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BIBLIOTECA ERNESTO VON RUCKERT | | GUPLEMENTO DOS TOPICOS AVANCADOS R 398 aoe OT 1.04 4969 Cutter cDD FeT=SeT=CeA TOPICOS AVANCADOS _D0_P_S_S_C INQICE CAP.1 - MOMENTO ANGULAR E SUA CONSERVACAO 1. Led das areas iguais t Momento angular 3 . Energia, momento angular e tnajfetoria 4 Caso especial: o movimento dos satdkites 5. Momento angufan: um vetor? 6 7 8 . Conservagado do momento angular para corpos Antenagindo. A notagdo dos corpas rigidos. Momento angulan dos conrpos rigidos: Momento de inércia. 9 . Torque - Razdo da variag&o do momento anguédn. 10 . Momento angular orbital e Spin 41. Conservacado do momento angular em gerat, 12 . Sepanagao do movimento do centro de massa. 13 . ProbLemas. TRODUCAO:- ‘ ¥ Mania da Conceieao Ganreau REVISAO:- Prof: Welfane Cordeiro Paok: TheodoLindo Soares DESENHOS+-Vanokedo Acconsé 0bs:- Esta PubLicagdo @ pana uso interno e exclusive da EPCAR, nado sendo peamitida a reprodugao ou venda da mesma. LET DA IGUALDADE DAS AREAS: Ja estudamos varios exemplos de movimento rotativo: movdmenl to cinculan unigorme, movimento eLiptico que 04 planetas executam am ténno do sof, 0 movimento de um péndulo que se balanga em um curl $0 eliption. As frgas que atuam no objeto que se move, embora dé-| ferentes, tam uma propriedade em comum: s&o fOrgas centrais - isto %, cada uma & dinigida para um ponto gixo no espago, Em nossos exel plos @48e8 pontos sao, respectivamente, o centro do cinculo, um dod) §ac0s da elipsc, @ 0 centro da etipse. Em todos Gases casos versa camos a aplicagdo da Lei de Kepler da iguatdade das areas. Isto 2, em inteavalos de tempos iguais as arcas cobertas pelo vetonr posicad que vai do centno de forga ao objeto em movimento,sdo iguats. A §ég. 1 mostra dods exemplos do movimento de uma barra ma gnética suspensa do teto, num campo de um iman gixo. 06 detathes day disposigado sdo viston na gig. 2, Fazendo-se as devidas medidas nas fotogragias, pode-se verifican que a Led da iguatdade das aneas @ também aplicada nestes casos. E, pontanto, pergeitamente Logico supor que a Led da igual dade das ancas se apLique a todos 08 movimentos que provém de um §dnga centnal. Na verdade, podemos demonstaan que ela wm déretamen te da Led dos movimentos, de Newton. Por 1840, consideremos, primed namente, o movémento de um corpo S66 0 qual uma forga intermintent age durante curtos periodos de tempo. Podemos imaginak um cokpo a movdmento que recebeu um impulso viokento, digamos, cada segundo .To dos 08 impulsos estdo dinigidos para um centno fixo, mas podem te qualquer valor, Uma trajetoria possivel (ou provavel) do corpo s0b estas condigdes & demonstaado na fig. 3. 0 corpo se poe em movimento on "A" @ se move com uma velocidade constante até "B" em uma unidade e2= de tempo, Em "B" necebe um impulso na dinegao de "0" @ dad se movel, com uma velocidade diferente (constante) ate™"C" Em "C" necebe ou- tho impulso para "0" e, portanto, continua se movendo até "D", Vis- to que 0s impulsos dados om intervatos de tempo iguais, podemos es- cother a escata de vetocidade de modo que os vetonres AB, BC, etc., Aepresentem a velocidade do objc‘o nas unidades apropriadas, 04 ve- Zones mostrados pelas Linhas pontif€hadas sao as mudangas de veloci- dade causadas pelo impulso das forgas que atuam em B, C, ete. Porque o impulso dado ao corpo om B cata na dinegdo BO, ele deixa 0 vetor componente da velocidade AB perpendicular a BT, imutal vel. Isto @, 0 vetonr componente AP de AB antes do impulso @ 0 mesmo que o vetor Oe de BR da velocidade Be antes do impulso em C @ igual ao vetor componen| te de SD depois do impulso. As Greas vannidas pelo destocamento do vetor por unidade de| tempo, sao iguais Gs areas dos tridngulos 0AB, OBC, OCD, etc Veja- mos, primeinto, os thidngulos 0AB e OBC. E£es tim uma base comum 0B, e@ acabamos de ver que suas alturas AP e OC sao iguais; dat os dois BC depois do impulso. Assim, o veton componente tridngulos tém areas iguais. Vejamos agora 0s tridngulos OBC e OCD. Venigicamos que tem também uma base comum OC e@ que as alturas BR=SD, portanto OCD = OBC = 0AB, 0 mesmo raciocénio demonstna que todos os triangulos sucessivos tém areas iguais, Vemos, portanto, que a Led da iguatdade das areas continua demonstnrando sua veracidade. 