Você está na página 1de 44
400 ‘Quimica: a ciéncia central Figura 11.37. (@) Empacotamento denso de uma Gnica camada de esferas de tamanhos idnticos. a (©) Na estrutura de empacotamento ddenso hexagonal os stomos na terceira camada locaizam-se diretamente sobre os étomos na primeira camada. A order das camadas & ABAB. () Na estruture ‘de empacotamento ctbico os ‘toms na terceira camada niio Camada de esforas de estdo sobre os étomos da primera empacotamento denso ‘camadsa. Em vez disso, ees esto i” ew e ‘um pouico recuados e 6 a quarta ‘camada que se localiza exatamente sobre a primeira. Assim, a ordem das camadas 6 ABCA, Oarranjo mais eficiente de uma camada de esferas de tamanhos iguais é mostradona Figura 11.37(a).Cada es- fera esta rodeada por seis outras na camada. Uma segunda camada de esferas pode ser colocada nas depresses cima da primeira. Uma terceira camada pode ser adicionada acima da segunda com as esferas se acomodandona depresses da segunda. Entretanto, existem dois tipos de depresses para essa terceira camada e elas resultam em diferentes estruturas, como mostrado na Figura 11.37(b) e (c). Se as esferas da terceita camada so colocadas alinhadas com as da primeira, como mostrado na Fig 11.37(b), a estrutura ¢ conhecia como empacotamento denso hexagonal. A terceira camada repete a primeira, a quarta repete a segunda camada, e assim por diante, fornecendo uma sequéncia de camadas que chamamo ABAB. Entretanto, as esferas da terceira camada podem ser colocadas de forma que elas nao se acomodem acima das cesferas da primeira. A estrutura resultante, mostrada na Figura 11.37(c), 6 onhecida como empacotamento denso edbico. Nesse caso, éa quarta camada que repete a primeira e a seqiiéncia de camadas é ABCA. Apesar de nao po der ser vista na Figura 11.37(c), a célula unitéria da estrutura de empacotamento denso ciibico é a ctibica de face centrada. Em ambos 03 casos de estruturas de empacotamento denso, cada esfera tem 12 vizinhos eqiiidistantes: seis en tum plano, trés acima desse plano e trés abaixo, Dizemos que cada esfera tem ntimero de coordenacao 12. Onin rode coordenacio ¢ omuimero de particulas vizinhas mais préximas de certa particula em uma estrutura crista Em ambos os tipos de empacotamento denso, 74% do volume total da estrutura é ocupado por esferas; 26% 6espa- so vazio entre elas. Por comparacao, cada esfera na estrutura ctibica de corpo centrado tem wm niimero de coorde= nagdo 8 e apenas 68% do espago é ocupado. Na estrutura ctibica simples, o nuimero de coordenacio é 6 ¢ apenas 52% dlo espaco é ocupado. Quando esferas de tamanhos diferentes séo empacotadas em uma rede, as particulas maiores algumas vez assumem um dos arranjos de empacotamento denso, com as menores particulas ocupando os buracos entre as es- feras maiores, Em Li,O, por exemplo, os fons éxido assumem uma estrutura de empacotamento denso ciibico eo ions Liv menores ocupam as pequienas cavidades que existem entre os fons 6xido. 11.8 Ligacdes nos sélidos As propriedades fisicas dos sélidos cristalinos, como ponto de fusao e dureza, dependem tanto dos arranjo das particulas quanto das forcas atrativas entre elas. A Tabela 117 classifica os sélidos de acordo com os tipos d forgas entre as particulas presentes neles. Solidos moleculares Os s6lidos moleculares consistem em dtomos ou moléculas unidos por forcas intermoleculares (forcas dipo- lo-dipolo, forgas de dispersio de London e ligacdes de hidrogénio). Como essas forgas sao fracas, os s6lidos mole culares S40 macios. Além disso, eles normalmente tém pontos de fusdo relativamente baixos (em geral abaixo de 200°C). Muitas substancias que sio gases ou liquictos a temperatura ambiente formam s6lidos moleculares em b xa temperatura. Os exemplos incluem Ar, H,0 e CO. Capitulo 11. Forcas intermoleculares, liquides e slides 401 Pees Forma das ipo de sélido _partfeulas unitérias Propriedades Exemplos Atomos emoléculas Forgas de dispersio _Razoavelmentemacio, __Argbnio, Ar;metano, deLondon forgas” panto defussodebaixoa CH, sacarose, dipolo-dipolo, roderado, conducio Tigagtes de hidrogénio térmica e elétricarulm “Riomos ligados em LigagBescovalentes_ Multo duro, pontos de Diamante, C; uuma rede de igagdes fusdo muito altes, quartzo, 510, covalente geralmente condutores férmicos eeétrcos ine Tons positives © ‘Atragbes Duras e quebradigos, alto Sais tipicos — por negativos cletrostticas ponto de fusfo,pobres_exemplo, NaCl, ondutorestérmicose —Ca(NO,), eletricos Riomos Tigagdes metilicas De macios a muito duros, Todos as elementos debaixos altos pontos” —metdlicos — por jae: de fusZo,excelentes exemplo, Cu, Fe, Al, cs0es condutores térmicose PL ad eletrcos, malesveis © ee diicteis, mem As propriedades dos sélidos moleculares dependem nao apenas da intensidace das forcas que existem entre moléculas, mas também das habilidades das moléculas em empacotar eficientemente nas trés dimensoes. benzeno (C,H), por exemplo, é uma molécula plana altamente simétrica, == (Seco 8.6) Ele tem ponto de fusao ais alto que o tolueno, um composto no qual um dos dtomos de hidrogénio do benzeno foi substituide por um srupo CH, (Figura 11.40). A simetria mais baixa das moléculas de tolueno previne-as de empacotar tio eficiente- mente quanto as moléculas de benzeno. Como resultado, as forcas intermoleculares que dependem de um contato ais proximo nao sao tao efetivas e o ponto de fusao é mais baixo. Em contraste, o ponto de ebuligao do tolueno & alto que odo benzeno, indicando que as forcas atrativas intermoleculares si0 maioresno tolueno liquide que “no benzeno liquido. Ambos os pontos de fusdo ¢ ebulicdo do fenol, outro benzeno substituido mostrado na Figura "1140, s80 mais altos que o do benzeno porque o grupo OH do fenol pode formar ligacoes de hidrogénio. lidos covalentes Os sélidos covalentes consisiem em dtomos unidos em grandes redes ou cadeias por ligagdes covalentes. omoas ligactes covalentes so muito mais fortes queas forcas intermolecu- esses s6lidos so muito mais duros e tém pontos de fusao muito mais MoDEL0s 3. tos que os s6lidos moleculares. O diamante e a grafite, dois al6tropos do. 2 Diamante, grate bono, so s6lidos covalentes. Outros exemplos incluem o quartzo, SiO;;0 cto de silicio, SiC e 0 nitrito de boro, BN. No diamante, cada tomo de carbono est ligado a quatro outros étomos de carbono, como mostradona Figura 41A1(a). Essa rede de ligagoes simples carbono-carbono fortes interconectacias em trés cimens6es contribui para a ireza nao usual do diamante. Os diamantes de grau industrial sao empregados nas laminas de serras para os is exigentes trabalhos de corte. O diamante também apresenta um alto ponto de fusio, 3.550 °C. Na grafite os atomos de carbono esto arranjados em camadas de anéis hexagonais interconectados, como “mostrado na Figura 11.41(b). Cada étomo de carbono esté ligado a trés outros na camada. A distancia entre os ato- "mis de carbono adjacentes no plano, 1,42 A, é muito préxima da distancia C—C no benzeno, 1,395 A. Na realidade, a ligacao lembra a do benzeno, com ligacdes x deslocalizadas estendendo-se por todas as camadas. ~= (Seco 9.6) ‘Os elétrons movimentam-se livremente pelos orbitais deslocalizados, fazendo com que a grafite seja um bom con- utor de eletricidade ao longo das camadas. (Se vocé alguma vez jé desmontou uma pilha, sabe que o eletrodo cen- ‘ral na pilha ¢ feito de grafite.) As camadas, separadas de 3,41 A, so mantidas juntas por forcas de dispersao seo fracas, Elas deslizam umas sobre as outras quando so esfregadas, dando & grafite uma aparéncia de graxa. A gra ode te € usada como lubrificante e em lapis. aba 4 Um olhar mais de perto Figura 11.38 Na ctistalografia de rains X, um feixe de rajos X € dlifratado por um cristal. O padrao de difragdo pode ser gravado como pontos onde os ralos X ‘chocam-se com um detector, que ‘grava as posigbes e as intensidades dos pontos, Quando onclas de az passam por uma fonda eset, elas S80 desviadas de tal modo que @ onda parece expalhar-se. Fsse endmeno fisico chamado difagie. Quando a liz passa Dor muitasfendas esreitas gualmenteespegaas (un etic lo de aifogi), as ondas desviadas interagem para formar uma série de bandas de luz ¢ bandas escuras, conhcidas como paclo de difragdo. A difracao de luz mais efciente ‘corre quando o comprimento deonda da luz ea largura das fendas so similares em maggnitade © espacamento das camadas de &tomos em crisis sl dlos € geraimente em tomo de 2-20 A. Os comprimentos de fonda dos raios X também sto neseafaxa. Porta, um cris: tal pode servi como uma grade de diftagtaefetiva para os Taio XA difragto de raios X resulta dacistribuig de alos X por um arranj regular de tomos, moléculas ow ons, Mu todo que sabomos sobre estruturas crstalinas tem sido cbt do por estudos de difragdo de raios X por crisis, uma téenica conhecida como erstlagrafia deface XA Figura 1138 desereve a difragSo de um fixe de raios X a medida que ele passa através de um cristal, Os raicw X diftatados ram detetacos anligamente por filme fotogrico. Hove, os Cristalgrafos usar tum detector de rats, xm cispositivo e- melhante aos usados ern camaras digits, parm capturar © medir as intenscades dos raiosdifatados. O padrao de di- fragio de pontos no detector na Figura 11.38 depence do ar ranjo particular dos atomos no cristal. Assim, diferentes tipos decristai do origem a diferentes padrves de difracio. Em 1913, os cientisas ingleses William e Lawrence Bragg {pate Filho) determinaram pela primeira vez como o espagat :nento das camadas nos cristais leva a diferentes padres do difensso de race X. Medindo as intensidades dos fines fratades e dos angulos nos quais eles st ciftatados, € po ‘el inferie de frente para tras a estrutura que deve fer dado ‘ovigem ao paddo. Um dos mais famosos padroes de difa- $80 de ries X 6 aquele para os cxstais de material genético de DNA (Figura 11.38), obido pela primeira ver no inicio Difracao de raios X por cristais ‘Tube forge ders Siidocristting Teh dechumbo Five incident alos Xditataoe Detector eis X dos anos 50. Trabalhando a pasts de Fotografias como essa Francis Crick, Rosalind Franklin, James Watson e Maurice Wilkins determinaram a estrutura de dupla hélice do DNA, uma das mais importantes descobertas na biologia molec lar, “Hoje a crstalografia de raios X 6 usada extensivamente para determinar as estruturas de moléculas em cristas. Os instrumentos usados para media difracdo de raios X conhecidos como difatomtras de ais X, sto agora controla= 40s por computador, fazendo a coleta de dados de diagaa demmaneira altamente autematizada. O padrio dedifacio de uum cristal pode ser determinado com muita exatida0¢ rapi= des (aguas vows wn questo de hors) meat que me Thates ce cifracdes ejam mecicas. Os programas de compl tador sio, entio, usados para analisar os dados de difragio @ ddeterminaro arranjo ea estrutura das moléilas no cristal gO “We Geko fe pe Figura 11.39 Fotografia de difragao de raios X de uma forma cristalina do NA, tirada no inicio dos anos 50. ‘A partir do padrao de pontos escuros, a forma de dupla hélice da molécula de DNA foi deduzida. Capitulo 11 Forgas intermoleculares, iquidos e s6lidos 403 ie on Figura 11.40 Comparagao dos onto: de fusio ¢ebulgio do Oo Benzena toluenoe eno Benzeno Tolueno.