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MINISTERIO DA DEFESA EXERCITO BRASILEIRO COMANDO LOGisTICO PORTARIA N° 015 -COLOG, DE 05 DE OUTUBRO DE 2009. Dispde sobre 0 trifego de produtos controlados por meio da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). © COMANDANTE LOGISTICO, no uso das atribuigdes constantes do inciso IX do art. 11 do Capitulo IV da Portaria do Comandante do Exército n°, 201, de 2 de maio de 2001 - Regulamento do Departamento Logistic (R-128), de acordo com o § 1° do art. 2° da Lei n°, 10.834, de 29 de dezembro de 2003, dos artigos 57 ¢ 62 do Decreto n° 5.123 de 1° de julho de 2004, e do § 3° do art. 165 do R-105, aprovado pelo Decreto n° 3,665, de 20 de novembro de 2000 e, ainda, por proposta da Diretoria de Fiscalizagio de Produtos Controlados (DFPC), resolve: Art. 12 Aprovar as Normas Reguladoras do Tréfego de Produtos Controlados por meio da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Art. 22 Revogar a Portaria n° 04 - COLOG, de 8 maio de 2009. Art, 3° Estabelecer que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicagdo. Gen x JARBAS BUENO DA COSTA Comandante Logistico NORMAS REGULADORAS DO TRAFEGO DE PRODUTOS CONTROLADOS POR MEIO DA EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS - ECT . ks CAPITULO IL é 7 ¥ DAS DISPOSIGOES INICIAIS Art. 12 A finalidade destas Normas ¢ regulamentar 0 tréfego de produtos controlados pelo Exército, por meio do SEDEX, da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos (ECT), observadas as disposigdes contidas nos artigos 57 ¢ 62 do Decreto n? 5.123/04, da alinea “n” do pardgrafo tinico do art. 160 do Decreto n2 3,665/00 (R-105). CAPITULO II DAS DEFINICOES Art, 2° Para fins do disposto nas presentes normas adotam-se as seguintes definigdes: 1 - trfego: conjunto de atos relacionados com 0 transporte de produtos controlados pelo Exército ¢ compreende as fases de embarque, transito, desembarago, desembarque e entrega, conforme dispde 0 art. 3°, inciso LXXVI, do R-105. IL - servigo postal: 0 recebimento, transporte, ¢ entrega de objetos pelos Corteios; ¢ Ill - SEDEX: servigo de remessa expressa de documentos e mercadorias dos Correios. CAPITULO III DISPOSICGES GERAIS Art. 32 E vedado o trafego, por meio da ECT, dos seguintes produtos controlados pelo Exército: 1- explosivos, pélvoras e munigées; IL - armas de fogo de uso restrito, exceto armas de porte (pistolas ¢ revélveres); III - armagao/chassi de arma de fogo: IV - agentes de guerra quimica e seus precursores, e produtos quimicos de interesse militar; e V - fogos de artificio e artificios pirotécnicos. Art. 42 Qualquer remessa de produto controlado pelo Exército, por meio da ECT, dar-se-é mediante aviso de recebimento ou outro expediente que permita identificar, além do recebedor, o local ¢ a hora da entrega da encomenda. Art. 5 A embalagem a ser utilizada no tréfego de produtos controlados, por meio da ECT, nao pode conter sinais que prenunciem o contetido, sendo vedada, portanto, a utilizagao de embalagem diferenciada para este tipo de encomenda. § 12 A embalagem deverd ser adequada ao peso, condigdes e natureza do conteiido, de forma a resistir ao transporte e manuseio da remessa. (F12 das Normas Reguladoras do Tréfego de Produtos Controlados por meio da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos — ECT) § 22 Na hipétese de a embalagem romper-se, 0 produto controlado pelo Exército seré apreendido e entregue a fiscalizagdo militar, para adogdo das providéncias cabiveis. _ CAPITULO IV yaks DO TRAFEGO INTERNACIONAL e- Art. 6 E vedada a importago ou exportagio de armas de fogo, seus acessérios e pegas, de munigées e seus componentes, por meio da ECT, conforme estabelecem os artigos 57 ¢ 62 do Decreto n? 5.123, de 12 de julho de 2004. Pardgrafo tinico. As pessoas naturais ou juridicas poderao ser autorizadas pelo Comando de Regio Militar (SPC) ao qual esto vinculadas, apés avaliago de justificativa apresentada, a importar pegas de armas de fogo, por meio da ECT, .exceto quando a pega se tratar de armaco/chassi, cano ou ferrolho, como estabelece o parigrafo Unico do art. 57 do Decreto n® 5.123, de 12 de julho de 2004. Art. 7° Em se tratando de produtos controlados nao mencionados no caput do art. 62, 0 desembaraco alfandegétio pelos érgios de fiscalizagao da Receita Federal s6 poderd ser efetivado apés anuéncia prévia do Exército, nos termos do art, 206 do R-105. Art. 8° Apés a Receita Federal concluir 0 desembarago alfandegario do produto controlado pelo Exército, seguir-se-do os procedimentos relativos ao trafego doméstico. CAPITULO V_ DO TRAFEGO DOMESTICO Secao I Disposigdes gerais Art, 92 0 trafego de produtos controlados pelo Exército, por meio da ECT, submeter-se-4 as disposigdes relativas ao transporte e tréfego estabelecidas no Regulamento para a Fiscalizagao de Produtos Controlados (R-105). Segao II Condigses para o trifego de