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UNIDADE D>) Cee ree eat iecey ues eae eee) oct aca Ceara ne aise eects ares Peete CONVERSANDO Neer Reni) obras arquiteténicas que oui nea Petre eee cen a hen (eee yee de Atenas. Contemple ener Pee reo en Beets) ieee Sse eT eveg ee meet) entre as pelavras templo e contemplar? Converse eee tetas ote Peter ey reco formulem hipoteses ANTIGUIDADE CLASSICA GREGOS freee eine Canc Pete: cial eee ecco eae Ly LST ers Re eee tice acer eee Renter tite eine Re escancN Ue tetas ye UC Sec iee a diferenciaram de seus contemporaneos. Desenvolveu, ge exemplo, uma nova forma de pensar (a filosofia), de fazer politica (a democracia) e arte (a dramaturgia). Yat Steen REN cee Ae sor) por muitos o berco da civilizacao ocidental. Foes ean este eRe Melaete MeN rato Perel Usenet oe ULC oot eutoes GRECIA ANTIGA SOCIEDADE E ORGANIZACAO POLITICA O territério grego marcado por montanhas, que dominam cerca de 80% do territério. Alem disso, 6 notavel a presenca do mar, pois pratica- mente nenhum ponto fica muito distante de sua costa recortada Os vales das cadeias de montanhas formam plenicies férteis, favoréveis ao estabelecimen- fo de grupos humanos, 0 que de fato ocorreu. As aguas calmas do litoral grego e as pequenas distancias que separam as ilhas eram um convite $ navegac3o, 0 que foi muito bem aproveitado pelos gregos. Observe o mapa da Grécia Antiga. Essas caracteristicas conferiram a seu territério um aspecto fragmentado, condicao que, como. supéem alguns historiadores, de certo modo in- fuiu na fragmentacao politica helénica. A verdade 6 que nunca houve um Estado grego unificado. ‘© que chamamos de Grécia Antiga nao foi nada além de um conjunto de pélis, isto é, cidades in- dependentes e, muitas vezes, rvais umas das ou- tras. O que as integrava eram alguns elementos culturais comuns, que, hoje, nos permitem falar na existéncia de uma civilzagao grega. HI PERIODIZAGAO HISTORICA. A histéria da Grécia Antiga costuma ser dividi- da em cinco periodos: «+ MieBnico (1650 a 1150 a.C.) — migragao ¢ assen- tamento de povos como 0s aqueus, que funde- ram a cidade de Micenas; edificagao de paldcios, templos e fortalezas; utilizagio da escrita Homérico (1150 a 800 a.C.) - novas popul- ‘Ges invadiram a Grécia; destruiggo do mundo micénico; desaparecimento do uso da escrita; transmisséo oral da cultura; formag3o de novas comunidades ‘Arcaico (800 a 500 a.C.) ~ formacdo da pélis; colonizago grega de outras regides, com 3 fundago de cidades como Biz8ncio, Marselha, Siracusa e Napoles; realizagio dos primeiros Jo- gos Olimpicos; introducao do alfabeto fenicio ‘adaptado pelos gregos; difusdo de escrita fora do circulo dos escribas profissionais. Classico (500 a 338 a.C.) - consolidagao da pé- lis ~ cidace-Estado; guerras greco-persas; apo- geu de cidades como Atenas (que desenvolveu a democracia) e Esparta (que desenvolveu um go- verno oligérquico}; guerras entre cidades greges. + Helenistico (338 a 146 a.C.) ~ crise da po- lis grega; invaséo e dominio da Grécia pe- los macedénios; expansdo militar e cultural macedénica Fonte: ALBUQUERQUE. Manel Mauricio deat l Aas histxico excl ved Rode Jane, MecPenama, 1985p, 7, ‘OBSERVANDO 1. Observe o mapa acima e identifique o que se pede: a) os mares que banham o territério em que se desenvolveu a civilizacao grega: b) a maior itha grega; €) © pals atual cujo territério corresponde & Hélade (Grécia Antigal 1 PRIMEIROS POVOADORES A partir de 2000 a.C., diversos povos comeca- ram a se estabelecer nas éreas que ficariam co- nhecidas como Hélade, Grécia ou mundo grego. Eram aqueus, jénios, edlios e dérios. Dominendo as populacées jé existentes nessas ragides, esses povos deram origem a uma mescla de etnias € culturas que, ao longo do tempo, por intercém- bios socioculturais, adauiriu certa unidade e cons- tituiu os helenos, isto &, 0 povo grego. Cepitulo Greges 98 A palavra homérico, utlizada pare designar um periodo da histéria grega, diz respeito a Homero, 0 poeta grego que teria vivido no século VI a.C. ea quem se atribui a autoria de dois poemas épicos monumentais: a Illada e a Odisseia A Iliada, poema de cerca de 15 mil versos, conta episédios da Guerra de Troia (Troia, em grego lion). A causa dessa guerra foi o repto de Helena (esposa do rei grego Menelau) por Paris, principe de Troie. Em represilia a0 rapto, os gregos atacaram os troianos, ‘A ais, poema de cerce de 12 mil vetsos, conta as aventuras de Ulisses (em grego, Ocisseu), reilendério de Itaca, marido de Penélope, em seu longo regresso & terra natal apés a Guerra de Troia, Muitos estudiosos afirmam que a Iliada e a Odisseia n&o so obras de um Unico posta, mas resultado da criagao coletiva de varios poetas (os aedos), que por meio da tradigao oral decla- maram, criaram e recriaram esas narrativas. Somente por volta de 550 a.C. ¢ que a lliadaea Odisseia foram registradas em texto escrito ‘A Iifada © a Odisseia séo obras de ficcdo literéria que mesclam mitos e aspectos hist6ricos da formagao da sociedade grega. Muitos dos episédios narrados nesses poemas remetem a0 periodo micénico. No entanto, @ maior parte das narrativas refere-se ao periodo dos séculos Xil ao Vil a.C., que, por isso, foi chamado de periode homérico. Hé quase 5 mil anos, desenvolveu-se na ilha de Creta uma importante civilizacao da Antiguidade: acretense. Devido a sua localizagio, Creta tomourse ponto de.encontro entre a Grécia e as civilzacoes do Crescente Fértil.lsso contribuiu para o desenvolvimento de suas atividades maritimas e comercias. Uma pederosa monarquia instalou-se em Cnossos, entre 1700 e 1450 a.C., periodo em que essa cidade deteve a supremacia de tode a ilha. Apoiada no poderio da marinha e na alianga com ‘9s comerciantes, essa monarquia possivelmente expandiu a dominagao cretense, criando um ver- dadeiro império maritimo-comercial, que refietia uma talassocracia (do grego thalassos = mar, oceano; e cratia = poder} (Os reis dessa monarquia eram chamados Minos, palavra que deu origem & expresso “civilizagao mincica”, também utiizada para designar a civilizacdo cretense. ‘As ruinas cretenses suugerem a existéncia de cidades planejadas, com ruas calcadas, sarjetas, lojas de comércio e bairros residenciais - uma vida predomninantemente urbana. Além de Cnossos, desta- cam-se as cidades de Faistos, Malia, Tilsso e Gidmia. ‘L Quando surgiu a civilizagdo cretense e como ela se desenvalveu? OBSERVANDO. 