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CAP{TULO Vv DISPOSICAO, FINAL DO LIXO. 1 INTRODUCAO Este Capitulo apresenta as orientacSes técnicas para a disposicao final do lixo municipal no solo, por intermédio da técnica de aterro sanicirio. Sao apresentadas definigbes bisicas, discutidas formas de avaliacio dos locals de disposicio e de projeto © fornecidas orientacdes para as decisées écnicas e administrativas necessarias a6 adequado gerenciamento dos residuos sélidos municipais. 1.1 Lixo. E uma forma inadequada de disposicio final de residuos s6lidos municipais, que se caracteriza pela simples descarga sobre o solo, sem medidas de pro- tecio ao meio ambiente ou. satide piblica. O mesmo que descarga de residuos a céu aberto ou vazadouro (Figura 1), 5 residuos assim lancados acarretam problemas 8 sade pablica, como proliferacdo de vetores de Hdoencas (moscas, mosquitos, baratas, ratos, etc), gerado de maus odores e, principalmente, poluicio ido solo e das aguas subterrnea e superficial, pela nflcracao do chorume (liquide de cor preta, mau DISPOSIGAD FINAL DO LAO cheiroso e de elevado potencial poluidor, produzido pela decomposicdo da matéria organica contida no lixo (ABNT, 1984)), Acrescenta-se a esta situacdo o total descontrole dos tipos de residuos recebidos nestes locals, veri- ficando'se até mesmo a disposicio de dejetos origina- dos de servicos de satide e de indastrias. Comunrente, ainda, associam-se aos lixdes a criagao de animais ea presenta de pessoas (catadores), os quais, algumas vezes, residem no préprio local 1.2 Aterro Controlado E uma técnica de disposicio de residuos sélidos municipais no solo, sem causar danos ou riscos & satide pilblica e @ sua seguranca, minimizando os im= pactos ambientais. Esse método utiliza alguns prin- Cipios de engenharia para confinar os residuos sélidos, cobrindo-os com uma camada de material inerte na conelusio de cada jornada de trabalho. Esta forma de disposicao produz poluicgo, porém localizada, pois, similarmente ao aterro sanicario, a firea de disposicio & minimizada. Geralmente, nico dispbe de impermeabilizacio de base (comprome- ‘tendo a qualidade das 4guas subterraneas), nem de MANUAL DE GERENCIAMENTO INTEGRADO sistemas de tratamento do percolado (termo em- pregado para caracterizar'a mistura entre o chorume, produzido pela decomposicéo do lixo, € a agua de chuva que percola 0 aterro) ou do biogis gerado. Esse método é preferivel ao lixao, mas devido 20s problemas ambientais que causa € aos seus custos de operacio, € de qualidade bastante inferior a0 aterro sanitério. 1.3 Aterro Sar tio Aterro sanitario, conforme ilustrado na Figura 2, um processo utilizado para disposicao de residues s6lidos no solo, particularmente lixo domiciliar que, fundamentado em critérios de engenhat operacionais especificas, permite um confinamento seguro em termos de controle de polvigéo ambiental e protecio A satide piblica. Outra definicio 0 apre- senta como forma de disposicio final de residuos sélidos urbanos no solo, mediante confinamento em camadas cobertas com material inerte, geralmence SETOR EM EXECUCAO SETOR EM PREPARAGAO ‘camada impermeabiizante Figura 2 Atero sanitio solo, segundo normas operacionais especficas, de modo a evitar danos owriscos a satide publica @ 4 seguranca, minimizando os impactos ambientais. Neste Manual, 2 solugio proposta para a dispo- sigho final do lixo 6 0 Aterro Sanitario. 2 AVALIACAO DA DISPOSICAO ATUAL DO Lixo. Para a definicio do protedimento mais adequado para a disposicio do lixo, deve-se partir de um diagndstico da situacdo atual do municipio, conside- rando-se aspectos como tipo, origem e quantidade de lixo produzido, tratamentos existentes e carac- teristicas dos locais onde esse lixo ¢ disposto. . Se 0 municipio possuir uma area de disposicio que possa ser classficada como aterro sanitrio, atendendo as especificacbes técnicas da NBR 8419 (ABNT, 1984), 08 trabalhos deverao prosseguir, mantendo-se 0 planejamento e a operagio previamente definidos, no arpno de gas 1 reno de aguas ‘de superficie selo de cobertura ‘sida para estado de tatamenio ‘se descuidando em relacio ao cronograma de viabilizagio de uma rea sucessora, 21. Identificagao dos Problemas A avaliacéo do local de disposigao de lixo do municipio visa conhecer as, condicdes-favoraveis € desfavordveis existentes e priorizar as medidas even- ‘ualmente necessérias. Essas deficiéncias nos aterros | de residuos podem ser de ordem sanitéria, ambiental elou operacional ‘As deficiéncias de ordem sanitiriafrequenteménte encontradas sao: fogo, fumaca, odor, vetores de “doenga, tanto os macrovetores (cachorros, gatos, ratos, urubus, pombos, e outros) como microvetores (moseas, mosquitos, bactérias, fungos e outros). ‘Quanto as de ordem ambiental, os aspectos geral- “mente presentes séo: polui¢io do ar, poluicio das ‘aguas superficiais e subterraneas, poluicio do solo e Projuizo a estética e palsagem local. Da mesma forma, quanto as deficiéncias opera cionais, podem ocorrer: vias de acesso intransitaveis, durante as épocas de chuvas, falta de controle da frea (auséncia de cercas e de vigilancia, presenca de catadores), descontrole dos residuos recebidos (nio- adocio de procedimentos para inspecio, pesagem, etc), auséncia de critérios para disposicéo do lixo 1no solo (frente de trabalho maior que 0 recomen- davel, manejo impréprio do lixo).. 2.2 Decisio do Futuro da Disposi¢ao de Lixo.no Municipio A continuidade de operacio (com sua adequacio) ou a necessidade de fechamento de um local de dis- posicio de lixo muticipal (com-viabilizago de hova rea) deve ser avaliada com base em um conjunto de crivérios, dentre os quais podem ser citados: © adequacdo ambiental, considerando-se a legis- lagao ambiental em vigor (ver Capitulo VII- Le- gislacio e Licenciamento Ambiental); « aptidio natural do terreno, avaliada em funcio de caracteristicas como geologia, geotecnia, hi- drogeologia, biota, cendéncias de uso e ocupagio do solo nos entornes da area, conflitds de uso do solo existentes; capiroLe v ISPOSIGAO FINAL BO LINO * Vida cl remanescente, determinada éom base ‘no volume de lixo a ser disposto, Srea efetiva disponivel (considerando-se restricdes de uso € as areas j utilizadas) © projeto geométrico mals adequado a utilizacao do local; s histérico de operacio, incluindo-se aspectos como volume e, principalrnente, tipos de lixo recebidos, infra-estrutura existente (impermea- bilizacdo de base, drenagens, sistemas de tratamento de percolado ¢ biogis, isolamento, etc,), condigdes de operacio praticadas no pasado (compactacéo, cobertura, etc.); * distincia aos centros produtores de residuos e estado de conservacio das vias de acesso; * infra-estrutura, mio-de-obra e equipamentos necessirios & adequada