Você está na página 1de 8
LEXPANSAO FENICIO-PUNICA NO MEDITERRANEO CENTRALE OCIDENTAL: REALIDADES PROXIMAS E DISTINTAS Mori Cristina N. Korman” Open preset deminer endl ona dn gage Mehra am gral Aco ‘le lnc parca ences Tat ft chou eae pipet mtr ude bdo ‘Sow cm canoe Sar Po Bee Noh PHOENICLAN-PUNIC FXPANSION IN CENTRAL AND WEST: [ERY MEDITPRRANEAN: DISTINCT BUY NEAR REALITIES ‘Sepa! decapmon within Mekaranc hang and pea ‘Mw tcc Py onda ote ate! ‘adel aes Cov acs fom Saran Poa ot eh apceoetin psn apo: Chg: Pv; Clooliom: Lado: Hiri ~ Protssra de uaa Cases no Musou de Arnloga © Eng dx \srsaace de S80 Pau pasqundora co Lasts ce Estusoe ste 8 {hace Aton abe EUSP) 86 oak Rosanne 2.861020, | | | Introdusso. Produ agricola Aorescnt, pei agra ida em aka conta uma scentuad explore rr! dos restos humane e naturals ~ esas oa tumas das orcteristcnswsusmentectadas em expoigbs Sobre Cartago ‘eomundo pico, Esc visto no fo armada pelos pesqusidores na modemidade aa ‘verdad, 6 exit € nos fo ansitida plas fonts texas elssicas — Teinae, regs eromanas. As habildades agricolas dos pinicos eran to spreciadas ene os romans, que o snato enomendo a tad de t- dos os 28 volumes 6 frosottado de syrononia de Mapon, 0 Agrino- ‘mo (apie a deseo de Cartago em 145 aC.) e Columel, cle peipio ‘utr den uatadosemthane, nha Magon como “pai da cna rr” (DECRET, 1977p. 87), Ahistrigraia moderna tm tenducadeenaizaraimporincia da ariel no mundo pisicoe de elaionar ess dimensio com a expan- "Ho aln-tnae de Cartago, comtastand, asin, histri anda tia ‘0 orl norteacano com o eamado carder comercial das peimeiras ‘eploes maritimas dos feniio. Nese sentido, pesquisa modema ‘ins, sé pouco tempo, tabalhando com uma clara manga que mat ‘ria front entre dois omens dstints da ist enico-pnes ‘ratureza comercial fencer se tansformado em dominio tii artaginsecnralizad, oom a explora de prdtosapicolase mess ‘precios Tl mudaneaalanjari dversos campos: poco, econdnic, ‘url egos, A ie rdiional de um impériocatgins",nlo ‘hsante mario, mas frtementeancoado er dois teva no tadamente ns Peninsula rien ena Sudenba, alimenton esa visio, gad 1 ettatgis colons earapinsas (LANCEL, 1992, p. 100; STIGLITZ, 2003,p. 11). Com desenvolvimento de nova metedlopas de pesquisa anueos sia, Heads 4 Arqueolgia spacial e Arueoogia da Paige aopl ‘ascends das fonts texts, notadament os texemunos de Justin, Dicdoro Siul, Polbio e Pausini, que embasaram por dads ideia ‘um expansioismo militar cartain a parr do steulo VIC. tnto © -ivel de acpi de conto da cultura fenicio nica, come de auass0 ‘dese toes centos, Cortagoe Oi, ti ido mais be ierpretados {(€£ BELLARD e VAN DOMMELEN, 2008, . 1) of Re 24 He " Apresentamos neste aig os caminos percotidos para tal im nic ‘Salment, abordaremos as discusses erices area do conecio de eo. also ¢ como este vem send empregado nos estos sobre @Antgu de Cisica. Em seguida,comentaremos es reanlies de documentag20 ‘textual por fm, apresenaremos os das striae subs poses in terpreapb. © conceito de colonialismo Novos questionamentes teériea-netodogics 160, ns ines anos, psa em neque o conceited coloizaio temo costs se etorepado ras anise sobre AntigudadeClissiea (VAN DOMMELEN, 201, py, 396-9), Um presspostohisico ¢ entender que a termiolopa colonia pos- ‘a sigiteados dstints dependendo do contexto eronllgico 40 qu se pica, No Periedo Modero et ascinda a volnca, dominatopolica ‘explora de popula indigent. Na Antigua, os temas, pro- dug textual qu chegou at és dizzm respite dese estar ausete de casa e em uma ter esangir. Assim, colonia elim, equiva @ tum assentamento deiberadamenteetabelci em or lugs (cootagso prima, deft, mas no eguvaleate edema); «apo, iteralenie sieifia“longe de cas. Em feico' ao fo encod na document ‘50 epigrfica um temo que poss ser assocido