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Capítulo 6

INTEGRAÇÃO INDEFINIDA

6.1 Introdução
Na primeira parte do capítulo mostraremos como obter uma função conhecendo apenas a sua
derivada. Este problema é chamado de integração indefinida.
   


Definição 6.1. Uma função
, tem-se:
é chamada uma primitiva da função no intervalo se para todo
  
Muitas vezes não faremos menção ao intervalo  , mas a primitiva de uma função sempre será
definida sobre um intervalo.

Exemplo 6.1.

[1] Seja    , então   é uma primitiva de  em  , pois    .
   
  é também uma primitiva de  em  , pois !     . Na verdade,
    #" , para todo "  é primitiva de  pois $%&   .
[2] Seja 
$  + )-,/.  0" , para todo "  é uma primitiva de  . De fato,
+ "('*) +"( '*)  , .então
[3] Seja:

 $214= 3 
 65 798;:;<
 6
# > 5 798;:;<@?
Não existe função definida em todo  cuja derivada seja igual a   . Por outro lado, considere
a seguinte função:
=  EG7
F
 C BA   HI7 F 65 78;:;<
BD :JHI7 F  KL:-?
239
240 CAPÍTULO 6. INTEGRAÇÃO INDEFINIDA

 é uma função contínua em todo  e     se 0 L 798;:  . Logo, é uma primitiva
de  em
 798;:  .
Em geral, uma função  admite uma infinidade de primitivas sobre um intervalo. É o que
assegura a seguinte proposição:

Proposição 6.1. Seja uma primitiva da função  


no intervalo . Então,
     " , "  ,é

também primitiva de no intervalo . 

A pergunta natural que surge, a seguir, é: se e são primitivas de uma função sobre um


intervalo, será que e estão relacionadas de alguma forma? A resposta a esta questão é dada
pela seguinte proposição:

  "  tal que
    "
, para todo .
 
Proposição 6.2. Se e são primitivas de uma função num intervalo , então existe

+ $H   ; então, para todo F  , temos que:    H  +
   H   = . Como consequência
Prova: Seja 

 ,  $ " ;
então, para todo
F  ,  H + " ?

do Teorema do Valor Médio, para todo

Em outras palavras, duas primitivas de uma função diferem por uma constante. Logo, se co-
nhecemos uma primitiva de uma função, conhecemos todas as primitivas da função. De fato,
basta somar uma constante à primitiva conhecida para obter as outras.

Exemplo 6.2.
[1] Seja       (" ' )  .Uma
 8
primitiva desta função é
J ) , .  ; logo, toda primitiva de 
é do tipo

-) ,/.  " "  .
3

-6 -4 -2 2 4 6

-1

-2

Figura 6.1: Gráficos de  e algumas primitivas de "(' )  .


[2] Seja  +   , 8 7  = . Uma
primitiva desta função é
 
 ; logo, toda primitiva de 
é do tipo


 " ,"  . 

Definição 6.2. Seja


 uma primitiva da função   no intervalo  . A expressão  #" 8 " 
é chamada a integral indefinida da função  e é denotada por:

      "



6.1. INTRODUÇÃO 241

Note que

   
    "    

em particular:

        #
 "?



 e  , respectivamente, num
 8        
Teorema 6.1. (Linearidade da Integral) Sejam , primitivas de
intervalo e . Então,


é uma primitiva de , e:

       
 
            
  


 
 
Prova: Se
   
 
e

são primitivas de  e  , respectivamente, então       
é primitiva de
    ; logo:

 
       
  
         "   @ 0"        " 
               ?
Exemplo 6.3.

Calcule as seguintes integrais:

[1]

) ,/"      "(' )    .

[2]

3 = ,    3     .

) , .   

[3] .

[1] Usando o Teorema, podemos decompor a integral em duas outras integrais:

)-, "     "('*)       ) ,/"        (" ' )    ?


Sabemos que ) ,/"


  ) ,/"    e  )-,/.    "(' )  , então:

) ,/"    #" ' )      ) ,/"        "(' )     ) ,/"  G)-,/.    " ?

[2] Usando o Teorema de linearidade, podemos escrever a integral como:

3 = ,    3      3 =  ?
,  
   

 
242 CAPÍTULO 6. INTEGRAÇÃO INDEFINIDA

Como
,    ,  e         , então:


3 = ,     3      3 = ,        " ? 

[3] Observe que ) , .     3 H " ' )     ; logo: 


 
 
     3

 H  
    F
   H ) , .    ? 

),. 3 "(' )   0

 " 

Assim o processo de integrar se reduz a descobrir uma função conhecendo apenas sua deriva-
da; usando a tabela de derivadas do capítulo anterior, obtemos uma lista de integrais chamadas
imediatas. Esta lista pode ser comprovada derivando cada resultado da integral e consultando
a tabela de derivada. Por exemplo, na tabela de derivadas do capítulo anterior temos que:

 7 "      3  8   
 7 "     0 ?


3   então
3     " 

.   
. 
No entanto, não incluimos como imediatas, por exemplo, integrais do tipo
, pois não
é evidente encontrar uma função que tem como derivada
. Para resolver este impasse,
estudaremos os chamados métodos de integração, que nos permitirão calcular integrais não
imediatas.

6.2 Tabela
Usaremos como variável independente .

1.


 "

 9.

"(' )-, "     H "('     #
 "

 
 .    "
) ,/"        ) ,/"   #"
 
2.

10.


  8 H H
 3  "   3

"(' )-, "   "('      H " ' ) ,/"    "
  
3.   
11.
7   7  7   " 8 7 = , (7   3 )

 
 
4.
.

12.

 H   7 "),.    "



,   ,  "

 
5.
 
 7 "   #
 "
3  


)-,/.     H "(' )    "


 13.

6.