operacio do local; * possibilidade de expansio em area contigua a0 atual local de disposicao; * existéncia de dreas alternativas e tempo neces- sario para viabilizar 0 novo aterro; * disponibilidade de recursos financeiros. Resumidamente, pode-se considerar que a ade- ‘quacto de um local de disposicao de residuos sélidos municipais decorre de trés macroconjuntos de par’ metros, relativos, respectivamente, 4 qualidéde natural do local utilizado para o aterro, 2 infra-estrutura instalada e aos procedimentos operacionais adotados. A possibilidade do municipio corrigir os aspectos negativos passiveis de melhoria € @ conjugacio de desempenho nestes trés fatores 6 que definira o fu- turo do aterro e, por conseguinte, sé ele tem ou nfo 'condic6es de prosseguir Sendo operado ou se é ‘momento de proceder seu encerramento em favor da utllizagio de outra area. ‘A partir do diagnéstico da atual rea de disposicio de lixo do municipio, a tomada de decisio pode ser “ilustrada conforme a Figura 3. A titulo de exemplo, o Quadro 1 mostra um checke fst que ver sendo aplicado pela CETESB, desde 1997, na avaliagio dos aterros de residuos no Estado de Sao Paulo, onde € calculado o Indice de Qualidade de Aterros de Residuos - IQR, a partir do. qual a condicio do local de disposigio é avaliada ¢ classi ficada em adequada, controlada e inadequada. [MANUAL DE GERENCIAMENTO INTEGRADO Oa pin ocwponst Sik dense iotemn. Fae seme aro | ewes coe eens ae stb aoe diswetaeny Figura 3 - Flaxagrama de deciséas sobre a disposicao de esiduos de municipio a _, Dslr de ie sprrenacs a Fi YIABILZACRO DENOVO ‘KiERO SANITARIO as erés basicas serio apresentadas em itens Comicon tanto a atviades para a vobilzaco de um cespecticos deste Capitulo. Cabe lembrar que, multas avo aap igen sean gt ae ee eeees hi anecessidade de implementar tais medidas __claboracao de projeto pata Sus insalago, operacto ® de forma concomitant, enceraments 2 ENCERRAMENTO / REMEDIACAO. Compeshik oprocesoqueabelivatedut omBimopos, 2.3 Alocagdo de Recursos Shelvos rmpuctos amblerals negativs caused pela dno Saar step via til do focal do Tn 1 Deve-se ter em mente que todas as alternativas Sey consideandone a decl-fo de encenar a operacio'ne_menciotiadas no Item 2.2 exigiréo alocacao derecur J lens deat trie all sano prafvestineros cm estudos de proto fe construcio das instalagBes como para a manutencio das condigdes projetadas. ADEQUAGAO DE ATERRO EXISTENTE a “ate side procesco que visa 0 aperfeigoamientoprogressivo ‘Assim, na fase de implantacdo haveréo gastos com ra ee recon Ge in, habiltando- a condo a. estudos preliminares, diagnéstico, inventirio, proje: meee seal de de um ated sanitirio, 20,long° tos, instalacdes @ obras de infra-estrutura, aquisicao | de equiparnentos e treinamento de recursos humans. 254 ‘eivioung # THLOLANS ° z i o a : t f : ° i ? ¢ ¢ é f 9 i 3 1 g o 0 6 5 i $ Y 3 i 8 6 a 33 ° I ¢ : ‘ i Pe 7 oe ‘ 8 =2 6 5 t o 33 a ° a 3 : 1 ‘ é 9 . if ¥ Q 0 3 Sprnutrbopi t , t woade peta ; Le 9 4 0 : I z 0 : i i 0 9 + § ¢ a a ° . 2 $ a 0 ° , ee shoiy i £ HOTVA. OST ‘ovSvrvay WALIGNS HOTA OS3E oySvinvay IS -YOIVA” Osada: ‘OYS¥rivAY WALANS: SINOIDVIIGO SQ5taNOS.—- ‘ayinyiave vaniniiss-vasnr 39901 od syoushaiovavo me wOI sanaisay 3g SoMaLy 3d aavatIvAd 3, aD1QN} XDI- sonpsso4 9p souore ap apepryenb ap soypuy op oynoye> exed sopeaytin soupyE! - 1 oxpent> iii a [MANUAL DE GERENCIAMENTO INTEGRADO. Na fase de operacio ganhardo destaque os gastos com a operacio, manutencio, monitorizacio, trata- mentos € instalagdes auxiliares. Da mesma forma, na fase de fechamento, tem-se ‘95 custos com as obras para estabilizacdo fisica © as atividades de manutencio eo tratamento de efluences ‘emonitorizacio até a'completa estabilizacio quimica e bioldgica da area. Apiés a completa estabilizacio do local, ainda poderao ser necessirias obras para adequa¢io 40 uso futuro. 3. REMEDIACAO E FECHAMENTO DE LIXOES Os locais de disposicéo que tenham que ser encerrados, por motivos ambientais ou de vida Atil, deverdo, ser tratados de maneira a minimizar even- tuais impacts sanitarios € ambientais instalados ou potenciais, Para tanto, deverio ser definidas.as ages para 0 término da operacio e, caso necessria, para a re- mediacio do local, estabelecendo-se prioridade para as agGes'que demandem menores investimentos ¢ prazos € que atuem sobre. os impactos mais signif- cativos. As ages devom ser realizadas de modo que ‘0 fechamento e remediacdo néo iaviabilizem a dis- posigio do lixo, no curto prazo, enquanto se viabiliza lum novo aterro para o municipio. ‘As acdes mitigadoras a implementar, e-conse- qilentemente o tempo necessétio para se atingit-a ‘completa inertizacio da massa de lixo, sio variaveis, sendo fungio dos recursos disponivels eda con- cepcio adotada Em um lixio ou em um aterro sanitario que deva ser desativado, a meta é estabilizi-lo (isica, quimica ebiologicamente) e, apds esta estabilizacio (periodo geralimente nfo inferior a 10-15 anos apés encerra~ mento da disposiclo de lixo), destiné-lo-a um uso compativel (Figura 4), Algumas ages descritas mals detalhadamente no item referente & adequacio de aterro de residuos também so necessirias como atividades interme didrias para 0 fechamento de um lixio, Assim, pode- se citar: + climinacio de fogo & fumaca; # delimitacdo da drea; « limpeza da area de dominio; ‘» movimentagio e conformagio da massa de lixo; # cobertura final '» drenagem das Sguas superficiais; « drenagem de biogis e percolado da massa de lixo; # coleta e tratamento de biogis e percolado: ‘ monitorizagao geotécnica e ambiental, ‘« manutoncio das estruturas do aterro de resi- duos; '* projeto paisagistico ¢ de uso futuro da érea. Quanto a cobertura definitiva, deve ser destacada, ainda, a necessidade de adequacdo a0 uso futuro da drea, além de ser projetada e executada de maneira a atender 20s requisitos de isolar.o lixo do meio ambiente, impedir a infieracio de chuvas (o que au~ mentaria 0 volume de percolado) e impedir a saida nio-controlada do biogés. Na definicao e projeto da remediagao, as diversas concepcdes devem ser escolhidas, levantando-se em ‘conta aspectos como a expectativa de tempo neces sarlo para o término da geracao de biogas e liquidos percolados, o término da movimentacio da massa de residuos (deslocamentés horizontais e verticals) 0 inicio da utilizacio pos-estabilzacio projetada para o local. ‘A alternativa de remogio do material deve ser ava- liada com culdado, pois podera engendrar a migracio, de contaminantes-diversos, devido as alteragSes nas condigdes vigentes no ineerior do aterro. Dependendo das condic6es hidrogeol6gicas locas, poderio sor necessirias obras para rébaixamento do lencol freitico, mantendo-se 0 lixo fora de sua frea de influéncia. 