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STONEHENGE

ETIMOLOGIA

Stonehenge (do inglês arcaico "stan" = pedra, e "hencg" = eixo) é um


monumento megalítico da Idade do Bronze, localiza-se na planície de Salisbury,
próximo a Amesbury, no condado de Wiltshire, no Sul da Inglaterra.
Constituí-se no mais visitado e bem conhecido dos círculo de pedras britânicos,
e acredita-se que foi projetado para permitir a observação de fenômenos
astronômicos, nomeadamente os solstícios do Verão e do Inverno, eclipses, e
outros.

MITOS, LENDAS E TEORIAS

Denominado pelos Saxões de "hanging stones" (pedras suspensas) e referido


em escritos medievais como "dança dos gigantes", existem diversas lendas e
mitos acerca da sua construção, creditada a diversos povos da Antiguidade.
Uma das opiniões mais populares foi a de John Aubrey. No século XVII, antes
do desenvolvimento dos métodos de datação arqueológica e da pesquisa
histórica, foi quem primeiro associou este monumento, e outras estruturas
megalíticas na Europa, aos antigos Druidas. Esta idéia, e uma série de falsas
noções relacionadas, difundiram-se na cultura popular do século XVII,
mantendo-se até aos dias atuais.
Na realidade, os Druidas só apareceram na Grã-Bretanha após 300 a.C., mais de
1500 anos após os últimos círculos de pedra terem sido erguidos. Algumas
evidências, entretanto, sugerem que os Druidas encontraram os círculos de
pedra e os utilizaram com fins religiosos.
Outros autores sugeriram que os monumentos megalíticos foram erguidos pelos
Romanos, embora esta idéia seja ainda mais improvável, uma vez que os
Romanos só ocuparam as Ilhas Britânicas após 43, quase dois mil anos após a
construção dos círculos de pedra.
Somente com o desenvolvimento do método de datação a partir do Carbono-14
estabeleceram-se datas aproximadas para os círculos de pedra. Durante décadas
não foram formuladas explicações plausíveis para a função dos círculos, além
das suposições de que se destinavam a rituais e sacrifícios.

A ARQUEOASTRONOMIA

Nascer do Sol sobre Stonehenge na manhã do solstício de verão (21 de junho de


2005).
Nas décadas de 1950 e de 1960, o professor Alexander Thom, coordenador da
Universidade de Oxford e o astrônomo Gerald Hawkins abriram caminho para
um novo campo de pesquisas, a Arqueoastronomia, dedicado ao estudo do
conhecimento astronômico de civilizações antigas. Ambos conduziram exames
acurados nestes e em outros círculos de pedra e em numerosos outros tipos de
estruturas megalíticas, associando-os a alinhamentos astronômicos
significativos às épocas em que foram erguidos. Estas evidências sugeriram que
eles foram usados como observatórios astronômicos. Além disso, os
arqueoastrônomos revelaram as habilidades matemáticas extraordinárias e a
sofisticação da engenharia que os primitivos europeus desenvolveram, antes
mesmo das culturas egípcia e mesopotâmica. Dois mil anos antes da formulação
do teorema de Pitágoras, constatou-se que os construtores de Stonehenge
incorporavam conhecimentos matemáticos como o conceito e o valor do π (Pi)
em seus círculos de pedra.
A explicação científica para a construção está no ponto em que o lugar tenha
sido concebido para que um observador em seu interior possa determinar, com
exatidão a ocorrência de datas significativas como solstícios e equinócios,
eventos celestes que anunciam as mudanças de estação. Para isto bastando se
posicionar adequadamente entre os mais de 70 blocos de arenito que o
compunham e observa-se na direção certa. Esta descoberta se deu em 1960,
demonstrando através da arqueologia que os povos neolíticos a 3000 anos antes
de Cristo já tinham este conhecimento. A importância estaria vinculada
diretamente a agricultura dos povos da época. Segundo o historiador Johnni
Langer, a vida dos povos agrícolas está ligada ao ciclo das estações, e o homem
pré-histórico precisava demarcar o tempo para saber quais eram as melhores
épocas para colheita e semeadura, e a observação do céu nasce daí.

