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Falha por Fadiga Resultante de Carregamento Varidvel CapiTULO 71 Introdugéio é Fadiga em Metais 302 7-2. | Abordagem da Felha por Fadiga em Andlise e Projelo 303 7-3 | Métodos da Vida sob Fadiga 309 7-4 Método da Vida sob Tensdo 309 7-5 Método da Vida sob Deformagéo 311 7-6 | Método da Mectinica de Froturas Linear Eléstica 314 7-7 Limite de Resisténcia 317 7-8 Resisténcia &Fadiga 319 7-9. | Fotores Modificadores do Limite de Resisténcia 32] 7-10 | Concentragao de Tensio e Sensibilidade a Entalhe 328 7-11 | Caracterizagdo de Tensées Flutvantes 336 7-12 Critérios de Falha por Fadiga sob Tensdes Flutuantes 338 7AZ Resisténcia & Fadiga Torcional sob Tensées Flutvantes 352 7-14 | Combinagies de Modos de Corregamento 352 7-15 Tensdes Flutuantes e Varidveis; Dano Cumulative de Fadiga 355 7-16 | Resisiincia & Fadiga de Superficie 360 FAT Anélise Estocéstica 363 902 _ Panto ve Evcowuna Mecinice Np .contle 6 consideraros nie eo poet de pegs ues capa to etic. O comp, tamento das pecas de maquina ¢ inteiramente diferente quando estio sujeitas a cartegamento que vay, ‘com o tempo, Neste capitulo, examinaremos como peeas falham sob carregamento varidvel e como dimey, siond-las para resistirem com éxito a tais condigdes. 7-1 Intreducéo 4 Fadiga em Metais [Na maioria dos ensaios daquelas propriedades dos materiais que se relacionam com o diagram de tense deformagio, a carga éaplicada gradualmente, a fim de que haja tempo para que a deformacao se desen, vade forma plena. Além disso, oespécime &ensaiado até a sua destrigao, de modo que as tensbes so ap, cadas somente uma vez. Ensaios desse género sf apliives, entfo, ao que conhecemios como condiges ey Idticas; tis condig&es aproximam-se muito das condigoes reais quais muitos membros estutuais ee quina esto sujetos. i Freqlientemente surge, contudo, a condigGo na qual as tensbes variam ou Mutuam ent nives. Br «exemplo, uma determinada fibra na superficie de um eixorotante,sueita aco de cargas de flexo,passape tragio e compresséo para cada revolugdo do eixo. Se esse eixo € parte de um motor elético que rodaa ITS rpm fibraétensionada em trae compressio 1725 vezes a cada minuto, Se, além disso, o€ix0 € ambi carregado axialmente (como seria por exemplo, por uma engrenagem helicoidal ou sem-fim), uma compo. nente axial da tensio é sobreposta 4 componente de flexdio, Nesse caso, sempre haverd alguma tensio em ‘qualquer fbra, mas agora o nf! de tensioé flutuante.Essese outros géneros de caregamento em membre, ‘de miquina produzem tenses que slo chamadas varidveis, reperidas,alremantes ou litwantes | t | ‘Com freqincia se descobre que memiros de maquina fatharam sob a agio de tenses repetidas ou tuantes; todavia, uma anzlise mais cuidadosa revela que as tensbes reais méximas estavam bem absixoéa resistEncia éltima do material e, muito seguidamente, abaixo mesmo da resistencia 20 escoamento. & carie. {eristica mais distinguivel dessasfalhas € que as tenses foram repetidas muitas e muitas vezes. Dai a fala ser denominada falha por fadiga. i Quando pecas de maquina fatham estaticamente, em geral desenvolvem uma deflexdio muito gam de, visto que a tensio excedeu & resisténcia ao escoamento, ea peca ¢trocada antes que afraturarealmes- te ocorra, Assim, muitas falhas estiticas dao um aviso visivel antecipadamente, No entanto, 0 mesmo nie ‘corre com a falha por fadiga! Ela é sibitae total - portanto, perigose. E relativamente simples projeur’ | contra uma falha estitica, pois nosso conhecimento € amplo. J a fadiga ¢ um fendmeno mais complice do, apenas parcialmente entendido, que exige dos engenheiros o méximo conhecimento possivel sobreo assunto, ‘As falhas por fadiga t8m aparéncia similar & de uma fratura frégil, uma ver que as superticies de fr tura sio planas e perpendiculares ao eixo de tensio, com a auséneia de estric¢io. As caracteristicas de rath 1a de uma falha por fadiga, contudo, sio bem diferentes daquelas de uma fratura fréil esttica,surgindode Ités estdgios de desenvolvimento, O estdgio I corresponde ao inicio de uma ou mais microtrincas, causeds por deformagio plistica cilica seguida de propagacio cristalogréfica estendendo-se por dois a cince g relativamente a origem. As trincas do estégio I ndo sao normalmente discerniveis a olho nu. O estégiol! ‘compreende a progressio de micro a macrotrincas, formando superficies de fratura com plat6s paralelos, parados por sulcos também paralelos. Tas plats so normalmente lisos e normais na ditee20 da maxima tensio de taco. Essas superficies podem ser onduladas ¢ escuras eter bandas leves conhecidas como mat eas de praia ou marcas de concha de ostra, como visto na Figura 7-1. Durante o carregamento ciclico tis superfices fissuradas abrem e fecham, rogando-se umas nas outras, ¢ a aparéncia das marcas de praia de pende das mudangas no nivel ena frequéncia do carregamento, bem como da natureza corrosiva do meio.0 estdgio IH ocorre no ciclo de carga final, quando o material remanescente no pode suportar as carga. sultando em fratura répida e repentina. Uma falha de estigio III pode ser frégil, dctit ou uma combinas® ‘de ambas. Com bastante freqiléncia, as marcas de praia, caso existentes, eos padrées possiveis na frturade estdgio II, denominados lias de divisa, apontam para a origem das trincas inciais. Hid muito a ser aprendido a partir dos padrdes de frarura provenientes da falha por fadiga.' A Figura 72 | mostra representagSes de