Você está na página 1de 22
sets 75-ne trés-sete esc. e50 HO F FESTIVAL NACIONAL DE JAde DA FIGUEIRA DA FOZ sumario jazzeudioviso 4 jazzteca Jazznovas tete montoliu 6 fozjazz 15 22 jazzelepé Coleboraram neste némero: Vicente "TETE" Montoliuy Velenti Grau; Dério Romani; Joo Paulo Bessa; José Ouar te; José Soares; Francisca J.Almeida; Rul Neves. A HOT, Depois da edigio, em Abril, do segundo néimero do HOT, algumas voltas tem o Jazz dacio om Portugal. Estiveram entre nds os mOsicos Tete Montoliu, Bill Evans e Eddie Gomez,e Paul Stocker © os grupos portugues ses tim desenvolvido uma significativa actividede, Novos grupos surgirem e o HOP. passou a ter um programa de ridio e passa r4a coleborar activamente coma A.T.P.na epresentagio de Programas de Jazz, Com una estrutura bastante deficiente e economicamente débil, o HOP sé com cifi, culdade tem, muitas vezes, dado o apoio. que dele se espera, Nomeadamente no Bole= tim se tém notado muitas deficienciasdes de gralhas, até @ irreguleridade da sua publicago, falhas essas que progressiva— nente tentarems suprimir, Ao edit&=lo pre, tendfamos que ele fosse assumindo o caréc” ter de uma revista inteiramente dedicada A mdsica afromemericana e mais particular mente ao Jazz. As dificuldades foram nai= ores do que a princfpio julg4vamos ir en— contrar.No entanto 0 objective inicial per manece valido, Para isso todo 0 apoio que nos possam dar @ Gtil @ necessério. A edig&o deste boletim fica a dever-se 20 apoio da Conisséo Municipal de Turismo da Figueira da Foz e da Sociedade Figuei= re Praia FLA. HOT HOT = Publicagio nfo periddice, Froprie~ téric: HOT Clube de Portugal. Director: F. J. Almeida, Compost © impreeso pelo HOT Clube de Por tugal - Praga da Alegria, 39 - Lisboa 2 = Telefone 36°73 69, Os textos assinados sfo da exclusiva res— ponsabilidade dos seus autores, Reprodugdo permitida, Agradeceras citag#o da origem. 3 ~\Jazzsssi jazzaudioviso Q HOT CLUBE DE PORTUGAL DIVULGA — JAZZ Todos os domingos As 17,00 H. na rede de FM, estéreo, de Rédio Clube Portugués, CINCO MINUTOS DE JAZZ ne Oieriamente 5 23,30 H. nas redes de OM e FM, de Lisboa, da Rédio Renascenca. AGRANDE WOSTCA _NEGRA Na Emissora Nacional, em OM e FM, Domingos @ 01,00 H, Tergas As 22,00 H, Sextas As 00,00 H, As segundas, quertas e sextas, colabo ragdo no Programa da Manh@ da E,N. ~ ALDTTORIO Oiariamente das 22,00 As 23,00 H, nas redes de OM © FM de Aadio Clube Portugués, BANDA SONORA _/ PERSPECTIVA Tergas da 01,00 As 03,00 nas redes de OW 6 FM estéres de Addio Clube Portugués. Ty Azz Finalmente! podemos anuncier que o HOT Clube de Portugal asseguro “abora— eo regular coma A,T.P. que v. 4, 5 @ 6 de Junho de 1975 @ no dia 7 dev um | concerto pdblico no Pavilhfo dos Congres- | sos no Estoril para uma assistOncia numorg | sae que conquistou de imediato. Das suas composisSes impressiona especialmente 0 Apartemanto 512, que executou praticamente | todos os dias, | Personelidade versétil, cheio de humr e | de hunenidade, Tete donos a longa entre= | vista que se Segue num Fim de tarde emLis- boa, Pena & que algunos das suas molhores piadas percen a forga espant@nea © comuini- cativa ao serem passadas 20 pavel. dS. H.C.P ~ Gostarfams de saber para comecar a entrevista, com quem e once to- caste ultimanente, antes de chega res a Lisboa para o Hot? T.M. = Parece-me que foi na Catalunha, en Terrassa HiC.P.- Com misicos espanhois? Till. = N80, @ solo. H.C.P.~ E a dltima vez que safste de Espa nha? TeM. = Foi em deneiro deste snc, primsi- ro em unique. AL encontrei-me com Albert Heeth, depois fizeros uma digress#o pela Holanda © acebei tp cando con toda a familia Heath, ou seja "Tootie" Heath; Jimny Heath e Percy Heath, E a mim cha mavameme j& Tete Heath ve. vas H.C,P.= Nos teus Gltimos discos em trio, pelo monos naqueles que conhece- mos, tocas com Niels Pedersen "Tootie” Heath. Essa & a formacto que mais te egrada na Europa? TeM. - Nea Europe? Na Europa sim! elvin: 0 acontecimento maior H.C.P.- Conte-ros @ experitncia que tives te em Nova Inrque com Elvin Jones 2 Richard Davis, wM, = Olha, isso fod um sonho! A histérie 6 um pouco comprida,Ina gina que ev nfo queria ira Nove Torque, porque semre disse qe nfo iria 16 até que o Presidente dos E.U, fosse um negro. Mas, sucedeu que a Canara de Conércio de Nova Torque en Barcelone e = de Berce- ona en Nova Jorque chegaran a un acords para que eu representasse 0 Pais. Quando digo Pafs, quero dizer 0 Catelunha, nfo a Espanha durante a semana Catal em Nova Torque, E entéo 14 estaven todos: Estava Montserrat Caballe,estavan quadros ce Dali; estavam uma expo sig8o de modelos de um costureiro muito fanoso que se chama Parto- gas; hevia também dances Catelas @ eu tocava piano © uma cantora Catal? Nu riaFeliu, centava, Como disse, fui coni- dado por essas Cémaras de Comércio, porque coutro moco ev nfo teria ido a Nova Ioraue, Entfo, como conhecia Willis Conover, cue j6 ‘tinha passado discos meus na Voz da Anéri- ca, escrevinlhe © disse-lhe que irialéuma semana, convidaco, Ele telefoncu~me para o Hotel e combingmos encontrar-nos, Perguntou-me se me agredaria ficar, respon di-Lhe que sim, claro, Apresentou-me ent % e0 Bob Thiele da Inpulse e ao dono co Vil lige Gate. Ouviramme, porque navertade th ve que Fazer uma “prove”, porous néo me co nheciam 6 pensavem, “Este esponhol, que vem Fazer aqui?", Agredei 8 a etiqueta Impulse perguntou~ms se queria gravar um disco @ com quen queria tocar, Respondi-lhes que iria dizer quais os misicos que ne egrade- vem, para eles responderem que néo,claro!,, © disse: "Bom, queria tocar com Elvin Jones © Richard Davis," 01 Eles disseramt “Ah, miito bem . e ant¥o, fiquel mesmo a tremer ("0 qua é is ]. Comacei entiio no Village Gate (ti ve muito exito e miita sorte) tocando "sg Jo", Ao fim de tras dies de tocar a solo Tharecerem tacbs 06 baterias a beixes para tocar comingo, porque lhes agradava tocar © 2 mim tanbén, clero, © foi tudo sensacig Agora, a experinoia com Elvin @ Richard Davis foi a sequinte: Elvin foi um Pai Pa Tamim! E @ pessoa mais humana que conhecd ma Vida, Sem feler de que quando comes amas: @ tocar,eles também, nfo sabiam como eu tocava, pensavem, provavelmente, que iriam gravar um disco, ganhar o sai dimeiro e que isso seria tudo, mas eu... bem, niin sei se. pare min era uma coisa enorme eran {doles com quem nunca tinhe tocedo @ com quem senpre sonhara vir a tocar, Entencemo—os imediatanente a isso, foi sen sacional, foi formidével, os trés beijandg