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REGIME ESPECIAL

DE
CONSTITUIÇÃO IMEDIATA
DE
SOCIEDADES

DIREITO COMERCIAL

UNIVERSIDADE AUTÓNOMA DE LISBOA


LISBOA
2006

A CONSTITUIÇÃO IMEDIATA DE
SOCIEDADES
À LUZ
DO DECRETO-LEI N.º 111/2005
DE 8 DE JULHO

2
Trabalho realizado por:
Álvaro Neves – aluno n.º 20020031
João Frias – aluno n.º 20020313
José Mota – aluno n.º 20020033

ÍNDICE

1. A CONSTITUIÇÃO DE SOCIEDADES À LUZ DO CÓDIGO DAS

SOCIEDADES COMERCIAIS E LEGISLAÇÃO CONEXA ……………………..4

2. A RATIO DE CRIAÇÃO DO DIPLOMA (ANÁLISE DO PREÂMBULO) ……...7

3. ANÁLISE DAS PRINCIPAIS NORMAS …………………………………………..10

4. AS ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS NO CÓDIGO DAS SOCIEDADES

COMERCIAIS ……………………………………………………………………….15

5. AS ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS NO REGIME DO REGISTO NACIONAL

DE PESSOAS COLECTIVAS ………………………………………………………17

6. AS ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS NO CÓDIGO DO REGISTO COMERCIAL ....21

7. ALTERAÇÕES AO DL N.º 322-A/2001, DE 14/12, QUE APROVA O

REGULAMENTO EMOLUMENTAR DOS REGISTOS E NOTARIADO, COM

AS ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELA LEI N.º 32-B/2002, DE 30/12 E

PELO DL N.º 194/2003, DE 23/08, RECTIF. N.º 11-I/2003, DE 30/9, DL N.º

53/2004, DE 18/3 E DL N.º 199/2004, DE 8/7 ……………………………………….25

8. ALTERAÇÕES AO DL N.º 8-B/2002, DE 15/01 …………………………………..28

9. ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS

PESSOAS COLECTIVAS (CIRC) …………………………………………………29

3
10. ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO IMPOSTO SOBRE O VALOR

ACRESCENTADO (CIVA) …………………………………………………………31

11. A PORTARIA N.º 590-A/2005, DE 14/07 …………………………………………..33

1. A CONSTITUIÇÃO DE SOCIEDADES À LUZ DO CÓDIGO DAS

SOCIEDADES COMERCIAIS E LEGISLAÇÃO CONEXA.

Tendo em vista um melhor enquadramento da questão vertente, e sem grandes


preocupações de precisão no que concerne à legislação aplicável, importa começar por
fazer uma referência ao modelo “clássico”, expressão que se utiliza por mera facilidade
de raciocínio, de criação de sociedades.
Á luz deste modelo, e em traços gerais, são seis os passos que deverão ser
cumpridos, tendo em vista a criação de uma sociedade comercial, independentemente da
sua natureza ou tipo, a saber:
1.º Passo:
- Pedido de Certificado de Admissibilidade de firma ou denominação de
pessoa colectiva e do Cartão Provisório de Identificação de Pessoa Colectiva,
feito por intermédio de um dos futuros sócios, pedido efectuado à luz do que
dispõe o DL n.º 129/98, de 13/05, cujo teor foi já objecto de apresentações
anteriores, pelo que, nos absteremos de o pormenorizar.
Deste procedimento, destacaremos, unicamente, que a entidade competente para
conhecer deste pedido é o Registo Nacional de Pessoas Colectivas (RNPC),
devendo indicar-se, no requerimento, por ordem de preferência, três propostas
diferentes para a denominação da sociedade, não podendo estas ser idênticas ou
confundíveis com outras já registadas, devendo, também, indicar-se o objecto
social e o concelho onde vai ficar sediada a sociedade.
Ainda nesta sede, deverá o interessado ou interessados, proceder à elaboração
dos Estatutos da Sociedade e ao depósito das entradas em dinheiro já realizadas
em consonância com o capital social, as quais deverão ser depositadas numa
conta aberta, numa instituição de crédito, em nome da futura sociedade.

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2.º Passo:
- Marcação da Escritura Pública;
- Podendo ser outorgada em Cartório Notarial ou via Centro de Formalidades de
Empresas (CFE), serão necessários à sua celebração:
1. Certificado de Admissibilidade de Firma.
2. Cartão Provisório de Identificação de Pessoa Colectiva.
3. Fotocópias dos documentos de identificação dos outorgantes (B.I. e NIF (pessoa
singular); se for pessoa colectiva: Certidão da Conservatória do Registo
Comercial, Cartão de Pessoa Colectiva, B.I. e cartão de contribuinte de quem
obriga a sociedade).
4. Relatório do Revisor Oficial de Contas (ROC) em caso de entrada em bens
diferente de dinheiro, que no caso de serem imóveis, forçará à apresentação de
comprovativo de pagamento de IMT (Imposto Municipal sobre as Transmissões
Onerosas de Imóveis), salvo se houver, nos termos da Lei, algum caso de
isenção do referido imposto.
5. Quando exigível, documento comprovativo de licenciamento da actividade.
Nota: Trata-se de uma formalidade dispensável, se não forem efectuadas entradas em
bens diferentes de dinheiro para cuja transmissão seja necessária aquela forma, para as
sociedades unipessoais por força do disposto no art.º 270-A, n.º 4 do CSC.

3.º Passo:
- Celebração da escritura pública;
- São necessários à sua outorga, identificação dos intervenientes (B.I. e NIF) e
comprovativo do depósito do capital social realizado em dinheiro a favor da
sociedade, formalidade dispensada caso se trate de uma sociedade em nome
colectivo.

4.º Passo:
- Declaração de início de actividade no Serviço de Finanças ou via Gabinete
da Direcção Geral dos Impostos no CFE – IAPMEI;
- Tendo em vista a formalização deste passo, para além da aquisição dos
respectivos livros de escrita comercial, é necessário proceder, junto de uma
destas entidades, à entrega dos seguintes documentos:

5
1. Modelo 1438 (INCM) em triplicado, contendo dados relativos ao ROC,
devidamente certificado.
2. Cartão Provisório de Identificação de Pessoa Colectiva.
3. Fotocópia da escritura publica de constituição da sociedade.
4. Fotocópia do B.I. e números de contribuinte dos sócios e técnicos de conta.
- De realçar, ainda, que este procedimento deverá ter lugar antes do início da
actividade, ou no prazo de 90 dias a contar da inscrição no RNPC, considerando-
se como tal, a data de emissão do cartão provisório.

5.º Passo:
- Requisição do Registo Comercial, Publicidade e Inscrição no RNPC (cartão
definitivo de pessoa colectiva);
- Conforme decorre do disposto no art.º 5º do CSC, o qual dispõe que ”As
sociedades gozam de personalidade e existem como tais a partir da data do
registo definitivo do contrato pelo qual se constituem (...)”, este registo tem
efeitos constitutivos, é este o momento em que as sociedades adquirem
personalidade jurídica, pelo que, estamos perante um procedimento que assume
uma importância fundamental no que concerne à criação de sociedades.
- Tendo como entidade competente a Conservatória do Registo Comercial da área
da sede da sociedade, ou, em alternativa, o Gabinete de Apoio ao Registo
Comercial do IAPMEI, deverão ser juntos a este pedido de registo, os seguintes
documentos:
1. Escritura pública de constituição da sociedade.
2. Certificado de Admissibilidade de Firma.
3. Declaração de início de actividade.
- Ainda nesta sede, é necessário proceder à publicação da constituição da sociedade
nas seguintes publicações, promovida oficiosamente pela Conservatória competente:
a) Diário da República (para as sociedades por quotas, anónimas e
comandita por acções);
b) E opcionalmente, no jornal da localidade da sede ou da respectiva região
(para as sociedades por quotas e anónimas).
Nota: A requisição de registo deverá ser efectuada por um sócio ou por um gerente,
obrigando à efectuação de 3 pagamentos: um cheque endossado à Conservatória do

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Registo Comercial, outro ao RNPC e outro à INCM, pedido que deve ser levado a cabo
no prazo de 90 dias a contar da data da celebração da escritura pública.

