pode ating, em 24 horas, cerca de 7mm por metro na pasta pura, 4,5 mm metro na atgamassa-padréo © 2mm por metro em coneretos dosados SO kg/cimento(m", Dada » excepeional importincia que 0 fendmeno da retragdo tem ns menologia de concreto, ele seré tratado pormenorizadamente no estudo das propriedades cconcreto endurecido. Finura. A finura do cimento é uma nogdo relacionada com o tamanho dos gros ‘produto, & usualmente definida de duas maneirs distintss: pelo tamanho méximo do quando as especficagdesestabelecem uma proporcio em peso do material retide na de peneiramento em malha de aber dicie espeetfica (soma das superficie finura, mais precisamente a super ‘a velocidade da reapfo de hidrata radia em muitas qualidades de past ‘gumento da finura melhora a resist ui a exsudagdo ¢ outros tipos ¢ blidade ¢ a coesao dos concretos ed gsudagio é 0 fendmeno que consis inente aflora pelo efeito conjun 0 grav de permeabilidade que © mais geral, entendido como sepa Teoncretos por via de aylo de difen neidade indesejivel. A coesio nos bilidaite mecinica dos mesmos, an cia do ciselhamento. pathabilidade & uma nogso subjet Erece maior ou menor facilidade ne frescos. $40 todos atributos imp ‘no capituto correspondente 3s pro Finura do cimento determinads role do mesmo, como também nc eatro d0s limites determinados Jleiras NBR 5732 (EB-1) ¢ NBI “x9 200 de malha de 75 micra de do nessa pencira no deve exe ‘nical, tal indice deve bai o das superficies especies | ‘superior a 1900 cm? /g 0 valor obt peneiras normalizadas empregad tam caracteristicas geométric mente utilizadas as penelras ar sstrados alguns valores ilustrati (Na Tab. 3.2 esto também regi zadas francesas, fificou-se ser impraticavel @ op {60 micra. Desenvolveram-se, en ‘que se baseiam na medida de ¢ eabilidade & passagem de detem de cimento etc. o processo de turbidimetro de diferentes didmetros em suspe , mede-se 0 tempo de pereolay sulares de uma amostra de clme CIMENTO PORTLAND / 39 sto em malha de aberturadefinida , alterativamente, pelo valor Sia (soma das superficies dos grfoscontidos em um grama de cimen- precisamente a superficie especifica do produto, ¢ 0 fator que Ga reaedo de hidratagao do mesmo ¢ tem também sua influéncia s qualidades de pasta, das argamassas e dos concretos. Sinura melhora a resisténcia, particularmente a resistencia da primeira dacd0 e outros tipos de segregacZ0, aumenta a impermeabilidade, a {e2esdo dos concretos ¢ diminui a expansio em autoclave. f© fendmeno que consiste na separacdo espontanea da égus de mistura ‘sHlora pelo efeito conjunto da diferenca de densidades entre o cimento = rermeabilidade que prevalece na pasta. E um tipo de segregacio, centendido como separacdo dos diversos constituintes das argamassas es causes, conduzindo, finalmente, a uma retos ¢ argamassas frescas é responsivel medida pelo valor de uma nogdo subjetiva, aproximacamente definida como o estado lee menor fucilidade nas operagGes de manuseio com as argamassas ¢ © 1010s atributos importantes das misturas fresoas, tratadas minucio- ‘correspondente is propriedades da mistura fr to & determinada naturalmente durante 0 processo de fabricagao tes determinados nas especificages correspondentes. As espe B-1) ¢ NBR 5733 (EB-2) prescrevem limite de retengo na ‘micra de abertura, Para o cimento Portland comum, 0 12 ‘pencira no deve exceder 15% em peso. Para os cimentos Portland de ‘al indice deve baixar a 6%. A especificaco admite, nesse caso, 2 cies especificas pelo turbidimetro de Wagner, nfo devendo, en ? /g 0 valor obtido para essa superficie. cmalizadas empregadas na determinago da mistura de materiais pul- ‘sticas geométricas diferentes de um pais para outro. No Brasil, badas as penciras americanas padronizadas pela ASTM. Na Tab. 3.1 ns valores ilustrativos da série fina de peneiras padronizadss ameri Tmpraticivel a operaglo de separagdo de gros de tamanhos infe- wolveremse, entretanto, processos indiretas de andlises granulo- ine medida de tempo de sedimentacio de suspensées, na medida Spassagern de determinados fluidos através dos vazios intergranulares p etc. turbidimetro de Wagner & medido 0 tempo de precipitaydo dos metros em suspensdo no querosene. No procesto de permedmetro Nempo de percolagdo de determinado volume de a através dos vazios mostra de cimento de earacteristcas definids. 40 | MATERIAIS DE CONSTRUGAO “Tabela 2.1. Série Fina de Peneiras Americanas __‘Tabela 3.2, Strie Fina de Pens Frances Médula Na Fig. 3.2 esté esquematizado 0 turbidimetro de Wagner. Nese aparelho, onte luminesa 5, de intensidade constante,colocada no foco de um refletor parabé Bi emite um fexe de uz paralelo que atravessatuma cuba D, contendoa sispensto 22st Chergindo diretamente sobre a place senaivel de uma efuls fotcética P, Meads @ sroramperometre M. A cuba de égua D & destinada a absorver 0s ros \érmitos, © Mapa E proporciona a formac30 de um feixe de aberturadetemminada A thin a papensio é definida pelo logartmo da relagfo da intensidade da hz transmits p thelo nguido para 2 intensidade da luz transmitida pela suspensio. Esta dltima é sae im vatude da difusio proporcionada pelss ilps reflextes nas supertig fpanulaes A turbidincia da saspeno €rclacionada pela superficie especies dos x Sresenies no trseto do raioluminoso. Fazendose a medida a trbicancie diferen tempos, no processo , ‘a determinagdo da superfi specifica desejada. Fig. 3.2. Esquema do turbidfmetro de Wasner- com 0 turbidsmetro ‘malhas (44 micra) d= . A superficie est do cerca de 40 mit ao generalizads do '& compressio é rotineiras de contra -esté esquematizad0 ‘CIMENTO PORTLAND / 4 enssio com 0 turbidimetro de Wagner, 2 amostrs 40 cimento 6 peneirade na ‘depois submetida 20 provesto de decan- apreciavel rapidez ness® ‘cnsalo, Tal praticabilidade do ensalo com aceitagdo general ‘suas inerentes deficiéncias. eneralvatores da superficie especies, determinada Po pro: syria. Apesar de tudo, o método se press Bm ntrole de fabricago. x3 cath esquematizado o aparelho de Blaine. if Fig. 33. Permedimetro d¢ Blaine. pareno 6 composto de uma céiuiaciindsea, de mete) inoxidavel, no fundo pecs um pequeno disco perfurado, que SupOrts Ht ‘pequeno disco de papel- st ntoduzido nessa pequena cubs e comprimido Por Te isto apropria- *sfixada sobre um tubo em U, de estes de wm centimetro de didmetro, areas, A, 5, CoD. Ne pete superior irago marcado, existe wma a je geo e lgada um aspirador manual de orracha, tipo seringa. O soe t marca D com um liquido de densidade conhecida, geralmente Um eer, o ar existnto 6 asprado pea serings a 0 liquido suba 1b reqisto & fechado ¢ inciaze a obsrraslo 02 queda da coluna, que Hana pecolago de ar através de amostra conde m8 ‘euba superior. Mode sescida da cotuna de D até P. A superficie specifica da sjeterminada pel aplieago da formula de Rey's peje eapoufin deterinada por estes processos OW 9 mais que existem se ae significado relativo, 40 ponto de vista de previsfo pars 0 comporia+ Pn ais procesos, a dstibuiglo do tamanko ‘perfeitamente cons ‘Cimentos de procedéncias diferentes, com 0S Rg superficie especifica, podem mostrar ‘comportamento divers0, tant© st sePe quanto a exsudarao. De qualque fms FONT ‘cumpre salien- error deus ensaios no controle de fabricagio, ‘quando os parimetros é destacar também que os diferentes 42 | MATERIAIS DE CONSTRUGAO um cimento apresentou 2.500.cm*/g no turbidimetro de Wagner e 3 900.em? /g no ‘me&metro de Blaine 3.3.3. Tempo de Pega. © fendmeno da pega do cimento compreende a evolucio propriedades mecdnicas da pasta no inicio do processo de’ endurecimento, propried: ‘essencialmente fisicas, consequente, entrotanto, a um processo quimico de hidratagzo um fendmeno artificialmente definido como o momento em que a pasta adquire ces consisténcia que a torna impr6pria 2 um trabalho. Tal conceituagio se estende, eviden ‘mente, tanto & argamassa quanto a0s concretos nos quais a pasta de cimento esté preses © com missio aglutinadora dos agregados. No processo de hidrataedo, os gros de cimento que inicialmente se encontram suspensio vio-se aplutinando paulatinamente uns 20s outros, por efeito de flocula conduzindo & construgo de um esqueleto s6lido, finalmente responsavel pela estabilid dia estrutura geral. O prosseguimento da hidratagio em subseqiientes idades conduz cendurecimento responsive! pela aquisicZo permanente de qualidades mecanicas, carac risticas do produto acabado. A pega ¢ o endurecimento sfo dois aspectos do mes ‘procesto de hidrataeio do cimento, vistos em periodos diferentes — a pega na primed fase do processo e endurecimento na segunda e iltima fase do mesmo. A partir de certo tempo ap6s 2 mistura, quando o processo de pega alcanca determinado estagio, pasta nao 6 mais trabalhivel, no admite operagio de remistura. Tal periodo de tem; constitul 0 prazo disponivel para as operacbes de manuseio das argamassas e concret ‘ap6s o qual esses materiais devem permanccer em repouso, em sua posigo definitva, p ppetmitir 0 desenvolvimento do endurecimento. ‘A caracterizagao da pega dos cimentos € feita pela determinacio de dois tem; istintos ~ 0 tempo de inicio e o tempo de fim de pega. Os enstios so feitos com ps de consisténcia normal, nogao detalhada mais adiante, e, geralmente, com 0 sparelho Vieat, Nesse aparelho mede-se, em tiltima andlse, a resistencia & penetragdo de uma na pasta de cimento. ‘Tém sido tentados outros procedimentos para a medida de outras caracteristic fisicas da mistura que conduzissem 2 uma melhor caracterizagao de fenémenos da pega. medida da evolugio do valor do atrito interno da pasta de cimento mostra claramen ppontos de estreita correlacio