4 ADEQUACAO DE ATERROS DE RESIDUOS SOLIDOS MUNICIPAIS 4.4 -Diretrizes Técnicas ‘Apés 0 diagndstico lotal ea identificacio da alter- nativa para correcio dos problemas detectados, exis- te a Hecessidade de projetos técnicos para orientar 56 cArituLo ¥ DISFOSIGAO FINAL 90 LO Figura 4 - Fechamento do aterro sanitério as providéncias a serem tomadas. O nivel de detalhamento destes projetos depender’ do por- te da cidade e/ou da quantidade de residuos disposta. ‘Como citado anteriormente, a ordem de interven- ‘ho deverd priorizar, respectivamente, solugBes para ‘05 problemas sanitirios, ambiencais € operacionais (Figura 5), 4.2 Seqiiéncia de Atividades para Adequacio do Aterro de Residuos As atividades para a adequacao de um aterro de Fesiduos visam coriduzi-io, o mais proximo possivel € gradativamente, as condicdes de aterro sanitario. A ordem de apresentacio das atividades indica aim- porténcia relativa entre elas, a 4.2.1 Problemas sanitérios E importante que esse fator seja 0 primeiro a ser considerado, evitando-se, principalmente, problemas diretamente ligados a satide piblica. As a¢bes neces- sarias podem ser assim definidas + Movimentagio e conformagio da massa de lixo Visaa regularizacao mecinica do material éisposto, de acordo com a especificacio do projeto. * Eliminagao de fogo e fumaga ‘Obtida ‘mediante cobertura do lixo (cobertura diaria, intermediaria e final), podendo-se utilizar 0 solo local, ou importado de outras areas, e mesmo, [MANUAL DE GERENCIAMENTO INTEGRADO Figura 5 ~Auspncla de crtéios e controle da dlspasigao em nivel emergencial, 0 lixo jé estabilizado como ma- terial de cobertura. * Delimitacao da area de operagéo ‘Como se sabe, a geracio de percolado é o prin- cipal impacto ambiental negative: de um local de dis- posicao de residucs. Da mesma forma, sabe-se que a pluviometria & sua principal causadora (pois, a0 migrar pelo aterro, incorpora o chorume da.decom- posicio e dissolve elementos do préprio ixo). Assim, fica evidente que quanto menor for o espalhamento superficial do lixo, menor seré a érea de lixo exposta aco das chuvas e menor sera a quantidade de percolado gerado, Ainda, préximas as areas de operacio, deverso ser istaladas defensas para impedir 0 arraste do lixo pelo vento, E fundamental que se defina uma frente de trabalho, equena e que se adotem medidas para que ela seja obedecida, evitando-se o espalhamento lateral do tx Outro aspecto essencial 6 a delimitagio da Area do aterro sanitirio, que poders ser executada com itens de isolamento.e protecio (valas, diques de terra, cercas, etc.),,impedindo a entrada de pessoas e de animais. ‘* Limpeza da area de dominio Em decorréncia do exposto no item anterior, a rea que nfo esta sendo utiizada deverd ser limpa, sendo removide o lixo ali eventualmente existente, agrupando-o na area principal de operacio, perm tindo menor espalhamento e condicdes mais ade- quadas de aproveitamento do local. 258 BIsPOSICAD FINAL DO LO 4.2.2. Problemas ambientais Os problemas ambientais slo aqueles que afetam indiretamente a satide piblica, No sentido da conso- lidacdo do aterro sanitirio, o aspecto ambiental exige: + Drenagem de Aguas pluviais ‘Area de contribuigio de aguas superficais do ater- ro deve ser isolada (diques, canaletas, tubulagées), de modoa evitar a entrada de 4gua nas areas jé aterradas com lixo. Locais com nivel ¢'4gua raso poderio, ainda, exigir drenagem subterranea para impedir que agua do fredtico venha a entrar em contato com 0 lixo. Outra tarefa importante é a separacio das aguas superficiais (n@o-contaminadas) das 4guas que per- ‘colam pelo aterro (contaminadas). Portanto, héane- ‘cessidade de execucio de drenagens de éguas pluviais sobre as areas que jé receberam cobertura final no aterro sanitario. ‘+ Drenagem de biogas e percolado da massa de lixo ‘Coma utilizacao de equipamento adequado (retro- escavadeira), deverio ser abertas valas na massa de xo para a instalagio de drenos de percolado e biogés (Fgura 6). eas — me - ae - o> i Todas as drenagens de liquidos percolados devem ser direcionadas para um tanque de acumulacio, para © inicio das operacbes de tratamento (Figura 7). O volume e as caracteristicas do tanque deverao ser definidos em projeto, bem como o tipo de tratamen- to do percolado (ver item 6.3 deste Capitulo e 0 Capitulo VI - Tratamento de Efluentes Liquidos de ‘Aterros Sanitérios). No caso do biogss, recomenda-se sua queima quan= do do lancamento a atmosfera. A possibiidade de recu- peracio energética também pode ser avaliada, uma vyez que 0 biogis apresenta concentracées inicials de metano em torno de 40% (alguns meses apés oaterra- mento), estabilizando-se em valores em torno dé 60 2.65% (cerca de um a dois anos apos aterramento). O poder calorifico do metano & de 5.800 kcal/Nm + Arborizagao em torno da drea (cintarao verde) A finalidade desta atividade 6 evitar impactos visuais, negatives a0 piiblico externo e também otimizar a dispersSo vertical do biogis e odores (Figura 8). & necessirio o plantio de arvores e arbustos de pequeno € médio porte, preferencialmente nativas, para se Fiera 6 nstlago de tos para ans Niles epson 259 [MANUAL DE GERENCIAMENTO. INTEGRADO. Figura 7 ~ Coleta ¢ tratamento dos efluentes liquids percolados conseguir uma barreira de isolamento compacta, desde a base até 0 topo, evitando-se 0 chamado efeito paliteiro (tipico de barreiras vegetais constituidas por eucaliptos adultos, por exemplo, que no cumprem adequadamente a funcdo de isolamento visual) * Cuidados para evitar a'contaminacao das aguas subterréneas Asnovas fases do aterro, ou seja, as novas frentes de operacio, deverdo, na medida da necessidade local, receber camada de impermeabilizacio basal Na concep¢io da camada impermeabilizante, em nivel'de projeto, sfo especificadas as espessuras e as condicées de compactacio que fornecerao a per- meabllidade e a protegio requeridas. Os locais onde ‘0s materiais de empréstimo serio obtidos também devem ser apontados. | TRATAMENTO S de Liquinos 4.2.3. Problemas operacionais Esses aspectos estio diretamente relacionados 20 manejo do lixo, ou sefa, as formas ¢ condigoes da ‘operacio cotidiana na disposicio dos residuos sblidos no aterro. ‘Apés a preparacio da nova fase, sob condicdes de aterro sanitério, as éreas que j haviam recebido lixo deverio ser tratadas. Concomitantemente, deve-se planejar a melhoria das vias internas de acesso (Figura 9), considerando- se aspectos como geomettia do tracadoe material adequado para o pavimento, de modo a possibilitar 0 ‘ransito de veiculos sob quaisquer condigéies de tempo. (© controle da area exige medidas como a presen- ‘ea de vigilancia continua e a implantagao de cercas, para evitar a entrada de animais e de pessoas estra- rnhas a0 empreendimento (catadores, por exemplo). 