ros, abragancosnos, verdadairenents amigo S6 tenho palevras boas pera o que se pas— sou. Foi_o acontecimento maior que ‘vi= vi wee (1) H.G.P. — Coma que se pode compreender, co. mo se justifica, que surja on Es- panha, sem tradicfo nenhuma, nom anbiente forte de Jazz, um planig ta téo bom, um caso isclado? T.M, = N&o © posso explicar ... HeC.P, - Entfo com te definir msicalmen- te? M. = N80 sed... Cano ma define? ...ten to tocer a misica de que gosto.Por isso tento ser honesto comigo pri. prio e honesto para com os outros. Ent a que tento fazer é que ho- Ja uma comunicas entre mim, ave —_—— (2) ~ Podenos informar que Elvin Jones, no cecorrer da sua actual digressio europeia convidou Tete Honteliu a gravar um disco con o sou quinteto. Ser& gravado em Cope = nhague, ola nfo surgir runca stirared culpas para cima do pdblico, nas sim para mim, que n&o consagui che | gar-Ihe, 0 que eu tento fazer,rea mente, nfo sei se éou nfo é | Jazz.Q que tento fazer 6 misica. Una misica que me agrade e© que tento fazer com que agrade ao pi- blico. don byas: a iniciagao H.G.P, = Gostarfamos egore que nos disses- ees come, comegaste a tocar jazz © se 6 verdade que to formaste fun, danentalmente a portir de discos. toco e 0 piblico que me se") ac = Tews que pertir da base que eu | venho de um fanflia de misioos por | parte do meu Pai, 0 mou Avé eramd | ico. o meu Pai @ misico, toca , oboé na Orcuestra de Barcelona! E ent%o, a primeira coisa que escu= tei ainda quando erianga, foi n= sico, misica toceda pelo meu Pai. | A minha Wie 6 a culpada por eu tp | car jazz se. tinha discos de El- ; Lington, de Fats Waller, de Art | Tatum epassavaos numa’ cesses grofonolas de corda.Qu soja,eu os cutava as cuas msicas: Todos os domingos de manh& ia com o mou Pat aos concertos eros outros dias ouvia discos coma minna Wie, AL, i eos quatro enos,conecei a cuvir jazz. Por volta dos sete, fui pe- ra un Colégio pare invisuais cn | Barcelona, aprenci a tocar pia-a, , solfejo, cultura geral basic: ¢ aps onze matriculei-me no Conse vatério Municipal de Barcelon:: Tive sorte e a mim nunca me falta ren discos, porque neguindo « "ofl eign" de minha Mio, continued 2 coz pr&los, Por isso ic sequinco as tendéncias jazzfstices aa altura. Quase nunca comprava discos ce jazz em Espanha, porque nfo existion,ras sempre conseguia que ne trouxessen do estrengeiro ou cus m'os 2% sem. Quand tina doze anos aparscou Don Gyas em Barcelona, onde esteve trés anos e@, pode dizer=se que oF passou prdticamente en minha cance | Isto foi muito importance pare rin | e, claro, além de continuar os meus estudys classicos, con Byas acren- di mitfssino, 0 jazz que me agrad.wa, ouvi-c | ro de Charlie Parker, ouvi-a om 46, Quvi jazz toda a minha vida, ben meets don, meets tete | HsGeP, - H& um disco que se chema "Don Byes Meets Ben Welster; Ben Webster Meets Don Byas" © om quo tues acom panhes ao piano, Conte-nos @ experiénota cus tives~ ‘te com Ben Webster. Tee - Bom, esse disco com Ben Webster fod muito acidentado ... on @ Ben tix nham bebido bestente, estavan muito mal de saide. Quezilevam, fod um disco mito violento, mito aciden tado +», Néo gosto desse disco. H.G.P. = Mas h& outro que se chana Ben" 6 en cue também 0 nhas « "Gentle ecompe- T.M, = Esse sin, 6 bom, Esse 6 un dos cl- tinos discos que Ben Webster gre~ vous H,C.P. = 0 que gosterienos de seber 6 0 que representou Ben Webster para ti,oo mo experifncias Ti, = Pare mim foi extraordingrio, Cada vez que toco com un mestre de miss, cade jazz (dos que eu considerc mestres), aprendo muito, ou seja, para mim foi uma experiéncia mito grande, Ben naquele diaestave mi to bem, pobre honen, &s portas da morte, tocando senteco, quese nfo podie andar, mas tocou maravilhosg mente ben, Pera mim foi una grande Ligda de misice, Ontem no Clube, hauve quem dissesse que navia senelhanges entre 9 Toto 2 0 Jaci Byard, porque séo ndisicos cepazes de reprowzir, digancs, 2 cos os tipos de jazz. Enbora com uma forte — tradig&o Bop, 65 capaz de Fazer as experiéa cias Free @ tocar Blues excepcio = nalmente bem, Fortanto és um eclés ‘doo. Guel a tue opinigo em rela~ go a isto @ om relagio ap = Jaci Byard? = Isso 6 uma coise mito simoles, mui, to normal. Penso (posso estar enga redo, claro) aue a primeira coisa ano 45 ou 47, cu saja, a revolugéo que um mésica de jazz ten que fa- zer 6 tocer um Glues, sentir un Blues, penser en Blues, viver en Blues. Os Blues néo sf uma forma musical, s8, uma forma-de vida(is to 6 verdade, nfo é uma piace «Je Pore fazeres una tortilha de bate~ te, tens que ter pelo menos, tras Blues, 0 Blues, 6 uma coisa’ muito especifice, O Blues é0 conpindic de toda uma vida, Ent®o o misica que nfo sebe tocar um Blues, néo sg be tocar jazz, nfo é jazzista, Ora bem, © misics que sabe, que enten= de, que sente e que vive o Blues pode tocar Glues e 0 que Ihe der na cabeca ayler: 0 criminoso H.C.P. = Pensemos que vem precisanente TM HeCePe TeMy HCP, Tale HCP. TM do que acabeste de dizer a tua opi~ ni@o to negative, Acerca de Albert fyler ~ € que Albert Ayler nunca foi misi- co!!! Eumcrime! Esse homen um criminaso 11! Isso é 8 negagto da misica, por fevor.Feleste-ne em elguém que nBo posso nem v4. no. na, isso néol Fele-me de Arch: Shepp! (eu toqued com ele) Archie Shepp, para além de louco cue esté, ou do louco porque se quer = fazer pessar, quando quer tocar um Blues, sabe muito ben como se toca un Blues, cuideco .,. sebe-o muito bem... 8 Omette Colemen toca um Glues sempre que o quer, mas Al- bert Ayler, néo! = EntBo como & que um Espanhol po~ de estar dentro da forma folcléri ca = pure esséncia co pove frp anericane? Pode dominar, n&o técnicamente, mas sentir os Glues? = Gosto mite dessa palavra, da pa~ lavra afro-emericano, porque € © que 9U COCO vee = E como axplicas que, um cataléo a posse sentir como tu @ sentes? = Como explicarias tu que um portu- gués o fizesse? Nao sei, mas se houver um portugués que 2 faga,co mo 0 explicarés? = A dificuldade @ que nfo h& muitos portugueses que o Fagem eee = Nem Catalaes, tio nouco !!f Olhe. nfo sei... h& um senhor que nas~ ce para Fazer sapatas coutro que nasce para fazer misica afro-ame- ricana ws, Para além de que te posso dizer © seguintet gosto de toda a misi- ca = Toda, Guendo digo toda, é to da, Incluindo toda se. Fico louco com antisica cubana,Gog to quase tanto dela como do jézze Toco misica cubana desde pequeno. Ent@o 0 pobre misico que julgue que pera tocar jazz o6 deveré cielo o deixar toda