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“Mirosnizao pa Previntncra SocraL ADYOCACIA-GERALEA UNO. Conus Suen Esplanada cos Ministéfos,Bloco F, Sela 351 ~ CEP: 70.0 Tal: 1) 2317-5353 » (1) 3347-8207 — Fac (61) 3321-9625. 900 Bresa-DF wes@previdendagoxir PARECER/CONJURIMPSIN® 616/2010 Ret Proceso SIPPS h? 342438814 Bprovo. Publique-as, Brasilia, 2 $de de) o da 2010. EMENTA: DIRELTO _ PREVIDENCIARIO. BENEFICIO. SOLUGAO DE DIVERSAS QUESTGES JURIDICAS RELATIVAS A APLICACAO DA LEGISLACAO. O Secretirio- Executive do Minisiério da Previdéncia Social, ao ncatar 0 relatério final do Grupo de T:abetho instituldo pela Poriatie. n° 2.472, de 26 de maio de 2010, formulou consutia a esta unidade abordando, em abstrafo, questées zelativas aplicagio da legislag4o previdenciaria, com a Hinalidade de que sejam ditimidas, no amblto administrativo, divergéncias de interpretzgio estabelecidas enire o Instituto Nacional do Soguro Social - INSS ¢ o Consellio de Recursos da Previdencia S0tial - CRPS, 2. Colhe-se des autos que foram relacionadas, no total, vinte © oite quesides, que serio abeixo respondidas. 3. Eo breve relatério. Passa-se & andlise. Questia 1, O perinila de graga inicia cam a interrupyio das contribuigdes ou com a interrupso da atividade do contribuinte individual’, 3 PARECER.Gie-COMIURMPS-142010 ‘Ministénions Preymaxcia Social ADVOCACIA-GERAL MA UNIO Consultoria Juridica Ref. Processo SIPPS 1° 242438814 4. © patiode de graya, para a Lei de Beneficios da Previdéncia Social - LBPS Lei n° 8.213, de 24 de jutho de 1991}, constimi-se no mimero de meses, vatiévet segundo a categoria de seguredo, em que o teakalhador ampacade pelo Regime Geral de Previdéncia Social - RGPS mantém a cobertura pelo sistema, mesmo sem tet contribuido. Eo que se extcai do exame do act. 15 da referida Lei. 5. Ou seja, uma vex cossado o vineulo que gera automitica filisglio a RGPS, provroga-se por forga da Lei a qualidade de seemado ¢ 2 conseqtiente posstbilidede de clegibilidade a direitos, desde que cumprides os requisites de cada teneficio. Com ofeito, de acordo com o § 3° do art, 15 da LBPS, durante o prazo correspondents wo pericde de grape, 0 segurado conserve todos os seus diteitos perante a Previdéncia Social. 6 No ces0 do conhibuinte individual, estando enquedrado na categorie de segurado obtigat6tio do RGPS, o perlodo de graca ¢ de doze meses, a teor do incise II do art, 15 da Lei n° 8.213, de 1991. Esse prazo pode ser prorogado até vinto © quatra meses, caso o segurado tenha mais de cento vinte conitibuigGes mensais ao sistema, sem intecrupgdo que acarrete a perda da quatidade de. segueado ou se comprovar a situagto de desemprego, mediante registro no érgio competente do Ministério do ‘Trabalho ¢ Emprego ou do Ministézio da Providéncia Social. Se comprovadas cumulativamente as duas situagées, pode o perfodo de gtaga chegar a trinta ¢ seis meses. 7 A questo pontuado nos autos diz respeito ao terme inicial do perlodo de graga, é dizer, se é deflagredo com a interrupgio das conteibaiigSes ou com ¢ interrupgtie da atividade do contribuinte individoal, a Entendemos que o periodo de graga, para o conteibuinte individual, inicta-se com « interrupgo das contribuigées, pois a responsabilidade pela anecadagtio &, era reara, do proprio segurado (excepciona-se. 1 hipétese do att. 4° da Lei n° 10.666, ce 8 de maio de 2003, em cue a responsabilidade da wzecadagio & da empresa pare qual 0 coatribuinte individual presta servigos). Tal raciocinio decorre da interpretegio s’stemdtica do att. 15 da Lein® 8.213, de 1991, combinade como art. 30, inciso Ii, da Lei n® 8.212, de £991. % Neste sentido, o texma inicial do perfodo de grape do contribuinte individual cecairg, em regta, sobre o primeiro dia do més do pegamento da iiltima contribuigdo, pois, na reelidade, o pagamento é roferente ap més ce cobertura previdenviitia imediatamente anterior, Ressalte-se que 0 recolnimento da contribuigéo garante a cobermra pelo sistema duranic todo 0 més a que se refsre, 10, Ademais, ufla se pode olvidar que 0 recolhimento das contribuigdee ve 44:no més seguinte aa de cada competéncia, nos termos do inciso Il de art. 30 de Lel n° 8.212, de 1991. Assim, para que seja computada doterminada. competincia, é imprescindivel que tenha havido o respectivo recolhimento. zo IMtusrério Da PREVIPENCIA SOCIAL ADYOCACIA-GENAL DA UNIKO Consultoria Juti Ref Prooasso SIPPS n® 842430814 11, * Em sintese: para o conftibuinte individual, 0 termo inicial do perfodo de raga recai, em regre, sobre 9 primelro die do més do recolhimento da titima connibuigzo, relativa & competSncia imediatamente anterior, Questia 2, Com a morte de contribuinte individual que estava na qualidade de segurada, mas nfo estava em dia com as coutribuigdes, as contribuigdes podem ser qnitadas pelos sucessores? Tseo & pressuposto para o deferimenta da pensic? 12. Pare adequads resposta 20 questionamento, & necessério compreender que as relagdes de custeie ¢ de beneficio da Providéncia Social, embora interdependentes, guardam cera autonomia, Nesse sentido, para ter direito 2s prestagdes ¢ necessiio pisenciter os vequisitos da Lei de Beneficios, que inclusive flcaibiliza a relago de custcio espectfica em determinados aspectos, como ¢ 0 caso da previstio em tomo do perfodo de raga, na forme do ait. 15 da LBPS. 13, Assim, com @ moric do contribuinte individual am débito, mas ainda no periodo de graga, a pensio serd devida eos seus dependentes, independentemente da rognlasizagio da divida por parte das succssores. iM Ressalte-se que, & luz do art. 74 da LEPS, para ter ditcito & pensiio por morte € nevessitia comprovar a qualidade de segurado do instituidor ¢ a qualidade de dependente do interessido, O beneficio independe de petfodo de caréncia, na forme. do att. 26, inciso I, da mesma Lei, 15. Por outro lado, a coneessto da penso por morte pelo INSS nfio impede que a Receita Federal do Brasil efefue a cobrange de quem for responsével pelas conteibuigdox devidas pelos contribuintes falecidos, observados 0s eritérios ca legislacko em vigor. 16. Ademais, 0 pensionista no € responsivel solidétio pelo débito do instituidor com o RGPS, por falta de previstio expressa da legislagio. 17, Por fim, convém esclarecer que os dependentes do contibuinte individual em débito que perdex a qualidade de segurado por mio contribuir niio farfio jus oo recebimento de pensio. De acorda com o art. 102, § 2°, da LBPS, ‘Nao serd concedida pensdo por morte aos dependenies do segurado que falecer apds a perda desta qualidade, nos termos do art. 15 desta dei, selvo se preenchidos as requisites para obteneiio da aposentadoria na forma do parigrafe anterior”, bo Miierénions Previptncra SOCAL ADYOCAGIA-GeRALDA UNO YY Consultoria Juridiea Ref. Procasso SIPPS n° 342438814 Questia 3, Morte do contribuinte individual ha mais de 13 meses sem trabalhar, mas antes de veneido o prazo para recolhimento da contribuigho referente ao 13° més: ha qualidade de segurada na data do dbito? 8, A. questo envolve o termo final do perlodo de graga, sendo disciplinada pala legislago no § 4° do art. 15, da Lei n’ 8.213, de 1991. 19. Tel dispositivo, de forma obscasa, estabelece que a perda da qualidade de segurado se consum no dia seguinte ao do témino do prazo fixado no Plano de Custeio para recolhimento da contribuisfo referente 20 més imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados no art. 15 e seus pardgrafos, 20. Em liohas gecais, 2 Lei parte do pressuposio que é necessécia impedir a ocortineia de injustigas com o indeferimenta de beneficios por qitestio de dias, logo, estabeleceu um perfado extia de manutengio da qualidade de segurado, zlém dos meses estabelecicos nos ineisos do art. 15, ai. Pressupée-se, também, que cada segurado deve acompanhar seu perfodo de grapa e, se entender conveniente diante das circunstincias pessoais cm face do RCPS, ainda que nfo volte a execcer atividede obrigstoriamente abrangida pela Previdéncia Social, poder sempre filiar-se na categoria. de segurado Facultative, com base no art. 13 da Lei n? 8.213, de 1991. 2. Por exemple, pode suceder que féltem apenas alguns meses de contribuigio para detesminado tebalhador alcangar uma eposcntadoria, © seria extremamente injusio que nio alcangasse 0 teneficia exelusivamente por nfo conseguir wma nova colocage 10 meteado de trabalho para terminar de preeacher iodas 4s voncligdes do bencffcio. 23, Assion, em sintoaia com 0 raciociaie desenvolvide aas respostes As questies anteriores, & necessirio saber quando ccorren a iitima contribuicgo do contribuinte individual, Se assumirmos que se pessaam lreze meses desde a tiltime contcibuigto, mas nfo foi ainda esgotado a prazo para pagamento da contribuigia relativa ao décimo terceito més apés o afastamento, ainda que na categorie de segurado facultativo, nfo ha que se falar em perda da qualidade de segurado. E, conforme art. 30, inciso Ii, da Lei n? 8.212, de 1991, o prazo para o recolhimento pelos segueados conteibuinte individual ¢ facultative vai aff 0 dia 15 do més seguinte ao da competéncia. 