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ste guia traz informa- ges valiosas sobre o bai- xo, como cuidados e repa- ros essenciais, assim como 6 estudo da anatomia do instrumento, principais ca- racteristicas, defeitos mais comuns e suas solugdes. * Destina-sea quem queira conhecer melhor seu instru- mento e estar preparado para detectar problemas e em alguns momentos até solucioné-los, ou entao s ber os possiveis proce mentos que um técnico es- pecializado adotard. * Aprendizes de luthier tam- bém se beneficiarao do con- tetido deste Guia, devidoaos seus capitulosilustrados para melhor compreensao a res- peito debrago, captadores, sis- tema elétrico, pontes regulagens. Edmar Luighi é muisico e técnico em audio desde 1980. E luthier io dos anos 90, e profissional autorizado de diversas marcas. Desde 1999 é colunista da revista Cover Guitarra, ea partir de 2004 também da revista Cover Baixo, além de autor do livro Guia Ilustrado da Guitarra, desde o Edmar Luighi Guia Tlustrado do Baixo MAnuAL DE CONHECIMENTOS E REpAROS EssENCIAIS {6 GUIA LUSTRADO DO BANO wweditorahmp.com.br Autor Edmar Luighi (wwivedmarluighi.com.b:) Fotografia ‘Tacyana Alves Guwew.catyanaalves.fot.br) Arte Editora HMP- Daniela Fogaga Salvador Revisio ¢ edigao de texto ‘Adriana Natali Impresso pelo processo direct-to-plate por Prol Editora Grafica Ltda. Dados Internacionais de Catalogacéo na Publicacéo ( CIP) (Camara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Luighi, Edmar Edmar Luighi; [fotografia Tatyana Alves). - So Paulo: Editora HMP, 2004 1. Contrabaixo I. Alves, Tatyana. IL. Titulo. Guia ilustrado do baixo: manual de conhecimentos e reparos essenciais / 04-6170 cDD-787.519 indices para catalogo sistematico: 1. Contrabaixo: Instrumentos musicais: Misica 787.519 SULA LUSTaNDO 00 BAKO +7 Indice 08 10 12 14 32 50 62 70 82 94 Introducéo Anatomia do baixo Outros tipos de baixo Cap. 1 © Braco: anatomia, problemas e solugoes Cap. 2 © Regulagem Geral Cap. 3 © Captadores e sistema elétrico Cap. 4 © Pontes: Funcionalidades e materiais integrados Cap. 5 * Procedimentos de manutengéo periddica Cap. 6 © Faca vocé mesmo Glossirio LUSTRADO 90 BAXO itroducao inal dos anos 40, alguns baixistas, _cecnol6gicos, o baixo elétrico passou por mitados a enormes instrumentos _intimeras melhorias com relagio a0 tipo s, comegaram a uitos eletrdnicos, cons- sados ¢ ligi-los em amplificadores _trugZ0, madeiras empregadas, pontes ¢ los para tercm scus instrumentos _ tarraxas, até chegat aos dias atuais. ‘onoridade ampliada, uma vez que funcionamento genético de um nnerabaixos aciisticos apresentavam —_conttabaixo elétrico e macigo consiste em captadores de capragio cit inconvenientes para pequenas for- corpo e brago fabricados em madeira, so- rmusicais por causa de eu tamanho bre os quais, quatto, cinco ou seis cordas ixasonotidade—secomparado com de ago repousam sobre dois apoios, cha- 1a elétrica -, 0 que obrigava esses adios de ponte e capotraste, Elas so ten- rentistas a colocar microfones para cionadas pelas tarraxas até que atinjam a aplificagio maior do instrumento. _afinagio desejada. sado nisso, Clarence Leo Fender, Os captadores sio colocadas sob essas 1m eletrOnica de ridiose criador da _cordas e absorvem diretamente suas vibra- 1 elétrica que levava seu nome, co- bes, transformando-as em impulsos eléi- atrabalhar num protétipo de bai- cos de corrente alternada, que sio levados trico, em 1950. O primeiro ao amplificador, que por sua vez transfor- baixo macico dele, o Fender — massa energia em ondas sonoras. an, entrou em produsao em 1951 A diferensa entre 0 contrabaixo eléttico nas dois anos, o instrumento ha- _ € 0 actistico no quesito qualidade sonora é ransformado em grande sucesso. queo