  H  7 " )-, "    "


 

" ' )     -) ,/.   "


 
14.
7. 3

)-, "         " ) , .     "(' )   #"


 
8. 15.  
6.3. MÉTODO DE SUBSTITUIÇÃO 243

"('*)     ) , .   " "(' )-, "   (" '       H " ' ) ,/"   0
 
16.   20.     "


)-, "          " 


 7  )-,/.    "
17.   21.
3  


  H  7 "')   "

"('*) ,/"      H "'    0
 
18.   "  22.
3



)-, "        H )-, "    "  H   H&7  ) ,/"   "


  
  
19. 23.
  
3


Métodos de Integração
Nas próximas seções apresentaremos os métodos mais utilizados que nos permitirão determi-
nar uma grande quantidade de integrais não imediatas. O primeiro a ser estudado se baseia na
regra da cadeia.

6.3 Método de Substituição


      uma
  função
   derivável
 
tal que   esteja
       . Logo,
Sejam uma primitiva de num intervalo e
    
      
definida. Usando a regra da cadeia; temos,

é uma primitiva de , então:

      @         "





fazendo
    , tem-se 
     ; substituindo na expressão anterior:

            %  0"


 


Exemplo 6.4.

Calcule as seguintes integrais:


    ?  3    , então      . Substituindo na integral:
[1]
3    Fazendo


              ? 

3   .  " .  3  "
# 

) , .   "(' )    ? Fazendo  )-,/.  , então   (" ' )     . Substituindo na integral:

[2]


) , .   "(' )   

    #"  )-,/.    " ?

 
244 CAPÍTULO 6. INTEGRAÇÃO INDEFINIDA
        
 
         
[3]  . Fazendo , então ou, equivalentemente, . Substi-
tuindo na integral:
 
      3    H 3  "  H  3   " ?
  

  




3  3  



) ,/"          . Fazendo    , então   
[4]   . Substituindo na integral:


)-, "           ) ,/"   
 "        #
      #  "? 



[5]

.     . Fazendo  .  , então 



 
 . Substituindo na integral:



.       
   .   ?





  "  "

[6]
          . Reescrevemos a integral fazendo:       
 . Se  " ' )    ,



 H  
    H   
   

 
 ),.  ),. 
  
então ou, equivalentemente, . Substituindo na integral:


         ) , .         H 3    H 3 .    "  H 3 .  "('*)     #" ?  

"')    

     
[7]

 7 7   =
. Reescrevemos a integral como:


   7  7     3 . 3 


Fazendo
  , então     . Substituindo na integral:


 
    ?

 7 7  3  
 3 7     3 7 
  3 7 "   " 7 "  7  "
 

Muitas vezes, antes de efetuar uma substituição adequada, é necessário fazer algumas mani-
pulações, como, por exemplo, o completamento de quadrados.
   G       3     ; então,
 
[8] Calcule     #  . Completando os quadrados
 

   
    #     3     ?
 
 

Fazendo
%  3 , teremos     . Substituindo na integral:

 
 3 7 "   "  3 7 "   3   " ?
  
 
    

6.4. INTEGRAIS DE PRODUTOS E POTÊNCIAS DE FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS 245

6.3.1 Outros Tipos de Substituições


Exemplo 6.5.
Calcule as seguintes integrais:
       3 , então   H 3 e     ;
[1]   . Fazendo 


 3 


        H    H    3    H   
  3  "?
  3 
 "  

 3  

 
[2]

   . Fazendo
 3     , então    H 3   e     H 3    
;
3 

   H 3      H  

   





3    
 H  


    "

3   

 3  3     H

 
 3       3       " ?
 

 

  3        ; então,    H e      ;    3   H   3 = .

[3]   . Seja
  

 

   3      H  =   
   H   3 =     
H 3  3    "
    

 3 





  =           H 3   3 = 3  #" ?





 
   H 3 ,    H 3     3.    
 H
    
[4]   . Fazendo e Logo, e
   . 3


  

    7 "   0
 "  7 "       H 3  0" ?
        

 H 3   H 3   3
 
        

6.4 Integrais de Produtos e Potências de Funções Trigonométricas


Exemplo 6.6.
Calcule as seguintes integrais:

) , .     ) , .        

[1] . Se , utilizamos :

      
 $
  " ' ) ;   H    H "(' )      
) , .  -) ,/.  

então:

) , .     ) , .       3 "(' )   H   $H "(' )         


 


 3 )-,/.   H H      H ) , .    
    ?
  
246 CAPÍTULO 6. INTEGRAÇÃO INDEFINIDA

Se    , utilizamos )-,/.             ; então: 


  
     3

H  
      3 H ) , .
     

),.   3 (" ' )  7 


 

) , .   "(' )   . Como )-,/.   " ' )  )-,/.   3 H )-,/.    "(' )  , fazendo

[2]

 )-,/.  , temos   " ' )    e:

) , .   "(' )    ) , .   3 H ) , .     "(' )     3 H  


  

    H        H   #" 



 

 ) , .   H )-,/.   ) , .    " ? 

 

[3]

      . Fatorando              ) ,/"   H 3  ;

       
    ) ,/"  $H       3       


.  (" '*)      " ?
 

) ,/"   ?

[4]


 
   
 

 
    #) ,/"      ) ,/"     G)-,"      ?
) ,/" ) ,/"    #) ,/"   ) ,/"
Fazendo
 ) ,/"      , temos 
  )-, "     G)-, "      . Substituindo na integral:

) ,/"       #) ,/"        
 .   #"  .  )-, "        " ?
 

 G)-, "

Estes exemplos nos mostram que para determinar a primitiva de uma integral que envolve
produtos ou potências de funções trigonométricas é necessário, em primeiro lugar, transfor-
mar a função a integrar por meio de identidades trigonométricas conhecidas, para depois usar
alguns dos métodos.

6.5 Método de Integração por Partes


Sejam  e funções deriváveis no intervalo . Derivando o produto   :
          #   @ 8
ou, equivalentemente, 
         H     . Integrando ambos os lados:

   @      H       


fazendo:
   e       , temos:       e     . Logo:

6.5. MÉTODO DE INTEGRAÇÃO POR PARTES 247

        H
  
   

  
Este método de integração nos permite transformar a integração de na integração de .