com os ensaios de penetracio de aguihe, confirmando, pel crescimento rapido desse valor no intervalo entre o tempo de inicio ¢ 0 de fim de pega, ‘ovonréncia de uma aglomeragio de marcantes caracteristicas mecinicas.no interior ‘massa durante essa fase do procesto de hidratagio. Medigdes feitas sobre os valores de velocidade de propagagdo do som durante © infcio de hidratagdo das pastas tém mostrado pontos caracteristicos coincidentes com tempos de inicio e fim de pegs definides por penetragé0 de agulha. O mesmo ocorre na exame dos valores de resistencia elétrica a correntes de alta freqiéncis, onde as cu também mostram pontos caracteristicos coincidentes com os tempos de inicio e fim pega. Nao ha diivida de que, embora artificalmente definido o fendmeno, cle corresponde ‘uma realidade fisica caracterizada por pontos importantes no desenvolvimento do pro- cesso de endurecimento de aglomerante nos seus primeisos tempos de vida. Na Fig. 3.4 € representada a evolugio dos valores das velocidades de propagagéo do som ¢ da resist- vidade elétrica. CIMENTO PORTLAND / 43 $3900 cm? /g no cidade do som x Temperatura a evolugio eto, propried de hidratapto) pasta adquire Sete idtrica 10000 hertz Becinicas, cara ectos do mes cidade do som, temperatura, rsisténcia clética © pega. go. A ocorténcia da pega do cimento deve ser regulada tendo-se cago do material, devendo-se processar ordinariamente em peri hhora ap6s o inicio da mistura. Nesse prazo so desenvolvidas as do material, mistura, transporte, langamento e adensamento. Hé sque o tempo de pega deve ser diminufdo ou aumentado, lem que se deseja uma pega répida, como, por exemplo, nas obtura ‘0 empregados aditivos a0 cimento, conhecidos com o nome de ais aditivos sero tratados mais adiante, cabendo, no momento, @ de aceleradores, 0 cloreto de cilcio e o silieato de sodio. = em outros processos tecnol6gicos, ressalta-se a conveniéncia de um Bs longo, como, por exemplo, nas operagbes de injegdo de pastas wentos de concretos sob gua, quando entdo se empregam aditivos dlores. Entre estes, citam-se 0s ag rdindrios, a celulose € ou- 08 Alguns cimentos oferecem raramente o fenOmeno da falsa pega, Eristicas da pega ordinaria, ocorrendo em perfodo mais curto © ndo jd deserita para o fendmeno. Trata-se de uma atribuida ao comportamento do gesso adicionado ao cimento, no fatura, e que pode ser corrigida por destruicdo do incipiente esqueleto ‘mediante acio enérgica de mistura ou remistura. pega do cimento é determinado, como jé fot dito, por ensaio do ‘A pasta é misturada em proporgdo que conduz # uma consistén Essa consisténcia normal é vorificada no mesmo aparelho de Vicat, mada sonda de Tetmajer, um corpo cilindrico, metalico, liso, de 10 mm eminado em segio reta. A sonda ¢ posta a penetrar verticalmente em "seo de um peso total (incluindo » sonda) de 300 g. Na Fig. 3.5 esta sho de Vicat 44.) MATERIAIS DE CONSTRUGAO ig.3.5. Esquema do aparelho de Vieat. No ensaio de consisteneia da pasta, a sonda penetra eestaciona a uma cert distan- cia do fundo do aparelho, Essa disténcia, medida em milimetros, € denominada indice de consisténcia. A pasta, preparada para ensaios de tempo de pega, deve ter uma consisténcia normal de 6 mm, isto é, a sonda de Tetmajer deve estacionar a distancia de 6 mm do fundo da amostra. Essa amostra de consisténcia normal ¢ ensaiada nesse mesmo aparelho & penetragio de uma agulha corpo cilindrico circular, com 1 mm? de érea de sepio e terminando em seplo reta. A amostra € ensaiada periodicamente a penetragio pela agulha de Vicat, determinando-se o tempo de inicio da pega quando esta deixa de penetrar até o fundo da pasta, ou melhor, a0 ficar distanciada do fundo 1 mm. Os enstios slo prosseguidos até a eterminacdo do tempo de fim de pega, quando a agulha ndo penetra nada mais na amostra, deixando apenas uma imperceptivel marca superficial Na obra procede-se — quando necessério, por exemplo, para eliminar a suspensiio de lum cimento geralmente em processo muito lento de pega — a um ensaio grosseiro, que consiste na moldagem de uma série de pequenas bolas com pastas de consisténcia seme- Ihante a normal de laboratério. Submetendo-as a posteriores esmagamientos com 0s dedos, quando 0 esmagamento deixa de ser pléstico, tem-se, grosseiramente, o inicio da pega; quando as bolas se esfarinham por agdo de esforco muito maior, tem-se o fim da pege. 335, Resistincia, A resistencia mecinica dos cimentos é determinada pela ruptura a compressio de composdeprova realizados com argamassa. A forma do corpo-de-prova, suas dimensbes, o trago da argamassa, sua consisténcia e 0 tipo de areia empregado so definidos nas especificagdes corespondentes, e constituem caracteristicas que variam de um pafs para outro, Quase todos adotam cubot de arestas de $ a 7m, predominando esta dltima dimensio. Apenas no Brasil € no Uruguai empregam-se corpos-de-prova de forma cilin- dsica, No Brasil, 0 corpo-de-prova ¢ um cilindro de 10cm de altura por Sem de Z. A consistincia da argamasse 6 determineda pelo ensaio de escorregamento da argamassa ‘normal sobre mesa cadenite. O processo € descrito pormenorizadamente no método NBR 7215 (MB-1) da ABNT. Molda-se com argamassa um corpo-de prova de formato tronco de cone, tendo como diametros das bases 125 e 80 mm e como altura 65 mm sobre uma pla- ‘taforma lisa de um mecanismo capaz de promover quedas de 14 mm de altura. No ensaio so executadas trinta quedas em trinta segundos (ver Fig. 3.6). inferior do cone 1 de consisténcia da 6 constituids NBR 5732 (EB-1) fas, 15 MPa e, 205 2 atone pra ensio do consent: = inferior do cone motdado espathase, ¢ arnedida $0 giametso final € defini ‘consistancia da argarnass ‘pune que a consstencia€ ‘normal quando esse ‘portant0 definida So Paulo, “mnateriais 6098- nee definida. 0 enssio Odi i ‘arcia normaly ‘normal anteriormé aise ena 6 2 chant weniente do tio Tieté,em ‘natural, PIOY va guia fxada pela TaD 33. secutados S50 oon Mata do rompimento. Este fo mento Poriand oFZitlsioy Me aad, resistencis minis A exsudagio € de cimento, 298° 46 | MATERIAIS DE CONSTRUGAO sados, por gravidade, a uma sedimentagio, quando possivel. Resulta dessa tendéncia movimentagdo dos grios para baixo um afloramento do excesso de égua, expulso porgGes inferiores. Esse fendmeno ocorte, evidentemente, antes do intcio da pegs. A & que s acumula superficialmente 6 chamada exsudacdo ¢ 6 quantitativamente expres ‘como percentagem do volume inicial da mesma, na mistura. E uma forma de segreg que prejudica a uniformidade, a resisténcia ea durabilidade dos concretos.Jé foi dito g 4 fimura do cimento influi na sedugio da exsudagio, 0 que se compreende facil: considerandose que a diminuiglo dos espagos intergranulares aumenta a resistencia percurso ascendente da dgua. 34) PROPRIEDADES QUIMICAS {As propriedades quimicas do cimento Portland esto diretamente ligadas a0 p ‘esso de endurecimento por hidrataco. Ainda nfo se conhecem com muita precisio reapées e os compostos envolvidos no processo de endurecimento, restando muitas 4 tes a serem esclarecidas. O processo é complexo, admitindose, atualmente, que s° dese role em desenvolvimentos que compreendem @ dissolugio na égua, precipitagses de fais e gel com hidrOlises e hidratagOes dos componentes do cimento. Inicialmente, 0 silicato tricdcico (C3S) se hidrolisa, isto 6, separa-se em silica bicdleico C2S e hidr6xido de cal. Este tltimo precipita como cristal da solugdo supersa rada de cal. A seguit, silicato bicilcico existente, resultante da hidrolis, combin com a agua no processo de hidratacao, adquirindo duas moléculas de dua ¢ depositand se, a temperaturas Ordingrias, no estado de gel, Esse processo, quando conduzido « ftemperaturas elevadas, resulta numa estrutura de natureza cristalina. Os dois siti ‘constituintes principais do cimento, o aluminato tricdleico ¢ 0 ferro aluminato de céle se hidratam, resultando, do primeiro, crstais de variado contetdo de agua e, do segund ‘uma fase amorfa gelatinosa, Esse processo é realmente répido no clinker simplesmente pulverizado. O alumin tricdleico presente 6, de um modo geral, considerado o responsivel pelo inicio imedi do processo de endurecimento. 0 produto, nessas condigGes, é de pegs répida. Como sabe, 0 cimento, nessas condigdes, & material initil para 0 construtor, impossbilitand ‘qualquer manuseio pela rapidez da pega. Também ¢ conhecido que a correrio s efet pela adigio de sulfato de célcio hidratado natural, sipsit; a0 clinker antes da operaio 4 ‘moagem final. AS investigages demonstraram que a aglo do gesso no retardamento tempo de pega se prende 20 fato de ser muito baixa a solubilidade dos aluminatos ani em solugSes supersaturadas de gesso. O processo prossegue em marcha relativamente lent pela absorgo do sulfato, mediante a producao de sulfoaluminato de cflcio e outro Compostos que, preciptados, abrem caminho para a solubilizagéo dos aluminatos responstveis pelo infcio da pega, jé entio em época conveniente. ( fendmeno de falsa pega no ¢ ainda claramente compreendido. Admitese, eral, que a5 causts mais freqUentes da falsa pega sfo a desidratagio do gesso a form instévois de sulfato de eéleio, ocorridas durante a operacio de moedura, onde a temp: {ura se eleva acima de 130°C. Nesses circunstincia, 0 cimento produzido contém sults de célcio hidratével, que seria o esponsivel pela falsa pega. 2 estabilidade & de modo 2 f ituido, em link peratura ordindria, conduzida le (é medido mi de calor se des grande interes me nas obras Vo fim do resftiamen cimento, especial do calor de hidrs indo-se a 60 2 80) es do calor de hicra — 120 call = 62calle, = 207 call = 100 