1. Observe 0 interior do Palacio de Cnossos, re- produzido na imagem ao lado. a) Descreva as colunas utilizadas. bb) Em sua opinigo, como seria 0 monarca que viveu em um palacio com esse tipo de decoragao? ‘sta do interior do Palio de Cnossosna tha de Creta ao sul da Aponte qual era a origem da riqueza dos Cree Tarbérn connect como palacio de Minas, poss belssmis ‘monarcas de Cnossos. ‘hescos deccratios, nos quais predomi sinh curves, Unidado 4 Av Sque com myer emer, $5.12 marca = tipo dos Génos De 1150.2 800 a.C., aproximadamente, alguns historiadores distinguem entre os gregos uma or. ganizagao social. em grandes familias: os génos (lé-se "guenos"). Cada génos ere formado por essoas-que-acreditavam descender de um mes- Mo antepassado — consideravam-se parentes ~ © cultuavam deuses comuns. A vida social e econémica era, a principio, ba- seada em lacos de cooperacao. A terra, a colheita € 0 rebanho pertenciam a comunidade, Posteriormente, alguns grupos acumularam «i- queza e poder, considerando-se melhores (eristoi, m grego) ou bons (agathoi, em grego), em oposi- ‘¢0 0s maus (kakoi, em grego, expresso aplicada 8 pessoas comuns, sem distingso social). Assim, as antigas comunidades foram se modificando ¢ se ampliando, dando origem a uma nova forma de organizacéo social: a pélis, a cidade grega, POLIS: A CIDADE-ESTADO. A partir do século VIll a.C., formaram-se na re- gi8o da Grécia Antiga diversas cidades inclepen- dentes, cada qual com seu proprio governo, leis, calendério, moedas. Cada uma dessas cidades era chamada de pélis, palavra grega que costuma ser traduzida por "cidade-Estado" Messénia, Tebas, Mégara e Erétria eram alqumas dessas cidadles-Estado gregas. Entretanto, as que mais se destacaram foram Atenas e Esparta, pela lideranga que em certas épocas exerceram sobre as demais cidades, conforme veremos mais adiante. Beye S gimento da polis na sociedade grega, plenamente sentida pelos gregos, © que implica o sistema da pals é primeira ‘como do jogo palitico, todos os outros instrumentas de poder. A arte pot finalmente ao demos todo — 0 acesso a0 mundi Numa viséo geral, podemos dizer que a polis reunia agrupamentos humanos que habitavam um territério cuja érea variava entre 1000 © 3000 km?, Compreendia uma zona urbana e uma rural +A area urbana frequentemente se estabelecia em tomo de um centro (terreno elevado), com pracas, edificios publicos, templos, casas, ofici- Era onde se concentrava 0 nticleo po- litico © religioso, além da atividade artesanal @ comercial de alimentos e de produtos como tecidos, roupas, sandélias, armas, artigos em ceramice e vidro. + Na érea rural, a populagio dedicava-se a ativi- dades agropastoris, como 0 cultivo de oliveicas, Videiras, trigo e cevada e a criac8o de cabras, ovelhas, porcos e cavalos, Como dissemos, havia conflitos e diferengas entre as diversas pélis, mas elementos culturais comuns integravam suas populacées: falavam a mesma lingua (apesar dos diferentes dialetos) ¢ tinham uma base religiosa comum. Os Jogos Olimpicos (ou pan-helénicos), dos queis partici- pavam as cidedes gregas, sao outro exemplo bastante conhecido que atesta a unidade cultural existente na Grécia. Em fungio disso, reconhe- ciam-se como helenos (gregos) e chamavam de bérbaros os poves que ndo falavam sua lingua nem tinham seus costumes - ou seja, povos que no pertenciam ao mundo grego. Demos: palara grega que significa “povo", basicamonte Dialeto: variacSo regional ou social de uma lingua, Velamos a andlise que o historiador e antropélogo francés Jean-Pierre Vernant faz para o sur- © sparecimento da pélis constitu, na histéria do pensamento grego, um acontecimento decisive, (-.) por ela, a vida sociale as relacBes entre os homens tomam uma forma nova, cuja originalidade sera te uma extracrdinaria preeminéncia da palavra sobre litica € essencialmente exercicio da linguagem. Uma segunda caracteristica da polis ¢ 0 cunho de plena publicidade dada as manifestages mais Importantes da vida social.) A cultura grega constitui-se, dando a um circulo sempre mais amplo ~ 10 espiritual, reservado no inicio a uma aristocracia (..) Doravante, a discussdo, a argumentaco, a polémica tornam-se as regras do jogo intelectual, assy YERNANT, Jeon Pir. As organs le pensomenta greg. Sho Paulo: Dif, 1984, =. 34-36 1. Otexto de Jean-Pierre Vernant trata de um fendmeno nascido com a pélis grega, especialmente em Atenas, onde se estabeleceu a democracia. Que fenémeno é esse? Refiita sobre o assunto. Cootulo? Gi 99 I OS JOGOs OLIMPICOS Apartir de 776 a.C., de quatro em quatro anos, 08 gregos das mais diversas cidades reuniam-se em Olimpia para a realizacao de um festival de competigées que ficou conhecido como Jogos Climpicos, ou Olimpiades. Qs Jogos Olimpicos eram realizados em honra a Zeus (0 mais importante deus grego) e inclu- fam provas de diversas modalidades esportivas: corrida, salto, arremesso de disco, lutas corporal. Além do esporte, havia também competicées musicais ¢ poéticas. Esses jogos eram anunciados por todo © mun- do grego dez meses antes de sua realizacdo. Os gregos atribuiam tanta importancia a essas com- peticdes que chegavam a interromper guerras en- tre cidades (trégua sagrada) para nao prejudicar a realizacao dos jogos (4 uo at 100 Unidade 4 Antiguidade Cléssica (Os Jogos Olimpicos da Antiguidade foram ce- lebrados até o ano de 393 4.C., quando o impe- rador romano Teodésio I, que era cristo, mandou fechar 0 templo de Zeus, em Olimpia, provavel- mente para combater cultos nao cristaos. Quinze séculos depois, um amante do espor- te, 0 educadr francés Pierre de Frédy, © bardo de Coubertin (1863-1937), empreendeu esforcos para restaurar os Jogos Olimpicos. Sue “causa” obteve simpatia e adesio intemacionais. Em 1876, foram realizados em Atenas os primeiros Jogos Olimpicos da Era Moderna ‘As atuais Olimpiadas, também realizadas de quatro em quatro anos, retinem atletas de diver- 50s paises do mundo e procuram preservar 0 ide- al de unio dos povos por meio do esporte. I COLONIAS GREGAS Do século Vill até 0 século VI a.C., inimeros gregos deixaram suas cidades e partiram para di- versas ragides do litoral do Mediterraneo e dos mares Egeu e Negro. Nessas regides, fundaram novas cidades — as colénias para povoamento -, as quai chamavam de apoikias, palavra que pode ser traduzida por “abrir uma nova casa” Essa expansio colonizadora parece estar re- lacionada, principalmente, a questdes sociais, originadas por problemas de posse da terra, dificuldades na agricultura e aumento da po- pulacdo. Em outras palavras, as melhores ter- ras eram dominadas pelos aristoi, e a maioria dos camponeses cultivava solos pobres, tendo como resultado uma producao de alimentos in- suficiente para atender as necessidades de uma populacdo em crescimento. Para fugir da misé- ria, muitos gregos migraram em busca de terras para plantar e de melhores condicées de vida, fundando novas cidades. Num primeiro momento, a principal atividade econémica das colénias gregas foi a agriculture. Posteriormente, muitas delas se transformaram em centros comerciais, pois dispunham de portos estratégicos para as rotas de navegaco. A colonizagao grega favoreceu 0 desenvolvi- mento da navegacao maritima, impulsionou © comércio e a produce artesanal ¢ contribuiu para o intercambio cultural dos gregos com ou tros poves. (© atscobolo. Copia romana. em marmore da cbra de Mion. {C) © autor capt vitlidade do atleta no instante 1.0 lancamento do disco, Grande pate da producto ‘escultrica da GréclaAntiga ¢ eonnecita por mato de cdplasrornanas. neiros Bs de diver- ide- neros ra ci- = dos rem tt ~, = sr re- § po- g ter- jioria endo ss in- uma nisé- eras vida, eunora i * P asa | mk Ban yrs) ‘Arnica h Fonte A aiBvauerove oh Mino or m5 a0 aceon] | etal seas dines —— aeeiedster| | seco od Ro de = laneico: MEC/Fename, E | Sfeeip OBSERVANDO. 