0 ponto crucial na nosso "prova" @ baseada na natureza cen- thal dos impulsos sucessivos, todos 04 quais sao dinigidos para 0 ponto 0. Quantos impulsos sG0 dadospor segundo, ou quak é a sua du- hagdo, n@o nos interessa aqué, 04 émpulsos recebidos em B, Ce D, por exemplo, sao todos diferentes, o recebido om D & zero. E a proprie- dade central da forga intermitente que nos ganante que o veton com- ponenteda velocédade perpendicular a@ Linha, do centro, & inaltendve| Na verdade, temos f0xgas que atuam constantemente e fazem o corpo se mover atnaves de uma thajetoria curva, Mas sempre podemos aproximar @se curso (ou percurso) por um outro composto de varios Aegmentos retos pequenods e@ aplicar a nossa prova a @ste curso angu- fan Tornando 04 segmentos cada vez menores nos aproximanemos tanto RA Fig. 4 quanto desejarmos do curso real, MOMENTUM ANGULAR Podemos acedtan a Led da iguatdaderdas areas como uma exten| Ado da Let de inercia de Galileu: na auxéncia de qualquer fdrca(naol em equilibrio) a velocidade de um objeto permanece constante.Em pel Senga de uma {6rga central a velocidade mudc, mas 0 pacduto do verr desfocamento da f6r¢a central vézes a componente perpendicueanr dal velocidade, peramanece constante rv, constante, (Esta constante Zé © débro da area percorrida por unidade de tempo), A massa do corpo em movimento nao aparece em nenhuma dessas duas Leis, Usamos quantidades com v e Avy quando descaevemos o movi- mento de um corpo, Quando desejamos reLacionan o movimento a for- $44, a massa se tonna um gator importante. Introduzimos o momentum P = mo e@ descobrimos que para corpos intenagindo o momento total @ conservado enquanto que a soma das velocidades nao 0 é Da mesma forma introduzimos a quantidade L = Ap, = mAvy, @ quak damos o nome de momento angular . Veremos brevemente (na Segdo 6) que sob cin- cunstancias favoraveds o momento angular total perxmanece constante também pata o& corpos om interagdo, enquanto que a soma individual Avy, nao permanece, : Na $49, 4, notamos que o produto rv, @ igual ao produto ayy visto que qualquer um dos dois & 0 débro da area do tnidngulc OAB, Podemos também escacver o mesmo produto simpLesmente como rv sen 0. Usanemos isto para escrever L = may; © masv = may sen 6, para nossa convendéncia, Observe que a definicao de momento angular contém ve- ton %, que & medido de um determinado ponto. Assim, mesmo um corpo simples om movimento com velocidade eonstante tem, garatmente, vate| nes de momento angular diferentes, dependendo do ponto ao qual se nefere, * Algumas vezes nos negerimos ao momentum p como momento. Line| an para distingul-Lo do momento angular Continuaremos a chama-Lo SimpLesmente de momentum, 3. we ENERGIA, MOMENTO ANGULAR E TRAJETORIAS A energia total (cinética mais potencial) de um cohpo em mo vimento num campo de {orga central permanece constante durante +6-| da a trajetéria, Assim também o momento angular de um compo quanto ao centao da f6nga. Pana valores diferentes da energia e do momento} angular deviamos esperar thafeirias diferentes Considene, por exemplo, o movimento de uma partdcula alfa no campo de um nicleo de oudo. Perto do niicfeo a particula alfa s¢| move num campo de fdxga de repulsdo, (Veja PSSC, capitulo 32) A