É importante saber “escolher” a substituição e

na integral de partida. Devemos escolher


tal que permita determinar . As expressões de e devem ser mais simples que as de e
, respectivamente.

Exemplo 6.7.
Calcule as seguintes integrais:
 
.     .    e  % ; logo:  

 
[1]
. Façamos e ; então,

.        H    
. $H   % .  H  # "?
   


[2]

 ,     . Façamos % e    ,     ; então,     e   ,   ; logo:



 ,          H      ,   H 3  ,      ,   H ,     " ?
  

[3]

  ) , .    . Façamos %  e   ) , .    ; então,      e   H "(' )  ; logo:




  ) , .          H     H   "(' )     " ' )    ?



Calculemos agora

 "(' )   , novamente por partes. Fazendo
  e
   "(' )    , temos


 
e
  ) , .  ; logo:

 " ' )         H    




 -) ,/.  H  )-,/.    % )-,/.   "(' )   ?

Então:

  ) , .     H   (" ' )    )-,/.   #" ' )    #
 "?
,  ) , .  :   ; 78;:   = . Façamos  , e    ) , .  :    ; então,   7 ,    

[4] e
  H   

 ; logo:
H ,  "(' )  : 7 



, ),. 


: 
    

    H


  
:  : ,   " ' )  :  ?
(6.1)

Calculemos ,   " ' )
 :  , novamente integrando por partes. Fazendo  ,   e
 
"(' )  :   , temos   7 ,    e   
 ; logo:


 : H 7 



,   "('*)  
: 
     

    H

   ,  ) , .
: : ,  ) , .  :   ?
(6.2)
248 CAPÍTULO 6. INTEGRAÇÃO INDEFINIDA

Denotemos por
& 
,  )-,/.  :  . Então, de 6.1 e 6.2, temos:
& 7 ,  ) : , .  : H ,  "(' : )  : H 7 : 
 
Pois a última integral é exatamente a integral procurada e podemos passá-la ao outro lado da
igualdade:

3  7 :  & 7 , +) : , .  : H , "(' : )  :9   & 7 ,   :  7 )-,/.  :9 H6: "(' )  :  ?
    

Logo, ,  ) , .
 :     7 ,   :  7 )-,/.  :9 H6: "(' )  :   " .
  
[5]

  "(' )      . Aqui usamos os dois métodos:
%  ; então,      ou  %   ;


Substituição: seja

  "('*)      3   " ' )      ? 

Integrando por partes, fazemos


  e    "(' )      ; então,     e   )-,/.    :


  "(' )       3   " ' )     3    3  H    
  

 3   ) , .    H  )-,/.       3  " ' )       )-,/.     0


  "?

[6]

 , . Aqui usamos, novamente, os dois métodos:
%  ; então,     
 %  


Substituição: seja ou ;

 , 
  3   , ? 

Integrando por partes: fazemos


  e    ,    ; então,     e
 , :



 ,   3   ,    3    3  H   
  
  3  ,  H


,  


 3   ,  H ,  $ ,    H 3   " ?
 

[7]

  ) , .       . Aqui usamos, novamente, os dois métodos:


   ; então,  +%    ou   %   e     ;




Substituição: seja

  )-,/.        3   ) , .      ?



6.6. MÉTODO DE SUBSTITUIÇÃO TRIGONOMÉTRICA 249

Integrando por partes: fazemos


  e
 -) ,/.      ; então, 
 

  e
 H " ' ) :



  ) , .        3   )-,/.     + 3    


3
 H    
  
 3  )-,/.     H   "(' )      
  
"?


6.6 Método de Substituição Trigonométrica


Este método é usado quando a expressão a integrar envolve alguns dos seguintes tipos de
radicais:
 7 H 8

 7  8


 I
H 78
onde
7  =.

  
Caso 1:
H   7 ) , .   ; então,   7 "(' )    .  7 H   7  
Para 
   , seja
7 H


Logo "(' )
.
 

Denotando por " :

a u

θ
c

Figura 6.2: Caso 1

   
Caso 2:
H E E , seja  7     ;  7 )-, "     .  7   7  
Para 
   7 
então,



Logo   ) ,/"
.
Denotando por  :

d u

θ
a

Figura 6.3: Caso 2


250 CAPÍTULO 6. INTEGRAÇÃO INDEFINIDA

Caso 3:    
= E  E   7   ; então,   7 )-, "       
  H67 
 7  ou
Para
  
 , seja   ) ,/ " HI



7


. Logo

. Denotando por , :

u e

θ
a

Figura 6.4: Caso 3.

Exemplo 6.8.

Calcule as seguintes integrais:

[1]

7 H .


  7 ) , .   ; então,    7 (" ' )    ; H 


    7 H   7  
Seja


 
  e   (" ' )
.
 
7  H      7   "(' )      7   3  " ' ) 
    7   ) , . 
   





   

7
  G)-,/.   "('*)    ?



  7 -) ,/.   e H   ; então,  7 " )-,/.  7  ; estamos no caso 1:


a x

 
 



onde θ

"  7  H   ; logo, ) , .  $   e " ' )  $      . Substituindo no resultado da integral:


c






 
7  H      7 " )-,/. 7   7   7  H     " ?
7 




 

   G      ; então,  #  )-, "     ; H E E   . Em tal caso
 

 
[2]   . Seja

  
      ) ,/" 
   :
 

     
   3  
 3 

 
 
) /
, "   (
" *
' )    3),.    "?
  
   ) ,/"   


) ,/"




 

7        . Logo, )-,/.  $


d x


Estamos no caso 2: θ
a ; onde

e




 . Substituin-
do:
  

      

     "?  
6.6. MÉTODO DE SUBSTITUIÇÃO TRIGONOMÉTRICA 251
  
   ) , .   ; então,     "('*)    ; H E E   .
[3] 
H 
 H 3  %   
. Seja




 Neste caso,
3 "(' )
:
 

  H   3 
 

 " ?
3 
 

)-,/. 
&    ; então,
 7 " ) , .      .
"     
a x
 
Estamos no caso 1: c
 onde
θ
 ; logo,
Substituindo no resultado da integral:
  
 H    3 7 " )-,/.    " ?
 