2, esses iermos, percebe-se que o art. 15 da LBPS contém cuas regres complementares que entram em conifito apenas aparente, de um lado, o inciso If do art. 1S estabelece o perinda de graga de doze meses e, de cutro, a seu § 4” estende o termo final do period de geega para somente aps o témino do prazo para recethimento da contig previdenciriareferente ao dime tereeit més apés 9 afastamento, 4 IMutstémopa Previptxcia SOCIAL ADVOCACIA-GERAL D4 UNIAO Consultaria Turi Ret Procasso SIPPS n° 342438014 2s. No fim das contas, de acordo com a intexpretagzo sistemétion dos dispositivos ora examinados, 0 periodo de grapa para 0 segutado contribuinte individual niio é de exaios doze meses, mas de treze meses © quinze dias, por forga do § 4° do axt, 15 a LBPS, salientando que se deve iniciar a contagem do perlodo de gtaga sempre a partir do primeizo dia do més de pagamento de tltima contribuigdi. Questio 4, Tneapacidade do cantribuinte individual hi mais de 13 meses sem frabalhar, mas antes de vencido o praze para recolhimento da contribuigdo referente a0 13° mas: hf necessidade de recafhimento da cantribuigaa referente 0 13° més para manutengfo da qualidade e deferimento do beneficio? 26, Na mesma linha da sesposta 2s questéics anteriores, perecbe-se que 0 segurado cumprirA o requisito relativo a qualidade de sezurado para obtengéo de beneficios se, na data da cavacterizagio do fato geredor incapacidade, encontrar-se amparade pelo § 4° do art. 15 da LBPS, que estabelece o termo final da quelidade de segarado pot forga do perlodo de graga, at. Teatando-se de beneficio par incapacidads, deve-se registrar que nfo basta a qualidade de segurado ¢ a incapacidade, pois, em regra, deve ser cumprida a caréncia de doze contribuigéics mensais, nos termos do att. 25, inciso I, da Lein® 8.213, de 1991, 28. Ainda dm Rice do § 4° do att, 15 da LBPS, 0 INSS nic poderd exigit pagamento do segurado que se incapacitou ¢ requerew o beneficie enquanto zinda néo esgotado o prazo para recolhimento da contribuigéo do décimo terceiro més apés a interrupoo das contribuigées. E que, além de nfo estar configurada mora do devedor da contribuigio, a lei de bencficies efetivamente nfo condiciona 0 reconhecimento do ditvito 0 pagamente dessa contribui¢io, 29, Ressalte-se que os requisites do suxilio-doenga, & luz de art, 59 da LBPS, sfio qualidade de segurado, porfodo de caréncia de doze meses ¢ incapacidade para o trabalio. No caso de segurados empregados a incapecidade deve ser superior a quinze dias consecutivos. 30. A. propésito, coavém distingnit os conceitos de porfode de caréneia & de petloco de graga, fiuto de muita confusio, 31, Feriode de caréncia é 0 tempo minimo de meses de contribnigz0, desde a insexisfio junto a0 RGPS, para que o segurede se fage elegivel a um detorminado beneficio. Conta-se ‘0 perlodo de caréncia em nlimero de meses de contribnicgo. b IMnusréniona PREVIDENCIA SOCIAL ADYOCACIA-GERAL IA URLAO BP’ Consultoria Juvfaica Rot Procasso SIPPS n? 342436814 32, As aposentadorias programadas (idade, tempo de contribuigto e especial) slo os que exigem maior perfodo de caréncis, equivalente a cento ¢ oifenta meses de contribuiggo, pela regra geral do art. 25 da LBPS, Ji o menor perfodo de earéncia previsto na Lei é do salério-motemicade para as segutadas contcibuintes individuais e facultativas, equivalente a dez. contribuigdes mensais (conforme art. 25, III, da LBPS), 33, © fundamento do perfodo de caréncia esté na exigéncia de sustentabilidade a longe prazo do regime previdereistio, principio estabelecido no “caput” do art. 201 da Constitaigso. Assim, o RGPS deve evitar o reconhecimento de direitos de individuos que tenham se filiado apés a materializagto do risco social objeto de cobestura. 34, Na outra milo, o periods de graga consiste no tempo adicional de cobertura previdencidria, independente de contribuigdes, apés a cessago das mesmas, Ele oropicia 0 reconhecimento do direito mesmo apse 0 segurado deixar de contribuir, [imitado a um certo petiodo, Em sume, enquanto o perfodo de earéncia € 0 tempo prévio de contribuigiio exigido em cada tipo de beneflcio, o perfodo de graga é 0 tempo de permanéncia gratuita cotno filiado ao regime, aps a cessapéo das contibuigtes, Questo 5, Ocorrendo perda da qualidade de segurada dentro dos 28 dias que antecedem o parto, hi direito ao saldrio-maternidade? 33. Segundo o art. 102 da LBPS, a perda da qualidade de segurado importa em caducidade dos direitos inerentes a essa qualidade, salvo se for careoterizado direito adquirido a uma aposentadoria antes do terme final do perioda de praga, situacfo em que tatnbém estar garantida a concessfo da penstio por morte decorzente. 36. Quanto ao seldrio-maternidade, a LBPS estabelece, no sou art, 71, 08 critérios para sue concessio, a0 dispor que ¢ devide 4 segureda da Providéncia Social, durante cento c Vinte dias, com inicio no perfado entre vinto © oito dias antes do parto @ a data de ocorréneia deste. 37. Assim, 0 salétio-matemidade poderd iniciar-se a pattit do vigésimo oitavo dia que anteceder 0 paito, a pedido da prSpria segurada, pois nifo 6 exigida a comprovagzo de recomendecdo médica para o afastamento do trabalho nesse periodo, 38, ‘Muito embora o art, 102 da LBPS, nos seus §§ 1° © 2’, expressamente reasalve apenas o diseito adquitido a uma aposentadoria 6 sua pensto decorrente, deve-se dar uma interpretagSo extensiva ao dispositive, por forpa da gatantia constitucional & soguranea juridica, cujo escopo é a protegto ao diroito adquiride, 20 ato juridico perfeito © i coisa julgeda, ¢ que tem assent no att. 5°, inciso XXXVi, da Constituigéo, zo Mnusréniona Prevmive soca, ADVOCACIA-GERAL DA UNIO, Consultoria Juridica Raf: Process SIPPS n° 242428814 39. De tal sorte que, se a gestante encontra-se no perfodo de graga até o vigésimo oitavo din que anteceder 0 parto, ter dirsito adquiride ao cecebimenta do beneficio, néo restando caracterizada — ao contratio do que leva a eret 0 enuneiado dz questfio — a pends da qualidade do seguada. Na reslidads, no ocoreu a mencionada potde de qualidade de segurada, se a gestante ingressou nos vinie ¢ oita dias que antocedem o parto com eosa qualidade. 40. Nesse sentido, partindo da premisea de que a segurada conserva seus direitos perante a previdencia social ducante 0 perlodo de graga, na forma do art. 15, § 3°, da LAPS, ao ingreassar no perfodo de fruigdio do salétio-matemidada com essa qualidade, & dizer, se no vigésimo citavo dia que anteceder o parte ainda mantenha a condigso de segurada, © beneficio estard amperado pela garantia constitucional do direito adquirido. Questia 6, Hi vedacio para o fracionamento da percengie do salfrie-mafernidade, de modo que seja do empregador a responsabilidade pelo beneficio enquanto perdurar o contrato de trabalho tempordrio e da INSS « 6nus de seu pagamento eps a cessapio do vinewlo? al. ALein® 8.213, de 1991, nada dispte sobre o salério-maternidade no easo de empregada que firma contrato de trabalho temporério. As seguradas emptegadis € destinado fratamento unifortne, a, Por ontto lado, a Lei prevé expressaments que, no caso de empregada, a empresa fica obrigada a pagar o salério-matemidade devido & gestante, efptivando-se a compensagio, obscrvado @ disposto no ait. 248 da Constituigto, quendo do recolbimento das contribuigies incidentes sobre a folba de saldrios e demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer tftulo, A pessoa fisica que Ihe preste servigo (a propSsito, ver 0 art. 7), § 18, da LBBS). 4B. Como a Lei, no sex att, 72, no distingue entre 03 conttatos de trabalho firmades pela cmpregada, entendemos que & dever de empresa terminat de pager o beneficio nessa situagdo, mesmo apds a extingdo do vinculo empregaticio, até porque néo seré prejudicada, jé& que fau8 jus & compensagio com as contribuigles devides sobre a respectiva folha de saldrios. 44, Assi, 0 beneficio, devido em quatro prestagses equivalents & remuneragiio integral da seguzada, deve set pago pela empresa ou, quendo « Lei assim 0 determing, diretamente pelo INSS, no existinda previsio de fracionamento da vesponsabilidade, 45. Deve-se ressalvar os casos cm que a extingto do contrato de tabelho temporérin se opera regularmente antes da data de inicio do beneflcio, Nessas situagSes, 0 7 Bw IMunsrixio ba Paevmencta SoctaL ANVOCACTA-GERAL 14 USTED Consultorin Juridica Rok Frocosto SIPPS n° 242430814 beneficic serd devido dietamente pela previdéncia social, pois, na realidade, # segurada estari no perlodo de graga, na forma do act. 15 da LBPS. Questo 7, Cabe concessie de salirio-maternidade 4 segnrada desempregada mesmo antes da previsio expressa do regutamento, com base unicamente na Lei 8.213/1991? 