superfcies de falha de geometrias de vias pecas sob diferentes condicBes de cart zamento e niveis de concentragdo de tensio, Observe que, no caso da flexdo rotacional, até a direcdo de rot ‘0 influencia o padrao de falha A falha por fadiga deve-se & formagao de trinca ¢ propagagao. Uma trinca de fadiga tea inicio, tip ‘mente, em uma descontinuidade no material em que a tensdo ciliea é méxima, As descontinuidades pose surgir devido aos seguintes ftores: " Ver ASM Handbook, Fratograpy. ASM International, Metals Park, Ohio vol 12. th ed. 1987 CaP 7 « Fava ror Fane Resuanre oe Cammzcavenro Vanive 303 Figura 7-1 Folha por Fadiga de um parcluso, em decorrénci de Rexdo unidirecional repetido. A falho comegou na roiz da rosco em f ‘A, propogou'se através da maior pare da seccdo ransversal mosiad, como evidenciado pelos marcas de pra em B, tates da flha final por Fratura em C. (De ASM Handbook, vol 12: Fratogrephy, ASM Intemational, Materials Pork, OH, ‘44073-0002, fig, 50, p. 120. Reimpressa com permissdo da ASM International, www.asmintemational org) «# Projeto de mudancas rpidas na secelo transversal, chavetas, furos, ec., em que as eoncentraches de tensio ocorrem, conforme discutido nas Segoes 4-114 e 6-2. ‘© Elementos que rolam e/ou deslizam contra outros (mancais, engrenagens, cames, et.) sob presses 4e contato alta, desenvolvendo tensbes de contato subsuperficiais concentradas (Seguo 4-20) que podem causar formacao de cavidades superfiiais ou lascamento ap6s vétios ciclos de carga, + Descuido com a localizagdo de marcas de idemificagio, marcas de ferramentas, rscos ¢rebarbas;, projeto de juntas malfeto; montagem inadequada e outrasfalhas de fabricagio. ‘© Composigio do material em si, quer processado por laminagao,forjamento, fundigdo, extrusdo,es- tiramento, tratamento tgmico, et Surgem descontinuidades microscépicas e submicroscépicas su- perficiuis e subsuperficiais, ais como inclusGes de material estranho, searegagio de liga, vazios, particulas duras precipitadas e descontinuidades cristlinas Entre as virias condigdes que podem acelerar 0 inicio de trincas, incluem-se as tenses residuais de ‘racdo, as temperaturas elevadas, aciclagem térmica, 0s meios corrosivos e a ciclagem de alta freqiéncia. Arraziio ea directo de propagaco de uma trinca de fadiga sfio controladas primeiramente por tensOes locatizadas e pela estrutura do material nessa trina. Contudo, com a formacZo da trinca, outros fatores po- dem exercer influéncia significativa tais como o meio ambiente, a temperatura e a frequéncia. Como afir- ‘mado antes, as trincas crescerao ao longo de planos normais as méximas tensdes de tracio. Seu processo de ‘crescimento pode ser explicado pela mecainica de fraturas (ver SecZo 7-6). ‘Uma fonte de referencia essencial no estudo das falhas por fadiga é o ASM Metals Handbook (21 volumes). As Figuras 7-1 a 7-8, reproduzidas com permissao da ASM International sfo apenas uma amostra mintscula de exemplos de falhas por fadiga de uma grande variedade de condigSes inclufdas nesse manual. Comparando a Fi- _gura 7-3 com a 7-2, vemos que a falha ocorreu devido a tensdes de flex30 rotaiva, com a diregZo de rotacdo em sentido horério relativamente a vista e cam uma concentracio de tensio nio-severa ¢ uma tensio nominal baixa 7-2 Abordagem da Falha por Fadiga em Andlise e Projeto Como observado na seco anterior, hé muitos fatores a serem considerados, mesmo para casos de carrega- ‘mentos bem simples. Os métodos de andlise de falha por fadiga representam uma combinacio de engenha- ria e ciéncia, Com frequéncia, a ciéncia fatha ao prover as respostas completas que se fazem necessérias. ‘Ainda assim, por exemplo, um avidio deve ser construido para voar ~e com seguranca. Um automével, por sua vez, deve ser abricado com uma confiabilidade que assegure uma vida longa e livre de problemas, 20, mesmo tempo que produza lucros para seus acionistas. Dessa forma, mesmo que a ciéncia ainda no expli que completamente o mecanismo de fadiga, o engenheiro deve continuar a projetar coisas que nao irlo fa- Thar. Em certo sentido, esse é um exemplo classico do significado real das engenharias, em contraste com @ 304 _ Prosio ne ENceNARA MEcincr y \) CAN) (ened) eabalel) & a | [KS SS SSE KB Vy}, SAS = Es —> Ss SJ BO Ea SEA NY ©OZG®© Lo Se SS] WD © 6 8 Ge minal. (De AS Is Park, OH 44073-0002, fig. 18. - ___ Corio 7» Farr Face Rant De Creavieno Vanivet 305 igura 7-3 Folho por fadigo de um eixo motor AISI 4320. A falhoinciou-se nos pontos Be progrediv até o rupura final em C ‘A zono de rupura final & pequena, indiconde que as cargos foram baixos. (De ASM Handbook, vl. 11: Failure “Analysis ond Prevention, ASM Inleratonal, Materials Pork, OH, 44073-0002, fg. 18, p. 111. Reimpressa com ppormizede de ASM International, wnrw-osmintemational og ) Figura 7-4 Superice de froture por fadiga de um pino AISI 8640. Cantos vivos de furos de graxa desencontrados causoram concentrasdes de tense que incioram dus rincas de fodiga,indicadas pelas setas. (De ASM Handbook, vol. 12: Fractogrophy, ASM International, Materials Park, OH 44073-0002, fig. 520, p. 331. Reimpressa com permissGo a ASM International”, wwrw.osminternational org ) ciéncia. Os engenheiros utilizam a ciéncia para resolver seus problemas, caso ela esteja disponivel. Porém, disponivel ou niio, o problema ainda assim deve ser resolvido, e, independentemente da forma como a solu- glo se apresente sob tais condicdes, ela & denominada engenharia ‘Neste capitulo, construiremos uma abordagem estruturada do projeto contra a falha por fadiga. Como no caso da falha estitica, tentaremos relacionar os resultados de testes realizados em espécimes carregados de forma simples. Contudo, devido & natureza complexa da fadiga, hé muito mais a ser considerado. A par- tirdesse ponto, iremos proceder de maneira met6dica ¢ em etapas. A fim de proporcionar alguma percepeao acerca do que se segue neste capitulo, uma descricao breve das préximas secdes serd aqui apresentada. 