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capitulo 16 Freios e Embreagens Figura 16.1 ‘Comparagdo funcional de freios e embreagens. 16.1 Utilizas: Conceitualmente, freios ¢ embreagens sao praticamente indistinguiveis, Funcionalmente, uma embre- ‘agem é um dispositivo para conectar de forma suave c gradual dois componentes rotativos distintos, ‘com velocidades angulares distintas, em relagdo a uma linha de centro comum, trazendo os dois ‘componentes para uma mesma velocidade angular aps « embreagem ter sido acionada, Um frefo supre uma fungao scmelhante, exccto que um dos componentes ¢ fixo a estrutura, de forma que @ ‘elocidade angular relativa € mula apés o acionamento do freio. Por exemplo, cada um dos dois, ‘componentes rotativos mostrados na Figura 16.1(a) tem o seu préprio momento de inéreia de massa ‘easua propria velocidade angular. O acionamento de dispositivo freiofembreagem leva supecficies rotativas de atrito a um deslizamento de contato tangencia. iniciando um torque de arrasto de arito ‘que produz uma reducao gradual de diferenca das velocidades angulares entre os componentes rota tivos até esta ser nula. Quando a velocidade de deslizamento relativo de atrito € reduzida a zero, ‘ambos 0s componentes tém a mesma velocidade angular, Esta utilizagio faz o dispositive funcionar ‘como uma embreagem Na Figura 16.1(6). o mesmo dispositivo € mostrado, exceto que o componente 2 esti fixe a estru- ‘ura, de forma que a sua velocidade angular é sempre nula, Neste caso, 0 acionamento do dispositive {rvio/embreagem leva as superficies de atrto a0 contato como anteriormente, mas o torque de arrasto e atrito provocs redusdo gradual da velocidade angular final até esta ser nula. Portanto, para este ‘caso, 0 dispositivo funciona como um frco. FFreios ¢ embreagens so bem conhecidos pelos scus usos em aplicagdes automotivas, mas também siio amplamente utiizados em uma grande variedade de equipamentos industriais que incluem guin- cchos, clevadores, méquinas escavadoras, tatores, moinhos, elevadores ¢ produtos domésticos como ‘cortadores de grama, méquinas de lavar,tratores de jardim, motosserras, tralores de fazenda, méquines, Dispostiv feiarersbrazem \ € Caracteristicas de Freios e Embreagens Falga (quando o aio ssorase) ay (a Dispostivofreiovembresgem pmo uma embreager Dispositive freiotmbreagem \\ olga (quando ro) \ sunademioy ay Bas, (Gx0a extra) ey Forgas de ociondmento (©) Dispostive ienfembreager uilizado como um feo, 584 / Capitulo Deresseis para ceifar ¢ debulhar e enfardadeiras de feno. Embora uma variedade de diferentes tipos de frcios © cembreagens tenha sido inventada, as embreagens e os freios por atrto so os mais usuais. Apesar do Gitado “O atrto estd sempre contra voce”, para embreagens e freios de arto, este & um ingrediente essencial de projeto. A sclecio de um bom revestimento' freqiientemente implica a selogao de um ‘material com alto coeficiente de atrto que se mantenha essencialmente inalterado para uma ampla ‘gama de condigdes operacionais. Apenas os frvios e embreagens de atrto sero estudados detalha- > ‘Alem disso, areagdo da forga na rétula, na dire; 0 x (horizontal), pode se determinada pela soma Gas forgas horizontas do diagrama de corpo livre, como, Ry + Mew A =O (16-5) F, 6-4) serando Ry= = tag A (ie. sentido para a esquerda) (16-6) ‘Areagio da forga na tua, R,,na direst y (vertical) pode ser