 
3  


[4] 
 
  H 3 . Reescrevendo a integral:  

  H   . Seja    )-, " 
 ; então,  I
 ) ,/" 
   
 
; = E
E    ou ( E
E    ). Neste caso,   H     )-, "  
 H 3      
 :


   
  H 3  3 )- ,  " 
 
 3 "('*) ,/" 
 
 3 . " ' ) ,/" 
 H " '   
   " ?
  

  

,    H  "(' )-, " 


$       e (" '   
      .
x e

Estamos no caso 3: θ
1/3
 onde ; logo,  
Substituindo no resultado da integral:
 
 H
  H 3  3 . "(' )-, " 
 H "('   
  #"  3 .    3    " ?
 





3

 

H 3 . Seja   ) ,/" 
 ; então,  
  )-, " 
  
 
; = E E  E E  .
[5]
 ou




  H 3 %     e:
Neste caso

 
     H 3  ) ,/" 

  3 3 
#) , . 
 "(' ) 

 3   0" ?
  


    H 3 ; logo, ) , .   " ' )  $        . Para calcular


x e

Estamos no caso 3:
  H ,
onde

3 é definida para  # e E H  . 


θ
4



, devemos ter cuidado, pois


  , então ) ,/"     3 e  7 " )-, "   , onde = E E  . Se GE H  , então ) ,/"   
E H 3 e  7 "() ,/"
  , onde  E
E . Mas E E  
e ) ,/"   H   )-, "   ; logo,
para
  
Se
 
E E  
 

E H  ,
 HI7 " )-, "   , onde


  


 ; substituindo no resultado da integral:
 

      H 3  ?
 

i)
 #  
:

 3
     H 3 3  " ) ,/"   7    " 

F
 E H   
 H 7      H 3 
3  "  8 onde "     " .

  H 3 3  " )-, "    


ii) : 
252 CAPÍTULO 6. INTEGRAÇÃO INDEFINIDA
  
H $H    HL    ;
  H $H     . Primeiramente completamos os quadrados: 

[6]

fazendo
%  , temos     . Substituindo na integral:



 

  
?
  H
$H      H   

      H E E   H  

) , .
; então  
"(' )

;  

  "(' )  
 . 
 

Seja e 

 

 3  )-, "        
 #" ?
  H $H    

Estamos no caso 1: 

  $       . Substituindo no resultado da integral:




 

  
  H  $H  0" ?

 

  H
$H      
          %  9  3    3 ; fazendo
[7]  $   . Completando os quadrados:
   3 , temos    #   
. Substituindo na integral:

    
  H 3  ?
 $     

     3



        
 ) ,/" 

e   3 ) ,/"
:
 
  ; então
 
Seja

 H 
   3    3   
 )-, " 
 H ) ,/" 
 
  3 )-, " 
 H 3 . ) ,/" 
    
   " ?
 


 3


Estamos no caso 2: 

      3  e )-, "    $     # . Substituindo no resultado


 

da integral:
  
  3 $     #
  H 3 . $      #   3    " ?
  
 $      

  #
  

6.7 Método para Integração de Funções Racionais


Um polinômio


de coeficientes reais pode ser sempre expresso como um produto de fatores

de
 
lineares e/ou quadráticos. Naturalmente esta decomposição depende essencialmente do grau
.
i)

 HI7  HI7   ? ? ? ? ? ? ? ? ? ?  H67
 ou
ii)
+
 HI7  H6:   ? ? ? ? ? ? ? ? H :   ou


iii)
   7    :;  "  H    ? ? ? ? ? ?  H   ou 

iv)
+
  7+   :   "  $H    ? ? ? ? ? ?  H   .
 
6.7. MÉTODO PARA INTEGRAÇÃO DE FUNÇÕES RACIONAIS 253

Exemplo 6.9.

[1]
% 
 H   
H   H 3  .
 

[2]
%

    # 
    3      .  

[3]
%
 H
   H
3     3 H 3  .
[4]
% 

   H 
  H 9    H     H 3     3  H     .
      

 

Seja uma função racional  . A decomposição de uma função racional em frações mais
 se decompõe em fatores lineares e/ou
simples, depende do modo em que o polinômio
 
 
  é maior ou igual ao grau de  , então 
quadráticos. Se numa função racional o grau de
podemos dividir os polinômios. De fato, se 
7    K  7    então 

 

        8 

onde 
7    E  7    ; então,  




      ? Logo, basta estudar o caso em 

que:

 *7    E  7    8


 

pois, caso contrário efetuamos a divisão dos polinômios.

Caso 1: 
se decompõe em fatores lineares distintos.
Então:
 HI7  ( HI7   ? ? ? ? ? ?  HI7

onde
7  são distintos dois a dois; então
   
 $    HI 7    HI 7    ? ? ? ? ? ? ? ? ? ?  HI
7



onde  8  8? ? ? ? ? ? ?


são constantes a determinar.


             HI 7      HI 7   ? ? ? ? ? ? ? ? ? ?  
  H6
  
7  ?
 

Calculemos 
   HI 7  .
Fazendo
%


 H 7
; então, 
  
 .    "  .  HI7   " ; logo:

        .  HI7      .  HI7    ? ? ? ? ? ? ?  


.  H67
  "

  


onde 
  8   8? ? ? ? ? ? ? 
são constantes a determinar.
254 CAPÍTULO 6. INTEGRAÇÃO INDEFINIDA

Exemplo 6.10.

Calcule as seguintes integrais:


     H H H =   *7   
 *7    . Dividindo os polinô-
  

[1]   
3

. Observe que


  

mios:  G   H H       HH ?


    
   

 H 3=   


3=
A seguir, aplicamos o método à última parcela da direita:

        HH =           HH =   ?


&     

   
 

3 3   

H
   H 3 =   . Fatorando:    H 3 =     H  ; temos:
  
 
Calculemos 

H  
 
   H   
 

 G
  ? 