CARACTERÍSTICAS

Stonehenge é uma estrutura composta, formada por círculos concêntricos de


pedras que chegam a ter cinco metros de altura e a pesar quase cinquenta
toneladas, onde se identificam três distintos períodos construtivos:
Sol sobre o Stonehenge, no Reino Unido, durante o solstício de inverno.
 O chamado Período I (c. 3100 a.C.), quando o monumento não passava
de uma simples vala circular com 97,54 metros de diâmetro, dispondo de
uma única entrada. Internamente erguia-se um banco de pedras e um
santuário de madeira. Cinquenta e seis furos externos ao seu perímetro
continham restos humanos cremados. O círculo estava alinhado com o
pôr do Sol do último dia do Inverno, e com as fases da Lua.
 Durante o chamado Período II (c. 2150 a.C.) deu-se a realocação do
santuário de madeira, a construção de dois círculos de pedras azuis
(coloridas com um matiz azulado), o alargamento da entrada, a
construção de uma avenida de entrada marcada por valas paralelas
alinhadas com o Sol nascente do primeiro dia do Verão, e a ereção do
círculo externo, com 35 pedras que pesavam toneladas. As altas pedras
azuis, que pesam quatro toneladas, foram transportadas das montanhas
de Gales a cerca de 24 quilômetros ao Norte.
 No chamado Período III (c. 2075 a.C.), as pedras azuis foram derrubadas
e pedras de grandes dimensões (megálitos) - ainda no local - foram
erguidas. Estas pedras, medindo em média 5,49 metros de altura e
pesando cerca de 25 toneladas cada, foram transportadas do Norte por 19
quilômetros. Entre 1500 a.C. e 1100 a.C., aproximadamente sessenta das
pedras azuis foram restauradas e erguidas em um círculo interno, com
outras dezenove, colocadas em forma ferradura, também dentro do
círculo.
Estima-se que essas três fases da construção requereram mais de trinta milhões
de horas de trabalho.
Recolhendo os dados a respeito do movimento de corpos celestiais, as
observações de Stonehenge foram usadas para indicar os dias apropriados no
ciclo ritual anual. Nesta consideração, é importante mencionar que a estrutura
não foi usada somente para determinar o ciclo agrícola, uma vez que nesta
região o Solstício de Verão ocorre bem após o começo da estação de
crescimento; e o Solstício de inverno bem depois que a colheita é terminada.
Desta forma, as teorias atuais a respeito da finalidade de Stonehenge sugerem
seu uso simultâneo para observações astronômicas e a funções religiosas, sendo
improvável que estivesse sendo utilizado após 1100 a.C..
A respeito da sua forma e funções arquitetônicas, os estudiosos sugeriram que
Stonehenge - especialmente seus círculos mais antigos - pretendia ser a réplica
de um santuário de pedra, sendo que os de madeira eram mais comuns em
épocas Neolíticas.
No dia 21 de Junho, o Sol nasce em perfeita exatidão sob a pedra principal.

Segundo dados mais recentes, obtidos por arqueólogos chefiados por Mike
Parker Pearson, Stonehenge está relacionada com a existência do povoado
Durrington. Este povoado formado por algumas dezenas de casas construídas
entre 2600 a.C. e 2500 a.C., situado em Durrington Walls, perto de Salisbury, é
considerada a maior aldeia neolítica do Reino Unido. Segundo os arqueólogos
foi aí encontrada uma espécie de réplica de Stonehenge, em madeira.
IMPORTÂNCIA DE STONEHENGE PARA A HISTÓRIA DA MATEMÁTICA

A maior parte dos historiadores que estudaram Stonehenge afirma que o


mesmo era usado como uma calculadora de pedra, um verdadeiro computador
megalítico com o objetivo de prever o nascimento do Sol e da Lua no solstício e
no equinócio. Contudo, existem historiadores que não aceitam os argumentos e
dados associados e apresentam outras explicações para a construção desse
monumento
EXPEDIÇÃO DE HOWARD CARTER
 
               
INTRODUÇÃO
 
 

   Howard Carter nasceu em 9 de março de 1874 em Kensington,


Londres. Ele não teve uma educação formal e através de seu pai,
Samuel Carter, um artista, foi se entranhando na arte, aprendendo seu
futuro ofício, desenhista e pintor. Com seu talento e nenhuma ambição
em se dedicar aos negócios da família, a pintura de retratos de famílias
da região, Howard seguiu seu destino ao ver uma oportunidade de ir ao
Egito e trabalhar para a Egyptian Exploration Fund, responsável em
fazer cópias dos desenhos e inscrições e documentos para os
estudiosos. Em outubro de 1891, com a idade de 17 anos, Carter foi a
Alexandria. 
 
O primeiro projeto que Carter participou foi em Bani Hassan. Diz-
se que esse trabalho deixou-o tão entusiasmado que chegava a ponto de
trabalhar o dia inteiro e depois dormia com os morcegos em uma
tumba. 
 
Em 1892, Carter juntou-se a Flinders Petrie em El-Amarna.
Petrie era um importante diretor e um dos mais renomados
arqueólogos da época. Petrie acreditava que Carter nunca se tornaria
um bom escavador, mas com o tempo Carter provou que ele estava
errado, pois o jovem acabou fazendo vários importantes achados no
sítio arqueológico de el Amarna, a capital do Egito Antigo, à época do
reinado de Akenaton. Com a orientação de Petrie, Carter tornou-se um
arqueólogo, mas sem deixar de lado sua veia artística tão valiosa.
 
Carter foi indicado para participar da escavação de Deir el Babri, local
do templo da rainha faraó, Hatshepsut. Essa experiência trouxe mais
empenho em se aperfeiçoar em seus desenhos, que ficaram famosos
pelo nível de detalhes, e em suas técnicas de restauração e suas
escavações. 
 
Em 1899, com 25 anos, Carter recebeu o convite de seu primeiro
trabalho como Inspetor chefe Geral de Monumentos do alto Egito. O
convite foi feito pelo então diretor de antiguidades egípcias, Gaston
Maspero. A responsabilidade de Carter incluía supervisionar e
controlar a arqueologia ao longo da região mais importante do Egito,
incluindo Tebas. 