260 iseosiCAO FNAL DO LO. Figura 8 - Cinturdo verde em torso da drea de disposicio E importante ressaltar que no ha oposicéo a atividade de recuperacio de materials recictivels, O entendimento, porém, é de que isto nfo deva ocorrer | fa area'do aterro, muito menos ém sua frente de operagio. Podem ser projetados locais ou programas __minimamente estrutuirados para tais atividades, caso aja alguma intencio mais consequentea esse respeit. A frente de trabalho, na area de descarga, deve ser arminima necessaria, devendo receber cobertura diiria de fina camada de solo (no superior a 0,20 m, de modo a ndo prejudicar a vida itil do aterro) ‘© método de manejo devera ser definido em pro- jeto, em funcio da area, dos equipamentos disponiveis e do volume difrio de residuos a ser manuseado. Para © controle da disposicaa, 0 projeto deve prever a instalagio de balanca rodovidria na entrada do aterro!;Onde nio for vidvel esta possibilidade, os residuos deverio ser pesados, utlizando-se.outra balanca rodovidria disponivel no municipio. E também conveniente que o residuo seja inspe- cionado na entrada do aterro, com o objetivo de se evitar a entrada de materiais incompativeis com © aterro sanitério (tais como, residuos perigosos, que devem ser dispostos para aterros industria, mais complexos; ou residuos inertes, que podem ser di- postos em aterros de inertes, mais simplificados). Outro objetivo desta operaclo & a determinacto da composicao fisica do lixo recebido. 4.3 Elaboracao de Projeto de Adequagao Paraa consecucio dos objetivos descritos nos itens anteriores, & necessaria a execuslo de projetos téc- nicos, dos quais deve constar os critérios estabe- lecidos para a adequacao ca érea do aterro de residuos, No item 6 deste Capftulo é discutida a elaboracio de projeto de aterros em areas novas, sendo aqui apliciveis aquelas consideraces, porém, com algumas adaptagbes técnicas e operacionals. 264 IiANUAL DE GERENCIAMENTO INTEGRADO Figura 9 Ta-ertur de aces « aga E desejivel que se detalhe o projeto de adequacio. do aterro de residuos, de modo.a contemplar os seguintes aspectos: * projeto de infra-estrutura de acesso e circu tacos * projeto geométrico de conformacio das células, ! de lixo, com respectivos sistemas de drenagem de biogés, percolados e aguas superficiais; * projeto de exploracio de jazidas dé solo para material de cobertura; + projeto-de areas de descarte de solo excedente; ‘= projeto de operacdo didria/mensal do aterro sanitirio, definindo-se coberturas temporérias @ definitivas nas células acabadas; + definicho do tratamento superficial da cobertura do aterro, adequado a0 destino final da area; Eo ay » * projeto do tanque de armazenamento de per- colados e sistemas de tratamento associados: * projeto de recuperacio e/ou queima de biogss; * projeto de monitorizagao geotécnica e ambien ‘al incluindo piezometria, pocos de amostragem, inclindmetros, marcos superficais e controle de vazio de percolado (Figura 10); * projeto de obras complementares, incluindo edi- ficagbes (escritério, refeitério, vestiario, etc), balanca, cercas, defensas e guaritas, 4.4 Procedimentos para Manutencio da Condigao de Operacao como Aterto Sanitario Os procedimentos de operacio devem seguir uma seqiiéncia ldgica, que se inicia ‘no recebimento do 262 PZ- Paxémeto = poyade poqusno dametesaizada para moaczo aa pronesade do nivel dsgie | Subieranea Figura 10 - Pontos de monitorizagio geotécnica do aero sanitatio lixo © € finalizad com 0 meio de transporse, no ‘cso 0 caminhao de lixo, partindo do aterro sanitario, O recebimento deve ser realizado na portaria do aterro sanitario, © caminhao deve ser pesado, em balanca rodo- Vitra localizada, antes e depois da descarga, para se ‘ter controle do volume disriofmensal.disposto no aterro sanitario, A seguir, 0 caminhao deve ser vistoriado por téc- nico devidamente treinado para inspecionar, clas- sifiear 0 residuo e direcions-lo para o local onde deverd ser disposto, de acordo com 0 zoneamento definido para o aterro sanitario (Figura 11). Recomenda-se mantér uma Srea destinada & descarga emergencial para épocas de chuvas ex: cessivas ou quando, por qualquer motivo, a frente de trabalho estiver impedida de ser operada ou acessada, DSPOSICAO FINAL DO LO Na frente em operacio, o residuo deve ser re- gularizado e compactado por equipamento’ apro- priado para o trabalho (trator de esteira ou, prefe- Imente, trator com rodas compactadoras). Logo que se tenha concluido a célula e/ou 0 dia de servico, 0 lixo devera ser coberto com solo apro- priado. © solo para as coberturas (didria, inter- mediaria e final) pode provir da area de empréstimo ou do material excedente.das operacdes de corte! escavacio das valas ou rampas, dependendo do mé- todo. operacional utilizado no manejo do lixo e das especificagées de projeto. A finalidade das coberturas 6 ade impedir o arraste de materiais pela acéo dos ‘ventos, evitar catago, evitar proliferacio de moscas, roedores e outros vetores de doenca, evitar 0 aspec- to antiestético do lixo exposto, facilitar a movimen- tacdo das miquinas e veiculos sobre o aterro, ¢ pro- piciar 0 escoamento superficial, dificultando a infil- tracio das aguas precipitadas sobre o aterro. 263 (MANUAL DE GERENCIAMENTO INTEGRADO Figura 1 = Zoneamento das dieas de disposigao dos residuos A execucéoe manutencao das obras -comple- ‘mentares (sistema de drenagem, acessos ¢ outros) & 2 leitura dos instrumentos que compéem o sistema de monitorizagio devem ser realizadas de modo a se obter 0 perfeito controle do comportamento do aterro sanitario, a qualquer momento, encaminhando as manutengdes e correcdes necessérias. A manutenclo das caracteristicas de aterro sanitirio requer estreita obedincia as especificacdes ‘técnicas do projeto. Adequacdes ante situagdes im- previstas e de manutencio esporidicas rifo sto raras. Dentre as situacées emergenciais possiveis de ocor- rer e que exigirio decisies imediatas, podem ser citadas: * ineficiéncia da drenagem do percolado, acarre~ tando surgéncia de percolado nas bermas e/ou taludes de massa de lixo e infitragdes no lengo! frestico; ‘+ ineficiéncia dos drenos de aguas superficiais; + ineficiéncia da impermeabilizacio de base provo- cando infitracées no lenicol fredtico; ** erosto nas camadas de cobertura de solo (didria, invermedisria e final); ‘* migracio de biogis e percolado para areas vizinhas; ‘ instabilizagio de taludes de solo, naturais e/ou construidos; * ocorréncia de trincas e deformagbes excessivas nas regides com cobertura final: + escorrégamentos de massa de lixo. Outro aspecto que.deve ser contemplado nesta fase operacional é a otimizacdo dos recursos hurma- nos, materials e financeiros disponivels, de forma a possibilitar a operacao do aterro sanitario dentro, dos