1. Compare o mapa acima com o da Grécia Antiga, no inicio do capitulo. Quas foram as éreas, alcangadas pela colonizacio (séculos VII-VI aC)? ORGANIZANDO- Como se formouo povo helene (grego)? Que transformagdes sociais tiveram origer nas cidades-Estado gregas? Destaque algumas das principais caracteristicas dessas cidades-Estado, ' Como se pode explicar, do ponto de vista geogrifico, a fragmentagao politica da Grécia Antiga? DB exemplos do que unia o mundo grego, apesar da diviséo em cidades-Estado Que motivos levaram & expanséo colonizadora dos gregos? Destaque a relacdo entre a expanso colonizadora e o aumento das atividades comerciais ESPARTA A FACE MILITARISTA E OLIGARQUICA DA CIDADE Nejamos, agore, uma das principais cidades- _ delos de solcados ~ bem treinados fisicamente, iEeiade gregas: Esparta, Localizada na peninsu- corajosos e obedientes as leis eas autoriances le do Peloponeso, em uma regiéo de solo apro-_a fim de engajé-los no exército @ mentor on ale, Priado para © cultivo da vinha @ da oliveira, lo de Estado espartanc. Esparta nunca teve uma érea urbana importan. te. Era uma cidade de carater militarista ¢ mem oligarquico. Oligdrques: referente 8 oigaquia, po de govero em © goveme de Esparta tinha como um de seus tum tna eid de pessoas ode dori do Principais objetivos fazer de seus cidadiéos mo- Capitulo 9 Greges {@ SOCIEDADE ESPARTANA A sociedade espartana dividia-se em trés cate~ gorias principais: esparciatas, periecos e hilotas. «= Esparciatas - cidadgos espartanos, homens li- vyres que permaneciam a disposicao do exército ou dos negécios publicos, podendo participar do governo da cidade. Eram proprietarios das terras nos atredores da cidade, no entanto cada lote de terra (kléros) era mais ume propriedade da familia do que do individuo: era inaliendvel.! Os esparciatas nao podiam exereer 0 comércio nem dedicar parte do seu tempo @ agriculture. Cumpriam uma série de deveres junto ao Esta- do espartano. « Periecos — homens livres que se dedicavam principalmente ao comércio e ao artesanato. Descendiam dos poves conquistados pelos es- parciatas e néo tinham direitos politicos nem participavam dos érgaos do governo, mas ti ham a obrigago de pagar impostos ao Esta- do. « Hilotas — viviam presos a terra dos esparciatas: eviam cultivé-la‘a vida inteira © néo podiam ser expulsos de seu lugar. Com seu trabalho, sus- tentavam os cidadaos (esparciatas). Despreza- dos socialmente, promoviam frequentes revol- +a contra os grupos dominantes. Conta-se que, para controlar as revoltas & manter os hilotas em submissao, os esparciatas organizavam expedicées anuais de exterminio {(kriptias), que consistiam na perseguigao © morte dos hilotas considerados perigosos. i GESTAO DO ESTADO ESPARTANO Esparta era governada por dois reis, um per tencente tradicionalmente & familia dos Agidas & outro, a familia dos Euripéntides. Entre suas fun- Ses, destacavam-se os servicos de carater mil oe ORGANIZANDO 1. A que classe social pertenciam os soldados espartanos? 2. Estabelega uma relagao entre a immportancia da prati 3. Determine a importancia dos hilotas para os esparciatas. 44. Tendo em vista que a sociedade espartana era profundamente militarizada € desigual, respon cessas caracterfsticas se traduziam na estrutura de poder? 402 Unidade 4 Arsiquidace Clssica TARDE A.A Get Amaia vide ag. So Paulo PUES, 1977.12 tar e religioso. Em tempo de guerra, um dos reis: exercia o comando dos exércitos. ‘A administragéo politica era exercida também por trés 6rgaos: + Gertisia — conselho vitalicio de anciaos, cons tituido pelos dois reis e mais 28 esperciatas maiores de 60 anos, Tinha funcdes administrati- va (supervisio), legislativa (elaboracéo de proje- tos de lei) ¢ judiciéria (tribunal superion; Apela - assembleia formada por cidadaos es- ppartanos maiores de 30 anos. Elegia os membros da Gerdsia @ aprovava ou rejeitava as leis encaminhadas por eles; Conselhe des Eforos ~ gr» po formado por cinco mem- bros eleitos anualmente pela Apela. Os éforos, com mandato de um ano, eram os verdadei- ros chefes do go- vero espartano: coordenavam as reunides da Ge- rusia e da Apela e controlavam a vida econémica e social da cidade, poden- do vetar 05 projetos de lei e fiscalizar as atividades dos reis. Esétua em bronze, do século Vic. representando un (guereio espartano usando capacete e capa, ica militar entre os espartanos e a existéncia de hilotas. da: coma ATENAS A TRAJETORIA POLITICA DA MONARQUIA A DEMOCRACIA Outra importante pélis grega era Atenas, que se tornaria a mais célebre cidade da Grécia An- tiga © a capital da Grécia atual. Fundada pelos Jonios, situa-se no centro da planicie da Atica, a icinco quilémetros do mar Egeu. O centro origi- nal da cidade localizava-se em uma colina alta, @ acrépole, tendo, assim, uma protecao natural contra ataques. Devido & pouca fertilidade dos solos da regido, 8 atenienses lancaram-se & navegacio martime, proveitando a proximidade do ltoral. Tornaram-se, ‘assim, excelentes marinheiros, chegando a dominar grande parte do comércio pelo Mediterraneo. Até meados do século Vill a.C., Atenas era governada por um rei que acumulava fungdes de iuiz, sacerdote e chefe militar. Posteriormente, 0 poder do rei foi passando para as maos de re- presentantes da aristocracia - os arcontes ~, que comandavam o governo da cidade. Apossando-se das melhores terras cultivaveis, @ aristocracia ateniense (composta dos eupatri- das, isto é, os "bem-nascidos") tomou-se muito rica. Além disso, emprestava dinheiro aos peque- nos proprietérios, que em caso de néo pagamen- to da divida perdiam sous bens e até mesmo sua Iiberdade, tomando-se escravos dos eupétridas, 1 REFORMAS DE DRACON E SOLON Diante dos abusos e de concentragéo de po- der da aristocracia, grande parte dos atenienses (comerciantes, arteséos, camponeses) comecou a exigir reformas politicas e sociais. Assim, nos sé- culos Vil e Vi a.C., surgiram reformadores como Drécon, que impés leis escritas para acabar com as vendetas, e Sélon, que libertou os cidadaos transformados em escravos, Essas reformas fizeram parte das conquis- 425 apds um longo processo de lutas, em que a maioria dos grupos socials nao aristocréticos uniu-se para exigir participacdo politica no go- verno da cidade. O proceso culminou na cria- ‘Acrépole: do grego aires = alto; pls = cidade, Avistocracia: clase formada por um grupo de pestoas {que detém o poder econdmico ou politica \Vendota: guerra enve families por vinganee do de uma nova maneira de governar