—_-Fenal Ponto defusto °C) 5 95 B Ponto de ebuligio (C) 80 m 182 Figura 11.41. Estruturas (a) do diamante e (b) da grafte. A cor azul em (b) 6 adicionada para enfatizar que as camadas de carbono sao planas. @) Diamante (0) Grasite lidos idnicos Os s6lidos iénicos consistem em fons mantidos juntos por ligagdes idnicas. = (Sedo 8.2) A forga de uma li- s20 idnica depende muito das cargas dos fons. Portanto, NaCl, no qual os fons tém cargas 1+ 1-, tem um ponto fusio de 801°C, enquanto MgO, no qual as cargas so 2+ e 2-, funde-se a 2.852°C. As estruturas de s6lidos idnicos simples podem ser classificadas como alguns poucos tipos bisicos. A estrutu- de NaCl ¢ um exempla representativo de um tipo. Outros compostos que possuem a mesma estrutura incluem ; KCl, AgCle CaO. Trés outros tipos comuns de estruturas cristalinas s40 mostrados na Figura 11.42. ‘Aestrutura adotada por um solid idnico depende grandemente das cargas e dos tamanhos relatives dos fons. estrutura de NaCl, por exemplo, os fons Na* tém ntimero de coordenacao 6 porque cada fon Na* est rodeado seis fons CI na vizinhanca mais préxima, Na estrutura de CsCl (Figura 11.42(a)), por comparagao, os fons CT tam um artanjo cibico simples com cada fon Cs" rodeado por oto ions CI. O aumento no niimero de coorde- 0 & medida que o fon do metal alcalino muda de Na” para Cs uma conseqiiéncia do maior tamanho de Cs" se sarado com 0 de Na’. Naestrutura da blenda de zinco (ZnS) (Figura 11.42(b)), 08 ons S* adotam um arranjo exibico de face centrada, ‘08 fons Zn” menores arranjados de forma que cada um deles esteja rodeado tetraedricamente por quatro ions (compare com a Figura 11.33). O CuCl também adota essa estrutura, Na estrutura da fluorita (CaF,) Figura 11.42(c)), 03 fons Ca” sto mostrados em arranjo ctibico de face centrada. 10 exigido pela férmula quimica da substancia, existem duuas vezes mais ions F (cinza) na célula unitaria que Ca". Outros compostos que tém a estrutura da fluorita incluem BaCl, ¢ PEF,. e 2. 2 : : e eo eH f@ CCl © Zns (©) CaF Fgura 17.42 Céluas unitrias de alguns tipos comuns de estruturas cristalinas encontradas para os sdlidosionicos: 2) GG; (b) ns (blenda de zincoy; (€) CaF, (Huot) 404 Quimica: a cigncia central 4 Até a metade da década de 80 pensava-se que 0 caibono solido-puro existisse em duas formas: diamante grafite, que ‘40 s6lidos covalentes. Em 1985, um grupo de pesquisadores liderados por Richard Smalley e Robert Curl da Universidae de de Rice, em Houston, ¢ Harry Kroto da Universidade de Sussex, na Inglaterra, izeram uma descoberta surpreenden- fe. les vaporizaram uma amostra de grafite com um pulso Intenso de luz laser eusaram um jato de gés helio para carre- ‘gar 0 carbono vaporizado para dentro de um espectrometro dde massa (veja o quacro “Um olhar mais atento”, da Seco 24). O espectro de massa mostrou picos corzespandendo a ‘aglomerados de atomos de carbono com um pico particulas- mente forte carrespondendo a moléculas compastas de 60 ‘tomes de carbon, Cy, ‘Como o aglomerado de C,, era formado de maneira tao perfeita, o gmpo propés uma forma radicalmente diferente de carbono, a saber, moléculas deC,, que eram aproximada- 'mente esféricas na forma. Eles propuseram queos étomos de carbono de Cy formam uma ‘bola’ com 32 faces, das quais 12 so pentigonios e20 sio hexaigonas (Figura 11.43), exatamen- tecomo uma bola de futebol. A forma dessa molécula 6simi- lar ao domo geodésico inventado pelo engerheiro e filésofo ‘norte-americano R. Buckminster Fuller, de forma que C,, foi caprichosamente chamado “buckminsterfulereno’ ou ‘buck- ybola’ abreviadamente. Desde a descoberta de Cy, outras ‘moléculas relacionadas de dtomos de carbono tém sido des- ‘cobertas. Flas s40 agora conhecidas como fulerenos. ‘Quantidades apreciaveis de buckybola paciem ser prepa- radlas por evaporacao eltriea de grafite em uma almostera Um olhar mais de perto Figura 11.43 A molécula buckminsterfulereno, Cy, tern estrutura altamente simétrica na qual 60 étomos de arbono localizam-se nos vértices do icosaedro truncado — ‘8 mesma geometria de uma bola de futebol, Buckybola de gis helio. Aproximadamente 14% da fuligem resullante consiste em Cy © uma molécula relacionada, Cy, ue te ‘uma estrutura mais alongada. Os gases ricos em carbono dos quais Cj e C;, condensam também contém outros fulerenos, Amaioria com mais atomos de carbeno camo C,, ¢Cyy.O mie= nor fulereno possivel, Cy foi detectado pela primeira vez em 2000. Essa pequena moigcula em forma de bola é mais reali- vva que os fllerenos maiores, Uma ver que os fulerenos sdo compostos de moléculas it lividuais, eles se dissolvem em varios solventes organicos, fenquanto o diamante ou a grafite no se dissolvem (Figura ‘11H, Essa solubilidacle permite que os fulerenos sejam se parados de outros componentes da fuligem eats mesmo uns los outros. Ela permite tambem 0 estuclo de suas reacdes.em. sohugao. O estudo dessas substincias levou a descoberta de ‘uma quimica muito interessante, Por exemplo, & possivel.co- near um étomo metilico dentro de uma buckybola, gerando uma molécula na qual um atomo metalico esti completa: ‘mente circundado pela esfera de carbono. As moléculas de ‘Coo também reagem com o potdssio para forecer KiCyy que Contém uma rede cibica de face centrada de buckybolas cont ‘ons K" nes cavidades entre elas. Esse composto 6 um super~ condutor a 18 K (Seco 12.5}, sugerindo a possibilidade de que outros fulerenos também possam ter propriedades eli tricas, magnéticas ou éticas interessantes, Por suas descober ta ¢ trabalho pioneiro com os fulerenos, as professores ‘Smalley, Curl e Kroto ganharam o Prémio Nobel em Quimni- cade 1996, Figura 11.44 Diferentemente do diamante ¢ dda grafite, a8 novas formas moleculares do ‘carbono padem ser dissolvidas em solventes Corganicos. A solucéo & esquerda (laranja) é uma solucio de C,, em m-hexano, que é um liquido incolor. A solugao a direta (magenta) é uma solusdo de buckybola, C,,, em ”-hexano, 376 ‘Quimica: a ciéncia central 11.1 Uma comparagao entre liquidos e sdlidos No Capitulo 10 aprendemos que as propriedades fisicas dos gases podem ser entendidas em termos de teoria cinética molecular. Os gases consistem em uma colecao de moléculas largamente separadas em movimento cadti- coconstante. A energia cinética média das moléculas é muito maior que a energia média de atracdes entre elas, A. falta de forcas atrativas fortes entre as moléculas permite que tum gas se expanda para preencher o recipiente quee coniém. Nos liquidos as forgas atrativas intermoleculares sao fortes o suficiente para manter as moléculas juntas. Por- tanto, 0s liquidos so muito mais densos e muito menos compressiveis que os gases. Diferindo dos gases, os liqui- dos tém volumes definidos, independentemente do tamanho e da forma do recipiente que os contém. Entretanto, as forcas atrativas nos liquidos nao sio fortes o suficiente para impedir que as moléculas se movimentem proximas as outras. Assim, os liquidos podem ser derramados ¢ eles assumem as formas dos recipientes que os contém. Nos sélidos as forgas atrativas intermoleculares 580 fortes 0 suficiente nao: AANIMAGAO apenas para manter as moléculas juntas, mas para virtualmente prendé-las no Musings dees ugar. Os sélidos, como os liquidos, nao s4o muito compressiveis porque as moléculas tém pouco espago livre entre elas. Geralmente as moléculas asst ‘mem posigies em um padrdo altamente regular. Os s6lidos possuem estrutt= ras altamente ordenadas e sio ditos serem cristalinas. (A transicao de um liquido para um sélido cristalino € muito ‘mais semelhante troca que ocorre em um campo de exercicios militar quando as tropas sao chamadas para a for ‘macao.) Como as particulas de um s6lido nao sao livres para softer grandes movimentos, 0s s6tidos so rigidos_ Entretanto, tenha em mente que as unidades que o formam, se fons ou moléculas, possuem energia térmica e v= bram no lugar. Esse movimento vibracional aumenta em amplitude & medida que o sélido ¢ aquecido. Na realida- de, a energia pode aumentar até o ponto em que o sélido se funde ou se sublima. ‘A Figura 11.1 compara os trés estados da matéria. As particulas que compdem a substincia podem ser étomos individuais, como em Ar; moléculas como em HO; ou fons, como em NaC. O estado de uma substancia depends ‘em grande parte do balanco entre as energies cinéticas das particulas e das energias de atracao entre as particulas, ‘As energias cinéticas, que dependem da temperatura, tendem a manter as particulas separadas e em movimento. Asatracoes entre as particulas tendema deixé-las juntas. As substéncias gasosas a temperatura ambiente tém atra= (bes mais fracas que as