LORD CARNAVON
Em 1908, Carter, com indicação do amigo fiel, Maspero, conseguiu
trabalho. O arqueólogo tornou-se supervisor das excavações
patrocinadas por um ricaço apaixonado pelo Egito, George Herbert, o
5º Lord Carnarvon.
 
 
 
Lord Carnarvon era um esportista e colecionador de objetos de arte.
Frequentador de todos os campos de corrida e um exímio atirador. Era
senhor de enorme fortuna e dono do terceiro carro licenciado na
Inglaterra. Chegou ao Egito um ano antes, em 1906, para se recuperar
de um acidente automobilístico que o deixou com problemas
respiratórios: foi sugerido pelos médicos que buscasse uma região de
clima seco e o Egito era muito frequentado pelos ingleses nessa época.
Um amigo emprestou a Lord Carnarvon uma concessão para escavar a
área. Carnarvon precisava de um especialista e foi apresentado a
Carter, que logo mostrou suas idéias a Lord Carnarvon.

TUTANCÂMON
Carter começou a pesquisar a possibilidade de que a tumba do Faraó
Tutancâmon estivesse escondida no Vale dos Reis. Vários especialistas
afirmaram que mais nada poderia ser encontrado lá. O arqueólogo
americano Theodore Davis sustentava que localizara a tumba de
Tutancâmon, em um ponto desprezado do vale. Mas não havia nenhum
rei em seu interior, deveria ter sido saqueada como todas as outras...
Mas Carter estava seguro de que a tumba encontrada por Davis não era
uma tumba real. Nenhum rei da 18ª dinastia seria sepultado em
túmulo tão prosaico. Alguns potes de cerâmica contendo materiais
utilizados durante o funeral de Tutancâmon foram encontrados ali, e
isso fez Carter deduzir que o verdadeiro local do túmulo estava perto.
 
O vale dos Reis nessa época de remexidas em busca por descobertas
era uma verdadeira muralha de pedras e havia um pico rochoso em
forma de pirâmide chamado "Cabo Horn". Ao pé da parede de rocha,
detritos, pedras e terra se desprendiam e escorregavam para o vale. Nas
encostas, cavidades e tumbas escavadas, cujos entulhos aglomeravam-
se no solo sagrado revirado.
Nenhum indício de onde começar a cavar, mas já experiente, Carter
tinha um plano...  
 
               
Só em 1914 teve início as escavações, mas por causa da Primeira Guerra
Mundial, o trabalho de escavação foi interrompido e só retomado em
1917.

“Nosso trabalho começou no outono de 1917, Sugeri a Lord Carnarvon


tomar como ponto de partida o triângulo formado pelas tumbas de
Ramsés II, Merenptah e Ramsés VI."

ESCAVANDO A TUMBA DE TUTANCÂMON

O dinheiro de Lord Carnarvon começou a acabar e ficou ameaçado de


ter as escavações canceladas e seu nome jogado nas areias do Egito
como mais um fracassado, mas Carter convence o Lord a apoiá-lo em
mais uma tentativa.
 
As escavações continuaram sem êxito até 1922, quando, no dia 4 de
novembro, foi encontrado um degrau esculpido em rocha viva ao pé da
tumba de Ramsés VI. Era aquele degrau o início de uma escada e no dia
5 de novembro de 1922 já haviam descoberto dezesseis degraus que
levavam a um corredor que acabava numa porta selada. Como
Carnavon estava na Inglaterra, Carter esperou sua chegada para então
abrirem a porta da tumba. Isso aconteceu no dia 24 do mesmo mês e
encontraram um corredor cheio de entulho que levava a outra porta. 

  "O dia 26 de novembro deveria tornar-se o mais belo de


minha vida... A dez metros da primeira porta tinha aparecido uma
segunda, selada também... Os selos eram de Tutancâmon e da
necrópole real... Com as mãos trêmulas, abri um pequeno buraco no
canto superior esquerdo. Lá introduzi uma barra de ferro que não
tocava em nada... alarguei o buraco e olhei..."

EXPLORANDO A TUMBA
O momento mais esperado veio no dia 17 de fevereiro de 1923, quando
se abriu a porta da câmara mortuária e surgiu um imenso sacrário
dourado que tinha uma porta com dois batentes na outra extremidade.
No total, havia quatro esquifes, um dentro do outro, todos cobertos
com ouro em folha e o último contendo um esquife de quartzo. Dentro
dele estavam três sarcófagos antropomórficos, representando
Tutancâmon, um dentro do outro, mostrando o bonito rosto do faraó; o
mais interior era de ouro puro. Neste último estava o corpo 

Foi então erguida a tampa do último ataúde por suas argolas de ouro e
o rosto do faraó coberto com uma máscara de ouro e lápis-lazúli foi
novamente admirado depois de 3.000 anos por olhos mortais.
Tutancâmon, após sete anos de busca, estava ali diante dele em todo
seu esplendor.

        "Em tais momentos", diz Carter, 

"falta-nos a fala!"

EGITO ANTIGO

INTRODUÇÃO

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