Atenas, que foi chamada de democracia. Leis draconianas O cédigo de leis instituido por Drécon teve 0 mérito de ser 0 primeiro passo para diminuir os privilégios da aristocracia. Ficou mais conhecido, no entanto, pela severidade excessiva de suas pe- ras, consideradas sanguinarias por muitos, pois Punia com a morte delitos triviais, como o furto. Por esse motivo, usamos atualmente o adje- tivo draconiano para qualificar algo ou alguém que 6 excessivamente rigoroso ou drastico. WDE CLISTENES A PERICLES Um dos principais responsdveis pela institui- 0 da democracia em Atenas foi Clistenes, que exerceu 0 poder de 510 a 507 a.C. Ele aprofun- dou as reformas jé efetuadas e introduziu 0 regi- me democratico, cujo principio basico dizia que "todos os cidadéos tém 0 mesmo direito perante as leis", Trata-se do principio da isonomia, E preciso entender, no entanto, que na demo- cracia ateniense eram considerados cidadios ape- nas uma pequena parcela da populacéo masculi- na adulta, Os estrangeiros residentes em Atenas {metecos), 0s escravos, as mulheres e os jovens menores de 21 anos nao tinham direitos politicos, sendo, assim, excluidos da vida democratica. A democracia ateniense era, portanto, elitista (porque s6 uma minoria tinha direitos), patriarcal (porque exclufa as mulheres) e escravista (porque eram os escravos que sustentavam a riqueza dos senhores). Esse grupo restrito de cidadaos que participa- va da Assembleia do Povo (Eclésia) aprovava ou rejeitava projetos para a cidade, © é1g80 que elaborava esses projetos era o Conselho dos Quinhentos, formado por 500 cida- dios sorteados anualmente. Por sua vez, 08 proje- tos aprovados pela Assembleia do Povo eram exe- cutados pelos estrategos, espécie de chefes do governo em tempo de paz. Em tempo de guerra, eles eram encarregados do comando dos exérci- tos e dos servigos relacionados as aces militares. No século V a.C., 0s atenienses introduziram novas mudangas na vida democratica da cida- de, sob a lideranga de Péricles (499-429 a.C.) Capitulo? Gregos De 445 a 431 a.C., Péricles foi sucessivamente reeleito para o cargo de estratego, periodo em que Atenas atingiu grande esplendor. Portico das Cartes, locatzado no lado aul do Erecteion, terspio rego ‘constuldo ene 421 @ 405 aC. ne cropoie de Atenas (onde tambérn cestdo Partenon.Fetas em marmore breneo, a Rgurasvevelarno esplondor (Ge celade anteronmente governada por Pecos CO historiador ateniense Tucidides (c. 460-396 a.C.) registrou um eloquente discurso de Péricles sobre a democracia. Leia a seguir: Nossa forma de govemo nao se basela nas instituigbes dos povos vizinhos, Nao imitamos 05 outros: Servimos de modelo para eles. Somos uma democracia porque a administrago publica depende da maioria, e no de poucos: Nessa democracia, todos 08 cidadiios so iguais perante as leis para resolver os contfltos particulares ‘Mas, quando se trata de escolher urn cidadéo para a vida piiblica, o talento € o mérito reconhecides em cada um dao acesso aos postos mais honrosos; Nossa cidadle institu muitos divertimentos para 0 povo, Temos concursos,festas e ceriménias religio= sas 20 longo de todo 0 ano. Isso tudo nos traz.prazer de viver ¢ afasta de nés a tristeza. Ao contario de: ‘outros povos, que impéem aos jovens exercicios penosos, nés educamos a juventude de maneira bern tnais liberal e amena. A coragem dos atenienses é fruto da alegria de viver, endo da obrigagao de cumprir ordens militares. Nao nos perturbamos antecipando desgracas ainda nao existentes. Porém, no momen- to do perigo, demonstramos tanta bravura quanto aqueles que passam a vida treinando e sofrendo. ‘Usamos a riqueza como um instrumento para agir, € no como motivo de orgulho e ostentacdo. Entre nos, a pobreza ndo é causa de vergonha. Vergonhoso é néo fazer o possivel para evita ‘Todo cidadao tem direito de cuidar de sua vida particular e de seus negécios privados. Mas aquele que ndo manifestar interesse pela politica, pela vida pilblica, € considerado um inuiti [Em resumo, digo que nossa cidade é uma escola para toda a Hélade, ¢ cada cidadao ateniense, por suas caracteristicas, mostra-se capaz de realizar as mais variadas formas de atividade. 5, Hers de Gvera do Peloponeso. cop. 27-1. Live Il Brasie/Sto Pele: UnB/ucer, 1986, en a — se Tudo 4. Extraia do discurso de Péricies um trecho que demonstre a preacupacio com o espitito e com as artes. 2. Analisando o discurso de Pericles sobre a democracia, responda ao seguinte: a) Aponte 0 conceite de democracia explicitado no texto. 'b) No terceiro paragrafo, lé-se: ‘Ao contrario de outros povos (..)", A que povos o texto esta, provay velmente, se referindo? De que forma essa referencia ¢ feita? €) Quala sua opinido, no contexto da democracia ateniense, sobre a frase: “Mas aquele [cidadol que ‘nao manifestar interesse pela politica, pela vida priblica, ¢ considerado um inti’? 4) Que atividades estariam ligadas & vida publica e a vida privada dos atenienses? 3, Esse sistema atingia igualmente todos os que viviam em Atenas? Dustifique. 104 Unidede + An Da feue @ COMPARANDO DEMOCRACIAS Ha varias diferengas entre as democracias atuais © 2 antiga democracia ateniense. Vimos, por exemplo, que em Atenas somente parte dos homens adultos constitula o grupo de cidadaos, isto 6, tinha direito a participar da vida politica Hoje, em uma sociedade democratica, a cidada- nia 6 uma condigSo a que todos os seus mem: bros tém direito. Outra grande diferenca é que, em Atenas, a democracia era direta, ou seja, todo cidado apré- sentave-se pessoalmente na Assembleia para votar sobre diferentes assuntos da vida publica’ Na antiga democracia de Atenas a votagdo na Assembleia era precedlda por um periodo de in- tensa discussio, nas lojas, nas tavernas, na praca da cidade, na mesa do jantar (J? Ja a maioria dos sistemas democraticos atu- ais 6 representativa, ou seja, 0 cidadéo elege os politicos (prefeitos, governadores, presidente, vereadores, deputados e senacores) para repre- senté-lo nos diferentes drgaos da administragao publica i SOCIEDADE ATENIENSE A sociedade ateniense costuma ser agrupada em trés grandes categories: cidaddos, metecos e escravos. + Cidaddos — homens adultos (maiores de 21 anos), filhos de pai e mae atenienses. Eram pessoas de diferentes condigSes econémicas: grandes e pequenos proprietarios de terra, grandes e pequenos comerciantes etc. Tinham direitos politicos e participavam do governo da cidade. Raramente os atenienses conce- diam o direito de cidadania a pessoas de ou- tras cidades. + Metecos ~ pessoas que viviam em Atenas, mas ndo haviam nascido na cidade. No tinham di- reitos politicos e eram proibides de comprar terras, mas podiam trabalhar no comércio € no artesanato. Em geral, pagavam impostos para viver na cidade e, em certas épocas, podiam ser convocados para o servigo militar. OBSERVANDO « Escravos ~ geralmente prisioneiros de guerra, comprados de estrangeiros nos mercados de escravos, ou filhos de escravos que ja viviarn na cidade. Viviam em Atenas milhares de escravos; alguns historiadores estimam que, no final do século IV a.C,, eram aproximadamente 400 mil. Calcula-se que uma familia rica chegava a ter 20 escravos para os servigos domésticos; a familia que, nessa époce, nao tivesse pelo menos um escravo demonstrava levar vida de pobreza Os escravos urbanos estavam, geralmente, pro- tegidos pelas lels atenienses contra abusos ou bru- talidades. Se um escravo, por exemplo, denunciasse © dono por maus-tratos, este poderia ser abrigado avendé-lo. ‘Anfora grega em cerdmica com esenio de excravoe au senhor (secu V aC). [As igurasrevelam uma nova técnica de ecoragao em ceremica:conserva:se @ ‘or natural da teracota sob fund nec. ‘L Que atitude representada no vaso revela submisséo de ur homem pelo outro? 