calls = 203 calle = 219 call CIMENTO PORTLAND / 47 lade. A estabilidade do cimento é uma caracteristcaligada & ocorténcia indesejaveis expansbes volumétricas posteriores 20 endurecimento do con. ta da hidratagdo de cal e magnésia live nele presentes. Quando o cimento ecidveis proporebes de cal livre (CaO), esse Gxido, a0 se hidratar posterior, Endurecimento, aumenta de volume, ciando tensBes internas que conduzem i edo, e pode terminar na desagrega¢do mais ou menos completa do material. ‘Scorrer quando prevalecem temperaturas superiores a 1 900°C no provesso de © do clinker ¢ resulta na supercalcinagdo da cal. Este éxido, como se sabe, de maneira extremamente lenta, conduzindo a indesejével expansio em época 2 endurecimento do material. Tal fendmeno ocorre com maiot razio com 0 ‘mugnésio, motivo pelo qual as especificagses limitam a proporgdo da presenga fura elevada, de modo a fazer aparecer, em sua provivel grandeza, a expansio 2 hidratagdo, tanto da cal quanto da magnésia livre, No Brasil, utiliza, para io, a chamada agulha de Le Chatelier, que € constitsda por uma forma eilindvica de Isto com 30 mm de altura © 30 mm de diimetro, com uma fenda aberta luma geratriz. Soldadas 2s bordas dessa fend esto duas hastes destinadas a 4 medida da abertura, que aumenta com a expansfo do nicleo de pasta 20 interior do cilindro. No método NBR 7215 da ABNT, esse ensaio & descito ihe ¢ ¢ constituido, em linhas geras, da moldagem, cura do corpo-de-prova imerso za temperatura ordinéria, durante 12 horas, e subseqiente aquecimento do cor. ova em dua conduzida lentamente a fervura, durante cinco horas ou mais. O va. Expansbilidade € medido nas pontas das agulhas em milimetros, nfo podendo ul. OS limites descritos pelas especificacdes de qualidade do cimento (no Brasil, a 32. a NBR $733), Calor de Hidratagéo. Durante o processo de endurecimento do cimento, consi quantidade de calor se desenvolve nas reagdes de hidratagZo. Essa energia térmica vida é de grande interesse para o engenheiro, principalmente pela elevagio de tem> resultante nas obras volumosas, a qual conduz a0 aparecimento de trincas de 0 a0 fim do resfriamento da massa. O desenvolvimento de calor varia com a Psicio do cimento, especialmente com as proporgies de silicato e aluminito tricél- © valor do calor de hidratagio do cimento Portland ordindrio varia entre 85 ¢ =l/g,reduzindo-se 60 a 80 cal/g nos cimentos de baixo calor de hidratagéo, 05 valores do calor de hidratagdo dos constituintes do cimento sio os epuintes: cs = 120 cal/g C8 = 62cal/g CsA — 207 cag = 100 cal/g ~ 203 cal/g = 279 calle 48 / MATERIAIS DE CONSTRUGAO (© método mais comum para a determinagio do calor de hidratago do cimento calor de dissoluglo. Amostras secas de cimento em p6 ¢ de cimento parcialmente hi tado ¢ subseqilentemente pulverizado sio dissolvidas em mistura de Scidos nitric cloridrico numa gerrafa térmica. A elevacdo de temperatura devidamente corrigida p climinago dos fatores estranhos ao fendmeno determina as medidas do calor de di ‘io das amostras. Por diferenea, calor de hidrataci0 do cimento é caleulado. © interesse do conhecimento do valor do calor de hidratagdo do cimento reside possibilidade do estudo da evolugdo térmica durante 0 endurecimento do conereto obras yolumosas. Basicamente, tratase de multiplicar 0 calor de hidrataeo do cimes pelo peso do cimento contido no metro cibico de concreto e dividir © resultado calor especifico do conereto. Esse célculo eproximado nio se desenvolve, evidentemens ‘com essa simplicidade esquematica, devendo ser considerados vétios outros fatores @ intervém na evolugio do fendmeno, tais como a velocidade de reagao, o oeficiente condutibilidade térmica do concrete, @ variagdo do calor especifico do concreto com temperatura ete. Este assunto ser desenvolvido no capitulo referente ao endurecime do conereto, 3.4.3. Resisténcia 208 Agontes Agressivos. Nos concretos em contato com a gua ¢ co a terra podem ocorrer fendmenos de agressvidade. As Aguas, como as terra, pode conter substancias quimicas suscetiveis a reagGes com certos constituintes do ime: presentes nos coneretos, Nostes éltimos,o cimento constitu o elemento maissuscetivel eventual ataque, j4 que os agregados so de natureza predominantemente inert. © silicatos de célcio mais ou menos hidratados e principalmente a cal hidratada, presente no cimento hidratado, sio ot elementos submetidos a ataque quimico. O hi cileio presente na proporcio de 15 a 20% do peso do cimento orginal constitui o pont sais vulnerével ‘As guas puras, de fontes graniticas ou oriundas do degelo atacam 0 ciment: hidratado por dissolugio da cal existente. Essa dssolugio alcanca cerea de 13 grama po litro nas temperaturas correntes. Aguas puras renovadas acabam lavando toda a cal ex tente no cimento hidratado, aps o que comecam, com menor intensidade, a dissolver rOprios siicatose aluminatos, 'As dguas dcidas, como, por exemplo, a égus de chuva, com certa proporgdo de gi carbonico dissolvdo, agem sobre a cal do cimento hidratado segundo processo que varis em fungéo da concentragéo do anidrido carbonico. Se a concentragio € baixa, 0 sa formado é 0 carbonato de cilcio, pouco sokivel, que obstrui os poros, constituindo protegto a ataques posteriores. Se a concenttagdo é relativamente forte, 0 carbonato formado ¢ dissolvide como bicarbonsto, prosseguindo 0 staque até completa exaustio da cal presente. Os sais de cielo io atacados em seguids. ‘As iguas podem ser igualmente agressivas quando contém outros écidos, come. acontece com 05 residuos industrials ¢ aguas provenientes de charcos contendo écidos orginicos. Tanto nium caso como no outro, hé exaustdo da cal, ¢ um ataque posterior dos sais oonstituintes do cimento hidratado deixa no concreto tum esqueleto sem coesio © inteiramente prejudicado nas suas caracteristicas mecdnicas e outras. Pea estimar a resis téncia quimica d um cimento a dgua ;ura e deida, 6 itil conhecer seu indice de Vieat ica mais alumina di © o Portland, portante pobre em cal e caP# ada ataca o ciment ‘solfoaluminato com & ‘Fssuramento que Po jo material pilitro, e aguas commen mar contém sume de magnésio e 0 co dade da cal. O Pe pdida de proterio:F fos de cflcio, ager cimentos rcos em Alcali-Agreaado. | Mgelatinosos acompant Temento com a sic ts. de fendmen ¢ ado objetivames! agregados. FICAGAO, ntos foram origins ‘encomendavam, 035 tho. A partis de | CIMENTO PORTLAND / 49 5 €, a relagio silica mais alumina dividida por cal. Se ¢ inferior a 1, terse 0 cimento © em cal, como o Portland, portanto, um cimento facilmente atacavel. Se, 20 contrétio, indice & superior a 1, cimento aluminoso, cimento metaligico, cimento pozolénico, se de material pobre em cal e capaz de resist agressvidade da Sgua dissolvente "A gua sulfatada ataca 0 cimento hidratado por reaga0 do sulfato com alurinato, fndo um sulfoaluminato com grande aumento de volume. Essa expansio interna é onsivel pelo fissuramento que, por sua vez, facilita 0 ataque, conduzinéo 0 processo feta deterioragdo do material, Aguas paradas, contendo mais de meio grama de Fato de célciollitro, ¢ Sguas correntes com mais de 0,3 g podem, em geral, ser conside- 4s perigosts. Ma gua do mar contém numerosos suis em solugdo, entre 0s quais os sufatos de o, o sulfato de magnésio e o cloreto de s6dio. A presenga deste dltimo contribui para vntat a solubilidade da cal. © pequeno contesdo de écido carbénico contribui ligeira- we como medida de protegio, pela formagdo de carbonato insokivel, J4 os sulfatos, cipalments os de célci, agem da maneira j4 descrita,resultando no final ataque ossivo dos cimentos ricos em cal pelas éguas do mar. Reagdo Alcali-Agregado. Identificese como reagio lcal-agregado @ form: “odutos gelatinosos acompanhada de grande expansio de volume pela combinagéo viealis do cimento com a sfica ativa finamente dividida, eventualmente presente nos zados. Tratese de fendmeno estudado em época recente que, embora nlo tenha sido, ore, constatado objetivamente no Brasil, por constituir importante risco na durabili- ios concretos, merece detalhada investigago quando do uso de agregados oriundos vas fontes, sem experiencia anterior. Tal assunto serd examinado no capftulo corres: te aos agregados. CLASSIFICAGAO Jimentos foram originariamente fabricados segundo as especificages dos consu- que encomendavam, da fbrica, 0 produto com ceras caractristicas convenien~ Nom trabalho. A partir de 1904, quando as primeiras especificagdes da ASTM foram Jocidas, a indistrialimitou-se a produzi alguns tipos de cimento. ‘ncaa pais, a indistia produ os cimentos padronizados pelo organismo normal nacional ¢ alguns outros fora de normas, mas sempre um niimero limitado de tipos. se encontram todos os tipos, entretanto, disponiveis no mereado. Muitos deles, dos a us0s especiais, do obtidos mediante encomenda. No Brasil slo produzidos vétios tipos de cimento, oficialmente normalizados. Fabrica-se também, para emprego ordinariamente ndo estrutural, o cimento branco, ‘um cimento Portland ordindrio, praticamente isento de éxidos de ferro, ¢ que se scue mediante cuidados adequados na escolha da matéria-prima ¢ na conducfo do sso de fabricagio. Na Tab. 34 so apresentadas as principals caracteristicas dos ci 3s normalizados brasileiro. 