primeiro, por possuir o corpo sélido, recision foi escolhido porque pos- nao proporciona microfonias quando cap- astes na escala, a0 contrdrio do seu tad. Jé 0s acisticos, quando sua sonorida- ‘sor, 0 aciistico, permitindo que as de é capturada, seja por captadores ou mi- ‘assem obtidas com “precisio”. ser feito com as ter minagdes superiores dos imas dos capta- dores, caso sejam aparentes (foro 10) Essas cerminagées podem enferrujar por causa do suor do instrumentista ¢ da umidade do ar. Na que isso traga proble: mas 20 som, mas o aspecto estético fica comprometido, No préximo capitulo, vocé encontrar dit minimizar esse problema s de como Foto 10 PROCEDIMENTOS PARA MANUTENCAO PERIODICA » 79 Limpeza do corpo do contrabaixo Novamence usando a escova de sapatos de cerdas macias ou do pe- queno espanador, reti- re cuidadosamente a pocira para nao provo- car nenhum dano a pintura, em seuida, encere-o. Nao se deve usar com freq{iéncia ce- aquelas com grande abrasividade. Esse tipo de polimento é melhor deixer a cargo de sew uthi ou utilizar com maior respensabilidade. Sugiro polidores menos abrasivos, destinados exclusivamente a esse fim. De modo geral, eles sao en- contrados em lojas de sicais. Pergunte a seu luthier de confianga, quais ele su- gere. De pos se de um de- les, coloque algumas gotas num chumago de algodao hidré: filo (0 mesmo usado para curativos) © espalhe por todo 0 corpo do instrumen- to (foto 11). Alguns minutos depois, re- tire e dé brilho com um pouco de algo- dao seco, terminando 0 polimento No momento de encerar, nfo ¢ con veniente o uso da flanela. Afinal, pode haver algum detrito ou sujeira abrasiva nla que poderé riscar seu contrabaixo. Esse risco € minimizado com o uso do algodio, pois depois de usado, normal- mente ele é jogado fora A parte de tris do brago deve ser limpa com algodo seco (foto 12). A uilizagao de cera ou polidores segura a agao da mao de certos musicos, Isso acontece quando 0 suor se mistura com o produto aplicado, crian- do uma espécie de “cole”, que restringe um pouco a tocabilidade. Entretanto, nao é sempre que 0 suor provoca isso, lis, esse fator pode variar de mtisico para mtsico. Os escudos também podem ser ence- rados com polidores ¢ algodao. ac iL {0 » GUIAILUSTRADO DO BAD Colocagao de cordas Agora é 0 momento da colocagio das cordas novas. Sugiro sempre aos meus clientes que cortem um peque- no pedago das cordas (foto 13) para que nJo sejam enroladas totalmente nas tarraxas © gerem dificuldades na estabilizagio da afinagao. E verdade que comprimentos maiores si0 mais litcis quando as cordas se arrebentam, pois as vezes ha a possibilidade de reaproveitamento. Entretanto, cordas compridas podem comprometer a fi- xagao répida da afinagao. As cordas devem ser colocadas den- tro do orificio localizado no centro da tarraxa (foto 14), em seguida puxada para baixo (foro 15). Coma outra mao, site a tarraxa para fixacio da corda (foro 16). Embora possa patecer obvio, éim- portante esclarecer que nao se deve dar nenhum tipo de né para fixar as cor- das, Seguindo as instrugées acima, clas se manterdo firmes sem apresentar 05- cilagio fora do comum na afinagzo. rocromewosamnaurencio rcor-o: ll Conservagio das cordas Quanto & conservacio, é importance saber que sua durabilidade vai depender também do organismo do instrument que asestiver usando, A quantidade de éci- do tticoexistente no suor determinaré tam- bbém o quanto a corda duraré, assim como tem que velocidade ser o desgaste das pe- «as de metal do instrumento, Existem pes- soas que suam demais nas mos. Essas, mesmo nio tendo excesso de dcido tiico, apenas pela umidade, provocario um des- ‘gaste mais acentuado nas cordas e nas de- mais partes de metal. Mas hé aqueles que suam em