critérios técnicos previstos em projeto. Essa 264 DiseOSIGAO FINAL DO LIKO pritica deve adequar-se a forma de administracéo doaterro sanitario, se por administragao direta (com investimentos em equipamentos e formacao de equi- pe técnica) ou por terceirizacio dos servicos (com investimentos para formacio de uma equipe de fiscalizagio e acompanhamento). Independentemente do método operacional ado- ‘ado, contudo,a frente de trabalho em operacio deve ser a minima possivel, de forma que 0 lixo nio fique espalhado, prejudicando a compactacao, 0 acesso € a cobertura. O planejamento da execugio do aterro deve con- siderar a construcio das drenagens de 4guas super ficais, aguas subterraneas, do percolado e do biogts, concomitante formacio das células e camadas, E ideal que seja implementado, um sistema de zoneamento na disposicéo dos diferentes tipos de residuos recebidos no aterro sanitario, especialmente quando houver recepcio de residuos de particulares (co-disposicéo). (Os efluentes liquidos e gasosos, provenientes da decomposicio dos residuos, dever ser coletados submetidos a processos de tratamento adequados as condiges, do corpo d’égua que receberd as emissoes. As atividades relativas ao encerramento do aterro sanitirio foram discutidas no iter 3 deste Capitulo, 5 AVALIACAO DE AREAS PARA INSTALACAO, DE ATERROS SANITARIOS Os estudos paraa viabilizacio compreendem uma sequiéncia de atividades para a identificacio ea andlise da aptid’o de Areas para instalagio de aterros sanitérios. Muitas vezes, porém, a Prefeitura ja dispde de algumas areas cuja aptidio deseja avaliar (visando Tinimizar custos e evitar demoras com desapropria- fo, por exemplo). Tratam-se de areas de sua pro- priedade, de areas de interesse para recuperacio (ca- vas de mineracio, areas de empréstimo, etc.) ou lo- is indicados por estudos anteriores. Nessa fase, deve-se ter sempre em vista a impor incia das caractetisticas dos mejos fisico, bidtico & socioeconémico da area para instalagio’ do aterro sanitério, Uma rea adequada significa menores riscos a0 meio ambiente e saide publica, mas, fundamen- talmente, significa menores gastos com preparo, ‘operacio @ encerramento do aterro. Deste modo, escolhendo uma boa rea, a Prefeitura éstar’ preve- nindo-se contra os efeitos da poluicdo dos solos & das aguas subterraneas do seu municipio, além de eventuais transtornos decorrentes de oposicio popular ¢ elevados custos futuros para operacio encerramento do local Os trabalhos de viabilizaglo exigem, assim, a compatibilizagio de varios fatores, buscando-se 0 ‘equilbrio-entre aspectos socias, alteragdes no meio ambiente e custos decorrentes das opcSes anteriores as inerentes ao empreendimento. Parte-se de estudos gerais identificando-se as varias Areas potenciais, sendo priorizadas as mais promissoras para estudos de detalhe. Sio necessatias, fundamentalmente, trés etapas: levantamento de dados gerais, pré-selecdo (escala regional) e estudos para a viablizagao de areas pré-selecionadas (escala local). Trés aspectos devem ser destacados, antes da discussio das atividades de viabilizacao de area e ela- boracto de projeto do aterré sanitério. ‘© primeiro € 0 carater nio-dissociado das ath dades de viabilizacio de rea e de elaboracio de pro- jeto do aterto sanitario. Na metodalogia proposta, esta estreita inter-relacio estard sempre presente. Um degundo aspecto @a importancia da manuten- Ho da comunicagio entre a municipalidade, o Orgto Estadual de Controle da Poluicio Ambiental (QECPA) e a populagio. Mesmo que o municipio tenha seguranga dos passos a sérem seguidos, isto deve acontecer desde’ as fases iniciais do trabalho, para que futuramente nfo seja necessiria a refor~ mulagio dos trabalhos efétuados, com consequente ‘aumento de custo ¢ atrasos de cronograma, E es- sencial que 0 municipio se utilize da experiéncia do OECPA, agilizando os procedimentos e obtendo uma solucao satisfatoria para ambos. Da mesma forma, & importante que sejam abertos.canals de participacdo efetiva da populacao, sobretudo colocando-se 0 problema na ética de planejamento de longo prazo, ‘evitando-se abordagens particularizadoras. 265 [MANUAL DE GERENCIAMENTO INTEGRADO. Finalmente, a execucio do procedimento descrito a seguir no elimina a necessidade de proceder 0 licenciamento ambiental do empreendimento (ver Capitulo VI- Legislagio e Licenciamento Ambiental) 5.1 Levantamento de Dados Gerais Nessa etapa pode-se lancar mao das informacdes existentes no acervo da Prefeitura ou de outros ér- gfios municipais ou estaduais, sobre os seguintes dados: : + Dados populacionais Séo informagées relativas a populasio do. muri cipio,tais como numero de habitantes atua, flutuante @ projetado, e taxas de variacdo da populacio no periodo previsto para vida itil do empreendimento. '* Caracteristicas do lixo Determinacéo das contribuig6es dos diversos tipos de lixo e seus componentes, de acordo com a fonte de producio, incluindo residuos tratados em ‘outros processos (compostagem, triagem, incine- ragio, etc.), passiveis'de serem langados no aterro (Figura 12). Aspectos da caracterizagao dos residuos sélidos municipais sio tratados no Capitulo I= Ori- gom e Composicio do Lixo. Especial (nove, animals, Feefduos estabilzados, ete) 38% Demicliar ‘20% Comorcial % Figura 12 = Beernplo de dstibuigio do Isa municipal por classe + Dados da coleta @ transporte atual do lixo Sio levantados dados sobre o sistema atual de co- leta e transporte do lixo do municipio, tais como ti pos e caracteristicas dos equipamentos utilzados; pe- .dos e setores de coleta; abrangéncia do sistema de coleta; existéncia de 4reas de transbordo; etc. (Figura 13). © Resultados da etapa de levantamento de dados gerais Varias estimativas da producto de lixo devern ser Linna de fluxo subterrineo [MANUAL DE GERENCIAMENTO INTEGRADO # Dados climatologicos Dizem respeito as informacbes sobre chuvas, tem- peraturas e ventos, de interesse para as estimativas de goracio de percolado, dimensionamento dos siste- ras de aguas pluviais e dispersto de gases, poeira, ruido e odores (Figura 18). Os principals aspectos de interesse sio: regime de chuvas e precipitacio pluviométrica historica, diregio e intensidade dos ventos, evaporacio e evapotranspiracio. = média anual = * Dados sobre a legislagao Referom-se as informacées sobre as leis ambientals federais, staduais e municipais e outros condicionantes do ponto de vista da legislacio (ver Capitulo Vil - Le- slagio e Licenciamento Ambiental). No caso de ater ros sanitarios, os principals aspectos de interesse sto: delimitacao das areas de protecio ambiental, areas de protecio de mananciais, parques, reservas e reas tom- badas e zoneamento urbano do municipio (Figura 19). Y: °% °o, ‘Aroroquara —1300-— ‘Curva de isoieta }| fekremetia Sao Simao) {onmy Figura 19 - Legislagao atwal caritus DISFOSICAO FINAL DO LIKO. ® Dados socioeconémicos Estes dados referem-se as informacées de cunho social e econémico que podem ser traduzidas em condicionantes para as decisées técnico-politicas de cescolha de areas para instalacéo de aterros sanitarios. Sio de interesse aspectos como: uso e ocupacio dos terrenos (Figura 20), valor da terra, distincias em relacio aos centros atendidos, integracio & malha vidria ¢ infra-estrutura bisica e aceitabilidade da populacao e de suas entidades organizadas. + Resultados da etapa de pré-selecao A ponderacio dos diversos dados considerados a andlise integrada destes permitem a identificagio das zonas mals propicias a recepcionar © empreen- dimento, nas quais, por meio de vistorias de campo, sero individualizadas as areas candidatas a instalacdo. do aterro. As informacées sobre as‘areas pré-selecionadas podem ser dispostas de forma similar 4 proposta no ‘Quadro 2. Estas informacSes sio entio comparadas 4 Aroa uroanizada 77] Loigamento,desccupado Distto Industrial TH] chécaras Ty] Rettorestamento ‘one | Hortfrutigranjeros Vegetagao arbustve ¢ arborea MT | Movimento de terra Figura 20~ Mapa de uso @ ocupagao do solo ‘Quadro 2.» Dados para av: Vida cit ‘Dissiicia Bb Geini dead” 1705, Zoneamento ambiental : Zoreatnert urhano ne Densidade populacional “Wee Geapagae vei tetene! <= Valor da tera Acelabiliile da papa da as bie) ndoegovernamentas er D Declvidade do terreno Pisin 38 ccs eel (Coe IaseBeieS Ge) 1 274 seals 1 250.000 «do de reas para instalao de ateros santos (fase de pré-slocdo de éreas) AREAS DISPONIVEIS Area't Area 2 Area N MANUAL DE GERENCIAMENTO INTEGRADO com aquelas apresentadas no Quadro 3,.de modo que se possa classificé-las em uma das seguintes categorias: = Recomendade: quando a area poderd ser utilizada nas condigdes em que se encontra, atendendo as normas vigentes com baixo investimento. = Recomendada com restri¢des: quando a area poderd ser utlizada, mas necessita medidas com plementares de projeto de médio investimente. Nao-Recomendada: quando nao se recomenda a utilizagio da rea, em funcio da necessidade de ‘medidas complementares de projeto de alto investimento e/ou devido a restriches ambientais severas. Caso varias areas sejam classificadas como Reco- mendada ou Recomendada com restricbes, sugere- se sua priorizagio, sendo executada a proxima etapa fem apenas trés delas, tendo em vista os custos daqueles trabalhos. Se, 20 contririo, todas as areas disponiveis forem avaliadas como inviévéis, 0 proceso dever’ ser revisto e reexecutado, até que areas adequadas sejar obtidas. 4 Nesta fase, é importante o contato formal com 0 OECPA para a avaiacio dos resultados preliminares > e obtencio de orientac6es especificas quanto & ifstalagio do aterro sanitirio. Dependendo do con- texto, e ctitério do OECPA, poderd ser procedida investigacio detalhada em apenas um local dentre as, areas pré-selecionadas. 53 bilizagao das Areas Pré-Selecionadas Nesta fase, so fundamentais os trabalhos de campo, com o detalhamento do levantamento de da- dos do meio fisico, com observacdes de superficie InvestigacSes de subsuperficie. Informacdes dos meios biético e socioeconémico também deverio ser consubstanciadas. Quadro 3 - Critérios para priorizagao das areas para instalacio ‘de aterro sanitirio (fase de pré-selesio de areas) Dados CCEASSIFICAGAO DAS AREAS | Necessdrion oe Vila cit ‘Maior que 10 anos ‘Djatincia do cont atenaide Zoneamento ambiental oe ee ee Densidad populacional ana Média ta Js0 & cupageo das tects, Rad able ou pence vided i ‘Gaupacs S Walor da terra, Baixo. aoe Médio PRO Reeiiagto da'populagaa’e6)"))" ae cera atte ee 2 da ehidaces ambien Ba Razadvel - Oposcao severa “pse-governartentas : f : es cide dé wee ba 9 Gelade <0) ros decide 330). gu Sauda 00 ‘Distancia ae cilsos Sava 0 jue que 200m, cin apiovagso dO orate ee eee 5.20 kn ‘Areas sem reseigdes no zaneaménto ambiental Possivel Nac-recomendada ‘Menor aque 10 anos (a cnitrio do érgao ambientat) ‘Meh di $e Sore 20 ko ‘Unidades de coneervacio. Ambiental covrelatas ‘lor de crescimenio. © aeabienal espoastyel MANUAL DE GERENCIAMENTO INTEGRADO- com aquelas apresentadas no Quadro 3,.de modo que se possa classificé-las em uma das seguintes ccategorias: = Recomendade: quando a rea poderd ser utilizada nas condigdes em que se encontra, atendendo as normas vigentes com baixo investimento. = Recomendada com restri¢des: quando a area jpoderd ser utlizada, mas necessita medidas com- plementares de projeto de médio investimento. = NéoRecomendada: quando nao se recomenda & usilzagio da rea, em funcio da necessidade de ‘medidas complementares de projeto de alto investimento e/ou devidoa restriches ambientais severas. Caso varias areas sojam classificadas como Reco- mendada ou Recomendada com restricbes, sugere- se sua priorizagio, sendo executada a proxima etapa fem apenas trés delas, tendo em vista os custos daqueles trabalhos. Se, 20 contririo, todas as areas disponiveis forem avaliadas como inviévéis, 0 proceso dever’ ser revisto e reexecutado, até que areas adequadas sejam obtidas. fe Nesta fase, & importante o contato formal com 0 OECPA para a avaliagio dos resultados pretiminares ¢ obtencio de orientacées especificas quanto & jistalagio do aterro sanitario. Dependendo do con- texto, ea ctitério do OECPA, poderd ser procedida investigacio detalhada em apenas um local dentre as areas pré-selecionadas. 53 ilizago das Areas Pré-Selecionadas Nesta fase, so fundamentais os trabalhos de campo, com o detalhamento do levantamento de da- dos do meio fisico, com observacdes de superficie & InvestigagSes de subsuperficie. Informacdes dos meios bidtico e socioeconémico também deveréo ser consubstanciadas. Quadro 3 - Critérios para priorizagao das areas para instalacsio ‘de aterro sanitirio (fase de pré-selecao de areas) © Dados LASSIFICAGAO DAS AREAS | Necesios Adega Possivel Nio-recomendada vide cl Mato! que 10 anos -Menar que 10 anos (a cnsro do Srgao ambiental). : . Mienor gue § en Distincia de canto tension a 5.2040 Maloraue20 ke | ‘Unidades de conservacao Zoneamento ambiental ambiental ¢ comtelat | Aveas sem restrgdes no zqneamérto ambiental 2 ee se ee Densidade populacionat Bana . Media Ata (Usd & brupagao das tetas jess aco ese slieadel | Ops igerea Valor da teria Baio 5 Medio 2 Ato "Aeitigde ea jpilacao’® é i as oe is) oa azote ‘Oposeae severs Dectvidade < 3 20.3 declvidede ¢ 30 ‘udeclividade > 30 Decide dovarono 09, 3 linha de fuxo subterraneo i Figura 23 Tofortnagtes idogeoldgicas MANUAL DE GERENCIAMENTO INTEGRADO- * Meio bidtico Refere-se a identificacio do contexto em que as reas se inserem do ponto de vista de fauna ¢ flora, _ Sto avaliadas as principais formacées