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47. Je wdu=wig u—slatl +uy+C 48. fusen” 'wdu = Loar tae - 4c
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49. Jucor di Ne tise a +e 50. fuse ‘udu=— te le ee
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55. finudu=utnu-w+C 56. f——du=tnlinui+C
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5. [NP a? acne ats Lae! Bee 86. fe Na? - ? au = Eu —a av? -u 2 4S eis E veEQUACOES DIFERENCIAIS
Volume |EQUACOES DIFERENCIAIS
Volume 1
Dennis G. Zill
Michael R. Cullen
Loyola Marymount University
Traducdo
Antonio Zumpano, Ph. D.
Professor de Matematica da Universidade Federal de Minas Gerais
Revisdo Técnica
Antonio Pertence Jr.
Professor Titular de Matematica da Faculdade de Sabara (MG)
Pés-graduado em Educagado Matematica pela UNI-BH
Membro Efetivo da Sociedade Brasileira de Matematica (SBM)
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Books
Sao Paulo
Brasil Argentina Colémbia Costa Rica Chile Espanha
Guatemala México Peru Porto Rico Venezuela© 2001 Pearson Education do Brasil
Titulo original: Differential Equations with Boundary-Value Problems
© 1993, 1989 PWS Publishing Company, uma divisao da Thomson Publishing Inc.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicagao podera ser reproduzida ou
transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrénico ou mecanico, incluindo
fotocépia, gravagao ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissao de
informagao, sem prévia autorizagao, por escrito, da Pearson Education do Brasil.
Produtora editorial: Eugénia Pessotti
Editoragao e fotolitos em alta resolugao:J.A.G
Dados de Catalogagao na Publicagao
Zill, Dennis G.
Equagées Diferenciais, volume 1 / Dennis G. Zill, Michael R.
Cullen;
tradugao Antonio Zumpano, revisdo técnica: Antonio Pertence Jr.
Sao Paulo: Pearson Makron Books, 2001.
Titulo original: Differential Equations with Boundary-Value Problems —
3rd_ edition.
ISBN: 85-346-1291-9
2007
Direitos exclusivos para.a lingua portuguesa cedidos a
ee Pearson Education do Brasil,
ray Gass uma empresa do grupo Pearson Education
Sh Av. Ermano Marchetti, 1435
— \ CEP: 05038-001 — Lapa — Sao Paulo - SP
s Fone (11) 2178-8686 Fax (11) 3611-0444
e-mail: vendas@pearsoned.comAGRADECIMENTOS
evisar um texto requer um trabalho em equipe que envolve muitas pessoas. Somos especial-
mente gratos a Barbara Lovenvirth, responsavel pelo desenvolvimento editorial, Patty
Adams, editor de producdo, Carol Reitz, copy editor, Warren e Carol Wright, por sua ajuda na
preparagao do manuscrito e pela produgao do excelente manual de solugdes, John Ellison do
Grove City College, Grove City, PA, por sua valiosa contribuigaéo para-o Capitulo 9, ¢ aos
seguintes revisores, por seus conselhos, comentarios, criticas e elogios:
Linda J. S. Allen, Texas Tech University
Stephen Breen, California State University
Dean R. Brown, Youngstown State University
Kalin N. Godev, Penn State University
Thomas G, Kudzma, University of Massachusetts at Lowell
Gilbert N. Lewis, Michigan Technological University
Clarence A. McGuff, Austin Community College
Queremos também reconhecer e estender nossa sincera consideracdo aos seguintes in-
dividuos, por terem reservado tempo de seu trabalho para contribuir com os ensaios encontrados
nesta edicao:
Michael Olinick, Department of Mathematics and Computer Science, Middlebury
College, Dinamica Populacional.
John H. Hubbard and Beverly West, Department of Mathematics, Cornell University, Caos.
Gilbert N. Lewis, Department of Mathematical and Computer Sciences, Michigan
Technological University, O Colapso da Ponte Tacoma Narrows.
C.J. Knickerbocker, Department of Mathematics, St. Lawrence University, Modelos
para o Impulso Nerval.
Ruth Favro, Department of Mathematics and Computer Science, Lawrence Techno-
logical University, Onde Esta o Dé Médio?
D.G.Z.
M.R.C.a
Sumario
PREPAC, cissewrsaresee anemia cee acanan eerie nace reciente nmaaeega iene XV
PTV CISIANS PR CON 5 orcas aretvenacacararem mua holt tae Res Man onevaceio tray XV
MMudancas Nesta EGE S se cesecacccre-naimacsimenmanenaserecece mie here monacemasacewin sont XVI
Capitulo | = Introdugao As Equacoes Diferenciais................ I
1.1 Terminologia e DefinigGes Basicas............6. cence ee eee 2
1.2 Alguns Modelos Matematicos............-2...22.2. eee eee eee 13
Cap Ole IRE VINO. iiieaan esencensiecdlsaeiere ateitts Mae eT Te eco ese anersas 35
Capitulo | Exercicios de Revisdo .. 2.0.0.0... 00sec eee 36
-Capitulo 2 Equacdées Diferenciais de Primeira Ordem.......... vf 38
2.1 Teoria Preliminar ............ 2.00222 eee ee eee 39
2.2 Varidveis Separaveis. ... 2... 6. cee eee eee ene ee ene ener een 44
2.3 Equagdes Homogéneas. ... 2.0.6 cee ee ere eee eee enw ees 52
25 Exercici0s jer yacss eas veuneaas pois CaO ay Aas ORE ERS 58
24 HquacGes Exatas vans vgn vie aieeee Wie ete oxeae ewe 60
2.5: Equagtes: Lincares:sssssiecaue ene iy ees Ga Ee 68
2.6 Equagées de Bernoulli, Ricatti e Clairaut..................0200- 79
27 SubSHNIEROsesee vascaeecaieg re Resa Tee aaa be NER 84
28: Método de Picard oi. jcccseuse ope eeu enna aaenwee ees 88
Capltilé 2. Revisdoriiescc2 aces gees Weaaeiae a yee aa ee Teas 90
Capitulo 2 Exercicios de Revisdo ......2..00 000000 0c cece eee ees 92
Capitulo 3. Aplicagoes de Equacoes Diferenciais de Primeira Ordem 94
3.1 Trajetérias Ortogonais .. 2.0... eee eee eee eee ee 95
3.2 Aplicagdes de Equagdes Lineares.............0 0000. eee eee een 102
3.3 Aplicagdes de Equagdes Nao-lineares .........00. 00000 c eee ees 118
Capitile'3 REVis@0 esc sc 2onminn are TAG eRe EES 133
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Equacdes Diferenciais Votunie |
Capitulo S Erercicieg Ge ROUISAG. ccc sev ssecaresnencapsisacepindsnnnieiaiesseeasinastes LOD
ENSAIC: - Dinamica Popullacional.........cescsnrien cine LOD
Capitulo 4 Equagoes Diferenciais Lineares de Ordem Superior... 143
41
42
43
4.4
45
4.6
A?
Teoria Preliminar... ase
4.1.1 Problema de Valot TGEHAD og easnvoersnreyrranseanvaneapusannnnen
41.2 Dependéncia Linear e Independéncia Linear... ceri 147
413 Solucées para Equacdes Lineares... oe eee oe
Construindo uma Segunda Solucio a Parti dew ima: 1p Solnndc!
Conhecida... a _——_ . seetneetreeeeneeees LOF
Equagées — Homopaneas.ee com 1s C Satie Ss edieke _. 173
Coeficientes Indeterminados- Abordagem por = Supeposilo 182
Operadores Diterenciais:.. (anes IOS
Coeticientes int bteemtinatton: ieee por eenulndovees anaes 201
Variacio dos PatdmettO8ivcsstssmnvstsieriastnristnnsininenisinentvsiasie 209
Capitulo 4 Revisia... IRIs a
Capitulo 4 petted is Revise Sn ae ee
ENSAIO: Ca08.ierniunnnininieininnnninnntutinininiiuennninininennrinnnnrenn 221
Capitulo 5 Aplicagoes de Equagoes Diterenciais de Segunda Ordem:
a1
52
53
5.4
Modelos Vibratériosy....0.c.cc.ccbicc sec eesetsenestesvssesdsdevtetsesesteseterssdtivesdeesestnes 225)
Movimento Harménico a Naa NN 2396
Movimento Aim orbecido...cciccs.cacscccgacgicniccs stpiivsesi se teateesss wecteenesneenieeesacaetdewenaies 200
Movimento Forcado.....c.ccceeeies Sige iene teeter
Circuitos Elétricos e Oates sisters cents re
Capitulo 5 Revisio... #8 Js Ee ERE EOD
Capitulo 5 Exercicios de: Revied... 5
ENSAIO: O Colapso da Ponte Tacoma Nattows....ccc.csssesseseeneesenenaneetens 270
. 267
Capitulo 6 Equacées Diferenciais Com Coetficientes Varidveis,..;. 274
6.1
6.2
6.3
6.4
6.5
6.5,
6.5.