   H 3 =  #  H     H 3 =  

 H     4H         . As raízes do polinômio  são


  

 e   H  ; agora substituimos cada raiz
Comparando os numeradores:
   teremos    
 
e 
  . Se
F H  , então H 3  H   e      . Logo, podemos decompor a fração inicial
na última

expressão. Se

em:
H 
   H 3 =  J 3 #   JH  ?
 

 

 H    3   
   H  ? 

Então, pelo Caso 1:    H 3 = . #  .  A integral procurada é:

 

&      3 .   #    .  H   " ? 




 

     H H    H H   H 3   . Note que  7   &  7    . Dividindo os polinô-
 
  
[2] 

mios:

   H   H  H       H   H     $  H  H 3  ?  


Então:              
  &              ?
            
&       H   H H 3         $    H H   H H 3    ?
  $  H  

     

    H H 3  
Aplicando o método à última parcela da direita, calculemos
  H  H 




. Primei-
ro observemos que

 J
 H   H 
 %
  
 
 I
H  
 
  
 : 

$  H  H 3        
 H        H      H         H   ?
  H     
  

 H  H 
    
6.7. MÉTODO PARA INTEGRAÇÃO DE FUNÇÕES RACIONAIS 255

$  H  H 3      H              H  ;


  
Comparando os numeradores:
as raízes do polinômio são ,

   =   e   H ; agora substituimos cada raiz na última 

 =   F    H  e se  H , então,       . A fração inicial


expressão.
   
Se , então, ; se então,
pode ser decomposta em:
$  H H 
   H  3   H  3   ?
 

 H    H     

Pelo Caso 1, temos:


 .   

 H  .  H   

     .   

   #" . A integral procurada é:


&    

.   $H  .  H



    3 .



   "?
 

Nos exemplos anteriores a forma de determinar os coeficientes é equivalente a resolver um


sistema de equações.
$  H H 3        I H        H  
$   H   H  3              
     
Consideremos o exemplo 2. 
   
.

 H  H   H
Ordenando o segundo membro em potências de , temos: 
     
 Comparando os polinômios e sabendo que dois polinômios são 
iguais se e somente se os coeficientes dos termos do mesmo grau são iguais, temos que resolver
o seguinte sistema:
 
%
C AB    H +     
  

 +    8  

BD  

3
que tem como solução:

  
,
  H  e       .
H 7  897   = .
 
 6

[3]

 7     E  7     ; e  I H 7    H67   7  ; aplicando o método:



  

    7    HI7  ?
H I3 7   I H  7    7      H67  

Comparando os numeradores: 3
     7      H#7  ; as raízes do polinômio   são

 7 e  H 7 ; agora substituimos cada raiz na última expressão. Se  7 , então,     e



 H&7 , então,    H  . A fração inicial pode ser decomposta em:

se 
3  74 3 HI7  H 7  3 7  ?
 H67  




Pelo Caso 1, temos:


 
 3  I
H 7  $ H  7     3  HI7  
 H67  7 . .   " 7 .   7   "
#
  




Aplicamos esta última fórmula para completamento de quadrados.


256 CAPÍTULO 6. INTEGRAÇÃO INDEFINIDA

Exemplo 6.11.

Calcule as seguintes integrais:


     
  H   . Como   H
    H   H
 : H   H   HI ? Fazendo %H
  
[1]

 I 

,
temos
    . Substituindo:

  H

 H   
H    3 . 




  #"   3 .  
 HI   8
  0  "

 

onde as últimas igualdades são obtidas pela fórmula anterior.



H   H
  . Completando os quadrados 
H 

H   G H    % 
 
 
[2] e fazendo ,
temos
    . Substituindo:

 
 H  H  H   H 3  8
3   "  H 3 .
  
 

H   H    H .   #  # "

onde as últimas igualdades são obtidas pela fórmula anterior.

Caso 2: 
 
se decompõe em fatores lineares, alguns deles repetidos.
H67
Seja o fator linear de
  
de multiplicidade e a maior potência da fatoração. Então,
a cada fator linear repetido associamos uma expressão do tipo:

HI 7   H6 7    ? ? ? ? ? ? ? ? ? ?  HI7 





onde  8  8? ? ? ? ? ? ?  são constantes a determinar. Em tal caso, integrando esta expressão obte-
mos:

 .  H67  H HI 7  ? ? ? ? ? ? ?   3 H (H67 @  


  

 

Os fatores lineares não repetidos são tratados como no caso 1.

Exemplo 6.12.

Calcule as seguintes integrais:


   $   
       . Como  7    E  *7    e           3   . O fator
  
   
[1] 
  3  tem multiplicidade 2 e o fator  é como no caso 1.
   $    
            3     3   ?
 

   $        3        3     . As raízes do


 

 
 
Comparando os numeradores:
L
  = L
 
 H 3 ; agora, substituimos
0 = , então   são:
polinômio
 e se   e H 3 , então 
 H 3 . Falta determinar  . Para calcular o valor
cada raiz na última expressão. Se
6.7. MÉTODO PARA INTEGRAÇÃO DE FUNÇÕES RACIONAIS 257

da constante
polinômios.
    ,  formamos
$   o sistema 
$          +       ; então:

de equações, obtido da comparação dos coeficientes dos


 
C AB    


  
   % 

BD    


Como sabemos os valores de  e  obtemos, facilmente, 
 3 ; então:
  $
              3 3 H   3 3  
  

 

  $
            .            3 3 #" ?
  
 
logo, 

  H
  H $  3   .


[2]
Como 
7    E  7    ;   H $     H    . O fator  tem multiplicidade 2
    

e os fatores
H 8   são como no caso 1.

 

  H 3    
H            ?


 H   

Comparando os numeradores:
   6H 3               H       0H    6H    ; as
      
 são: F = ,  e  H . Agora substituimos cada raiz na última  
raízes do polinômio

  = , então 
  ; se 
 , então      e se 
2H , então     . Falta
 
 
expressão. Se
determinar  . Para calcular o valor da constante  , formamos o sistema de equações obtido
da comparação dos coeficientes dos polinômios.
   H 3     
 
      
 H  
       ????
 . De fato, sendo        3 ,


  H 
note que o coeficiente da potência cúbica nos dá o valor de
então .
  HI  H

3  3 H    3   H $   $3
 

 $   3    3     

   H 3  

 3 . 
 