determinada pela soma das forgas vertcsis como 1 06-7) ba o Deste modo, para 0 caso simples mostrado na Figura 16.3, 0 procedimento de projeto implica a selegio de um material apropriado de revestimento de atrito” e a determinago iteratva das dimen- sbes a, b,¢ da érca de contato A para alcancar as cspecificagées funcionais da aplicagao. Ao mesmo tempo, € nccessdrio levar em conta 2 pressdo, a temperatura ¢as limitagies de resisténcia do material 4c revestimento, impostas pelo modo de falha dominante, Deis conceitos adicionais, denominados autafrenante ¢ auiodinémico, podem também scr enten- Compare com (1613) de um fio 6 sapaa curt, Isto é, Meme mess seatido que Fa ® Compare com (16-14) de um fri de sapata carta, “Vela 16-17) e068). 600 / Capitulo Dexesseis ‘no qual a componente vertical das forgas normais pode ser determinada como: see ini =| Geng Pine enB + ghee 6-54) WAP fees f sen sca + 9)de Isto pade ser integrado para determinar-se Ror . 5 FRA (senptes 26 ~ cos 23) + cos (2a — sen 2py + sen 261)] pe De forma semethante, a componente vertical das forcas deatrta pode sr escrta como (.= [ae —[ Erma. cop + de 06-56) aque pode ser integrada para obter-se bm Ri or 08 Blcos 26) ~ 608 2es (Pe Teen gaa °F *) 16s + sen B(2a — sen 2g, + sen 2g4)] CesD) Combinando-se (16-55) com (16-57), F RP R=F, sen fl ~ p. 008 )(co8 2p; ~ 008 2p) Hoon ggg Ot ~ # £08 Bc08 2 =) —_ + (Cos B+ sen A(2c— sen 2p; + sen 2,))] Scguindo uma l6gica similar, o somatorio das foryas horizontais do diagrama de corpo livre mostrado na Figura 16.5(b) gera WRPrais R= won = [(u sen ~ con (cos 2, ~ co» 242) ne 6-59) + (1 con B + sen BX200~ sen 2p, + en 29))] Como um assunto prético, a dstibuigdo de pressio admitids em (16-36) ¢freqientemente alte- ra significativamente durante o perfadoiniial de “acomodag20” porqea regio de maior pressio esgasta-e mais rapidamente,” desse modo redistibuindo a maior pressao mais uniformemente. ‘Todas as equagées de sapata longa de (16-41) até (16-59) sto afetadas pela redistribuigo de pressio durante 0 perfodo de acomodagio inicial. Por exemplo, a capacidade de transmisséto de torque, Z, calculada em (16-52), tende a scr menor que a capavidade de transmisséo de torque real que s@ segue & acomodagiio inicial, entio (16-52) gera um resultado conservasivo do ponto de vista de projeto. Na andlise fina, estes experimentais devem ser sempre conduridos para validar qualquer ‘nova proposta de projeto de freio. ‘Uma variagao do freio de sapata longa™ é 0 freio de sapata simetricamente rotulado esbogado na Figura 16.7.0 ponto de r6tula da sapate, Q, est localizado na linha de centro vertical da sapatasimé- trica no raio r escolhido de forma que © momento de atrito em tomo de Q devido as forgas normais seja também halo. Deste modo, ni hé tendéncia da sapatagirar em tomo de Q. Iso é basicamente zuma condigao desevel, visto que cla tende a equaizaro despaste por odo o arco de contato. De fat, ‘porém, porque a sapata torna-se progressivamente mais prSxima ao tambor & medida que ocorre o Sesgnste, redtzinda or, hd momentos de ati progressivamente maiores erm tomo de O, acelerando ‘a produgio do desgaste tanto no inicio quanto no final da sapata, em fungio do sentido de rotagio do tambor, Por estas razdes, o freio de sapata simétrica nfo é freqlentemente utilizado. O freio de bloco de sapua nica extema mostrado na Figura 16.5 € menos usual que o de