50 / MATERIAIS DE CONSTRUGAO ps Unidos sio especif t destin ae Caractertstias Expect é 0 cime ‘onde nenhuma das | 230 opstituem um desenve 5, 2 int constituind de 3a! went moderato | do desenvolvimento oduzida essa classi es yolumnosas de porte # ato tipo 1 mato tipo 2, frequen mnto tipo 3 & 0 cis elevada de CaS © nto tipo 4, pouco 8 destinado 20 emp la reduglo na prof nto tipo 5 € o de ar, si6 presente na PTOP aglomerante nna proporsio todos esses tipos ‘encontrados em: el tapos 1, radas & importante LeLs-aaN (raw LeLSHEN, (esvaa) zeesaan | VasTIsvaa VRXON o [le a 7 06 fa a [se ze | sc ze spec | can) or a [sr spraqeuou a [st “ 10 oe ao fe tp £0 10 (4) sex “eed 9p owruyua odie, ay (0 suo suouad #u comps s9 (9) lo} OF BEG so [s' (9 301 03H sosnfing 2 ove | ose. npoupnaioy yy 2p ID sovefis @ oupinsoy epaiapon Td ‘2pepaadorg soaqg sonny vend WAV mod soponfiondss soojssunsoa) sOwUrTY eM CIMENTO PORTLAND / 51 Nos Estados Unidos so especificados cinco tipos principais de cimento Portland, 9 caracteristicas mais importantes esto na Tab. 3.5. ia 3.5, Algumas Caractertticas Especificados pele ASTM pars Cimentos Amerieenos © cimento tipo 1 0 cimento Portland comum utilizado nos trabalhos gerais de conde nenhuma das carecteristicas diferenciadoras dos tipos restantes s40 as e constituem um desenvolvimento natural do cimento fabricado antes de 1936, do foi introduzida essa classifica. 0 cimento tipo 2, freqientemente conhecido como “modificado”, é um cimento desenvolvimento moderado de calor de hidratagGo. Foi muito utilizado nas pavimen- es antes do desenvolvimento da técnica de incorporeedo de ar, ¢ recomendado para trugBes volumosas de porte moderado. © cimento tipo 3 € o cimento de alta resistencia inicial,diferindo do tipo 1 pela j¢30 mais elevada de C3S ¢ maior finura. © cimento tipo 4, pouco utilizado atualmente, é um cimento de calor de hidratago p baixo, destinado ao emprego em construgSes volumosas de grande porte. Isso é guido pela redugio na proporgio deC3 Ae C3S. ‘0 cimento tipo 5 é destinado 20 emprego em obras onde a resisténcia ao ataque &s sulfatadas é importante, Nesse produto a proporgdo de CsA é substancialmente Ds tipos 1, 2 ¢ 3 sf0 também especificados com 2 incorporagio de agentes de io de ar, constituindo 0s tipos 14, 2A 3A. O agente incorporador de ar ge- std presente na proporeo de 0,01 2 0,03% e permite, nos concretos realizados < aglomerantes, 4 inttodugio, na mistura, de bolhas de ar de muito pequeno na proporcio de 3 a 6% em volume. todos esses tipos de cimento, apenas os tipos 1 3, ¢ mais raramente 0 2, sfo ste encontrados em estoque. ‘52 | MATERIAIS DE CONSTRUGAO ‘Além desses tipos de cimento, cordindrio de pega muito lenta, 05 cimentos de pogos de petréleo, que devem endurecs Gin condigies de temperatura a pressio muito elevada, o que se consegue mediante & sdigdo de outios agentes retardadores que nfo o gesso, Da mesma forms, 0 cimmens tranco, que & uma variedade do cimento tipo 1, 6 encontrado normalmente no mercass cmericano, Kavendo também, em grau menor de disponibilidade, outros tipos especias donstitufdos de cimento tipo 1 com aditivos variados, como, por exemplo, os cimentos antibactericidas. Nz Franga encontrase, provavelmente, « maior variedade na classificagdo de tpos de cimento, Na Tab. 3.6 apresentam-se algumas caracteristicas dos principals produtos feanceses, Os cimentos franceses slo identificados por um simbolo exjo prefixo é ums feooctagao de letras consttuidas peas inciais do nome do produto, seguiéas per oe eho composto por um par-de nimeros que ropresentam as resistencias & comprossl0 # ea 28 dias, respectivamente, em MPa. {© supercimento 355.400 e o cimento de clevada resistencia inital (315-400) const vem os produtor de alta qualidade mecinica e pequena dlsponibilidade no mercado tego mas slevado eemprego restrito aos casos nfo resolvidos pla aplicayfo o cimente Portland ordinério. ‘ cimento comum & fabricado nas classes CPA-250)315 ¢ CPB-250/315, diferen ‘iandovse um do outro pela adigao de escoria de alto-forno finamente dividida no produte GP. bess dois cimentos constituem o grosso da producdo industrial francesa. Tabela 36. Algumas Coracteriticas de Alguns Cimentos Franceses Tompressto Cimento Simbolo pore MPa debueéra | 24 | 74 |28¢ Portland artificial | CPA-280/315 10% 2s [ais Idem (cPB-250/315 10% 2s alta reasténcia| HRE-315/400 ais] 40 Supercimento ‘Super 50 Motalesico (CMM-250/315 50% 2s [ais Encontramse, a seguir, 08 chamados cimentos 20 ferro CF-250/315, que ¢ wna satiate do cimento comum, contend, porém, de 20 4 30% de esta de alto-foro, Os (pos subweghentes, cimento metaliico miso, cimento de altoforno cimenio Oe seb vp tke, slo todos constituidos por mistura de cimento Portland eomum CPA com Froporgbes varias de escéria de alt-forno, que participa até com 80% da ristura no ‘ikimo cimento. *cmsérn de altoforno finamente dividida nfo consitel propriamente um aglome, rante hidréulico, podendo, entretanto, combinar com 4 cal live existent no cimento sado, endurecend junto &s jaz ‘produto acaba mente baixo, aU nna fabricaga¢ ‘0 cozimento. ynamento eco ponivels, determ an, Entre 08 ™ ‘conchas de orige ardosia e esc6ria sacio da matéria- da matéri srata de rochas ¢ ide pedreiras se -prima, que posite de redu da mistura hor se primas. CIMENTO PORTLAND / 53 do, endurecendo lentamente ¢ proporcionando ao produto final quali itam a diferentes utlizagSes nas obras de construcdo. > Portland € atualmente produzido em instalagSes industrials de grande 1s junto is jazidas que se encontram em situagSo fevorével quanto 20 Sproduto acabado aos centros consumidores, Trata-se de um produto de fe beixo, que nio comporta fretes 2 grandes distancias. As matéras: m na fabricagio 40 cimento Portland sfo, usualmento, misturas de mate- srilosos em propors6es adequadas que resultem em composigSes quimicas © cozimento, Sionamento econdmico do empreendimento, combinado com a naturcza onivels, determina oS materiais que podem ser utilizados na manvfatura do nd. Entre 08 materiais calcrios utlizados encontramse 0 calcério propria- Snchas de origem marina etc. Entre os materiais arglosos encontram-se a ardosiae escoria de alto-forno. 1o do cimento Portland comporta seis operayes principals, a saber da matéria-prima; facdo da matéris-prima se faz pela técnica usual de exploragdo de pedreirss, “de rochas e xistos; por escavacio, segundo a técnica usual de movimenta ‘quando se trata de argila, ¢ por dragagens, quando é 0 caso. A técnica de Dedreiresseré desenvolvida mais adiante, quando se tratar da produgfo de sria-prima, quando rochoss, 6 submetida a uma operagio de beneficiamento ito de reduzir © material a condico de gros de tamanho conveniente. ‘comum no processo de exploragso de pedreiras de agregados. Os materias britados, calcério, por exemplo, #0 encam! tos apropriados, de onde s80 processados segundo duas linhas principals via seca e via mids. ‘samento por via seca, a matériaprima é inicialmente conduzida 2 uma convenientemente secada, Secos, os materiais argilosos ¢ calcérios sf0 € conduzidos aos moinhos e silos, onde se reduzem a gros de pequenio ‘mistura homogénea. para esse fim, moinhos, usualmente de bolas, associados em série © i sepuradores de peneira, ou ciclones, por cuja ago se conduz o processo na tristura homogenea de grZ0s de pequeno tamanho, intimamente misturados, 54 / MATERIAIS DE CONSTRUGAO Essa mistura é conduzida por via pneumitica para os silos de homogencizaglo, qutis a composigéo bésica da mistura € quimicamente controlada e sto eventualme feitas as corregdes. ‘A mistura homogénes ¢ armazenada em silos apropriados, onde aguarda o momen de ser conduzide ao forno para a queima. No processo por via timida, onde se emproga a argila natural como matéria-prim esta € inicialmente misturada com Agua, formando uma lama espessa O caleério britado proveniente dos silos ¢ proporcionado e misturado com a lama argila ¢ conduzido para os moinhos, também usualmente de bolas, onde a rocha calcd reduzida a grios de tamanho muito pequeno, Esses moinhos trabalham também co ‘equipamentos separadores, neste caso, cdmaras de sedimentagio que proporcionam m: cficaz.de controle dos tamanhos dos grios de calcério em suspensio na lama. A lama, apés a operago de moedura do calefrio, é bombeada para os silos 4 hhomogeneizagi0, nos quais, como se procedeu na via seca, se controla a composica cguimica e se fazem as eventuais corregbes. A mistura, devidamente controlada e hom neizada, é conduzida para os silos de armazenamento do cru. Nesta altura, 08 dois pre cessos novamente se encontram, provedendo-se a alimentagio do foro, com a mis pulverulenta proveniente da via seca ou com a lama provenlente da via imida, 0 foro, como é utilizado atualmente, é constitu(do por um longo tubo de chap de ago, revestido intemamente de alvenaria refratéria, girando lentamente em torno de seu eixo, levemente inclinado, tendo na extremidade mais baixa um magarico onde ‘processa a queima de combustivel¢ recebendo pela sua boca superior o cru. ‘A operacio de queima da mistura erua devidamente proporcionada num forne onde, pela combustdo controlada de carvdo, gés ou leo, a temperatura é elevada a infveis necessérios & traneformagGo quimmica que conduz a produgio do clinker, subseqie temente resfriado, 6, talvez, a mais importante fase na fabricagdo do cimento. O materi submetido ao processamento das queimas percotte o fomo rotativo de uma ponta a out em cerca de 3 horas e meia a 4 horas. 0 clinker produzido sai do forno em elevade temperatura, incandescente, e é resfriado mediante corrente de ar ou mesmo por ago de gua. O clinker resfiado & conduzido a depbsitos apropriados, onde aguarda o provesse- ‘mento da moagem. ‘A operagio de moagem do clinker 6 realizada em moinhos de bola conjugados com separadores @ ar. Sendo o clinker um material extremamente duro, a moagem 6 uma ‘operagéo dispendioss, onde so consumidas as esferas de aco duro utilizadas dentro do moinho. 