No centro da testa No peito, sobre o corao H buracos, profundos buracos Tneis imensos, Sem fundo, imundos. Uma lupa que me empresta O olhar distorcido, vesgo Do outro lado, Do outro mundo Onde espantos se agigantam E questes, questionveis, sem presente, passado ou futuro, Se levantam e se agitam Vejo, descreio Mal aturo Tal sincretismo maldoso e maldito Jorrando quente Da dor dos buracos Para ver, apavorado e temente Que ali se fez o espelho em que me reflito