Equacdo de Cauchy-Euler... eR RTE
Revisio de Séries de Poténcias: Scanian Pot: Séries de Poténcias . 286
Solucées em Torno de Pontos Ordinarios (Nao Singuate nnn 297
Solucées em Torno de Pontos Singulares.... seen OOF
6.4.1 Pontos Singulares Regulares: Método a Robes Sats 1. 307
642 Metodo de Frobenius Casos I e Uo... se scneecsegeteneneenereeetneen entree GLB
Duas Equagées Especiais.... ceeeenaeneuteesteessantasenteesgimaneeiraaeeemnantesenaee GOD
1 Solugdo para a Equagdo de icacle, steteecaqapeeeatetseneeeenenateeegesegtentenegeeenaeeee GOO)
2 Solugdo-para a Equagado de ee 338
Capitulo 6 Revise... {ieee ES Bae
Capitulo 6 eS ie Recielos iicai i a See BaeVolume f Sumario
Capitulo 7 Transformada de Laplace ...........605 OHS 9 we wee
7.1 Transformada de Laplace... . 02.0.0... 40 eee eee ee eee eee eee
7.2 Transformada Inversa.. 2.2. 002 cee Seen ewe vee eae
7.3. Teoremas de Translagdo e Derivada de uma Transformada «2.00.5
7.4 Transformada de Derivadas, Integrais e Funcdes Periddicas ....4..
To) APlQagGGs.. ccc. -cccae ewe eens earn re
WG Buncao Delta Ge Iba... ess egiece se He nceca eeraeecesnemuasecmnmnce ete
Capitulo 7 Revisdd.... 0... eee ee ee Ls asnasaaresieoncens Seale Bach erga tearanlS
Capitulo 7 Exercicios de Revisdo .. 2... 0. cece ee ee tee eee
ApGndices Sane eesiseie ei eie shee deena ea SCARE ROR
i PUnCaO Gates sarc. penton eum a RRR aA
ff Transformadas de Laplace .....2....... aca ta aaa RE UES RR
Hf Revisaéo de Determinantes.. 0.20.6. .c000 ses ee SER -
IV Nimeros Complexos ... 20:2 220..02002 245 ee z
Respostas dos Exercicios Selecionados..... eo ee
indice Analitico ...........eeesceeeeenstveneaseees (eRe Hae eonwd
Volume 2
Capitulo 8 Sistemas de Equagées Diferenciais Lineares............
Capitulo9 |§Métodos Numéricos para Equacoes Diferenciais Ordinarias
Capitulo 10 Sistemas Planos Auténomos e Estabilidade............
Capitulo [1 Funcoes Ortogonais e Séries de Fourier. ....... 00.0000
Capitulo 12 Problemas de Valores de Contorno em Coordenadas
Retangulares....... | Ris GRAMS See
Capitulo 13 Problemas de Contorno em Outros Sistemas de
Coordenadas . ......6.0005 pics ee eee aes eee Ene
Capitulo 14 Método da Transformada Integral ..............4.. ene
Capitulo 15 Métodos Numéricos Para Equacdes de Derivadas Parciais
Apéndices. ... 2.0.66. c eek tee renee bee eneeensees
XI
349
350
362
370
385
394
412
419
419
422
423
425
428
433
439
467
97
148
199
242
292
315
347
374PREFACIO
Esta terceira edicao tenta aleangar um equilibrio entre os conceitos ea apresentacao do material
que interessaram aos leitores das edigGes anteriores e as mudancas significativas feitas para
reforcar ¢ modernizar alguns aspectos do texto. Achamos que esse equilibrio foi aleangado,
tornando © texto interessante para um ptiblico mais amplo. Muitas mudangas © acréscimos sio
resultados de sugest6es e comentirios de leitores e revisores. Além disso, essas mudangas foram
feilas visando ao ptiblico fundamental — o estudante que wlilizard o livro. Por essa razao, as
solugdes de cada exemplo foram cuidadesamrente lidas, a fim de tornd-las mais claras. Onde
achamos que poderia ser titil, acrescentamos, também, mais explicagdes ou destacamos pontos
cruciais para a seqiiéncia da solucdo.
Como antes, este texto pretende satisfazer as necessidades de um instrutor que almeja
mais do que simplesmente uma introdugdo ao assunto. Além do material basico de equagées
diferenciais ordinarias, o livro apresenta um capitulo sobre equagGes nao-lineares ¢ estabilidade
e alguns capitulos sobre equagées diferenciais parciais ¢ problemas de valores de contorno. E
recomendad para cursos de um ou dois semestres.
NOVOS ASPECTOS
Alguns aspectos noves. que esperamos que os estudantes achem interessantes ¢ instigantes.
foram acrescentados ao texto, Ensaios, escritos por matemalicos proeminentes em sua especiali-
dade. fora jaeluidos no final dos Capfiulos 3.4 ¢5 do volume |, e%¢ 12 de volume 2. Cada
ensaia reflete os pensamentos, criatividade ¢ opinides de seu autor e tem por finalidade ilustrar
© material exposto no capitulo precedente. Esperamos que a inclusdo desses ensaios, desperte o
interesse dos estudantes, encotajando-os a ler matematica e¢ ajudando-og a se conscientizarem de
que equagdes diferenciais nfo sao simplesmente uma mera colegdo seca de métodos, fatos e
férmulas, mas um assunto vibrante com os quais as pessoas podem trabalhar,
XVXVI
Equagées Diferenctais Volume]
MUDANCAS NESTA EDICAO
Volume 1
A Segio 1.2 trata agora somente do conceite de uma equacao diferencial como um modelo
matematico.
O material sobre a equacdo diferencial de uma familia de curvas foi suprimido. Uma breve
discussao desse conceito aparece agora na Segio 3.] (Trajetérias Ortogonais).
O método dos coeficientes indeterminados € um dos tépicos mais controvertidos‘em um
curso de equacdes diferenciais. Nas trés tiltimas edicGes. esse tapice [oi abordado usando-se
unt operador diferencial como uma ajuda para determinar a forma correta de uma solugdo
em particular, Na preparacao desta edi¢gao, muitos revisores apontaram que a abordagem por
anuladores era muito sofisticada para seus alunos e¢ solicitaram uma abordagem baseada em
regras mais simples. Outros revisores, porém, estavam satisfeitos e¢ nao desejavam mudan¢a
alguma. Para atender a cada uma dessas preferéncias, ambas as abordagens foram apresen-
tadas nesta edigdo. O instrutor pode agora escolher entre coeficientes indeterminados com
base no principio da superposigao para equagoes diferenciais lineares nao-homogéneas
(Segio 4.4) ou com base no conceito de anuladores diferenciais (Segao 4.6). Além disso,
nesta edigdo, a nogdo de um operador diferencial ¢ agora apresentada em uma segdo
separada (Secao 4.5). Portanto, observamos que o importante e titi] conceito de operador
diferencial devera ser apresentado de alguma maneira.
A revisio de série de poténcias na Sedo 6.2 foi bastante ampliada. Uma discussao sobre a
aritmética de séries de poténcias (adigdo, multiplicagdo ¢ divisdo de séries) foi também
adicionada.
Uma breve discussdo sobre determinagao dos coeficientes em uma decomposigao de fragdes
parciais ¢ uma nota histdérica sobre Oliver Heaviside foram acrescentadas na Segio 7.2.
A discussio sobre as propriedades operacionais da transformada de Laplace foi agora
dividida em duas segGes: Secdo 7.3, Teoremas de Translagao e Derivadas de Transformadas;
e Secio 7.4, Transformadas de Derivadas, Integrais e Fungoes Periédicas. Essa separagao
permite maior clareza e um [ratamento mais amplo dos tépicos.
Volume 2
Eliminagao Gaussiana, além de eliminagao de Gauss-Jordan, ¢ agora discutida na Segao 8.4.
A nolagao para indicar operagao nas linhas de uma matriz aumentada foi aprimorada.
O Capitulo 9, “Métodos Numéricos para Equagdes Diferenciais Ordindrias”, sofreu uma
ampliacdo significativa e foi parcialmente reescrito. O método de Adams-Bashforth/Adams-
Moulton foi adicionado 4 Segao 9.5. Segao 9.6 , Erros e Estabilidade, ¢ Secao 9.8, Problemas de
Valores de Contorno de Segunda Ordem, sao novidades desta edigao:Volume 1 Prefécio XVII
Os programas BASIC, anteriormente no Capitulo 9, foram suprimidos.
O Capitulo 10, “Sistemas Aut6nomes no Plano e Estabilidade”, é novidade desta edigao.
Esses tépicos foram adicionados em resposta a reagdes favoraveis:de leitores:e revisores da
edicdo anterior.
O material dos Capitulos 10, 11.¢ 12 foi.ampliado e reorganizado. como Capitulos Ll. 12.13
e 14 nesta edicao.
Capitulo 15, “Métodos Numéricos para Equagées Diferenciais Parciais”..é novidade.
Novos. problemas, aplicacoes, ilustragdes, observagGes © notas histéricas foram acrescen-
tadas ao longo do texto.
Dennis G. Zill
Michael R. Cullen
Los AngelesCapitulo
INTRODUCAO AS
EQUACOES DIFERENCIAIS
1.1 Terminologia e DefinigGes Basicas
[QO] 1.2 Alguns Modelos Matematicos
Capitulo | Revisao
Capitulo | Exercicios de Revisao
Conceitos Importantes
Equagées diferenciais ordinarias
Equagdes diferenciais parciais
Ordem de uma equagiio
Equacao linear
Equacao nio-linear
Solucées
Soluciio trivial
SolucGes explicitas ¢ implicitas
Familia de solugGes an- parametros
Solugao particular
Solucgio singular
Solucao geral
Modelo matematica
As palavras diferencial e equacoes obviamente sugerem:a
resolugao de algum tipo de equagdo envolvendo
derivadas. Na verdade, a frase anterior contém a historia
completa scbre o curso que vacé esta prestes a iniciar.