2. Aponte a velagtio entre 0 escravisrno grego € essa submissio, 1988p 3 Capitulo Gr Para os antigos gtegos, no havia contradigo entre democracia e escravidao. Na visso deles, uma instituigo dependia da outra. Veja, no texto a seguir, as idelas do filésofo Aristételes (384-322 a.C.) sobre 0 assunto: Anatureza faz 0 corpo do escravo e do homem live diferentes. Oescravo tem corpo forte, adaptado para a atividade servil, O homem livre tem © corpo ereto, inadequado para tas trabalhos, porém apto para a vida do cidadao. (..) Na cidade bem constituida, (,) 08 cidadiios no devem viver executando trabalhos bracals (artestos) ou fazendo negécias (comerciantes) Esses tipos de vida sic ignébeis e incampativeis cor as qualidades moras, Tampouco devem ser agricultores 0s aspirantes & cidadania Isso porque o cio ¢ indispensavel a0 desenvolvimento das quatidaces morais e a pratica das atividades poiiticas ARISTOTELES Pitics, Bais: UnB, 1985p 19,238 pos a lei de Sdlon, que abolia a escravidao por dividas, quem eram os homens que constituiam a Classe de escravos em Atenas? . O.que era 0 écio, para os gregos antigos? Explique por que, para Aristoteles, “nao havia contradigao entre democracia e escravidio"? |. Tendo em vista a ocupag#o da maioria daqueles que eram considerados cidadios em Atenas, todos 0s cidadaos eram ociosos? Explique. ORGANIZANDO 1. A ccriagao de leis escritas que permitiram a passagem do regime monarquico para o aristocrético e, em. seguida, para o democratico, s6 foi possivel gracas & ago dos grupos sociais menos privilegiados, a) Aponte 0s confitos sociais que existiam entre eupatridas e pequenes proprietarios. b) Explique por que as leis draconianas e as de Sélon podem ser consideradas, ao mesmo tempo, uma concessio dos eupatridas e um beneficio aos menos privilegiados, Descreva a maneira pela qual eram tomadas as decisbes durante o regime democratico, Ademocracia em Atenas eva representativa ou cireta? Justifique sua resposta Como se explica, historicamente, o surgimento da democracia ateniense? ALIANGAS E GUERRAS AS DISPUTAS EM BUSCA DA HEGEMONIA GREGA No periodo Classico de sua histéria, a Grécia atingiu © apogeu, com grande desenvolvimento econémico ¢ esplendor cultural. Atenas e Esparta ‘tornaram-se as mais importantes cidades gregas. ll GUERRAS GRECO-PERSICAS ‘A ascensio econémica e cultural de Grécia provocou disputas por rotes comerciais, mercados © matérias-primas entre gregos e persas. Sob 0 reinado de Dario e Xerxes, os perses expandiram- -se sobre cidades gregas da Asia Menor e Jénia e, depois, na peninsula Balcénica. Surgiu, entdo, © longo conflito conhecido como Guerras Greco- -Pérsicas ou Guerras Médicas (499-475 a.C) 106 Unidade 4 Antigu ‘As Guerras Greco-Pérsicas acabaram promo- vendo certa solidariedade entre os gregos, que, nesse episédio, reforcaram a percepcao de sua identidade cultural, contrastando-a com a dos persas. No inicio, sob a lideranca de atenienses es- partanos, cidadgos de outras pélis gregas uniram- “se 203 esforcos para deter a invasio persa e foram bem-sucedidos. Ao final dessas querras, Atenas tomou-se a cidade grega mais poderosa, tanto no setor militar quanto no campo econémico, Médicas: terme histéico derivado de meds, um dos po- vos que habitavam a Pérsia eformaram o Império Pers, oor t owdTt a ll HEGEMONIA ATENIENSE Era intenso 0 comércio que os atenienses reali- zavam com diversas cidades, utilizando principal- mente transporte maritimo. (Os navios atenienses, com aproximadamente vinte homens, salam carregados de figos secos, lf prata, marmore, armas, objetos de ceramica, vasos com azeitee vinho. Na volta traziam alimentos (ti go, peixe seco, carne salgada, queijoe frutas), ma~ terias-primas (ferro, cobre, madeira, marfim, peles, linho), produtos marufaturados (telhas de Corinto camas de Quios, tapetes da Pérsia, roupas simples de Mégara, tecldos ttnos do Eaito, perfumes da Arabia) Buscando protegerem-se contra possiveis no- vos ataques externos dos persas, lideres politicos de Atenas organizaram, entao, uma alianga entre diversas cidades gregas. Essa alianca ficou conhe- cida como Liga de Delos, pois sua sede ficava na itha de Delos. ‘As cidades aliaces eram independentes ¢ ti nham de contribuir com navios, soldados e di- nheiro para a alianca. A principio, 0 tesouro da Liga ficava em Delos, mas, posteriormente, foi transferido para Atenas, cujos lideres também as- sumiram 0 comando das forgas militares. Assim, a Liga transformou-se, aos poucos, num conjunto de cidades subordinades ao po- der ateniense. Tanto que Péricles, chefe politi- co ateniense nesse periodo, acabou utilizando parte do dinheiro da Liga de Delos para em- belezar Atenas, construindo templos e outras obras piblicas. 1 HEGEMONIA ESPARTANA Com o fim da ameaca persa, algumas cidades tentaram dissociar-se da Liga, mas foram impedidas pelas liderangas atenienses. Entio, Corinto, Mégara € Tebas, sob 0 comando de Esparta, rebelaram-se contra Atenas e fundaram outra alianga politico-mi- litar, conhecida como Liga do Peloponeso. Teve inicio, assim, a Guerra do Peloponeso (431-404 2.C), que durou 27 anos, com breves intervalos de paz. Ao final desse desgastante con- fito, Atenas saiu derrotada, Embora os atenienses tenham procurado re- conquistar sua posicfio no mundo grego, néo conseguiram recuperar a antiga lideranga, € os aristocratas espartanos, vitoriososna Guerra do Pe- loponeso, estenderam sua influéncia sobre © mun- do grego durante cerca de 30 anos (404-371 a.C.). 