projet de dupla sap ‘sbogado sem muitos dtalhes na Figura 16.23). As equayées representatives do fendmeno sao as ‘Mesmas para 0 projeto de sapata dupla como para o projeto de sapata tinica, exceto que o torque de ato no famboré a soma dos torques das dues sapatss. Visto que o sentido de rotagéo do tambor ca 2 Wea 1677. * Veja a Figura 165, Figura 16.7 Freio de sapata longa externa com sapata rotulada simetzicamente, Figura 16.8 Esboco de freio de duas sapatas infernas de ‘expansio, tipico da roda traseira de aplicagies sautomotivas. Freios e Embreagens / 601 Sapata roads — posigo do pino da rotula influenciam diretamente na performance do freio, estes detalhes devem ser cuidadosamente considerados no projeto de um freio de sapata dupla.” Em funcio destes detalhes, ‘ambas as sapatas podem scr autodinamicas, nenhuma das sapatas pode ser autodinémica ou uma sapata pode ser autodinmica enquanto a outra nfo, para um dado sentido de rotago do tambor. ‘Aanélise de feio A sapata de interna de expansdo, como esbocado sem muitos detalles na Figura 16.2(b), gera as mesmas equarées para pressées, torques. forgas € momentos que foram desenvol- vidas para sapatas externas de contragdo. Sistemas de feio de duas sapatas internas de expansao so amplamente utilizadas em aplicagdcs automotivas. Como esbocado na Figura 16.8, ada sapata tipi- ‘camente gira em uma das extremidades em relaydo ao pino de fixagdo e ¢ acionada por um cilindro hidréulico na outra extremidade. O arranjo tfpico, como mostrado, posiciona o atuador hidréulico centre as extremidades nao rotuladas das duas sapatas, resultando cm uma sapata autodinmica no sentido de rotagzo do tambor e a outra sapata autodindmica no sentido inverso. Uma mola leve de retomo € utilizada para recolher as sapatas contra batentes ajustaveis, quando o freio nfo estiver sendo acionado. Os batentes ajustéveis sdo utilizados para manter uma pequena folga entre as sapatas ¢ 0 tambor, quando o freio no esté sendo acionado. 16.8 Freios de Cinta ‘Um freio de cinta (ou embreagem) emprega uma cinta flexivel, usualmente uma fina tira vestida ‘com um material flexivel de atrito, envolvendo um tambor rigido, como mostrade esquematica- mente na Figura 16,2(c). Este dispositivo simples esté esbogado em maioces detalhes na Figura 16.9, ‘mostrando 0 acionamento do freio de cinta através de um arranjo de alavanca. Para o sentido de rotagio horirio do tambor mostrado, as forgas de atrito horérias na cinta fendem a aumentar a forya trative Pe diminuir a forga trativa P.O Angulo de abragamento c esté usualmente situado dentro da faixa de 270° ¢ 330°. Escolhe-se um curto segmento clementar da cinta para descnvolver-se um diagrama ce corpo livre, como mostrado na Figure 16.9(b). Deve-se notar que a forga normal de tragdo P na cextromidade direita do segmento de cinta é menor do que a forca normal de tragao P + dP na extre- ‘midade esquerda, em razao da forga de atrito df, Se 0 segmento € definido por dois planos de corte radiais que esto separados por do, e escolhidos para serem simétricos em relagto linha de centro ‘vertical, 0 somatério das forgas horizontais do segmento pode ser escrito como _Atuadorhidrfuleo (cilindro da rods) Pos de nat, Ck ees oe PWeja 16-13), 1619, 16-47) 16-50), 602 / Capitulo Dexesseis Cinta level de argu b (actu orevestimento fixado) (o) Deseato ge. (©) Um segmented cit emu ing d copes Figura 169 