46. A nova redayfo dada ao ait, 97, parégrafo tnivo, do Regulamento de Previdéneis Social - RPS, aprovade pelo Decreto n? 3.048, de 6 de maio de 1999, que ‘passcu 2 comiemplar expressamente a concesso do salério-matcmidade & sogurada empregada durante 0 periodo de graga, entrou em vigor no dia 14 de junho de 2007, data da publicaglio do Desreto n° 6.122, de 13 de junhe de 2007, 41. Por autio lado, a redagéo original co art. 97 do RPS dispunha que o salério- matemidade da emprepada seria devido pela Previdéncia Social enquanto persistisse 2 relagto de smprego, observadas as tegras quanto a0 pagamento do beneficio pele empresa, sem menoionat a possibilidade de pagamento durante 0 perfodo de graga. : 4B Hi om prinefpia de hermendatica que diz. que a aplicabilidade das nomas deve ser, em regra, para 0 fuuo. Em diseto previdencidtio, especialmente para o RGPS, essa diretriz é deextrema releviincia, na medida em que a ctiagtio, majorarzo e extenstio de beneficios com sficécia setmoativa inexoravelmenle poderia traduzirse om graves conseqiiéncias para o sistema, tanto do ponto de vista operacional, haja vista a necessidade de reandlise de bonciicios deferidos e indeferidos, quanto do ponto de vista financeiro, por farga de elevados cnstos adicionais com pagamentos retreativos, ptejudicando a relactio de coquilfbrio entre recsitas © despesas, 49. Além disso, sobre a miss#o do regulamento do dizcito administrative, por Porga do ari, 84, incisa TV, da Constituiglio, sabe-se que a sua finslidede 6 & “tfiel exeougio da Jel”, nfio podendo alterar, scja paca ampliar ow resteingir, o conteiide de disposigdes do seu respectiva parimetra legal, sob pena de nvlidade, 50 Existem casos, todavia, ros quais a alterapo da norma zegulamentar no representa obsigatoriamente a invelidagio da disciptina anterior, mas téo-somente a mudange de uma diretriz interpretativa perfeitamente vilida ¢, por conseguinte, a. escola por uma melhor regulamentayfo do objeto do decrcto nounativo. 51. Eo que sucede quanto ao art. 97 do RPS, devendo ficar vegistiada a anterior polémica em relagdo 2 possibilidede, ox nfo, de garantia do salério-metemnidade apés a extinggo do-vincule emprogaticio, dadas as peculiaridades desse beneficio. 52, A Lei n° 9,784, de 29 de jancivo de 1999, cmbora tenha 0 proceso administrative federal como sen objeto principel, revela um principio de extrema 8 a DMnISrARIODA PREVIDENCIA SOCAL ADVOCACIA-GERALDA UNIAO Congultoria Jurldicn ee Ret Processo SIPPS n° 342430614 impoctincia na matéria, nc dispor que interpretagio da norma administtativa deve seguir a foxma que melhor garanta 0 atzndimento do fim ptiblico a que se ditige, sendo vedada aplicagio retrontiva de nova interpretayio, 53. Nesze sentido, conclui-se que a naya redago do art. 97, parégrafo tinico, do RPS, nos termos do Decreto n° 6.122, de 2007, ¢ aplicdvel apenes pava os fatos geradores de saldria-maternidade ocorridos a partir de 14 de junho de 2607. ‘Questia 8, Empregada demitida sem justa causa durante s estabilidade gestacional: 0 saldvio-maternidade deve ser pago par intermédio da empresa ou diretamente pelo INSS? 34, Extiai-se do pardgrafo Unico do art. 97 do RPS que, nesea situagtio, a responsabilidade pelo pagamento do beneficio ¢ da emprese. Tal dispositive prevé expressamente as situagdes om que a segurada no periodo do graga fard jus 60 bereticio ago pela Previdéneta Social, quais sejam: demissio antes da gravidez ou, durante gestagii, por justa cause ou a pedido, Percebe-se que foi exclufda a hipétese de demissio. sem justa causa, justamente por conta da responsabiiidade da emp:esa, 55, A rezio da omissic € que 0 INSS deve evitar o risco de pegar o beneficio om duplicidede, ao eftinar o pagamento direto & segucada ¢ a empresa requerer ulterior compersagio, mediante prova de que também efetuon o pagamerto & segurada, a0 zeinteged-la ou ao indeaizé-ts, 56. ‘Nesse sentido, cumpro onfatizar que a empregada faz jus & reintegraco no emprego por forga da estabilidads, ou A indenizasio dos salarios e demais diveitos, se ullfapassado 0 periodo respective. Lembre-se ainda que o art. 71 da LBPS oriente no sentido de que, para fins do salério-maternidade, deverdo ser observadas as situagGes ¢ condiges previstas na legislagiic no que conceme & protegdio a meternidade. Questiio 9, Professor que exercen a atividade sem habilitagSo legal, no perindo posterior 4 Lei n, 9.394: € possivel a contagem pare fins da aposentadoria de professor (art. 56)? 51, Ne sistema atuel, por fora do art. 201, § 8°, da Constitvigtio, o professor tem direito & antecipagdio de zposentadoria por tempo de contribuigéo aos txiata anos de contribitiefo (se homem) e aos vinte ¢ cinco enos da contribuigao (se mulher), com renda ‘mensal inicial equivalente a cem por cento do safério-de-beneficie, 38, A Lei n° 8213, de 1991, nfo prevé expressaments a oxigénoia do comprovaglo de habilitacio legal, assim entendida como a fermagao profissionel em 2 9 Muusrériops PRivibbycra Social ADYOCACiA-GERALDA UNIAO Copsvltoria Juvfaien Rok Provoceo SIPPS n° 342438814 instituipgo reconhecida, previamente 20 exerclcio da atividade, para comprovagio de atividade de professor, parn fins do beneffcio instituido no seu art. 56, 59. No plano regulamentar, o RPS, no sou ert, $6, disciplina o que se deve entender como stividade de professor: aquela exetcida, exclusivamente, em “funcio de miagistério” na cducago infantil, no ensino fundamental ou no ensina médio, devendo ser consideteda por “flange de magistério” a exercida por professor em estabelecimento de educagia basica em sous diversos nivels ¢ modalidades, incluidas, além do exereicio da docéncia, as fungGes ce diregdo de unidade escolar e as de coordenagdo ¢ assessoramanto pedagégico, 60. Nesse sentido, como nifo hé qualquer exigéneia especifica da legislagio prevideneiéia, as disposigies legeis referentes & exigénoia de habilitagdo prefissional para © excreisio da atividade do professor, constantes da legislagio especifica, nfo se corsideram deferminantes no Embito do RGPS, para fins de reconhecimenta de dieltos. 6. Pare o INSS, inclusive, haverd presungia de habilitagio profissional se for comprovada a atividade por moio des soguintes elementos probatbrios: a) dos registtos em Carteira Profissional ou Catteira de ‘Irabalao e Previdéacia Social, complementados, quando for © cea0, por declaragio do estabelecimento de ensino onde foi exescida a afividade, sempre que necesséria essa informapdo, para efelto de sua caracterizagq; b) informagdes consiantes do Cadastro Nacional de InformagSes Socisis - CNIS; ou c) Cottidito de Tempo de Contribuigéo - CTC nos termos da contagem recipioca pata 0 perfodo em que estove vinculedo a Rogimo Préprio de Previdéncie Social - RPPS. Nesse sentido, cispée o art. 228 da Instrugzio Normativa n° 45, de 6 de agosto de 2010. Questiio 10, As alleragtes da Lei u, 11.718/2008, art, 10 (defiui¢do Tegal de segurado especial), aplicam-se aos requerimentns de heneficios pendentes tle decisso’ 6 © segurado especial, no regime atual da LBPS, é, em siotese, 0 pequeno produtor rural pessoa fisica que explora atividade agropecuéria, inclusive o seringueira oo extrativista vegetal, hem como o pescador artesenal, que tabalham individvalmente ou em regime de economia familiar 63, A Lei n® 11,718, de 20 de junho de 2008, como diz o proprio emnciade da questio, actescenton novos parémetres ao mareo legal da categoria, de um modo geral, petmitindo um maior aprofindamento ¢ flcxibilidade ao conceito pam fins do enquadtamento pela INSS, contudo, sem alterar aspectos essenciais da definicio. 64, A diivida & saber a partir de quando incidem os novos pardmetios Jegais para cnquadeanento como segurado especial, pacticularmente se so vilidos para os 10 MWRISTERIO DA EREVIDENGIA SOCIAL ADYOCACIA-GERAL DA DLO Ref, Processo SIPPS n® 342496014 requerimentos de beneficins pendentes de decis#o pelo INSS, ne data da vigéncia da Lei, que foi publicada em 23 de junho de 2008. 65, A resposta é afiemativa, aa medida em quo a legislegto apenas aprofindou alguns aspectos do conceitn de sesursdo especial. Ademais, seria desarmazoado exigir que os scguracos enquadiados na nova norma tivessem os seus beneficios indeferides ¢, soments entfo, levados a reapresentar seus pedidos, pudessem ter a sua situacdo avalisiia ona base nesses crltérios. 66. & bem de ver que nfo se defends, neste parecer, a aplicagio setroativa da nova Lei, mas tfo-somente a incidéncia imediata dos seus ctitérios aos processos pandentes de decistio no émbito administrative (INSS on CRPS), nilo podendo, por essa razfio, gerar pagamento de beneficio de forma retroativa a daia de vigéncia da Lei n° 11.718, de 2008, Nessa Jinha, inclusive, os sogundes dovergo reafirmat « data de requetimento do beneficio pataa data da entrada em vigor da Lei n° 11.718, de 2008. Questdo 11, Valor da renda familize para concessfo de BPC da LOAS: o beueficio previdencifrio de valor miaimo, recebido por familiar idosa, integra ou nio 0 montante da renda? 