Mas antes de comegar a resolver qualquer coisa, vocé
tem de conhecer algumas definigées e terminologias
basicas sobre-o.assunto. Este é o contetido da Secao |.1.
A Segao 1.2. aborda a motivacao. Por que vocé, um
futuro cientista ou engenheiro, precisa estudar este
assunto? A resposta é simples: equagées diferenciais sa0.0
suporte matematico para muitas areas da ciéncia e da
engenharia. Por isso, na Segado |.2, examinamos, ainda
que brevemente, como as equagées diferenciais surgem a
partir da tentativa de formular, ou descrever, certos
sistemas fisicos em termos matemiaticos.2 Equacdes Diferenciais Cap. / Volume |
1.1 TERMINOLOGIA E DEFINICOES BASICAS
No curso de calculo, vocé aprendeu que, dada: uma fungao y = f(x), a derivada
= =f")
é também, cla mesma, uma fungio de x e é caleulada por regras apropriadas, Por exemplo, se
y = et, entio
Daye op Ss es
dx 2xe* ott Te 2xy. (D)
O problema com o qual nos deparamos neste curso nao é: dada uma fungaio y = f(x),
encontre sua derivada, Nosso problema é: dada uma equagio como dy/dx = 2xy, encontre, de
algum modo, uma funcio y = /(x) que salisfacga a equacio. Em outras palavras, nés queremos
resolver equagées diferenciais.
DEFINICAO 1.1 Equacdo diferencial
Uma equagio que contém as derivadas ou diferenciais de uma ou mais varidveis dependentes, em
relagdo a uma ou mais varidveis independentes, € chamada de equacdo diferencial (ED).
Equagoes diferenciais sao-classificadas de acordo com o tipo, a ordem ¢ a linearidade.
Classificacao pelo Tipo
Se uma equagao contém somente derivadas ordindrias de uma ou mais varidveis dependentes,
com relagao a uma tinica varidvel dependente, ela é chamada de equagdo diferencial ordindria
(EDO). Por exemplo,
dy _ og _
dt a
(y — x) dy +4rdy =0
du _ dv _
dx dx"
dy _ ,dy
— - 3? +
a UE + by = 0
sdo equagées diferenciais ordindrias. Uma equagdo que enVolve as derivadas parciais de uma ou
mais varidveis dependentes de duas ou mais varidveis independentes é chamada de equacio
diferencial parcial (EDP). Por exemplo,Volume f Capo i lntroducde as equagées diferenctais 3
ou _ dv
sdo equagoes diferenciais parciais.
Classificagao pela Ordem
A ordem da derivada de maior ordem em uma equagio diferencial €, por definigdo, a ordem da
equacao. Por exemplo,
2. ;
oa +3(Z] — 4y = e'
iy
é uma equacao diferencial ordindria de segunda ordem (ou de ordem dois). Como:a equagio
diferencial (y — x) dx + 4x dy = 0 pode ser escrita na forma
aQeyex
dividindo-se pela diferencial dx, trata-se entéo de uma equagéo diferencial ordindria de primeira
ordem. A equagao
au a,
ar
é uma equagao diferencial parcial de quarta ordem.
29
{-——
Su
axt
0
Embora as equagées diferenciais parciais sejam muito importantes, seu estudo de-
manda um bom conhecimento da teoria de equagies diferenciais ordindrias. Portanto, na dis-
cussdo que se segue, limitaremos nossa atengao as equacoes diferenciais ordinarias.
Uma equacao diferencial ordinaria geral de n-ésima ordem € freqtientemente represen-
tada pelo simbolismo
vi,
rls % oe = 0. (2)
O que vera seguir é um caso especial de (2).4 Equacdes Diferenciais Cap-! Volume t
Classificagao como Linear ou Nao-Linear
Uma equacao diferencial é chamada de linear quando pode ser escrita na forma
HT, a
ante) + ay — Ot + tt aye) + ag(xly = g(a).
Observe que as equacdes diferenciais lineares sio caracterizadas por duas propriedades:
(i) A varidvel dependente ye todas as suas derivadas sdo do primeiro grau; isto é, a:
poténcia de cada termo-envolvendo y é€ L.
(ii) Cada coeliciente depende apenas da variavel independente w:
Uma equacaio que nio€ linear é¢ chamada de nao-linear.
As equagées
xdy + y¥de = 0
yy? — Ovo + y = 0
3 a
e ee Se oa ee
dx dx” d
sdo equacées diferenciais ordindrias de primeira, segunda’e terceira-ordens, respectivamente:
Por outro lado,
cocficiente depende
aan
3 |
yf - 2 ee SS 4 y= 0
sao equacées diferenciais ordindrias nao-lineares de segunda e terceira ordens, respectivamente.
Solucoes
Como mencionado antes. nosso objetivo neste curso é resolver ou encontrar solueces para
equagoes diferenciais.
DEFINIGAO 1.2 Sclucdo para uma Equacado Diferencial
Qualquer fungao f definida em algum intervalo /, que, quando substituida na equagao diferencial,
reduz a equagao a uma identidade, é chamada de solucao para a equacao no intervalo.
Em outras :palavras, uma solucao para uma equagao diferencial ordindria
FO, ye 0) = 0Votuine | Cap. t datrodugédo as equagdes diferenciaiy 5
é uma funcao f que possui pelo menos n derivadas e satisfazia equacgao; isto é,
FOOL WO. LG) = 0
para todo: no intervalo J. Propositadamente, deixamos vaga a forma precisa do intervalo / na
Definicao 1.2. Dependendo do contexto da discussio, 7 pode representar um intervalo aberto
(a, &), um intervalo fechado [¢@, 6],.um intervalo infinito (0. ec) ¢ assim por diante,
EXEMPLO 1
Verifique que y = 4/166 uma solugdo para’a equagao nao-linear
ily 172
—= xy"
dx .
no intervalo (— 2, 2).
Solugao Uma maneira de comprovar se uma dada fungao é uma solugao € escrever a equacao
. * 7 . a . * ae . +
diferencial como dy/dx — xy'’* = 0 ¢ verifiear, apés a substituigdo, se a diferenga acima
. ge) ‘
dy/dx — xy'? &zero para todo x no intervalo. Usando
gf ak yi (2°
~"T6 4 °*% 116} ~ 4°
percebemos que
para todo nudmero real. a
EXEMPLO 2
A fungaio y = ve* & uma solugde para a equacdo linear
ve — 2 ty = 0
no interval (— >. 2), Para verificar isso: caleulamos
v= xe’ +e" ey” = ve’ + 2e4,
Observe y= 2" + y =(re" + Ze") — 2tve" +e") + ve* = 0
para todo niimero real. |
Note que, nos Exemplos | e 2, a fungao constante y = 0 também satisfaz a equacao
diferencial dada para todo-x real. Uma solugdo para uma equac¢ao diferencial que € identicamente
nula em um intervalo /é em geral referida como solucao trivial.6 Equacdes Diferenciais Cap. 1 Volume }
Nem toda equagao diferencial que escreyemos possui necessariamente uma solucio.
EXEMPLO 3
(a) As equagdes diferenciais de primeira ordem
2
[z+ -o8oF +e +4nc
nao possuem solucées: Por qué?
(b) A cquacio de segunda ordem (9)? + 10y* = 0 possui somente uma solugao real. Qual?
Solugées Explicitas e Implicitas
Vocé deve estar familiarizado com as nocdes de fungdes explicitas vistas em seu estudo de
calculo. Similarmente, solugdes de equagoes diferenciais sao divididas em explicitas ou implici-
tas. Uma solugio para uma equagdo diferencial ordinaria (2) que pode ser escrita na forma
y = flx) € chamada de solugo explicita. Vimos em nossa discussdo inicial que y =¢" € uma
solugdo explicita de dy/dx = 2xy. Nos Exemplos | e 2. y = x'/16 ¢ y = xe" sao solugdes
explicitas de dy/dx = xy! ey" — 2y' + y = 0, respéctivamente. Dizemos que uma relagdo
G(x, y) = 0 € uma solugdo implicita de uma equagao diferencial ordindria (2) em um intervalo
i, se ela define uma ou mais solugdes explicitas em J.
EXEMPLO 4
Para—2 < x < 2, a relagdo.x? + y* — 4 = 0 uma solugao implicita para a equacao diferen-
cial
dy x
—_ ==
dx ¥
Segue, por derivacao implicita, que
Bp Dig bp ay payin
ager Ro ae =O
dy _ dy _ _S.
ae + dy = 0 ou 7 = ; =
Arelagiax* + y* — 4 = Ono Exemplo 4 define duas fungées diferenciais explicitas:
y=V4 —x< ey = —V4 — x no intervalo (—2, 2). Além disso, note que qualquer relagio daVoluine 1 Cap. 1 Introducdo ts equacgdes diferciciais 7
forma x + y -—c¢ = 0 satisfaz, formalmente,. dy/dx = —x/y para qualquer constante c.
Porém, fica subentendido que a relagao deve sempre fazer sentido ‘no sistema dos nimeros reais;
an ri a 3 « f; oe ‘ .
logo, nao podemos dizer que x- + y* + | = 0 determina uma solugao da equagao diferencial.
Como a distingio entre uma solugao explicita e uma solucdo implicita é intuitivamente
clara, nado nes daremos ao trabalho de dizer sempre: “aqui temos uma solugdo explicita (im-
plicitay”.