306 Proxtoor Excreusa Mecinice Figura 7-5. Supericie de ratura por fadiga de uma barra conectora forjada de aco AISI 8640. A trinca de frotura exiginov na borda esquerdo, ne linha destacada de forjamento, mas nenhume aspereza incomum de emenda fi indeada ‘Atrinea de fadiga progrediv meio caminho ao redor do furo de éleo 4 exquerdo, indicado pelos marcos de pia ianles que a Fratura rapide final ecortesse, Observe o lébio de cisalhamento pronunciado na exiremidade dita, (De ASM Handbook, vl. 12: Fraclography, ASM International, Materials Park, OH, 44073-0002, fig. 523, p. 392. Reimpresso com permisséo do ASM International”, wrw.csminternationel.org.) i | Figura 7-6 Supericie de frotura por fadiga de ume biela de patio com 200 mm de diémeto (8 in} de um martelo feito de 0 liga e uflizodo para forjamento, Ese é um exemplo de uma frotura por fadiga causada por rage pre, em {que concentropSes de fensdo supefciois esto ausentes e uma inca pode ser iniciada em qualquer lugar na Secgéo ransversal, Neste caso, a rine ical formada em um floco de ferjamentaligeiramente abcixo do cen cresceu para fora, de forma simética, por fim produziv uma frotura fri sem aviso, (De ASM Handbook, vo? Fractography, ASM International, Materials Park, OH 44073-0002, fig. 570, p. 242. Reimpressa com permissd0\ ASM International”, worw-oemintsenational org } | rie Cosa 7» Fava 908 Fania Resutanr pe Camano Vaniver 307 soni catono (asia As) Fela por foiga de uma roda de reboque com flange duplo de ago ASTM A186, causoda por mercos de estompo. (6) Roda de carro de forno a carvao mestrando a posigéo das marcas de estampo efraturs na aba e na alma. (b) ‘Marca de esiompo mostrando impresséo fre erature estendendo-se ao longo da base da correra de nimeros inferior. {¢] Entalhes, indicados pelas setas, criados a partir de marcas de estampo fortemente endentadas, a partir ds quois inca iniciram-se co longo do topo ne superficie de ratura. (De ASM Handbook, vol. 11: Filure Analysis and Prevention, ASM International, Materials Park, OH 44073-0002, fig. 51, p. 130. Reimpressa com permissdo da ASM Inlernational?, www. asminternational.org.) Lgedsataminion015-775 Roskwel B85 ‘eins Proj oii Projo ethorado Redesenho do conjunto de braco de torque de trem de aterissagem, feito de liga de aluminio 7075-173, para eliminor {ratura por fadiga em um furo de lubifcaeéo.(o} Configuracdo do brago, proto original e melhorado(dimensGes fornecidas em polegadas).(b) Supericie de fratura na quol os sets indicam origens de trincas miltplas. (De ASM Handbook, vol. 11: Failure Analysis ond Prevention, ASM Inferational, Materials Park, OH 44073-0002, fig. 23, . 114. Reimpressa com permissGo da ASM Intemational, wovw-asminternational org.) 308 _Prorio ce Excomnn MECCA Métodos da Vida sob Fadiga (Seces 7-3 a 7-6) ‘Tres abordagens fundamentais utlizadas em projeto e anslise para predizer quando, ou se, uma comy te de méquina carregada ciclicamente ird falhar em fadiga, em um determinado periodo de tempo, apresentadas. As premissas de cada abordagem sto muito diferentes: porém, cada tuma acrescenta slg, nosso entendimento das mecanismos associados 4 fadiga. A apli Sota mongrscdouarigen da metodo serio indicadas, Além da Segdo 7-6, apenas um dos métados, oda vida sob testo, sea sep, | ‘mais a fundo, para posteriores aplicagdes de projeto. Resisténcia & Fadiga ¢ Limite de Resisténcia & Fadiga (Secées 7-7 © 7-8) | © diagrama de resisténcia-vida (S-N) prové a resistncia a fadiga $, versus a vida em ciclos N de um mg. rial. Os resultados sio gerados a partir de testes utlizando um carregamento simples de espécimes pad | 2zados com controle laboratorial Tal carregamento é, com freqliéncia, aquele de flexdo pura com reves, senoidal. Os espécimes sob controle laboratorial so polidos sem concentracio de tensto geomeétrica ni, sido de érea minima ara ago e ferro. o diagrama S-.Vtoma-se horizontal em algum ponto. A resisténcia nesse pont éch mada de limite de resistencia & fediga S; e ocorre em algum ponto entre 10° ¢ 10” cilos. O simbolo pin em S;refere-se a limite de resisténcia 2 fadiga do espécime sob condigdes controladas em laborairia 1a materiaisndo-ferrosos que nao exibem umn limite de resistncia 8 fadiga, uma resistencia 3 fadiga rndmero especificado de ciclos, 5}, pode ser fomecida, quando, novamente, a prima designa a resis; fadiga do espécime com controle laboratoral (Os dados de resistencia baseiam-se em muitas condigdes controladas que nfo serio as mesmas dene | 7. ‘componente de miquina seal, O que segue so préticas uilizadas para levar em conta diferengas ene o¢s regamento € as condigies fisicas do espécime, bem como a pega de maquina real t Fatores Moditicadores do Limite de Resisténcia & Fadiga (Segéo 7-9) Fatores modificadores slo definidos e uilizados para dar conta de diferengas entre o espécime e a pesad, ‘maquina real, relativamente a condigdes de superficie, tamanho, carrezamento, temperatura, confabilsk efeitos