67. A resposta € afiumativa, & luz do art. 6°, inciso IV, do Regulamento do Beneticio de Prestagio Continuada - BPC, aprovado pelo Decreto n° 6.214, de 26 de setembro de 2007, 68, De acorde com citade nouna, para os fins do reconhesimento da dircito ae beneticio, considera-se renda mensal bruta familiar a soma dos rendimentos brutes auferides mensalmente pelos membros da familia composta por salétios, proventes, pensdes, pensdes alimenticies, “beneflcios ce previdéacia piblica ou privade”, comissSes, prs-lebore, cuties rendimentos do trabalho ndo assalaciedo, rendimentos do mercado informal ou aut8nomo, ceadimentos aufetidos do patriménio, Renda Mensal Vitaticia ¢ Benelleto de Prestagdo Coniinuada, ressalvado o disposio no parégrato nico do ast. 19, disposigdio que remete & excecSo do art, 34, pardgrafo tinico, da Lei n° 19.741, de 1° de outubro de 2003 (0 Estatuto do dose). 6, Nesse caclocfaio, entre 08 “beneficios de previdéncia piblica” excontrain-se os citados beneficios previdencifrios no valor igual a um salério minimo, tais como aposentadorie, pensto, auxllio-doenga etc. 70, Apenas a thtalo de esclarecimento, vonvém referir que o paragrafo tinico do att, 34 do Estainta do Idoso’ exelui da renda mansal bruta familiar, para fins de reconhecimente do direito ae BEC a0 Idoso, ¢ beneficio j4 concedide a qualquer membro "i (Mmvistinio a PREVIDENCIA SOCIAL ADVOCACIA-GERAL TA UNO Consultoria Yuridica Rol, Frocesso SIPPS n° 942400814 da. familia. Nesse sentido, dispSe expressamente 0 pardgtafo iinico do art. 19 do Regulamente do BPC, Questia 12. O entendimento de que a pousio por marte i dependente maior invilido & devida somente quando a invalidez tenba ocorrido antes da maforidade previdenciiria & aplicivel apenas aos beneficios decorrentes de dhitos acorridos a partir da vigéneia do Decreta 6.939/2009, que deu nove redagao ao inciso TI do art. 17 do Decreta n° 3.048997 a. Na toclidade, a citada regra coneta do art, 108 do RPS, na redago dada pelo Decreto n° 6.939, de 18 de agosto de 2009, assim redigido: “A pensdo por morte somente seré devida ao filho o ao irindo euja tnvalides fenha ccaride antes da emancipagéo ox de completar a idade de vinte e um anos, desde que reconhecida ou comprovada, pela pericia médica do INSS, a centinuidade da invalides até a data do ébito do segurado” DR, Brtondemos que néio se trata de uma hipstese de mudanga de interpretapio, a ensejar a aglicagte do principio da ineioativicade da nova interprelagtio no ambite do processo administrative, pois ndo havia norma expressa em sentido diverso. B Portanto, o dispostono art. 108 do RPS ¢ aplicdvel a todos os requerimentos de beneficio pendentes de andlise a pattir de 19 de agosto de 2009, data da vigencia do Deorete n° 6.939, de 2009, independentements da data da dbito do segurado instituidor do beneficio. Questo 13, A informaslo por parteda empresn de utilizacio do EPL e de sun eficdcia constitui motive para 0 néo reconhecimento da atividade exercida sub condigdes especiais? 74, © dircita & aposentadoria especial no émbito do RGPS esti provisto no art. 201, § 1°, da Constitui e decore do exercicio, por parte do segurado, de uma ativicade sob condigées prejudiciais 4 sua sade ou integridade fisica. 7, Néo se trata de beneflcio por inoapacidade (saja real ou prosumidn), mas de modalidade diferenciada de beneficio por tempo de contribuigSo, de quinze, vinte ou vinte cinco anos, confome o gran de nocividade do agente presente no ambiente de teabalho. 16. A comprovegdo da atividade especial cncontra-se atualmente disoiplinada no art. 58 da Lei n° 8.213, de 1991, o qual nfo exclui, express ov implicitamente, o direito A aposcntadoria especial se for atestado, no laudo téonico, a informagto de que a empresa fornece aos segumdos Equipamento de Frotesdo Individual - EPI que sejaeficaz. AMituerinion4 PREVIDENCIA SOCIAL ADYOCACIA-GHRAL DA UNO BE” Consultoria Juridien Ref. Processo SIPPS n® 242438614 7. Ora, s@ fosse imprescindivel a comprovepio de que houve prejulzo efetive para a sade ou integridade fisica éo segurado, estariamos diante de uma modatidede de beneficio por incapacidade, o que nfo € 0 caso. Basta referir que nfo ha qualquer provisto de a perlcia médica avaliar da condigdo de saide do segueado, para fins da aposentadoria especial. 2B. Por outro lado, a exiggacia da lei sobre a comprovagtio da efetiva presonga dos agentes nocivos no ambiente de trabalho, imprescindivel pare que haja enquadramento na aposentadoria especial, bem como a exigéncia de informagfo, no lauda técnico respectivo, sobre cs B?Is fornecidos ¢ sue eficdcia, nfo impede que os segurados utitizem equipamentos de protegfo elicazes contra esses agemles, tamponco exoncra_ os empregadares da. reocthimenta da contriduiglio adicional para financiamento da aposcntadoria especial Dp. Em wesumo: os seguradas devem protegcr-se contra agentes nocivos presentes no ambiente de trabalho, sem que com isso fique automaticamente descaractezizado o seu dircito A aposcatadoria especial ou afastado 0 dover de recolhimento, por parte dos empregadares, das contribuigées adicionais, devidas independcntcmente da efivdcia dos EPls. Todavia, compete ao sogurado comprover, em cada caso conereto, que o$ agentes nacivos estavam efetivamente presentes no ambiente de ‘tiabalho, durante toda sua jornada, devendo constar do Jando técnico infxmagto sobre 0 gran de eficiéncia dos EPIs utilizados. Se a prova for incontestivel de que os EPIs climinacam o risco de exposigfo ao agente nocivo, reduzindo-lhe 4 intensidade a limites de tolerfncia, a tempo de contribuigho ser contado como commum, por forga do ndo atendimento avs §§ 3° ¢ 4° do ect. $7 da Lei n° 8.215, de 1991. Questo 14, Computa-se parn ofoite de earéncia o periodo em que o segurado usufruia beneffcio do ausflio-doenea? © fato de ter o segurado yoltado a contribuir no momento imediatamente posterior & cessugio do auxilio.doenga permite xeja computado para fins de caréncia o periods do gozo do beneffclo, como tem decidide o cRps? 80. No regime da LAPS, o perfodo de casSncia equivale ao mimero de meses de contribuigso necessdtios pata o segurado se tomar elegivel a um beneficio (art, 24 da LBPS), Nem todas as prestapdes do RGPS dependem de caréncia, Os casos de dispensa estiio elenvadios no art. 26 da Lei n? 8.213, de 1991. Assim, computam-se para efeito de caréncia os meses de efetiva cortribuiga ac RGPS. Em sitnagdes detecminadas presume- se 0 recolhimento pata efeito de beneficios. 81. Assim, h4 casos em que niio € necesséelo que o segurado comprove a contribnigdo propriamente dita, mas o evercicio da atividede, eomo & a situagia eléetiea dos segurados emprezados, por forga do art. 30, incise i, da Lei n® 8,212, de 1991, Os 3 3 MINISTERIODA PREVIDENCIA SOCIAL ADYOCACLA-GaRAL DA UWVEAO Turidien RRof, Proceaso SIFFS n® 2424980 14 empregados comprovam perante o INSS que trabalharam para determinada empresa, Nao pode o INSS exigir prove do recolhimento das contribuigdes sociais cotrespondenies 0 jparfode de emprego. 22. Fm resposta d primeica indagacdo, entendemos que nio poderé ser computado petfode de reecbimento de beneficio pata fins ce carénofa, por nfo se treter de period de contribuigdo em uma das diversas categorias de segurecio, como exige a lei para essa finalidade, Ademais, o fato de o sogurado for voltado a contribuir no momento imediatamente posterior A cessagio do auxllio-doenga nfo permite seja computade para fins de caréncia © perfodo de go20 do benetici 83, A caréncia € medida em moses de contribuigito, que no se confunde com meses de recebimento de beneficio, eontraditério ¢ ilégico que se cumpra determinada caréncia, necesséria ao beneficio, justamente compatando-se o de tempo derecebimento de outro beneficio. Hi beneficios, contudo, como anxilio-acidente, em que ado hé sequer afastamento do trabalho, raas o que deve sex computado niio é o tempo de beneficio, mas o tempo de contribaigso. 34, Na Lei n° 8.213, de 1991, bd um dispositive na subsegio destinada & aposentadoria por tempo de contribuiedo que gera bastante controvéisia sobre o tema, que € 6 inciso TI do art, 55, Diz ele que seré computado, como tampo de contribuigda, o perfodo iatarcalado om gue o segurado esteve om goza de auxilio-doenga oa aposentadoria pov invalidez. 85 O que ocorre & que, para fins do veneficio de aposentacoria por tempo de contribuiga0, a Le! buseou, excepeionalments, minimizar os efeitos dos efastamentos do ‘trabalho por motivo de incapacidade, detetminando que tais perfodos, quardo intercalados entre perfedos de atividade, sojam efativamente inseridos no cileulo de tempo de contribuigio, para nfo ceusar prejui2o graves aos segurados. 36, Repare que nfo foi mencionado o auxilio-acidente (art. 86 da LBPS), jjustamente porque ndo hf que ce falar om afistamento do trabalho, o que ocore apenis: ‘quando € concedido auxilio-doenga ou aposentadoria por invalidez. 87, Ademais, lembre-se cue © perfodo de caréncia da aposentadoria por tempo de contiibuigko 6, em regra, de conto 6 oifenta meses de contribuigZo, equivalente a quinze anos (art. 25 da LBPS), Assim, por exempio, pava efeito da apasentaderia por tempo de contribnigao integral, 0 segurada do sexo masculino, dos trints ¢ cinco anos necessétics, podera comtar com até vinte anos de tempo intercalado de recebimento de auxilio-doenca ‘ow aposentedoria por invalidez. oS “ IMitasréRio pa Previpincta SOCIAL ADYOCACIA-GERAL D4 UNIAD Consultoria Juridica Ref Pracasse SIPPS n° 242492814 Questo 15, A boa-fé do segurado é fator impeditive para a restituigto de valores de penefieios equivocadamente concedidos ou majorados administrativamente, por forca de errdnea interpretagio da norma? 