0 linker entra no moinho jé de mistura com a parcela de gipsita utilizada para controle do tempo de pega do cimento, Para facilitar a operagio de moagem, a indistria rmanufatureiza de cimento tem utilizado como aditivos certas substancias que faciitam ‘e882 operacdo, 08 aditivos de ajuda na moagem, O clinker pulverizado € conduzido pneumaticamente para os separadores de ar, um siclone que reconduz, a0 moinho os gros de tamanho grande e dirige os de menor ‘tamanho, o cimento propriamente dito, para os silos de estocagem, © produto acabado, 0 cimento Portland artificial, é ento ensacado automatica ‘mente em sacos de papel apropriado ou simplesmente encaminhado a granel para os vefeulos de transporte q ' i j 3 i f ; 56 / MATERIAIS DE CONSTRUGAO ‘A inddstria de cimento 6 de grande porte, ¢ entre as indastrias quimicas, onde se classifica, nfo encontra nem de longe algum paralelo. O material movimentado se meée por milhares de toneladas por dia e o tamanho das pecas de equipamento se mede pel poténcia dos motores utilizados, milhares de HP. ‘A produgfo anual de cimento no mundo alcanga 300 000 000 t, contribuindo © Brasil com cerca de 5 000 000 t. Na Fig. 3.7 estd esquematizada a fabricapio do cimento. 3.7. TRANSPORTE ‘A maior parte do cimento consumido em obras é transportada, ensacada, por vis ferroviiria ou rodoviiria. Envolve tal operapo perda por sacos rasgados, que alcanca até 2%. Sendo o cimento um material de grande densidade e de baixo prego, 0 custo de frete incide de maneira ponderdvel. Resulta dai a necessidade de processar 0 transporte com utilizagdo plena dos vefculos, operando-se com partidas que ocupem a carga total de um vagio ou de um caminho, conforme sja 0 caso. O transporte de parcelas menores que 2 capacidade do veiculo onera desnecessariamente o custo do produto. ‘Como 0 prego do sico de papel contribui de mancira apreciével na formagio do custo do cimento, procede-se, sempre que possive, 20 seu transporte a granel. Hi diversos sistemas apropriados para o transporte de cimento a granel, feito sempre em reservatérios rmetilicos estanques, quer sobre gindola ferrovidria, quer sobre chassis de caminhdes. Diferenciamse, porém, os processos de carga e descarga do material, utilizando-e sisteme pheumitico, de escorregamento e parafuso sem fim. No sistema pneumitico, o cimento é arrastado dentro de um tubo por forte co:- rente de ar. A sucgio & processada no fundo do reservat6rio ou silo por dispositivo de arraste que se constitui por uma simples trompa de ar, conforme se observa na Fig. 3.8. ‘A alimentagdo da trompa de sucgio & feita por gravidade, deslocando-se 0 cimento para a parte inferior do reservat6rio. Essa movimentagao do material ¢ facltada por um proceso curioso de fluidificagio, obtida pela introdugdo de ar a baixa pressio nos vazios entre os gros de cimento. O ar & introduzido através de janelas porosas localizadas em posigio apropriada, conforme se vé na Fig. 3.8. Quando se forga a passagem de ar por percola¢Zo do volume de um material granu- oso como 0 cimento, observase uma queda imediata no ngulo de atrito interno do ‘material. No easo do cimento, o material em repouso tem um Angulo de atrito interno de cerca de 45°, oferecendo, entfo, uma resisténcia aprecidvel a sua movimentagdo. Com 2 introdugdo de ar nas condigdes descritas, esse Angulo baixa a um valor inferior a 5°, qaando, entio, o material 2¢ comporta quase como um liquido. Esse fenémeno, que é comum a todos os materiais pulverulentos, é muito usado na movimentagao do cimento ¢ se explica pela lubrificago conferida pelas bolhas de ar forgado nos vazios inter- sranulares. (© material succionado na trompa é arrastado dentro do tubo de maneira muito ‘cdmoda, pois 0 caminho néo ¢ limitado por elevagdes © curvas. © processo se aplica convenien'emente bem na movimentag0 do material dentro das fébricas, cobrindo per- cursos que alcangam mais de 300 metros, vencendo diferencas de altura da ordem de 30 2 CIMENTO PORTLAND / 57 Grethas para introdugo de or ‘0 gases para fludificapo do cimento Fig. 3.9. Tanque para transporte de cimento a granel com descarga por excorregamento. 88 / MATERIAIS DE CONSTRUGAO 40 metros. Usado na descarga de caminhdes vagées de transporte de cimento a proporciona uma operagdo muito répida. Um caminhio com 9 t pode ser desc em 9 minutos. No processo de escorregamento, « descarga do vesculo se faz por gravidade ao long de uma calha intema, que corre pelo fundo do reservatério, neste caso um longo tanq® semelhante aos tanques de transporte de combustivel (Fig. 3.9). Essas calhas, embora de pequena inclinagio, sio constituidas de um material po! 0, geralmente um tecido, através do qual o ar é forcado. Em virtude da fluidifica cconferida 20 cimento, ele escorrega com fecilidade pelas calhas, esvaziando-se 0 rese t6rio em pouco tempo. Nesse processo, ocorre uma descarga de duas toneladas p minuto. No sistema de parafuso sem fim, mais antigo, a descarga do veiculo é levada a efe pela ago de uma hélice longa, alojada na calha inferior que constitui 0 tubo do rese trio. A capacidade de descarga é menor e alcanga cerca de 0,7 t/minuto, ‘ais sistemas de transporte a granel sZo econdmicos e se impdem no caso de grand consumo. No Brasil, esse género de transporte esté sendo desenvolvido atualmente co consequéncia da fabricaao local desse tipo de equipamento. A quantidade mfnima de consumo de cimento que permite a instalagdo de frota para o transporte a granel é da ordem de 200 t por més, ou seja, 10 000 sacos & cimento por més. O problema econdmico é resolvido mediante uma anilise dos custos & investimento e operagdo do equipamento de transporte em face da economia resultant a eliminagdo dos sacos de pape. 38. ARMAZENAMENTO © cimento exige algum cuidado no seu armazenamento no canteir de servigo, E necessro evtar qualquer risco de hidratio, Os sacos de pael néo garantem a impe> resblizagZo necessiria,razo pela qual no se deve armazenar cimento por multo tempo Os barracées para armazenamento de cimento devem ser bem cobertos ¢ bem fechados lateralmente, devendo sero scalho bem acima do nivel do solo. Para amazenagem por custo espaco de tempo, podemse cobrrasplhas de sacos de cimenio com lona, sendo elas coloeaéss sobre sstados de madeira converiontomente elorados do solo. No se recomenda oarmazenamento de cimento por mais de tres meses Quando se incia w hidrtagio, 0 que se reconhece pela existincia de nédulos que no © desmancham com a press#o dos dedos, o cimento torma-se supeito. Pode se- usado, apbs pensiramento, somente em servigos secundérios, como argamasses, pavimen- tos secundérios ete (39) CIMENTOS PoZOLANIcos Pozolanas sio substancias siliciosas e aluminosas que, embora nfo tendo qualidades aglomerantes proprias, reagem com a cal hidratada na presenga de gua, nas temperatura: ndo a formas ‘ou ser produzid ‘como cinzas vu cinzas volantes jo referente a0 p das pozolanas mato de fabri lobando du excbrias de alto ‘assim como de ent se Go assunto ex! artficias, uma ved que a vtiizagao gs ¢ tecnolégica, p fazem melhor efe o desse material qu CIMENTO PORTLAND / 88 saltando 4 formagio de compostos cimentiios. Eses meterit podem ocor- ara wer proguaidos em instalagbes industria adequades, sendo os prime Se ovina cinzas vulcanicas e 0: segundes resultantes G0 ‘beneficiamento de corre olantes ¢ algumas escorias, As, pozolanas sr80 tratadas, mais capitulo referente aos aprenados. eo dus pezolanas provavelmente € anterior 20 ini da Historia rogistrada as Drowjgacoberto seu uso por acidente, na operaiso de ios en egies vulchnics, pela observaao da melhor introduzida no snces eqamasas que contiham essa impurect. DEP de pozolanas mie nse prximos da cidade de Pozzuob,perto do Vso, Ttilia. Esto Bae Pr omanss,aquedutos feitos com conetetos pozlanicals 8 teste sents dursbilidade do material feito com ese constitu cent avrento da indstria de cimento Portland, 2 wilinaga® das pozole- evar pavendo, entretanto, uma tendéncia recente 46 ists ficago do a eval, taduzida no nOmero significative de obras realizadas com ele © mtagdo de fabricantes de cimento, que iiclam. & produgio de cimentos obando, j& durante a manufatur, uma proporgéo dese ‘material MSoriece ainda © mecanismo da ago quimice entre pozolanas ¢ a cal nest aatade, embora se admita que asica amoria ‘namente dividids, Mie nas pozolanas, reaja com a eal hidrateda, produzindo, principalmente, scato ocAlcion. aso convenints das pozolanss nos concretos de cine Portland methora mui- 4a Gualdades desse material como, POF exempiG» ‘rabalhabilidade; aléra disso, ta aator de hidrtayao, aumenta 2 impermebllidade, ssi 977 resistencia 203 mes por dguas slfatadas, dus puras ¢ Seuss 00 TN. diminui 0s riscos de reagdo Tapregado, a florescencia por percolaio de és 6 finalmente, 08 eustos. Ide servico. E Tiree modo geral cerca de 20 2 40% do cimen'o tutlzado nos concretos podem es a imper: subetty(dos por pozolana sem diminuigdo 6a resisencit ‘mecdnica final ¢ com diversas qhorias nas qualidades do produto. ra cttos fanceses tipo D, os cimentos moalGrgcns, cimentos de escoria cases, amerieanos e alemaes so, na realidade, meron ‘pozolanicos. Na Franga, ini Ses ‘ura de cinza volante aos cimentos Portland para albrieagdo de cimentos com Be 8 ievraas volants constituem wm subproduto nas Cen termelétricas aciona- ae consitindo a fase pulverulenta muito a. arrastada pela fumaga das sear Sadetras o que, para nfo containar & atmosrty ‘io retidas em filtros ventalmene, ser desenvovias no Bras por Benes: ane, naturaimente,necessiade de estudos ¢ experi taco, asim como de entendimentos com a8 Usa siderinpicas. go, ass Spank extremamente complex© &investgAio £8 ccomportamento das tae se ama yz que ss consti € tO YaST ‘Nao resta a menor ab que a villzagSo das pocolanas se vai fomando ‘1% imposigdo de netureza a cencbgin, principalmente nas obras de ands envergadura, onde Sus b qualidades mice © er eflio. Ni ht, ao presente momento, quae: tentativa de emperatur odo desse materi aqui no Brasil. 