Numero de Solucées
Vocé deve se acostumar com o fato de-que uma dada equagao diferencial geralmente possui um
mimero infinito de solugGes. Por substitui¢do direta, podemos verificar que qualquer curva — isto
é, fungado —da familia a um parametro y = ce*’, em que ¢ é uma constante arbitrdria, satisfaz (L).
Como: indicado na Figura 1.1, a solugdo trivial ێ um membro dessa familia de solugdes.
correspondente a c = 0. No Exemplo 2, também podemos verificar por substituigde que
y = cxe* éuma familia de solugdes da equacao diferencial dada.
EXEMPLO 5
Para qualquer valor de c, a fungdo y = c/x + 1 € uma solugdo da equagao diferencial de
primeira ordem
dy =
x Ae +y=1
na intervalo (0, °). Temos,
dy
dx
zo 4 y ~ai~p + “hi I |- I.
dx x7 x
Variando o parimetro c, podemos gerar uma infinidade de solugdes. Em particular, fazendo
¢ = 0, obtemos uma solucao constante y = |. Vejaa Figura 1.2. a
cgitl gonity y Bay a et
= ea )+ 3) = xs “s
entao
No Exemplo 5, y = c/x + | é uma solugio da equagdo diferencial em qualquer
intervalo que nao contenha a origem. A fungao nao é diferenciavel em» = 0.
Em alguns casos, quando somamos duas solugGes de uma equagao diferencial, ob-
temos uma outra solugao.& Equagées Diferenciais' Cap. 1 Volume |
y
ocd
ir
ymee
Figura 1.1
EXEMPLO 6
(a) As fungdes y = ¢) cos 4x e¢ y = €7 sen4x, em que cy ee2 sao. constantes arbilrairias, sao
solugoes para a equacdo diferencial
y" + 16y = 0.
Para y = c) cos 4x, as derivadas primeira ¢ ségunda sao
y = —4c) sen4x ey” =— 16) cos 4x,
entao
y+ l6y = — 16e; cos4x + 16(c) cos 4x) = 0.
Analogamente, para v = ca sen 4x,
y+ 16y = - l6rrsen4y + 16(er sen ax) = 0.
(b) A soma das duas solugdes da parte (a), y = cj cos4v + cy sen 4x, também é uma sol ugio
para yv’ + I6y = 0. &
EXEMPLO 7
Voce deve ser capaz de verificar que
yee, yore, y= ee, y= oe ey = cre’ + coe™
sao todas solucdes da equacao diferencial linear de segunda ordem
y-y = 0.Volume | Cap. 1 introducdo ay equacées diferenciais 9g
Note que y = cje“ é uma solucdo para qualquer escolha dec), mas y = e* + cy. cy # 0, nda
satisfaz a equagao, pois, para essa familia de fungées, temos yy" — y = —¢}. Ba
O préximo exemplo mostra que uma solugdo de uma equa¢ao diferencial pode ser uma
fungao definida por partes.
EXEMPLO 8
Qualquer fungao da famflia a um parimetro y = cx? é uma solucio para a equagio diferencial
xy — 4y = 0.
Temos xy’ — 4y = x(4ex*) — 4ex = 0. A fungio definida por partes
| =x), x<0
y=
| x4, x20
é também uma solugao. Observe que essa fun¢do nao pode ser obtida a partir de _y = ext por
intermédio de uma unica escolha do parametro ¢, Veja a Figura |.3(b). gi
(a) (b}
Figura 1.3
Mais Terminologia
© estudo de equagbes diferenciais € semelhante ao célculo integral. Quando calculamos uma
antiderivada ou integral indefinida, utilizamos uma tinica constante de integracao. De maneira
andloga, quando resolvemos uma equaciao diferencial de primeira ordem F(x, y, y’) = 0, normal-
mente obtemos uma familia de curvas ou funcSes G(x. y, c) = 0, contendo um paraimetro arbi-
trario tal que cada:membro da familia é uma solugao da equagao diferencial. Na verdade, quando
resolvemos uma equacgio de a-ésima ordem F(x, y,y'....,y) = 0, em que y'") significa
ad y/dx", esperamos uma familia a n-parametros de solugdes G(x, y, €), 0. Entdo, ¢i ec? so
parametros essenciais?Volume | Cap. 1 Introdugda-ds-equagdes diferenciais ul
1.1 EXERCICIOS
As respostas dos exercicios selecionados estio nas paginas 439 ¢ 340.
Nos Problemas |-L0, classifique as equagdes diferenciais dizentlo se elas sao lineares ou ndo-lineares. Dé
tambénia ordem de cada equagao.
a’y dy y
e ur Ay, := — —- 7 =
1. (Lh — xy d4xy" + Sy = cos.x Ze F, {| +¥=0
3 oy t+ 2v= 142° 4. dy + (y - xy - xe*}de = 0
5. xy) - ay" + dey’ - By = 0 é. . + 9y = seny
i
3. \2 2
% 2=Nix ey 2-4
dx dx? dt’ -
9 (sen xy” — (cosx)y’ = 2 10. (1 —y")dv + xd = 0
Nos Problemas 11-40, verifique se a fungaio dada 'é uma solugdo para a equagao diferencial. (c, ¢:c3 sao
constantes).
il. 2+ y= Oy ae 12. y° + 4y = 32; y = 8
MOE is AK se a cci dy dy = 94. = & oe
13. 7 ay = ey y = e3x + 100 14, et = A= ze
Bape A gD callow en We wy
15. y' = 25 + yyy = Sig 5x 16. 5. = py TO te 2 > 0 c1 > 0
17. y+ y = sens; y = 4senx 18. 2xy ae +O + 2y)dy = 0; ry ry se
—lcosa + 10e™
19, rd + Deve = Of v= = 20. oy Sey = ee ee
a
21, y = Wy" + ty'Pb y” = ere + 41) 22. y= 2Niyls y = abel
ar
23. v= Ly =lry=alox x > 0 24, a = pla — bP), P= Se 7
‘ dt 1 + bee"
dX 5% fd a
.—= = | = i = . peak ge dt
25. SP = (2 — Xl — X) In—— = 2%. y+ 2we=hyse L? + ce
27. (x? + 7) dx + Ge? — yay 28. y" +9 - Dy =O, y = ce + xe ™
= 0; cix + py? = xe2
29.
31.
33.
35.
37.
39.
Equagées Diferenciais, Capo Volume ft
a ;
v= Gy’ + 13y = 0 y = e* cos ae 30. + - 42 + 4y = 0; y = e™ + xe"
LK
y” = y = coshx + senhx 32. y” = 25y = 0; y = ci cos Sx
y= O'S = 0: y = Ink + cite 34. y" + y= tg y = —cosxin(secx + tgx)
2. ‘ 5 ;
a + 22 =O y=ct + cx! 36. x7y" —xv' + 2y = 0; » = xcos{inx), 1 > 0
ee
xy = Bxy’ + 4y =O yar ee ingx > 0 38. Ww" — 9% + Oy - Oy = 0; y
= cy sen 3x + e2c0s 3x-+ 4e"
i 3
yr" — dy" + BY -y ahve re" 40. po + ye = ga +y= 12x; y
dx dx” dx
?
oxy + exvlne + 40, « > 0
Nos Problemas 41 ¢ 42, verifique se a fungdo definida por partes ¢ uma soluga6 para a equacao diferencial
dada.
41,
45.
-x7, x<0
4 : 42. wy =O y=
xy 20 co, weed
ay —2y=0; y=
Verifique que uma familia a um parametro desolugGes para
year + OY yeast?
Determine um valor de k para que y = kx seja uma solucdo singular para a equacao diferencial.
Verifique que uma familia a um parametro de solucdes para
y = xy + VI + 0’ €y sex + Vitec.
Mostre que a relacao x + y = | define uma solucao singular para'a equacdo no intervalo (—1, 1).
Uma familia.a um pardmetro de solugoes para
ay
3 7 1 + ¢e~
i a ] é yy = —
?
Ll — ce*
Por inspe¢io,* determine uma solugao singular para a equagao diferencial,
. Na pagina 6, vimos que y = V4 — xe y=e— V4 — 47 sio solugdes para dy/dx = —x/) no
intervalo (— 2, 2). Explique por que
jg: V4 = x2, -2
16 LES50 Equugdes Diferenciais Cap. 2 Volume |
satisfaz o problema de valor inicial. Veja a Figura 2.7
Nota Vimos em alguns exemplos que a constante na familia a um pardmetro de solugées para
uma equagio diferencial de primeira ordem pode ser trocada quando conyeniente. Também,
pode facilmente acontecer que duas maneiras distintas de resolugao levem a respostas diferentes.
Por exemplo, por separacao de varidveis, podemos mostrar que
x +
arctgx + arclgy = ¢ Ou arcigx + arctgy = arcigc¢ ou > =e
I — xy
sio familias a um parametro de solugdes para (1 +y7)dx + (1 + x7)dy = 0. Quando vocé
estiver estudando as préximas segdes, tenha em mente o fato de que familias de solugdes podem
ser equivalentes no seguinte sentido: uma familia pode ser obtida de outra por uma troca de
constante ou por manipulacado algébrica e trigonomeétrica.
2.2 EXERCICIOS . eb
As respostas dos exercicios selecionados estao na pagina 441.