38. No ambite do ROPS, para que fique delineade a sitzagto de pagamento de beneficio indevido, ac todo on em parte, é necessitio que 0 Fato fique comprovado em sede de processo administralivo no qual deve ser assegurada ampla defesa e contraditéxo a0 beneficiétio, por forga da garantia constitucional ao devido processo Legel (art. 5, inciso LLY, da Constituigo), 89, Por ontro lado, a leglstagtio em vigor nfo permite o perdido da divida 20 segurado recebedor de beneiicio indevide, mesmo se ficar caracterizada sua boa Permite-se apenas 0 parcelamento do débito ou a sus consignagie, quando o beneficifxio for recebedor de outro beneficia do INSS. Fo que se extrai da leitore do art. 115, inciso Ii e§ 1‘, daLBPs. 90. © Regulamento da Previdéncia Social, no seu att. 154, contém alguns pardimetros mais detalhados sobre como proceder ao ressarcimento do erie, Questo 16, O limite de meio salario miuimo estahelecido pelas Leis n's. 9.533/97 € 10.689/2003 deve scr considerado para fins de aferigio de miserabilidade em. substitui¢do ao previsto na Lei n* 8.742/93 (14 SM)? ol. Os requisites pata a concesstio do beneficio de prestagdo continuada da Assisténcia Social - BPC, sob operacionalizagiic do INSS, encontram-se delineados no art. 20 da Lei n° 8,742, de 7 de dezembro de 1993, a Lei Orgénics da Assisténcia Social - LOAS, 92. Entre os requisites do beneflcio, é necessirio comprovar o estado de hipossufieiéneia econémica da familia da pessoa com deficiéncia on idosa, que consiste numa vende familiar mensal inferior a um quarto do salério m{nimo per capita, por forea do § 3°do art, 20 da LOAS. 33. Em 2007 foi editado pelo Foder Executive 0 novo Regulamemo do BPC/LOAS, aprovado pelo Docreto n° 6.214, de 2007, por meio do qual se resfirmou a exigéacia da comprovagao’ do requisito previsto no § 3° do art, 20 da LOAS, nada dispoado sobre a elevapi do limite para o patamar de meio saldrio minimo per capita. 94, A propésito, o art, &, incise 1V, do Regulamento anexo a0 Decteto n’ 6.214, de 2007, estabelece: “Para os fins do reconhecimento do diretto ao beneficin, consicera- se; IF - familia ineapax de prover a manutengéio da pessoa com deficitneia ou do idoso: zs 1s IMiiistério ns Prevpencta SOCAL ADYOCACIA-GERAL DA ONLAO Consultoria Jurfalea Ref: Provesea SIPS n° 342490814 aquela cuja renda mensal bruta familiar dividida pelo mimero de seus integrantes seja inferior a umn quarto do salério minim; (..?. Questio 17 Os titnlares de aposentadorias despachadas eni data aitterior & publieagao da Simala AGU w° 44, de 14/09/2009, eujos beneticios de auxilio-ncidente - (B36 e C94) foram cessados em raza do anterior entendimento pela impossibilidade de acumulagio, sia abrangidos pelos efeitos da referida stimula? 9%, De acordo com o att. 86 da LBPS, 0 euxflic-ccidente constitu modalidade de bensficio indenizatévio, devido ao segmado quando, apés consolidagto das lesdes decomentes de acidente de qualquer naturoza, rosulfen(em) seqiiela(s) que implique(e) 2a redus#o da capacidade para o trabalho habitualmente exercigo, 98, Até a edigio da Lei n° 9.528 de 10 de dezembro de 1997, no havia disposigéio expressa na LBPS proibindo a cumulagio de auxilio-acidente com aposentadoria, ‘Tal disposigfo foi inserida por essa Lei, fruto da conversa da Medida Proviséria n° 1596-14, de 10 de noyerabro de 1997. 97. A mesma Lei previn que o velor do auzilio-acidente, embore eessado com a aposcniadoria, seria incorporado ao salério-de-beneficio para céloulo de aposentadoria, nos moldes do ait, 31 de LEPS. A indenizagio devida om raztio da seqtiela deverta cessar na medida em que inexisteate o fundamento primordial do beneficio, qual seja, a reparegxo em Vittade da redugfio parcial da capacidade lsboral da segurado, Ora, uma vez aposentado pelo RGPS, 2 indenizagéio mensel 20 seguiado perderia por completo sua finalidade, 38, A Previdencis Social defendeu ao longo dos anos que, para fazer jus 40 recebimeato cumulade dos beneficios de aposentadoria e auxilio-acidente, deveria ficar caracierizado 0 direito adquirido 4 cumulagzo. Ou seja, a direito adquirido ao recebimento concomitante de apesentadoria © auxllio-acidente deveria estar perfectivilizado entes da entrada em Vigor da MPV n° 1.596-14, de 1997, convertida na Lei n? 9.528, de 1997. 99. 0 Poder Iudicidrio, contudo, entenceu de forma diversa, posicionando-se ro sentido da exigéncia apenss de divoito adquiride ao quxilio.acidente antes da nova egislacde, A Simuiz n° 44 da Advooscia-Geral da Unifio veio para pacificar o entendimento jurisprudencial xo Ambito administrativo, e com isso propiciar a reduglo de demandas judiciais contra 0 INSS. 100. A propésito, segue repioduzido o inteiro teor da Simuta n° 44 da AGU: “E permitida a cumslagio do baneficio de cuxitio-acidente com beneficio de eposentadoria quando a consolidagdo das lesies decorrentes de acidemes de quatquer natureza, que resulte em sequelas definitivas, nos termos do art. 86 da Lei n° 8213/91, tiver ocorrido 8 10 de rovembro de 1997, inclusive, dia tmediatamente anterior & entrada em vigor da ts 3} Mimnsrémo pA Previpincia SOCIAL ADYOCACIA-GERAL DA UNIAO Consultorta di Rat Processo SIPPS n? 242498814 Medida Proviséria n* 1.596-14, convertida na Let n° 9.528/97, que passou a vedar tal acumailagéto”. 101. Por sua vez, a Simule n® 44 de AGU, consoante texto acima, néo prevé expressamente que os beneficios de auxilio-acidente, cessados até a sua edigdio, seriam de ofleio zestabelecidos pelo INS. Portanto, a resposta ao questionamento é negativa, ou seja, 03 bensticios cessados, a principio, permeneceraic como esto, até porque foram jineorporados no célenlo do saldxio-de-beneficio das aposentadories que Ihes substitufram, 102. Nesse sentido, a revise ev-offoio para restebelecimento dos auxilio-acidente cessados antes da Stmula a° 44 de AGU deveria acarcetar, come conseqtéacia incxorével, 4 propereional redugo dos valores das sposentadorias correlatas, causando insegaranga Juridica ao INSS. Questfio 18, HA possibilidade de emisetio de CTC, computando-se o tempo de serviga prestado peto trabulhador rural anteriurmente & competéncia novembro de 1991, independentemente de indenizngiio? (Nio hé diivida de que ndo & possivel a contagem reeiproca, A diivida refere-se ao direito de certidao) 103. 0 direity de certidas inseze-se no rol dos diveitos fundamentals, provisto no att, 5° da Constituigio (inciso XXXIV, alinea “b”). Come todo direito, nfo é absolato, no sentido de que o seu exerefcio deve respeitar o principio da razoabilidadc, 104. A Certidae de Tempo de Coniribuigie - CTC € 0 documento que materializa a determinagio prevista no § 9° do ari. 201 da Constituigga e somente é emitida para fins de’ contagem recfproca do tempo de contsibuigsi entre 0 RGPS e os Regimes Préprios de Previdéneia Social - RPPS dos Estados, Municipio ¢ Distrito Federal que os instituirem, 195, © art, 128 do RPS, no sea { 3°, expressamente disciplina qua a CTC somente seré emitida peio INSS contendo tempo de servigo russ] anterior a novembra do 4991 mediante prova do recalhimenta das ocintribuigies correspondentes ou indenizagéio, 106. Assim, a prova do recolhimento das respectivas contribuigies ou indenizag#o do perlodo correspondents ¢ cequisite pate o deferimento da osttidéo, Portanto, a resposte ao questionamento énegativa, Questo 19. Para efeito de caréncia, considerando que é do empregador @ responsabilidade pelo reeolhimento das contribuiges do sogurada ompregado doméstico, o periods do trabalho doméstico pode ser computado indepeudentememte do efetivo reeolhimento das eoutribuigées? zB 7 IMuasréio pa FREVIDENcIa SOCIAL ADYOCACIA-GeRAL DA UNIAO Consulta, of: Prococea SIPPS n° 342438614 107, HA uma regra especifica na Lei n° 8.213, de 1991, quanto a contagem do porfodo de cartncia do segurado omprogado domésticn (act. 27, inciso Hf da LBPS), Vamos a ela: “drt 27. Para eGmpufo do pertodo de caréncia sertto consideradas as contribuigies: (..) II - reilicadas « contar da data da efetive pagamente da primeira contribui¢éo sem atraso, nio sendo consideradas para este fir as contribuicoes recalhidas com atraso referentes a compeiéncias anterlores, no case dos seguredos empregado doméstico, contribuinte individual, especial e facultative, referidos, respectivanente, nos incisos H, Ve VI do art, 21 e no art. 13” - grifos acrescidos, 108. Avnoxma supra transerita estabelece que o perfodo do earéncia & computado a partir da comprovagic do efefivo pagamento da primeira contribui¢éo em dia, para os segurados emprogedo doméstico, contribuinie individual, ospeoial e facultativo, 108. Por outro Jado, 6 fato que a responssbilidade pelo recolhimento da contribuigio retida da remunetago do empregado doméstico cabe a0 sou respective emprogador, por forga do ert. 30, ineiso V, da Lei a? 8.212, de 1991 110. Para compatibilizagio entre 03 sistemas ds beneficio e de arrecacagtio, deve- se entender que a legislagéio imp6s wm dius aos empregados domésticos, no tocante & doflagragdo da contagem do parfodo de caréncia, que é 0 dever de fisealizar o recolhimento da primeire contribuigéo em dia, sob pena de nfo ver computado o periode de atividade pata fins de casSncia, senifo epés orecolhimento desta p:imeira conteibuigio. qu. Assim, pam efetivo resguardo de todos os direitos providencidrios (sobretudo para fins de infcio do cémputo do perlado de caréncia), 0 emprezado doméstico deve cettificar-se de que o empregador recclheu, pelo menos, a primeira contibuigéo previdencisria em die. 12. For-exemplo, caso 0 Vinculo empregaticio do tabalhador doméstico se inicie no decomer do ms de jansixo de um determinado ano e © empregador efetue o recolhimento das conttibuigdes acurmuladas de fanciro a maio apenas em junho, antes de téamino do prazo para arceoadagio, o periodo ce caréncia paseard a ser computado, pelo INSS, apenas a partir de maio em diante. jo de CTC circunscrita a Questtio 20, Atividades concomitantes: & possivel expedi uma das atividades? 