6.º Passo:
- Inscrição na Segurança Social:
- Tendo como entidade competente o Centro Regional da Segurança Social, ou via
IAPMEI, consiste na inscrição da empresa, dos trabalhadores, administradores,
directores ou gerentes, na segurança social, e deverá ser efectuado no prazo de
30 dias a contar da data do início de actividade.
- Por forma a formalizar esta inscrição, é necessário juntar os seguintes
documentos:
1. Boletim de identificação do contribuinte.
2. Escritura pública de constituição da sociedade.
3. Cartão de identificação de pessoa colectiva.
4. Acta de nomeação dos membros dos órgãos estatutários da sociedade.
5. Fotocópia do cartão de contribuinte dos membros dos órgãos estatutários da
sociedade.
6. Documento fiscal de inicio de actividade.

2. A RATIO DE CRIAÇÃO DO DIPLOMA (ANÁLISE DO

PREÂMBULO).

Face à excessiva burocratização e morosidade do processo de constituição de


sociedades que decorre dos procedimentos supra expostos, veio o XVII Governo
Constitucional, através da criação do Decreto-Lei n.º 111/2005, de 08/07, criar a figura
da “empresa na hora”, a qual se densifica através de um regime especial de constituição
imediata de sociedades.
Tal desiderato, resulta, desde logo, do preâmbulo ao supra citado diploma legal,
senão vejamos:

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Começa o legislador por referir que o desenvolvimento da competitividade da
economia portuguesa constitui uma prioridade fundamental do XVII Governo
Constitucional, objectivo que, na opinião deste, passa pela realização de um esforço de
eliminação de actos e praticas inúteis1, devendo a “intervenção do Estado limitar-se ao
essencial para garantir a segurança da actividade das empresas e das transacções
comerciais”.
Assim, e tendo em mente tais objectivos, foi criado o regime ora em análise, o qual
passaremos a analisar com maior profundidade, fazendo referência às suas principais
normas e inovações.
Esquematicamente, a figura da “empresa na hora” materializa-se através de um
processo de constituição de sociedades extremamente simples e que pode ser
representado da seguinte forma:

1. Da escolha de firma:
- Os requerentes deverão escolher uma firma da lista de firmas pré-aprovadas
constantes do site www.empresanahora.pt, ou consultando a lista que lhes será
facultada no balcão de atendimento “Empresa na hora”, sendo que, a firma por
que optarem, só será reservada no momento em que se dirigirem ao balcão e
derem início ao processo de constituição da sociedade.
De notar ainda que, à firma pré-aprovada poderá sempre adicionar-se uma
expressão alusiva à actividade que se irá desenvolver.
1
Expressão, consideramos nós, não muito feliz, na medida em que toda a construção jurídica do
fenómeno de constituição de sociedades, inclusivamente a sua excessiva burocratização, sempre resultou
do facto do mesmo se encontrar intimamente ligado a questões de segurança jurídica, indispensável a um
sadio relacionamento comercial, com obvias repercussões no desenvolvimento da economia, não sendo,
pelo menos de bom-tom, apelidar o regime até agora em vigor, e que na sua globalidade permanece, de
conjunto de actos e praticas inúteis.

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2. Da escolha de pacto social pré-aprovado:
- Os requerentes deverão optar por pacto ou acto constitutivo constante de modelo
aprovado pelo director-geral dos Registos e Notariado, e a cujo teor poderão
aceder através do site indicado em 1 supra ou através da pasta de pactos
facultada nos locais de atendimento.

Elementos necessários:
- No caso dos sócios da sociedade a constituir serem pessoas singulares:
1. Cartão de Contribuinte.
2. Documento de identificação, que poderá ser o B.I., passaporte ou carta de
condução.
3. A título facultativo, poderão fazer-se acompanhar do Cartão de beneficiário da
Segurança Social.

- No caso dos sócios da sociedade a constituir serem pessoas colectivas:


1. Cartão de contribuinte de pessoa colectiva ou cartão de identificação de pessoa
colectiva.
2. Certidão do Registo Comercial actualizada (até 1 ano).
3. Acta da Assembleia-Geral que confira expressamente poderes para a
constituição da nova sociedade.

- Dos custos:
- A operação de constituição da nova sociedade importará o custo de 360,00€, ao
qual acrescerá imposto de selo à taxa de 0,4%, calculado sobre o valor do capital
social, valor que será liquidado no momento da constituição em numerário ou
cheque.
- De notar ainda, que para as sociedades cujo objecto social seja o
desenvolvimento tecnológico ou a investigação, o supra mencionado custo será
reduzido para 300,00€, acrescido de imposto de selo nos termos já aduzidos.

- Como se processará:
- No balcão “Empresa na hora”, será elaborado o pacto da sociedade, e será
promovido o registo comercial.

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- De imediato, será entregue uma certidão do registo comercial, o cartão de
identificação de pessoa colectiva e o número de Segurança Social da sociedade.
- Poderá ainda, no momento da constituição, ser entregue no balcão de
atendimento, a Declaração de Início de Actividade para efeitos fiscais,
devidamente preenchida pelo Técnico Oficial de Contas, sendo que, se não o
fizer de imediato, deverá faze-lo no prazo de 15 dias contados a partir do dia
seguinte à data de constituição da sociedade.
- Por último, deverão os sócios, no prazo de 5 dias úteis após a constituição,
proceder ao depósito, em qualquer instituição bancária, do valor do capital social
em nome da sociedade.

3. ANÁLISE DAS PRINCIPAIS NORMAS

- Da concretização normativa do supra exposto: O Decreto-Lei N.º 111/2005,


de 08/07.

Art.º 1.º
Do objecto
- Conforme resulta deste preceito, só serão abrangidos pelo regime nele previsto,
as sociedades comerciais e civis sob a forma comercial, que adoptem, das
formas legalmente previstas, a forma de sociedade por quotas ou sociedade
anónima.

Art.º 2.º
Do âmbito
- Não obstante a delimitação prevista no art.º 1.º, nesta norma, o legislador exclui,
do âmbito de aplicação deste regime, as sociedades que, embora adoptando uma
das formas previstas, careça i) de autorização especial (caso das instituições
financeiras, actividade seguradora, etc.), ii) cujo capital seja realizado com
recurso a entradas em espécie (v.g. imóveis) e iii) as sociedades anónimas
europeias.

Art.º 3.º

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Dos pressupostos de aplicação
- São pressupostos de aplicação deste regime:
a) A opção por firma constituída por expressão de fantasia previamente
criada e reservada a favor do Estado, ou, em alternativa, apresentação de
certificado de admissibilidade de firma emitido pelo RNPC, nos termos
gerais, e;
b) A opção por pacto ou acto constitutivo de modelo aprovado pelo
director-geral dos Registos e Notariado.

Art.º 4.º
Da competência
- Para o regime a que se refere o art.º 1.º supra, são competentes as Conservatórias
do Registo Comercial, não se considerando para este efeito, a sede da sociedade
a constituir, o que, na pratica, constitui um desvio à regra prevista no art.º 25.º,
n.º 1 do Código do Registo Predial (CRP), consubstanciando, desta forma, uma
simplificação do anterior regime, porquanto, ao abrigo do disposto no art.º 13.º,
n.º 2 do diploma ora em análise, é o serviço que conduziu o processo que
procede, oficiosamente, ao envio da pasta da sociedade à conservatória do
registo comercial territorialmente competente nos termos do CRP;
- É ainda possível aos interessados optar por promover o procedimento junto do
posto de atendimento do registo comercial que funcionam junto dos CFE;
- De referir ainda, que, ao abrigo do n.º 3 desta norma, a competência prevista
abrange a tramitação integral do procedimento de constituição de
sociedades “na hora”.