4. FRANCO J. ae CHACON, Paulo Pen, Hit econdmen ll HEGEMONIA TEBANA A lideranga de Esparta foi interrompida por novas revoltas entre cidades gregas, comandadas pelos habitantes da cidade de Tebas, que contava com um poderoso exército, Apés vencer as tropas espartanas, as lideran- 28 tebanas institufram um periodo de hegemo- nia entre os gregos, que durou de 371 a 362 a.C. Tantos anos de guerras intemas debilitaram as cidades gregas e suas instituigdes publicas. O mundo grego ja nao era o mesmo. DOMINIO MACEDONICO Aproveitando-se dessa “crise” da pélis, 0 rei Filipe da Macedénia preparou um forte exército para conquistar a Grécia, A Batalha de Queroneia (638 a.C) foi o marco decisivo desse confito, con- firmando a vitéria dos macedénios sobre os greges. Em 336 a.C., 0 sucessor de Filipe, seu filho Alexandre, assumiu 0 trono, dando continuidade a expanséo militar macedénica, A frente do exército macedénico, Alexandre Magno (0 Grande, como ficou conhecido) sufocou definitivamente as revoltas das cidades gregas (Te- bas © Atenas) 8, depois, partiu com mais de 40 mil homens em diregéo ao Oriente. Alexandre obteve vitGrias militares na Asia Menor, Egito, Mesopot’- mia, Pérsia @ em regides da India, até o vale do rio Indo. Em dez anos, 0 Império Macedénico transfor- mou-se em um dos maiores de toda a Antiguidade. Alexandre n8o conseguiu, no entanto, montar um governo estével para administrar seu vasto império. Quando morreu, em 323 a.C. (pouco an- tes de completar 33 anos), seus generais dispu- taram 0 poder enite si, cada qual defencendo os interesses da regio que comandava, Assim, o Império Macedénico fragmentou-se. O general Ptolomeu, por exemplo, passou a gover nar © Egito e recusou-se @ pagar tributos aos ma- cedénios, tomando-se o fundador da longa dinas- tia & qual pertenceria a rainha Cleépatra Escultura(¢ séeulo ILI aC) represertando 0 coneuictador macedénio Alerandre, Grande le teve como mentor 9 fl620f0 ‘rego Anetales, ‘io Fal: Aton, 735. 9.24 Captule 9 Gregos 107 EY aera Fete: KINDER, ‘Wear te Tisarien mandate loresigener = Ta gevolvesn Magi} Ecions iro, ot ‘ALBUQUERGLE, Manoel Mais Go, eal flat taco esol, Bred Be do Jnnevo: MC! | Farama, 18 pT OBSERVANDO 1. Considere o mapa acima e responda: ) Quais Estados se mantiveram sob o dominio de Alexandre como aliados auténomos? b)_Quais antigos impérios ja estudados acabaram sendo incorporados ao Império Macedénico? c) Qual caracteristica comum se observa nas cidades fundadas por Alexandre? ORGANIZANDO. 1. Embora a hegemonia ateniense teriha sido criada com o fim da guerra contra um invasor extemo, o mes mo nfo ocorreu com as hegemonias espartana e tebana, a) O que foram as guerras médicas e de que maneira elas contributram para a construgso da hegemonia ateniense? 'b) Aconstrucao das hegemonias espartana e tebana contribuiram para o enfraquecimento das pélis gre- gas @ a consequente invasio macedénica? Explique, RELIGIAO A IMPORTANCIA DO SAGRADO NA VIDA CULTURAL GREGA A religiéo foi um dos principais elementos de vinculo cultural entre as cidades da Grécia Antiga. Por todo o mundo grego, encontramos uma série de elementos comuns, como crengas, rituais, di- vindades e templos. A religi8o grega nao tinha um conjunto fixo de normas (dogmas) estabelecides em um Unico livro sagrado. Seus principios foram transmitidos pela tradigéo oral Entre as caracteristicas da religiao grega, po- demos citar + © politeismo, isto 6, 0 culto a varios deuses; 108 Unidade 4 Antiguidade Cléssics * 0 antropomorfismo (do grego antropo = homem; mortismo = referente & forma), pois os deuses gregos eram representados com forma e com- Portamento semelhantes aos dos seres humanos. Observe, nos quadros seguintes, alguns dos principais deuses gregos, destacando-se a figu- ra de Zeus, que, segundo a tradicao, tornou-se o mais poderoso de todos. ‘Além dos deuses, os gregos também reverencia- vam os herdis, que eram semideuses, isto é, filhos de um deus imortal com uma pessoa mortal. Entre os herdis gregos destacava-se Héracles (Hércules, ppare os antigos romanos), 0 mais forte de todos. nes nia a Filhos deCronozeRem@=S~S*~*~*SCS”*S*«*iR CULTS E ORAL Pais Ao lado dos cultos piiblicos as divindades, as ce eee ee familias gregas também prestavam culto privado Hades deus do mundo subtenénea infers) aos espiritos dos antepassados. Beeae: Tene "AS oragdes © os sacrificios de animais eram ee § elementos importantes nos cultos destinados 2 Zeus dus do obu serhor do Olimpo obter beneficios ¢ protegio dos deuses. Hera ica eon aezne ~__ Oscultos eram geralmente conduzidos por sa- —__—__* ______cerdotes (ou oficiantes) que conheciam os diver. Possiden deus dos mares 808 ritos religiosos proprios de cada divindade. Os greges acteditavam que os deuses comu- = nicavam-se com os seres humanos de diversas 105 de Zeus maneiras. Uma delas, 0 oréculo, consistia em res- deus da guera ponder a consultas sobre o passado, o presente ——_____________ eo futuro por meio de sacerdotes considerados Pe ces da intsligéni nascau da eabora do capazes de transmitir a mensagem do deus. Zeus e prestava services & guerra ou a paz Afrodite _deusa do amor ¢ da beleza Dioniso deus do vinho, da prazer ee aventura deus do Sol, das artes @ da raz pele: coniderado 0 maisboelo des deuses deusa da Lua, da capa e ds focundidade Artemis srimet eran gbres'de Apolo. rene Prometeu Olea sobre tala de Hefesto deus do fogo; era opatrono dos Gustave Moreau (868), Por metalurgicos {erroubado 6 fogo sagrago —— ~ dos deuses, Prometau um deus do comércio e de comunicacio Ud, fol acorrentado no alto de Hermes loruénci ora © reneageito de Zeus © um monte, Diaramante, un tinha sandsliae « capacetealsdos para voar corvo fou agua iacerava eee seurigade MITO E MITOLOGIA Narrando a vida dos deuses e herdis, e seu envolvimento com os humanos, os gregos cria- ram um rico conjunto de mitos ~ ou mitologia - que exerceu grande influéncia sobre a arte e 0 pensamento dos povos ocidentais. Mas 0 que é mito? © termo mito tem diversos sentidos. Pode significar uma ideia falsa, como 0 "mito da su- perioridade racial dos germanicos”. Pode ser também uma crenca exagerada no talento de alguém, algo como “Elvis Presley foi o maior mito de rock mundial”, ou ainda algo n8o com- provado, irreal ou supersticioso, como 0 mito da existéncia de marcisnos. Uma boa introduce a mitologia graga é 0 livro do fildsofo e historiador francés Jean-Pierre Vernant (© Universo, os deuses, os homens, Séo Paulo: Companhia das Letras, 2000). Nessa obra, 0 autor expée os mitos sobre a origem do Universo; a guerra dos deuses no reinado de Zeus; a Guerra de Troia; a aventura de Ulises; os mitos de Edipo, Prometeu, Perseu etc. —_.) ORGANIZANDO 1. Comente as principais caracteristicas da religido grega e sua pratica Copituio® Gregos 109 110 Unidade 4 Antiguidede Clésica RAIZES GREGAS © LEGADO CULTURAL PARA AS SOCIEDADES CONTEMPORANEAS Consideremos, agora, 0 imenso e duradouro legado cultural da Grécia Antiga. Costuma-se di- zer que 0 gregos lancaram os principais alicerces da civilizacao ocidental. As ratzes gregas esto em toda parte da cultura contempordneai na politica, na filosofia, nes ciéncias, nas artes, na educacéo. ‘Até mesmo na linguagem. Muitas palavras, em to- das as linguas modemas, empregam radicals gre- gos, como micro, macro, cosmo, biblio, grama etc. Por isso, também se diz: “somos todos gregos" © esplendor cultural grego ocorreu especial- mente na cidade de Atenas, entre os séculos Vel aC,, periodo Classico da historia grega. Nela, viveram