CATEGORIAS FUNDAMENTAIS DO PENSAMENTO

DE MAX WEBER

A sociologia de Max Weber é aquela de sujeitos individuais intencionados. É o

cerne da própria ciência da ação.

Para ele os atores individuais agem e se movem com intenções particulares

que não podem ser aprioristicamente definidas.

Embora intencionais, as ações dos sujeitos são indeterminadas, já que estes

não controlam suas motivações e as conseqüências dos seus atos.

Weber era mais preocupado com a ação e a racionalidade, do que com os

resultados da ação.

A própria preocupação com a ação e o sentido, inspirou o método

compreensivo, que visa captar o sentido e os significados causais da ação dos
agentes.

Para Weber, a ação social do sujeito integra o “outro” na sua ação, o que
constitui uma reciprocidade. É preciso que haja uma ação orientada, um
sentido, uma intenção. É preciso que haja uma relação com o outro.

Weber tinha como objeto básico o sujeito em ação, tendo a vontade como
elemento motivador. Ele resgata o homem na história, como sujeito social e
sua ação social, como base das suas relações.

Para fins de análise, Weber distinguiu diversos tipos de ação individual, cada
qual com suas características próprias: a ação política, a ação econômica, a
ação religiosa e etc, as quais são modalidades independentes de ação, embora
sempre o sentido de uma ação tenha efeito para outros indivíduos, ou seja: a
reciprocidade tem que estar presente.

Quando Weber diz que a vida social é a vida dos indivíduos numa teia de
relações intencionais, ele não se abstém totalmente dos comportamentos
institucionalizados; apenas mostra que as representações individuais, embora
subordinadas às representações coletivas é que dão sentido à ação. Este
sentido é individual e indeterminado.

Weber se caracteriza pelo individualismo, pelo subjetivismo. Para ele, os

coletivos não passam de resultantes de modalidades de organização de
indivíduos, constituindo realidades próprias.

Quando Weber pesquisou a ética protestante, na verdade uma representação

coletiva de um grupo, ele procurou empiricamente provar a presença desta
ética, como um fator causal.
A racionalidade depende da ação dos agentes. A compreensão da ação é mais
completa, quando o agente utiliza no raciocínio, a lógica formal.

A essência da epistemologia de Weber é construir relações causais irreais para

separar os ideais, ou seja: construir modelos heurísticos da racionalidade
mostrando o real em relação ao ideal.