cloma apoiia, mas ‘emos emes como magon— santo empic, «qual oe se ented do como un espagosagrado de um emplo, mas tamibim pode sign un mere, evdeneindo lo apenas ume sssocagso mato pri ete troeasereligto como também o carter ds primis fundages Fagimas, assim, de uma, prior cola dea dos eos “colo _ao", con", eolono", om os processos moder, pois estes taza tembuids a dca de exploragsoecondmice, anfertaca de rquezns em ‘quantdae mens para. o“exzo”¢edcagBo” das populagies indigenes, Nas ltinas ts décadas,sstematizacam-se no mando académico anglo-sato, a patie de aniss terra niiadss com Edward Sad © seu livro Orieatalismo, de 1975, 8 chamaas Terie ls-Colniis, que "entieam efaem acitica da maeia particule (oigetal de pensar as represents ds stuptes eds estruteas colons De uma pespet- ‘aaitica, aera ps colonalfoge do pessopost de semthangas entre ss experincias de colnialsmo pré-moverm e modso, eno se esti 88 PHO Roel 25:56 208 2 estuda gpenae as sues colonials modes (VAN DOMMELEN, 1958 cap. 2. Justament, um bom mero de estads de cas hstéicos nag fos vem detonsrand ay incada nteconextes eae as carats cas caus, poten, econdmicas esimbolieas das suas colonia Discurso e representa eta, segundos os esudos de Edward Sa (ue, pra ver, aba com una base tera desenvolvda por Miche! Faves), tm como bse contexts coloiasespectics, ptt, eto inextreavelmente relacionados 4 sss condiespolica © econiizas. egemeona cultural e explora econdmica st, deste moda, dis lados de uma mesma moeda que se elacionam profunéamente, mas de maneias bem vcindas (VAN DOMMELEN, 2008, p. 115; SAID, 2007 (1978, p 29'e 365.6) As tenes er a vii mania de we exert, ot, a0 antrvo, de eopor ao poder clonal pode: fomecer insights valoosos ‘cere de dndmica das sociddes colonia. Nese sentido, a anise ein lerpretago ds contexts histcea so cruciis oi scones iste as eras poo colonialism, em larga medida, estutuavam a5 conigbes colonaisloais. Nio obsnt, cferetes egies eolnizadas prosziram Aiferemes comtextos colonia, mesmo estando sob mesmas condigdeshis- Urea (VAN DOMMELEN, 205, p 116). ‘Um segundo pont importante que aera ps-oloia evatou & 6 ‘rode se intrpretarem as stays colonia em termos bins coloni- ‘adores olonizad. Ess represent “dal” simpiies ersten te realidades socais colons eomplexas. Igvaram-se as musa dive shes soitseecondmicas na hve dens sociodades (os recé-chegados dos loa), dvsdes estas que incluem anda criti como ger, dade ‘clase A dnimica socal dat stuagbes colonia acaba no sendo acess (G4 ne a exratgis desenvolvidae pa se exit deiro de um contexto ‘oloil (VAN DOMMELEN,2005,p. 116, Asim, no hi espago pera aac humana nessa visio mecanicista econtatoeaeulurago, pois grupos sociss ex pritca social sto deter- ‘minados pela cultura meisabrangente; eh espago somente para ides . 580-7) A consrug e »aparéncis dos asietamentosditinguen-se {aquelas props dos assentameniosindigenas, Por exerpl,o ambiente Pio wiz elias verelase pred epusres com tele de bao j8 ts asetamntosindigenas 5 ura, si tones de pers snes ens truids ptr de blocs irepuares de peas leas, ormalmentegranito fu aslo, e poste virias dezenas de metros, dois andarese ur aleto ott, conetaos por escasscorstreidas nape interna. (0s egussiogs tratando na Sarena peresberam ums coineidéeia spacial hs uma disper do assentameto clonal no interior da Sar ‘enna meridional © 0 sbundono doe mraghi ra mesma repo, enqunio ts da paste norte a is contin hats (BOTTO eta, 2003: VAN OMMELEN, 1998). Aresposatrdisional gira em orn de conguistas mites ¢cupgo terial (ators lsicos menconim expedigdes militares cartaginesas na Sardenha ~DIODORO DA SICILLA. Mibloten Historica 20,55, 4: PO- LIBIO, stra 3, 3,18, O problema des nterrtato, om spent sms estos, ea tata na ina colonial lsc: os nignas {etiam sid oan etimindos (STIGLITZ, 2003, p. 11-2). ‘Osassentamenos colonia no interior da plaice do Campane n05 rmontes de Marmilla eo posicionades de manera disperse esto a fociados ao abandovo doe miragh 36a ea coscim,ajcente & Bala ‘de Orisa, aprsenta um pdr conalizado de asentameno, que its fem orn das eades colonia de Neapols & Thartos~sendo um posto imporante a infrmasdo dada pela Arquologia de gue do teria havido ‘vupapes anteriores nesta rs east A aise dos das aruoolgicos leven os arqucdogos 3 considerstem ve ness dre da Sarde, «entrada de Catago nai no ocr com {impo cette de assetmeno cola sim levou consi de dss 96 ose en 318601208, paisagens dint: wma na zona coca da Arbre, e outa no interior de ‘Campadano nes Montes Marmila (VAN DOMMELENG, 2002p. 133-4 © ponto interessante a se ster & gue os dos models podem se cn sideadoneoliis Maneiasdetinas de oeupagto de ws testo tam omo uma de suas consequancisgpreesdes igualmente ditinss da pa ‘Sazom ccundant, anda se wtlze o mesmo tipo de ela materi ‘or exempl, fram idetifad caracteristicas “nurgies” os ra sis clebeados cm wm santo isalado em om razghe abandonado nos Montes Marl, is com objeto “pinios" i temostradicnas,estarinmosfland de uma re, et, "menos colonia"? © que flr, pois, das eres de idertdade ere eses a> Senta? Seri distin peep oer dos habitants ds costa (WAN DOMIMELEN, 2002, p. 133477 ‘NewpliscOthoe io eram apenas os portos Fess dos ssentamentos russ meio cose da Arbrea Juno om Tharos, na opin doa {husétogo Van Dommele,formavam o enzo colonial euro da Sard ‘ha certoocientl, mesmo sehdofsisment dtntas de Thos, qu, ‘mtemos materi pode ser onsiderda ais "urbana, com agutetra ‘moounera ‘News sentido, Neapois ¢ Othoca Fneionariam como locas cea rn rept, espag de referencia para vras cetera de fazed. A rea ‘rgpeoligicaientfieada como o orto de Neapois revelou uma grande ‘que de infos de traspote, ov sj, de escoument do prodto ‘omido na nfs (vnho, eet, cereal, pete, ete utes) e, por toda 3 resi, encontram se camicas domésticas edna, "Tharos, pr out lado, seit ais vottad pra o comércio de objets. (0s das matrsisapontam ara uma espesializago da produ: ear ‘olos amultos de metas precios ls: estes de peda; incensros ‘sera; ensiiosdaméstins spor ter demons, cm freve excurso &osupaso de ts rand ieas de ocupag fence pinica no Mediterrinen Ocienal, a ‘impleidade dos daos ea preméncia dese aprofndsr, no dete das interagbes loci ene indiganasecolnos Fens crtagineses, oconhe- a, Roatan 216610208, o7 ‘imento do desenvolvimento desis ocypages ede suas dinimicas pro ‘rissa podermos prodiir um lito ds ocspastes expen antes de podennes realizar grandes penerzagdes. ocumentagao escrita DIODORO SICULO. Bibitecs Historica. Tadugio de Franson Pare ‘las an Joe Toes Esbaranch, Madi: Gree, 2001-2004 POLIBIO. Misra Bras: Ed Universiade de Bria, 1985 Referéncias bibliograficas ANNI, MB. Pasegg ual la Sardegna cento-csuntale.T proge to Rio Manna delPUniversita dh Leiden (Paes Bas): PAROLL,L (8) [atrica Romana: At del XII coovego d sudo (Oia, 12-15 dcemire 1996) Cape Hace Dacca Sed, 196, p. $87, ALVAR, J: BLAZQUEZ |. M1; WAGNER, C.G. Fellas yCartapineses ‘el Mediterrineo Maid: Cited, 199, ‘AUBET, ME. The Phoenicians and the Wes, Poles, Colonies and ‘rade ‘Cambridge: Cambridge University Pres, 200, [AUBET, M. E: DELGADO, A La colonia fnici dl Cero dl ilar ys ‘ert, Jr: BELLARD, C. G. () Ecoistoria del paste agrarn. La peal epic ene Meditano. Valencia: PUV, 2003, 37-74 BHABHA, H. The Location of Cltre Nov logue: Rowe, 1994 OTTO, M; FINOCCHI, 8; MELISS: RENDELI, M, No estatansn to dol tetorio oraiizaszione del paca ie eile puna BELLARD, C6. (E4) Eeobisoia dt pakaje aprari. Lz agrctra fen ciopinica cel Meditesrneo Valencia: PUN, 2008p 181-186. DDECRET, Fr Carthage ou empire de mer. Pars Eons 6 Sul, 