artistas ¢ intelectuais que se des- tacaram em diversos campos, como 0 Teatro, a Arquitetura, a Escultura, a Filosofia ¢ a Historia. Provavelmente a democracia ateniense e o de- senvolvimento econdmico alcangado pela cidade contribuiram para reunir esses talentos. Em Atenas, todas as expresses artisticas (es- cultura, arquitetura, teatro etc) eram publicas, patrocinadas pela cidade-Estado para a comu- nidade - nao pertenciem a colecionadores parti- culares. A arte estava presente na vida cotidiana das pessoas; encontrava-se nos temples, teatros, cemitérios, ndo em museus ou residéncias. \Vejamos, ento, cada uma das areas em que @ contribuigdo grega péde ser vista com mais forga CCohuna dérca: simples, sdbria @ séida ¢@ mais atign Seu capitel ‘uma pega quadrangular no ato dda coluna. fea ente © suporte (Groular ea estrutura do tt. OBSERVANDO 1. Observe atentamente os estilos das colunas gregas acima. © que muda fundamentalmente entre os trés? Colima jonica: mals Tequintada do que a dérica presenta graciosas vols civersos elementos ecoratvos no capt ARQUITETURA E ESCULTURA Dentre as edificagdes mais expressives da ar- quitetura grega, podemos citar os templos. Ti- nham a principal fungao de abrigar esculturas dos deuses ¢ deusas, mas ndo eram locais destinados a reunir pessoas para 0 culto religioso. Foram construides para ser vistos do exterior e tinham como elementos basicos a coluna € 0 ca: pitel. Na construcao desses elementos, destaca- ram-se trés grandes estilos arquiteténicos: dérico, jénico € corintio. Entre os arquitetos gregos, destacaram-se Fi- las e Calicrates (também escultores), Ictinos, que construiram 0 Partenon, templo em marmore dedi- cado & deusa Atena, © Partenon é considerado uma das maiores obras arquitet6nicas da humanidade. Com relagéo as esculturas, grande parte de sua producto também esteve ligada a religiéo, mas no se restringia a ela: mesclava o divino ¢ 0 humano, 0 espiritual © 0 fisico. Deuses e deusas eram representados em forma humana. Na época Classica, essas formas adquiriram proporgbes ide- alizadas, por meio das quais se procurava traduzir conceitos e sentimentos, como a justiga, 0 amor, a guerra, a paz, @ sabedoria etc. Destacaram-se, entre os escultores gregos, Miron (autor do. Discdbolo) e Praxiteles (autor da Venus de Cnido). Cotuna conti: caracerzada por Seentuad dacorativrma. que he proporeiona mals suntuoselade e xo, Presominou no periodohelenistico © fot ‘mull apicada pelos Yomanos em suas constugdes. Capitel: artemate ou es cultura na parte superior de colunas ou pastas \ so ar Ti ss dos sados srior @ Bo ca stace- s6rico, se Fie Bs, que = dedi- ouma sade. te de sligiao, moe 0 deusas = época ses ide- sraduzir 5 amor, oregos, usror da re = Superior = TEATRO E LITERATURA Os principais dramaturgos gregos foram Es- guilo (autor de Prometeu acorentado e Os per sas), Séfocles (autor de Edipo rei, Electra e An- tigona), Euripedes (autor de Medeia, As bacantes e Andrémaca) e Aristéfanes (autor de As nuvens, As rds © Os cavaleiros) Eles criavam textos comicos (as comédias) ou dramaticos (as tragédias). Os atenienses aprecia- vam os diferentes géneros teatrais, @ havia festi- vais e concursos entre seus autores. Os gregos aperfeicoaram o alfabeto fenicio, inserindo as vogais, ¢ 0 transmitiram a diversos povos. Desenvolveu-se, entéo, uma escrita grega que se difundiu no mundo antigo. Atualmente ‘em diversos idiomas encontramos muitas pala- ras de origem grega. Os gregos também cria- ram géneros literérios (lirica, epopeia e drama), dos quais derivam o romance, a novela, 0 ensaio, a biografia etc svar da % ara permitam © cater co age, acitando sua lacso pelo pabico, HISTORIA, FILOSOFIA E CIENCIAS Na escrita da Historia, destacaram-se Herédo- +o (484-425 a.C.), conhecido como 0 “pai da His- t6ria", © Tucidides (460-39 a.C)). Os gregos no inventaram a Histéria, mas, ‘em certo sentido, “inventaram” o historiador. Foi com Herédoto que: (.1 surgiu © historiador como figura subjetiva Sem estar diretamente ligado a um poder pattico, sem ser comissionado por ele, Herédoto pée-se (21 a relvindicar a narrago que inicia pela inseri- do de um nome préprio: 0 seu (... Fle é o autor de seu logos (saber) * A filosofia desenvolveu-se na Grécia Antiga por volta do século VI a.C. Nasceu promoven- do © pensamento racional, a razéio. O momen- to histérico em que isso ocorreu coincide com a formacao das pélis, as cidades-Estado gregas, como Mileto, Samos, Ffeso, Eleia, Atenas etc. Essas cidades desenvolveram-se com a partici- pacdo dos cidadaos que, par meio da razii ‘organizaram os mais diversos aspectos da vida social: 0 governo, a econo- mia, a seguranca, o lazer, a arte ete. Por isso, 0 historiador Jean- -Pierre Vernant disse que a losofia grega é filha da polis.” Apalavra filosofia éforma- de por dois termos gregi filos (amor) sofia (sabedo- ria). A origem da palavra demonsira que filosofia nao € um conhecimento pronto e acabado, mas uma busca “amorosa” ) do conhecimento. Para o TF) fildsofo grego Aristételes, essa busca do saber é mo- a vida pelo desejo de vencer ys a sensacdo incémoda pro- vocada pela ignorancia. “Para j escapar da ignordncia, o ser hu- mano comecou a filosofar”, escreveu Avist6teles. O saber filoséfico estava valtado a todos ‘0s campos do conhecimento: matemitica, astronomia, biologi, politica, \égiea, ética, f sica etc. Ao longo do tempo, esse vasto campo. do conhecimento filoséfico passou @ merecer es borne Gedo: hte tri. Revita de Ms, 19, Sho Pal: Human FFLCHAS, 1997p. 10 Capitula® Gregos tudos mais definidos e especializados. Com isso, foram nascendo os diversos ramos das ciéncias particulares, que se desprenderam do tronco ori- ginal da filosofia. Entre os grandes filésofos gregos, citam-se Socrates (469-399 a.C), Platao (427-347 aC.) Aristoteles (384-322 a.C.], que marcaram profun- damente 0 pensamento acidental Na medicine, destacou-se Hipéerates (c. 460- -377 a.C), que ficou conhecido como 0 "pai da medicina". Entre os textos escritos por Hipécra~ ‘tes, um dos mais famosos é o seu juramento, pela mensagem ética transmitida aos profissionais da medicina. Ainda hoje, em algumas faculdades, os médicos pronunciam as palavras do juramento de Hipécrates ao receber o diploma de formatura CULTURA HELENISTICA A expansio militar do Império Macedénico teve como uma de suas principais consequéncias a difusdo da cultura grega no Oriente. Isso deu ofigem a um processo de integracao entre ele- mentos orientais e gregos que resultou na chama- da cultura helenistica. Os principais centros de difusio da cultura helenistica foram as cidades de Antioquia, Pérga- mo, e Alexandria (no Egito). Esta titima merece especial destaque, devido a sua biblioteca, que possua mais de 100 mil rolos de papiro, reunindo praticamente todo o saber cientifico e filosofico da época. © intercdmbio entre sabios gregos e orientais impulsionou © conhecimento cientifico. A