‘Nos Problemas 1-40, resolva.a equacdo diferencial dada por separacao de varidvel.
dy _ dy _ 2
A. Fi, = Ben Se i
3. dx + eo dy =0 4. dx -—x dy =0
dy _ vdy _
S. + IF a 2t6 6. ef = 2x
7. xy =4y & Leow =0
dx
9 Yue to, 2.2!
dx dx x
22 2
n #&-24 n #.-LY»
dy Lt+x dy ysenxpe Nay
(Gz =
25.
27.
‘29.
31.
35.
37.
No:
41.
45.
47.
sec’x dy + cosecydx = 0
e’ sen 2tdx + cosx(e” — y)dy = 0
(e’ + LPe dx + (e* + Pe * ay = 0
,- yy 2 = 2
(y ye) = Ot
xy + 3x-—y-—3
dy _
dx xy — 2x + 4y - 8
= sen x(cos 2y — cos’y)
Sie
xVi — y? dx = dy
=x, d
f+ eS =y?
Volume | Cap. 2 Equacées diferenciais de primeira ordem Si
et ty 14 ey en? ~ ern?
- ¥ ax
(4y + yx?) dy = (2x + xy") de =0 16. (1 $x? + 9? + x?y"yay = yr ae
2yte +l) dy = xde 18. x*y? dy = (y + Idk
2
dx _(ytl dy _ { 2y +3
ylaxe = = } 20. as as 7s
dS _ 5 42 _ 5
ae kS 22. “a k(Q - 70)
dP _ 2 aN _ ht #2
moe P \ Ge t N= Ne
26. sen3xdx + 2y cos? 3x dy =0
30.
32.
34.
36.
38.
40.
. secady = xcotgy dx
yay _ 2-1/2 1A
gdy 1 _ 2k
dx yy
dy xy t+ 2y —x-2
xy—-3y+x-3
=
sec y + sen{x — y) = sen(x + y)
1/2
ya - x°)! dy = (4 + »*) dx
«+ Zaye W
Problemas 41-48, resolva a equacdo diferencial dada sujeita 4 condigao inicial indicada.
(e7" + Ll) senxdx = (1 + cos.x) dy,
y(0) =
~ ydy = 4x(y? + 1)’ de, (0) = 1
dk _ 42 Ele
% 7 4 + 0. (5 =:
xy =y— xy, Wl =-1
42.
44.
46.
48.
(+ x*)dy + x1 + 49?) de = 0, yl) = 0
DY spas =
etsy ly =3
2
HoY =! say es
dx. 7 _ | ¥
y + 2y = 1, 0) =
mapa52 Equagées Diferenciais Cap.2 Volume |
Nos Problemas 49 e 50, encontre uma solucgdo para a equagao diferencial dada que passe pelos pontos
indicados.
Ca eee
9, 2 -y=9
{a} (0, 0) (b) (0, 3) (c) (3!
tart
Men
50. Dey =
(a) (0, 1) (b) @, 0) © [53]
51. Encontre uma solucdo singular para a equacio do Problema 37.
52. Encontre uma solucdo singular para a equacao do Problema 39.
A uma pequena mudanga (perturbacao) na condigdo inicial ou na prépria equagao, freqiientemente
corresponde uma mudang¢a radical na solugéo para uma equacio diferencial. Nos Problemas 53-56,
compare as solugdes dos problemas de valor inicial dados.
53. B= (y- 1, 0) = 1 54. 2 = (y - 0, (0) = 1.01
dy py oP - dy yh =
55. 2 = (y= 1) + 0,01, (0) = 1 56. & = (y= 1) = 0,01, (0) =
Uma equagao diferencial da forma dy/dx = flax + by + c), b + 0, pode sempre ser reduzida a uma
equacao com varidveis separaveis por meio da substituigio u = ax + by + c. Use este procedimento para
resolver os Problemas 57-62.
ay 2 dy _I-x-y
57. f= @tyth) 58. 7 = rien
dy tp? dy _
59. a, = e+) 60. 7, = sealx + y)
61. Bars aes 2. Baize**5
2.3 EQUACOES HOMOGENEAS
Antes de considerar o conceito de equagao diferencial homogénea de primeira ordem e seu
método de solugdo, precisamos primeiro examinar de perto a natureza de uma funcao ho-
mogénea. Comecamos com a definigao deste conceito.Volume 1 Cap.2 Equacées diferencias de primeira ordem 53
DEFINICAO 2.2 Fungao Homogénea
Se uma funcao f satisfaz
fies ty) = fs») (D
paraalgum numero real n, entio dizemos que f é uma funcaio homogénea de grau n.
EXEMPLO 1
(a) fx, y) = - Bay + SY
(xy? — 3x) + S(t)?
fitx, ty)
=x? — 3r7xy + Sty?
= Pix — dey + 5y"] = fe, y)
A funcao é homogénea de grau dois.
o) f= Vay
firm ty) = Vee + Py = p8 Vx? +y = P fx, y)
A funcado é homogénea de grau 2/3.
() feyperte ye
fl, ty) = P+ PP +1 AAR»)
pois fx, y) = Po + Py? +PLA funcado nao é homogénea.
(a) fi y= a +4
fie, p= ae ta = +4 = Rey)
A fungao é homogénea de grau zero. a
Como as partes (c) e (d) do Exemplo | mostram, uma constante adicionada a fungao
destréi a homogeneidade, a menos que a funcao seja homogénea de grau zero. Ainda, muitas
vezes uma funcdo homogénea pode ser reconhecida examinando o grau de cada termo.54 Equagées Diferenciais Cap.2 Volume |
grut peau
{Pr grau 3 em
@ f@y= by? ~ ‘on a
4
gran 2 J ae
A funcao é homogénea de grau quatro.
fo Brau 2
(b) fy) =-y, ate diferentes
—prau t
A funcdo nao é homogénea, pois os graus dos dois termos sao diferentes. |
Se f(x, y) for uma funcdo homogénea de grau n, note que poderemos escrever
sap sil 2 +) = yl 2
fis.) = 27(lE) © foe = vf 51) (2)
em que f(1, »/x)ef(x/y, 1) sao ambas homogéneas de grau zero.
EXEMPLO 3
Vemos que f(x, y) = x? + Ixy + y?é homogénea de grau dois. Logo,
= z 2) | 92, x
fe =e[ts9(2]+(E]]=2( 13)
2
= 2 * x L |= z. :
St y) *[(F) #9(F]+ ak: | a
Uma equacdo diferencial homogénea de primeira ordem € definida em termos das
funcées homogéneas.
DEFINIGAO 2.3 Equac’o Homogénea
Uma equagio diferencial da forma
M(x, y)dx + N(x, y)dy = 0 (3)
é chamada de homogénea se. ambos os coeficientes M e N sao funcdes homogéneas do mesmo grau.
Em outras palavras, M(x, y)dx + N(x, y)dy = 0 € homogénea se
M(tx, ty) = t"M(x, y) e N(tx, ty) = "N(x, y).Volume 1 Cap. 2 Equacdes diferenciais de primeira ordem 33
Método de Solucao
Uma equagao diferencial homogénea M(x, y)dx + N(x, y)dy = 0 pode ser resolvida por meio
de uma substituicao algébrica. Especificamente, a substituigao y = uxoux = vy, em que we v
sao as novas varidveis independentes, transformard a equacgado em uma equacdao diferencial de
primeira ordem separdvel. Para ver isso, seja y = ux, entao, sua diferencial dy = udx + xdu.
Substituindo em (3), temos
M(x, ux)dx + N(x. ux)ludx + xdu] = 0.
Agora, pela propriedade de homogeneidade dada em (2), podemos escrever
x"M(1, ude + x "N(L, u)[udx + x«du] = 0
0,
i
ou [M(L, a) + uN(1, w)) dx + XN, u) du
dx N(. udu
pen x MQ, u) + uN, u)
A férmula acima nao deve ser memorizada. O melhor ¢ repetir o processo sempre que for
necessdrio. A prova que a substituigao x = vy em (3) também leva a uma equacio separavel €
deixada como exercicio. Veja o Problema 45.
EXEMPLO 4.
Resolva (x? + y*)dx + (x? - xy) dy = 0.
Solugao Tanto M(x, y) quanto N(x, y) sio homogéneas de grau dois. Se fizermos y = ux,
segue-se que
(x? + wx?) de + Ce? — wx?) dx + xdu] = 0
70 + Ha + OU wae =O
l-u dx
[-1+ z Jar Feo.
Depois de integrar a ultima linha, obtemos
—u + 2Inll + al + Ind = Intel
— + 2In} 1+ 2] + Inet = Inlet.
x x56 Equacdes Diferenciais Cap.2 Volume |
Usando as propriedades do logaritmo, podemos escrever a solugdo precedente como
12 ;
4g) SE)
cx x
A definigdo de um logaritmo implica
(x + y)? = exe!" a
EXEMPLO 5
Resolva (2Vxy — y)dx —- xdy = 0.
Solugao Os coeficientes M(x, y)e N(x, y) sao homogéneos de grau um. Se y = wx, a equagao
diferencial torna-se, depois de simplificada,
du ade
2 mie — LE + Ee 0.
A integral do primeiro termo pode ser calculada substituindo t = u. O resultado é,
ai dx
+—=0.