1977 FENTRESS. E Suangxsin he Ci: Bite Communication in the Hlleisic ‘Cena Meditranan QUINN, JC; FRAG, RW. (Eds) The ellen fie West Cambridge: Cambeiige Univenty Pres, 2013, 187-178 FERCHIOU, N Le paysge fends prin dans deus gions ait rer de Tussi antigo (Fae Bo Arad Tebourba Mer) es ambeaas monumentau,Aatiqulé afieaines, 23, 1370, 1987 % HOI, Re ng 31184101, 208. FUMADO ORTEGA, I Aspecos maritimes I dvndads Fens init ‘em gratia de acon de los mercado. FERRER ALBELDA, E [MARIN CEBALLOS,M. C; PEREIRA DELGADO, A. (Coors) La religion el mar: sesso de navegacinen el Mesterdaco Asian. SPAL XVI, Sia: Universidade de Seis, 2012p 11.36. [GRUZINSKI, S; ROUVERET, A Ho son com slo. Histo et scale ‘on an le Mexiqe colonial tae mercionle vant a romanian anger de Rene Frangive de Reme-Aniits 88m. 159-219, 1976 [KORMIKIARIM.C:Novasaboragen o mundo colonial igo: um extido de caso em Aruoologa da Pasagom a Sarah ii. Mitra Antign¢ Medieval. Viagens e iajane: clr, imsginrio«epacilidade Sto Ls tra UEMA,p 279-292, 2012 LANCE, S. Carthage Pais: Fyar, 1992. LEON, VELADN eloshabtanes Gadi Diarla de Ca, CA, 15 fe 4 2012 Disponivet em: npn darideCiiclaiceoie 1185088 database Hem. Aces em 20 de fevers de 2015, ‘VAN DOMMELEN, PETER. Om Colonial Grounds Comparative Sty ot Coloitis an Raa Setlement in Fit Milena BC West Cental Sar a ASLU 2, Leiden: Leiden Univesity, 198 Ambiguous Mates: Claiai and Loca dete in Panic ‘Sura: LYONS. CL PAPADOPOULOS, 1K (El) The Archaology of Colonialism. La Angeles: Get Pbltions, 2002p 12150. ___ Colonial erations and yi rates. Phocican and Ca itainanSetement inthe Ancient Meitanan. I: STEIN, GJ.(E4) The Archaeology of Conia! Encounters. Comparative Penpesives, Soho! of ‘American Reseach, Sana FelOsfr: School of American Research & Tae Cure; 205,p. 10941 __.Colonilsn and Migration nthe Ancet Motrin, Anau aT Review of Anthropology, $1 p. 393409, 2012, YVAN DONOMELEN, P; BELLARD, C.G. Rural Landscapes of the Punic World. Monographs im Meerncan Archaeology, II. Londres Oakvil: gui, 2008, Ineo: conesini a, Bolletin dl Archealugla ON TINE, Roma, «AAW p.-3,200, ‘SAEZ ROMERO, A.M. DIAZ RODRIGUEZ, J.J; SAEZ ESPLIGANES, A, [Nuevas aportacooe al efiniin de Cen del recht cule mat ce ems 38426401 308, » ‘ila avs de us centos fires 6. VI ane), Ger, 22, 0.1, 31-60, 208, STOCKHAMNGER, Ph. W. Conceptuatzing Cultural Hybridization, “Taniscilinar Approach, Heiser: Springer 2012. SUREDA TORRES, P. Aventuras y deena del Arquesogi Pose il, Revs tin de Is principales apoacones ccs y el cso de la ‘xpnsn colnet a Peninsula Tren. Revista Arkaos. 2, psrni, 2012. [VOSKOS, 1; KNAPP, A.B. Cyprus tthe end ofthe Inte Bronze Age iss Colonization Cnty and Hybdzton? Ameriean Journal of A= ‘haclagy. 12, p. 69-84, 208 Notas "A documenta ea ee stn qi pono marae

prs deur a grande bstorogencidade dx eas puoi, de man tan yr pens cm um peso eicounivo Param visor, ee Sure (2012) * Grasse eb go portance erro Fras one toe de dst em not celal - mo es, 0 Mico so dorsi ‘ocx i do Sa Sica pe-rmanns rela pels ets See Grain ¢ Ants Rous i om 197 (ver Referdcin iliogrbas) ‘ese eto ce res eae uct de coparameniscnstss “dvs, «tala nensament ogo de licidade tis oe ‘olin em stage colin ress to eno Tera Piolo 100 tN Roe 26610208, *o temo "Chuo do Extech por Miguel Tame, em 1947, pa siren amp guopolie corespndent so exremo st da Peis Ttencre ico ental rears Fagoss aqme grande dase tenes com uate cal come omande ua oe come dependente ‘ale * Para vs ite da dimes erica enelvendoosa do conc, yer Sethe 2013). * Param pee dais, vr Korii (2012) * ey fei em lp ao snemtamento de Mons Si, ial lira ovale funda pls colons eos do cent eos de ules [ito sides a Sore, eprsea una cones com seo age a ‘Sani ccna duds plang mo selo VIC oN, Re tp 18020, 101

Você também pode gostar