diversos. O cartegamento ainda é considerado simples e inverso. Concentragdo de Tensdo e Sensibilidade a Entalhe (Se¢éo 7-10) A pega real pode ter uma concentragio de tensio geométrica por meio da qual o comportamento’ fast. depende do fator de concentracio de tensdo estitica e da sensibilidade da componente material a0 dan, por fadiga t Tenses Flutuantes (Segées 7-11 a 7-13) { Essas segdes levaro em conta estados de tensfo simples resultantes de condigdes de carga flutuantes qt no corresponidem a tenses senoidais inversas puramente axiais, de flexdo ou toreio. | Combinasées de Modos de Carregamento (Secao 7-14) ' Nessa seciio, um procedimento baseado na teoria da energia de distoreto serd apresentado para aandlse estados de tensdes futuantes em combinacio, tais como torgao e flexdo combinadas. Seré assumido que | nivels de tenses fTutuantes ndio slo varidveis com o tempo, Tensées Varidveis, Flutuantes; Dano Cumulative por Fadiga (Secéo 7-75) Os niveis de testo fluruantes em una pega de maquina podem ser varisveis com o tempo, Métodos s# incluidos para estimar 0 dano por fadiga em uma base curnulativa Secées Restantes F As duas sogdesrestantes do capitulo correspondero a tépicos especinis de resisticia superficial ol andlse estocdstie, (Coin 7 « Fava non FAOA ResucaT oe Camecanento Vaniven 309° Métodos da Vida sob Fadiga (0s trés métodos fundamentais da vida sob fadiga utilizados em projeto ¢ anilise so 0 método da vida sob tensao, 0 método da vida sob deformacdo ¢ 0 método da mecénica de fratura linear eldstica, Tais métodos, tentam predizera vida, em nimero de ciclos até a ocorréncia de falha, N, para um nivel de carregamento es- pecificado. A vida de IS N'< 10°ciclos é geralmente classificada como fadiga dle baixo ciclo, enquanto se considera que a fadiga de alto ciclo ocorte para N > 10° ciclos. O método da vida sob tens3o, baseado em niveis de tens apenas, € 0 procedimento menos preciso, especialmente para aplicagées de baixa ciclagem. ‘Contudo, é também o método mais tradicional, aja vista ser 0 mais simples de implementar para varias apli- cages de projeto: além disso, tem muitos dados de suporte e representa de forma adequada aplicacBes en- volvendo alta ciclagem, ‘© método da vida sob deformagio envolve uma andlise mais detalhada da deformagao plistica em re- ides onde as tenstes ¢ a deformagiio so consideradas para estimativas de vida. Esse método é especial- ‘mente eficaz em aplicagdes que envolvem fadiga de baixo ciclo. Ao empregé-lo, varias idealizagdes tém de ser compostas, de modo que haverd algumas incertezas nos resultados. Por esse motivo, ele seré discutido apenas por seu valor quanto a0 que acrescenta ao entendimento da natureza da fadiga. ‘Ométodo da mecdinica de fratura assume que uma trinca jéesteja presente e tenha sido detectada, Des- sa forma, ele € empregado para prever 0 crescimento dessa trinca relativamente a intensidade de tensio, En- {retanto, é mais pratico quando aplicado a estruturas grandes juntamente com cédigos computacionais e um programa de inspecio periédico. Método da Vida sob Tensdo Para determinar a resisténcia de materiais sob a agio de cargas de fadiga, espécimes sio sujeitos a forgas re- petidas ou varidveis de magnitudes especificadas, ao passo que ciclos ou inversdes de tensdo sto contados, 20. 0 dispositivo de ensaio de fadiga mais amplamente utilizado é a maquina de viga rotati- va de alta velocidade de R. R. Moore. Essa méquina sujeita 0 espécime & flexao pura (sem cisalhamento transversal) por meio de pesos. Tal espécime, mostrado na Figura 7-9, é cuidadosamente usinado e polido— com um polimento final em uma direco axial, de modo a evitar riscos eircunferentes. Outras maquinas de ensaio de fadiga estio disponiveis para a aplicagdo de tensbes axiais flutuantes ou invertidas, tensbes torcio- nais ou combinadas aos espécimes de ensaio, ara estabelecer a resisténcia 2 fadiga de um material, muitos testes se fazem necessérios em decor- rncia da naturezaestatstica da fadiga, Para o ensaio de vigarotativa, uma carga de flex constante éapli- cada, e 0 nlimero de revolugdes (inversbes de tensio) dessa viga requerido até a fala é registrado. O prime! ro ensaio € realizado a uma tensio um pouco inferior resisténciatltima do material. O segundo teste € fei- toa uma tensio menor que aquela utilizada no primeiro teste. O processo é continuado, ¢ 0s resultados so tracados em um diagrama S-N (Figura 7-10). Esse diagrama pode ser tragado em papel semitog ou log-log. No caso de metas ferrosose ligas, 0 grfico toma-se horizontal depois que o material foi tensionado duran- te um certo niimero de ciclos. Tracar em papel og enfatiza a flexdo na curva, que poderia néo ser aparente se 05 resultados fossem tragados usando-se coordenadas cartesianes. A ordenada do diagrama S-NV & denominada resisténcia a fadiga S; uma declaragio dessa resisténcia deve sempre ser acompanhada de uma declaracio do nimero de ciclos N ao qual ela corresponde. 