Frelo de cinta simples. (P+ aP) cos — pcos - af, =0 (16-60) Para um éagulo muito pequeno de, cos Bm 6-61) ento, (16-60) torna-se ‘dP — dN =0 (16-62) O somatério das forgas verticais gera aN ~ (P+ dP) sen — Pen 16-63) Para pequenos fingulos, sent (16-64) *) =0 (16-65) ou dy =Pdy 16-66) Combinando-se (16-62) ¢ (16-66) dP —uPdg=0 6-67) £ = pay (16-68) Integrando-se os dois lados pelo éngulo de abragamento a mae i= [ts [ne ose aque gora n2t = par 6-70) on (16-71) Figura 16.10 Freio de cinta diferencial. Freios e Embreagens / 603 Referindo-se outra vez a Figura 16.9, o torque de frenagem 7, pode ser escrito pelo somatério dos ‘momentos em tomo de centro do tambor, O, para gerar w- -Rte""— 1) 1672) ‘Ainda, de (16-66) Pg = AN = pbRay 6-7) on A P= aR a6) onde pressdo em qualquer ponto do arco de contato {orga trativa na cinta no mesmo ponto rai do tambor Jargura da cinta Visto que a pressio € proporcional 2 P, ¢ P é maior do lado tensionado, onde acinta perde tangen- cialmente o contato com o tambor,a presséo maxima de contato p,.,, € de 6-75) ‘Rearrumando (16-75), (16-76) ce aequagio de tonque de frenagem (16-72) pode ser eeserits como T= DRpagll -€ “) asm Como em qualquer utilizagio de freio ou embreagem, a pressfio maxima p,,.. é limitada pelo mate- ‘ial de revestimento escolhido.’ ‘A forga de acionamento F, na alavanca, como mostrado ns Figura 16.9, éfungao da geometria da alavanca e onde a cinta flex(vel esté conectada, Se o lado tensionado da cinta estd conectado & réotula da alavanca no ponto C, fazendo-se o somatGrio dos momentos em C obtém-se Fa=mP, (16-78) = (m\( PRP w=(s)(%) vem Este arranjo é usualmente chamado de freio de cinta simples. Se a alavanca mostrada na Figura 16.9 for reprojetada de forma que o lado tensionado da cinta cesteja conectado 2 alavanca em um ponto distante do ponto de rétula da alavanca, um momento na alavanca é gerado em tomo de C que auxilia F,no acionamento do freio, Este arranjo ¢ usualmente ‘chamado de freio de cinta diferencial. A Figura 16.10 mostra um freio de cinta diferencial. Para de onde _- Cin fenvel de trgur b incu o 7 revestinemt xsd) Prono Atwancade [fF 7 sionamento =P =P nese posigio. © Veja abel 16 604 / Capitulo Deresseis este arranjo, a forga de acionamento F, pode novamente ser determinada a partir do somatério dos. ‘momentos da alavanca em relagio a C'como" F, (26-80) No sentido de rotagio e para o arranjo de alavanca mostrado na Figura 16.10, (16-80) revela que o fteio de cinta diferencial é autodindmico, ¢ se mP, = mP, 6-81) éautofrenante, Exemplo 16.2 Projeto de Freia de Cinta Um frvio de cinta esté sendo considerado para uso em uma aplicago que exige ums capacidade de wans- smissio de torque de frenagem de 3000 Ibt in em um tarubor, que gira no sentide hordrio, de ferro fundido de raio de 10 polegadas como mostrado ns Figura E16.2, Deseja-se projetar una alavanes acionada pelo é para ser posicionada sbaixo do tambore que exigirs uma forga de acionamento no major do que 30 Ib. Por razées ergonémicas, a alavanca ndo deve ser maior do que a = 20 polegadas. Proponia um desenho para. a alavanca, o material de revestimento e a largura de cinta que alenda as especificagSes de projeto. Solugio 1. Um fei de cinta simples seré examinado primeiramente, Se necessério, um fieio de cinta diferencial secd examinado em seguids.O arranjo de projeto mostrado na Figura E16.2 ser escolhido como