Art.º 5.º
Do prazo para a tramitação
- Ao abrigo desta norma, os serviços competentes a que se refere o art.º 4.º,
devem iniciar e concluir a tramitação do procedimento no mesmo dia, em
atendimento presencial único.

Art.º 6.º
Do início do procedimento

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- Para que se dê início ao procedimento, os interessados na constituição formulam
o seu pedido junto da entidade competente (cfr. análise ao art.º 4.º supra),
optando pela firma e pelo modelo de pacto ou acto constitutivo disponibilizados
pelos serviços nos termos previstos no art.º 3.º (v. ainda ponto 1. e 2. da pág. 6);
- A prossecução depende ainda da verificação inicial, por parte dos serviços, da
identidade, capacidade e poderes de representação dos interessados para o acto
(art.º 6.º, n.º 2).

Art.º 7.º
Dos documentos a apresentar
- Para efeitos de constituição da sociedade, os interessados devem apresentar os
documentos necessários a comprovar a sua identidade, capacidade e poderes de
representação para o acto, de forma a concretizar o que se exige no art.º 6.º, n.º2;
- Os sócios, caso não tenham já procedido ao depósito das entradas em dinheiro,
devem declarar, sob sua responsabilidade, que o farão no prazo máximo de 5
dias úteis contados da data da outorga da escritura de constituição;
- Devem, também, proceder à entrega da declaração de início de actividade para
efeitos fiscais, por força do que dispõe o n.º 3 deste preceito;
- Caso não o façam, deverão os serviços advertir os interessados que devem
proceder à respectiva entrega no prazo legalmente fixado para o efeito, ou seja,
no prazo de 15 dias contados a partir do dia seguinte à data de constituição da
sociedade.
- Quanto à Segurança Social, devem os serviços fiscais notificar, nos termos do
n.º 5, via electrónica, os serviços da Segurança Social dos elementos relativos ao
início de actividade.

Art.º 8.º
Da sequência do procedimento
- Uma vez efectuados os procedimentos a que se referem os artigos 6.º e 7.º, os
serviços, pela ordem que se passará a enunciar, procedem aos seguintes actos:
1. Cobrança dos encargos que se mostrem devidos (sistemática aparentemente
invertida).
2. Afectação, via informática e a favor da sociedade a constituir:
2.1. Da firma escolhida.

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2.2. Do número de identificação de pessoa colectiva (NIPC) que lhe está associado
(à firma escolhida da lista disponível), para os casos previstos na 1.ª parte da
alínea a) do art.º 3.º, i.e., para aqueles casos em que os interessados tenham
optado por firma constituída por “expressão de fantasia criada e reservada a
favor do Estado” .
3. De seguida, procede-se ao preenchimento do pacto ou acto constitutivo, por
documento particular, de acordo com o modelo previamente escolhido,
conforme indicação dada pelos interessados.
4. Aposição no pacto ou acto, do reconhecimento notarial das assinaturas dos
intervenientes.
5. Anotação de apresentação do pedido verbal de registo no diário.
6. Registo do contrato de sociedade.
7. Inscrição da constituição do ficheiro central de pessoas colectivas e codificação
da actividade económica (CAE), ou, no caso a que se refere a parte final da
alínea a) do art.º 3.º, ou seja, quando os interessados não tenham optado por uma
das firmas reservadas pelo Estado, e tenham-na obtido nos termos gerais,
comunicação do registo para aqueles efeitos.
8. Emissão e entrega aos interessados, do cartão de NIPC, bem como, indicação
aos mesmos do número de identificação da Segurança Social.
9. E, por último, caso seja exigível, completamento da declaração de início de
actividade, para menção da firma, NIPC e CAE.
10. Por último, de notar que os procedimentos referidos em 4 e 6 supra são, nos
termos do n.º 2 deste preceito, da competência do Conservador, o que se
compreende, porquanto estamos perante actos que, nos termos gerais, são da
competência desta entidade, à qual são conferidos poderes e fé pública para que
proceda aos mesmos.

Art.º 9.º
Da recusa de titulação
- Nesta norma estão, em traços gerais, previstas as sanções para os casos em que o
conservador, no acto de preenchimento do pacto constitutivo, verifique a
existência de vícios, omissões ou deficiências que possam, de alguma forma,
afectar a formação e exteriorização da vontade dos intervenientes (v.g. estarem
em erro), ou nos casos em que os documentos que servem de base a este acto

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enfermarem de algum dos supra referidos vícios, e desde que os mesmos obstem
à realização do registo definitivo de constituição da sociedade, bem como, nas
situações em que, face às disposições legais aplicáveis, conclua pela
inviabilidade do acto.
- Deve ainda o conservador recusar o preenchimento do pacto constitutivo,
quando conclua pela anulabilidade ou ineficácia do acto (cfr. n.º2).
- Do acto de recusa de titulação cabe impugnação, aplicando-se, nesta caso, o
regime previsto nos artigos 98.º e seguintes do Código do Registo Comercial, ex
vi do n.º 4 do art.º 9.º do DL 111/2005.

Art.º 11.º
Da caducidade do direito ao uso da firma
- Caso o procedimento não se conclua no prazo previsto no art.º 5.º (conclusão e
tramitação no mesmo dia) por facto imputável aos interessados, este facto
importa a caducidade do direito ao uso da sociedade a constituir nos termos da
alínea b) do art.º 8.º (afectação, via electrónica, da firma escolhida e do NIPC
associado), não conferindo, esta caducidade, o direito à restituição dos encargos
cobrados.

Art.º 13.º
Das diligências subsequentes à conclusão do procedimento
- Uma vez concluído o procedimento, os serviços competentes, no prazo de 24
horas, diligenciam no sentido de:
1. Promover as publicações legais.
2. Remeter a declaração de início de actividade ao serviço fiscal competente.
3. Disponibilizar, aos serviços competentes, por meios informáticos, os dados
necessários tendo em vista a comunicação de início de actividade da sociedade
constituída à Inspecção-Geral do Trabalho, bem como, dos dados necessários à
inscrição oficiosa nos serviços da segurança social e, quando se mostre
necessário, no cadastro comercial.2
Art.º 14.º
2
Embora, no presente trabalho, aquando do tratamento da problemática dos passos necessários à
constituição de sociedades de acordo com o modelo “clássico”, não se tenha feito referência à inscrição
no cadastro comercial ou industrial, a verdade é que, por vezes, a natureza da actividade que se pretende
desenvolver a isto obriga, como sucede, por exemplo, no caso dos estabelecimentos comerciais e das
industrias.