a outra misi= cade parte, 6 louco, porque o que tem que fazer & tocer misica. Se tem qualidade, ideies c o pode fa zer, tem que conhecer tado 0 tipo de misica, porque nfo h& misica mé, 0 que hé, sim, sto misicos mous, oltrane: o maior +C.P, = Gosterienos de saber se foi iro~ Mia quenca definiste John Ooltrene como 0 medor pianista americano, numa entrevista para o Jazz Mage~ zine? = Qué? | = John Coltrane t CoP, *M. — = No, n&o me entenderem! Art Tatum 60 major mes de qualquer m- do essa piada é mito boa ... Bum Qoltrene nfo 60 pienista de que gosto neis, mas simo nisico de que gosto mais, de todos os que existem, H.C.P. - A prépria reviste Jazz Magazine tinha estranhaco essa resposta.H& uns tenpos decleraste que, néo en tendias a misica de Cecil Taylor, rum "blindfold test" que o Jazz Meg te fez, mes queun cia era possivel que viesses a entendé-la, Na entrevista que referims e que teve lugar uns tr@s anos depois , disseste que néo sabias quem ora Cecil Taylor. Isto define uma opi nif om relacéo & obra de Cocil Taylor? T.M, = Primairo deve dizer-te que esse senhor me feleva em francés e que eu néo falo frencés ... Ora bem, gostei de Cecil Taylor quando fez um disco com Coltrane er, e Kenny Dorham, com Chuck Israels @ com um bateria que néc me len= bro quem era, Nessa altura gostei mito de Ce- cil Taylor. Presentemente 0 que ele est& a fazer,nfo me agreda, Po de ser que seja mito bom, mes gosto, O que se passa comigo éque gosto de perceber o que oiso,quan do oigo misica. No ser& ben perceber ... & saber 0 que me estéo dizendo. Masse me falas com pontos @ tracos ou enes, perento, Fico na mesma se. ses H.C.P, ~ Entre 58 © 61 existiu em Lisboa um Clube de Jazz que a policia fas- ciste fechou T.M, = 0 Vilas Soas contou-me o new blues jazz sextet H.C.P. = Um cos pontos mais altos de misi- ca en vivo nesse Clube, aconteceu com um grupo vindo de Espe- Pha vee J) = Perry Robinson; Ghuck Israels; Arnold Wise e um pienista, co— mo se chamave? «6, HLC.P, - Sim. Gostarfams que falasses vesse grupo, porque sabumms que tiveste grendes ligagSes com eles. T.M. - Pare mim foi impressionante. impressionante. Quando. os ou= vi fod uma coisa téo nova cue figquei doido. Sobretudo Perry. Perry tirave um som horrivel do clarinete, mas tinhe uma ideias fantésticas. A prove & que eu toco temas dele, 0 grupo chema vase New Blues Jazz Guartet 2 gostei imenso deles. Inpres~ sionaranane muitissim, E nes~ sa altura também tocaran equi com Jean Pierre Goleler e Luis Sengareau. H.C.P. ~ Sim, 0 grupo cf era um sexteto, tete negro H.C.P, - HG tempos gravaste com Aola’t Kine, Julgas que foi importer te para ti teres sempre tocado com misicos negro-americanos? T.M, = Claro que sim, Tocos me ensina ram muito. En primeiro lugar, por maior Que seje a evolucéo do Jazz, se ré sempre misica negra. Eu considero=me negro... i H.C.P, ~ E as pessoas também te conside ' rem negro? TwM. = Naturelmente ... Ainda que te~ nha a pele clara, segundo me dizem .., Bom, mas eu conside ro que a misica de Jazz & ne- gra por maior evolug@o que te nha, por maior tecnicisma que acquire, sempre a considersrei uma expresso intrinseca uma i rega, seja de protesto, seja ! do que for; A misica de Jezz & a misica mais avangada, mais, progressiste, de maior protes= to que, h& no mundo . Ent&a a Grice forma de cheger ao fundo dessa misica 6 tocer com ne~ gros, que te ensinen a ti, Eu \ no vou ensinar ninguém a to- cer jazz, 0 que procure 6 apren, der e cada dia aprendo quando toco com negros, mesmo qu tocam mal, H.C.P. = Qual foi entfo 0 negro que mais te ensinou, que mais te influen ciou? T.M. = Disse antes que foi Don Byas porque foi o primeiro, H.C.P. ~ N&o fellendo de Byes nemde Co) ' trans, TeM. = Aprendi mito de Dexter Gordon, | de Kenny Dohham ... de Sahib Shiab também, Aprendi mito de Joe Henderson, Aprandi muito, | muit{esimo de Slide Hampton. De { todos sprendi algo e de alguns eprendi também o cue nfo devo fazer, 1 | H.c.P, = Oo Albert Ayler? ... {TMs = see vee Gim, sim, principalmen | te 0 que n& devo fazer, Ful 8 Oopenhague ouvir Albert Ayler porque comesou a tocar ro Montmartre no dia seguinte aque Je en que eu terminei. Por is— 80 fui, Esteve tocando una des sas coisas que ele fazie, que eu nfo sei o que s%o e pergun— tei eo donot "0 que é que est a tocar esse senhor?" 2 © dono Gisse-me muito enfadado, "Sum mertime, nfo conheces?!"? Juro que nfo sebia porque nfo toca va o Sumertime 11! © futuro . H.C.P, = Como o disseste 0 Jazz é uma misica essencialmente de ori- gem negra, E uma ndsica progres sista e revolucionéria, Se um dia se der a situago dos ng gros emericenos seren um povo livre, quel seré a situegto do Jazz, nessa altura, ao nivel mundial? T.M, = 0 futuro do Jazz 6 o futuro da misica,néo tem limite. J& dis- se antes que o que est& limita do 6 0 misico, mas nfo a mi ca. Por isso o Jazz,como misi- ca representative duma racan@o pods ester limitado, A prova é que todos os dies se procuram coisas, umas boas, outras mAs (es palavras boas e mis, nfo me agraden), umas compreensi - veis, outras incompreensiveis, @ a creio que esta misica nfo tem fins porque além do mais pensa uma coisa: ainda adore mos Jofo Sebastifo Bach que nas ceu h& quatrocentca enos, Esta misice comparada com a dele pa rece ter nascide antem ov ar tes de ontem, Apesar da sua j& longa histéria, & ainda muito Jovem. Tem que evoluir muito, muitfissimo, diriea eu. Portanto nfo sei onde poder& cheger, £ ilimiteda, Agora, que os negros sejam livres, eh! Nisso nin= guém acredita, nem tu !! H.C.P. = Mas 0 caminho que actualmente 0 Jazz trilha, pensas que esté certo? 99 por cento TM, = O caminho actual do Jazz (46 sei o que me queres fazer di- zer «..)