113 Existem varias situages que podem se amoldar aos termos do ertunciade da presente quesido, logo, a comrcta resposta dcmandaria o fomecimento de maiores detalhes a ‘espeito das atividades concomitentes. 3b 18 ‘Nimisriéwo pa PRevipencia SOCIAL ADYOCACLA-GBRAL Da ONIKO P Corsuitoria Juridica Ref: Processo SIPPS n° 342438614 14, Digamos, por exemple, que 0 segurado empregado tabalbou concomitantemente em dnas empresas na iniciativa privada e, posteriormente, ingressox no servigo pablico, Ac requerer a expedigio de Certidgo de Tempo de Contriouigéo - CTC apenas em relaglo a ums dessas atividades concomitentes, o INSS deve indeferir 0 pedo, us. Axazio é que o art, 96, inciso IIL, de Lei n° 8.213, de 1991, expressamente veda a contagein do tempo de conttibuigao por um sistema previdereiétio, quando 0 mesmo tempo jd tenka sido utilizdo para concessic de aposentadoria pot outro. 6. De forma que, apés ser expedida a CTC pelo INSS, nada obstarie que esse seguiado viesse fuluramente a obler outro beacilcie do RGPS, decorente da contagem do mesmo fempo de contribmiggo jd enviado ao RPPS. Mas, como dito, esse mesmo tempo de contribuigéo jd foi transferido ao regime proprio, « pedito do préprio interessado. 117. Assim, no caso de afividades concomitantes no Ambito do RGPS, o tempo de contribuigio & tmico ¢ indivistvel, nfo gerando a pessibilidade de daola aposentadoria ‘por esse regime, Nesse sentido, & a sedago do ari. 124, inciso Ti, da LBPS. Ademais, para fins de reconhecimenta de direitos, diz a Lei n® 8213, de 1991, no seu art. 32, como seré feita » aparagiio do respectivo saldcio-de-beneficio. Questo 21, Em relagiio a0 mimero de contribuisées necessirins para caréncia da aposentadoria por idade, segurads filiado antes de 24-7-1991 (art, 142), qual 6 0 ano que define o nimera de contribuigtes necessérias? O ano em que completada a idade? Ou o ano em que estiverem atingidos idade ¢ caréncia’? 18. A aposen‘adoria. por idade do RGPS destaca-se entre os beneficios de plestagio continuade da Previdéncie Social por se tretar de uma prestagio programada estabelecida em fungao da idade e periodo de caréncia. Tem assento constizucional ro art. 201, § 79, da Constituigiio, 119. Sua disciplina no plano infraconstitecional conste dos arts, 48 seguintes da Lei n° 8.213, de 1991. Quanto 20 periodo de caréncia, em regra, ¢ necessitio que segurado, independente do sexo e categoria de beneficiério, cumpra 0 minime de cento oitenta contibuigdes mensais (art, 25, inciso IL, da LBPS). 120. Antes da Lei n° 8.213, de 1991, © periodo de caréncia da aposentadoria por velhice era de sessenta contribuigdes mensais (art, 32 do Decreto n° $9.312, de 23 de Janeixo de 1984, a Consofidagiio das Leis da Previdénoia Social - CLPS/1984). 1a. Com 0 advento da Lei n° 8213, de 1991, 0 periodo de caréncia da aposentadoria por idade acabou sendo triplicado, se comparado ao perfodo de caréacia da aposentadoria por velhice da CLPS/1984, xB MONISTEAIO DA FREVIDENCIA SOCIAL ADYOCACIA-GEBALDA URIAO Conseltoria Jor ee Ref Pracesso SIPPS n? 342498014 122, Diante desse quadro, a LBPS estabeleceu uma regra de ransigdo para que os segurados inscritos na Previdéncia Social se adaptassem an novo perfodo de caréncia, na conformidade do sea ait, 142 (regra essa aplicdvel nos beneficios de aposcntadoria por dade, tempo de centribuigo e especial). 123. Por essa norms, 2 nova ciréncia da aposentadatia por idads (de cento € citenta contribuigées) nao seria de pleno exigida, mas proporcionalmente majoreda 90 Tonge dos snos, mediante aplieagto de uma tabela que parte de sessenta meses de contiibuiggo para o ano de 1991, chegando « cento ¢ oitenta contribuipfics em 2011, 124, Assim, 0 poriodo de coséncia da regra de transigio & dofinide, em cada caso coréreto, confrme o ano em que o segurado implementar todas as condipées para beneilcio, Leubie-se que'a regia transitdria & apliodvel a trés diferentes modalidedes de beneficios, cada qual com seus requisitos especfficos. vs. No casa da aposentadoria por idade, os requisites espectticos so idade de sessenta ¢ cinco anos para homens © sessenta pata imulheres, ao lado da propria caténcia © do requisite geval da qualidade de seguredo (art. 48, capmt, da LBPS). 126, Como a regra de transigfio abre uma excegio justamente em relacio requisito caréncia, devo-sc considcrar, para fins de aplicagtio da regta do art. 142 da LBPS, adata do eumprimento do requisite etario, 127, Por exemplo: segurado do sexo mascolino, inserito na Previdéneia Social aig 24 de julho de 1991, completoa sessente ¢ cinco enos de idade om 2000. Pela rogea de transigéo do art. 142 da LBPS, deverd commprovar, peante o INSS, no minimo cento ¢ quatarze meses de contribvigio, a titulo de caréncia para sua aposentadoria, 128. Vejamos enifio, com outro exemplo, como so aplica a rogea de transigiio do art. 142 da LBPS no caso do beneficio de aposentadoria por tempo de contribuiréo. Imagine-se um segurado do sexe masculino, inscrito na Provincia Sooial até 24 de julho de 1991, completou trinte enos de contribuigio no ano de 2000. 129, come que, 1a atualidade, paca fazer jus A aposentadoria proporeional, é necessério que possna, cunulniivamente, cingiienta © trés anos de idace © quo tenhn cumprida o “pedégio”, tempo adicional de contribnigo equivalente a 40% do que faltava, em 16 de dezembro de 1998, pera alcangar os ttiata anos de contribuigto, nos tomos do art, 9* da Emenda Constitucional n® 20, ¢@ 15 de dezerbro de 1998. 130. ‘Nesse caso, admita-se que o segurado completou cingtenta e trés anos de idade apenas em 2002 ¢ que campriv o peddgio em 2003, Como a caréncia da regia 3 20 Muusréntowa Fasvintncra Social ADVOCACIA-GERAL DA UNIKO Consultoria Torttiea af: Processo SIPPS 1° 340238814 transitoria prevista para 0 ano do implemento de todas as condigdes, deve-se buscar na tabela do ext. 142 da LBPS 0 ano de 2003, equivalente a cento e trinta e dois meses de contribuigéo, pois scmente em 2003 € possivel afitmar que o segurado completou todas as condigées para o benedicio almejado, 131. Bm resumo, no que tange & aposentadoria por idade, os tinicos requisitos exiziveis, a0 lado da caréneia, so a propria idace © a qualidade de segurado, Por isso, 2 aplicagio do art, 142 da LAPS deve levar em conta 0 ano ef que o segutado, insesita na Previdéncia Social até 24 de jutho de 1991, completou sessenta e cinco anos, se homem, ‘ou sessonta, se mulher. 132. Por fim, eumpre enfétizar que o art, 3° da Lei a® 10.666, de 8 de mais de 2003, futo da conversa da Medida Proviséria n° 83, 12 de dezembro de 2002, estebelcccu po § 1° co sen art. 3°: “Wa hipdtese de qposentadoria por idade, a perda da qualidade de segurao nv serd considerada para a concessio dese beneficio, desde que o segurado conte cam, no minimo, o tempo de contribuigiio correspondente ao exigida para efeita de earrencia na data do requerimento do beneficio”. 133, Sobre esse dispositive, € necessério esclarecer que ele afasta a eplicagdo do patégrafo nico do art. 24 da LBPS, no caso da aposentadoria por idade, flo sende mais exig{vel do segurado que cumpra perfoda adieional de catncia, comespondente a um torgo do nimero de contsibuigdes exigidas, no caso de perda da qualidade de segurado, desde que j@ conte na data do requerimento, com o total do pertodo de-caréncla. 134. Retomemos o exemplo acima: segurado do sexo masculino, inscrite ua Previdéncis Social até 24 de jutho de 1991, completou sessenta e cinco anos de idade em janeiro de 2000, Pela regra de transigo do art. 142 dz LPS, deverd comprovar, pcrante 0 INSS, a0 miaimo cente e qustorze meses de contribnigio, 1 titulo de earéacia para sua aposentadoria. 