Ei x
Integrando, temos
Inlt — 11+ Inked = Inlel
In + Inlxl
{¥E-1]
Vey - x =. a
Vocé poderia perguntar agora: quando a substituigao.x = vy deve ser usada? Embora ela
possa ser usada em qualquer equacao diferencial homogénea, na pratica tentamos x = vy quando a
funcio M(x, y) é mais simples que N(x, y). Para resolver (24+y2) dx + (2 — xy) dy = 0, por
exemplo, sabemos que nao ha diferenga significativa entre Me N; logo, y = uxou x = vy pode ser
usada. Também pode acontecer que, depois de fazer uma substituigao, encentremos integrais que
sao dificeis' ou impossiveis de serem calculadas; uma outra substituigdo pode resultar em
problemas mais faceis.
u
aVolume 1 Cap.2 Equagdes diferenciais de primeira ordem 57
EXEMPLO 6
Resolva 2x3y ax + @ + y) dy = 0.
Solugao Cada coeficiente ¢ uma fung4o homogénea de grau quatro. Como o coeficiente de dx
é um pouco mais simples que o coeficiente de dy, tentamos x = vy. Depois de substituir,
simplificamos a equacao
2w4yt{v dy + y dv] + (iy? + yt) dy = 0
ido . dy
+2 =0.
ao t+
A integracao acarreta
2 In3v* + 1) + Inlyl= Inte]! ou 3x47 + yo = ¢
em que c = cf. Sea substituicao y = ux tivesse sido usada, entao
4
«+i
dtl yg
* um + Su
Vocé deve pensar agora cm como calcular a integral do segundo termo da altima
equagao. a
Uma equacao diferencial homogénea pode sempre ser expressa na forma alternativa
Para ver isso, suponha que escrevamos a equacdo M(x, y)dx + N(x, y)dy = 0 como
dy/dx = f(x, y)em que
_ MO, y)
N(x, y)
A fungao fx, y) deve ser necessariamente homogénea de grau zero quando M e N sao
homogéneas de grau m. De (2), segue-se que
(8) oe)
fit, y) == ——— = -
(ea) oe
fxn y) =58 Equacgées Diferenciats Cap.2 Volume J
Altima razao é uma fungao da forma F(y/x). Deixamos como exercicio a demonstracao de que
uma equacio diferencial homogénea pode também ser escrita como dy/dx = G(x/y). Veja o
Problema 47.
EXEMPLO 7
Resolva o problema de valor inicial
2% =ytxe", y= L
Solugao Escrevendo a equagao na forma
dy se w/e
de x 7 e's
vemos que a fungao da direita da igualdade é homogénea de grau zero. Pela forma dessa fungao,
somos induzidos a usar u = y/x. Depois de derivar y = ux pela regra do produto e substituir,
obtemos
di = dx
utx At sute” ou ev%du =.
dx x
Integrando ¢ substituindo u = y/x, temos
-e “+c = Inld
—e * + ¢ = Inkd.
Como y = I quando x = 1, temos—e7!
de valor inicial é
+ ¢ = Oouc = e7 |, Logo, a solugao para o problema
en! =e = Inld. s
2.3 EXERCICIOS
“he respostas dos exercicios selecionados estao na pagina 442.
Nos Problemas 1-10, determine se a fungdo dada é homogénea.: Especifique o grau de homogencidade
quando for o'caso.
A ow xy" - yx 2. Ne + y (4x + 3y)
; 4 ®Y - xy? —2
(x + 8y)" , y? + Vici 4+ yVolume |
———_——
5.
7.
9.
x?
x+y
cos
Inx” — 2 Iny
a! + yl
Cap, 2
Equatdes diferenciais de primeira ordem
6.
10.
39
sen
Fr
Inx? e
In y?
(ety t+ 177
Nos Problemas | 1-30, resolva a equacao diferencial dada usando uma substituicao apropriada.
il.
13.
15.
17.
19.
al.
25.
Zz
=~
29.
(x — y)dx + xdy = 0
xdx + (y — 2x)dy = 0
(y? + yxpde — a7dy = 0
~ydx + («+ vey) dy = 0
dx’y dx = Bx? + Yay
ov y
x
dx ox y
dx _ —it/y
i ee
[y+ cog -xdy=0
(x? + ay — y*)dx - aydy = 0
12.
14.
16.
18.
20.
30.
(x + yydx + xdy = 0
ydx = 2(x + y) dy
(y? + ya) de + x7dy = 0 a
x + 3y
Sx +y
dy _
dx
eye ry
a + y ya = Ix3y dy =0
woh a
=
(x72 + yy de = xydy
dy _¥ yy
es
(x? + xy — 3y*) de -— (x? + 2ny)dy = 0
Nos Problemas 31-44, resolva a equacao diferencial dada sujeita 4 condi¢ao inicial indicada.
31,
33.
35.
37.
39.
41.
Dey - x, my =2
2D = day + 9%, = -2
(x + ye’) de — xe’ dy = 0, 1) = 0
(y? + 3ay)dx = (4x7 + xy)dy, W) = 1
Gi tx-yer 4%, wat
yrde + (x? + xy + y*)dy = 0, y(0) = 1
32.
34,
36.
38.
40.
42.
(x? + 2y7) dx =xydy, y(—1) = I
aydx — dy = yVie + y? dy, (0) = 1
ydx + [ves - “la = 0, 0) =2
yrdx = 2xidy — Ix*y de, y(1) = V2
ydx + x(Inx — Iny — I)dy = 0, Wl) =e
(We + Vy de = xdy, (1) = 060 Equacées Diferenciais Cap.2 Volume I
Ae aah fee, LS dy _ y_ y, &
43. (x + 7 yey yG) = 1 44, F-— © = cosh + y(1) = 0
45. Suponha que M(x, y)dx + N(x, y)dy = 0 seja uma equagao homogénea. Mostre que a substituigao
x = vy transforma a equagao em uma com varidveis separaveis.
46. Suponha que M(x, y)dx + N(@, y)dy = 0 seja uma equagao homogénea. Mostre que a substituigao
x = rcos@,y = rsen@ leva a uma equacao separavel.
47. Suponha que M(x, y)dx + N(x, ¥)dy = 0 seja uma equacio homogénca.. Mostre que a equagao
pode ser escrita na forma alternativa dy/dx = G(x, y).
48.. Seja f(x. y) uma funcio homogénea de grau n. Mostre que
Of , 9f _
x95 7 5p ™
2.4 EQUACOES EXATAS
Embora a equacao
ydx +x dy=0
seja separavel e homogénea, podemos ver que ela é também equivalente 4 diferencial do produto
de xe y; isto é ‘
ydx + xdy = d(xy) = 0.
Por integragao, obtemos imediatamente a solugao implicita xy = c.
Vacé deve se lembrar do calculo que, se z = f(x, y) é uma fungio com derivadas
parciais continuas em uma regiao R do plano xy, entao sua diferencial total é
ee BL ge y OE
Ge Feet ay (1)
Agora, se f(x, y) = c, segue-se de (1) que
af af. _ "
ie? Gy (2)
Em outras palavras, dada uma familia de curvas f(x, y) = ¢c, podemos gerar uma equagao
diferencial de primeira ordem, calculando a diferencial total.
EXEMPLO 1
Se x? — Sxy + y? = ¢, ent&o por (2)Volume 1 Cap.2 Equacées diferenciais de primeira ordem él
Gx= Syide~ GSe4 ae <0 ow Se Ve, =
dx —5x + 3y2_
Para nossos propésitos, é mais importante inverter o problema, isto é, dada uma
equagao como
dy _5y — 2
de 524 3? @)
podemos identificar a equagdo como. sendo equivalente a
d(x* — Sxy + y*) = 0?-
Note que a cquagado (3) nao é separdvel nem homogénea.
DEFINICAO 2.4 Equacao Exata
Uma expressao diferencial
M(x, y)dx + N(x. y)dy
é uma diferencial exata em uma regido R do plano xy se ela corresponde A diferencial total de
alguma funcaof{x, y). Uma equacao diferencial da forma
M(x, y)dx + N(x, y)dy = 0
é chamada de uma equacao exata se a expressao do lado esquerdo é uma diferencial exata.
EXEMPLO 2
A -equacao x*y3dx + x y7dy = 0€ exata, pois
dt xy?) = xy dx + xy? dy. a
O teorema seguinte é um teste para uma diferencial exata.
TEOREMA 2.2 = Critério para uma Diferencial Exata
Sejam M(x, y) e N(x, y) funcdes continuas com derivadas parciais continuas em uma regiao
retangular R definida por a < x < b,c < y < d. Ent&o, uma condic&o necesséria e suficiente para
que |
M(x, y)dx + N(x, ¥) dy
seja uma diferencial exata é
aM
J
e
=
(4
oe
*62 Equacées Diferenciais Cap.2 Volume I
Prova de que a Condi¢ao é Necessdria Para simplificar, suponha que
M(x, y)e N(x, y) tenham derivadas parciais de primeira ordem continuas em todo plano (x, y).
Agora, se a expressio M(x, y)dx + N(x, y) dy é exata, existe alguma fungao ftal que
ee OL ae g OS a
M(x, y)dx + N(x, y)dy = 7yet a5”)
para todo (x, y) em R&. Lago,
we td ee
M(x, y) = 3 N(x, y) ay’
aM _a(af)\__af _9 (af)_aNn
. y @ylax | adyax axlay] ax
A igualdade das derivadas parciais mistas é uma conseqiiéncia da continuidade das derivadas
parciais de primeira ordem de M(x, y)e N(x, ¥). iJ
A prova de que a condigao do Teorema 2.2 € suficiente consiste em mostrar que existe
uma fungao f tal que @ f/d.x = M(x, y)e a f/ax = N(x, y). A construgdo de tal fungao na
verdade reflete um procedimento basico na resolugado para equagdes exatas.