vegetais pre- sentes € seu estigio atual e os espécimes animais associados (sobretudo espécies ameacadas e/ou em extincao). Os ambientes aquiticos circundantes também sio alvo de consideracio especial. (s trabalhos podem incluir vistorias e execugio de perfis, coleta de amostras para andlises laborato- riais, contagem de espécies, etc. * Meio socioeconémico Sio detalhados os aspects de uso do solo nos entornos, custos inerinsecos a opcio locacional (desa~ propriagao, transporte de lixo e insumos, necessida~ des de projeto, vida itil, etc.) ¢ analisadas em detalhe as possiveis repercussées e implicacdes da potencial instalagao do empreendimento. + Resultados dos estudes para a viabilizagao das dreas pré-selecionadas A anilise e a interpretagio das informacées cole- tadas determinarZo qual das areas € a tecnicamente mais indicada para a instalagdo do aterro sanitério, considerando-se os aspectos de legislagao, ambientais e financeiros. Basicamente, o que se deseja ¢ identificar, dentre as Sreas. pré-selecionadas, aquela que melhor possibile a)menor potencial para geragao de impactos am- bientais: ~ estar fora de areas de restrigao ambiental; = aqiiferos menos permeaveis; = solos mais espessos e menos sujeitos 20s pro- cessos da dinimica superficial (erosio, escor- regamentos, colapsos, etc.) ~ declividade apropriada; = menor influéncia com fauna e flora; = menor influéncia com vizinhanca; distance de habitacSes, cursos d'agua e rede de alta tensio. b)maior vida cil para o empreendimento, ou seja, maxima capacidade de armazenamento de lixo. ) baixos custos de implantagao e operacio: - menores gastos com infra-estrutura, = menor distancia da zona urbana geradora de residuos, = projeto menos complexo; ~ disponibilidade de material de empréstimo. Do resultado final deverao constar: descricio do local recomendado, suas justificativas e providéncias necessirias & sua correta utilizacéo. £ aconselhavel, ainda, que a0 final destes proce- dimentos se execute uma retroanilise, ou soja, uma checagem completa para confirmar se a area indicada atende aos critérios propostos (e de outros que possam ser apresentados, dentro do contexto am- biental e legal) ou, emi caso negativo, se & tecnica mente possivel (por técnicas comprovadas e aceltas) fe economicamente factivel (ao empreendedor) a adocio de medidas de projeto para eliminar suas ‘eventuals deficiéncias ‘Caso nenhuma rea satisfaca estas condigoes, © processo de selecéo devera ser revisto @ reexecu- tado, até que Areas passiveis de utilizacdo. sejam obtidas, Definido 0 local, o Poder Pablico Municipal podera dar prosseguimento aos procedimentos para o licen- ciamento ambiental do empreendimento (ver Capi- tulo VII - Legislacio e Licenciamento Ambiental) 6 PROJETO DE ATERRO SANITARIO EM AREAS NOVAS 6.1 Concepgio Técnica © conceito de aterro sanitirio deve ser entendido como 0 local onde o lixo deve ser purificado, minimi- zando © impacto negativo ao meio ambiente. Esta ‘concepcao moderna de aterros sanitirios decorre de ‘aspectos como nio-disponibilidade de éreas, aumento ddos volumes e preocupacto ambiental crescente, Cresce também, sobretudo nos paises desen- volvidos, a tendéncia de disposicio somente do que 276 IBFOSIGAO FINAL DO LO se chama “residuo Gitmo”, ou seja, para os aterros sanitdrios 56 deverio seguir aqueles residuos que ja tiveram esgotada sua possibilidade de tratamento, aproveitamento e reciclagem. Estas idéias afastam-se da tradicional cobertura do lixo e sua longa digestio anaerdbia, eventualmente secular, constituindo-se em fonce continua de polui- ‘do. Deseja-se tirar do lixo algum proveito, aceleran- oa sua inertizacao, minimizando e recuperando as areas de disposicao. Assim, busca-se quebrar 0 ciclo unicamente acumulativo do lixo, que polui o solo, a Agua e 0 ar e impede o uso futuro mais nobre das reas dos aterros sanitarios. 6.1.2 Tratamento por digestao aerdbia A alternativa da digestio aerdbia tem sido apon- tada como a que traz as rhaiores vantagens para a decomposicéo do lixo. Apenas nao é usada de uma maneira generalizada devido aos seus maiores custos diretos, comparada com a anacrdbia, A desvantagem do processo aerdbio reside na ne~ cessidade de injotar ar no lixo, operando-se sistemas de controle e bombeamento, com elevados custos diretos e indiretos. ‘As vantagens do processo aerdbio sobre 0 pro ccesso anaerébio sto ilustradas no Quadro 4. > A concepgao do aterro sanitério como local de tratamento requer a avaliacdo das alternativas ¢ sis- ‘temas disponiveis. Nesse aspecto, pode-se distinguir quatro linhas principais de tratamento nos aterros sanitérios: digestio anaerdbia, digestio aerdbia, tratamento biolégico.e digestio semi-anaerébia (Fi- gura 24), 6.1.1 Tratamento por digestio anaerébia A digestio anaerdbia, pura e simples, 6 conside- rada apenas uma forma sanitiria de tratamento, ja ‘que a inertizacio do lixo (término das reagées or, nicas, alcancando-se o estaglo de mineralizagao) po- ‘dera demorar dezenas de anos. Esta concepcio tem sido aplicada no Brasil e nos Estados Unidos. digestéo anaerdbia (nivel do chorume) 6.1.3 Tratamento biolégico O tratamento biolégico do lixo, como forma de acéleracdo do processo de decomposicdo da matéria orginica, tem sido objeto de estudos teéricos eacadé- ‘micos. Esta alternativa demanda tecnologia de processo relativamente complexa e controle rigoroso em todas as suas fases, necessitando equipe especializada para operasao, CO tratamento acelerado do lixo, mediante decom- posigio biolégica em células-reatoras, transforma a frac3o orginica s6lida do material alterado.em liqui- dos e gases que devem ser coletados e tratados. Ao final, ha a possibilidade de reabertura das células de lixo, segregacio dos compostos orginicos ¢ desti- nacio final dos residuos (inertes). Assim, 0 aterro Inoculagao bioldgica) Figura 24 Processos de tratamento dos residaos 277 [MANUAL DE GERENCAMENTD INTEGRADO ‘Quadro 4 - Vantagens do processo aerdbio sobre 0 processo anaerdbio » Nantagens ‘ oe “Mensies nivels de DBO * © DQO *, fcilitando atamentos Anais desteslquidos | Nao lomagio de biogis C14) : ae ms “ators | e Percolad © Fomacao de gases Fstabilizagao rena lids» _Decorosgao mais pide do ino -Molhores condigbék de drenagers, com beneticios pare 9 etablidade mecanica de ater ‘Deinanda Bioquimica de Oxigénio (DBO): medida ida quantiace de oxigénio conpirida pelos microorganismes durante a © gridacio da matéia organica presenti na gua ou fg residuira percolado, no cago). Quanto oro arau de contarninagzo, ‘maior a 930. ** Demanda Quimiea de Onigénio (DQO): media da quartidade de oxigénio consumida durante a oxidacs quiica da matéria ‘rpanica presente na. 4gut ou gua residustia(percplado, no caso). Em geral, a QO € maior que a DBO e nem sempre possvel correlacioné-las, sanitério transforma-se em um local para tratamento, podendo ter, inclusive, o seu volume de, residuos minimizados, mediante técnicas de separacio de reci- claveis e disposicio dos inertes em local especifco. Essa técnica tem sido aplicada na América do Nor- te e em alguns pafses da Europa. No Brasil, 0s pri- meiros experimentos, em dimensoes € condigées reais de operacio, foram iniciados na dltima década (0s resultados destes, porém, nfo foram positivos). 