'Em breve, aprenderemos que os diagramas S-iV podem ser determinados para um espécime de ensaio ou para um elemento meciinico real. Mesmo quando o material do espécime de ensaio e aquele do elemen- tomecdnico forem idénticos, havert diferenas significaivas entre seus diagramas. Fink igura 7-9 Geomeria do espécime de tes de maquina de viga roativa de R. R. Moore. © moment flexor 6 uniforme no porgio curva, que fem as fensdes maiores, um teste vélido do material, ao posso que fratura em qualquer outra parie {no ne nivel de tensdo maxima) 6 motive de suspeta com relacdo & presenca de defeto no material B10 _Proeto or Exsmetane Mecinice Figura 7-10 Um diograme S:N rgode a por ds resultados de testes de fadiga axial completamente inversa, Matera cx igura 7-11 fv tts ap be Ress fi 5 a ime de ils de tno. UNS 641300, normalizado; 5,-= 116 kpsi; maximo S, = 125 kps. (Dados extraides de NACA Tech. Nota 384, dezembro de 1966.) No caso de agos, um joelho ocorre no grifico;além desse oetho nfo ocorreréfalha, por maiorque: | jo niimero de cilos. A resistencia correspondente ao joelho & denominada limite de vessténcia df | 5,, ou limite de fadiga, O grtico da Figura 7-10 jamais se toma horizontal para metais ndo-Ferrosos oa | fs, de modo que esses materiais nfo tém um limite de resisténcia3fadiga, A Figura 7-11 mostra bands espalhamento indicando as curvas $-N para as ligas mais comuns de aluminio, excluindo aquelas frais | com resisténcia abaixo de 38 kpsi, Uma vez que o aluminio no tem um limite de resisténcia a fadiga,-| ‘malmente a resistencia a fadiga 5, ¢ relatada a um miimero especifico de ciclos, normalmente N= 5(10'c clos de tensdo inversa (ver Tabela A-24), i Observamos que um ciclo de tensdo (NV = 1) constitui uma dnica aplicagio e remogto de determina carga, e entho outta aplicaglo eremogo dessa carga na direglo oposta, Logo, N’= § significa que came aplicada uma ver e,entio,éremovida, o que corresponde 20 caso de um ensaio de tra simples. i w rm w Vida Wo og) Bandas S-N pora ligas de cluminio representativas, excluindoligas foriadas com S,,< 38 kpsi. De R. C Juvinall, Engineering Considerations of Stress, Strain and Sirengih. Copyright © 1967 The MeGraw Hill Companies, inc. Reimpressa com permisséo.] Corto 7» Fast ron Func Restate oe Camecaneno Vanive 311 © corpo de conhecimenta disponivel sobre falha por fadiga desde N'= 1 até N= 1000 ciclos é geral- mente classitiendo como fadige de baivo cielo. tal como indicado na Figura 7-10, fadiga de alto ciclo, portanto, esté relacionada & falha correspondente a ciclos de tensio maiores que 10° ciclos. “Tambeém dstinguimos uma regi de vida fnitae ma reid de ve infiita ta Figura 7-10. A fron teira entre essas regides no pode ser claamente definida, exceto para um material especifco; no entanto, efa se situa em algum ponto ente 10" 10’ cielos para agos, como mostra na refeica figura. CConforme observado anteriormente, é sempre uma boa prtica de engenharia conduzir um programa de nso nos materiis a serem empregados na projeto ena manufatura, Isso de ato um requsito,e no uma ‘ope para a protegéo contra a possibilidade de uma falha por fadiga. Devido a essa necessdade de ensaio, sera desnecessério proceder aiante ao estado de falhas por fadiga,exceto par una racéo importante: 0 de- sejode saber porque essas alhas acorrem, para que os) método(s) mcs eferivs)possat my) serutlicado(s) para melhorar-aressténcia a fediga, Sendo assim, nosso propésito primordial 30 estudar a faiga é entender ‘or que falas ocorrem, para que possamos nos protege contra elas de uma maneiraeficaz. Por al rao, as Sbordagens anaitcas de proeto apresentadas neste e em outros livros, no que se refere a esse aspect, no exibem resultados absolutamente preciso, Tais resultados devem ser tomados como um guia, como algo i ficando o que éeo que nao ¢ importante ao se fazer um projto conta afaha por fadiga ‘Como afirmado anteriormente, 0 método da vida s0b tensdo ¢ o procedimento menos preciso. sobre: tudo para aplicacdes de baixa ciclagem, Ainda assim, é 0 método mais tradicional, com muitos dados publi- cados edispontveis. E também o de mais fcilimplementagdo para muitasapicagdes de projeto e represen. ta adequadamente aplicagées de alta cickagem, Por essasrazdes, cle seréenfatizado nas prOximats segdes deste capitulo. Todavia, muito cuidado deve ser tomado ao empregélo para aplicagdes que envolvam baixa ciclagem, uma vez que nao leva em conta 0 comportamento da tensio-deformacio verdadeira quando ocor re eseoumentoloclizado, 7-5 Método da Vida sob Deformacao (© melhor procedimento jé apresentado para explicar a natureza da falha por fadiga € denominado, por al- runs, nétodo da vida sob deformagdo. Tal procedimento pode ser utlizado para estimar resisténcias&fadi- 42; no entanto, quando empregado dessa forma, faz-se necessirio compor viras idealizagdes, de modo que algumas incertezas existirio nos resultados. Por esse motivo, o método é agui apresentado somente em vit- tude de seu valor na explicagio da natureza da fadiga ‘Uma fala por fadiga quase sempre comega em uma descontinudade local, tal como um entalhe, uma trinea ou outra rea de eoncentracio de tensio. Quando a tension descontinuidade excede ao limite eléstico, corte deformaci plistica. Se uma fratura por fadigaesté para ocorrer, deve haver deformagSes plsticas ci- clicas. Dessa forma, nevessitaremos investigar 0 comportamento de materais sueitos a deforma cilias Em 1910, Bairstow verficou, por experimento, a eoria de Bauschinger, segundo a qual os limites el ticos do ferro e do aco podem ser mudados ~ para mais ou para menos ~ por variagées ciclicas de tensio* Em geral 0s limites elisticos de agos recozidos devem provavelmente aumentar quando sujeitos a ciclos de inversio de tenso, ao passo que agos repuxados afrioexibem um limite elistico decrescente. Expécimes de ensaio sujeitos a flextio inversa no sio apropriados para deformacio cfelica devido & Aificuldade de medir deformagbes