14
Dos encargos
- Relativamente aos encargos inerentes à constituição de sociedades, vide pág. 7
supra.

4. AS ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS NO CÓDIGO DAS

SOCIEDADES COMERCIAIS

O Decreto-Lei n.º 111/2005 também proceder a alterações em outros diplomas


legais, como já foi referido inicialmente. Das efectuadas, primeiramente faremos
menção às materializadas no Código das Sociedades Comercias, aprovado pelo
Decreto-Lei n.º 262/86, de 2 de Setembro.
Assim, o artigo 17.º, do sobredito Decreto-Lei n.º 111/2005, procede à alteração dos
artigos 10.º, 100.º, 167.º e 171.º.
Artigo 10.º
(alteração dos n. os 3, 4 e 5)
Redacção anterior (DL 262/86) Redacção actual (DL 111/2005)
3. A firma da sociedade constituída por 3. A firma da sociedade constituída por
denominação particular ou por denominação e denominação particular ou por denominação e
nome ou firma de sócio não pode ser idêntica nome ou firma de sócio não pode ser idêntica
à firma registada de outra sociedade, ou por à firma registada de outra sociedade, ou por
tal forma semelhante que possa induzir em erro, tal forma semelhante que possa induzir em erro.
e deve dar a conhecer quanto possível o objecto 4. Não são admitidas denominações
da sociedade. constituídas exclusivamente por vocábulos de uso
4. Os vocábulos de uso corrente e os corrente, que permitam identificar ou se
topónimos, bem como qualquer indicação de relacionem com a actividade, técnica ou
proveniência geográfica, não são considerados produto, bem como topónimos e qualquer
de uso exclusivo indicação de proveniência geográfica.
5. 5. )
b) Expressões que sugiram de forma enganadora b) [Anterior al. c)]
uma capacidade técnica, financeira ou âmbito
As entidades competentes para proceder a esta inscrição, são a Direcção Geral do Comércio e
Concorrência e a Delegação Regional do Ministério da Economia da área do estabelecimento, devendo
ser entregues junto com o pedido impresso da Direcção Geral do Comércio e Concorrência (em
duplicado) e impresso da Delegação Regional do Ministério da Economia – Modelo n.º 387 INCM (em
duplicado).
Resta referir, que esta inscrição no cadastro comercial ou industrial, deverá ser efectuada no prazo de 30
dias a contar da data da abertura do estabelecimento comercial ou do início da laboração.

15
de actuação manifestamente desproporcionados
relativamente aos meios disponíveis ou que
correspondam a qualidades e ou excelências em
detrimento de outrem.

Súmula da alteração:
N.º 3 – Na anterior redacção era necessário dar a conhecer o objecto da sociedade,
mas com a actual redacção essa necessidade deixa de existir.
N.º4 – anteriormente referia que os vocábulos de uso corrente, bem como qualquer
indicação de proveniência geográfica não eram considerados de uso exclusivo. O
DL 111/2005 refere que não são admitidas a utilização desses vocábulos (uso
corrente) que permitam identificar ou se relacionem com a actividade, técnica ou
produto, proibindo também a utilização de topónimos e qualquer indicação de
proveniência geográfica.
N.º 5 – revoga a alínea b), que passa a ter a redacção da alínea c) do anterior
regime.

Artigo 100.º
(alteração do n.º 4)
Redacção anterior (DL 262/86) Redacção actual (DL 111/2005)
4. Sem prejuízo do disposto no número 4. Sem prejuízo do disposto no número
anterior, a notícia por ele exigida deve constar anterior, a notícia por ele exigida deve constar
também da convocatória da assembleia também da convocatória da assembleia
publicada no jornal oficial publicada nos termos do n.º1 do artigo 167.º.
Súmula da alteração:
A notícia exigida no n.º 3 (refere-se ao projecto de fusão) passa a ser publicada nos
termos do n.º 1 do artigo 167.º, ou seja, em sítio da Internet.

Artigo 167.º
(alteração do n.º 1)
Redacção anterior (DL 262/86) Redacção actual (DL 111/2005)
1. As publicações obrigatórias devem ser 1. As publicações obrigatórias devem ser
feitas, a expensas da sociedade, no Diário da feitas, a expensas da sociedade, em sítio na
República ou, tratando-se de sociedades com Internet de acesso público, regulado por
sede nas regiões autónomas, nas respectivas Portaria do Ministro da Justiça, no qual a

16
folhas oficiais. informação objecto de publicidade possa ser
acedida, designadamente por ordem cronológica.
Súmula da alteração:
As publicações obrigatórias são feitas em sítio da Internet, cuja informação possa
ser acedida por ordem cronológica.

Artigo 171.º
(alteração do n.º 1)
Redacção anterior (DL 262/86) Redacção actual (DL 111/2005)
1. Sem prejuízo de outras menções exigidas 1. Sem prejuízo de outras menções exigidas
por leis especiais, em todos os contratos, por leis especiais, em todos os contratos,
correspondência, publicações, anúncios e de correspondência, publicações, anúncios e de
um modo geral em toda a sua actividade um modo geral em toda a actividade externa,
externa, as sociedades devem indicar as sociedades devem indicar claramente, além
claramente, além da firma, o tipo, a sede, a da firma, o tipo, a sede, a conservatória do
conservatória do registo comercial onde se registo comercial onde se encontrem
encontrem matriculadas, o seu número de matriculadas, o seu número de matrícula nessa
matrícula nessa conservatória, e, sendo caso conservatória, o seu número de identificação
disso, a menção de que a sociedade se de pessoa colectiva e, sendo caso disso, a
encontra em liquidação. menção de que a sociedade se encontra em
liquidação.
Súmula da alteração:
Para além de outros elementos exigidos na redacção do DL 262/86, (e.g. nome da
firma, tipo, sede, etc.), o DL 111/2005 vem exigir a referência ao número de
identificação de pessoa colectiva.

5. AS ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS NO REGIME DO REGISTO

NACIONAL DE PESSOAS COLECTIVAS

Como anteriormente referido, o Decreto-Lei n.º 111/2005 procedeu a diversas


alterações, sendo que no seu artigo 18.º alterou as normas constantes dos artigos
18.º, 32.º a 34.º, 53.º, 54.º, 56.º e 64.º, no regime do Registo Nacional de Pessoas
Colectivas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 129/98, de 13 de Maio, com as alterações

17
introduzidas pelos Decretos-Lei n.º n.os 12/2001, de 25 de Janeiro, 323/2001, de 17
de Dezembro, e 2/20005, de 4 de Janeiro.

Artigo 18.º
(alteração do n.º 5)
Redacção anterior (DL 129/98) Redacção actual (DL 111/2005)
5. O cartão provisório de identificação é 5. O cartão provisório de identificação é
válido durante o prazo de seis meses, contado válido durante o prazo de três meses, contado
a partir da data da sua emissão, podendo, a partir da data da sua emissão, podendo,
porém, ser revalidado em caso de porém, ser revalidado em caso de
impossibilidade de conclusão do processo de impossibilidade de conclusão do processo de
constituição ou regularização não imputável constituição ou regularização não imputável
ao seu titular. ao seu titular.
Súmula da alteração:
A validade do cartão provisório de identificação é reduzida de seis para três meses.

Artigo 32.º
(alteração dos n. os 3, 4 e 5)
Redacção anterior (DL 129/98) Redacção actual (DL 111/2005)
3. Os vocábulos de uso corrente e os 3. Ao RNPC não compete o controlo da
topónimos, bem como qualquer indicação de ilegalidade do objecto social, devendo
proveniência geográfica, não são considerados somente assegurar o cumprimento do disposto
de uso exclusivo. nos números anteriores.
4. Das firmas e denominações não podem 4. Das firmas e denominações não podem
fazer parte: fazer parte:
b) Expressões que sugiram de forma enganadora b) [Anterior alínea c)]
uma capacidade técnica, financeira ou âmbito c) [Anterior alínea d)]
de actuação manifestamente desproporcionados d) [Anterior alínea e)]
relativamente aos meios disponíveis ou que 5. Quando, por qualquer causa, deixe de ser
correspondam a qualidades ou excelências em associado ou sócio pessoa singular cujo nome
detrimento de outrem. figure na firma ou denominação de pessoa
colectiva, deve tal firma ou denominação ser
alterada no prazo de um ano, a não ser que o
associado ou sócio que se retire ou os
herdeiros do que falecer consintam por escrito
na continuação da mesma firma ou denominação.

18
Súmula da alteração:
Nº 3 – não tem qualquer correspondência com a anterior redacção.
N.º 4 – O DL 111/2005 revoga a al. b). A al. c) da anterior redacção passa a ser a al.
b), a al. d) da anterior redacção passa a ser a al. c) e a al. e) passa a ser a al. d)
O DL 111/2005 adita o n.º 5 a este artigo.