demasia: nas maos ¢ tém écido Airco em abundancia, Nesse caso, écomum. que as cordas enferrujem em pouquissimo tempo. Ao menos por enquanto, nao exis- te nenhum liquide milagroso que possa cevitar esse processo de deterioragio. ‘Apés 0 uso do contrabaixo, seque as cordas com um pano que nao solte pélos ~ flanela nao serve. Os produtos dispontveis no mercado nao prolongam muito a vida das cordas. Alguns deles possuem um dleo, para teduzira cortosio, élcoolisopropitico, para limpeza. Lembre-se também de que somente o pano oferece bons resultados. Ele deve ser utilizado desde a troca do ‘encoxdoamento, pois uma vez.comegado 0 processo de corrosio, fica impossvel retro- cedet. Em determinados casos, 0 uso de produtos abrasivos detém 0 processo e as vveves até retira a ferrugem. Entretanto, a sonotidade e a afinagio das cordas ficam ‘comprometidas. Portanto, a limpeza ea se- ‘agem preventiva io a melhor alternativa para a conservacio das cordas. oor onon unten’ Esses procedimentos, se feitos pe- riodicamente, prolongarao a vida ttl de trastes, pontes, parafusos € outros componentes do seu contrabaixo. ‘Com certeza, até prazer de tocar au- ‘mentaré j& que, podem acreditar, a performance de seu instrumento sera Pe ee ee enc Ceca etc ee Cee en cay danificadas em virtude da negligén- eee ee ce Oa ees 4: GUIA WusTRADO Do BADD Ferramentas e utensilios utilizados neste capttulo Ferramen Flanela Tecido macio utilizado para limpar e poli Esmalte incolor de unha Tipo de verniz, utilizado para impermeabilizat unhas e dar 4) britho Oleo de maquina Oleo fino destinado alubrificagio e Imicro-motores ¢ engrenagens Allicate Nat para aperto e (orgies de pecas mais delicadas Cola adesiva instantanea (tipo Super Bonder) O mesmo uti = Utensilio para aquecimento de dgua finagre ilizado ozinha . H vvoct unos fil Palitos de dente Gravetos de madeira para preenchi- mento de orificios de parafuso } Fita adesiva (crepe) Lixas d4gua Fita adesiva Uteasilios de papel com 7 utilizada para isolar abrasividade para nivelamento € Areas que nfo olimento de superficies podem ser sujas ou . , ' vscadas Algodio hidréfilo Algodao utilizado para curativos Alcool isopropilico Alcool bastante puro utilizado para limpeza de componentes letrdnicos por conta de seu poder de evaporagio, e da baixa quantidade de agua Copo de video Superficie de pouca aderéncia para colagem {6 - GUIA LUSTRAO 00 BAKO Reparos de emergéncia em cordas arrebentadas Muitas veres, as cordas de contrabaixo arrebentam préximo ou até mesmo den- tro da tarraxa em fungao das dobras ¢ tor- es que adquirem a0 serem enroladas. Existe um pequeno truque que salvard seu dia no caso de nao ter, ou nao querer, subs- tituir essa corda, E necessirio que voce tenha guar- dado uma corda jé usada, que nao pre- cisa ser exatamente da mesma medida, J Foro 2 mas deve ser préxima. Se quebrara cor- da Ré, por exemplo, pode-se usar uma corda Ré, L& ou Sol do jogo antigo. Passe a ponta da corda quebrada pela “bolinha” da usada que utilizard para este reparo (foto 1). Dobre a quebrada ea torga sobre ela mesma (foro 2). Com a ajuda de um alicate de bico, enrole mais firmemente para que ela nao es- cape com facilidade (foro 3). Entio cologue a emenda sobre uma sue perficie de metal, cerimica ou video—como 0 fundo de um copo (fore 4) —e, com uma cola adesiva instantanea (tipo Super voc! Mest Bonder), espalhe sobre a uniao de ambas (foro 5). Espere alguns segundos até a colagem secar bem, corte 0 excesso da “nova corda” ea ponha novamente na tarraxa (foto ROSCA NA MADEIRA Outro incidente bastante comum é ter de refazera rosca na madeira para os para- fFasos de fixagio do brago. Depois de certo ‘tempo, parafusos que foram retirados ¢¢0- locacos por varias vezes ~ para ajustes ou angulages do brago ~ tendem a nao dar maisaperto (foro 7). Dessa forma, 0 brago fica com folga e podendo causar algumas variagdes na afinacio. 