liquidas; as substéncias liquidas tém atragdes mais fracas que as sélidas, Em virtude de as particulas em um s6lido ou lquido eslarem razoavelmente juntas, em geral nos refers aos solidose liquidos como fases condensadas. ‘Uma substancia pode mudar de um estado para outro por aquecimento ou resfriamento, o que varia aenergia cinética das particulas. NaCl, por exemplo, que é um sélido a temperatura ambiente, funde-se a 801 °C eentra em ebulicao a 1.413 °C sob 1 atm de press4o. N,O, por outro lado, que é um gas a temperatura ambiente, liquefaz-ses — 88,5 °Cs0b 1 atm de pressio. © aumento da pressao em certa substincia forca as moléculas a se aproximarem, © que por sua vez aumentag intensidade das forcas intermoleculares de atracio. O propano (C,H,) é um gas temperatura ambiente e 1 atm de ppressao, enquanto 0 gs propano liquefeito (PL) é um liquido & temperatura ambiente porque é estocado sob pres ses mais altas. Figura 111 Comparagio de ‘tees, Fquidose sods no nivel o “* molecular. As particulas podem ser go? Resfriar ou | ‘eas toms, fons ou moluas a2 == goes = 39ges ‘Achaea fb ise 7 | == geee dgasosa Sexageradn emt @ Ae, | aa em ‘comparacéo com muitas situagdes 2 ebeeto %2O fl 2 “ Gis Liguido Sid eristatino Desordem tia Descrdemyaspentcues Arinjcrderaday Mabepeareks Giguemecni speiicute Spartans tem erdace partevlagetze lives, _‘beceamente em posigbes slag neviserin Feaseaneresare: Samy apeccaer topeticlar emt Eekuaies eaneie peed ‘muito separades. particulas estio préximas. Capitulo 11 Forcas intermoleculares, iquidos e sélidos 377 Ligacio covalente Figur Comparay ee igura 11.2 Comparacao da ligacao covalente (forga intramolecular) ¢ alracao. Intermolecular Atragio intermolecular (lraca) 1.2 Forcas intermoleculares A intensidade das forcas intermoleculares em diferentes substancias varia em uma grande faixa, mas elas s0 Sto mais fracas que ligacdes inicas e covalentes (Figura 1.2). Dessa forma, énecessario menos energia para va- uum liquido ou fundir um s6lido do que para quebrar ligagées covalentes em moléculas, Por exemplo, ne- -se de apenas 16 kJ/mol para vencer as atragdes intermoleculares entre as moléculas de HClem Hl liquido vaporizé-lo, Em contraste, a energia necesséria para dissociar HClem atomos de He Clé 431 kJ/mol. Portan- ido uma substancia molecular como HCl passa de sélido para liquido e para gés, as moléculas em si per- sem intactas. ‘Muitas propriedades dos liquidos, incluindo os pontos de ebulicdo,refletem a intensidade das forgas intermole- s, Por exemplo, uma vez que as forgas entre as moléculas de HCI sio tao fracas, HCl entra em ebulicao a ape- — 85 °C a pressio atmosférica. O liquido entra em ebulicdo quando se formam bolhas de seu vapor. As molé- de um liquido devem vencer as forcas de atracao para separar-se e formar um vapor. Quanto mais forte as de atracéo, maior é a temperatura na qual o liquido entra em ebuligfo. De forma similar, 0 ponto de fusto de sélido aumenta a medida que as forcas intermoleculares ficam mais fortes. Sabe-se que existem trés tipos de forcas atrativas entre moléculas neutras: forcas dipolo-dipolo, de disperséo done de ligacao de hidrogénio. Essas forcas sao também chamadas forgas de oan der Waals em homenagem a van der Waals, que desenvolveu a equacao para determinar o desvio de gases do comportamento ideal {Secio 10.9) Outro tipo de forca atrativa, a forca fon-dipolo, é importante em solugbes. Todas as quatro forgas s40 taticas por natureza, envolvendo atragies entre espécies positivas e negativas. Todas tendem a ser até 15% fortes que as ligacdes covalentes e iénicas. fon-dipolo ’ma forca fon-dipolo existe entre um fon ea carga parcial em certo lado de uma molkcula polar. As moléculas sio dipolos; elas tém um lado positivo e outro negativo. = (Secdo 9.3) HCI é uma molécula polar, por lo, porque as eletronegatividades dos dtomos de H e Cl sio diferentes. ‘Os ions positivos sao atraidos pelo lado negativo de um dipolo, enquanto os negativos so atraidos pelo lado ivo, como mostradona Figura 11.3. A magnitude da atracao aumenta conforme a carga do fon ou amagnitude ipolo aumenta. As forcas fon-dipolo sdo especialmente importantes em solucées de substancias idnicas em 3s polares, como uma solugdo de NaClem gua. «= (Seco 4.1) Abordaremos essas solugdes com mais deta- mma Secao 13.1 Figura 11.3 llustragao da orientacgo preferencial de ‘moléculas polares em diregao aos fons. © lado negativo da molécula polar esté orientado em diregao a um cétion (a), 0 lado positivo, em @ e@ dlirecio a um anion (0). ® &) (Quimica: a cidneia central Forgas dipolo-* Moléculas polares neutras se atraem quando o lado positive de uma mole cula esta proximo do lado negativo de outra, como na Figura 11.4(a). Es8as fore 528 dipolo-dipolo so efetivas tao-somente quando moléculas polares estao muito préximas, sendo elas geralmente mais fracas que as forcas fon-dipolo. Em liquidos as moléculas polares estio livres para movimentar-se em re lacdo as outras. Como mostrado na Figura 11.4(b), elas estarao algumas vezes lem uma orientacao que é atrativa e outras em uma orientagao que é repulsiva. Duas moléculas que se atraem passam mais tempo proximas uma da outra que duas moléculas que se repelem, Portanto, 0 efeito como um todo é uma atragio liquida. Quando examinamos varios liquidos, descobrimos que pare smoléculas de massas ¢ tamahos aproximadamente iguais, a forga das atragdes iter smoleculares aumenta conto aunentoda polaridade. Podemos ver essa tendénciana Tabela 11.2, que relaciona vérias substancias com massas moleculares simila- es, mas diferentes momentos de dipolo. Observe que o ponto de ebuligao au ‘menta porque 0 momento de dipolo aumenta. Para as forgas dipolo-dipola atuarem, as moléculas devem ser capazes de conseguir se aproximar com orientagao correta. Para moléculas de polaridade comparével, conseqtientemente, as com menores volumes moleculares, geralmente sofrem maiores forgas atrativas dipolo-dipolo. Atragao Repulsio = -~~ ) Figura 11.4 (a) interacio eletrostitica de duas moléculas polares.(b)Interagaa de muitos dipolos no estado condensado. Forgas de dispersao de London Nao pode haver forcas dipolo~dipolo entre atomos e moléculas apolare Entretanto, deve existir algum tipo de interagao atrativa porque gases apo! res podiem ser liquefeitos. A origem de suas atrac6es foi primeiro proposta em 1930 por Fritz. London, um fisico germano-americano. London identificou que omovimento de elétrons em um étomo ou molécula pode criar um momento de dipolo instantineo. Em uma colegio de atomos de hélio, por exemplo, a distribuigto média de elétrons ao redor de cada micleo = esfericamento simétrica, Os Stomos sio apolares e nao possuem momento permanente, Entretanto, a distribui instantanea dos elétrons pode ser diferente da distribuicio média, Se pudéssemos congelar 0 movimento de. trons de um étomo de hélio em determinado instante, ambos os elétrans poderiam estar em um lado do niicles Apenas nesse momento ento, o étomo teria um momento de dipolo instanténeo. Como os elétrons se repelem, os movimentos em um étomo influenciam os movimentos dos elétrons em 5 vizinhos. Assim, o dipolo temporério em um étomo pode induzir um dipolo similar em um étomo adjacente, zendo com que 0s étomos sejam atraidos entre si, como mostrado na Figura 11.5. Essa interacao atrativa cham: forca de dispersio de London (ou meramente forca de dispersao). Tal forca, como as dipolo-dipolo, ésignificativ tao-somente quando as moléculas estao proximas. Atragio Figura 11.5 Duas representacBes a ‘esqueméticas dos dipolos instantaneos ri ‘em atomos de hélio adjacentes, - e 5 mostrando a atracao eletrostética 5 ° 4 e entre eles. 2s e * © | Atomodehéliol Atomadehelio2 8 o 6 ot @ son eee ibs Substancia Massa molecular (x) Momento de dipolo w(D) _Ponto de ebuligio (K) Propano, CH,CH.CH, a oa 2 Eter dimetilico, CH,OCH, 6 13 28 ‘Cloreto de metila, CHC 50 19 29 Acetaldeido, CH,CHO 4 27 24 Acetonitrila, CHSCN a 39. 385 Capitulo 11 Forgas intermoleculares, liquids e sélidos 405 Sélidos metalicos 0s s6lidos metélicos consistem inteiramente em étomos metélicos. Os sélidos metélicos geralmente t@m estra~ ‘turas de empacotamento denso hexagonal, de empacotamento denso cabico (ctibico de face centrada) ou ctibica de corpo centrado, Portanto, cada atomo normalmente tem 8 ou 12 atomos adjacentes. ‘A ligacio nos metais 6 muito forte para estar relacionada as forcas de dispersao de London e, além disso, nao cexistem elétrons de valéncia suficientes para ligacoes covalentes ordindrias entre os dtomos, A ligacto deve-se aos ‘elétrons de valencia deslocalizados por todo 0 s6lido. Na realidade, podemos visualizar o metal como uma rede de ‘ons positivos imersos em um mar de elétrons de valencia deslocalizados, como mostrado na Figura 1145. (Os meiais variam bastantena intensidade de suas ligagdes, como mostrado por suas grandes faixas de proprie- dades fisicas como dureza e ponto de fusto. Entretanto, em geral a forca da ligacao aumenta a medida que ontime- +0 de elétrons disponiveis para a ligaco aumenta. Assim, o sédio, que tem apenas um elétron de valencia por tomo, funde-sea 97,5°C, enquanto 0 cromo, com seis elétronsalém do cerne de gas nobre, funde-se a 1.890°C. A mobilidade cos elétrons explica por que os metais sao bons condutores de calor eeletricidade. A ligacioe as pro- priedades dos metais sero examinadas mais detalhadamente no Capitulo 23. COMO FAZER ESPECIAL: Interligando os conceitos A suistancia CS, tem ponto de fuséo de—110,8"C e ponto de ebuligho de 46,3°C. A densidade a 20°C 61,26 g/cm’. altamenteinflamavel. (a) Qual o nome desse composto? (b) Se voce fosse olhar as propriedades dessa substancia em ‘um manual de quimica do tipo CRC Handbook of Chentstry and Physics, voeé procuraria sobre as propriedades fisicas de compostes inorgénicos ou organicos? Justifique sua resposta.(e) Como Vaeé classificaria CS,(6) em relagso ao tipo ‘de s6lidocristalino?