 H    3  .      H  .     H $3  0" . 

logo:   H $  3

Caso 3:   se decompõe em fatores lineares e fatores quadráticos irredutíveis, sen-


do que os fatores quadráticos não se repetem
A cada fator quadrático
7   :  " de
 associamos uma expressão do tipo:
  
7+   :   "
onde
8 são constantes a determinar. Os fatores lineares são tratados como no caso 1 e 2.
258 CAPÍTULO 6. INTEGRAÇÃO INDEFINIDA

Exemplo 6.13.

Calcule as seguintes integrais:


&      =   

[1] Calcule       $   .




Primeiramente observamos que 


7    E  7    . Fatorando       $   
  
   3      . O único fator quadrático irredutível é
    ; o fator   3 é como no caso 1.

  = 
                3      ?
  

Comparando os numeradores:
     =              3                   . A raiz
 

 é  H 3 ; agora substituimos esta raiz na última expressão. Se   H 3 ,
então 
 
real do polinômio
 . Formamos
polinômios:  
  , logo
 e    implica em   = .
o sistema de equações, obtido da comparação dos coeficientes dos
 

   =    ?   

      $     3     


                 
Portanto:  .  3 


 
.  3    " , onde a última inte-

gral é resolvida usando substituição simples.

&  #     


[2] Calcule       H . 


7    E 7         H 
Primeiramente observamos que 
é     . O fator
  H 3       . O único fator quadrático irredutível. Fatorando
   
   H 3 é como

 

no caso 1.
          ?
   G


  
 H 
 H 3   
    

Comparando os numeradores:
                     H 3              H        H  ;
   
 é L 3 ; substituindo esta raiz na última expressão: Se L 3 ,
  
a raiz real do polinômio
então 
polinômios:  
  ; logo   e   H  % ; logo    . Então:
. Formamos o sistema de equações, obtido da comparação dos coeficientes dos

 

  G     3 3 3  
3       



      H H    

logo:

& 3 3 .  H 3    3    8

  
 


          3    

Então, considere

; logo
%  3
onde a última integral é resolvida usando substituições; de fato:

e:
  .
6.7. MÉTODO PARA INTEGRAÇÃO DE FUNÇÕES RACIONAIS 259

     
   
?
    



 





 





 


A segunda integral é imediata, pois:



     7 "      "    7 "      3   " ?
 
 
    

   ; logo     :


Na primeira integral fazemos


  3      3 .     "   3 .        #" 
 
   
  



e:
& 3 3
. 

 H  3
3   3 .         


7 "   3   ".  







   3 3 H 3  
   3 (   $  3  . Observemos que  7     E  7    ;    3
 
  
[3] Calcule 

e
   $   3 são fatores quadráticos irredutíveis. Temos:


  3 3 H 3      

    ?
   3       3     3     $  3  

Comparando os numeradores:
    3 3 H 3                       3 
        3      .


Formando o sistema de equações, obtido da comparação dos coeficientes dos polinômios:

   

C ABB          =
3B          33
 H 3
BD 3      

Resolvendo o sistema:   3 ,   H 3 ,   e    H ; logo: 

   3 3  H 3  H 3    H ?  

   3    $  3     


3   $   3 

Integrando, após a decomposição da função integranda, obtemos quatro integrais, a primeira é


resolvida por substituição simples, a segunda é imediata, a terceira e quarta são resolvidas por
completamento de quadrados.

& .     $   3      3  H



7 "      HI7 "      " ?




260 CAPÍTULO 6. INTEGRAÇÃO INDEFINIDA

Caso 4:   se decompõe em fatores lineares e fatores quadráticos irredutíveis, sen-


do que alguns dos fatores quadráticos se repetem
Se um fator quadrático
7    ;:   " de
 tem multiplicidade , a esse fator quadrático
associamos uma expressão do tipo:
 
 :      7+   :      ? ? ? ? ? ? ? ? ?   7    :     
+7   
  "    "    #"
8
onde  são constantes a determinar,   3 8 ? ? ? ? 8 . Os outros fatores são tratados como nos
casos 1, 2 e 3.

Exemplo 6.14.

Calcule as seguintes integrais:


       

[1] Calcule     3   .


Primeiramente observamos que  7    E  7    e    3


 
é o único fator quadrático
irredutível, de multiplicidade 2.
      
              ?
    3       3   3
Comparando os numeradores:
                                      . Formando e resolvendo
 

 tem uma raiz real   = , obtemos,   ,   H ,    3 ,   H e    = ? Logo:


o sistema de equações obtido da comparação dos coeficientes dos polinômios e lembrando que
  

     
 
   H      H      . Calculando as integrais correspondentes:
    
      7  
    

  
  .    3  "     3 3  " ?
 

    3  



    $   $        


[2] Calcule
& 
     . 

Primeiramente observamos que 


7   
 
   E     e    é o único fator quadrático
7

 



irredutível, de multiplicidáde 3.
  9   $   $                
                     ?
   

 
3 , B=1 8 % e     = ? Logo:
Formando e resolvendo o sistema de equações obtido da comparação dos coeficientes dos po-
linômios; obtemos,

                    8
        

   H
e
& .   

    7 
"   


   3   #" .

 
6.8. MUDANÇA: TANGENTE DO ÂNGULO MÉDIO 261

6.8 Mudança: Tangente do Ângulo Médio


7  : )-,/.  , 7  : "(' ) 
  
Se a função integranda envolve expressões do tipo: ou combinações
destas, utilizamos a mudança  ; logo: 

 
 
  8 
 
 
  3 H  
   
?
),. 3   "') 3  


e

3 

Por exemplo:

7  : -) ,/.    7  3     $: 8
    


 

7  : " ' )   7 3    : 3 H  ?