6). Afine o instrumento normalmente, pois voct poderd tocar tranqiiilamente jé que essa emenda nao se soleard com facilidade, 20 menos durante algumas semanas. Foto 6 y © correto € levar 0 instrumento a0 luthier para que ele tape os buracos dos parafusos e os reabra novamente, acaban- do com folga existente. Mas, numa situ- agio de emergéncia, existem alguns pro- cedimentos que podem ser realizados para remediar 0 caso. Retire 0 parafuso com problema (foo 8). Em seguidla, parca alguns palitos de dente i — 88+ GUIAILusTRADO 00 BAIIO 420 meio e os cologue no compartimento do parafuso retirado (foto 5). Pingue algu- ‘mas gotas de cola adesiva instantinea (do tipo Super Bonder) nesse compartimen- to, sobre os palitos (foro 10), para que eles sejam colados. Aguarde alguns minutos para que a cola seque por completo e de- pois reponha o parafuso (foto 11). Voce perceberé que ele entraré na madeira mui- ‘omas firme e preciso, O problema estard resolvido, porém se houver grande repeti- «fo dos movimentos de entrada e safda do cemergencial, muito provavelmente voce nao terd tempo para recorrer a esses mate- tiais. O uso da cola adesiva também surti- 14 bons resultados. Osescuddos do contrabaixo (foro 12) eas tampas dos compartimentos elé- trios (favo 13) podem também apresen- taro mesmo problema das roscas na ma- deira com folga. Os procedimentos a screm segui dos sio semelhantes a0 anterior, po- rém pode ser necessério reduzir um pou- co a espessura do palito (foro 14) com um estilete. Foto 14 Na seqiiéncia, introduza-o no com partimento do parafuso e, com cui- dado, pingue algumas gotas de cola sem | deixar que caiam no escudo (foro 15). ‘Mesmo sendo uma medida eficaz, deve- O ideal € a utilizagao de cola de ma- se adotar esse processo como “pronto-socor- deita com serragem, em lugar da cola ade- ro", ara que seja um procedimento duradou- siva, Entretanto, como é uma situagZo 10, oideal €que seu luthier efetue a operacio. parafuso, esse contratempo retornaré OPINIAO DO AUTOR Os pequenos reparos sugeridos nesse capitulo so para ajudé-los em al- -gumas emergéncias, quando nao puderem contar com a ajuda de profissio- -nais. E importante lembrat que é necessirio um pouco de habilidade ma- nual para realizar quaisquer procedimentos se nao estiverem devidamente CeO este Experimentalismo, algumas vezes, resulta em grandes invengées ¢ inova- ‘ses. Por outro lado, experimentalismo sem instrugao, informagao ¢ bom i Caen Uae ee ee SO SUL OR Cc SE Aguarde alguns minutos e, em se ‘guida, quebre o palito na altura do Foto 15 Pingue algumas gotas de cola no local e aguarde alguns instantes para recolocé-lo, garantindo uma fixagio per- feita, Esses truques valem para qualquer tipo de parafuso tarraxado na madcira, a 20» GUIAILUSTRADO DO. Captadores sempre novos eoee7e Essa dica é p cuidadosos e perfeccionistas com relagio & sa aqueles musicos mais aparéncia de seu instrumento, Os eaptado- res, apés algum tempo de uso, costumam apresentar oxidacio nas extens6es polares (foto 17). Isso nao interfere no som do ins- trumento, mas dé uma aparéncia de terem sido muito usados ou de mal cuidado. Uma ver que a deterioragio do metal comegou por meio da ferrugem, nao hé como retroceder, mas é possivel deté-la Para evitar que ela recomece é necessério Pe) Foto 17 ’ cromar novamente 0 metal, Esses pos en- ferrujam. por causa do suor das mos dos instrumentistas. Quanto mais écido for ou quanto maior a quantidade expelida, maior seré a possibilidade de eles oxidarem. ‘Também existe um truque para me- Ihorar a aparéncia dos capradores. Isole com fita crepe toda