é 0 sequinte: se vol- uu 2 a0 Free Jazz, GGe"Barece inceressar—te mace, pelos vistos, tenho que cizer, francanente, que 99% dos misi- cos que tocam Free, o fazer na ra nfo denonstraren que nio 3 ben o cue esto fazenco, 727 que n&o conhecem o seu instru- mento. E preciso qe se seiba que nfo me considero retrécre- do, porque além do mais Coltra ne domonstrou que se pode to- car Free, tocando-o muito ben shepp na argélia ou o encontro H.C.P, - Como vés a experiéncia que Archie Shepp fez na Argélia no Festival Pen-Africano, com Clifford Thornton e com dues orquestras locais, una formede até por Tuaregues. Gue penses deste tentative de levar oJazz ao ponto de partida, & Africa, rum encontro de dues culturas diferenciadas? T.M. — Parece-me decisivo e importan— te, porque temos que penser que o Jazz & melodia e ritmo.Entéo isso fol uma fuséo de ritmos , porque, a peroussio existiu sen Pres A percussto & muito importante, Em ouvi Max Roach soler duren— te dez minutos e dizer mito mais oo que unaerquostre intes, ra. Foi em Marbella, Fez toric un ciscurso do que Se pode fa- zer , e falar e dizer e pensar ® sentir tocando numa bateria. Aquele honen nfo tocou-falou! Qu seje, as dues tendéncias, a questéo ritmice ea nelédica tersse-ian que encontrar, & 16 gico. H.C.P, = Pensas que o Jazz europeu sen pre estave @ ainda est depen— dente do Jazz emericano. ~ Naturalnente. Voltenos co mes mo, Isto 6 um circulo vicioso: a misica ds Jazz 6 una misica representativa de uma raga, Guen so? Os negros america — ros! Oe quem, tens que apren~ cer? Deles! 0 Jazz europeu ten cue passar senpre pelo rorte ~ ~americano. Ora ben, ne Europa eparecerem una série de tendén cies} na Alemanha, na Dinener ca © tonbém na Holanda, S% pos scas que eparecerem tocando 0 Free Jazz. Parece que 6 mito Fécil tocé-lo,porque fazem 0 que Ihes d& na gana e ninguém entende nada, Parece que € ape nas isto! Néo 60 mesmo tocar muito ben e tocer Jazz. Um so- rhor pode ser um virtuoso dum instrumento @ compresnder 0 que 0 Jazz, porque gosta, mas Bo ser Um Jazzman, £9 que se passe quando um senhor — toca Jazz @ nfo 6 um Jezzman.De qual, quer mode nfo gosto de falar disto porque me d& a impress%o que estou falando duma religido apartamento 512 H.G.P, = H& uma composicao tua que nos sgrada perticulermente se6 TM. = "Apartamento 512" H.C.P. = Sim, faletnos dela, Como sur giu? 0 que sentes? Tocés-te-a muitissimo bem na primeira ac- tuagéo no Clube, - Se explicar isso, vai hever ba rulho quends chegar fo Ho- tel ws. (2) viver ou nao viver em harlem HeC.P, ~ Porque 6 que tu sendo um bom pienista Europeu, um dos melho res pionistas da Europa; puro Pianiste dentro da ess@ncia, nfo és célebre ne Anérice? T.M. — No, sou-o bastante e scu tam bén'o melhor da Europa, C que se passa 6 ove nfo quero vi+ ver 14, nfo gosto porque se for viver para Nova Torque, on de fio hé racism na rua (66 na rua) @ me der pera viver com uma negra, dizemme que sim, mas que terei que pager o do- bro pelo apartamento, Néo gos- to disto, Entéo quando 18 esti, ve, quiz ir viver para Har lem, porque nin? Oisserammne que néo podia ser ye. Eu nfo quere viver num Pais assim! Bo pode ser! £ un Pais to fascis ta com a Alemanhas H.G.P, - Que pensos do Martial Solal? T.M, = Gosto mito, muito, mitissinn. Alén do mais nfo vale s pena perguntaremne coisas sobre pig nistas porque gosto mito de tots. a mio esquerda 4.0.P. = Faloste h pouco de percussio. Consideras~te um percussionis~ ta, quer ne tua maneira de to= (2) = Howve “mucangas" entre o Sloe 0 lO da ResidBncia Carwela « a — a - - a Tell, ~ E verstade, que se poderfe encontrar con H.G,P, = Gal dos discos cue gravaste, 0 Jazz? es mais? gnetes male? TM. = Noy no, nfo tom nada que ver! Repara numa coisa, O flamenco Tile {De cénhum 6 Ardaluz, portento a Ancalu= zia @ Esperhe @ entfo quer di- zer que se 0 Flenenco é endo i luz, ritmico e espanhol; teria = Verdadeiramente sou um —homem i Te aeepre ireatisreita. Cade ro!~ mos que ter bateristas ew te estou ouvindo-me. Oigo-me panha 6 n@o h& nenhum, , em Barcelona , or Terresse, en Nova Torcue, of En Beviine es pessoas, nevus, de fér. E cada menh® cuando ne batem as palmas 2 fazem o seu Tevanto penso que "6 preciso ritmo e@ fazenno mito bem, que toques melhor, sento mais mas essa gonte nfo d& pers ou He tra coisa que nf seja esse ae no awe seu ritmo, Ista também eu nfo oc compreendo, mas & assim, H.C.P, - Es pior que o Sonny Rollinsse. swiging franco wiging Quanto fos portugueses que HeGsP. - Sendo 0 Jazz uma misica de com gostam do Jazz, gostenem tam bate,revolucionéria, com ja bém de flamenco, isso perece- a definiste, com explicas cua wre ffcil, poraue também eu nfo seja muito conhecida em Es. gosto, E misica também, panhe , onde seria to necosag ria? H.C.P. - De Lisboa, para onde vais to- car? T.Me = Porque em Espanhe no se permi, te um revolugto, Me = Na_semana préxima toco em Bar celona, em piano eléctrico. H.C.P, = Penses cue se houver uma revo~ lugSo on Espanha, o Jazz passa H,C.P. - Gostas de piaw eléstrico? réa ser mais divulgado? wMe = = E um brinquedo mito diverti- = Pois quendo houver dirto-eisw dO wee eee = Aches que 0 Franco tem swing? ben, don, dexter e braxton; que futuro? H.G.P, - Agora que J& morreu 9 Ben Webster © 0 Don Syas e est&o a morrer os grandes tencres VeGe — Agora no eee HCP. = score sim porque esté senore tocos, 0 Oexter vai morrer den 3 : tro de pouco tempo, como 6 que Tel, = Quem & Franco? vai sero teu futuro a tocar com os grandes anericanos na H.C.P, ~ Gosterfams de saber como sen Europa, uma vez cue apareces tiste o piblico da Hot Clube, muito associado aos classicos do Bop e do Swing? Ta, = Estou muito contente (come-se muito bem aqui...) & & parte Ta, = Quanto ao Dexter no sei com disso 0 piblico ouviu-me mim ainda nfo se matou.@uanta sos to ben. Toquel com muita gos- outros, terfo que suis no- to, Tem safdo tudo t%9 bem que Nias quero voltar, Quando digo quo quero voltar, o que quese nun H.G.P, = Nessa perspectiva contasnos da ce acontece & porque quer mes tua experi@ncia com — Antony mm, porque me sinto bem. Braxton H.C.P. = 0 pablico que em Portugal gos ~ Em primeiro lugar Braxton to~ ta de Jazz, gosta mito de for ea alto © nfo tenor ss. aes ga,do ritmo, da expressio do Flamenco, Quais as afinidedes H.C,P, - Por acaso , a nds também nos 3 parece que nfo toca toror.,. Mes coma misico nove, negni @ americeno, acreditas que seré 9 tev futuro de misico eure ~ Deu, tocando com misicas mais moderns? T.M. = Toquei com Joe Henderson agos ted mitissino, Toquei comdoe Farrell, Toquei com George Oo leman e gosto mito, Toquel. com Jimmy Heath @ "estoy loco por el" 6 sabe-se que em Nova Torcue, en cada rue, h&unni- sica que toca melnor que os a partir do free H.C,P, - Estés de acordo queo Free Jazz acatou, que foi um pesso im portante na evalugéo do Jezz © Que neste momento os misi- cos Freo esto a voltar cos cléssicos, prowrando neles algo que, cono no tou prépric isco com Braxton, nossa ser o indicio dessa mudenga e dessa nova linguegen,mais madura? Nie, nfo, O meu disco com Ae tony Braxton foi sdmente mais. um disco, N&o posso falar ce Braxton tes Uma pergunte que gostarfanos de fazerte eqora, Valenti Grau € 8 seguinte: Sendo tu amigo de Tete h& muitos