Artigo 33.º
(alteração do n.º 3)
Redacção anterior (DL 129/98) Redacção actual (DL 111/2005)
3. Quando, por qualquer causa, deixe de ser 3. Não são admitidas denominações
associado ou sócio pessoa cujo nome figure constituídas exclusivamente por vocábulos de
na firma ou denominação de pessoa colectiva, uso corrente que permitam identificar ou se
deve tal firma ou denominação ser alterada no relacionem com actividade, técnica ou
prazo de um ano, a não ser que o associado ou produto, bem como topónimos e qualquer
sócio que se retire ou os herdeiros do que indicação de proveniência geográfica.
falecer consintam por escrito na continuação
da mesma firma ou denominação.
Súmula da alteração:
Não existe qualquer correlação entre as normas revogadas.

Artigo 34.º
(alteração do n.º 1)
Redacção anterior (DL 129/98) Redacção actual (DL 111/2005)
1. A admissibilidade de firmas ou denominações 1. A instituição de representações permanentes
registadas no estrangeiro está sujeita à prova de pessoas colectivas registadas no estrangeiro
desse registo e à não susceptibilidade de não está sujeita à emissão de certificado de
confusão com firmas ou denominações já admissibilidade de firma.
registadas em Portugal.
Súmula da alteração:
É referido que a instituição de pessoas colectivas registadas no estrangeiro não está
sujeita à emissão de certificado de admissibilidade de firma ou denominação.

Artigo 53.º
(alteração dos n. os 1 e 4)

19
Redacção anterior (DL 129/98) Redacção actual (DL 111/2005)
1. O certificado é válido durante o prazo de 1. O certificado é válido durante o prazo de
180 dias contado a partir da data da sua três meses, a contar da data da sua emissão.
emissão. 4. O certificado pode ser revalidado uma
4. O certificado pode ser revalidado por três única vez, desde que se encontre ainda dentro
vezes, mediante apresentação do respectivo do respectivo prazo de validade.
original, desde que se mostre ainda dentro do
respectivo prazo de validade.
Súmula da alteração:
N.º 1 – A validade do certificado é reduzida de 6 para 3 meses.
N.º 4 – a revalidação do certificado é efectuada apenas uma vez, sendo que
anteriormente podia ser por três vezes.

Artigo 54.º
(alteração dos n. os 3, 4, 5 e 6)
Redacção anterior (DL 129/98) Redacção actual (DL 111/2005)
3. O disposto no número anterior não se aplica
aos casos em que a alteração da firma se
limite à alteração do elemento que identifica o
tipo de pessoa colectiva.
4. (Anterior n.º 3)
5. (Anterior n.º 4)
6. (Anterior n.º 5)
Súmula da alteração:
N.º 3 – é aditado o n.º3 a este artigo, pelo que o anterior n.º 3, passa a ser o n.º 4, o
anterior n.º 4 o n.º 5 e finalmente o anterior n.º 5 passa a ser n.º 6.

Artigo 56.º
(alteração dos n. os 2 e 3)
Redacção anterior (DL 129/98) Redacção actual (DL 111/2005)
2. O certificado a que se refere o número 2. O disposto no número anterior não é
anterior deve estar dentro do seu prazo de aplicável à alteração da denominação
validade à data da apresentação do pedido de decorrente de transformação que se restrinja à
registo, salvo se este tiver sido precedido da alteração do elemento que identifica o tipo de
celebração, há menos de um ano, de escritura pessoa colectiva.
pública ou instrumento notarial. 3. O certificado a que se refere o n.º1 deve

20
estar dentro do prazo de validade à data da
apresentação do pedido de registo, salvo se
este tiver sido precedido da celebração, há
menos de três meses, de escritura pública,
instrumento notarial ou outro título.
Súmula da alteração:
N.º 2 – foi aditado o n.º 2, pelo que o anterior n.º 2 passa a ser o n.º 3 com algumas
alterações, nomeadamente no que tange ao prazo - reduz de um ano para três
meses – e à possibilidade de outro título para efeitos de celebração.

Artigo 64.º
(alteração ao corpo do artigo)
Redacção anterior (DL 129/98) Redacção actual (DL 111/2005)
O recurso deve ser interposto no prazo de 30 O recurso deve ser interposto no prazo de 30
dias após a recepção do ofício de notificação dias após a recepção do ofício de notificação
ou, nos casos em que o acto recorrido não deu ou, nos casos em que o acto recorrido não deu
lugar a ofício, após o seu conhecimento pelo lugar a ofício, após o seu conhecimento pelo
recorrente ou, se for caso, da publicação no recorrente ou, se for caso, da publicação da
Diário de República da notícia da constituição notícia da constituição ou alteração da pessoa
ou alteração da pessoa colectiva. colectiva.
Súmula da alteração:
Este articulado deixa de fazer menção que a publicação é em Diário da República.

6. AS ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS NO CÓDIGO DO REGISTO

COMERCIAL

Neste Código, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 403/86, de 3 de Dezembro, com as


alterações inseridas pelos Decretos-Lei n.os 7/88, de 15 de Janeiro, 349/89, de 13 de
Outubro, 238/91, de 2 de Julho, 31/93, de 12 de Fevereiro, 267/93, de 31 de Julho,
216/94, de 20 de Agosto, 328/95, de 9 de Dezembro, 257/96, de 31 de Dezembro,
368/98, de 23 de Novembro, 172/99, de 20 de Maio, 198/99, de 8 de Junho, 375-
A/99, de 20 de Setembro, 419/99, de 15 de Outubro, 533/99, de 11 de Dezembro,
273/2001, de 13 de Outubro, 323/2001, de 17 de Dezembro, 107/2003, de 4 de

21
Junho, 53/2004, de 18 de Março, 70/2004, de 25 de Março, 2/2005, de 4 de Janeiro
e 35/2005, de 17 de Fevereiro, o Decreto-Lei n.º 111/2005, no seu artigo 19.º,
alterou os artigos: 14.º, 51.º, 55.º, 62, 70.º e 71.º.

Artigo 14.º
(alteração do n.º 2)
Redacção anterior (DL 403/86) Redacção actual (DL 111/2005)
2. Os factos sujeitos a registo e publicação 2. Os factos sujeitos a registo e publicação
obrigatória nos jornais oficiais só produzem obrigatória nos termos do n.º 2 do artigo 70.º
efeitos contra terceiros depois da data da só produzem efeitos contra terceiros depois da
publicação. data da publicação.
Súmula da alteração:
A publicitação deixa de ser nos jornais oficiais, mas sim nos termos do n.º 2 do
artigo 70.º, ou seja, em sítio na Internet de acesso público.

Artigo 51.º
(alteração dos n. os 1, 2, 3 e 4)
Redacção anterior (DL 403/86) Redacção actual (DL 111/2005)
1. Os comerciantes individuais, as pessoas 1. (Anterior n.º 2)
colectivas sujeitas a registo e os estabelecimentos 2. (Anterior n.º 3)
individuais de responsabilidade limitada não 3. O imposto sobre as sucessões e doações ou
podem ser registados sem que seja exibida a o imposto de selo nas transmissões gratuitas
declaração de início de actividade apresentada presume-se assegurado desde que se mostre
para efeitos fiscais. instaurado o respectivo processo de liquidação
4. O imposto sobre as sucessões e doações e dele conste a quota ou parte social que o
presume-se assegurado desde que se mostre registo se refere.
instaurado o respectivo processo de liquidação 4. (Anterior n.º 5)
e dela conste a quota ou parte social a que o
registo se refere.

Súmula da alteração:
O n.º 1 é revogado, todavia, o n.º 2 da redacção anterior passa a ser o n.º1, o n.º 3 da anterior
redacção passa a n.º 2. O actual n.º 3 tem nova redacção, o anterior n.º 4 é revogado,
passando este n.º a ser o n.º 5 da anterior redacção.