(€) Escreva a equacio balanceada para a combustio desse composto no ar. (Vocéteré de decir sobre os mais provaveisprodutos de oxidagio.) (e) As temperatura epressioeriticas para OCS, 40552 Ke78 atm, res- pectivamente, Compare esses valores com aqueles para CO, (Tabela 11.5) e discuta as possiveis origens das diferen- «2s. (8) Voeé esperaria quea densidade de C5,a40°C fosse maior ou menor quea densidade a 20°C? A que sedevem essas diferencas? Solugéo (a) O composto & chamado dissulfeto de carbono, em analogia com © nome de outras compestos ‘moleculares bindrios. == (Seco 2.8) (b) A substéncia estard relacionada como um composto inarganico. Ela nao contém ligagSes carbono-carbono, nem ligagoes C — H, que sao as caracteristicas estruturais comuns de compostos: organics. () Como C5,() consiste em moléculas individuais de CS, ele seria um sélido molecular no esquema de classificagao da Tabela 11.7. (2) Os produtos mais provaveis da combustao sero CO, € $0, ==> (SesGes 32¢ 7.6) Sob algumas condigées, SO, poderia ser formado, mas isso seria o resultado menos provavel. Portanto, temos a seguinte equacao para @ combustdo: CS + 30,() —+ CO,g) + 250,@) {€) As temperatura e pressao crticas de CS, (552 Ke78 atm) sio ambas maisaltas que as dadas para CO, na Tabela 11.5, (904 K e753 atm). A diferenga nas temperaturas criticas ¢ especialmente notavel. Os valores mais altos para CS, origi- nam-se das inaiores atragdes de dispersdo de London entre as moléculas de CS, comparadas com CO, Essas maiores atragoes devem-se ao maior tamanho do atomo de enxofre comparado com oxigénio e, consegiientemente, sua maior polarizabilidade. () A densidade seria mais baixa a temperatura mais alta. A densidade diminui com o aumento da {temperatura porque as moléculas possuem energias cinsticas mais altas. Seus movimentos mais energéticos resulta, ‘em maior espagamento médio por moléculas, 0 que se traduz em densidades mais baixas. ira 11.45 _Uma seco transversal ‘um metal. Cada esfera representa 0 05 eléirons de ceme de um metalico. A vizinhanga branca “epresenta o mar de elétrons mévels lunem os atoms. Capftulo 11 Foreas intermoleculares, liquids e sotidos 379 TER > ygineo Massa Pontode | Gis Massa Ponto de molecular ebuligio |nobre molecular ebulicto w ao a, cd He 40 46 Ne 202 273 , Ar 399 975 Kr 838 1209 Xe 1313 166.1 nepentano Ge-aPAR) A facilidade com que a distribuigao de cargas em uma molécula pode ser forcida por um campo elétrico externo ¢ chamada polarizabilidade. Pode- pensar na polarizabilidade de uma molécula como uma medida da ‘maciez’ sua nuvem eletrOnica; quanto maior a polarizabilidade de uma molécula, fs facilmente sua nuvem eletrOnica sera distorcida para dar um dipolo mo- 1e0. Dessa forma, moléculas mais polarizéveis tém forcas de dispersio ondon mais fortes. Em geral, moléculas maiores tendem a ter maiores po- sizabilidades porque elas tém maior numero de elétrons, que estéo mais tados do miicleo. A intensidade das forcas de dispersio de London, por- & & ‘0 tamanho molecular € a massa geralmente assemelham-se, 25 forras de dis- sso trem a aumentar em intensidade com o aumento da massa molecular. Assim, -pontos de ebulicao dos halogéneos e dos gases nobres aumentam com 0 at- io da massa molecular (Tabela 11.3). ‘As formas espaciais das moléculas também influenciam nas magnitudes forcas de dispersdo. Por exemplo,o n-pentano' eo neopentano, ilustrados a 11.6, tem a mesma formula molecular (C,H,,),no entanto 0 ponto de liga do n-pentano £27 K mais alto que o do neopentano. A diferenca pode -explicada pela diferenca nas formas espaciais das duas moléculas. A atra- Figura 11.6 _ forma molecular o total entre as moléculas é maior no n-pentano porque as moléculas podem _ 2feta a atragdo intermolecular. jarem contatoem toda sua extensdo, que éum tanto quanto cilindrico, Me- AS moléuls de r-penano fazem Gscontato posvel entre as moléculasmais compacts eaproximadamente lscoriat ene do. éricas do neopentano. Portanta, 0 h-pentan tam as As forcasde dispersao ocorrem entre todas as moléculas, nao importa se elas S40. maiores forces intermoleculres es ou apolares. As moléculas polares sofrem interagies dipolo-dipolo, —atrativas e, por isso, tem um maior elas também sofrem forcas de dispersdo ao mesmo tempo. Na realidade, — ponto de ebulicao (pe). dima-se que as forgas de dispersao sao responsdveis por mais de 80% da atra~ o total entre as moléculas; as atragoes dipolo-dipolo responcem pelo resto. ‘Quancio comparadas as forcas relativas das atracées intermoleculares, as seguintes generalizagdes devem ser sideradas: 1. Quando as moléculas tém massas moleculares ¢ formas compardveis, as forcas de dispersdo so aproxima- damente iguais. Nesse caso, as diferencas em magnitudes das forcas atrativas devem-se as diferencas nas forgas de atragao dipolo-dipolo, com a maioria das moléculas polares tendo as atragbes mais fortes. 2. Quando as moléculas diferem muito em suas massas moleculares, as forgas de dispersao tendem a ser de- isivas. Nesse caso, as diferencas nas magnitudes das forcas atrativas podem geralmente ser associadas —_comas diferencas nas massas moleculares, com a molécula mais massiva tendo as atrages mais fortes. __Aligacio de hidrogénio, que abordaremos apés 0 quadro “Como fazer 11.1", 6 um tipo de interagao intermole- Sar tipicamente mais forte que as forgas de dispersao. Neopentano (pe=282,7 K) +O nem ipentano ¢ a abreviatura da palavra normal, Um hidrocarboneta normal é aquele evjos stomos de carbono esto arranjados em cadeiareta, == (Sesto 2) ‘COMO FAZER 11.1 (Os momentos de dipolo da acetonitrila, CH,CN, e do iodeto de metila, CH], si0 3,9 De 1,62, respectivamente (a) Qual dessas substancias terd as maiores atragbes dipolo-dipolo entre as moléculas? (b) Qual dessas subst ‘eras maiores atragGes do tipo dispersio ce London? (c) Os pontos de ebulicio de CH,CN e de CHI sto 354,8K e 3156 K, respectivamente. Qual substincia tem as maiores forgas de atragao como um todo? Soluso. (a) As atracdes dipolo-dipolo aumentam em magnitude a medida que o momento de dipolo da mol faumenta. Assim, a5 moléculas de CH.CN atraem uma as outras pelas forcas dipolo-dipolo mais fortes que moléculas de CHL. (b) Quando as moléculas diferem em suas massas moleculares, a molécula mais ma {geralmente tem as atracGes de dispersio mais fortes. Nesse caso, 0 CH.I (142,0 u) é muito mais massive que o CHG (41,0 n), logo as forcas de dispersio seréo mais fortes para CHLL () Como CH,CN tem o maior ponto de ebulig pporlemos concluir que é necessério mais energia para romper as forcas atrativas entre as molkeulas de CH,O Portanto, es atragdes intermoleculares totais s80 mais fortes para CH,CN, sugerindo que as forcas dipolo-dipolo decisivas quando se comparam essas duas substincias. Contudo, as forgas de dispersio t8m papel importante determinar as propriedades de CH. PRATIQUE Enire Br, Ne, HCl, HBre Ny, qual é mais provavel de ter (a) as forgas de dispersao mais fortes; (b) as forcas atraiv ipolo-dipolo mais fortes? Respostas: (a) Bry (b) HCI. Ligagao de hidrogénio A Figura 11.7 mostra os pontos de ebulicéo de compostos de hidrogénio simples dos elementos do grupo 4A: 6A. Em geral, 0 ponto de ebulicdo aumenta com o atimento da massa molecular, devido ao aumento das forcas. dispersio, A notavel excegaioa essa tendéncia 6 HO, cujo ponto de ebulicao é muito mais alto do que esperaria com base em stia massa molecular. Os compostos NH, e HF também tem pontos de ebuligao anormalmente alta Na realidade, esses compostos apresentam muitas caracteristicas que os distingue de outras substancias de mass molecular ¢ polaridade andlogas, Por exemplo, a agua tem alto ponto de fusio, ato calor especifico e alto calor d vaporizagio. Cada uma dessas propriedades indica que as forcas intermoleculares em HO sa0 fortes de incomum. Essas atragdes intermoleculares na agua resultam da ligactio de hidrogénio. A ligacao de hidrogénio é um tip especial de atragio intermolecular entre 0 étomo de hidrogénio em uma ligacdo polar (particularmente uma gactio H—F, H—O ou H—N)e um par deelétrons nao compartilhado em um jon ou atomo pequeno ¢ ele negativo que esteja préximo (geralmente um stomo de F, O ou N em outra malécula). Por exemplo, existe ur ligagio de hidrogénio entre o étomo de Hem uma molécula de HF e 0 étomo de F de uma molécula de HF adjace Figura 11.7, Pontos de eb hidretos do grupo 4A (abaixo) e 68 (acima) em fungo da massa 100 ‘molecular =f ‘Temperatura =100 o 30 100 150 “Massa molecular 406 (Quimica: a ciéncia central Resumo e termos-chave Introdugio e Seco 11.1 As substincias que sao ga- ses ou liquidos a temperatura ambiente so geralmente compostas de moléculas. Nos gasesas forcas atrativas in- termoleculares s4o despreziveis se comparadas ds ener- gias cinéticas das moléculas; portanto, as moléculas estdo muito separadas e sofrem movimento caético cons- tante. Nos liquicios as foreas intermoleculares slo fortes O suficiente para manter as moléculas préximas, todavia as moléculas estdo livres para se moverem wmas em rela- {0 As outras. Nos s6lidos as forcas atrativas entre as par- ticulas Sto fortes 0 suficiente para restringir o movimento molecular e forgar as particulas a ocupar posigdes especi- ficas em um arrarjo tridimensional. Secdo 11.2 Esses tipos de forcas intermolecuilares existem entre moléculas neutras: forcas dipolo-dipolo, forcas de dispersdo de London e ligacio de hidroge nio. As forgas fon-dipolo sio importantes nas solu- ses. As forcas de dispersio de London atuam entre moléculas. As intensidades relativas das forcas dipo- Jo-dipolo e de dispersdo dependem da polaridade, da Polarizabilidade, do tamanho e da forma espacial da molécula. As forcas dipolo-dipola aumentam em inten- sidade com 0 aumento da massa molecular, apesar dea forma molecular também ser um fator importante. As ligaces de hidrogénio ocorrem em compostos con- tendo ligaces O— H, N— He F—H. As ligagdes de hidrogenio sao geralmente mais fortes que as