60 / MATERIAIS DE CONSTRUGAO 3.10. CIMENTOS ALUMINOSOS © cimento aluminoso resulta do cozimento de uma mistura de bauxita e caledrio. cozimento é conduzido até a fusio completa, donde também o nome de cimento fundi sie cimento foi inventado em 1913, na Franga, como resultado da busca de um cimen’ ‘mais resistente 20s ataques quimicos. Verificou-se que ele atingia resistencias espetaculares em pouco tempo, 31,5 em dois dias, 35,5 em sete diss, 40 em vinte e oito dias. £ um cimento de pega len iniciando-se esta duas horas aps a mistura. Tem excélentes qualidades e resistencia 20 ataque de dguas sulfatadas, mas, em outros meios considerados menos nocivos, sf, ever tualmente, produzidas decomposigdes ainda mal-explicadas. E um cimento refratério de primeira qualidade, podendo resistir a temperatura superiores a 1 200°C, em misturas com agregados convenientemente escolhidos, até acima de 1 400°C. Na realidade, é um cimento refratério por exceléncia ‘A quantidade de égua necesséria & hidratacéo desse cimento se aproxima da quant dade necesséria & formaggo de uma mistura trabalhdvel. As capacidades do produto final sio, portanto, muito grandes, 0 que explica a melhoria nas suas earacteristicas ‘mecinicas. A reagdo ¢ intensa, desenvolvendo grandes quantidades de calor. O cimento aluminoso ¢ empregado principalmente como cimento refratério. No se fabriea ese produto no Brasil 3.11. CIMENTO NATURAL Denomina-se cimento natural a0 produto resultante do cozimento de rochas calcé- rias argilosas em temperaturas abaixo da fusio, cerca de 1 000°C. Esse produto, quando tem pega répida, recebe o nome de cimento romano, denominacao impropria, como se vé Teis produtos oferecem apenas interesse historico, uma vez que jé nlo so fabricados em parte alguma. 3.12. INDICES E MODULOS Na literatura consugrada wo estudo dos aglomerados hidréulicos,e particulanmente dos cimentos, é freqiente o encontro de limites estabelecidos para as proporgdes do: Giferentes consttuintes, no propésito de relacionartais valores com as carater‘sticaé do produto. Entre elas encontra-se o indice de hidraulicidade de Vieat, que é a relapio entre 48 somas das porcentagens de materials aglos0s ea porcentagem de eal 1 = 25102 + %AlsOy %Ca0 Vicat afirmava que as propriedades hidrdulicas dos aglomerantes estavam relacio- nadas com o valor desses indices, figurando o cimento artificial de pega lenta com um indice compreendido entre 0,5 e 0,65. estabelecea p a sepuinte rlag0 %Ca0 ma o, pretendia limit expansio indes jo hidréulico de S ee desse modulo ‘constituintes de ‘outras relagOes, | lizada, represe dos constituintes tes com o inv quais os compe nd (linker) © q38 principals is as extogorin © be lenta com CIMENTO PORTLAND / 61 er estabelecen para proporcio méxima do éxido de céleio nos constituin- ia sequinte rela %Ca0 ms 8 %, Si0; + 1,64%, Ala. pretencia limitar a presenga de cal live no produto acabado, elemento [expansio indese) vel nos concretos. Tudrdutico de Michaelis ¢ uma relagdo semelhante ao indice de hidraulici- % C20 0, + % Als + Fi esse médulo é também semelhante 20 indice de Vicat, isto 6, limitar a Jntes de acordo com as qualidades finais do aglomerante. telag6es, ‘ndices, médulos ete. encontram-se, como j foi dito, na mada, representando sempre esforgos de simplificasdo do problema geral cstituintes na fabricacZo dos cimentos. Na Tab. 3.7 esto relacionados es com o inverso do médulo de Michaelis Jes e Inver do Modulo de Michaelis ‘iO, + ALO, + FeO 0,50,-0.65 (0,60 -0,80 0,50- 0.80 eompostos proveniontes da fos das matriprimes para a fabriagfo doc t ausis as sate principals popriedades. proptiodade fisias de um cimento Portland? sipos de cimento existontes no Brasil? 62 / MATERIAIS DE CONSTRUGAO 4, Em que fase da fubricagdo do cinento Portland ¢ adiconado gipsia, e com que finals ‘5. Quais os principais culdados que devem ser tomados na armazenagem, em obra, de crn em sa00s? 6. Quais as principaispropriedades da pozolans utilizada como adigfo, em cimento Port 7. Quaisas principals propriedades de um cimento aluminoso? REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS. ANNALES DE LINSTITUT TECHNIQUE DU BATIMENT ET DES TRAVAUX PUBLICS. BAUER, E. E, — Plain Concrete. New York, McGraw-Hill, 1956 BLANKS, RF. & KENNEDY H. L.— The Technology of Cement and Concrete. New York, John Ws ‘Sons, 1985.2. PETRUCCI, ELADIO GR. — Concrevo de Cimeno Portland. Editora Globo, 1978 CALLBIA.C. JOSE. — Conglomerantes Hidréuliccs:Fisicoguimica ¢ Tecnologia, Monografia n~ ‘Maid IBTCC, 1961, CALLEIA C. 1056, ~ Ciclo de Paesiras. St Paulo, — FTDE/EPUSPAPT, 1978. LABLAU, O.—Prontudrio del Cemeno. Bd, Técnicos Assocados, 1970. VENUAT, M.— Cimento er BJtons. Presses Universitaires de France, 1973, \VENUAT, M. & PAPADAKIS, M.— Conta y Emayo de Cements, Morterosy Hoemigones. U.R. 1964, DUDA, WH.— Manual Tenologico de Cement. ETA, 1977 comnaterial pa ‘misturas de suso generaliza is. Os que jis dalizados. Os nis, Nestes © (Qs easeath 10 Peso Es AGREGADOS Eng? ALEXANDRE SERPA ALBUQUERQUE EPUSP. CONSULTOR DE ENGENHARIA Jade quimica praticamente nula, rama de tamanhos. O termo 10s outros ramos da construgio britada, biea-corrida, o & o material particulao, incoesivo, de ativid Imisturas de particulas cobrindo extensa g: ‘uso generalizado na tecnologia doconcret snforme cada caso, pelo nome especifico: Mer, pedra ICAGAO sados classficam-se segundo a origem, as dimensdes das purticulas € 0 peso is. Os que j'se encontram em forma partculada nanatureza:areine eascalho Halizados, O8 que tém sua composigao particulada obtida por processos ris, Nestes casos, a matéria-prima pode ser: rocha, escéria de alto-forno e o as Dimensées das Particulas. © agrezado usado na tecnologia 00 con- ido. Os cascallhos © as brits. doo Peso Especitico Aparente. Conforme a densidade do material que ireulas, os agregados sio clasificados em leves, médios e pesados. 4. | relaciona alguns delese os valores aproximados das médias das densidades 64/ MATERIAIS DE CONSTRUGAO -tapela 4. Densidades Aparentes Médias Pesados vermicalia 03 cealcério 14 ‘avita arpilaexpandida 08 farenito 145 bematita cescériageanvlada, 1.0 cascalho 1.6 rmagnetia 33 basalio 15 scotia Tan on druids aprons nda dh ara “sesnno a? Ner43 212 pone 43, PRODUTOS: 4.9.4. Industrializados 43.1.1, Definigdes ‘a Briza, Agrogado obtido a partir de rochas comeneis At ‘ocorrem em deposits geol6picos-jasdas, pelo process0 india a vrominuigdo, ou fragmentagao controlads ae eraciga, Os produtos fing enquadan-se em diverse ‘categorias. Pedra britada. Brita produzida em cinco gradussher, , alguns pros podem atravessar a malha em diagonal, de modo que uma parte do ‘material com alguma dimensio maior que b atravessa a peneira de abertura b tim parte do material de gros menores que « deixa de passar pela peneira por i aderida a0s prios maiores ou por o agregado ter sido submetido a peneiramento por tempo insuficientemente longo, nao The dando tempo para stravessar a massa de ferios e a malha da peneira (rendimento de peneiramento menor que LOO): t distrbuigdo dos tamanhos dos gros na massa total pode variar de agregado pars cums oa tseregado, Por exemplo: num determinado agregado, a porcentagem de grdos de um es dado tamanho pode ser muito diferente da encontrada em outro agregado de mesma santo é de 0,6. oo porasidade do 45.1, sendo 2 -26,2V(263) ente, fica entre contém grios: WV. - 0,425 m® Ibara coracterizar um agregado &, entio, necessirio conhecer quais so as parcelas fdas de prios de cada didmetro, expressas em fungao da massa total do agrezado Para conseguir isto, divide-se, por peneiramento, a massa fotal em faixas de tamanhos fc exprime-se a massa de cada faixa em porcentagem dat masa total. volume total Peneiras Padronizadas. As peneiras que se usam para ensaiar agregados tém aber- seinem 4.5.3: ¢ = Sronizadas pela NBR 5734, Esta norma define quatro séries de peneiras de aberturis S geometrieamente,* com raz3o 2(aabertura de eada uma é 0 dobro da anterior ¢ sda conseqiente) "1 0,037 -0,075 - 0,150 -033 ete. até 76mm. (0,044 ~ 0,088 - 0,175 etc. até 90mm. s 0,053 0,105 -0,21 ete. até 108mm. 1,063 - 0.125 - 0,25 -0,5 ete. até 64mm rrazto de uma série paras outra€ de 1,189. A primeira série € chamada série normal, tes so as intermediarias. Distribuigdo Granuloméirica. Tomando como exemplo dois agregadas “A” € wo 4.8/38, considere-se que sejam submetidos a ensaio com os seguintes resul- naterial que passou na peneira 4.8mm ¢ retido nas peneiras 9,5-19-38mum: pencirs em progcnsio gsombiicainpée-e por ser lgaimic asic dos umantos dos Hoenn eedics legivelve maneivess |e vesse as abseous em ec iene 1m Pre jextensa gama de Fig. 41 (pig, 93) teri 6,67m do comprimento) fas) de abertura 92/ MATERIAIS DE CONSTAUGAO Tabela 49 Faixas Massas (g) Menor que 48 4 48295 88 95419 155 19938 8 172 Meir que 38 18 ° Tots 352 352 No agregado “‘A”, a massa de material até 9,5 mm de didmetro € de 14 + 88 = 8 0u 29% do total de 353 g; no agregado “B’"€ de 4 + 21 = 25 g, ou 7% de 352 g, todo o agregado 0s resultados acumulados até cada difimetro, expressos em gramas ¢ em porces tagens da massa total do material ensaiado, slo os seguintes: Tabela 4.10 Massa Porcentagens Passates Acunladas a @ Peneira Agregado Agregado “B" Omm 14 102 253 334 352 100 Na Fig. 4.11, esto em ordenadas as porcentagens das massas acumuladas até © difmetro indicado, conforme dados das colunas (3) ¢ (5) da Tab. 4.10. ‘Unindo os pontos, obtém-se a representacio grifica da distribuigéo granulométrica 40 agregado, ou seja, a curva que representa a variagao das massas dos graos, acumulados até cada dimetro, em fungo da massa total do agregado. Do agregado “A” passaram 4% pela peneira 4,8, 29% pela 9,5, 7% pela 19 ¢ pela peneira 38mm passaram 95% do material. Do agregado "Bas porcentagens que passarans ‘em cada peneira foram: | -7- $1 e 100%, Em lugar das porcentagens passantes, também podem ser consideradas #8 por- centagens retidas. Para 0 agregado “B” resulta: Quantid Retid @ 25-4 130-25 352-180 352-35 pode ver, as porce ss passantes (5) da fa ¢ em trago inte éa coluna (4) da’ dois agregados ( buigdo granulomeétrica sdos gros, acumulados 9,5, 7% pela 19 e pela entagens que passaram cconsideradas as por Quantidades: Retdas a 4-21 180.25 = 155 382-180 = 172 332 mo se pode ¥ gens passa Retidos ‘Acumulados AGREGADOS / $8 Porcentagens Acumuladas, (gjss = be 1 as porcentagens retidas acumil tes (5) da Tab. 4.10 si complementares: somarn 10 99, ladas da coluna (4) da Tab. 4.11 & 0%. 