6.1.4 Tratamento por digestio semi-aerdbia Como alternativaas dficuldades apresentadas pelo proceso aerébio, existe uma carrente tecnolégica ‘que apresenta a concepcio de digestio semi-aerébia. Essa concepco procura eliminar as desvantagens de implantacio e de operacio de sistemas forcados de insufladores de ar no xo, adotando diretrizes pre~ ventivas de projeto, privilegiando sistemas de dre- nagem de biogis e de percolados e a aeracio natural por convecsio. Deste modo, elimina-se a principal desvantagem do processo aerébio, que é 0 custo, ¢ absorve-se todas as suas vantagens com pouco ou quase nenhum prejuizo para 0 tempo de decomposicéo da matéria orginica. Esta alternativa de digestao tem sido usada no Japo, podendo também ser implementada por meio de técnicas de abertura das células, segregacio dos materiais em composto organico e inertes como no tratamento biol6gico. Entretanto, deve-se estar alerta para.a grande diferenca de fateriais aterrados nesse Pais (com predominio de cinzas de incineragio) em relacio aos do Brasil. As condig6es de DBO dos rnossos percolados podem ensejar colmatagao (entu- pimento por deposicio de materiais) dos sistemas de drenagem submetidos a entrada de ar, devendo ser previstas solug6es de projeto. Definido-se a concepcio de tratamento mais ade- ‘quada ao caso em analise (e, dbviamente, em acorda comas orientacées do OECPA), procede-se a elabo- ragio do projeto do aterro sanitério para o local escolhido, definindo-se as diversas instalacdes, sis- temas ¢ esquemas de operacio necessarios. Qualquer que seja a concepeao-adotada, deve-se incluir medidas de provecdo ambiental e monito- rizacio, de maneira a garantir-se as condicdes da obra durante as trés fases do empreendimento: implan- racio, operacio e fechamento. 2 Dimensionamento do Aterro Sanitério ‘O imerisionamento do aterro sanitario depende de: + Quantidade e tipologia dos residuos a serem dispostos (© volume de residuos sdlidos a ser disposto no aterro sanitirio é fator preponderante para o dimen- sionamento da area para disposicio. A projegio dos volumes futuros e dos tipos de residuo deve ser cuit dadosamente realizada para que a érea definida pos- 278 sibilte vida dtil de operagao de dez anos, no minimo. A projecéo dos volumes futuros deve ser cuida- dosamente realizada. As pesagens periédicas sio a melhor forma de se conhecer as quantidades de lixo geradas, bem como as suas flutuagées decorrentes cas caracteristicas especificas de cada comunidade. Osresiduos a serem dispostos devem ser de origem redominantemente domiciliar e/ou rejeitos oriundos de tratamento de usina de triagem/compostagem, (5 residuos dos servicos de saiide devem ser inci- nerados (ou tratado por outro processo tecnolégico aprovado pelo OECPA). Caso tais condicées no existam, podera ser avaliada, com o OECPA, aalter- nativa de disposi¢do em valas especialmente pro- jetadas para este fim, instaladas em porcio especifica da 4rea de dominio do aterro sanitario. Caracteristicas fisiogrdficas e ambientais A caracterizacio fisiogréfica e ambiental da area selecionada para disposicio é um fator bésico para o imensionamento do aterro sanitério, principalmente rque este fator influi diretamente na implantacao no desempenho da operagio do empreendimiento. O contetido destes estudos foram apresentados no em 5 deste Capitulo. Em relagio as caracteristicas geologico-geotéc- cas, o local onde seré implantado o aterro sanitario Heverd apresentar solo homogéneo, impermedvel e rofundidade do lencol freético tal que néo cause fanos ambientais a0 meio. A norma NBR 13896 ABNT, 1997b) estabelece que: ~ Idealmente, o local devera apresentar manto de solo homogéneo de 3,0 m de espessura com coeficiente de permeabilidade de K = 10*emis; + poderd ser considerada aceitivel uma distancia minima, entre a base do aterro e a cota maxima do aquifero frestico, igual a 1,5 m, para um coeficiente de permeabilidade K = 5 x |0cm/ s. Nesse caso, ainda a critério do OECPA, po- derd ser exigida uma impermeabilizacio suple~ mentar, visando maior protecko 20 aqiifero fredtico; ~em 4reas com predominancia de solos com coe- ~ ficiente de permeabilidade menores ou iguais a DISPOSICAO FINAL DO LIN K = [0+cm/s, no é recomendada a construcio de aterros, mesmo utilizando-se impermeabili- zagbes complementares, Sao caracteristicas desejiveis para o solo, a ser uiizado como camada de impermeabilizacdo de base do aterro, possuir limite de liquidez (LL) igual ou superior a 30% e indice de plasticidade igual ou supe- rior a 15% (CETESB, 19976), © Uso futuro da area a aterrar No projeto de aterro sanitirio deve ser previsto, uso futuro da dea que serd aterrada com residuos sélidos, © qual dependers da concepcio de aterro sanitério adotada, As alternativas pobres em trata- ‘mento, ou coma simples disposicio do lixo, definirso, comportamentos mecanicos diferenciados para as massas de lixo all-depositadas, por longos periodos (em média, de dez a vinte anos apés 0 término da disposicao de residuos no local). Nas siuagées em que a degradacdo ¢ acelerada ou 0 tratamento do Jixo foi privilegiado, a rea disponivel eseard em um menor intervalo de tempo € 0 uso poder ser mais diversificado ou com menores restrig6es. 6.3 Componentes do Projeto . (Os estudos devem ser orientados de maneira a detalhar os seguintes itens do projeto: concepc30 do tratamento dos residuos, sistema de operacio do aterro, drenagem de fundaco, impermeabilizacio, da base do aterro, cobertura final, drenagem de aguas pluviais, drenagem de liquids percolados, drenagem . de biogts, andlise de estabilidade dos macicos de terra ¢ lixo, sistema de tratamento de percolados, sisterna de monitorizacio e fechamento do atervo. A Figura 25 apresenta os principais constituintes de um aterro sanitirio em rampa. 6.3.1 Sistema de tratamento dos residuos a serem dispostos © sistema tem a funcéo de orientar a concepcéo de projeto do aterro sanitario, incorporando alter- nnativas tecnolégicas adequadas a0 tratamento dos residues sélidos, de modo a cumprir a sua funcio sani- ‘thria @ ambiental. Esse sistema deverd garantir a manutencio da qualidade de vida no entorno do aterro, com minimas influéncias para o meio ambiente. 279

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