Geo- metria desenvolveu-se com Euclides; a Astrono- mia e a Geografia, com Hiparco e Eratostenes; ¢ a Fisica, com Arquimedes. No campo filoséfico, 0 periode Helenistico foi dominado por um clima de incertezas, des- crengas e materialism. Destacaram-se Zenéo (836-263 a.C.), fundador de uma corrente filo- séfica conhecida como estoicismo, ¢ Epicuro 342-271 a.C.), que desenvolveu teses de outra corrente, o hedonismo. ORGANIZANDO- © equilibrio © 0 racionalismo do classicismo ‘grege adauiriram um carater mais dramatico, plés- tico e emotivo na arte helenistica, como exempli- ficou a escultura Grupo de Laocoonte (também conhecida como Laocoonte e seus fithos). Criaram-se também obras caracterizadas por um estilo monumental, como o Farol de Alexan- dria {uma torre de marmore com 120 metros de altura) e 0 Colosso de Rodes (estétua em bronze, com 30 metros de altura, de Hélios, 0 deus Sol). Contacida come Grupo de Laocoonte: essa escultura era marmore do sdeulo La. representa o episod ‘Guera de Trolaro qual segundo @ lends, Poseidon envia das serpentes para matar Laocoante e assim impedi- Abd convencer a populacaa de Trois sobre 0 perigo de levar o grande ‘cavalo pata dentro da cade OBSERVANDO 1. Tdentifique na escultura acima, algumas das principais caracteristicas da cultura helenistica 1L. Relacione, dentre a producto cultural grega estudada, os elementos que vocé considera mais significati- vos no contexte do mundo atual. Explique sua escola, 2. Explique © que wood entendeu a respeito da seguinte frase de Jean-Pierre Vernant:“A filosofia¢ filha da pels: 112 Unidede 4 Antiquidade Classica HM EXPLORAR & er eo J. Elabore um quadro comparativo assinalando diferen- bibio io bil {ase semelhancas entre a organizacio politica e social a de Atenas e Esparca a ee) baba 2. Observe, a seguir a reproducio de duas esculturas Converse com © professor de Lingua Portugue- uma egiocia e uma prega sa sobre 0 estudo da etmologia, Pesquise o sig- nificado dos seguintes termos de origem grega 10, micro, grafia, grama,logia e reca. Depois, dé exemplos de palavras que sao compostas desses radicais aregos, 4, Pesquise o significado das expresses a seguir ainda Muito utlizadase ligadas 3 mitologia grega. Depois, procure elaborar frases usando-as 2) caleanhar de Aquiles; b) presente de grego; ©) trabalho de Stifo; Exatueta em madetra feta na época do 4) agradar a gregos e troianos, -Médio Impetio.repesentando uma mulher Pesquise, em grupo, o significado atual da palavra eatocia moendo gros democracia. Utilize jornais, revistas, textos da in ternet e retire fragmentos de textos em que essa Palavra € empregada, Com seus colegas, analise esses significados. Depois, faga o que se pede a) Como a palavra democracia é utilizada, acual mente, no Bras? b) Mencione as principais caracteristicas de um go- verno democrético na atuaidade ©) Compare aideia de democraciaatual ateniense e aponte semelhangas e diferencas Venus de nit, 6. Interprete a frase a seguir atribuida ao legislador Paces ateniense Sélon, que viveu ha cerea de 2500 anos Alrodite. a deuse “Leis si como teias de aranha: boas para capturar mor seule ™osquitos, mas os insetos maiores rompem sua a bola fica s (10 ac), ‘rama e escapam 4) Em sua opinido, a mesma metéfora poderia ser aplicada &s sociedaces contemporaneas, como no Brasil? Justfique. Que diferengas e semelhangas podem ser observadas b) Quais as consequéncias para um pais quando entre essas obras 05 “insetas maiores” escapam? Debata com seus colegas. Seca eran Na Grécia Anciga havia muitos meios pelos quais os conhecimentos eram difundidos, como as assem- ©) quanto ao ideal de beleza? bleias politicas em Atenas e, principalmente, o teatro, . A influéncia cultural grega esta presente em nosso. Atualmente, quais 0s principais meios de difusao cabulério coridianc. Veja os seguintes exemplos do conhecimento na sociedade? Que vantagens b) quanto aos materiais utilzados? e problemas essas formas de difusio apresentam para a nossa sociedade? Debata o assunto em grupo, Depois, apresentem suas reflexdes. Pela letura do capitulo, vimos que os antigos gregos possufam um amplo conjunto de valores cultural ue se expressavam, por exemplo, pela relevancia ds Jogos Olimpicos, elas concepsdes de arte e de beleza, pelo culto aos deuses, herbis etc Investigue ‘0 que pensamos hoje sobre questes semelhantes. Discuta esse tema em grupo, pesquise nos meios de comunicacéo, converse com pessoas de sua comu riidade, Exemplo de questées: a) Qual a importdncia das competigdes esportivas. ‘em nossa sociedade? b) Quas séo as nossas concepsbes de beleza? ©) Quem sio os herbis em nosso tempo? FIQUE DE OLHO |. (Enem-2009) Segundo Aristoteles, na cidade com o melhor conjunto de nor mas e naquela dotada de homens absoluta mente justos, 0s cidataos no devern viver uma vida de trabalho trivial ou de negécios = esses tipos de vida séo despreziveis e in: compativeis com as qualidades morais tampouco devem ser agricultores os aspiran- tes & cidadania, pois o lazer € indispensavel ao desenvolvimento das qualidades morais & A pratica das atividades politicas. YAN ACKER. T Gc: a vide cotdiana nacidade Esta, Si Plo: a © trecho,retirado da obra Polhica, de Avistéte- les, permice compreender que a cidadania a) possui uma dimensio histérica que deve s crticada, pois é condendvel que os politicos de qualquer época fiquem entregues & ociost dade, enquanco o resta dos cidadios tem da trabathar, ) era entendida coma uma dignidade propria dos grupos socials superiores, fruto de uma concepgéo politica profundamente hiera= quizada da sociedade; )) estava vinculada, na Grécia Anciga, a uma per cepcio politica democrética, que levava todos Os habitantes da pélis a participarem da vida civicay tinha profundas conexses com a justiga, raza) pela qual 0 tempo livre dos cidados deveria sam dedicado as atividades vinculadas aos tribunas vivida pelos atenienses era, de fato, restrita ques que se dedicavam 4 politica e que cinhan tempo para resolver os problemas da cidade P) E preciso dizer que, com a superioridade ef cessiva que proporcionam a forga. a riquezal (A [os muito ricos] ndo sabem e nem mess mo querem obedecer aos magistrados (J) ‘Ao contratio, aqueles que vivern em extrema pentria desses beneticios tornam-se dema dos huimildes e rasteiros. Disso resulta que uns ‘incapazes de mandar, s6 sabem mostrar ural ‘obediiéncia servil e que outros, incapazes de se: submeter a qualquer poder legitimo, s6 saben exercer uma autoridade despotica [ARISTOTELES, Pte Segundo Aristételes (384-322 aC), que viveu en ‘Arenas e em outras cidades gregas, o bom exercicial do poder politico pressupde: a) 0 confronto social entre ricos e pobres. b) accoragem ea bondade dos cidadios. ©) uma eficience organizagao militar do Estado, ) a atenuagio das desigualdades entre cidadias. fe) um pequeno niimnero de habitantes na cidade.

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