135. Imagine-se que deixou de conwibuir em 1987, tendo reingressada no sistema apenas em jeneico de 2002. Assim, raston caracterizada a perda da qualidade de segurado, Requeteu o beneficio ao INSS em fevereiro de 2004, oportunidade em que jé contava com certo ¢ vinie meses de contribuigio, nos perfodos de janeito de 1980 a dezembro de 1987 e de jenciro de 2002 a dezembro de2003, 136. essa situagtio, em fevereiro de 200% (data do requerimente), farie jus ao benefcio, por forga do § 1® do ast. 3° da Lei n° 10.666, de 2003, na medida em qua, mesma - diante da perda da qualidade de seguredo, jé possufe, na data do requerimento, o tempo de coniribuigéo cerrespondente ao exigido para efeito de caréncia, Repare que o segurado, neste exemplo, completou a idade de sessenta © cinco aaos em 2000, logo, sua caéncia corresponde ¢ cento e quatorze meses ¢ jf contava com canto e vinte. 3 a Musisrénio ba ParvipiNora SOCAL ADYOCACIA-GERAL DA UNIAO BP Consul Yuh Raf: Pracasse SIPPS n° 242498814 137. Ademais, ressalte-se que, na data do requerimento (fevereiro de 2004}, esse segurado contava com sessenia € nove anos de idade, é dizer, quatro anos a mals que a idadle mfnima de sessenta e cinco anos, nos texmos do aut. 48 da LBPS. Questiio 22. O direita da Previdéncia Social de annular os atos de que decorram efeitos favoravels a seus bencficidrios, quando praticadas antes da Lei n' 9.784/99, decai apenas a partir de 1-2-2009 (ef. Parecer MPS/CJ n. 3509/2005)? A diivida deve-se 4 existéncla de prazo fixado antes da Lei n, 9,784/1999, pelo art, 207 do Dec. 8),312/1984, Esse artigo estabelecia um prazo geval de decadéncia contra 0 INSS ou Impedia apenas a revisio de decisGes tomadas em grau de recurso administrative? 138. Esse. artigo impedia apenas a mvistio de decisties tomadas em grav de recurso administrativo. Vejamos o texto do citado dispositivo da CLPS/1984, constante do thulo especffica que trata do recurso administtativo ¢ da revistio dos julgados do Conselho de Recursos da Previdércia Social: “drt. 207. O processo de interesse cle beneficidrio ou empresa néia pode ser revisto apés 5 (cinco) anos comtados de sua decisdo final, ficando dispensada a conservacéo da documentaciia respectiva além desse prazo”. 139. Atualmente, & de dez anos 0 piazo decadencial para o INSS anular os ates de que decorram cfeitos favaréveis aos sous beneficiérics, contados do die primeiro do m8s seguinte ao do recebimento co primeito pagamento, salvo comprovada mé-fé. Bo que dispée 0 ait, 105-A, da Lei n? 8.213, de 1991, acrescentado pela Lei n® 10.839, de 5 de fevereito de 2004, fruto da conversic em lei da Media Proviséria n° 138, de 19 de novembro de 2003, 140. Por sua vez, 0 prazo decedencial previsto no art. $4 da Lei n® 9,784, de 29 de janeico de 1999, quanto sos atos a ela anteriores, comega a correr apenas a partir de 1° de feverciro de 1999, data de vigéncia da referida Lei. Por conseguinie, 0 direito de a Previdéncia Social anular as atos de que decoram efeitos favoriveis a seus beneficidrios, quando praticados antes da Lei n? 9.784, de £999, decaird apenas a partir de 1° de fevereivo de 2009, quando se completam dez anos contados do inicio da viggneia da referida Lei. ML Ressalte-se que a Lei n’ 8.213, de 1991, também estabeleceu 0 prazo decadencial de dez anos de todo ¢ qualquer divoito ou ago do segutado ou beneficiério ‘para a revistio do ato de concessto do beneficio (att. 103), Nao se deve confindir esse prazo com o de preserigéo qiiingtional que fulmina toda ¢ qualquer ago para haver prestacées vencidas ou quaisquer restituicées ou diferengas devidas pelo INSS aos seus benoficifiries, ressalvado 0 direito dos menoces, incapizes ¢ aucentes, na forma do Cédigo Civil (art. 103, pardgrafo nico), Ss 2 Mngusriwo pa Fraviogvcta Social ADVOCACLA-GERALDA UNIAG Consultonia Juridlea Ref: Provessa SIPPS n° 942438814 142. Em sintese: concedido @ beneficio, inicia-se a confagem de dois prazos decadenciais distintos, de dez: anos, umm. para o INSS ¢ outro para o beneficiério. 143, Nos tezmos do att. 103-A de Lei n° 8213, de 1991, o NSS dispBe de dez anos para instaurar © processa de anulagéo do ato de concessad do benefleio defetide por erro ou em valor superior ac devido, salvo comprovada mé-f6. Se ficar comprovada mé-fé do beneficidtio, 0 ato de concessio do beneficie fraudulentamente alcengado poderd ser rovisio a qualquer tempo, 144, 16 0s segumncos ou beneficiirios, & Iz do disposto no art, 103 da Lei n® 8.213, de 1991, também devertio acionar 0 INSS dentro do prazo dez anos pata revistio da ronda mensel inicial do beneficio, sob pena de decadénci, Contudo, poderdo ser efetivamente cobradas diferengas resultantes da ato de revise apenas em relagao wos Ultimo: cinco anos de recebimento; por forga da precerigiio qtinqdensl, nos termos do pardgrafo (nico do art. 105 da Lei n® 8.213, de 1991, Questo 23, Sie constitucionais as disposigées contidas no art. 116 do Regulamento da Previdéncia Social e na Portaria Interministerial MPS/MF n° 333, de 29 de junha de 2010, que fixam como renda bruta mensal o dltima salaxic-de-contribuigac do segurada? 1s. De scorda com o art. 201, inciso TY, da Constituiglo, na redagao dada pela Emenda Constitucional n° 20, de 1998, o ausilio-reclusto ¢ 0 salétio-familia serio devidos anos dependentes dos segurados de baixa tenda, 146. Portinto, as noxmas citedas sio compattveis com o citedo dispositive ¢ com a regia transitéria do ari. 13 da Emenda Constitucional n° 20, de 1998, que estabelecen ciitétio pravisério para aferigfo da baixa rend, enquanin a questo rio for disoiplinada pelo legislador ordinirio. De acordo com es ciladas ncrmas constitucionais, a renda mensal ruta. ser considerada é do segurado instituidor e no dos seus dependentes. Questo 24. Questio: A Portaria Interministerial MPS/MF n° 33/2010 limita o aleance do disposto no § 1° do art, 116 do Regulamento da Previdéneia Social, que determina ser devido 4 auxilio-reclusao aos seguradns quando no honver salério-de~ contribaigio na dats do recolhimento A pristio? 47, Dicpie o art. 5° de Portaria Interministerial n® 333, de 29 de jumho de 2010: “Art, 5° O qutitio-rectusdo, « partir de J° de janeiro de 2010, serd devido aos dependentes do sogurado cujo saltrio-de-contribuigdio seja igual on inferior a RS 810,18 (oitocentos @ dez reals ¢ dezolto centavos), independentemente da quamidade de conratos ¢ de atividades exercidas. § 1° Se 0 segurado, embora mantendo essa qualidade, nio estiver as B “Minisrixto DA PREVIDENCIA SOCIAL ADYOCACIA-GERALDA UNIO Consultor'a Sur Ref Procesgo SIPPS n° 347438814 em atividade no més da reclusibo, ou nos meses anteriores, serd considerade como reranneragio 0 seu titino saldrio-de-contribuleto. § 2° Para fins do dispasto no § 1°, 0 limite méximo do valor da remuneracto para verifleacio do diretto ao beneftcto serd 0 yigente no més a que corresponder 0 salério-de-coniribuigio considerado”. - grifos acrescides. 148, Por sua vez, 0 § 1° do art, 116 do RPS tem a seguinte redagio: “B devide auxilio-rectusto aos dependentes do segurada quando néio houver salévio-de-contribuigtio na data do seu sfetive recolhimenta & prisdo, desde que montida a qualidade de segurado”. 19, Lembre-se que o segurado, durante 0 perfodo de graca (art. 15 da LBPS), conserva os seus direitos perante a previdencia social. 130. Assim, 0 art, 5° da Portacia Interministerial n? 333, de 2010, da forma como redigido, nio restringe o aleance do § 1° do ari. 116 do RBS, na medida em que este thtimo imita-se a assegurar a possibifidade de reconhecimento do direito durante o perlode de manuteagtio da qualidade de segurado. 1s. Ademais, a rerda mersal do segurado a ser considerada para efeito de verificagio do enquadramento no limite constitucional de baixa renda deve levar em conta © parimetzo existente, que corresponde 20 tiltimo saidrio-de-contribuigio recebido, 152. Por outro lado, se considerarmos que todo segurado em gozo de periodo de grapa faria jus a0 beneficio, poderiam ocoer, em casos extiemos, graves distorgBcs quanto & apliesgo da regra transitéria, na medida em que mitos deles efefivamente nfo invegtariam a faixa da populagdo de baixa renda, Questin 25, Questao: Restringindo a Portarin Interministerial n‘ 333/2010 o aleance do dispasta no § 1° do art, 116 do Regulamento da Previdéncia Social, quais os ceritérios devem ser observados para apuragao da renda mensal bruta a que se refere o art, 13 da emenda Constitucional n° 20, de 15 de dezembro de 1998? 153, Conforme resposta a Questic n° 24, entendemos qne a Portaria Interministerial n? 333, de 2010, nfo caracteriza restrigéio a0 alcance do § 1° do art, 116 do RPS, razo pels qual a resposta a0 presente questionamento resta prejudicada, Questo 26, Os beneficios do auxilic-seldente e do auxilio suplementar, previstos wos arts. 6" ¢ 9° da Lei n° 6.367, de 10 de outubro de 1976, foram unificados sob um itnica Deneffclo, Jenominado auxilio-actdente, previsto no art. 86 da Lei n° 8.213, de 24 de jullho de 19912 2S ” MIMSTERTO DAPREVIDENCIA SOCIAL, ADVOCACIA-GERAL DA UNIAO Consuttoria Jungdien of: Procosse SIPS ni 342498044 154, © beneficio de avxilio suplementar, atnelmente extinto, nélo foi absorvido pelo benefivio de auxilio-acidente, prevista na. redagSo original da Lei n° 8.213, de 1991, ‘Nio houve, pois, a cagitada unificagio. 