plisticas. Conseqlentemente, a maioria das pesquisas foi realizada em ‘espécimes axiais. Utilizando-se transdutores eletricos é possivel gerarsinais proporcionais &tensioe a de- formacio. respectivamente. Essessinais podem ser exibidos em um oscilasespio ou tracadas em um traga- dor XY. R. W. Landgraf investigou o comportamento & fadiga de ciclo de baixa ciclagem de uma grande ‘quantidade de agos de resistencia muito ata, endo que, durante sua investigaglo, ele realizou muitos eri. cos de tensio-deformacSo ciclicas." A Figura 7-12 foi construida a fim de mostrar a aparéncia geral desses sréficos para os primeitos poucosciclos de deformagio ciclica controlada, Nesse caso, a resistencia decres- ce com repetigSes de tenséo, como evidenciado pelo fato de que as invers6es ocortem a niveis de tensio sempre menores. Como previamente observado, outros materiais podem, pelo contréro, ser enijecidos por invers0es cicicas de tensio. Resultados lgeiramente diferentes podem ser obtidos se a primeira inversdo ocorrer na regio de com: pressio: isso provavelmente decorre do efeito de enrjecimento a fadiga por compressio. Bairsow, “The Baste Limits of ron and Stol under Cyclic Vritons of Suess” Philosophical Transactions, eves A. vol 10, Royal Society of London, 1310.9 3555 RW. Landart, Cree Deformation and Fatiue Behavior of Hasened Stel, Rept 1? 320, Departmen of Theoretical and Applied Mechasies. University (nos, Urban, 1968, p 84-90. 312 _ Promove Encennaen MECiNNCA | arden | Figura 7-12 Os ciclos de histerese da tensdo verdadeira-defermacéo verdadsiro mosrando os primeiras cinco inversSes de fro de ‘um material com amolecimento ciclico. O grafico apresenta:se ligeiramente exagerado por motivos de clareza. Obsene «que inclinae da linha AB é 0 médul de elascidade EO intervalo da tenséo & 4, de, 80 intervalo de deforma; pléwia © ae, 8 interval do delormaeSo elésica.O infor total de defermardo & c= Ae, + Ae, © artigo de Landgraf contém grificos que compara as elagées monot6nicas de tens20-deformas ‘em tensdo e compressdo com a curva de tensdo-deformacdo ciclica,' Dois desses grificos foram redeenke. 405 eso mostrados na Figura 7-13. A importincia dels esté no fato de que enfatizam a dificuldade em tentar predizer a resistencia &fadiga de um material a partir de valores conhecidos das resistencias moa nicas de escoamento estima em regides de baixa ciclagem. | (SAE Fatigue Design and Evaluation Steering Committee publicou um relatério,em 1975, noquls | vida em inversdes até falha esta relacionada & amplitude da deformacio Ae /2.° Esse rela6rio contémes | arfico de tal relago para o ago SAE 1020 laminado a quente; 0 gifico foi reproduzido na Figura 7-14.% raexplicé-lo,primeiro definimos os seguintes termos: mn ren. eformsi9 Datong © Figura 7-13. Reullados de eno delermardo monotnico oii. (0 Ayo Ausra H-1, Binal 660) 0 SAE Aa, Brinell 400. t f { i * td. p. 58-62 * Technical Report on Fatigue Properties, SAE 1089, 1975. Carino 7 » Fauna 8 FADRA RESTATE DE CAsnecAnenTO Vanes 313, oe loves at 2 Figura 7-14 Um gréico lg log mosirando como a vido sob fodiga se relaciona com a ammpliude da deformacSo verdodeira pore 0 «6,0 1020 laminedo « quente.(Reimpressa com permissGo da SAE J1099 20020862002 SAE inferational) Coeficiente ede duetiidade a fdiga: deformagio verdadeira correspondente 8 fratura em uma inver- si (ponto A na Figura 7-12). linha de deformagao pléstica comega nesse ponto na Figura 7-14, 1+ Coeficiente 0; de resisténcia a fadiga:tenséo verdadeira correspondente &fratura em uma inversdo (pon- 10 na Figura 7-12). Observe, na Figura 7-14, que a linha de deformagio eléstca comega em o-/E. * Expoente c de ductilidade @ fadiga: inctinagao da linha de deformagio pléstica na Figura 7-14 ea poténcia & qual a vida 2N deve ser elevada para ser proporcional & amplitude da deformagao plasti- ‘ca verdadeira, Se o mimero de inversGes de tensdo for 2N, entdo N € 0 mimero de ciclos. ‘+ Expoente b de resisténcia a fadiga: inclinagao da linha de deformacao eldstica e poténcia & qual a vida 2N deve ser elevada para ser proporcional a amplitude da tensdo verdadeira Agora, a partir da Figura 7-12, vemos que a deformacao total é a soma das componentes eldstica & pléstica, Logo, @ amplitude da deformagao total é de Ate | Mey Pate Q A equagso da linha de deformagioplistca na Figura 7-146 Ag ONE on ‘Acequagio da linha de deformagio elisa & bee _ ot oy 2 = Fey 72 Logo, a partir da Equagio (a), temos, para a amplitude total de deformacao, Af hone ecany x 5 = any +e, 2Ny (73) ‘que é a relagao de Manson-Coffin entre a vida de fadiga e a deformacio total.° Alguns valores dos coeficien- {ese expoentes esto listados na Tabela 7-1. Muitos mas esti inelufdos no relaSrio SAE 11099. Embora a Bquago (7-3) sea prfeitamente letra para a obtengao da vida de fadiga de uma pega ‘quando a deformasio eoutas caracerisiasefclicas sto fomecides, ela parece ser de pouc uilidade para © projets, A questo acerea do modo como determiner a deformaao total no fundo de um entalhe ou des continuidade nlo foi respondida. Nao a tabelas ou diagrams de fatoes de concentra de deformagfo na iteratua respeciva. possivel que as fatores veniam a se toma disponveisna literatura de pesquisa em oS 4LF Taverel LF Cofia. Je, "Experimental Support for Generalized Equation Pediting Low Cycle Fatigue. eS. S| Manso, discussie, Trans. ASME, J Basic Eng. vl 84,984, 9 533537 314 _Proso e Excmutta MECaNCA t Tabela 7-1 Propriedades ciclcas de alguns agos