   

Exemplo 6.15.
   7  e :  3 ; logo:
[1] Calcule 
#) , . 
 
  . Neste caso


     

  
  
 7    3    

 )-,/.     3 "   "




 3     

     


   3  ?  
 


7 "


#" 


  
[2] Calcule
3 H "(' )  #) , .   .      H   
Utilizando as mudanças:     
  ; logo:

   
  
  
  H " ' )   ?

 
3 H 3     3
.  3  " . 3 H "(' )  #) , .   "
3 H "(' )  #) , . 


 3

6.9 Aplicações da Integral Indefinida


6.9.1 Obtenção de Famílias de Curvas
G  
  

Seja
  8     
uma função derivável. O coeficiente angular da reta tangente ao gráfico de
no ponto é . Inversamente, se um coeficiente angular é dado por
por integração determina-se uma família de funções:

, onde é uma constante
,
L     " "
arbitrária.

Exemplo 6.16.

[1] Obtenha a equação de uma família de curvas, sabendo que o coeficiente angular da reta
tangente à cada curva, num ponto, é igual a menos duas vezes a abscissa do ponto. Obtenha a
equação da curva que passa pelo ponto .
383
262 CAPÍTULO 6. INTEGRAÇÃO INDEFINIDA

Temos

 
 H   ; integrando:
 H

   H    " ? No ponto  3 8 3  , tem-se 3   3  


H 3  " ; então, "  e   H    .


 

  tem-se que     H 3 . Obtenha a equação da


[2] Em todos os pontos de uma curva
 8    
curva, se esta passa pelo ponto 3 3 e a reta tangente nesse ponto é paralela à reta  3 3 .
 
 %  H
Temos 3 ; integrando:
 

  H 3       H   " ?


  3   3 é H  e a reta tangente à curva no ponto (1,1)


      HI 
 
O coeficiente angular da reta:
H    3    H 3  " ; logo,

"   e         . Integrando
0  H     " (azul). Usando o fato
é paralela a esta reta: 
 
de que 3 3 temos "   e #
 H
novamente:
   
  
     

   (verde).

-2 -1 1 2

-1

Figura 6.5:

6.9.2 Outras aplicações


Exemplo 6.17.

  &  =  , 
[1] A taxa de produção
  de uma mina de cobre anos após a extração ter começado foi calculada
como 
ano .
 mil toneladas por ano. Determine a produção total de cobre ao final do

    
       ; logo,


  +    + a produção


Seja
 =  ,    ; integrando:
total ao final do ano ; então, a taxa de produção é

     =   ,       "   = = = ,     = ? 3 H 3   " ?


 =   = , donde obtemos "   = = = ; portanto, a

Ao final do ano zero a produção é zero; logo,
produção total de cobre ao final do ano é dada por:

    = = = ,     = ? 3 H 3    = = = ?


[2] A temperatura de um líquido é  . Coloca-se o líquido em um depósito cuja temperatura,



  =
mantida constante é igual a  . Passados  minutos a temperatura do líquido é  . Sabendo
6.9. APLICAÇÕES DA INTEGRAL INDEFINIDA 263

que a velocidade de resfriamento é proporcional à diferença que existe entre a temperatura do


líquido e a do depósito, qual é a temperatura do líquido após minutos? 3
Seja
 
a temperatura do líquido no instante ,
  = 4
    e      =  . A velocidade
depósito. Então,
  $     H   , = . Devemos determinar    .
de resfriamento é proporcional à diferença que existe entre a tenperatura do líquido e a do
 

       
 " . Como        , então:

 H  

             H 
 H  H  .   




logo, .

    H  +   " ; então:




1 .   = $$HH  ++ .   =  " 

 .    .   =  8

. 



donde
 H 3 .   ; logo, .     H   .   =    e    &G =   ; então:
    

 3  + 3  3  ? 

[3] (Lei de resfriamento de Newton): A taxa de variação da temperatura


    de um

    , isto é:
corpo é proporcional à diferença entre a temperatura ambiente (constante) e a temperatura

   H  8  =?  






Para determinar , integramos


  em relação a  :
 
H 
 H 
  " obtendo .  H   H   "

 

      =  ; então,  H 


logo, , . Se a temperatura inicial é e:
     H   ,    ?
     é pequena, ela tende a crescer
[4] (Crescimento populacional inibido): Considere uma colônia de coelhos com população
inicial  numa ilha sem predadores. Se a população 
a uma taxa proporcional a si mesma; mas, quando ela se torna grande, há uma competição

crescente por alimento e espaço e cresce a uma taxa menor. Estudos ecológicos mostram que
a ilha pode suportar uma quantidade máxima de   H
indivíduos, se a taxa de crescimento da

população é conjuntamente proporcional a e a    
; logo:

      H   8  =  ?   
 


Para determinar  , integramos


   em relação a  , aplicando o método de frações parciais:
 
  
  3
      #"

    H  #
 " logo,
    H
    
264 CAPÍTULO 6. INTEGRAÇÃO INDEFINIDA

e:


.     H  $    " ?

Como   =   , "  .    ; então,


.     H       .     H  

  


logo,
    donde:
 
 

   $     H    ,   8

que é uma função logística de população limite  .
6.10 Exercícios
1. Calcule as seguintes integrais usando a tabela e, em seguida, derive seus resultados para
conferir as respostas:

(a)

    (  
3   (h)

  3   (o)

 ,   
(b)

   #     (i)

  3   

  H  3    
 
(p) 

3  
(c)   (j)  HI  
  3 
    
   3    
  (q)

     

(d) (k)

  H   

     
3 

(e)

    H     

(r)

    3 (  H 


(l)
  
3= 
 
(f)   (m)
(s)  3
   H       
,         H 
3 
(g)   (n)
, (t) 

2. Calcule as seguintes integrais usando o método de substituição:


  
 H     
   
(a)    H 
(d)  : HI7 (g)
3  

   
 :JHI7   
 
(b)  3 (e)

(h)  :  7   

      
  7  :  
(c) # (f)   
(i)
 
6.10. EXERCÍCIOS 265

.      