22
Artigo 55.º
(alteração do n.º 1)
Redacção anterior (DL 403/86) Redacção actual (DL 111/2005)
1. 1.
c) As publicações nos jornais oficiais. c) As publicações referidas no n.º 2 do artigo 70.º.
Súmula da alteração:
A publicitação deixa de ser nos jornais oficiais, mas sim nos termos do n.º 2 do
artigo 70.º, ou seja, em sítio na Internet de acesso público.

Artigo 62.º
(aditamento do n.º 2)
Redacção anterior (DL 403/86) Redacção actual (DL 111/2005)
1. (Anterior corpo do artigo)
2. A matrícula das representações permanentes
das sociedades com sede principal e efectiva
no estrangeiro deve incluir a referência
“representação permanente”, “sucursal” ou
outra equivalente, à escolha do interessado.
Súmula da alteração:
O corpo do artigo passa a ser o n.º 1 e adita o n.º 2.

Artigo 70.º
(alteração dos n.os 2 e 3)
Redacção anterior (DL 403/86) Redacção actual (DL 111/2005)
2. As publicações referidas no número anterior 2. As publicações referidas no número anterior
devem ser feitas no Diário da República ou, devem ser feitas em sítio na Internet de acesso
tratando-se de pessoas colectivas ou estabelecimen- público, regulado por portaria do Ministro da
tos individuais de responsabilidade limitada com Justiça, no qual a informação objecto de
sede nas regiões autónomas, nas respectivas publicidade possa ser acedida,
folhas oficiais. designadamente por ordem cronológica.
3. Pelas publicações é devida uma taxa que
constitui receita do serviço incumbido da
manutenção do sítio referido no número
anterior.
4. (Anterior n.º 3)

23
5. (Anterior n.º 4)
Súmula da alteração:
N.º 2 – Refere que as publicações são feitas em sítio na Internet e não no DR ou nas
folhas oficiais, quando se trate de pessoas colectivas ou estabelecimentos de
responsabilidade limitada com sede nas regiões autónomas.
N.º 3 – é aditado e faz menção que pelas publicações é devido o pagamento de uma
taxa.
O n.º 3 da anterior redacção passa a ser o n.º 4 e o n.º 4 da anterior redacção passa
a ser o n.º 5.

Artigo 71.º
(alteração dos n.os 1, 2, 3 e 4)
Redacção anterior (DL 403/86) Redacção actual (DL 111/2005)
1. Efectuado o registo, deve o conservador 1. Efectuado o registo, deve o conservador
promover as publicações obrigatórias no prazo promover as publicações obrigatórias no prazo
de 30 dias e a expensas do interessado. de 15 dias e a expensas do interessado.
2. As publicações efectuam-se com base em 2. As publicações a que se refere o n.º 4 do
certidões passadas na conservatória, no artigo anterior são promovidas no prazo de 15
cartório notarial ou no tribunal judicial, que, dias a contar das correspondentes publicações
nos dois últimos casos, devem ser juntas ao em sítio na Internet de acesso público.
pedido de registo. 3. As publicações efectuam-se com base nos
dados transmitidos por via electrónica entre a
conservatória e a Direcção-Geral dos Registos
e do Notariado e, apenas nos caos em que este
meio não esteja disponível, com base em
certidões passadas na conservatória ou com
base em certidões passadas em cartório
notarial ou tribunal judicial e juntas ao pedido
de registo, as quais devem ser remetidas à
Direcção-Geral dos Registos e do Notariado,
no prazo no n.º 1, por via postal ou ainda por
telecópia ou por correio electrónico, nos
termos do n.º 1 do artigo 2.º e do artigo 4.º do
Decreto-Lei n.º 66/2005, de 15 de Março,3
3
Regula a transmissão e recepção por telecópia e por via electrónica pelos serviços registrais, cartórios
notariais e outros serviços, bem como a recepção pelas mesmas vias por advogados e solicitadores, de
documentos com valor de certidão respeitantes aos arquivos dos serviços registrais e cartórios notariais ou

24
aplicáveis coma as necessárias adaptações.
4. As certidões emitidas pelas conservatórias
para efeitos das publicações referidas no n.º 4
do artigo anterior devem conter as indicações
cuja publicitação é exigida pela legislação
comunitária aplicável.
Súmula da alteração:
N.º 1 – No anterior regime, o conservador após o registo tinha 30 dias para
promover as publicações obrigatórias. Hodiernamente, dispõe apenas de 15 dias.
N.º 2 – Faz menção que as publicações previstas no n.º 4 do artigo 70 [al. a) –
Contrato de sociedade; al. q) – A prorrogação, fusão, cisão, transformação das
sociedades, bem como o aumento, redução ou integração do capital social e qualquer
outra alteração ao contrato de sociedade; al. s) – O encerramento da liquidação ou o
regresso à actividade da sociedade] são promovidas no prazo de 15 dias a contar da
publicação em sítio na Internet. A anterior redacção fazia referência que a
publicação tinha por base certidões emitidas na conservatória, no notário ou no
tribunal judicial os quais são juntos ao registo.
Aditamento dos n.os 3 e 4.

7. ALTERAÇÕES AO DL N.º 322-A/2001, DE 14/12, QUE APROVA

O REGULAMENTO EMOLUMENTAR DOS REGISTOS E

NOTARIADO, COM AS ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELA

LEI N.º 32-B/2002, DE 30/12 E PELO DL N.º 194/2003, DE 23/08,

RECTIF. N.º 11-I/2003, DE 30/9, DL N.º 53/2004, DE 18/3, DL

N.º 199/2004, DE 8/7.

O Decreto-Lei n.º 111/2005, no artigo 20.º procedeu à alteração do artigo 8.º do


Decreto-Lei n.º 322-A/2001, de 14 de Dezembro, que aprova o Regulamento
Emolumentar dos Registos e Notariado.

destinados à instrução de actos ou processos dos registos e do notariado ou a arquivo nos respectivos
serviços.

25
Artigo 8.º
(aditamento do n.º 2)
Redacção anterior (DL 322-A/2001) Redacção actual (DL 111/2005)
São actos gratuitos as certidões, fotocópias, 1. (Anterior corpo do artigo)
informações e outros documentos de carácter 2. É garantido o acesso às bases de dados
probatório, bem como o acesso e consultas a registrais e de identificação civil por parte das
base de dados, desde que solicitados pela pessoas colectivas públicas que integrem o
Direcção-Geral de Contribuições e Impostos, sistema estatístico nacional, com a finalidade
por autoridades judiciais e entidades que de recolha de informação estatística.
prossigam fins de investigação.
Súmula da alteração:
N.º1 – surge o n.º 1 incorporando a redacção do artigo anterior, sendo ainda
aditado o n.º 2.

No seu artigo 21.º, o Decreto-Lei n.º 111/2005,procedeu à alteração do artigo 15.º, 27.º,

e 28.º Decreto-Lei n.º 322-A/2001, de 14 de Dezembro e subsequentes alterações, pela

Lei n.º 32-B/2002, de 30 de Dezembro, pelo Decreto-Lei n.º 194/2003, de 23 de Agosto,

pela Rectif. n.º 11-I/2003, de 30 de Setembro, pelo Decreto-Lei n.º 53/2004, de 18 de

Março e pelo Decreto-Lei n.º 199/2004, de 8 de Julho.

Artigo 15.º
[alteração do n.º 2, al. c)]
Redacção anterior (DL 322-A/2001) Redacção actual (DL 111/2005)
2. 2.
c) Certidões, fotocópias e comunicações que c) As certidões a entregar aos interessados na
decorram do cumprimento de obrigações sequência da conclusão do procedimento
legais e que não devam entrar em regra de previsto no regime especial de constituição
custas. imediata de sociedades.