de ota resisténcio | = eo Gatun ecm Bee coo Ce es er oes ee ce ee eee cee ce Nas ees bre GD ( fadiga P ere merece ice ee ee eee Gran a me 04s GATE 705 310, “005-10 oe 104s ATIC 595 250 35 007 “008-060 013 ous QATSODF 500 185, x0 025 008-068 on | ous QaT6OF 450 0 260 035 07-069 on 1046s GaT7I0 350 no 20 ous “07s 08 ou | 1042 QT BO 470 300 375 0.075 -10 ops 02 Qatar 540 250 285 oor 007% = -078 ont to Qareoor ars 195 a5 oop “os -046 ou | tom = @aT700F 450 155 20 40 000 © -979 on | joa @araar 380 120 265 04s 0.080 075 ou oa GaDsor a5 160 00 020 oo © 077 ar 12 Qa Des 450 155 305 040 000 = 076 om | 1042 aave00r 400 10 25 050 opr __-075 on = tomar i fa Si ony ye nen ap tien eh p28, pt oe edt ys breve, devido ao aumento do emprego de andlise de elementos fnitos. Ademais, a anlise de elemento fii to pode aproximar de si as deformacSes que ocorrerfio em todos os pontos na estrutura de estudo.” 7-6 Método da Mecdnica de Fraturas Linear Elastica * Para uma discuss aicional sobre o metodo de vida sob defrmacto, ver N.E. Dowling. Mechanical Behavior of Materials, 20 ed, Penis Hal EA ‘wood Clits, N ‘A primeira fase do trincamento por fadiga € designada como fadiga de estigio I. Presume-se que o deslzamy de cists, que se estende por diversos gros contiguos, inelusdes e impereigdes superficiss, desempenhe ume pel. Uma vez que a maior pate disso nfo € visivel ao observador, dizemos simplesmente que o estégio lemche diversos gros. A sexunda fase, aquela de extensio da trinca,é chamada de fadiga de estigio Il, O avango dati ca (isto é, nova dea fissurada€criada) produz evidéncia que pode ser observaa em microgafias de um ici cépioeletrinico, O crescimento da trinca ocorre de forma ordenada. A fratura final acontece durante oestgill. da fadiga, embora esta ndo esteja envolvida, Quando a trinca€ suficientemente longa, de modo que K = Ky B= amplitude de tensio envolvida, endo K,,€ 0 fator de intensidade de tensio crtico para o metal no-daifca assim, hé fala repentinae catastrsfica do restante da secco transversal em sobrecarga de tracdo (ver Seqio6- 13).A fadiga de estigio III estéassociada & aceleracdo répida do crescimento da trinca seguido de fratura Crescimento da Trinca {As trincas de fadiga mucleiam-se ecrescem quando as tensdes variam e existe alguma tragio em cada | de tensio. Considere a tenséo como faruando entre 0s limites Fg © Oa Sendo que ointervalo de teas € definido como AG = Gu, ~ Sau. A patir da Equacao (6:51), intensidade de tensio ¢ fornecidaP* Ky a /Fa. Logo, para Ad, ointervalo de intensidade de tensao por ciclo € | Kt = Bln ~ Onin) Va = Bo VRE oat Para desenvolver dados de resistencia fadige, uma ceta quantidade de espécimes do mesmo mateilé testada a virios nveis de Aor As trincas nucleiam:se na, ou muito préximo a uma, superficie livre ou granded 1.1989, Cap. CCapruo 7 « Favs n08 Fao Resume oe Carszcavento Vasivea 315 continuidade. Assumindo uma trinca de comprimento inicial a, 0 crescimento dessa trinca como funedo do ‘mero de ciclos de tenstio N iri depender de AG, isto €, AK, Para AK, abaixo de certo valor limiar (AK, )y ura trin- cer. A Figura 7-15 representa 0 comprimento de trinca a como uma funcio do némero de ciclos NV is de tensio (40), > (A0),> (Ao), em que (AK,),> (AK,).> (AK), Observe o feito do intervalo de tenso maior da Figura 7-15 na produgao de trincas mais longas a urn determinado valor de contagem de ciclo. ‘Quando a razdo de crescimento de tinea por ciclo, da/aN na Figura 7-15, é tragada como mostrado na. Figura 7-16, 0s dados provenientes dos ir niveis de intervalo de tensdo sobrepdem-se para produzir um locus sigmoidal. Os trés estigios de desenvolvimento de trinca sio observiveis, eos dados do estigio I si lineares em coordenadas log-log, dentro dos limites de validade da mecéinica de fraturas linear elgstica (LEFM). Um, ‘grupo similar de curvas pode ser gerado alterando-se a razBo de tensio R = 6, GJ, do experimento. Apresentamos aqui um procedimento simplificado para a estimativa da vida remanescente de uma pe- ‘ca ciclicamente tensionada, uma vez descoberta uma fissura. Isso requer a suposic20 de que existam condi- ‘gBes de deformagio plana.” Assumindo que uma trinca é descoberta no inicio do estégio I, seu crescimen- to na regido Il da Figura 7-16 pode ser aproximado pela equacdo Paris, que & da forma da a ceagyn (1 ane = COR (15) em que Ce m so constantes empiricas e AK, é fornecido pela Equacdo (7-4). Valores representativos, ain- da que conservadores, de C ¢ m para varias classes de agos estio listados na Tabela 7-2. Substituindo a Equa- io (7-4) e integrando, obtemos Ne 1% da aven, we 0: [ "Ch, Baovrar ce Aqui, a, € 0 comprimento inicial da trinca, a,é 0 comprimento final desta, correspondente a falha, © N, 0 ntimero estimado de ciclos requeridos para produzir a falha apds 0 momento em que afissurainicial é for- mada, Observe que a razio f pode variar na varivel de integracio (por exemplo, ver as Figuras 6-35 1 6-40). Se isso por acaso ocorter, entio Reemsnyder” sugere 0 uso de intesragio numérica empregando 0 algoritmo Bay = CAK PON), Gn = aj + 8a; Nya = Nj + 6Ny an N= DN, Compeento einen a ‘ls de nso Figura 7-15 Aumento no comprimento de trnea a a parr do comprimentoinicialo, como uma funedo da contagem de ciclos pra is intervals de tensdo, (Ac), > (Aol, > (Ach. "Eis algunas referdnciasecomendadas: Dosing op. cit: IA. Coins, Flue of Marra in Mechanical Design John Wiley & Sons, New York, 1981: H ‘OLfuchseR 1 Stephens, Metal