 
 ,  
,     H
   


3 
(j) (p) (v)
7 "() , .    
)-,/.   "(' )    
 
)-,/.   .    


H  
 
(k) (q) 
3 
     ) ,/"      


 (w)

, 
,   3 " ' )     3   
(l)   (r) 

" (: ' )  7    7  
) , .    (x)
3
(m)
#) , . (s)  H " ' )
   
 
 
 

  . 3     
  

     (y)   


(n) (t) 
    




 . 

 "(' ) 
 
3  
 
(o) (u) (z)

3. Calcule as seguintes integrais, usando as substituições dadas:


    
   H 8 use  )-, "     H   8 use  ) , . 
 

(a) (d)

3 
  8 use  3   


8 use   H .    (e)  
(b)
,  3
3  
8 use  3   

    8   
(c)    use  3 (f) 
3   
3

4. Calcule as seguintes integrais usando o método de integração por partes:

(a)

 ,  (j)

H 3  ,     (s)

  -) ,/.    

(b)

  ) , .    
,     
 7  )-,/.    
 
(k) (t)
  ,     


(c)  3    (l)  HI 



, 
3 (u)
,  "(' )     
 
(d) (m)

 " ' ) ,/"       7 " ) , .   

 HI 


(v)
)-,/.  .     3

(e)

 )-, "     

(n) 
 ) ,/"    
(f)

7 "("(' )   
 

  ) , .      (w)
(o)
.    


(g)


 " ' )
  (p)

  "(' )    
 (x)


 7 "     


 ,  (y)

  .   

(h) (q)

(i)

)-, "    (r)

 H     ,     (z)

    3
266 CAPÍTULO 6. INTEGRAÇÃO INDEFINIDA

5 Calcule as seguintes integrais usando primeiramente o método de substituição e depois,


integração por partes:

3   
  
(a) (d) , 


   "(' )      ) , .     


 
(b) (e)

" ' )  .      , 


 
(c)
(f)

6 Calcule as seguintes integrais que envolvem potências de funções trigonométricas:

(a)

)-,/.       (f)

 "('      #" '     ;  
 

"(' )
(b)

   ) ,/"     (g)

" ' )     
),. 
)-,/.   "(' )    

) , .   7   

(c) (h)

(d)

) , .     (i)

) , .     " ' )     
"('*)

)- ,/.    
) , .     
(e)
 (j)
"')
5. Calcule as seguintes integrais, usando substituição trigonométrica:
 H    3 H        -  
3  
 
(a)  (g)  (m)       
     
(b)      H (h)  H    

  3        
 

(n)
   
(c) 
  H     

 , ,  3  
(i) 
      (o)
  H 3    3 H 
(d) (j) 
    
   3 


  H
(e)
 HI 
 (k) 3 H   3 
(p)
3
    
 HI   
  
(f)  (l) 
  H  (q) 
  

6. Usando primeiramente o método de substituição simples, seguido do método de substi-


tuição trigonométrica, calcule as seguintes integrais:
 7  
) , .     :(    "  
" ('*)    
  H "(' )    
    .     H   


#) , . 
6.10. EXERCÍCIOS 267

7. Completando quadrados e usando substituição trigonométrica, calcule as seguintes inte-


grais:
  
H    
    
 H    H H  
(a) 
   H    (e)
  3 
(i)
 


 H    
 
 
  
(b) (f)  $      
3  
  3
 (j)
  

         
  
(c)  (g)  $H   H 
   
3 H  


(d)    (h)  H  


 #  
 

8. Calcule as seguintes integrais, usando frações parciais:


     
(a)   (l)   3 (     3  
    
(b)  H 3 (m)  
     
  H   3 3  
 
(c)       (n)
    
   
(d)    3   (o)  H   H 
 

     
(e)   (p)  H 3
    H 3   
   H       H 3  
 

(f)    3   (q) 


 9     H       3           H    

(g)    (   3 (r)      

   
         
   

(h)      3  (s)  

  3  
     #    
 
(i) (t)       - #


     3     H    
(j)  3    (u)      # 
   3          H 3  
(k)   H   #   (v)  H 3

9. Calcule as seguintes integrais:


268 CAPÍTULO 6. INTEGRAÇÃO INDEFINIDA

" ' )   .  ) , .    

  3    

(a)
(m)
 
(b)

   (n)

$   3  H 

 (" ' )      
   
  
(c) (o) 

   )-, "       H $    

(d) (p) H 3    3 
  
" ' )    (" ' ) $  
 
  

(e) (q)
         3
 
(f)     (r)   3
     
(g)    $ (s)         
    
   H     
(h) , , (t) H 3      H  
      
(i)     (u)   


   


H 
     
   

         

(j) 


(v)

(
" ' 
)
 #)-,/. 
 3 H         
     3 3   
 
(k) (w)
) ,/"     

)-,/.  "(' )      
    H 3  
(l)
  "(' )  (x) 

10. Calcule as seguintes integrais:


     
(a)
-) ,/.  H  (" ' )  

 
  (c) 
#" ' )    
 
"(' )  H 
(b)
)-,/.   "(' )   (d)
),. "(' )

11. Verifique, utilizando exemplos, se é verdadeiro ou falso que se


   
é um polinômio

.
de grau , então:

 ,   
  

H 3



 ,  .


     "(' )   H )-,/.   


12. Em todos os pontos de uma curva tem-se que . Obte-
= 8 3 
nha a equação da curva, se esta passa pelo ponto
perpendicular à reta

.
HI =
e a reta tangente nesse ponto é
6.10. EXERCÍCIOS 269

13. Em alguns estudos, a degradação ambiental produzida por detritos tóxicos é modelada
pela equação de Haldane:

 7 ) 8
  :  ")J#) 
7989:-8 " = , 6    é a concentração do substrato ( a substância do resíduo na qual

onde
as bactérias agem). Determine
I    .
= =
Qual é a probabilidade dos circuitos continuarem funcionando após horas?
270 CAPÍTULO 6. INTEGRAÇÃO INDEFINIDA

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