a superficie do captador (foto 18) para que os procedi- mentosa seguir nao o agridam. Com uma lixa d’gua de niimero 240, lixe os pélos um a um cuidadosamente (foto 19), até ©geeoe > | cA VOCE MESNO + 94 que a ferrugem seja totalmente elimina da, Em seguida, também com uma lixa gua, s6 que desta vez a de niimero 600 depois com uma de 1200, lixe-os nova ‘mente para poli-los. Apds esses procedi- ‘mentos, limpe os pélos com um peque- ro chumaco de algodao embebido em 4l- cool isopropilico (foro 20). Agora, para Melhorando o timbre de cordas velhas © truque a seguir € para aqueles momentos em que voce tem um en- saio ow uma pequena apresentagio ¢ as cordas de sex contrabaixo ja es- o sem brilho algum 0 tem ou nao quer trocé-las. Esta dica jé utilizada por baixistas mais experientes Retire as cordas do ins- rumento e enrole-s (foto 22). isolar os pélos da umidade do ar para que ele mantenha a nova aparéncia por mais tempo, passe sobre eles esmalte incolor de unha (foto 22). Aguarde alguns minu- tos ¢ aplique uma segunda mao do es- alte sobre os pélos dos captadores. Isso garantiré uma durabilidade maior a essa nova imagem. 92 + GUIA1LUSTRADO DO BALLO Deixe ferver meio litro de gua numa panela. Quando a égua jd estiver em ebuligao coloque cuidado- samente as cordas dentro (foto 23) e as deixe ao fogo por cerca de trés minutos. Foto 23 Knobs emperrados Uma situagio comum e freqiiente € aquela em que o instrumentista quer re- tirar 0s knobs de seu instrumento (foro 25), ‘ou para substtuigio por outro mais novo ou para umaaplicagio de produto quimico para limpeza (ogia capitulo I) ¢ ele néo sai. Al ‘guns knobs possuem parafusos para fixaglo no eixo dos porenciémetrs. Entretanto a- {guns tipos so apenas encaixadas. Ambos 0s ‘modelos, mais feqientemente os encaisa- dos, costumam emperrar apés muito tempo fixados. Iso ocorr porcausada.agio das mas DR are remo-¢fo (foro 26), quase sempre da- | nifica o knob, a madeira, ou ambos. Foto 26 Apés este tempo, adicione uma colher de sopa de vinagre e deixe por aproxi- madamente um minuto, Em seguida, apague o fogo, retire cuidadosamente as cordas da panela e despreze a mistura de gua e vinagre. Seque bem as cordas e ‘em seguida as recoloque no instrumen- toe afine. Perceberd um timbre mais bri- Ihante, semethante ao de cordas novas. Se estas cordas ja no afinavam mui- to bem, apés 0 processo nao obter mai- or éxito. A melhora no timbre perdura- 4 por, no maximo, uma semana. Por- tanto, essa operacao é apenas paliativa. Fervé-la novamente pode fazer 0 brilho volar, entreranto a duragao do resulta- do sera cada vez menor. do misico em aperté-los e pela diferente di- latagio © contragio dos materiais (potenciémetro e knob) devido a mudancas de temperatura. Foto 25, ‘A forma mais adequada para a re !mogao € com a ajuda de uma flane- Ia, que encaixamos a lateral maior por baixo do knob (foro 27) Esse processo pode lantecipar 0 apareci- mento de ferrugem nas cordas. Caso pretenda usé-la por muito mais tempo, sugiro a aplica- Gao periddica (a cada z= trés dias) de dleo de ma quina nas cordas com i um pano (foro 24) que nio solte pélos. >. ep Foto 24 eee ene encom Em seguida una as pontas da lateral ca flanela (foto 28), roo y Z Mantendo juntas todas as pontas da Aanela (foro 29) ‘Como esse proceso tende a desprender a ferrugem ou outros detritos presos a0 encordoamento, é recomendivel que a panela utlizada para a operagio nao scja AGA Voce MSMO » 93 \ Puxe 0 knob até remové-lo. (foto 30) Perceberé que no houve dano al- gum nem ao knob nem a madeira ou a0 potenciémetro. Se nao conseguir a re- ‘mogio com esse método, sugiro que leve (6 seu instrumento até seu luthier para que ele solucione o problema. ‘94 = GUIA D0 BAO Glossario Abaulamento: nome dado &curvaturaencon- trada no brago do instrumento no sentido pa ralelo a0 trast. Abrasividade: qualidade de aspereza, gio alta de cordas: ocorre quando as cordas ficam longe dos trates ‘Ago baixa de cordas: ocorre quando as cor- das ficam préssimas dos tastes. ‘Agio do tensor: operagio efetuada pelo tensor ¢ que ajusta a concavidade ou convexidade do brago. Aglomerado: chapas de madeira fabricadas com particulas de madeira ‘outros materiais aglutinados por uma re- sina e prensados posteriormente. Alcoolisopropilico: produto quimico de répi- da evaporagio, usado.em componenteselett- nicos para limpeza epromogio de melhor con- ‘Alnico: nome dado a um tipo de in feito da liga de aluminio, nique ecobalo. ‘Antiménio: elemento quimico de aspec- to metilico, utilizado na fabricacao de al- gumas pontes, ‘Arqueamento: palavra que se refére a0 as- pecto de arco que alguns bragos de instr. ‘mentos adquirem, Benzina: produto quimico de répida eva- poragio cuja finalidade & limpar compo- nentes eletrOnicos. Bobina: nome dado ao agrupamento de es- piraisdeum condutor elético, envoltos num fe que, nesse caso, funciona como um captador simples. Bobina dupla: nome genético dado a um ‘aptador humbucker que possi duas bobinas. Bridge: nome em inglés dado & ponte de instrumento. Capotraste (nut): pega de plistco, oss0 ani- ‘mal, metal ou fibrade earbono, quese aloja no comego da escal, sob as cordas. (Captador magnético: componente do inser mento que caprao som das cordas es enviaa ‘um ampificado ‘Case: nome em inglés dado ao esto de prote- ‘gio que serve para transportar guitars, vio- bes e contrabaixos ‘Cedro: érvore de grande porte, sem ramilica- ‘gio, da familia das melidceas, Sua madeira, de peso moderado, coloracio médiaecasca gros- sa boa para marcenaria, escultura e constru- ‘Go de compos de instrumentos. O cedro éen- ‘ontrado em abundincia aqui no Bra CChave de fenda: ferramenta que serve para ‘movimentar parafsos cua cabesa sea no for- ‘mato de uma fenda, CChave Philips: ferramenta que serve para movimentar parafsos cuja cabecaseja no for- ‘mato de uma estrela de quatro pontas. have Allen: ferramenta comumente em for- ‘mato "L” que tema fingio de colocar e retirar pparafisos cua cabera tenho encaixesextavado pparaachave. have de comutagio de captadores: compo- nente que aciona captadorsisoadamente ou em grupo. Compensado: nome dado a uma chapa de madera formada por virias outras mais finas colads,resinadase prensa. ‘Cordas de ago: fos de metal destinados a0 uso «mn guitaras, vol6es e contrabaixos. Comresio: desgaste de um material provocado pela aio de agentes externas, como a oxida ‘fo, por exemplo. Empenamento: expressio usada para indicar forma cbncava ou convexa excessiva apresen- tada no brago do instrument Enrolamento: expressio que se efere 4 quan- tidade e ao objetivo das espiras enroladas no {ima do captador. Escudo: placa feita em plistico, metal ou ‘madeira que tem como objetivo adornar, proteger ou campar determinadas freas do instrumenco, Ferro de solda:feramentaeltica quederrete estanho com o objetivo de soldat ose com- ponentes eletrénicos, Fibra de carbono: material moldado, leve © muito resistente, ulzado para con bragp, corpo eacessros de instumentos Fira de vido (fiber glass): material sintético cde muita resistncia, utilizado para confeesi0 de brago e corpo de instrumentos. Formao: ferramenta uclizada para entalhes ¢ cortes de preciso. Fret works palavra em inglés que significa “rasta”, ou sea, trabalho efetuado nos trastes do instrumento para alinhs-los, nive-los ¢ retiraros amassados. Fretless: palavra do inglés que indica ausénca de trastes no instrumento, Hand Made: expresio em inglés que sgnii-

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