26
Súmula da alteração:
O regime anterior previa que as certidões, fotocópias e comunicações que
decorram do cumprimento de obrigações legais são gratuitas. Com a alteração
introduzida pelo DL 111/2005, essa previsão é reduzida para as certidões na
sequência da conclusão do procedimento previsto no regime regulado no
retromencionado Decreto-Lei.

Artigo 27.º
(alteração do n.º 3)
Redacção anterior (DL 322-A/2001) Redacção actual (DL 111/2005)
3. Regime especial de constituição imediata
de sociedades:
3.1. Pela prática dos actos compreendidos no
regime especial de constituição imediata de
sociedades, com ou sem nomeação de órgãos
sociais ou secretário da sociedade - € 330.
3.2 Do emolumento referido no número
anterior pertencem dois terços à conservatória
do registo comercial e um terço ao Registo
Nacional de Pessoas Colectivas.
4. (Anterior n.º 3)
5. (Anterior n.º 4)
Súmula da alteração:
É aditado o n.º 3, o qual faz menção ao Regime especial de constituição imediata de
sociedades.
O N.º 3 da anterior redacção passa a ser o n.º 4.
O N.º 4 da anterior redacção passa a ser o n.º 5.

Artigo 28.º
(alteração dos n.os 13 a 19)
Redacção anterior (DL 322-A/2001) Redacção actual (DL 111/2005)
13. Pela consulta em linha efectuada pelos
solicitadores de execução às bases de dados
registrais e de identificação civil não há lugar
ao pagamento de assinatura mensal, sendo
devidos por cada acesso € 0,5.

27
14. (Anterior n.º 13)
15. (Anterior n.º 14)
16. (Anterior n.º 15)
17. (Anterior n.º 16)
18. (Anterior n.º 17)
19. Os emolumentos devidos pelo regime
especial de constituição imediata de sociedades
são reduzidos em € 60 quando a actividade
principal da sociedade seja classificada como
actividade informática ou conexa, ou ainda
como de investigação e desenvolvimento, não
sendo devida participação emolumentar pela
referida redução.
Súmula da alteração:
É aditado o n.º 13, o qual faz menção ao valor a pagar (por acesso) pelos
solicitadores de execução pela consulta em linha às bases de dados registrais e de
identificação civil.
O N.º 13 da anterior redacção passa a ser o n.º 14.
O N.º 14 da anterior redacção passa a ser o n.º 15.
O N.º 15 da anterior redacção passa a ser o n.º 16.
O N.º 15 da anterior redacção passa a ser o n.º 16.
O N.º 16 da anterior redacção passa a ser o n.º 17.
O N.º 17 da anterior redacção passa a ser o n.º 18.
O N.º 19 é aditado e refere que os emolumentos devidos pelo regime especial de
constituição imediata de sociedades são reduzidos em € 60 quando a actividade
principal da sociedade seja classificada como actividade informática ou conexa, ou
ainda como de investigação e desenvolvimento.
8. ALTERAÇÕES AO DL N.º 8-B/2002, DE 15/01.

No artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 111/2005, foram efectuadas alterações ao artigo 4.º do

supracitado diploma.

Artigo 4.º
(aditamento do n.º 4)
Redacção anterior (DL 8-B/2002) Redacção actual (DL 111/2005)

28
4. Consideram-se oficiosamente inscritas na
segurança social as entidades empregadoras
criadas pelo regime especial de constituição
imediata de sociedades.
Súmula da alteração:
Foi aditado o n.º 4, o qual refere que se consideram oficiosamente inscritas na
segurança social as entidades empregadoras criadas pelo regime especial de
constituição imediata de sociedades.

9. ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO IMPOSTO SOBRE O

RENDIMENTO DAS PESSOAS COLECTIVAS (CIRC)

Os artigos 110.º e 111.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas

Colectivas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442-B/88, de 30 de Novembro, foram alterados

pelo artigo 23.º, do Decreto-Lei n.º 111/2005.

Artigo 110.º
(alteração dos n. os 1 e 3)
Redacção anterior (DL 442-B/88) Redacção actual (DL 111/2005)
1. A declaração de inscrição no registo, a que 1. A declaração de inscrição no registo a que
se refere a alínea a) do n.º 1 do artigo anterior, se refere a alínea a) do n.º 1 do artigo anterior
deve ser apresentada pelos sujeitos passivos, deve ser apresentada pelos sujeitos passivos,
em triplicado, em qualquer serviço de em qualquer serviço de finanças ou noutro
finanças, no prazo de 90 dias a partir da data local legalmente autorizado, no prazo de 90
de inscrição no Registo Nacional de Pessoas dias a partir da data de inscrição no Registo
Colectivas, sempre que esta seja legalmente Nacional de Pessoas Colectivas, sempre que
exigida. esta seja legalmente exigida, ou, caso o sujeito
3. Os sujeitos passivos não residentes e que passivo esteja sujeito a registo comercial, no
obtenham rendimentos não imputáveis a prazo de 15 dias a partir da data de apresentação
estabelecimento estável situado em território a registo na Conservatória do Registo Comercial.
português, relativamente aos quais haja lugar 3. Os sujeitos passivos não residentes e que
à obrigação de apresentar a declaração a que obtenham rendimentos não imputáveis a

29
se refere o artigo 112.º são igualmente estabelecimento estável situado em território
obrigados a apresentar a declaração de português relativamente aos quais haja lugar à
inscrição no registo, em triplicado, em obrigação de apresentar a declaração a que se
qualquer serviço de finanças, no prazo de 15 refere o artigo 112.º são igualmente obrigados
dias a contar da data da ocorrência do facto a apresentar a declaração de inscrição no
que originou o direito aos mesmos rendimentos. registo, em qualquer serviço de finanças ou
noutro local legalmente autorizado no prazo
de 15 dias a contar da data da ocorrência do
facto que originou o direito aos mesmos
rendimentos.
Súmula da alteração:
N.º 1 – A apresentação da declaração de inscrição no registo em triplicado, deixa de
ser obrigatória. Na anterior redacção apenas era referido a inscrição no Registo
Nacional de Pessoas Colectivas (prazo de 90 dias), mas o DL 111/2005 refere-se
também à inscrição na Conservatória do Registo Comercial (prazo 15 dias).
N.º3 – Na anterior redacção era obrigatório fazer a apresentação da declaração de
inscrição no registo em triplicado. Agora, com o actual regime essa obrigação não
existe.

Artigo 111.º
(alteração do n.º 1)
Redacção anterior (DL 442-B/88) Redacção actual (DL 111/2005)
1. As declarações referidas na alínea a) do n.º 1. Quando o serviço de finanças ou outro local
1 do artigo 109.º, quando o serviço de legalmente autorizado a receber as declarações
finanças disponha dos meios informáticos referidas na alínea a) do n.º 1 do artigo 109.º,
adequados, podem ser substituídas pela disponha de meios informáticos adequados,
declaração verbal, efectuada pelo sujeito essas declarações são substituídas pela declaração
passivo, de todos os elementos necessários à verbal, efectuada pelo sujeito passivo, de
inscrição no registo, à alteração dos dados todos os elementos necessários à inscrição no
constantes daquele registo e ao seu cancelamento, registo, à alteração dos dados constantes
sendo estes imediatamente introduzidos no daquele registo e ao seu cancelamento, sendo
sistema informático e confirmados pelo estes imediatamente introduzidos no sistema
declarante após a sua impressão em informático e confirmados pelo declarante
documento tipificado. após a sua impressão em documento
tipificado.
Súmula da alteração:

30
Enquanto que na anterior redacção as declarações de inscrição, de alterações ou de
cessação – art. 109/1-a) – podiam ser substituídas por declarações verbais, se o
serviço de finanças dispusesse de meios informáticos, com o DL 111/2005, para
além do serviço de finanças também é feita menção a outro local devidamente
autorizado para receber declarações. Isto é, o recebimento das declarações deixa
de ser da competência exclusiva dos serviços de finanças.

10. ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO IMPOSTO SOBRE O VALOR

ACRESCENTADO (CIVA).

A última alteração efectuada por Decreto-Lei n.º 111/2005, no seu artigo 24.º, foi ao

Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 394-B/84,

de 26 de Dezembro, e fê-lo em relação aos artigos 30.º, 31.º e 34.º-A.

Artigo 30.º
(alteração dos n. os 1, 2 e 3)
Redacção anterior (DL 394-B/84) Redacção actual (DL 111/2005)
1.As pessoas singulares ou colectivas que 1 Sem prejuízo do disposto no número seguinte,
exerçam uma actividade sujeita a IVA deverão as pessoas singulares ou colectivas que exerçam
apresentar na repartição de finanças uma actividade sujeita a IVA devem apresentar,
competente antes de iniciado o exercício da em qualquer serviço de finanças ou noutro
actividade a respectiva declaração. local legalmente autorizado, antes de iniciado
2. Não haverá lugar à entrega da declaração o exercício da actividade a respectiva declaração.
referida no número anterior quando se trate de 2. As pessoas colectivas que estejam sujeitas a
pessoas sujeitas a IVA pela prática de uma só registo comercial e exerçam uma actividade
operação tributável nos termos da alínea a) do sujeita a IVA devem apresentar a declaração
n.º1 do artigo 2.º, excepto se a mesma exceder de início de actividade, em qualquer serviço
o limite previsto nas alíneas e) e f) do n.º 1 do de finanças ou noutro local legalmente
artigo 28.º. autorizado, no prazo de 15 dias a partir da
data da apresentação a registo na
conservatória do registo comercial.
3. Não há lugar à entrega da declaração

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referida nos números anteriores quando se
trate de pessoas sujeitas a IVA pela prática de
uma operação tributável nos termos da alínea
a) do n.º1 do artigo 2.º, excepto se a mesma
exceder o limite previsto nas alíneas e) e f) do
n.º 1 do artigo 28.º.
Súmula da alteração:
N.º 1 – Com a redacção do DL 111/2005 prevê-se que as pessoas singulares ou
colectivas que exerçam uma actividade sujeita a IVA, devem apresentar as
declarações num serviço de finanças ou noutro local legalmente autorizado. O
anterior regime apenas permitia a apresentação na repartição de finanças.
N.º 2 – Não tem correspondência com o anterior regime. Este n.º alude ao prazo
que as pessoas colectivas sujeitas a registo comercial têm para apresentar a
declaração de início de actividade, ou seja, 15 dias a partir da apresentação a
registo na conservatória do registo comercial.
N.º 3 – Este n.º tem a redacção do n.º 2 do anterior regime.

Artigo 31.º
(alteração do n.º 2)
Redacção anterior (DL 394-B/84) Redacção actual (DL 111/2005)
2. A declaração prevista no n.º 1 será entregue 2 A declaração prevista no n.º 1 é entregue em
na repartição de finanças competente no prazo qualquer serviço de finanças ou noutro local
de 15 dias a contar da data da alteração, se legalmente autorizado, no prazo de 15 dias a
outro prazo não for expressamente previsto contar da data da alteração, se outro prazo não
neste diploma. for expressamente previsto neste diploma.
Súmula da alteração:
Com a redacção do DL 111/2005 prevê-se que o recebimento das declarações
(alteração dos elementos constantes da declaração relativa ao início da actividade)
poderão ser num serviço de finanças, como no anterior regime, mas também
noutro local legalmente autorizado.

Artigo 34-A.º
(alteração do n.º 1)
Redacção anterior (DL 394-B/84) Redacção actual (DL 111/2005)
1. As declarações referidas nos artigos 30.º a 1 Quando o serviço de finanças ou outro local

32
32.º, quando a repartição de finanças legalmente autorizado a receber as declarações
competente disponha de meios informáticos referidas nos artigos 30.º a 32.º disponha de
adequados, serão substituídas pela declaração meios informáticos adequados, essas declarações
verbal, efectuada pelo sujeito passivo, de são substituídas pela declaração verbal, efectuada
todos os elementos necessários ao registo e pelo sujeito passivo, de todos os elementos
início da actividade, à alteração dos dados necessários ao registo e início da actividade, à
constantes daquele registo e à cessação da alteração dos dados constantes daquele registo e à
actividade, sendo estes imediatamente cessação da actividade, sendo estes imediatamente
introduzidos no sistema informático e introduzidos no sistema informático e
confirmados pelo declarante, após a sua confirmados pelo declarante, após a sua
impressão em documento tipificado. impressão em documento tipificado.

Súmula da alteração:
Com a redacção do DL 111/2005 prevê-se que o recebimento das declarações
poderão ser num serviço de finanças, como no anterior regime, mas também
noutro local legalmente autorizado.

11. A PORTARIA N.º 590-A/2005, DE 14/07.

Esta Portaria refere que com a aprovação do Decreto-Lei n.º111/2005, de 8 de Julho,


a partir de 1 de Janeiro de 2006, os actos atinentes às sociedades comerciais sujeitas
a publicação obrigatória, bem com os avisos, anúncios e convocações dirigidas a
sócios ou credores, quando a lei obrigue a publicação, isto em relação às sociedades
anónimas, serão efectuados em sítio na Internet e não em Diário da República. O
sobredito também é aplicável às sociedades anónimas, nomeadamente no que tange
à publicação, quando exigida por lei, dos avisos, anúncios e convocações dirigidos
aos sócios ou a credores. O regime previsto no Decreto-Lei n.º 111/2005, também é
aplicável às publicações, quando exigidas, das sociedades anónimas europeias e aos
actos de registo sujeitos a publicação de outras pessoas colectivas.
Da Portaria referida em epígrafe resulta que:

1.º
Publicações e acessos

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- As publicações obrigatórias referidas no artigo 176.º do Código das Sociedades
Comerciais e no n.º 2 do artigo 70.º do Código de registo Comercial fazem-se no
sítio da Internet www.mj.gov.pt/publicacoes.
- O acesso ao sítio é gratuito.
- O sítio é mantido pela Direcção-Geral dos Registos e do Notariado.

2.º
Procedimentos para publicação
- A publicação dos actos sujeitos a registo é promovida oficiosamente pelas
conservatórias do registo comercial, nos termos do artigo 71.º do Código de
Registo Comercial.
- Os textos atinentes aos demais actos societários são entregues em qualquer
conservatória ou remetidos aos serviços centrais da Direcção-Geral dos Registos
e do Notariado. Esta remessa pode ser por via postal ou por via electrónica.
- Os textos destinados a publicação dos actos societários devem conter todas as
indicações referidas no artigo 171.º do Código das Sociedades Comerciais.
- A Direcção-Geral dos Registos e do Notariado deve assegurar a publicação dos
textos referidos no prazo de 15 dias a partir da sua recepção.

3.º
Taxa única
- Por cada publicação é cobrada uma única taxa de € 30.
- Quando os textos para publicação forem entregues nas conservatórias a taxa é de
€ 35.
- Quando os textos para publicação forem enviados por via electrónica a taxa é
reduzida para € 27.

4.º
Entrada em vigor
- Apesar da existência de dois períodos de vacatio legis a presente Portaria já está
em vigor desde 1 de Janeiro de 2006.
- Em relação ao regime especial de constituição imediata de sociedades previsto
no Decreto-Lei n.º 111/2005, de 8 de Julho esta Portaria entrou em vigor em 13

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de Julho de 2005, com excepção do n.º 3 do artigo 2.º, do retromencionado
Decreto-Lei.

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