Farigue in Engineering, John Wiley & Sons, NewYork, 1980;¢ Herold S. Remenyer, “Constant Amplitide Fatigue Life ssment Models, SAE Trans 820688, vo. 91.novembro de 1983. Oni B16 _Prosei0 oe ENCE MECCA Loe Regio Resaott tno Proragsto y Lop ak Figura 7-16 Quondo do/JN 6 medide na Figura 7-15 ¢ racado em coordenadas log-log, 0s dades para inlrvals eferentes de tensdo sobrepemse, criando uma curva sigmoidal, como mostado, (Kj), 60 velorlimiar de [AK], aboixo do qd ‘uma trinca no cresce. Dest limiar ai @ ruptra, uma liga de cluminioiré gastar 85 © 90% da vide na regiSol, 50 £855 na regio lle 1 0 2% na regio Il | Tabela 7-2 Volores conservadores do fator Ce do expoente mna Equasio (7-5], para varias formas de aro (R = 0} | ‘Apos frricospericas 68910 3.6010 3.00 ‘Ag9s maviensicos 1.36110") 660107) 25 cos inonidaves austentcos 561110) 3.09110") 3a (JM ariom 1 lle, Fatigue and Fracture Cont n Srocures, 2nd ed, Pence Hel Uppa Sd Rive NJ, 1987, 288291, ‘opyight ASTM Intemational Reimpeso com permido. | Aqui, da, € BV, sto incrementos do comprimento de trinca e do niimero de ciclos. O procediment: selecionar um valor de 6V; uilizando a, determine fe compute AK, determine ae, entéo, encontre op ‘imo valor dea. Repita 0 procedimento até que a = ay, | préximo exemplo apresenta-se bastante simplificado, com Bconstante a fim de fomeceralgumacot: | preensio acerca do procedimento. Normalmente, so utilizados programas de erescimento de trinca portal: _, tais como 0 NASA/FLAGRO 2.0, com modelos teGricos mais completos para solucionar esses probleme EXEMPLO 7-1 ‘A arra mostrada na Figura 7-17 é submetida a um momento ref AISI 4430, com S,,= 185 kpsi, 5, se material com tratamento térmico idéntico indicam constantes de pior caso de ‘(kpsiv’ in)" ¢ m = 3,0, Como mostrado, um corte com tamanho de 0,004 in foi 212 kpsi a 740 MPa Sve > 1460 MPa em que 5, €a resistencia & tractio minima, A marca de linha em S, refere-se ao espécime de viga rota Desejamos preservar 0 simbolo S,, sem a linha, para o limite de resisténcia de um dado elemento de " Charles. Misce, “Prediction of Stochastic Endurance Stent "Trans. of ASME, Joumal of Vibration, Acoustic, Stress and Reliability in Desig. sl I, janeiro de 1987, p. 113 Fenn nn ie | i i ‘Capru 7 « Favs ron Fao Resucante oe Casecoanento Vanaves 319 4quina submetido a qualquer earregamento. Em breve, aprenderemos que ambas as resistEncias podem ser ‘bastante distintas. (Os dados da Tabela 7-3 enfatigam a dificuldade de tentar prover uma tnica regra para a derivaclo do limite de resistencia a partir da resisténcia A trago, Essa tabela mostra também uma parte da causa de tal di ficuldade. Acostratados para forever microestruturas diferentes apresentam razBes 5./S, diferentes. Pare- ‘ce que mais microestruturas dicteis resultam em uma razio mais elevada. A martensita tem uma natureza ruitofrégile¢ altamente suscetivel a tincamento induzido por fadiga; assim. arazio ébaixa. Quando pro- jetos incluem especificagées detalhadas de tratamento térmico para obter microestruturas especifias,¢ po sivel empregar uma estimativa do limite de resistencia com base em dados de ensaio para 2 microestrutura particular; tas estimativas sio muito mais confdveis e devem ser uilizadas. (Os limites de resisténcia para vérias classes de ferros fundidos, polidos ou usinados so apresentados na Tabela A-24. Ligas de aluminio nfo tm limite de resisténcia. As resisténcas 8 fadiga de algumas ligas de aluminio a 5(10°)ciclos de tensio invertida sto fomecidas na Tabela A-24 7-8 Resisténcia 4 Fadiga ‘Como mostrado na Figura 7-10, uma regio de fadiga de baixa ciclagem estende-se de N = 1 até cerca de 10° cicls, Nessa regido, a resiséncia &fadiga 5, é apenas igeirarmente menor que asistencia tag S, Um tenfoque analitico foi dado por Mischke™ para ambas as ries de baixa e alta cclagem, requerendo os pa ‘metros da equagio de Manson-Coffin mais o expoentem de eneruamento por deformasao. Os engenhe ros freqientementetém de trabalhar com menos informacio, A Figura 7-10 indica que o dom{nio de fadiga de alta ciclagem estende-se de 10° ciclos para agos até o limite de resistencia N, que € de cerca de 10° 10’ ciclo. O propdsito desta soo ¢ desenvolver métodos de aproximagio do diagrama SV na regao de alto cielo, quando a informagao pode ser to esparsa quanto os resultados de um ensaio de trago simples, Experiéncias mostraram que os dados de fadiga de alto ciclo ‘sfio retificados por uma transformagio logaritmica para tensdo e ciclos até falha. Os engenheiros podem tra~ balhar com a Equacdo (7-2) da seguinte maneira: (Sp) cise = OF 2- 10°)? = fF Sur em que fé a fraglo de S, representada por (5), Solucfonando para f, obtemos f= ze. 10°)? (79) ‘Agora a partir da Equagio (3-11), o/,= oye", com &= e'p Se essa equagto de testo verdadera contra ddeformagio verdadeira nfo for conhecida, a aproximaco SAE para agos com Hf, < 500 pode ser usada: OF = Sy +50 Kpsi ou of = Sy) +345 MPa 710 O expoente 6 ¢ encontrado, a parr de 0, = S,= 0/(2N,, como Joga) “Tox aay Logo, aequagio 5, = o'(2N)' é conhecida, Por exemplo, se 5,,= 105 kpsi eS, = 52,5 kpsia 10° ciclos até falha, of = 105 + 30 = 155 kpsi b 55/525) Tog: 105) 155 69 43)-0006 703 (2-108) e Sp = 155(2)-88 @ THE Shigly ©. Mischke. Stondand Handbook of Machine Design 2nd 68, MeGraw-ill, New York, 1996, p13 8-13.37 Fague Design Handbook, vo. 4, Society of Automotive Engineers, New York 1958, p77 k

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