anos, como sentes, como vés @ sua evolu- fo? Greio cue Tete, com pienista, na sua evolugio sofreu ea ine fluéncia de alguns outros pia nistas mas que A parte disso @ elém de assimilar a Lingue- gem negra, o mais importente ectualmente € cue Tete é Tete europeus e europeu/ negro/americanos C.P, - Tete, esta & a dltina pergun— ta, definitivenente. Na Eurp, pe nf dois tipos demisicos de dezz. Os europeus @ os euro — pev-americenos w+ Isso nfo sebia eu... Niels Pedersen e tu préprio so exemplos de misicos surg peumamericanos, se quizeres, misicos europeu-negro-americg fos @, por exenpilo,o Frengois, Tusques 6 um misico de Jazz europeus oH quen 6 Tuscues? H.C.P. ~ Em suma h& nésicos dedezz eu ropeus.que surgem influencie- dos pela misica europeia e hé misicos de Jazz eurcpeus que vivem influenciades pela misi, ca negro~enericana, concordas con esta diferenca de "Beck- a"? Por exemplo Don @yas para ti est com Oscar Pettiford pe ra Pedersen « Sim est6 certo, mais cu neros, mas penso que isso nin ten nada a ver com adiferenge cul tural porque, desgragedamente, a mésine que devia ser una fon fo'de cultura,para o misica € sdmente una fante de misica, Eu conhezo mits poucos misi- cos europeus e americancs, que, para além da sua misica (que a Fazon bem ou mal), — tenham cultura, Se os nisicos, tanto europeus como anericanos (e rf me inporta que isto possa aborrecor alguén) para além de fazeren misica e de serenmisi cos ede seren jazzistanc, de serem génios, tivessem tan bém um pouco de cultura, tudo irfa melror. Recolherea esta entrevista por de Hot Clube de Portugal: Dério Romani; Jo Palo Bessa{ Jo~ sé Duarte ¢ José Scares. Colaborou Valenti Grau, amigo de Tete Montoliu hd longa data’e menbro cum Clube rie Jazz em Terrasse-Catelunha, recente discografia "SONGS FOR LOVE" (Piano solo) Enja 2040 "MUSIC FOR PERLA" (Piano solo) Steeplechase SCS 1021 "UATALONIAN FIRE" “TETE" Montoliu Niels-Henning Pedersan (contrasbsixo) Albert “Tootie” Heath (bateria) Steeplechase SCS 1017 "IN THE TRADITION" "TETE" Montoliu Antony Sraxton (Sex alto e clarinete con= ‘trebaixo) Niels-Henning Pedersen (contrabaixc) Albert "TooTie” Heath (beteria) Steeplechase SCS 1015 parte fozjazz 7 5 _ A divulgagfa nfo comercial do Jazz por todos os meios ao nosso al= cance, desde as sessiies fonogréficas comartadas, até aos programas da RA- dio e TV e A edigllo, tlio regular quanto possfvel, dum Boletin, foi o prin Gipel objective da actual Direcefa do HOT,a0 concorrer as eleigfes am De~ zenbro de 74, 0 autre ponte de honre, era o de contribuir para que os m~ sicos que em Portugal se dedicam a esss tipo de exoressdo misical, encon= ‘trassem na cave do HOT um local onde pudessem praticar s apresentar a sus mOsica ao pOblico, J& 14 tocarem o PLEXUS, 0 ARARIPA, o GAGA-BAGA e@ © QUASAR @ as portas do HOT continuam abertas, Foi nesta linha que um menbro da Direcgio do HOT tonou a iniciati= va de contacter a Comiss&o de Turismo da Figueira e a Sociedade Figueira Praia, Da conjugagfo dos nossos esforgos surgiu o Festival Nacional. Pensamos que, para elémde mais uma importante oportunidade que 0s grupos nacionais terdo de apresentar a sua mésice, 0 encontro de dife= rentes ideias 6 estilos poderd ser altanente estimulante @ positivo, Vamos esperer que em 1976 0 Festival Nacional da Figueira, o "Foz Jazz", se transforma, com previsto, em Festival Internacional, mas onde 0s mésicos portugueses aparegam em pé de igualdade con os estrangeiros © nfo como uns parentes pobres, @ quem se condescende que fagam o gosto ao dedo, Da parte do HOT todo o esforco senf dado nesse sentido, Je Sy quasar 0 actual quinteto "QUASAR", nasceu da unigo de elementos de dois grupos “AR CONDICIONA= DO" @ "XIKHITSISHITI". 0 grupo,em si, ten quatro meses de existén— ciassobrevivéncia, "A UNIDADE DO UNIVERSO € A GALAXIA, HA MILHIES DE GALAXTAS EM MOVIMENTO NO ESPA, GO, AFASTANDO-SE UMAS DAS OUTAAS INFINITA— MENTE ND TEM: x EM UMA 86 GALAXIA ESTO PRESENTES ESTRELAS EM NASCIMENTO, NA PLENITLDE DA VIDA OU PERE nants, CeNDO a a Ca CATASTACFICAS EXPLOSUES NUCLEARES? _aal MEIO E FINAL DA CRTACKG, EM TO- GABRIEL EUSTAQUIO EVORA - viola baixo i Dos os 8. Nascido a 20/9/53 em 8.V: ! AGL E AGDAA "QUASAR” 1/9/53 em S.Vicente de Cabo Ver, O infcio da actividade: - verificou-ss hé cerca de quatro anos, en trio como meu ir no Isidro e ainda o Péricles,com os quis viria a ter conjuntamente toda a minha. evo lugélo musical, até ao monento presente om que o Isidro se ausentou sendo ent&o subs= tituido, conseguindo-ee assim dar continu dade a um trabalho e a una exist@ncia qua tem sido o QUASAR, Em trio dedicara-te A guitarra eléctrica , altura em que interpretavamos blues e rock Posteriormente com a entrada do Aui,portan to j@ em quarteto comegaria a dedicar—ne ao baixo até eo presente, A aproximag&o do Jazz viria no seguimentoe ainda em quarteto, na altura em que o Péric les viria a arranjer flauta e sax, A evolu go no Jazz fezese a partir daf e sempre com 08 mesmos elementos, aos quais viria a jun— tarese o Pedro Lufs, fazendo=se entio um trabalho de adaptegfa e criagfo, coma qual virda @ aparecer o QUAS4A, Ndo posso deixar de referir as dificuldades de toda a espécie que se nos deparsra para uma exist8ncia de grupo, seriamente ameaga— da, Quanto « influarcias @ de se referir o pa- pel importante dos festivais de Jazz de Ces cais que incrementaran a ecelereram a nossa aproximacio ap Jazz. Dentro ainda desse cem po, a minha maior admiragfo a nfvel indivi= dual @ consequentes influéncias véo para a STANLEY CLARK que de certo modo marca a mim nha maneira de encarer a viola baixo, — BANDHARVA PEDAO LUIG - piane Nescide no ano de 1955 da ere de Cristo sob 9 signa de Taurus. Depois de receber educaglo musical bdsica inicia o estudo de piano por volta dos = 14 anos de idede, Exerce funcies de organista fn varios conjuntos de rock @ pop, Em 1971 apéa o 1°, Festival de Cascais dedica-se a0 estudo da técnica jazzfstica do teclado, re ‘tomardo eimult@neanente o estudo eld4ssico, Forma om saguida o prineiro grupo de pesqui, sa, Dentro do Jazz em busca de experiéncias sonoras originais. Trebalna com teatro "COMUNA" e “OFICINA SAMBA" @ en vé. ries concertos com o grupo "AR CONDICIONADO Durante os Giltimos dois anos recebe influén cias de HERBIE HANCOK, KEITH UARAET eMACOUY AUT CALADO ~ guitarra Nasci sob o signo do Carneiro em 1955. To- co viola & 6 anos, Toquei durante muito ten po em casa e esporadicamente em conjuntos de Rock tanbém