me-| dida que se aproxima do niceo do ouro sua energia cinética diminut| @ a energia potencial aumenta, At@ quando poderd a pantieula alfa se| aproximan do nieleo? A conservagdo da energia nos diz que, na me- Lhor das hipdteses, podera se aproximan ate que téda a sua energia cinética inicial (que possuia quando afastada do niickeo) sefa con - ventida em energia potencial; 1 2) tee mu” indeiag = U Aquela distancia a panticula alfa estana em repouso; nao tem portanto, momento angular, A conservagao do momento angular diz-nos que a particula alfa ndo tinha, em prineZpio, momento angular, isto @ may, = 0, Desde que r nao @ zero, entao Wr 0, ea particula alfa estava se movendo dinetamente em dinegdo ao niackeo do ounro(sig 5). Se, ao contnario, a particula alfa (comegando com a mesma velo- cidade) nao esta, iniciatmente, se movendo em ditegdo ao nacleo,en- tio tem, necessarcamente, momento angular, Se o seu objetivo esta G distancia "b", 0 momento angular da pantieular alfa em volta do nia cleo & Los mau, = mut = mv inioiak b, Vemos, imediatamente, que a particula alfa nao chegara tio pertovdo nicLeo quanto antes porque a distancia mais cunta r' have- Ad uma vekocidade Uy* tal que ma'y;' = mu (indedal) b. Consequente- mente, hd sempre enorgia cinetica, e para uma f0rga de repulsdo is- to significa que a particula alga nunca se aproxima tanto quanto de versa quando nado tem momento angular. (fig.5). Vemos que duas parti- culas alfa aproximando-se do mesmo nuckeo na mesma dinecdo, com a mesma Energia cindtica, terao tnajetorias diferentes se tiverem mo- mentos angufares diferentes, em relacgdo ao nicteo, 4. UM CASO ESPECIAL: 0 MOVIMENTO DOS SATELITES Na seg@o anterior discutimos qualitativamente a refagado en- tre energia, momento angular, e a thafetoria de um objeto em movi- mento num campo de fora central, Para os movimentos dos satelites estudaremos esta reLagdo detalLhadamente, Em nossos calculos usanemos apenas a dependéncia da {6rga de gravidade;cem o inverso do quadnado da distancia; noses conckusoes serdo validas para qualquer outna orga que obedece. al fed do inverso do quadrado e em particular para fOrgas eLetricas. Como sabemos, o& satebites da terra se movem om drbitas eli pticas tendo a terra como f6c0. Uma ellipse & definida como o ugar dos pontos P de tal forma que a soma das déstancias de P a cada um dospontos 4ix0s (conhecidos como "foe0") &@ uma constante 2a(fig. 6), Cada elipse poderd ser canacterizada por este comprimento constante| @ pela sepanacao 2c dos foc0s. Uma eLipse também pode sen descnita om ténmos do semi-cixro, maior a e do semi-cixo menor b. A relagdo entre os dods & demons tral da na $ig,6 Como estdo relacionados a e b a enengia totak E e 0 momen| to angufan 1 do satelite? Primeino acharemos uma equagdo que reLa- cionana Ee L | Decompomos a velocidade do satelite V em duas dinecdes, uma Segundo o vetonr de posigdo, e outna perpendicular a éke. vev.+u ($49.7) @ a energia cinetica poderd ser esanita como. Splat ay, ane Expressamos agora v, em téamos do momento angular L: Dai v? Sean ink € inserimos a exprecsdo pana vi na equacdo para Ep: 1 = us Ep ym, + —+5 bs es, Fae | A energia total sera, entéo: : Back Alas iy te ia cone ft ete er eee er et % onde Mem sa0 as massas da terra e do satelite, respectivamente, e =be Ga constante de gravitagdo universal. Esta expnressdo para a ener- gia @ valida para todos 04 pontos da bxbita, Nos pontos mais afasta dos e mais proximos da terra v, = 0, Denomdnaremos as distancias a Estes pontos como %,, Assim, nésses pontos, a expressao para a ener gia fica reduzida at . cg & amr No - 2 MuLtipLicando ambos 0s téxmos por “o_ , enconthamos uma quagao do 29 grau em r,, Gin fd EuaSE>

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