forgas di- polo-dipolo ou forcas de dispersto. Segao 11.3 Quanto mais forte as forgas intermole- culares, maior a viscosidade, ou resisténcia ao fluxo, de um liquido. A tensao superficial de um liquido tam- bém aumenta a medida que as forcas intermoleculares aumentam em intensidade. A tensio superficial é uma medida da tendéncia de um liquido em manter uma rea superficial minima. A adesdo de um liquido &s paredes de um tubo estreito e a coesao do liquido expli- cama agio capilar ea formagio de meniscos em sua su- perficie. Seco 11.4 Uma substincia pode existir em mais de umeestado de matéria, ou fase. As mudancas de fase 50 transformacdes de uma fase para outra. As passagens de um séolido para liquido (fusdo), de sélido para gis (sublimagao) e de iquico para gés (vaporizagao) sdo to- dos processos endotérmicos. Portanto,o calor de fusio, © calor de sublimacao e o calor de vaporizagio so todos grandezas positivas. Os processos inversos so exotérmicos. Um gis nao pode ser liquefeito por aplica- so de pressdo se a temperatura esté acima da tempera- tura critica. A pressio necesséria para liquefazer um sis a temperatura critica é chamada pressao critica. Seco 11.5 A pressao de vapor de um liquido indi- caa tendencia de ele evaporar. A pressio de vapor 6a pressio parcial do vapor quando ele esta no equilibrio dindmico como liquido. No equilibrio, a taxa de trans feréncia das moléculas do Iiquido para o vapor ¢ igual 8 taxa de transferéncia do vapor para o liquide. Quan- to mais alta a pressao de vapor de um liquido, mais ra- pidamente ele evapora e mais volatil ele é. A presse de vapor aumenta de maneira ndo-linear em relagao 3 temperatura. A ebuligao ocorre quando a pressio de vapor ¢ igual a pressdo externa. O panto de ebuligao normal é a temperatura na qual a pressio de vapor € igual a 1 atm. Secio 11.6 Os equilfbrios entre as fases sdlida, iqui- da e gasosa de uma substincia como fungio da tempo ratura e pressdo sio apresentados em um diagrama de fases. Os equilibrios entre quaisquer duas fases sio in- dicados por uma linha, A linha através do ponto de fue so em geral sobe ligeiramente para a direita conforme 4 pressiio aumenta, porque geralmente 0 sGlido é mais denso que o liquido. O ponto de fusdo a 1 atm é 0 ponto de fusio normal. © ponto no diagrama no qual todas as ‘ns fases coexistem no equilibrio é chamado ponto triplo. Seco 11.7 Em um sdlido cristalino, as particulas es to arranjadas em um padrao repetitivo regular. Um s6- ido amorfo é aquele cujas particulas nao mostram tal ordem. As caracteristicas estruturais principais de um sélido cristalino podem ser representadas pela respectiva célula unitaria, a menor parte do cristal que pode, por simples deslocamento, reproduzir a estrutura tridimen- sional. As estruturas tridimensionais de um cristal po- dem também ser representadas por sua rede cristalina, (Os pontos em uma rede cristalina representam posigies na estrutura onde existem ambientes idénticos. As célu- Jas unitérias mais simples sao as cdibicas. Existem trds t= pos de células unitérias cibicas: simples, de corpo centrado e de face centrada. Muitos sélidos tém estrutura de empacotamento densona qual as particulas esféricas esta arranjadas de forma a deixar a menor quantidade de espaco vazio, Duas formas de empacotamento intimamente relacio- nadas, empacotamento denso ciibico e empacotamen- to denso hexagonal, so possiveis. Em ambas, cada esfeza tem um mtimero de coordenacio 12. Seco 11.8 As propriedades dos sélidos dependem tanto do arranjo das particulas quanto das forcas atrati= vas entre elas. Os sélidos moleculares, que consistem em étomos ou moléculas manticios juntos por forgas in- termoleculares, sio macios e tém baixos pontos de fu S80, Os s6lidos covalentes, que consistem em tomas ‘mantidos juntos por ligagdes covalentes que se esten- dem por todo 0 sélid, S80 duros ¢ tém altos pontos de fusio. Os sélidos idnicos sio duros.e quebradicos e tém. altos pontos de fusao. Os s6lidos metélicos, que consis- tem em cétions metélicos mantidos juntos por wm ‘mar’ de elétrons, exibem larga faixa de propriedades. (Quimica: a ciéncia central 28A © Figura 11.10 (a) A ligacdo de hidrogénio entre duas moléculas de 4gua. As distancias mostradas so as encontradas no 4gelo. (©) O arranjo das moléculas de H,0 no gelo. Cada étomo de hidrogénio em uma molécula de H,O esté orientado em glresdo a um par de elétrons néo-ligante em uma molécula de H,0 adjacente. Como resultado, o gelo tem arranjo ‘hexagonal aberto das moléculas de H,O. (c) A forma hexagonal é caracterstica dos flocos de neve A menor densidade do gelo comparada com a da agua Ifquida afeta profundamente a vida na Terta. Comoe geloflutua (Figura 11), ele cobrea superficie da 4gua quando um lago congela no clima frio, isolando a agua abate Xo. Seo gelo fosse mais censo que a égua,o gelo formadona superficie de um lago afundaria eo lago congelaria tor talmente. ‘A maior parte da vida aquética ndo sobreviveria sob essas concigdes. A expansao da Agua, a0 congelar-se (Figura 11.11), ¢ também 0 que faz.com que os encanamentos quebrem em climas com femperatires inferiores a 0°C. Figura 11.11 A agua é uma das ppoucas substancias que se expandem ao congelar-se. A lexpanséo deve-se & estrutura aberta do golo em relagéo & da gua liquide Capitulo 1. Forgas intermoleculares,liquidos e s6 Um olhar mais de perto a ligacio de hidrogénio é resultado de uma interacio titiea entre o dipolo da ligagio X — H eum par deeclé snap compartilhado em outro tomo, Y,a forca da liga- de hidrogénio deveré aumentar & proporgio que 0 383 Tendéncias na ligagao de hidrogénio. lrogénio é mais forte quando o par de elétrons nao é atraido também fortemente por seu proprio micleo. A eletronegativi- dade de Y é uma boa medida desse aspecto. Por exemplo, a cletronegatividade do nitrogénio é menor que a do oxigenio, ‘da ligacto X — H aumenter. Portanto, para o mesmo Onitrogenio &, dessa forma, melhordoador do par deelétrons cerfamos esperar que a forea da ligagdo de hidrogénio. paraa ligagio X—H. Para determinada ligagioX —H, algae So de hidrogénio aumenta na orden: X—H.-F FHF @) tem volor de AH de aproximadamente ~155 KJ/mol tum par de elétrons no compartllhado que alzaia © jpositivo do dipolo da ligacao X — HI. Esse par de elé- snaodeve ser muito dlifuso no espaco; seos elétrons ocu- ‘um Volume muito grande, 0 dipolo da ligagan X — H. \softers atcagho direta muito forte. Por essa razi0,a liga- Jde hidrogenio nao é muito forte, a nao ser que Y soja um 10 muito pequeno ealtamente eletronogativo, especifica- te N, O.ou F. Entre esses trds elementos, a ligacio de hi- COMO FAZER 11.2 Em qual das seguintes substancias€ mais provavel que a ligacio dehidrogénio tenha papel importante na determina- «fo das propriedadesfisicas: metano (CH), hidazina (H.NNHL), fluotefo de metila (CH, ou sulfetode hidrogenio tas Solu¢io Todos esses compostoscontém hidrogénio, masa ligagio dehidrogénto geralmenteocorre quando esteests dlirstamenteligado a N, Ou F, Enecessiri famiem que exsta am par de eletrons no compartlnad em sm stom tletronegativo (geralmenteN, O 04 em una molec vizinha, Esescritrios eliminam CH,e HS, que no contém H ligaco 2 N, O ox F. Eles também eliminar CHF cujaestrutura de Lewis mostra um atomo de cariono central xodeado por irs dtomas de He um étomo de F. (Ocarboro sempre forma quatro ligacdes,enquanto hidrogénio efor formam tna ligagio cada um) Como a molécula contém uma igagio C— Fe ndo tem ligacao —F, ela nfo forma ligagdes de hidrogenio. Entretanto, em H.NNH, encontramos lgacSes N — HL Conseqientemente, exstem igacoos dehidrogenio entre as moléculas, PRATIQUE Em qual das seguintes substancias é possivel que a ligagio de hidrogénio seja significante: cloreto de metileno (CH,CI,),fosfina (PEL), peréxido de hidroggnio (HOOH) ou acetona (CH,COCH,)? Resposta: HOOH. jparando as forcas intermoleculares Podemos identificar as forgas intermoleculares que atuam em certa substéncia considerando as respectivas sposigao e estrutura. As forcas de dispersio sao encontradas em todas as substancias, A intensidade dessas for- ‘aumenta com 0 aumento da massa molecular e dependem das formas moleculares. As forgas dipolo-di jonam-se ao efeito das forcas de dispersio e sdo encontradas em moléculas polares. As ligagdes de hidrogéni rnecessitam de étomos de H ligados a F, O ou N, também se adicionam aos efeitos das forcas de dispersio. As li- lo ‘de hidrogénio tendema ser o tipo mais forte de forga intermolecular. Entretanto, nenhuma dessas forcas in- woleculares 6 tao forte quanto as ligacdes covalentes e idnicas ordindrias. A Figura 11.12 apresenta uma eira sistemstica de identificar os tipos de forcas intermoleculares em um sistema em particular, incluindo as 's fon-dipolo e fon-fon. Capitulo 11. Forcas intermoleculares, liquids e sélidos Exercicios 407 Teoria cinética molecular 11 us Liste os trés estados da matéria em orciem de (a) au- ‘mento da desordem molecular ¢ (b) aumento das atra- g0es intermoleculares. Liste algumas propriedados de liquidos e sélidos que refletem a diferenca no grau de ordem nos dois estados, Para certa substancia, as densidades das fases iquida e Sélica so normalmente muito similares e muito dife- rentes da densidade do gis. Explique, 0 Scido benzdico, C,H,COOH, funde-se a 122 °C. slensiciade no estado liquido a 130 °C é de 1,08 g/cm" A densidade do acido benzsico sélido a 15°C ¢ de us m6 1,266 g/m’. (a) Em qual estado a distancia média entre as moléculas é maior? (b) Explique a diferenca relativa a densidade das duas temperaturas em termos da too ria cinétca molecular. Por que 0 aumento de temperatura faz cam que uns substincia mude sucessivamente de um s6lido paca ‘um liquicio e deste para um gas? (@) Explique porque a compresséo de um gis a tempe ratura constante pode fazer com que ele se liqueiacs (©) Por que as formas liquida esélida de uma substi=- cia sao chamadas fasescondensades? Forcas intermoleculares 7 18 ms 1110 ut aaa Qual tipo de forca atrativa intermolecular atua entze {@) todas as moléculas;(b) moléculas polaes; (0 to- smo de hidrogénio de uma ligaglo polar e um atomo vi zinho pequeno e letronegativo? Que tipo(s) de forca(s) intermolecular(es) é(680) co- ‘muns para (a) Xe eo metanol (CH,OH); (b) CH.OH ea acetonitrila (CH,CN); (@) NH, ¢ HF? Descreva as fangs intermoleculares que dever so: rom- Pidas paza se converter cada um dos itens seguintes de tum liguido para um gas: (a) Br (6) CH,OH; (©) HS. ‘Que tipo de forga intermolecular explica as seguintes Aiferencas em cada caso: (a) CH,OH entra em ebuliceo 265°C, CH.SH entra em ebulicio a6°C; (b):Xe éliqui- 40 a pressio atmosiérca e 120 K, enguanto Ar é um 45;(0 Ke, pesoatdimico 84, entra emebuligioa 1209K, enguanto Cl,, massa molecular aproximada de 71, en. tra em ebuligéo 2238 K; (a acetonaentra em ebulicao 456‘C, enquanto 0?