Método de Solu¢cao
Dada a equacao
M(x, y)dx + N(x, y)dy = 0 ()
mosire primeiro que
Depois suponha que
of _
ae Me)
dai podemos encontrar f integrando M(x, y) com relagao a x, considerando y constante.
Escrevemos,
fs, y) = J MG, y)de + 20, (6)
em que a fungao arbitraria g(y) € a constante de integragao. Agora, derivando (6) com relagao a
yesupondo df/d y = N(x, y):
af a
2 a “y) = ’
Fy ay J Me var + eO) = Ny)Volume! Cap.2 Equagdes diferenciais de primeira ordem 63
Assim, #0) = N@ ») - + J M(x, y) dx. a)
Finalmente, integre (7) com relagao a y e substitua o resultado em (6). A solugdo para a equagao
éf(x, y) = c. .
Nota Algumas observagées sao necessdrias. Primeira, é importante perceber que a expressio
N(x, ¥) — (8/0 y) | Mw, y) dx em (7) independe de x, pois
a a an d a
a] Ns y)- ay } Mi, ras] ag ai } M(x, ras
Segunda, poderiamos também comegar o procedimento acima com a suposigao de que
a f/a y = N(x, y). Depois, integrando N com relacdo a y e derivando o resultado, encontramos
o andlogo de (6) e (7), que seria, respectivamente,
d
fx, y) = J NG, y)dy + h(x) © W(X) = MO, y) = 5 J Me y)dy.
Em qualquer caso, nenhuma dessas formulas deve ser memorizada. Ainda, para
verificar se uma equagao é exata ou nao, assegure-se de que ela seja da forma (5). Freqtiente-
mente, uma equacdo diferencial ¢ escrita na forma G(x, y) dx = H(x, y) dy. Neste caso, escreva
a equacgado na forma G(x, y) dx — H(x, y)dy = 0 e ai identifique M(x, y) = G(x y) e
N(x, y) = — A(x, y).
EXEMPLO 3
Resolva Ixy dx + (x* - 1) dy = 0.
Solugao Com M(x, y) = 2xye M(x, y) = x7 — 1, temos
OM ae OM
dy Ox
Logo, a equacao é exata e, pelo Teorema 2.2, existe uma fungao f(x, y), tal que
ae BY Bs
ax 7 OY aa 1.
Da primeira dessas equacdes, obtemos, depois de integrar,
fix, y) = x*y + ay).64 Equagdes Diferenciais Cap.2 Volume 1
Derivando a ultima expressdo com relacao a y e igualando o resultado a N(x, y), temos
a ee
ay +e'(y) =x 1.
Segue-se que g'(y) =-1 e gly) =~.
A constante de integra¢ao nao precisa ser incluida, pois a solugdo é f(x, y) = c. Algumas curvas
da familia x*y — y = ¢ sao mostradas na Figura 2.8.
Nota A solucdo para a equagao ndo é f(x, y) = x’y — y. Antes, a solucio é f(x, y) = cou
fx; y) = 0, se uma constante é usada na integragdo de g’(y). Observe que a equacao poderia
também ser resolvida por separagdo de variaveis. a
EXEMPLO 4
Resolva (e?” — ycos xy) dx + (2xe” — xcos xy + 2y) dy = 0.
Solugao A equacdo nao é nem separdvel nem homogénea, mas exala, pois
OM _ 4,% - oN
i 2e~ + xysenxy —cosxy = a
Logo, existe uma fungéo f(x, y) tal que
of of
MG, y)= sy © NG& Y) ay"
Agora, para variar, comegaremos supondo 0 f/d y = N(x, y);
af
isto €, : a =2xe” — xcosxy + 2y
Poy y) = 2x J ody — x] cos xy dy + 2 J yay.—_—
Volume 1 Cap.2 Equacées diferenciais de primeira ordem 65
a 1
Lembre-se: a razao de podermos tirar o x de frente do simbolo de integral é que, na integragado
em relacdo a y, x € considerado como uma constante. Segue-se que
fo. y) = xe” — senxy + y* +hx)
Of 2) ’, = gee
Fx Te Veosay + h(x) =e” — y cos xy,
assim A(x) = 0 e€ Ax) =.
Logo, uma familia a.um parametro de sclugdes é dada por
xe? — senxy ty? + ¢ = 0. a
EXEMPLO 5
Resolva 0 problema de valor inicial
(cosx senx— xy”) dx + y(1 — x7)dy = 0, y(0) = 2.
Solugao A equacio é exata, pois
aM aN
ay ax
OF a.
Agora, 5 yl — x“)
fle y) = a — x*) + h(x)
i")
—
= —xy" + h(x) = cosxsenx — xy’.
a
~
A tiltima equagao implica
A‘(x) = cosx senx
A(x) = - J (cos.x)(—senxdx) = — Foss,
2
I
Logo, = - x") - 7 008k = cy
ou yl — x*) — cos%x = c,66 Equacées Diferenciais Cap.2 Volume |
em que 2c; foi trocado por c. A condigao inicial y = 2 quando x = 0 demanda que 4(1) —
- cos*(0) = ¢, ou seja,c = 3. Portanto, a solugao para o problema é
y*(l — x7) — costx = 3. =
Fator de Integracgao
Algumas vezes, é possivel converter uma equacao diferencial nado exata em uma equacdo exata
multiplicando-a por uma funcdo U(x, ») chamada fator de integragao. Porém, a equacao exata
resultante
UM(x, y)dx + UN(x, y)dy = 0
pode nao ser equivalente 4 original no sentido de que a solugao para uma é também a solugao
para a outra. A multiplicagao pode ocasionar perdas ou ganhos de solugdes.
EXEMPLO 6&6
Resolva (x + y)dx + xlnxdy = 0, usando u(x. y) = 4 em (0, ©).
Solugao Sejam M(x, y) = x + ye NG, y) = xlnx. Dai, d M/ay = le dN /ox =1+Inx.
A equacao nao é exata. Porém, se multiplicarmos a equacao por pi(x, y) = 1/x, obtemos
( + 2 |e + Inxdy = 0.
Segue-se desta tiltima forma que escrevemos as identificagoes:
a
MG, y) = 1 #25 N(x, y) = Inx, —— = -— =:
Portanto, a segunda equacao diferencial é exata. Logo,
Sf a Be
ag + = Mey)
As yl =x t+ ylnx + g0)
af _ Hae
gy 0 PET ED) = ee
assim giy)=0 € gly) =e.
Entao, fix, y) = x + ylnx + c. Verifica-se facilmente que
x+ylnax+c=0
é uma solucio para ambas as equacdes em (0, =). aVolume 1 Cap.2 Equagdes diferenciais de primeira ordem 67
2.4 EXERCICIOS
As respostas dos exercicios selecionados eto na pagina 442 e 443.
Nos Problemas 1-24, verifique se a equa¢do dada € exata. Se for, resolva.
lL. Qe = l)dv + Gy + T)dy = 0 2. (2x — y)dx — (x + Gy) dy = 0
3. (Sx + 4y)de +x - By) dy = 0 4. (seny — ysenx)dx + (cosx + xcosy
— y}dy =0
5. (2y2x — 3) dx + Qyx? + 4) dy = 0 6. ay = feat | ae
2
+ 3ysen3x = 0
7. (x + y)(x — y)de + x(x - 2y)dy = 0 8. (: + Inx + 7 |e = (I — Inx) dy
9. Ge - y senx — x)dx + Gxy” 10. ( + yp ydx + 3xy7dy =0
+ 2ycosx) dy = 0
2
1. (yiny = eae + (5 trlay |ty = 0 12. Pas - “dy = 0
y
dy _ 2 2 3 y =
13. x5 = 2xe* — y + 6x 14. (3x°y + e) dx + (x° + xe” — 2y)dy = 0
is (1-Foyle+(1-F +e lomo 16. (e? + 2xycoshx)y’ + xy" senhx
+ y* coshx = 0
1 dx 3.2 '
17. (x¢y? — ——3)S + oy =0 18. (Sy — 2x)y" - 2y = 0
{ Pa gx?) dy ry y y
19. (tgx — senxseny) dx + cosxcosydy = 0 20. (3x cos 3x+ sen 3x—3) dx + (2y+5)dy =0
21. (1 — 2x? - ay) 2 = Ax? + dxy 22. (2ysenxcosx — y + 2y"e"” ) dx
2
= (x — sen’x - dxye™ ) dy
23. (4x°y— 15x? = y) de + (x! + 3y? =x) dy =0 24. staat eee — = jens
x a og ey a+
Nos Problemas 25-30, resolva a equacao diferencial dada sujeita & condigao inicial indicada.
25. (xt+y)dx + (Qxy+x?-L)dy = 0, pI) = 1 26. (e* Hy) de + (Z4+x+ yey = 0, (0) = 1
5 dx
oe 2
27. (4y + 2x — 5) dx + (6y + 4x — Day 28. ew yl) =1
y y
= th: y(-1) = 268 Equagdes Diferenciais Cap: 2 Volume I
29. (y? cos.x = 3x’y — 2x) dx + (2ysenx - 2 30. ; i z + cosx — 29 Ne = y¥(y
+ y
+ Iny}dy = 0, pO} =e + senx), (0) =1
Nos Problemas 31-34, encontre o valor de & para que a equacao diferencial dada seja exata.