100: + | 35 2 se Acumuads _“Pessants eta Fig 4.11. Curves grammes “curva c em trago interron a coluna (4) da Tab, dois agregados 0, 15/38 cujos resultads mpido da Fig. 4.12, representa as p 4.11. E complementar da curva B vorcentagens retidas © fos do ensaio granuloméirico estio na ‘94 / MATERIAIS DE CONSTRUGAO 100-7 ow 0s (Cuvas citerenciais: ‘Cunvas integra: 24 34 06 1224 48 Fig 4.12, Curvasgranulométricas 48 63 95 125 Fig 4.13. Disribuigio log-normal, secutivas (colune Jcoluna 3 da mesm ss acumuladas pass as anteriores. ref fas |e? sio cham: sgado 2 € um ext jsio € o que sec ras consecutivas no rribuigao Log-No? jo agregado ndo © ‘A Fig. 4.13 most Figura, as orden fem escala logar caso do agregads AGREGADOS / 95 Agregado I ‘Agregado2 Curva } Curva 1A Curva 2 Curva 2A 2 o @ 6) pena s pe mere ee STROM 3 6 20 3 43 a 4B 66 94 100 4.12, a curva 1 mostra as porcentagens Uo agregado 1 retidas entre duas ssecutivas (coluna 2 da Tab, 4.12) e a curva 1A, as porcentagens acumuladas Fe coluna 3 da mesma tabela. Esta curva 1A é a distribuigio granulométrica das & acumuladas passantes em cada peneira, As curvas 2 € 2A, com 05 mesmos das anteriores, referem-se av agregado 2 as |e? sio chamadascurvasdiferenciais eascurvas 1A e 2A, curvas integrais, sgado 2 € um exemplo do que se denomina de agregado de granulometria @, isto 6: o que se carketeriza por ndo ter nenhum material retido em pelo menos ‘consecutivas no ensaio granulométrico, que, neste exemplo, sdo as peneiras Ss. rribuicdo Log-Normal. A distribuigio estatistica das massas dos gros no total G saregado nao obedece, em geral, 1 distribuigo normal de Gauss, ¢ sim 3 'A Fig. 4.13 mostra a distribuigio log-normal dos agregados “Ae “B” do item Sjeure,as ordenadas obedecem adistribuigio normale,em abscissas, mantém-se em escala logaritmica, como na Fig. 4.12. As curvas representativas sao: uma Neaso do agregado "A", mostrando urna perfeita distribuigdo log-normal (até © / MATERIAIS DE CONSTRUGAO didmetro 38); uma curva, que mostra que 0 agregado “B” no tem uma distribuiga perfeitamente log-normal. 4.5.7 Finura 45.1.1. Conceitnapdo, Os dois agregados “A” e “B” do exemplo anterior sio agregad 4,8/38, tendo, por conseqdéneia, os mesmos tamanhos medianos: (D +d)/2 = 21 4mm (ent 4,8 € 38). Noentanto, eles diferem quanto aos tamanhos dos gros, tamanhos estes defini pelas aberturas das peneiras e designados didmetros. O agregado “A” tem gritos de menores didmetros que 0B”, ¢ por isso se diz que tem maior finura que 0B”, o que se evidencia de trés maneiras + Pontos X. Na Fig. 4.11, o agregado “A” tem 78% de material de didmetro ment que 0 didmerro mediano, (D+0)/2. = 21, 4mm, enguanto “B” tem apenas 64%: Pontos Y. O dimetro médio é dado pela média ponderada dos dimetros median dos intervalos entre duas peneiras. Usando os dados da Tab. 4.9, verifica-se que ents as peneiras 2,4 € 4.8, diimetro mediano de d=(2,4 + 4,8)/2=3,60, foram retidos ‘ramas do agregado “A” ou r=14/352=0,04, isto €: 4% do total de 352 g. Entre peneiras 4,8 ¢ 9,5 foram retidos 88 g ou 25%. Endo, os grdos de didmetro 3,61 Ccontribuem com 4% € os de didmetro 7,15 com 25% da massa total ensaiads; ou $e) ‘odidmetro ponderado dessas fragiies 60,04 x 3,6 = 0, 14mm ¢0,25 x7,15 = 1,79mm Calculando analogamente para todas as fragdes dos dois agregados (Tab. 4.13 “obtém-se os didmetros médios de 16,81 para "A" e 20,70 para “B". “A” tem, enté {gros de didmetro médio 19% inferior aos de “B’ Pontos Z. Metade do material de “A” tem grdos de diimetro inferior a 13,8 contra 18,2mm de “B” ‘Tabela 4.13, ss eae r% ar ae Agregado Faixas 24/88 4 oa 008 895 5 179 0.43 9sn9 “8 613 627 1938 2 655 1396 38/50 5 222 0.00 Soma 100. test |___100 20:70 4.5.8, Médulo de Finura, Se num ensaio de distribuigto granulométrica somam-se poreentagens retidas até cada peneira da séric normal (ordenadas da curva granulométr das porcentagens retidas) e se divide o resultado por 100, dé-se a grandeza assim obtida ode finura do agr as ordenadas de L “4.14 apresenta as da Tab. 4.14: AGREGADOS / 97 duo de finura do agregado, Ele € equivalente& rea da superficie compreendida fa, as ordenadas de D e a abscissa inferior (érea sombreada na Fig. 4.14, para ig 4.14 apresenta as curvas granulométricas de quatro agregados das quais se sdados da Tab. 4.14: P tem, ent 5 CRE RT ea ay era 13.5 cee an 9 ditmetro medio _e-diametro mesiano Fig. 4.14, Mésulo defn 3 140 345 582 033 1.94 788 064 3 48 38.1 op1sh2 . 0.07595 0.15176, que os agregados 2. 3 tem o mesmo médulo de finura relate 1,00) mas +o dios (relacdo 0,77), ou seja: 0 agregado 2 € 23% mals fino que © m montra que quando as curvas granuloméricas ndo tém aproximadaresi® © se ul de finura pede Sensbilidade. No entanto, por sua facilidade 90/ MATERIAIS DE CONSTRUGAO de célculo, ele continua vilido e de uso corrente na dosagem experimental de concreto, on se trabalham com areias cujas curvas granulomeétricas apresentam, em geral, analogia forma. O médulo de finura decresce & medida que 0 agregado vai se tornando mais fin como se comprova pela Tab. 4,14 e pela Fig. 4.15 (ver também 4.3.2,1.c.1) 48.8. Superticle Especitica 459.1-Conceiuagdo. A soma das éreas das supericies de 080s 05 gr8¢s coms = tai onitiria (ou volume unitirio) de agregado, dé-se 0 nome de superficie especfcas sta én ealidade, uma convensi0 “pamite-e como area da superficie um gro, area da superficie de uma esfera de igual met o gto real tem, conta, superficie de ea sempre maior que a esters. aaeevoe gatos de bria¢ regular e sua superficie exremarmenterugor; para a mest qparutomet aos apegados com gros mais reguare tm menor superficie expec, Por Erp. casealo (Com 93% de graos cuboies) tem menor supefieie especifice que bis de basalto (que contém 30% de gros lamelare). ‘Quanto menoresforem os eros necessrios para determinada massa de agregndal tanto minnes serto a quantigade e a superficie especifica dels, A tuo de lustagdo: uma esfera de um metro de difmetro tem superficie de 3.14 in? de drea e pesa 14,14 KN; se acres mace pacar a ser constinida de esfers de 10 em de lado, a quantidade dela ide 1000 e a soma das éreas superficiais de 31.4 m?. Se se tratar de granito, as 1000 esfe pesario 14,14 kN e sua superficie especifica seri, entdo, 31,4/14140 = 0,0022 meIN cont 3,14/14140 = 0,002 m'/N da esfera de um metro de diametro. ‘A superficie especifica serve para bem caracterizara finura de um material granu serd tanto maior quanto mais fino ele for. Quando os grios chegam as dimensOes de sls Jerometros (milesimos de mm), superficie especificaatinge valores da ordem de 28 m {0.800 cmp), como € 0 c#s0 dos cimentos. Esse valor cai rapidamente para materials m _gr0ss0s, como mostra a relaglo seguinte: fois médio nei (otek ol 1020 um 14 1587 40/80 pm 56 3,96 0,611,2 mm 08 0,28 2.414,8mm 34 0.07 38/76 mm $4 0.01 Por suas caracteristicas, a superficie espectfica tem aplicagdo quase que some tem materiais de grande finura, de gros menores de 80 micromettos (cimentos ¢ fileres ujas curvas granulométricas si obtidas por ensaos de sedimentagao (0 que resus Valores redondos para os micrometros). Estas curvas granulométricas de ensaios spodem ser desenhade: fea para permitir a Ea do material 2 Blaine. No primeir 130.0 tempo que ur a cilindrica de ¢ Gensaiar e também: 1 pr adensamento; 2)¢ 4) da constante do ecifica conhecida (t gs Granulomeétvicas. duas peneirus cconstante ¢ sejan me de cada esfera sen eso especifico absolute edicie da esferaé S. = 10 da expressio 6 ssiderado na elabora ‘em metros. Contud Se milimetro. que si ‘micrometos, © 6") rotado que estes szado seja compos ‘gris de didmetro 4.15 mostram-se ypeso especifico abs 11 — filer (ensaio 2— po de peda 2A —cuna difere 3 — pedrisco peda | S—pedra b. 4.15 estto indicac especificas das feixa SJOVECA CENTRAL AGREGADOS / 99 taco podem ser desenhadasem griticos de escalas lineares; na Fig. 4.15 foi mantida Jogaritmica para permitir a apresentago das demais curvas. determinacdo da superficie especifica de um material granular pode ser feita por ‘um aparelho criado especialmente para esse fim, ou calculads a partir da curva ea do material Finura Blaine, No primeiro caso, trata-se da chamada permeabilidade Blaine, que m medindo o tempo que uma certa quantidade de ar leva para atravessar o material, “g730s contidos na em forma cilindrica de dimensdes padronizadas. Esse tempo depende da finura cie especifica erial a ensaiar e também: 1) da porosidade do material, que é, porém, Funsao de seu ‘menor adensamento; 2) da viscosidade-e da pressio do ar, 3) da massa especifica de uma esfera de jal € 4) da constante do aparelho, que € determinada ensaiando um material de Bie a esters. A He especifica conhecida (NBR 7224), ‘Curvas Granulométricas, Parte-se do pressuposto de que, no ensaio granu: centre duas peneiras consecutivas de abertura d’ e D, os gros do material ‘diimetro constante ¢ sejam assemelhados a esferas de diametro d =V FD. sent Bsclume de cada esterasendo V =m d°/ 6,0 peso de cada gio ser Ga = Y?