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Apresentação do autor
Perfil Biográfico:
António Ramos Rosa nasceu em Faro em 1924 e aí fez os seus estudos
secundários, aí trabalhou como empregado de escritório, professor e tradutor.
Em 1951, funda a revista Árvore, com António Luís Moita, José Terra, Luís
Amaro e Raul de Carvalho, tornando-se um grande incómodo para o regime
estabelecido, visto que divulga novos ideários poéticos.
Fez crítica literária durante alguns anos na Seara Nova e tem colaboração nas
revistas Colóquio/Letras, O Tempo e o Modo, no Diário de Noticias, no Jornal de
Letras, Artes e Ideias, etc.
Ramos Rosa era o poeta do presente absoluto, da ³liberdade livre´ e sobe todos
os degraus da admiração europeia. Em Portugal é comparado com os grandes escritores
nacionais. Urbano Tavares Rodrigues considerou-o como ³o empolgante poeta das
coisas primordiais, da luz, da pedra e da água.´
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Perfil Poético:
De António Ramos Rosa, podemos dizer, que a sua vida, literalmente se
confunde com poesia. A sua personalidade e obra têm merecido a distinção de prémios
literários nacionais e internacionais, confirmando a importância do seu percurso
literário.
Na sua escrita está frequentemente presente uma reflexão sobre o próprio acto de
escrita e a natureza da criação poética, a questão do dizível e do indizível, ou seja,
António, procura cercar as palavras de um sopro, que efectivamente as anime e as torne
mais próximas das coisas que evocam. Um tom quase epidérmico, e com uma obra
vastíssima, podemos encontrar uma mira de variações na expressão, que vagueiam
desde a presença dramática das paixões que afligem o ser humano, à tentativa de
concretizar através das palavras, a alegria de viver o momento feito símbolo pela
presença da natureza, assim, para Ramos Rosa, escrever, é sempre, a necessidade de
respirar as palavras e de fornecer o comoção do ser, os pulmões do sonho, e com elas,
criar a dádiva de ser poeta!
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Publicações:
uoz inicial (1960), Sobre o Rosto da Terra (1961), Terrear (1964), A
Constituição do Corpo (1969), A Pedra Nua (1972), Ciclo do Cavalo (1975), Incêndio
dos Aspectos (1980), uolante uerde (1986), Acordes (1989), Clamores (1992),
Dezassete Poemas (1992), Lâmpadas Com Alguns Insectos (1993), O Teu Rosto (1994),
O Navio da Matéria (1994), Três (1995), As armas Imprecisas (1992), A Mesa do uento
(1997, primeiramente editado em França), Pátria Soberana e Nova Ficção (2000).
O livro que editou, Cada árvore é um ser para ser em nós, com uma parceria
com o fotógrafo Paulo Gaspar Ferreira, é uma obra verdadeiramente belíssima, cheia de
frescura e imagens de profundo requinte poético, que vale certamente a pena por se
apresentar como uma composição muito completa em torno do tema da árvore, tratado
de forma humanizada.
Prémios:
Tem recebido numerosos prémios nacionais e estrangeiros, entre os quais é
importante referir o Prémio Pessoa, em 1988; Grande Prémio de Poesia da Associação
Portuguesa de Escritores em 1989 com o livro Acordes; Grande Prémio de Poesia
Inasset em 1986 com uolante uerde, Prémio de Ensaio Jacinto do Prado Coelho, do
Centro Português da Associação Internacional dos Críticos Literários.
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Apresentação do assunto:
Para retratar o universo poético de António Ramos Rosa, nós decidimos escolher quatro
poemas de algumas compilações, diferentes, de António.
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Não posso adiar o amor para outro século
Não posso
Amor e ódio
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Há palavras que são sombras de árvores
Ou um bálsamo de terra,
Um pressentimento de espuma,
Um incêndio do tacto,
Satélites de granito,
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A noite trocou-me os olhos os sonhos e as mãos
Dispersou-me os amigos
As casas engolem-nos
Sumimo-nos
Um funcionário triste
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Num quarto só
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Mil cores, e uma sombra só te despe.
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Ciclo do Cavalo, Poemas de António Ramos Rosa (selecção de Cristina Almeida Ribeiro),
Editorial Comunicação
?esumo da Obra:
No 1º poema, Não posso adiar o Amor, encontramos um sujeito poético
inquieto, inconstante em relação ao amor, no sentido de, por mais controvérsias que este
lhe possa trazer, é urgente o amor, é necessário. Apesar do grito, do ódio, ou que tudo se
transforme em meras cinzas, ³não posso adiar o coração´, (v.13). E neste poema, se vê
também, a vontade do sujeito poético.
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©emas Emblemáticos:
Amor;
Solidão;
Aspectos relevantes:
Um dos aspectos relevantes é o percurso da carreira literária de António, até
desempenhar o seu papel no Modernismo e Neo-Realismo.
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Opinião:
As Palavras
As palavras,
Algumas, um punhal,
Um incêndio.
Outras,
Orvalho apenas.
Inseguras navegam:
Barcos ou beijos,
As águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
Leves.
E são a noite.
E mesmo pálidas
As recolhe, assim,
Cruéis, desfeitas,
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É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.
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Este pequeno estudo de investigação, utilizando dados oficiais publicados pelo INE,
mostra:
3- Num ano apenas, o desemprego de longa duração (com um ano ou mais) cresceu
39,1% em Portugal, mas o desemprego de longuíssima duração (com 25 meses ou
mais) aumentou 67,3%, o que revela dificuldades crescentes de uma parte significativa
dos desempregados em encontrar emprego podendo estar a caminhar-se, se não forem
tomadas medidas urgentes para inverter tal situação, para a exclusão social de um
numero crescente e muito significativo de portugueses. (quadro III).
4- Cerca de 74% dos desempregados têm apenas o ensino básico ou menos, o que
dificulta a sua reinserção no mercado de trabalho. Por outro lado, 97. 00
desempregados (cerca de 26% do total) têm o ensino secundário ou superior (43.600
desempregados têm o ensino superior), o que indicia um elevadíssimo desperdício de
mão-de-obra qualificada ou potencialmente qualificada num País de baixa escolaridade
(quadro IV).
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Assim, para além da taxa oficial de desemprego que já foi divulgada pelos órgãos de
comunicação social e que, entre o 2º e o 3º trimestres de 2004, aumentou 7,9% pois
passou de 6,3% para 6,8%, o que é um crescimento muito significativo num único
trimestre, o INE também publicou outros dados sobre o emprego e desemprego em
Portugal que é importante conhecer para se poder ficar com uma ideia clara da
dimensão deste gravíssimo problema social e económico, que está a causar sacrifícios
crescentes a centenas de milhares de famílias, assim como a sua previsível evolução no
futuro.
O quadro I, construído com dados publicados pelo INE e disponíveis para toda a gente,
permite fazer um balanço da evolução verificada, num campo fundamental para os
trabalhadores, nos últimos três anos.
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ccccccccccccccccccc Gustav Klimt ± Amor ± comparar com Não Posso Adiar o Amor
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Música:
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
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?eferências:
http://lugardaspalavras.no.sapo.pt/poesia/arrosa.htm
http://www.astormentas.com/andrade.htm
http://resistir.info/portugal/desemprego_500_mil.html
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