esporddicos, H4 cerca de um ano 8 meio fazia parte como Gabriele 0 Péricles do agrupamento "GAPERIZIDAUI" com algunas tend@ncias jazzfsticas. Toco no QUASAR desde a sua fornagio hé 4 meses. Ts nho cultura (?) musical bésica. As minhas maiores influéncias: Marte, Zen, a mésica que circula aqui e agora. Fonte de inspiragéo: Vasan&, Vasan@ significa "perfume", "imoressdo","te néria", “energie proveniente do hébito", & tuna emanag&o de cada eccdo, boa au my que ten o poder de efectar os outros, E ne men dida em que o mundo inteiro, con todos os seus objectos individuais, simbolisa as acgfes do passado, existe também una @nana cdo destas accBes,colectiva e individual. Guiterristas que ha actualidade mais ouga: DOMINIQUE GAUMONT, ALDI MEOLA, REGGIE LUCAS} JOHN ABERCROMBIE © DAVID AMAAD. AMONZEAH BARBA — bateria Nascido em 54, Comegou por tocar beteria aos 15 anos, Velo-se, em seguida, a interessar por tatoo instrumento org@nico com basena percursio, Depois do 1°, Festival de Cascais, enveredou por umB linha musical mais vaste. Trabelhou sempre ou quase sempre na coma nhia de Pedro Luis, no "AR CONDICIONADO"," nen nn FELOO CAVACO = beteria ? Menuel Campos Cavacn, nasceu en 1952 *COMUNAD , “JAM SESSIONSon nc Porta onde estuda Arquitectura na ESBAP, ndsicos portugueses, trabalnes de criegéo Terde tocado en vérios grupos "pop" nen sex colective em certas zonas do Pfs, etc, pee lowau heterse, 8 @ ap baixo eléctrico InPlufneias musicais a rivel de percepdio ave entre 1971 e 1972 entra na formaclo do césmica, © suas manifestagées fololéricas, — “A,D.1i."" @ do “SUPERNOVA" onde entre outros como objective, meio, fim e principia da fonawer 9 guitarriste Joel Garrido evosé No existéncia, . € porém como percussionista que on Nos Oitimms dois anus ce infludnciss mais Junta e Artur Guedes @ a Antdnio Pi directas, vém de misicos tais como; Silva formando o trio hoje existente. ED BLACKWELL, MILFORD GRAVES, JACK DEJONHETE iniit. Lirluencdado STU MARTIN sofreria tem NILES DAVTS © UARTON BR bos ‘lufncias de WILFORD GRAVES, SARAY tg ALTSCrul @ ANOREW CIRILLE, José MUNANDA — sex alta faut ‘levrto V, Miranda, nasceu ma Angra do 1 +c am 1948, onde viveu até aos 14 anos view. yove 0 Porto, af estudou Arquitectura ne =... 2.8.F,, profissio que exerce parale- isvkohe & sua actividade musical, Dado que ordctica musical 6 einda curtaas suas | “igs slo mais detectéveis pelos cli- rer ue oria do que pela técnica que exibe: SON” SCNMONDS @ A, BRAXTON, entemante como "SUPERNOVA" @ on | i) “jam-sessions" com grupos de Jazz— nrock wt JUEIRA ~ sax soprano kapia M.S, Nogueira, nascsu_an 1984 no onele estuda Engenharia na F.E.U.P.ES tucbs cidssieos de piano @ guitarra. Fez par feusos “A.D.N," @ "SUPERNOVA " @ ton das agrupanentos "pop". invtrumenteiste, as sue influfncies stio PERICLES BENROS DUMATE ~ saxe Cabo-verdiano, 21 anos do isecie, Tomas 0 tocar viola com um gruco da #7: anos, Dats anos depois ccnseaut Flauta que ma entusiasnou bast tango ja mo dedicava ao pians 9 8 vicla-bas xo. H@ cerca de um ano compres mi sexofone’ tenor @ a seguir un clarinets, Desde entfa tenho desbuncade com mite gen ins Guedes Almeida, nasceu em Vile te inclusive com alguns dus inetrimentistas New “ata em 1908, Comege por aprender que canstituem 0 actus), CUSM!!, no qual to- guicorra aos 14 anos, e ands uma curta pas- 2a sapros. exgan pela mésica "pop" interessa-se pelo el - me? 2 fT Leute < soarano mostra-se influenciado prin enke por BAXTOM, JOE FARRELL e WAYNE OES» contrabaixo “be-bop" Entretanto estudau Engenharia iie— cAnica da F.E.U.P,, A descoberta do “frec" Segue-se a mudanga de instrumento e & j& a tocar contrebaixa que en 1972 se junta a An ‘ténio Pinho da Silva e a José Lima Barreto pare formar o ANAR JAZZ TRIO, De formeco musical essencialmente autodida cta_e tecnicamente influeciado par GARY PEACOCK, MARK DEVENSON, DAVE HOLLAND © ou tros (SCOTT LA FARO, BEB GUERIN)sofreu tan— bén @ influéncia das obras de WEBERV, KAGEL STOCHAUSEN, ANTONIO PINKO DA SILVA - piano Anténio Manuel F.Pinho de Silva, nasceu en Vila Nova de Gaia en 1951, Comecou a estu- dar piano aos 9 anos, estudos que interron peria eos 1) eros, De 1970 até 1975 tacou an varios grupos “pop” ("GRELHA"; “SMOOG") frequentando si- mult@neamente o Curso de Histéria da Facul dace de Letras, Aetomou os estudos "cléssicos" de piano on 1972 e seguiu cursos sob a orientasfo de Wuytack © de Carshwell. € ainda em 1972 que com Artur Guedes e Jorge Lima Barreto for— mao ANAR JAZZ TAIO, Influéncias: 1) = fo nivel da técnica instrumental :CHICK COREA @ (tal como Corea) WC COY TYNER, e @inda CECIL TAYLOR, evidentenente. 2) - Ao nivel da concepcto musical: As suas conaepefes musicais foram infleuciaias pele audiclc das obras de WEBERN BOULEZ © STOCKHAUSEN, baga-baga plexus MANIFESTO _00_“PLEXUS" Maio 75 "A cultura revela a tendéncia para ocuper 0 lugar até hd muito pouco tempo ccupado pela religiéo. Ta} como esta, possui agoraos seus profetas, o: padres, os seus santos, 08 seus colégios de dignatérios, 0 conquista- dor que pretenda a consagragdo apresenta-se 80 pove nfo com as roupagens do bispo, mas com as do prémio Nobel. 0 senhor prevarica= dor, para se fazer absolver, nfo tem neces— sidede de criar ja una abedia, mas um muscu, Portanta, @ em none da cultura que eles mo= bilizam agora, que apregoam as suas cruza— ‘das. A cultura dasempenha agora a fungéo de "dpio do novo", E 6 por causa disso, sem d0vida, que o mito da cultura ss ancontra téo acreditedo que sobrevén As préprias revolucies, Os Estados revolucionérios,des quais so espereva que denunciassem este mito, to intimamente li- gado A camada buryesa acidental eo seu ime Perialismo, conservanano, pelo contraric, @ até o utilizam em seu proveito, Sam razio , parece, porque no deixard de fazer renas— cer, mais cedo ou mais tarde, @ canada oci- dental que ele forjou, E na forma da Igreja de outrora, tio bem hie Terquizada, que se pensa dar A cultura o dit rigism ce Estado: em pirémide, bem estru= tureda, en vertical. Was) eo, contréric dis- 20, 4 em forma de proliferaciio soa em forna de deservalvimento | infinitamerte diversificado, que o pensamento criador ga- nha forge 2 sadde, Néo existe picr obstécu- lo pare essa proliferaciia do que o prestf- gio de alguns "patetas" integrados na filei- ra dos grandes dignatdrios @ acerca dos, nme, quais se fustigam os cuvidos do pdblico pa- ra convencer este do seu mérita, Ndo existe tarefa mais esterelizante do que essa, mais