-metilpopano entra em ebulisfoa = 12°C? i a i cyber, Acetona 2metlpropano (2) 0 que significa 6 teemo polarzabilidade? (b) Qual dos seguintesdtomos¢ mais polarizavel:O, 5,Seou Te? Explique. (€) Cologue as seguintes moléculas em or- diem crescente de polarizabilidade: GeCl,, CH, SiCl, ¢ GeBr,. (d) Determine a ordem dos pontos de ebulicio das substancias do item (©) (@) Por que a intensidade das forsas de disperséo au- ‘menta com o aumento da polarizabilidade? (b) Calcule © aumento constante no ponto de ebuliclo dos gases, nobres com o aumento da massa atémico (Tabela 11.3). (6 Qual regra geral do polegar se aplica&relagio entre a forgas de cispersio ea massa molecula:?(d) Comen- te se a seguinteafirmativa écorreta: “Com todos 08 ou ros fatores sendo os mesmos, as forgas de dispersio m3 maa 15 11.16 ‘entre moléculas aumentam com o numero de elétrons nas moléculas”. ‘Qual membro dos seguintes pares tem as maiores for- «gasde dispersao de London? (a) H,0 ouH.S;(b) CO, ox CO; (@) CH, ou CCI, ual membradosaeguinis panes tom as fora dedi ersio intermoleculares mais fortes: (a) {by CHLCHLSH oa CHLCH.CHSH @ CHCHLCHG. ou (CH),CHC Obutano e 02-metilpropane, cujos modelos de preen- chimento de espaco sio mostrados, sao apolares etm a mesma férmuila molecular; no entanto, obutano tem: ‘um ponto de ebulicao mais alto (-0,5 °C comparado 2 = 11,7 °C). Explique. ae P (@) Butano (©) 2-metilpropano (0 Alcool propilico (CH,CH,CH,OH) e o alcool isopr- pilico [(CH.).CHOH], cujos modelos de preenchimento de espago sio mostracios, tém pontos de ebulicio de 97,2 °C € 82,5 °C, respectivamente. Explique por que © panto de ebuligao do alcool propilico é mais alto apesar ‘de ambos terem a forma molecular C,H,0? (@) Alcoo! propitico _(b) Alcoo!isopropilico Capitulo 11. Forcas intermoleculares, liquidos e silidos 385 7.3 Algumas propriedades dos Ifquidos As forcas intermoleculares que acabamos de abordar podem nos ajudar a ler muitas propriedades familiares de liquidos e s6lidos. Nesta secao | iinamos duas importantes propriedades dos Iiquidos: viscosidade e ten- | superficial sidade Alguns liquidos, como melaco e éleo de motor, fluem muito lentamente; como agua e gasolina, fluem facilmente. A resisténcia de um liquido fluir & chamada viscosidade. Quanto maior viscosidace de um liquid, mais imente ele flui. A viscosidade pode ser medida ao se marcar quanto tempo ada quantidade do liquido leva para fluir por um tubo fino sob a for- Figura 11.13 A Society of sgravitacional. Liquidos mais viscosos levam mais tempo (Figura 11.13). A Automotive Engineers (SAE) sidade pode também ser determinada quando se medea taxa na qual es- _estabeleceu numeros para indicar a sde aco caem pelo liquido. As esferas caem mais lentamente a medida que vscosidade de dleos de motor. wwiscosidade aumenta. A unidade comum de viscosidade é 0 poise, que igual Quanto maior o ndmero, maior a : g wscosidade a qualquer ‘ems. Freq cf atada em centipoise (cP), que é ‘g/cm s. Freqiientemente a viscosidade é relata poise (cP), que WCOHade 2 GR aU oe SAE mee. 3 exquerd 6 mals vscoso efi A viscosidade est relacionada com #facilidade de moléculas individuais 42 (aera (mls Makes liquidos poderem mover-se em relagdo as outras. Logo ela depende das for jxcoso SAE 10 a diel atrativas entre as moléculas e do fato de existirem ou nao caracteristicas es- is que facam as moléculas tornarem-se emaranihadas, Por isso, para uma série de compostos relacionados, a = ties co element, aa 162 KCl tom a esinaestrutura do NaCl. O comprimento os dacelle uitava€ 628pm. A densdade de KCLE1984 CO,G);(b) COs) —> COLD Lat No restante deste capitulo nos deteremos em como as propriedades dos S‘lidos se relacionam com suas estruturas ¢ ligagdes. Os sdlidos podem ser (SesGes 32¢ 7.6) Sob algumas condigées, SO, poderia ser formado, mas isso seria o resultado menos provavel. Portanto, temos a seguinte equacao para @ combustdo: CS + 30,() —+ CO,g) + 250,@) {€) As temperatura e pressao crticas de CS, (552 Ke78 atm) sio ambas maisaltas que as dadas para CO, na Tabela 11.5, (904 K e753 atm). A diferenga nas temperaturas criticas ¢ especialmente notavel. Os valores mais altos para CS, origi- nam-se das inaiores atragdes de dispersdo de London entre as moléculas de CS, comparadas com CO, Essas maiores atragoes devem-se ao maior tamanho do atomo de enxofre comparado com oxigénio e, consegiientemente, sua maior polarizabilidade. () A densidade seria mais baixa a temperatura mais alta. A densidade diminui com o aumento da {temperatura porque as moléculas possuem energias cinsticas mais altas. Seus movimentos mais energéticos resulta, ‘em maior espagamento médio por moléculas, 0 que se traduz em densidades mais baixas. ira 11.45 _Uma seco transversal ‘um metal. Cada esfera representa 0 05 eléirons de ceme de um metalico. A vizinhanga branca “epresenta o mar de elétrons mévels lunem os atoms. 406 (Quimica: a ciéncia central Resumo e termos-chave Introdugio e Seco 11.1 As substincias que sao ga- ses ou liquidos a temperatura ambiente so geralmente compostas de moléculas. Nos gasesas forcas atrativas in- termoleculares s4o despreziveis se comparadas ds ener- gias cinéticas das moléculas; portanto, as moléculas estdo muito separadas e sofrem movimento caético cons- tante. Nos liquicios as foreas intermoleculares slo fortes O suficiente para manter as moléculas préximas, todavia as moléculas estdo livres para se moverem wmas em rela- {0 As outras. Nos s6lidos as forcas atrativas entre as par- ticulas Sto fortes 0 suficiente para restringir o movimento molecular e forgar as particulas a ocupar posigdes especi- ficas em um arrarjo tridimensional. Secdo 11.2 Esses tipos de forcas intermolecuilares existem entre moléculas neutras: forcas dipolo-dipolo, forcas de dispersdo de London e ligacio de hidroge nio. As forgas fon-dipolo sio importantes nas solu- ses. As forcas de dispersio de London atuam entre moléculas. As intensidades relativas das forcas dipo- Jo-dipolo e de dispersdo dependem da polaridade, da Polarizabilidade, do tamanho e da forma espacial da molécula. As forcas dipolo-dipola aumentam em inten- sidade com 0 aumento da massa molecular, apesar dea forma molecular também ser um fator importante. As ligaces de hidrogénio ocorrem em compostos con- tendo ligaces O— H, N— He F—H. As ligagdes de hidrogenio sao geralmente mais fortes que as forgas di- polo-dipolo ou forcas de dispersto. Segao 11.3 Quanto mais forte as forgas intermole- culares, maior a viscosidade, ou resisténcia ao fluxo, de um liquido. A tensao superficial de um liquido tam- bém aumenta a medida que as forcas intermoleculares aumentam em intensidade. A tensio superficial é uma medida da tendéncia de um liquido em manter uma rea superficial minima. A adesdo de um liquido &s paredes de um tubo estreito e a coesao do liquido expli- cama agio capilar ea formagio de meniscos em sua su- perficie. Seco 11.4 Uma substincia pode existir em mais de umeestado de matéria, ou fase. As mudancas de fase 50 transformacdes de uma fase para outra. As passagens de um séolido para liquido (fusdo), de sélido para gis (sublimagao) e de iquico para gés (vaporizagao) sdo to- dos processos endotérmicos. Portanto,o calor de fusio, © calor de sublimacao e o calor de vaporizagio so todos grandezas positivas. Os processos inversos so exotérmicos. Um gis nao pode ser liquefeito por aplica- so de pressdo se a temperatura esté acima da tempera- tura critica. A pressio necesséria para liquefazer um sis a temperatura critica é chamada pressao critica. Seco 11.5 A pressao de vapor de um liquido indi- caa tendencia de ele evaporar. A pressio de vapor 6a pressio parcial do vapor quando ele esta no equilibrio dindmico como liquido. No equilibrio, a taxa de trans feréncia das moléculas do Iiquido para o vapor ¢ igual 8 taxa de transferéncia do vapor para o liquide. Quan- to mais alta a pressao de vapor de um liquido, mais ra- pidamente ele evapora e mais volatil ele é. A presse de vapor aumenta de maneira ndo-linear em relagao 3 temperatura. A ebuligao ocorre quando a pressio de vapor ¢ igual a pressdo externa. O panto de ebuligao normal é a temperatura na qual a pressio de vapor € igual a 1 atm. Secio 11.6 Os equilfbrios entre as fases sdlida, iqui- da e gasosa de uma substincia como fungio da tempo ratura e pressdo sio apresentados em um diagrama de fases. Os equilibrios entre quaisquer duas fases sio in- dicados por uma linha, A linha através do ponto de fue so em geral sobe ligeiramente para a direita conforme 4 pressiio aumenta, porque geralmente 0 sGlido é mais denso que o liquido. O ponto de fusdo a 1 atm é 0 ponto de fusio normal. © ponto no diagrama no qual todas as ‘ns fases coexistem no equilibrio é chamado ponto triplo. Seco 11.7 Em um sdlido cristalino, as particulas es to arranjadas em um padrao repetitivo regular. Um s6- ido amorfo é aquele cujas particulas nao mostram tal ordem. As caracteristicas estruturais principais de um sélido cristalino podem ser representadas pela respectiva célula unitaria, a menor parte do cristal que pode, por