/6 iain: sed 10 peso especifico absoluto do material (peso especitico do material dos grios). Como 3 superficie da esfera € Ss = TE, resulta para a superficie especifica S = SyG, = 678. dimensio da expressio 6/Yd é m#/N, Para um material de Y= 27 kNim (valor este ‘0 considerado na elaboragdo da Tab. 4.15) er-se-ia o valor 6/27000d, se d Fosse ci retro quadrado de parede. E, potano, 8 massa especifica rari caren fundumentl a consieat nos conereos ees ereade Greig compavel comapeya a onerelar.A ul de ao, Farde'y23.36e tem de espessua tem reducdo de 508 2 SODH to mente completa de rutdo de conversa rugosa apres ‘superficie lisa, A compressio, 4) dades do Conoreto Ligadas a0 Agregado ‘eoncretos destina mncia & Compress. A resistencia 2 compressio, do concreto, depende Jo B= podem ser adicion Mecnto, que, por sua vez, depende da distribuigto granulomérica do agregndo ‘de dificil uso. See granclométrica deverd ser tal que permita uma mistura de méxima com: de modo que a8= pativel com a pega a concreta. Jascando o concre idade de trabalho! sao, O agregado nio tem influéncia na retragio do concreto, 112 / MATERIAIS DE CONSTRUGAO senéxima compacidade, 4.6.3.3, Durabilidade, © agregado deve ser inerte, no reagindo com os agentes See pia’ ‘concreto estiver exposto. Nao deve conter produtos que possam reagir com 0 ago das: ‘nem ter componentes mineral6gicosque reajam, quer com o meioambiente, quer com ia (Ascenstio Capila wuiquandoaumnenta! da agua externa ¢ dando lugar 20 que 0 so, Se apermeabili preparando-se cone Para evitar ao mesn jivos incorporadon 463.4, Trabathabilidade. A forma dos grios é a caracteristica que mais afeta Thabilidade de umn concreto se mantidas inalteradas as demais variéveis do trago. Os grios cubsides do cascalho permitem trabalhabilidade muito superior lamelares e alongados do basalto. Os graos do granito, se produzidos em apropriados, ficam em posigdo intermedifria A distribuigdo granulométrica do agregado é outro fator que também afeta Ihabilidade, por depender dela a quantidade de Agua necessiria A obtenga0 Agualcimento desejado, Os agregados muito finos necessitam de mais égua para c: trabalhabilidade necesséria ao tipo de concreto desejado.. ‘Uma argamassa, para ter a mesma trabalhabilidade com agregados diferentes, 1S PARA PAVIM sitard de tanto mais gua quanto mais elevada fora superficie especificae, por cons quanto mais fino for 0 agregado. sgregsio, gua A Fig. 4.19 mostra a necessidade de §gua de molhagem, em litros por metro _ ee ‘em fungio do diémetro do agregado assim como sua superficie especifica, em li Bic ldade excessive metro cibico para rocha de 2,7 de densidade (granito) indicando sua influéncia 1a fda — eventualmen Ihabilidade de argamascas e concretos. nte comprimid | 463.5. Permeabilidade. A disteibuigo granulométrica dos agregados tem infue permeabilidade do conereto. Devem-se dosar os agregados de maneira a se ob agregado para 0 ¢ ‘st. Esta € caraci 195 de rolagem se agregado deve gris durante ar desprovidos de « x 300 20 mostra as granulo ve, 0 agregado ni samento; na gra 25mm) € a prefer in condigées aque & ‘Supertioe eepectea mh Los Angeles” = 0 9519 3876182 rm qua de mohagem supereie expectca (grant) be enchimento Fig. 419, sareias grossa e fina, AGREGADOS / 113, dade, para conseguir 0s Concretos menos permedveis. Se buigdo descontinua, os concretos resultam permedveis e de je Capilar). A ascensao capilar, a0 contrério da per- Jsumenta o diémetro médio dos capilares. Para um determinado externa que da lugar & ascensio capilar se eleva, aumenta a fo que ocorre na permesbilidade, onde a vazio aumenta com sabilidade no apresentar inconvenientes, € possivel reduzir tos sem finos ou com areia grossa, do que resultam, {20 mesmo tempo a permeabilidade e higroscopia, a soluga0, poradares e de ar. PAVIMENTOS RODOVIARIOS quando usado no preparo do subleito, é a bica-corrida fence da pedreira, Usa-se também o p6 de pedra se se trata ssiva do solo, Jmente misturada com 0 solo local, dependendo da natureza ida por rolos lisos, permitindo obter adequado indice de © esqueleto das bases de macadame € a pedra britada searacteristica importante para que os gros sejam capezes de sem perder as arestas, de modo a permitir seu perfeito “deve se originar de rocha tenaz: rochas frégeis permitem a a rolagem, prejudicando 0 entrosamento. de arestas, 08 cascalhos no se prestam para bases de sulometrias padronizadas (NBR 7174). material finn, f< 4.8mm) gue. se presente, mm. Napritica, anto tem gradungiio0,075/4,8, 0 que cortesponde, praticament Sa. fina. A Fig. 4.21 mostra o fuso padronizado desse material: © 1147 MATERIAIS DE CONSTRUGAO. 100: fuso sombreado, Todo ele provém de rocha britada,. A NBR 7582 especifica um outro cenchimento para ‘mente (4.7.2.) para o esqueleto, com adist 100 95 12519 OS 38506476 90100 lg. 4.20, Macadame hiriuico ~esqueteto Os torres de argila esto limitados a < 3% & a matéria orginica, 2 sendo usado em bases de macadame hidrdulico. ipo de material, um solo, como mates Nela, a pedra britada é a mesma descrita tribuigdo granulométrica da Fig. 421 eas “base tipo macadame”, eas 10 300—~=C« Sg — ~~ brta praduade 48 Fig 421. Macadame hidritio enchimem, jas, mas denomit es indicada pelasli gies: Eria organica fomeraie at pdesruida por dade do bene dehavermatr superficie dle Bs de casa: buigdo granulomé mes condgtes material 0.075m ©. rs fusos para 0 2 camada infer brita (de granito) Trata-se de mater ‘micrometros. Ain (ver 4.5.9.1) evitando que 0 bier agregados co! efeto betuminoso, sacies, incluindo 3/50 para a cama sei fina e filer, cha, do trifego ed para evitar 0 icos em dias de 3 SADO PARA LAST Ferrovisrio fica ex portanto, 0 agrezad choques. Sfiousade AGREGADOS / 115 Bis indicadas, mas denominada pedra britada graduada. 0 solo deve satisfazer a Biownétricaindicada pelas lias interrompidas na Fig. 4.21, assim como obedecer Timitagbes: jie de liquidez dice de plasticidade reto Betuminoso so caracteristicas importantes do agregndo a adesividade e distribuicko Gaplomerante €asfaltooualeatrio. A adesividade € de importincia cape) ida ou destrufda por Sgua o conceto betumiinoso se desagrega completamentc M avesividade do betume a0 agregado quando o betume molha o agregado; para Basa podchaver material pulverulentocoloidal (arilas) na superficie dos gra0s Sic que a superficie deles este seca. Os gris de pera britada oferesem maiot que os de cascalho; as rochas Acids (granites) em menor adesividade ave as Pa cistribuicio granulométrica € fatorimporsante para que se consiza um concrete ro para as condigdes de irifego e de clima. Sua definito € complexa, mas 9 ese ae material 0,075mm. fragao esta muito imporiante. A Fig. 4.22 apresenta, tice, tbs fusos para agregados de coneretos betuminosos rodovisrios: ¢ Fuso Horeca camada inferior, brita de granito 4,8/50; 0 mero 2A, 2 camada de Resendo brita (de granite) 34/19, ¢ o 2B para brita 1,719.5: Bier. Trata-se de material quimicamente inerte (rochas fgneas), impalpsvel seo 5/80 micrometcos. Sua finura é da mesma ordem que a do cimento Bo m2iN (ver 43.9.1). E usado na proporgao de 5 10 %, na engorda de Ban evivando que o revestimento de ruas ¢ estradas amolega em dias de bier agregados com a curva granulométrica necesséria 20 perfeito desert Eescrcto betaminoso, misturam-se, em proporgOes ealeuladas, fragdes, de Reesinagdes, incluindo entre elas o ler. Podem, por exemplo. Ser usados: 49/50 para a camada inferior e 3.4/19 para a camada de rolamente, mee et fa e filer, cada uma delas em porcentagens que dependem do Mocha, do teitego e do clima, A porcentagem de filer € muito importante ¢™ Bes, para evitar o defeilo de amolecimento ¢ posterior destruigao dos Feslticos om dias de alta temperatura DO PARA LASTRO FERROVIARIO | ferrovitri fica exposto a intempéries e recebe choques pela passagem dos portano, 0 agregado provir de rochas sts, Je densidade superior ® 2de Schoques. So usados de preferénciaogranito(Y~2,66.e Serra da Cantareira 118/ MATERIAIS DE CONSTRUGAO 0 WY, £ L OSE eres) gas Tg: © Camade interior @e@©camacas de rotamento | —| Fig 422, Coneretobetamines. Ga Sie Paulo); o gnaisse(comum no Rio de Janeiro, com Y=2,5),0 basalt (= 2 Oeste do Estado de Sio Paulo) e, por fim, calesrios silicios e areaitos duros Os choques que o lastro sofre levam a exigir resultados inferiores a 20% no _[Tremton’, de acordo com a NBR 7526. Também a perda por atrigio deve dar ros inferior a 40% no ensaio “Los Angeles”. Estas limitages destinam.se a eves choques alterem a distribuigdo granulométrca e a compacidade do agregado, Tamas ia & intempérie, de acordo com o MB 1065, de fgua (< 1%) e a por 015% de torres de arg 4.9. AGREGADOS PARA QUEBRA-MARES DE ENROCAMENTO As caracteristicas meis importantes para & pedra destinads a quebra-mares de Focamento sio: 1) densidade, 2) absorgio d"égua e 3) tenacidade, A rocha mater deverg for conseguinte, a de maior densidade dispontvel, para reduzir ao minimo a perda rei

Você também pode gostar