edequada para desviar o homem comum de pen— sar por si mesmo e fazS-lo perder todaa con fianga nas suas préprias capacidades, E le- vaeo a sentir tanbém um certs rojo pela ar te, ficando-ss apenas com a ideia de quentio Passa de uma imposture ao servigo co dirigis mmo de Estedo, ou seja, da Polfcia.” - J.Duburfet, in Cultura Asfixante 0 grupo "PLEXUS" proptie una alternative cul- tural: a de que a sua acgSo cultural se ins~ creva numa possibilidade de altereciodas es- trotures sociais, Quando o "PLEXUS" afirma propor ure alternative cultural, isso signi- fica: §Lutar contra o grande negficio do espact@eulg alterando a relacHo artista/pdblica, organi- zactla/odblica. ahnl4r intermedi arias /emoresd rios parasitas organizanda, sempre que pos = sfvel, os seus préprios concertos, § 0 estabelecimenta de condighes rateriais de remuneragdo Fixadas nuna base minima jus ta = equilftrio entre a mfnino vital para © misico © o méximo de risco financeiro pa ra a entidade contratante, isto 4, particl pagdo de riscos, § Oferecer solidariamente e participacio a grupos/associacSes populares que proporcio ren uma divulgaclo dtil e vardadeira sem quaisquer intuites capitalisantes, § Ultrapasser as barreiras do nacionalisng contactando organizacies internacionais. UL trapassar a "conpartimento" nsica, aspiren do & unifio/interpenetragao do Jazz com as diversas artes, HT- Entendemos ser secundério clessificar anos 8a mésica como Jazz, ainda que o aceitemo: coma ponto de referéneia, Mais do que nune ca se ple em questéo o significado do ter= mo JAZZ. Definimos @ nossa misica como um produto hfbrido de mltiplas referéncias sendo porventura a mQsica conhecida camo Jazz a mais importante, Hoje en dia, cono 4 alguén afirmou,o Jazz vai mais longe que © Jazz, toda « mdsica que “swinga/belanca’ @ Jazz, toda a mdsica sincere, honesta, sen tida, feita por pesacas que rela encontrem © seu ritmo, @ afinal JAZZ. A mQsica 6 universal, @ internacional, A mdsica @ @ Vida e vivenss,., a masica 6 uma Etica, uma maneira de sentir, uma maned re de estar no Mundo, "A LUTA DA TRADICAO € DA INOVACAD qUuE E O PAINCEPTO DO DESENVOLVINENTO INTERNO DAS SOCIEDADES HISTORICAS; NAO PODE SEA PAOSSE, GUIDA SENAO ATRAVES DA VITORIA PERMANENTE 19 G. Debard, in A Socicifade do Especta- culo: "A WOSICA; 0 MAIS CARO DE‘TODOS 03 Rufoos” ‘ Carlos VIIT. diz-se.., AwWA | CARLOS ZENGARO ~ violino/contrabaixo/guiter, ra Nasceu em Listoe, 1948, Estudou misica des de os quatro enos, primeiro no conservaté~ rio de MGsica de Lisbos e meis tarde na Aca demia cos Amadores de MGsica de Lisboa (vio lino, teoria, solfejo,ben como um seninério + de mdsica electro-actstica), Nisico autodi- dacta no contrabaixo © guiterra, Estucou or ; 980 de igreja ne Escola Superior de Mdsica | Gregoriana. Tocou mdsica cléssica em quanti, dade cuando membro de Orquestra Université via de Mdsica de Camara de Lisboa, Lige-se | finelmente ao Jazz 1963.6m 67 funda con Cel | s2 de Cervellho © crupo de Jazz Conteporé- | neo PLEXUS. Participants no 4?. Fostival de | Jazz de Cascais. £ membro do grupo de mdsi- | ca popular portuguesa "BANDA 00 CASACO".Pin tore autor de bende desenhada, é tembén ele | mento do grupo de Teatro "0S COMICOS " onde | desempenha as fungies de assessor musical. Fundacor com Jorge Lima Barreto da Associc— ge Conceptual Jazz. Participagto on varios | discos, alén do LP de "BANDA D0 CASAD”. RUL NEVES ~ sex soprano Nasceu em Angola, 1948, Ten vivido en Porty gal desde 1958, sempre ligado & misica a ni vel tedrico e de eudicto, Em 68 presta cola boragfo literéria musical & publicecto "Sé- culo Tlustrado", Em 69 lige-se ao Jazz, Em 73 entra no grupo PLEXUS onde comeca a to~ ) Sen qualquer iniciac#io prévia, em abor degen puranents intuitive do instrumento.AU a = todidacta mas com ajudas do grupo.Trabalhou coma mésico com o grupo de Teatro “OS COMI~ COS", Em 1974 participa no 4%, Festival de vJazz de G ascais. Actividede desde 74 como coordenador radiof6nico no R.C.P. @ R.A. om Lisboa. Presta actualmente colatoracto lite, réria musical ne publicacl s enenal ""Vide PAULO GIL — bateria/percusstio Nasceu en Lisboa, 1936, Estudou bateria con Luts Sangareau, um mGsico espanhol radicaco en Portugal, e teoria da mdsica na Acadenia dos Amadores de Ndsica de Lisboa. A partir de 1954 toca com diversos grupos do HOT Clu be de Portugal. Organizou com outros o VAZZTETde Lisboa, no qual tocou pelo Pais en tre os fins de 1980 eos principios de 6. Tocou can Jean-Pierre Gebler, um saxofonis— ta beritono belga que viveu em Portugal du- rante varios anos.£m 67 ro—Fundos nm o pig (rista Marcos Resende, o "BOSSA JAZZ 3", um trio dedicado sobretudo ao chamado Latin Jazz. Em 71 formou o quarteto "CONTACTO" e | em 72 0 grupo de Jazz Rock "STATUS" que par ticipou no 28, Festival de Jazz de Cascais, Tocou com Dexter Gordon, Pony Poindexter,Don Byas, Steve Potts, Xent Carter durante ‘as Passagens deste mGsicos por Portugal. Com o seofonista Rui Cardoso compe a masica do filme "A CRIANGA" 8 ainda dos filmes “PERDI 00 POR CEM" © "0 COVBOIO", Sem @xito tentou @ fus#o de poesia e Jazz. Ourante trés anos trabalhou como critico de Jazz na publica- g8o semanal "R & T", Desde 1954 coopera in- ‘timamente com o HOT Clube de Portugal,de cu Jas direccfes tem feito parte, praticand © Promovendo o Jazz. Desde Abril de 1974 que € elemento do PLEXUS. LOCALS ONDE TOCOU O PLEXUS i Oe Dez, 73 a Jan, 75 no Luisiana Jazz Clu= | be que ere dirigido pelo grupo. \ De Abr. 73 @ Jan, 75 concertos no I.N.E.Fer AR.CO, 12, ACTO de Algés, Casa da Imprensa, | HOT Clube de Portugal, Atlético Clube de Campolide, 4%, Festival de Jazz de Cascais. De Abr. 75 e Jul, 75 concertos na Casa da | Conuna (seis), HOT Clube de Portugel( dois), Fara, Beja, Covilhé, Caldas da Aainha, Tea= tro da Carnucépia, Mercado do Povo (dois), Fundagdo Gulbenkian, Liceu Padre Anténio Vi, eira, Evora (Centro Cultural) @ Setubal. | XICO TRINDADE - percusstes Nasceu no Algarve, 1947, Autodidacta, expe- rifncies variadas no Gentro Americenode Pe— ris com o percussianista africano Azoumé ca orquestra de Sun Ra, quando do seu longo ext lio em Franca, Con o 25 de Abril regressa & Portugal, lige-se eo PLEXUS en Janeiro de 74, CELSO DE CARVALHO - contrebaixo/violoncelo/ piano/vibrafone Nasceu an Lisboa, 1950, Estucou pieno desde os § anos com o seu pai, misico profissimal da Orquestra Sinfénica de Lisboa, fos17 anos inicie-se no violoncelo por si préprio. Em 1967, com farlos Zingaro, funda