produtos controlados pelo Exército Art. 10. O trdfego de produtos controlados pelo Exército, por meio da ECT, em territério nacional, seré autorizado nas seguintes condigdes: I - de fabricante nacional para: a) as Organizagdes Militares das Forgas Armadas; b) os drgios de seguranga piiblica listados no art. 144 da Constituigao Federal; ©) outros érgios piblicos ¢ instituigdes autorizadas a adquirir armas de fogo para uso institucional; ¢ d) 0 comércio especializado (ojista), possuidor de registro junto ao Exército. (FI3 das Normas Reguladoras do Tréfego de Produtos Controlados por meio da Empresa Brasileira de Correios ¢ Telégrafos — ECT) II— de lojista do comércio especializado em armas de fogo registrado no Exéreito para: ; - . ats— a) as Organizages Militares das Forgas Armadas; ee ¥ b) os érgdos de seguranga pilblica listados no art, 144 da Constituigdo Federal; e €) outros érgios puiblicos ¢ instituigdes autorizadas a adquirir armas de fogo para uso institucional. III - dos érgdos, instituigdes e pessoas juridicas mencionados nos incisos I ¢ Il, para 0 fabricante nacional ou comércio especializado, somente por motivo de devolugdo ou manutengio (logistica reversa); e IV - apés a Receita Federal concluir o desembaraco alfandegario do produto controlado pelo Exéreito. Art. 11, 0 tréfego de produtos controlados pelo Exército, por meio da ECT, seré realizado exclusivamente por meio de celebragio de contrato entre a ECT e o fabricante nacional ou comércio especializado autorizados. § 12 0 trdfego de produtos controlados pelo Exército, por meio da ECT, seré efetuado, obrigatoriamente, por remessa expressa (SEDEX) ou outro servigo que venha a substitui-lo, § 22.0 tréfego de retorno ao fabricante ou comércio especializado de produtos controlados pelo Exército, nos termos do art. 10, II e III, desta Portaria, somente sera admitido por meio do servigo de Logistica Reversa dos Correios. § 32 Compete ao fabricante ou comércio especializado orientar o remetente responsavel pela devolugéo de produtos controlados pelo Exército acerca das condigdes necessérias ao transporte desse tipo de remessa. § 4° E expressamente proibida a remessa, por meio da ECT, de armas de fogo e armas de pressfio municiadas, sob pena de apreenstio do armamento e aplicagdo de sangées previstas na legislago vigente. Art. 12. As remessas contendo produtos controlados pelo Exército serfio apresentadas fechadas, pelo remetente, que assumird total responsabilidade pelo contetido da encomenda, conforme dispde o § 22 do art. 13 da Lei 6.538/78. Secao III Da Guia de Trafego Art. 13. A remessa de produtos controlados pelo Exército, por meio da ECT, devera ser acompanhada da correspondente Guia de Tréfego, a qual deverd ser acondicionada no interior da embalagem a ser transportada pela ECT. Pardgrafo tinico. Quando o transporte de produtos controlados nao exigir Guia de Tréfego, esta sera substituida por declaragao da fiscalizagao militar. (F14 das Normas Reguladoras do Tréfego de Produtos Controlados por meio da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos — ECT) Art. 14 Compete exclusivamente ao Exército autorizar o tréfego de produtos controlados, por meio da ECT. CAPITULO VI & ye : DISPOSICOES FINAIS : Art. 15. Em se tratando de armas de fogo, as embalagens nfo poderao conter mais do que 2 (duas) unidades, sendo vedado o trafego conjunto de mais de um volume. Pardgrafo ‘nico. Os limites acima estabelecidos aplicam-se também aos simulacros ou réplicas de armas de fogo e as armas de pressao. Art. 16, As embalagens contendo produtos controlados pelo Exército nfio poderdo exceder 605 limites em dimensdo e peso fixados pela ECT. Art. 17. As remessas de produtos controlados pelo Exército, por meio da ECT, estarao sujeitas & fiscalizagao militar. § 12 As remessas que estejam em desacordo com 0 disposto nesta portaria serdo retiradas do fluxo postal na Unidade Operacional onde ocorrer a identificagio, para entrega ao Comando de Organizagio Militar do Exército mais proxima ou ao Comando de Regidio Militar nas capitais de Estado onde este tenha sede. § 22 Caso nao exista nenhuma Organizagao Militar do Exército no municipio onde ocorrer a identificagao de remessa irregular, o Comando de Regio Militar com responsabilidade na area daquele municipio deverd ser informado para a adogo das providéncias cabiveis. § 32 Nos casos de apreensiio de remessas feitas de forma irregular, por intermédio da ECT, a liberagio ao destinatério sera efetuada pelo Comando de Regio Militar competente ou por Comando de Organizagao Militar integrante da rede de fiscalizagio de produtos controlados pela apreensio. § 42 Verificando a fiscalizagdo militar que se trata de pritica de infragdio administrativa prevista no Regulamento para a Fiscalizago de Produtos Controlados (R-105), deverd proceder na forma desse Regulamento.

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