155, O extinto auxilio suplementar estava previsto no att. 9° da Lei n° 6.367, de 10 de outndto de 1976, que dispunha: “Art, 9° O acidentada do trabalho que, apds a consolidagito das lesies resultantes do acidente, apresentar, como seqiielas definitivas, perdas cnatémieas ou redugdo da capacidade funcional constantes de relaciio previamente elaborada pelo Ministério da Previdéncla e Assisténsia Social (MPAS), as quais, embora no impedindo o desempenho da mesma atividade, demandem, permoneritemente, naior exforco na realizagita do trabalho, fard jus, a partir da cessagio do auxilio-doenca, a um auctio mensal que corresponderd a 20% fvinte por cento) do valor de que trata o inciso I do Artiga 5° desta ict, observando o disposto no § 4° do mesmo artigo. Pordgrafa tinico. Esse benejicio cessard com a apasentadoria do aeidentado ¢ seu valor néo serd ineluido no edleulo de pensio”. 156. 46 © auxilio-acidente, provisto no att, 86 da Loi 2° 8213, de 1991, foi instituldo pela Lei n° 8.213, de 1991, na sua redagdo original, com as seguintes caractatisticas: “Art. 86. O ausilionacidente serd concedida ao segurado quando, apés a consolidagto das lesdes decorrentes do acidente do trabalho, resuttar seqitela que implique: I- reduedo da capacidade laborativa que exija maior esforco ou necessidade de adaptacto para exercer a mesma atividade, independentemente de reabilitario profissional; IE- redugiio da capavidade laborativa que impega, por si 36, 0 desempenho da etividade que exercia d época do acidente, norém, nize o de outra, do mesmo nivel de complexidade, apds reabilitacdo profissional; ou IIt - redugtio da capacidade laborativa que impeca, por si sé, 0 desempenko da atividade que exercia a época do acidente, porém nko ode outta, de nivel inferior de complexidade, apss reabilitagdo profissional. § 1° O auxitfo-acidente, mensal e vitaticio, carrespanderd, respectivamente as situagdes prevvisies nos incisos I, II ¢ Hi deste artigo, a 30% (trinta por cento), 40% (quarenta por eento) ou 66% (sessenta por cento) do salério-de-contribuicdo do segurada vigente no dia do ceidente, néio podendo ser inferior a esse porceniual do sex scldrio-de-beneflcio. § 2° O aucitio-acidente sera devido a partir do dia seguinte ao da cessagdo do eurilio-doznga, independentemenie de qualquer remuneragio oa rendimenio auferido polo avidentado. § 3° O vecebimento de salério ou concessdo de outro beneficio nto prejudicard a contimidads do recebinanto da ausito-acidente”. 157, Comparando es normas acima tranceritas, percebe-se que h& evidentes diferengas entre os fatos geradores de uma ¢ outra modalidade de beneficio, bem como.no cSleuio do valor da renca mensal inicial. Ademais, de scordo com 0 pardgrafo tinieo do art. 9° da Lei n° 6.367, de 1976, 0 auxilio suplementat cessava com a aposentadoria do acidentado ¢ seu valor rife era ineluldo no ofleulo de eventual pens decorrente, ao paseo cam 25 MivisT&ni0 DA PREYIDENCTa SOCIAL. ADVOCACIA-GERALDA UNtZO Consuiforia Just Ss Ref: Processo SIPPS rf 242490614 que, quanto 20 avxilio-acidente, na redagio original do aut. 86 da LBPS, 0 recebimento de saldvio ou concesstis de outro beneticic nfo prejudicava sua continuidade. Questia 27, Em seudo positiva a resposia da 1* Questio, a0 benefieidrio do auxilio suplementar aplica-se 0 disposto ua Simuia n° 44 da AGU, em especial a possibilidade de cumulagio deste benefieio com o de aposentadoria? 158. A reaposta ao presente questionamento restou prejudicada, pois « cesposta & Questo n° 26 é negativa, Questiio 28, CTPS assinada por ordem judicial em processo trabalhista: serve, por st 86, de infeio de prova material? O fata de ter havido execueio trabathista e recothimento das contrlbuigSes previdencigrias gera obrigaioriedade de consideracio, pelo INSS, do perioda carrespondente? 159. A LBPS, no seu art. $5, § 3% exige que a comprovagio do tempo de contribuiggo, para efeito de reconhecimente de diteilo a beneficios do RGPS, scja feiia com hase em inicio de prova material, nfo sendo admitida a prova exclisivamente jestemunbal, salvo na oconéncia de motivo de forga maior ou caso fortuito, confoxne dispuser o Regulamento. 160. Salvo nos casos de condenagiio judicial dirigida a0 INSS, situagio em que ago hi davide de que e sextenga deve ser cumprida, nos tcrmos da legislagiio processual, cabe 20 NSS analiser sempre tado 0 conjunto probatério © atenter paca a exigéncia da legister%o quanio & apresentagio, por parte do segurado, de inicio de prove material. tel. © infeio de prova material pode scr coasidcrado © ponto de partica do conjunto probatéria, algo que sustenta nfo apenas ideologicamente os fatos a comprovar. Nessa linha, cm geral, o inicio de prova material tends a constitvis-se em documentos, enguanto registros contemporiineos dos fatos a comprovar, 162. Para o RGPS, 0 documento corporifica a prova do tempe de filiagdo providenciétia, cspecielmento no aspecto cranolégico, pesicionanco-o context do histérico laboral do trabalhador, ao paso que consuastancia os seus contomos basicos sobre inicio ¢ témino da stividade, remuncrago percebida np potiodo, perlodes de afastamentos eventuais ¢ outras ocorréncias relevantes. 163. H6 uma difiouldade de se desvendar 0 conteido da expressiio inicio de prove material, na medide em que material condvz d idéia de documanto e se 6 documento {jf fence a set, a prinelpio, prova suficiente do tempo de filiagio e contibui¢éo ao RGPS, nifo se tratando, pois, de mezo infeio de prova. 2 25 ‘Mivastinio pa PRevipiNcia SoclAL ADVOCACIA-GERAL DA UNIO. Consultaria Juridica Ref: Process SIPPS 0° 342498314 164, Pode haver, contuda, situagGes em que o documento anexade a0 proceso pelo segurade nfio revela exetimente o tempo de filingo previdencifiia, ou nio identifica a categoria de segueado, ou sinds nao releciona os salérios-de-contribuigdo no periodo a considerar, devendo ser complementado por outias provas, 165. © documento poders ainda contor indleias do exere(cio da atividade, como, por exemplo, a situaeso em que uma pessoa efetuon determinada operagdo de venda, em nome da empresa, constitui indicio de ser ele um empregeda dessa empresa, Bvidentemente, esse indicio nao é suficiente para reconhecimento do diteite & contagem do tempo de contribuigtio 10 RGPS, devendo ser complementado por outeas provas, 166. Daf a necessidade de uma razodvel complementegio da prova indieiéria do tempo de contribuigao, podendo ser feita com base nos meias de prova postos & dispasigéo pelo ordenamente juridics, feis como testemunians 2 pericias etc. 167. Admite-se, dessa forma, 2 comprovagia do tempo de eontribuigo por meio de prova testermunhal, nfo podendo, contudo, ser exclusivamente esse o mecanisto a ser utilizado, em razto de restrigo legal que emana da LBPS. A prova testemunbal, portanto, para ser eficaz no reconhecimento do tempo de contibuicto, deve ser necessariamente linda a uma base de prova de natureca material, salve nas exeagées de caso fartuito e ‘orga maior. 168, Respondende A indagagio, entendemos que a sentenga proferida om processo judicial nfo pode ser considerada infeio de prove. material, considerando os tomos do § 3° do art, 55 da Lei n? 8.213, de 1991. A scntenga conslitui o atu do juiz que pée fim a0 processo, 169, A enotaggio da Cattsira de Trabalho e Previdéneia Social - CTPS, ainda que por forga de ordem judicial, tom os scus efeitos perante a Previdéncia Social delimitadas no art. 40 de Consoiidagio das Leis do Trabalho - CLT, que teza: “Art. 49 - As Carteivas de Trabalho e Previdéncia Social regularmente emitidas e anofadas servivito de prova nos atos em que sejam exigidas carteiras de identidade especialmente: J - Nos casos de dissidia na Justica do Trabalho entre a empresa e a empregade por motive de saldrio, Jérias ou tempo de servico: HI -Perante a Previdéncia Social, part o efeito de declaragdo de dependentes; I - Para cilculo de indenizagdo por acidente do trabalho ou moléstia profissional” (gritos acreseidos). 17. ‘Nesse sentido, para ter direito as prestagies, & necesshio preencher os requisites da Lei n° 8213, de 1991, nfo cstando o ceconhccimento dos direitos aos segurados empregados atrelado a0 pagamento das contribuigdes previdenciétias, pois, como visto, os:as se encontram sob resporsabilidade dos empregedores. ZS ” DMiintsrdia na Previpincta SoctAL ADVOCACIA-GznaL DA DNLEO Consultarla Jurfdtea Ref: Piocesse SIPPS n° 342430814 Ante o exposio, eneaminho o presente parecer & elevada consideragde do Excelentlssimo Senhor Ministro de Estado da Previdéncia Social, para os firs do dispasto tno art. 42.da Lei Complemertar n°73, de 10 de feverciro de 1993. Brastlia, 47 de dezembro de 2010. Gusti es GUSTAVO KENSHO NAKAJUM Proourador Federal Conaulior JuridicoAVPS 28

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