o grupo PLE XUS,’ Desde 1969 toca em orquestres sinféni- cas para ganher 4 vida, Trabalhou en mdsica experimental e@ teatro de vanguarda. Menbro do grupo de mdsica populer portuguesa "BAN— QA 00 CASACO" com quem gravou um LP, parti cipaco em vérios discos. Em Nov. 74 parti ipa no 42, Festival de Jazz de Cascais com ELLINGTONIA = Vol 1 2 2 AS 925602; ASH 9285-2 The Impulse Years Homenagem da Inpulse eo Duke ea to- dos os names que com ele formarem es- sa miguina de fezer Jazz, que foi 2 6 @ sua grande orquestra,Gnica na histé ria da Grande Misica Negra, pela cate goria dos solistas e acima de tudo pe, Ja coes@ admirével entre todos osnai pes, 0 que hs trensmite uma sororidg da inconfundivel. Trate-se de dois albuns duplos onde st reunidas algumas significativas faixas de albuns j& produzidas pele Impulse @ onde as nomes de Bob Thisle @ Rudy Van Gelder aparecem anidde com mm produtor @ técnica de som, No Vols 2 podem cuvierse _gravagdies originalmente feitas entra 1962 11966 com grandes misicos com Johnny Hodges; Harry Carney; Paul Gonsalves; John Coltrane; Jimmy Garrison; Elvin vanes; McCay Tyner; Ben Webster; Cole. man Hawkins; Henk Jones; Richard Daq vis; Earl Hines; Clerk Terry; Russell Procope; Harold Ashby @ Phil Woods, en tre outros, Destacemos os seguintes temas, todos cl4ssicos Ellingtoniaros, "Take tha Coltrane" com Duke ¢ Coltre ne; "Caraven" com McCoy @ Elvin Jones; "In a Mellotons” com Ben Webster} "Things ain't what they used to be" com Paul Gonsalves; "In e sentimental mood" com Duke @ Coltrane @ "Mood Indigo" com Johnny Hodges. No Vol. 2, com gravacies originais da tadas entre 1962 5 1973, ouve-se & sica de Ellington tocada por alguns outros grandes nomes @ agrupamentos do Jezz, dos queis destecamos: Eerl Hines - "Bleck and Tan Fantasy" Louis Benlan- "Cottontail" Archie Shepp - "Come Sunday" \_ Gharlie itingus - "oad Indigo” (/ azzeleps (— Duke e@ Coltrane - "The Feeling oF daze" ~ Me Coy Tyner - "Satin Ooll" Johnny Hodges = "Main Sten" Paul Gonsalves = “Duke's Place" Ben Webster ~ "Single Petal of aRose” Poe flee Russell = "Prelude to e Kiss" Coleman Hankins - "You Dirty Dog" Para alén de se poder discutir a fel ta desta ou daquela compasigéo de pro— lffera obra do Duke nestes dois volu- mes, que pretendem ser uma penor@mica Geral da sua obre grevada pele Inpulsq Pensemos serem albuns inportentes ¢ equilibrados, onde se podem ouvir al~ guns dos maiores nomes do Jazz moder~ ro. fuer pelos temas, quer pela categoria Fora de série cos executantes, quer ainda pela qualidade des gravaySes, pensamas que & obra a nfo perder. ELVIN JONES = The Impulse Years Album duplo - ASH 9263-2 Elvin ou a sonbre de Coltrane, Pedra base om cualquer grupo de Jazz Moderno, um beteria é, mites vezes, 0 responsfvel pelo exito do grupo, pois que dele tem de partir grande per te do apoio ritmico qus o deve susten ters Elvin surge de entre os bateriss como um dos mais originais importantes des Gltimas décacas. Quem tenha divi des baste que oice "Inoressions" pers se aperceber nfo sé ca sua extracrdi- nfria técnica, como co papel Funcenen tal que cesempenhou ro querteto ce Coltrens que, ainda que super-cosso , nem por isso deixava de sobressair o génio co "leader", o homem que junte= mente com Ornette, 6 0 vwulto mais im portante da era post-Perker, Ore, 6 precisemente « sombra de Ool- trane que se sente permanentemente nes te album duplo: 6 dos 11 temas so dele e ele 6 a personalidede musical dominante de outras tantas faixas. Album altamente recomendével, pois qu} ouvir Elvin & ouvir Coltréne 'e ainds Sonny Rollins, McCoy Tyner; Pi Foster © Charlie Wariano, entre ou} tros. . | Ainda que se compreenda ser pouco pry ticével para um album dedicace aElvin Jones, a apresentagdo completa te), obras to inportentes com "A Love Su) preme" ou "Meditations", lemente-sa a sua truncagem,o que lbes tira grande- mente valor © significado, JS DAVE LIEBMAN = "DRUM ODE" Ev 1046 ST C/ Dave Liebmen ~ Soprano, Tenor Sa xes, Alto Flute Richard Beirach — Piano El. Gene Perle - Baixo’ actistico e El, John Abercrombie = Guitarres actstica eel, Jeff Williams = Bateria Bob Noses — Bateria Patato Valdez - Congas, Congas El. Steve Sattan - Peroussfo Barry Altschul - Percuss%o Badal Roy - Tablas Collin Walcott - Tablas Ray Armando = Bongos, Percusséo Eleana Steinberg - Voz Como primeira inpressio as associecfes como Grupo Weather Report (mais exac~ temente o Album "I Sing the Electric") sf inevitéveis. Bay A produgfo mais recente ce Deve Liebnen ) am Leader, situea-se definitivamente nu ma linha mderniste em que o rigor ni 6 prépriemente uma preocupesto cominen te. H& quen meta isto na grande pene~ Ja da linguegem actual, Saja! Dave Liebman empreende um perourso tu, ristico pouce criativo com insistentes piscadelas de olho co mestre Coltrane 2 a seu filho mais dilecto Wayne Shorter (quando toca soprano) pessendo pola utilizegéo de meios técnicos (sex ‘tenor com camara de eco), pela musica indiana, pelos ritmos binérics, tudo bem polvilhade de abundante percusséo (curiosamente, Barry Altschul faz par te dos artistes convidados), Tudo isto no ultrapassendo @ simples curioside— de factual. Ne reelidede "Orum Ode" nfo acrescenta nada de importente Acbra de Dave Liebman, excelente "Sidenan" com, por exemplo, Elvin Jones, incepaz de se afirmer convincentemente como Leader. Em Gltima onélise, Dave Liebman, um ex calente sexofonista, técnicamente. P,S.t "Drum Ode" funcioneré éptimamen te como misica ambiente. =. R.N. MILT JACKSON ~ The Impulse Years Album cuplo — ASH 9282-2 "Begs" sem o MedeQe! Album importante sobre o homem que de, pois de Hampton talvez tenha exercido Uma influéneia maior nos outros vibra fonistas, Mestre incontestado da mela sororidade, Milt aparece-nos aqui 1i~ vre do espartilho cléssico de John Lewis e, talvez por isso, dé a sensa~ g8o de estar envergonhado peles dues décadas de "Jazz de Camara", Por ve- zes tenos a impressfo que @ sua persg, Ralidade se apaga no confronto com mo sicos como Tonmy Flenagen; Ray Brown ou Paul Chambers. Album a ouvir, especialnente"’Frankie and Johnny", Jazz até ao Gltiro acor do} "Iy I wore a bell" on que "Bags" nos aparece solto © dando uma visto gg ral co seu enorme talento; "Queen Mother Stomp"; "Put OFF" 8 0 sensacional "Bags' Groove". sempre I _ hot-clube de portugal - praca da alegria, 39 lisboa 2-tel. 367369 — aberto as quintas sextas e sdbados das 2130h a 1.30h-apareca e traga amigos

Você também pode gostar