simples deslocamento, reproduzir a estrutura tridimen- sional. As estruturas tridimensionais de um cristal po- dem também ser representadas por sua rede cristalina, (Os pontos em uma rede cristalina representam posigies na estrutura onde existem ambientes idénticos. As célu- Jas unitérias mais simples sao as cdibicas. Existem trds t= pos de células unitérias cibicas: simples, de corpo centrado e de face centrada. Muitos sélidos tém estrutura de empacotamento densona qual as particulas esféricas esta arranjadas de forma a deixar a menor quantidade de espaco vazio, Duas formas de empacotamento intimamente relacio- nadas, empacotamento denso ciibico e empacotamen- to denso hexagonal, so possiveis. Em ambas, cada esfeza tem um mtimero de coordenacio 12. Seco 11.8 As propriedades dos sélidos dependem tanto do arranjo das particulas quanto das forcas atrati= vas entre elas. Os sélidos moleculares, que consistem em étomos ou moléculas manticios juntos por forgas in- termoleculares, sio macios e tém baixos pontos de fu S80, Os s6lidos covalentes, que consistem em tomas ‘mantidos juntos por ligagdes covalentes que se esten- dem por todo 0 sélid, S80 duros ¢ tém altos pontos de fusio. Os sélidos idnicos sio duros.e quebradicos e tém. altos pontos de fusao. Os s6lidos metélicos, que consis- tem em cétions metélicos mantidos juntos por wm ‘mar’ de elétrons, exibem larga faixa de propriedades. Capitulo 11. Forcas intermoleculares, liquids e sélidos Exercicios 407 Teoria cinética molecular 11 us Liste os trés estados da matéria em orciem de (a) au- ‘mento da desordem molecular ¢ (b) aumento das atra- g0es intermoleculares. Liste algumas propriedados de liquidos e sélidos que refletem a diferenca no grau de ordem nos dois estados, Para certa substancia, as densidades das fases iquida e Sélica so normalmente muito similares e muito dife- rentes da densidade do gis. Explique, 0 Scido benzdico, C,H,COOH, funde-se a 122 °C. slensiciade no estado liquido a 130 °C é de 1,08 g/cm" A densidade do acido benzsico sélido a 15°C ¢ de us m6 1,266 g/m’. (a) Em qual estado a distancia média entre as moléculas é maior? (b) Explique a diferenca relativa a densidade das duas temperaturas em termos da too ria cinétca molecular. Por que 0 aumento de temperatura faz cam que uns substincia mude sucessivamente de um s6lido paca ‘um liquicio e deste para um gas? (@) Explique porque a compresséo de um gis a tempe ratura constante pode fazer com que ele se liqueiacs (©) Por que as formas liquida esélida de uma substi=- cia sao chamadas fasescondensades? Forcas intermoleculares 7 18 ms 1110 ut aaa Qual tipo de forca atrativa intermolecular atua entze {@) todas as moléculas;(b) moléculas polaes; (0 to- smo de hidrogénio de uma ligaglo polar e um atomo vi zinho pequeno e letronegativo? Que tipo(s) de forca(s) intermolecular(es) é(680) co- ‘muns para (a) Xe eo metanol (CH,OH); (b) CH.OH ea acetonitrila (CH,CN); (@) NH, ¢ HF? Descreva as fangs intermoleculares que dever so: rom- Pidas paza se converter cada um dos itens seguintes de tum liguido para um gas: (a) Br (6) CH,OH; (©) HS. ‘Que tipo de forga intermolecular explica as seguintes Aiferencas em cada caso: (a) CH,OH entra em ebuliceo 265°C, CH.SH entra em ebulicio a6°C; (b):Xe éliqui- 40 a pressio atmosiérca e 120 K, enguanto Ar é um 45;(0 Ke, pesoatdimico 84, entra emebuligioa 1209K, enguanto Cl,, massa molecular aproximada de 71, en. tra em ebuligéo 2238 K; (a acetonaentra em ebulicao 456‘C, enquanto 0?-metilpopano entra em ebulisfoa = 12°C? i a i cyber, Acetona 2metlpropano (2) 0 que significa 6 teemo polarzabilidade? (b) Qual dos seguintesdtomos¢ mais polarizavel:O, 5,Seou Te? Explique. (€) Cologue as seguintes moléculas em or- diem crescente de polarizabilidade: GeCl,, CH, SiCl, ¢ GeBr,. (d) Determine a ordem dos pontos de ebulicio das substancias do item (©) (@) Por que a intensidade das forsas de disperséo au- ‘menta com o aumento da polarizabilidade? (b) Calcule © aumento constante no ponto de ebuliclo dos gases, nobres com o aumento da massa atémico (Tabela 11.3). (6 Qual regra geral do polegar se aplica&relagio entre a forgas de cispersio ea massa molecula:?(d) Comen- te se a seguinteafirmativa écorreta: “Com todos 08 ou ros fatores sendo os mesmos, as forgas de dispersio m3 maa 15 11.16 ‘entre moléculas aumentam com o numero de elétrons nas moléculas”. ‘Qual membro dos seguintes pares tem as maiores for- «gasde dispersao de London? (a) H,0 ouH.S;(b) CO, ox CO; (@) CH, ou CCI, ual membradosaeguinis panes tom as fora dedi ersio intermoleculares mais fortes: (a) {by CHLCHLSH oa CHLCH.CHSH @ CHCHLCHG. ou (CH),CHC Obutano e 02-metilpropane, cujos modelos de preen- chimento de espaco sio mostrados, sao apolares etm a mesma férmuila molecular; no entanto, obutano tem: ‘um ponto de ebulicao mais alto (-0,5 °C comparado 2 = 11,7 °C). Explique. ae P (@) Butano (©) 2-metilpropano (0 Alcool propilico (CH,CH,CH,OH) e o alcool isopr- pilico [(CH.).CHOH], cujos modelos de preenchimento de espago sio mostracios, tém pontos de ebulicio de 97,2 °C € 82,5 °C, respectivamente. Explique por que © panto de ebuligao do alcool propilico é mais alto apesar ‘de ambos terem a forma molecular C,H,0? (@) Alcoo! propitico _(b) Alcoo!isopropilico 408 (Quimica: a ciéneta central 11.17 Quais das seguintes moléculas podem formar ligacies de hidrogénio com outras moléeulas do mesmo tipo: CHE, CH,NH,, CH,OH, CH.Br? ‘11.18 O etilenoglicol (HOCH,CH,OH), a principal substin- m9 cia em anticongelantes, tem ponto de ebulicéo normal de 198°C. Em contrapartida, 0 dlcooletlico (CH,CH.OH) entra em ebuliczo 78 °C a pressdo atmosférica, O éter dimetilico etilenoglicol (CH,OCH,CH.OCH,) tem pponto de ebuliggo normal de 83°C, e 0 éter etil-metil (CH,CH,OCH, tem ponto de ebulicéo normal de 11°C. (a) Explique por que a substtuigio de um hidrogénio no oxigénio por CH, geralmente resulta em um ponto de ebuligao mais baixo. (6) Quaissio os fatores mais impor- tantes responsaveis pela diferena nos pontos de ebuli- Rodos dois teres? Racionalize a diferenca em pontos de ebuliclo entre os ‘membros dos seguintes pares de substancias: (a) HF (20°C) e HCl (-85°C);(b) CHC, (61 °C) eCHBr, (150°C); (0 Br, (69°C) eI 67°C). Viscosidade e tensio superficial 11.23 24 11.5 (a) De que mado a viscosidade e a tensio superficial dos liquidos mudam & medida que as forcas intermole- culares tomam-se mais intensas? (b) Como a viscosida- de e a tensfo superficial de liquidos variam com 0 aumento da temperatura? Calcule essas tendéncias, (@) Aponte as diferencas entre forgas adesivas e forgas coesivas. (b) A viscosidade e a tensio superficial efle- femas forgas de atragio coesivas owadesivas? (e) Expli- que a causa para a formacéo de um menisco em U quando a gua esté em um tubo de vidro. (d) Como a capacidade de as toalhas de papel absorverem agua esta relacionada com a acio capilar? Explique as seguintes observagdes: (a) a tensio superfi- cial de CHBr, é maior que ada CHCl, (6) Com 0 att- Mudancas de estado n27 128 29 1130 Nomeie todas as possiveis mudangas de fase que po- dom ocorrer entre diferentes estados da matéria. Quais sfo exotérmicas e quais sio endotérmicas? ‘Nomeie a mudanca de fase em cada uma das seguintes situagdes e indique se ela éexotérmica ou endotérrnica: (a) 0 vapor de bromo passa a bromo liquid a0 ser 10s- friado. (b) Os cristais de iodo desaparecem de um prato de evaporacdo a0 serem deixados em uma capela.(€) O ‘alcool de massagem em um recipiente aberto desapare- ce vagatosamente, (d) A lava derretida de um vulcio tomna-se uma rocha sélida, Explique por que o calor de fusao de qualquer subs- tancia 6 geralmente mais baixo que o calor de vapo- rizagao. cloreto de etila (CyH.CI) entra em ebuligio a 12°C. Quando © C.H,CI iquido sob pressao ¢ borrifacio em ‘uma superficie ao ar temperatura ambiente, a superfi- Cie resfria-se consideravelmente. (a) O que essa obser- vagio nos diz sobre a quantidade de entalpia do 11.20 21 11.22 11.26 mst 32 Identifique os tipos de forcas intermoleculares presen ‘es em cada uma dassoguintes substincias eseleciones: substéncia em cada par gue tem o ponto de ebuligie mais alto: (a) C,H, ou C,Hy;(b) CyH, ou CHOCH. (©) HOOH ou HISSIi; (@) NH;NH, ou CH,CH,, Cite trés propriedades da 4gua que possam ser atribu das 8 existéncia de ligacdo te hidrogénio. A seguinte citagao sobre a aménia (NH,) & de-um livre texto de quimica inorganica: “Estima-se que 26% das l= gases de hidrogénio em NH, quebram-se na fusao, 7%, no aquecimento do ponto de fuséo para o ponte de ebuligio, eos 67% finais, na passagem da fase gasosa no ponte de ebulicio”. Do ponto de vista da teoria ci molecular, explique (a) por que ha diminuigio nas energias das ligagdes de hidrogénio durante a fuséio © (b) por que a maior parte da percia da ligagao de hicro= .génio ocorre na transicao do estado liquido para o esta do de vapor. mento da temperatura, 0 éleo fiui mais rapidamente por um tubo esiteito. () As gotas de chuva que se ajar tam em um capo encerado de um automével tim form aproximadamente esférice. A hidrazina (NH.NH,), 0 per6xido de hidroger (HOOH) e a agua (1,0) tem todos tensdes superticlais | ‘excepcionalmentealtas em comparacao as outras subs tncias de massas moleculares compardveis. a) Des= nnhe as estraturas de Lewis para esses trés compostos (b) Qual propriesiaceestrutural essas substancias tem em ‘comum, e de que forma isso pode contribuir para asal- tas tensdes superficiais? CH.CI@) quando comparado com CH.CK(N? (b) termos de teoria cinética molecular, qual € @ orig dessa diferenca? Por muitos anos a gua potivel tem sido resfriada climas quentes pela evaporacao em superficies de: de aniagem ou de potes de harro poroso, Quantos mas de agua podem ser resfriados de 35 °C para 22 por evaporagio de 50 g de égua? (O calor de vaporiz ‘fo da dgua nessa faixa de temperatura é de 2A KI/g calor especifico da agua é de 418 J/g K) Compostos como CC1,F, S80 camhecidos como