BL. Go + ky 2x) de + (Bxy24+20r2y7)dy = 0 32, (2x — ysenxy + by*) de — (20xy°
+ xsenxy)dy = 0
33. (2xy? + ye)de + (2x?y + ke" - l)dy=0 34. (Gay? + cosy) dx + (ery? — xseny)dy = 0
35. Determine uma funcao M(x, y) para que a seguinte equacdo diferencial seja exata:
M(x, y)ax + (= + Qxry + z}0 = 0.
36. Determine uma fun¢gio N(x, y) para que a seguinte equacao diferencial seja exata:
ee ist Se om ln + N(x, y)dy = 0.
x+y z
Nos Problemas 37-42, resolva a equagao diferencial dada, verificando que a fungao indicada (x, y) seja
um fator de integragao.
37. 6xydx + (4y + 9x°) dy =0, pix, y) = y? 38. —y? det ( +2y) dy = 0, wx, y) = I/x?y
39. (—xysenx + 2ycosx)dx + Ixcosxdy 40. y(x + y + Ide + (x + 2y) dy
= 0, uO, y) = 29 = 0, wi, ») = e* a
41. (2y? + 3x)dx + 2rydy=0, ply y= x 42. (x? + 2ey — y*)de + (y? + 2xy - x? )dy
= 0, Ha y) =O + yy?
43. Mostre que qualquer equacao diferencial separavel de primeira ordem na forma h{y) dy — g(x) dx = 0€
também exata.
2.5 EQUAGOES LINEARES
No Capitulo 1, definimos a forma geral para uma equacdo diferencial linear de ordemncomo, ~
at dad? 1 d
a(t) Tom + An 108) + oe + UR) GE + aolely = BG)
Lembre-se de que linearidade significa que todos os coeficientes sao fungdes de x somente e que
ye todas as suas derivadas sao elevadas 4 primeira poténcia. Agora, quando n = 1, obtemos uma
equacdo linear de primeira ordem.Volume I Cap.2 Equacées diferenciais de primeira ordem 69
DEFINICAO 2.5 Equacao Linear
Uma equacio diferencial da forma
ate) 2 + agley = g(x)
échamada de equacdo linear.
Dividindo pelo coeficiente a, (x), obtemos uma forma mais ttil de uma equacao linear:
dy =
ae P(x)y = fix). ()
Procuramos uma solugdo para (1) em um intervalo / no qual as fungGes P(x) ¢ f(x) sao continuas.
Na discussdo a seguir, supomos tacitamente que (1) possui uma solugao.
Fator de Integracgao
Usando diferenciais, podemos escrever a equagao (1) como
dy + [P(x)y — fix)] dx = 0 (2)
Equagoes lineares possuem a agradavel propriedade através da qual podemos sempre encontrar
uma funcao p(x) em que
H(x) dy + WG )LPG)y — Ax)] dx = 0 (3)
é uma equacao diferencial exata. Pelo Teorema 2.2, o lado esquerdo da equagao (3) é uma
diferencial exata se
Fa Me) = F 5 MOMPCOy — fe (4)
ou ‘h = pP(s).
Esta é uma equacao separdvel em que podemos determinar p(x). Temos
dit
—=_+P/P ax
i P(x)
Inipl = f Pex) dx (5)
assim (x) = e} PR) de, (6)70 Equagoes Diferenciais Cap.2 Volume I
A fungao (x) definida em (6) é um fator de integracao para a equacio linear. Note que nao
precisamos usar uma constante de integragao em (5), pois (3) nao se altera se a multiplicarmos
por uma constante. Ainda, u(x) # 0 para todo xem [,e € continua e diferenciavel.
E interessante observar que a equagao (3) é ainda uma equagdo diferencial exata
mesmo quando f(x) = 0. Na verdade, f(x) nao desempenha papel algum na determinagao de
L(x), pois vernos de (4) que (0 /0 y)u(x){x) =0. Logo, ambas
el PO de dy + af P(xyidx (PQx)y — fix)] dx
e el PUD AR ety al POY AX Pv yy dx
sao diferenciats exatas. Agora, escrevemos (3) na forma
el Pld gy 4 ol PO Ap Ee de = of PHA AE ae
e verificamos que podemos escrevé-la como
d{el PIE] = a POY AR xy dx,
Integrandg a Ullima equagao, temos
BI Pa)dry = J al PLA) dy -e
ou ys el Pix) dx J el Pa) drryy dy 4 ce! P(x) dx. (7)
Em outras palavras, se (1) tiver uma solugao, ela deverd ser da forma (7). Reciprocamente, é
imediato que (7) constitui uma familia a um parametro de solucdes para a equacao (1).
Resumo do Método
Nenhum esforgo deve ser feito para memorizara férmula dada em (7). O procedimento deve ser
repetido sempre, logo, por conveniéncia, resumimos os resultados.
Resolvendo uma Equag¢ao Linear de Primeira Ordem |
() “Para resolver uma equacdo linear de primeira ordem, primeiro coloque-a na forma (1); isto é,
faga o cocficiente de dy/dxiimeidygi ¢”
(ii) ~—s Identifique P(x) e encontre 0 fator de integracio
el PQr)dx
(iii) Multiplique a equagao obtida em (i) pelo fator de integragao:
dl Pind BD 4. Prayel Pddry = ef PerrdepyyVolume | Cap.2 Equacées diferenciais de primeira ordem 71
{iv) Q lado esquerdo da equagéo em (iii) é.a derivada do produto do fator de integrag3o e a
variavel dependente y; isto é,
fied Paidsyy = of PO 4yeyTE IER).
(¥) Integre ambos os lados da equacao encontrada em (iv).
EXEMPLO 1
dy 4. _ 6x
Resolva x dx y = x%e*,
Solugao Escreva a equacao como
ay — 4 = a3
i a we (8)
dividindo por x. Como P(x) = —4/x, 9 fator de integragao €
, _ a ae
ed J dee = yall © pine =x
Aqui, usamos a identidade basica b'°& = N,N > 0. Agora, multiplicamos (8) por
este termo
42 — 4x~5y = xe* (9)
ie
e obtemos ae 'y] = xe"* (10)
Segue-se da integracao por partes que
xty = xe? -eF +
ou Soy = wet — xhe® + crt a
EXEMPLO 2
Resolva a — 3y = 0.
Solugao A equacdo jé esta na forma (1). Logo, o fator de integragao €
ef(-3de _ o- ar,
* Vocé deve calcular muitas vezes as derivadas indicadas para ficar convencido de que todas as equagées,
tais como (8), (9) ¢ (10), sdo formalmente equivalentes.72 Equagées Diferenctais Cap.2 Volume |
Portanto, = a be, 3e~ 3ty =0
4-3) =
mle y= 9
e* ye
assim, y = ce, B
Solugao Geral
Por hipétese, P(x) e f(x) sio continuas em um intervalo Je xj é um ponto desse intervalo. Entao,
segue-se do Teorema 2.1 que existe uma Unica solucdo para.o problema de valor inicial.
® + Ply = fod, 00) = 90 (a)
Mas vimos antes que (1) possui uma familia de solugdes e que toda solugdo para a equagdo no
intervalo / tem a forma (7). Logo, obter a solugao para (11) é uma simples questao de encontrar
um valor apropriado de ¢ em (7). Conseqiientemente, estamos certos em chamar (7) de solucio
geral da equacao diferencial. Vocé deve se lembrar de que em varias acasides encontramos
solugées singulares para equagGes nao-lineares. [sso nao pode acontecer no caso de uma equacao
linear em que P(x) e f(x) sao continuas.
EXEMPLO 3
Encontre a solugao geral para
3 dy heat
(x* + 9) a + fy = 0.
Solugao Escrevemos dy, x
ay =D:
dx x49
A fungao P(x) = x/1 (x? + 9) € continua em (—ce, ee). O fator de integracado para a equacao é
ef Fae" +9) = ol? [ ay dx/(x? + 9) =e!” Ine? + 9)= VE +9
assim 49
+— y=
dx Ve+9°
4 Ni? + 9y] = 0
Ve + 9y =eVolume 1 Cap.2 Equacdes diferenciais de primeira ordem 73
Portanto, a solucdo geral no intervalo €
EXEMPLO 4
Resolva o problema de valor inicial
dy = ==—
dx + 2xy = x, (0) 3.
Solugao As funcgdes P(x) = 2x-e f(x) = x sio continuas em (—+,°¢). O fator de integragao é
a2) rdr _ ee
assim eo, 2xe* v= = xe"
dk
7 fe* y] = xe*
2 2 1 2
ety = | xe dx = 5e* +e.
Portanto, a solugdo geral para a equacao diferencial €
-*
l
yaa t ce
A condicgao y(0) = — 3 corresponde'ac = — 7/2, logo.a solugdo para o problema de valor inicial
no intervalo é
Veja a Figura 2.9, na préxima pagina. a
EXEMPLO 5
Resolva o problema de valor inicial
d
rPey =r, l= 0.
Solugao Escreva a equacdo na-forma
®
a |
y= 274 Equagées Diferenciais Cap. 2) Valwne
e observe que P(x) = 1/x é€ continua em qualquer intervalo que nao contenha a origem. Tendo
O fator de integragao é
ol die gintdl =
r d 2 gat
e dai i [xy] = 2x
implica we rte
A solucao geral para a equacao €
c
yuu t+ ry (12)
yex-t, O
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