cloro= fluorocarbonos, ou CFCs. Esses compostos ja foram ‘muito utilizados como refrigerantes, mes agora est sendo substituldes por compostos que se acredita rem menos prejudicials ao meio ambiente. O calor & 100 g de 4guainicalmente a 18°C? (Ocalor de fusiog Agua€334/s; calor especficoda éguaé4.18]/gK) alivro dasli- fusdo, nto de osano tice 9 nas uss0e hidro- estan mente cajun forma ogénio rficiais ssubs- | Dese- postos. emem aasal- (b) Em origem ada ex — — 222C poriza: ak/a scloro- foram 2 estio dita se alor de ongelar ust da isk) 1133 34 1135 Capitulo 11 Forces intermoleculares,liquidos e sslidos (Octanol (C,H,OH) funde-sea— 114°C eentraem ebuli- (02 78°C. A entalpia de fusio doetancl €5,02KI/mol, e sua entalpia de vaporizagao 6 38,56 kJ/mol. Os calo~ res especificos do etanol sélido e liquido sio 0,97 J g” K'e2,3] g'K", respectivamente. Quala quantidade de calor necesséria para se converter 75,0 g deetanol a = 120°C em fase de vapor a 78°C? (Ocomposto fluorocarbono C.CLLF, tem panto de ebuligko normal de 47,6 °C. Os calores especificos de C.CLE() & C.CLE,g) s80 0.91 J/g K € 0,67 J/g K, respectivamente. (O calor de vaporizacio para 0 composto & 27 49 kJ/mol Caleule o calor necessério para se converter 25,0 g de CLF, de liquido a 5,00 °C em um gis a §2,00°C. (@) Qual o significado da pressio critica de uma subs- tancia? (b) O que acontece com a temperatura critica de ‘uma série de compostos quando a forea de atracio en- treasmoléculas aumenta? (©) Quais das substancias re- Pressiio de vapor de ponto de ebuligao 137 1138 1139 m140 a1 Explique de que forma cacia um cos seguintesitens afe- taa pressdo de vapor de um liquido: (a) o volumedo It quid; () a 4rea superficial; (€) as forgas intermolect- lares atrativas; () a temperatura ‘Um iquido que tem uma pressao de vapor em equilforio de 130 mm Hg a 25 °C écolocado em um recipiente de 1L, como mostrado na Figura 11.20. Qual é a diferenca de pressio mostradane mandmetzo equal éacomposi- Glo do g4s no recipiente, sob cada uma das seguintes condigdes: (a) 200 mL do liquide sao introduzidos no zecipiente e congelacos no fundo; 0 reipiente€ evacu- ado. Orecipiente ¢ lacrado eo liquido ¢ aquecido a 25°C. (6) 200ml do liquid sioadicionados ao recipient 325°C sob pressio atmosféricae, apds alguns minutos, 0 reci- piente éfechedlo.(e) Algurs mililtros do liquid sao in- troduzidos no recipiente a 25 °C enquanto existe uma pressio de 1 aim de ar dentro dele, sem deixar ar algum. escapar. Apés alguns minutos restam algumas gotas de liguico no recipiente. Cologue as seguintes substincias em ordem crescente de volatilidade: CH,, CBr, CH.Cl, CH.C, CHBr, e CH,Br,. Explique sua resposta PCI, € AsCl, so substincias similares, com geometrias e ‘modos de igagio similares, (a) Qual dessas dis substan cias é mais Volt temperatura ambiente? (b) Qual subs- tncia tem © ponto de ebuliglo mais alto? (@) Em qual ssubstncia as energies cinéticas das moléculas seria maior 40°C, uma temperatura bem abaixocios pontos de ebuli- {lo de qualquer uma das substincia? (d) Em qual subs- Uancia as forcas intermoleculares so maiores? (@) Duas panelas de gua estio em diferentes tempes de tum fogao. Uma panela ce dgua esté fervendlo vigoresa- ‘mente, enquanto a outra ferve suavemente. O que se pode dizer sobre a temperatura da gua nas duas pane- |as? (b) Um grande recpiente de agua e um pequeno es- #0 8 mesma temperatura. O que se pode dizer sabre as ppressoes ce vapor relativas da 4gua nosis recipientes? 1.36 409 lacionadas na Tabela 11.5 podem ser liquefeitas 3 temperatura do nitrogenio Iiquido (196°C)? As temperaturas criticas (K) e presabes (atm) de uma série de metanos halogenados so as seguintes: Composto CCLF COLE, CCIF, CF, Temperatura critica 471_—«S85—=« ORS Pressio critica 435406 382370 uaa 143 44 a5 1146 (@) Em geral a que vocé pode dizer sobre a variagio das forgas intermoleculares nessa série? (b) Quais tipos es ppecificos de forcas intermoleculares sa mais provaveis ‘de explicarem a maior parte da variagao.em parimetros ceriticas nessa série? Explique as seguintes obsorvagbes: (a) a gua evapora ‘mais rapidamente em um dia quente e seco do que em. uum dia quentee timido. (b) £ mais demorado preparar vos cozidios em altasaltitudes do que em baixasaltitu des. (a) Use a curva de pressio de vapor na Figura 11.22 para caleular o ponto de ebulicio do éter dietilico a 400, torr. (b) Use a tabela de pressio de vapor no Apéndlice Bpara determinaro ponto de ebuligao da agua quando a pressio extema for 25 torr. {@) Suponha que a pressio dentro de uma panela de pressio chegue a 1.2 atm. Utilizando a tabela de pres- slo de vapor no Apéndice B,calcule a temperatura na qual a gua entrar em ebuligio. (b) Use a curva de press de vapor na Figura 11.22 para calcular a pres- so externa sob a qual o cool etlico entraré em ebuli- go 470°C, ‘O Monte Denali, no Alasca, 60 pico mais alto nos Esta- ‘dos Unidos (20-320 pé). (a) Sea pressio barométrica no topo da montanha for 340 torr, a qual temperatura a ‘gua entraré em ebuligio 16? Consulte 0 Apéndice B. (©) Sea temperatura no topo for 12°C, um recipiente de éter dietilico sofreria maior pressao que a pressao atmosférica local? (Veja a Figura 11.22) Reno, em Nevada, esta aproximadamente 4.500 pés ‘cima do nivel do mar. (a) Se a pressao barométrica for £680 mm Hg em Reno, quel temperatura a gua entra rem ebulicio? Consuite o Apéndice B. (b) O que vose podedizer sobre as energias cinéticas médias das molé- cnlas de égua no ponto de ebulicio em Reno quando comparadas com as do ponto de ebuligéo em Chicago, ‘onde. pressdo barométtica € 752 mm Hg? Se voeé acre dita queas energias cinéticas médias sio diferentes, ex- plique como a ebulicdo da 4gua pode ocorrer 8s das ‘energias cinéticas médias diferentes das moléculas de gua 410 (Quimica: a ei@ncia central Diagramas de fases 1147 Em um diagrama de fases, por quea linha que separa as fases gasosae liquida se finda em vez de para pressao e temperatura ininits? 11.48 (a) Qual o significado do ponto teiplo em umn dingrama de fases? (b) Voce poteria medir o ponto triplo da agua ‘medindo a temperatura em. um recipiente no qual va- por dedgua, gua liquida e elo estao em equilibrio sob ‘uma atmosfera de ar? Explique. 1149 Consulte a Figura 11,27(a) e descreva todas as mudan- 88 de fae que ocorreriam em cada um dos seguintes «casos: (a) vaporde dgua originalmentea 10 » 10° aime ~0,10°C 6 vagarosamente comprimido & temperatura constante até a pressdo inal de 10 atm. (b) Agua origi- ralmente a 100,0 °C ¢ 0,50 atm é resfrada a pressao constante até que a temperatura chegue a ~ 10°C. 11.50 Consulte a Figura 1127(b) e descreva as mudangas de fase (eas temperaturasnas quais elas ocorrem) quandoo (CO, €aquecico de— 80°C para 20°C fa)apressio cons. {ante de 3 atm; (b) a pressio constante de 6 atm. Estruturas dos sélidos 11.53 De que mado um sélido amorfo difere de um cristali- no? Dé um exemple de sélido amorfo, 11.54 A silica amorfa tem densidade de aproximadamente 2,2,/em’, ao passo quea densidade do quartzo cristali- no € 2,65 g/cm’. Fsclareca essa diferenca de densida- des. O que é uma célula unitéria? Quais as propriedades que ela possui? 11.56 A perovskita, um mineral composto deCa, OeTi, tema célula unitéria etbiea mostrada na ilustracdo. Qual é a formula quimica deste mineral? @ catcio @ Ovisénio ® Titanio 11.37 Os elementos xondnio e ouro tém ambos estruturas no estado sélido que consistem em arranjos de empacota- 'mentos densos cubicos de dtomos. Mesmo assim, Xe se funde a 112 ‘Ce ouro se funde a 1.064 °C. Esclareea essa enorme diferenca nos pontos de fusio, 11.58 O ratilo ¢ um mineral composto de Ti e O, Sua cétula unitéria, mostrada na dustragio, contém atomos de Ti fem cada vértice e um stomo de Ti no centro da célula Quatro atmos de O estao nas faces opostas da célula,e dois estao completamente dentro dela. (a) Qual é2 f6r- ‘mula quimica desse mineral? (b) Qual é a natureza da ligagio que mantém o s6lido unido? 1151 Os pontos de fusdo e de ebuliglo normais do xen6nio si0-112°C e-107°C, respectivamente. Seu ponto rip €a-121 °Ce282tom,eseupontocaitico6al66°Ce7, atm. (a) Faca um esboco do diagrama de fases para mostrando os quatro pontos dados e indicando a 6 na gual cada fase é estével.(b) Qual é mais denso, Xe 4 Xe()? () Seo gis de Xe for resfriado sob uma p sio externa de 100 tor, ele sofrerd condensagao ou depasicio? Explique. 11.52 Os pontos de fusio e de ebulicio normais do O, 218°C e-183°C, respectivamente. Seu ponto triplo é= -219°C 01,14 tors, eseu ponto critic é4~119 °C e4, atm. (a) Exboce o diagrama de fases para O, most €s quatro pontos dadiose indicando a érea.na qual cade fase 6 estavel.(b)O,(9) flutuard em 0.0? Justfique sus resposta c) Aoser aquecido, Ox sdlido sublimaré ou funciné sob uma pressao de 1 atm? SS 2 @ 2 111.59 O iii eristaliza-s com uma célula unitéiacuica de face entrada que tem umaaresta de3833 A de compri- ‘mento, © tomo no centro da face esté em conta com o8 atomos dos vértices, como mostrado na figura (2) Calcule o raio atomico de wm étomo de iridio. () Caleule a densidacie da irfdio metalico, @ oxigerio @ Titanio 11.60 O aluminio metélico cristaliza-se com uma estrutura de empacotamento denso exbico (célula ciibiea de face centrada, Figura 11.34). (a) Quantos étomos de aluménio existem em uma eélula unitéria? (b) Qual é ‘© mimero de coordenaco de cada stomo de alumi= nnio? (©) Suponha que os atoms de aluminio possam ser representados como esieras, como mostrado no desenho do Exercicio 11.59. Se cada étomo de Al tems um raio de1,43 A, qual €ocomprimento de uma ares- tada célula unitaria? (4) Calcule a densidade do alu ‘minio metalico. 1 Um elemento cristaliza-se em uma rede cuibica de co ppo centracdlo. A aresta da oslula unitaria € 286 A,e a Ee Tenaldededo cristal €7.9 g/cm’ Calcul a massa a> = ties co element, aa 162 KCl tom a esinaestrutura do NaCl. O comprimento os dacelle uitava€ 628pm. A densdade de KCLE1984

Você também pode gostar