pro- posta de projet iniial para aalavanca de acionamento, >. Da Tabela 16.1, escolha preliminarmente um material de revestimento tecido de algodiio" colado a ‘uma cinta de ago fina conectada em He C, como esbogado na Figura E16.2. O coeficente de atrito, da Tabela 16.1,€ 047 a «© apresstio méxima admissivel para o revestimento de tecido de algodao & de Pri = 100 psi Q ‘© A propostainicial soré posicionar a rétla C da slavanca na linha de centro vertical do tambor a uma Adistdncia de s= 12 polegadas abaixo do centro do tambor, 0. fixagdo da cinta no ponto B seri posi- cionada 10 polegadas para dieita do pooto C da rétuls da alavanca, tornando a cinta, naquela post- Go, vertical e tangente ao tambor, Deste modo o ngulo de abragamento ca comega na linha de eentro horizontal do tambor (@ = 0). ‘Accinta abraya em torno do tamber, eixando-o tangencialments em p= a, ¢ fixa-se &estrutura da r6tula da alavanca, no ponto C. Geometricamente, da Figura E162, ssp c's ee eo 364m % Resumindo-se a proposta, a = Wpolegadas ‘m = 10 polegedas di Larndacna eb Mata dervsinena Crs ‘gar 182 Sy Eshoro de arranjo proposto de alavanca para ti apical ete de nt spl F,S301b ‘Compare com (16-79) de um fei de cnt simples “Porque Meaibiidade¢ um eriéso iiporante. Freios e Embreagens / 605 8 g 4. Untilizando-se (16-77), 3000 = B(LOy;L0O\1 er" (8557.8) 0 3000 000 = 0,35 polegada 6) i= Ggg7g 7 088 Pega © Se uma largura maior b fosse escolhida para a cinta, a capacidade de transmissio de torque de frenagem {4 3000 IbF.in geraria um p,,, de menor valor que os 100 psi admissiveis. ce, Enito do (16-79), para uma largura de cinta de 0,35 polegada, a forga de actonamento sora do 10 /0.35(10)(100 Fam (2) (Re) = 5,3 wr o Visio que . Fy 153 < (Paran =301BE © 1s especficagtes de projeto sto satsfitas. ‘Uma largura de b= 0.35 polegada funeionara, por conseguinte, mas como uma questo de julgsmento Ue projeto, parece desproporcionsimente pequena. Pode-se escolher arbitrariamente b= 1,0 polegada, com o conhecimento de (5) que o torque de projeto de 3000 Ib'n poderia ser gerado com um valor Ae Paz menor do que" os 100 psi admissveis ede (7) que a mesma forca de acionamente (aceitével) Seria gerada pelo torque de frenagem exigico. Portanto, as recomendages de projeto propastas so de adoter a configuracio esbocada na Figura E16.2, com as seguites especificagdes 1, Utilize o material rvestimenta tecida de algodio colado a uma cintade 1 polegada de largura. 2. Utilize uma alavanca de cemprimento a = 20 polegadas. 3, Posicione o ponte da rétula da alavanca na linha de contro vertical do tamibor, 12 polegadas absixo 4 centro do tamer. 4, Posicione a alavanca de scionamento horizontalmonte, com afixagio da cinta no ponto B localizado «10 polegadas 2 direta do ponto C da r6tula da alavance, ‘aturalmente, muita outas combinagbessaisatGrias de dimensSes podem ser determinads. Sugere se validar experimeatalmente o projeto antes da produZo industil do freio. 16.9 Freios de Disco e Embreagens ‘Um desenho esquemético do freio de disco (prato) ou embreagem & mostrado na Figura 16.2). A ‘unidade mostrada engloba duas interfaces de atrito. A unidade é acionada apertando-se tum disco central rotativo entre dois discos coaxiais alinhados enchavetadas a um outro eixo (embreagem) ou apertando um disco central rotativo entre dois discos coaxiais alinhados enchavetados a um alojamento {fixo (feio). O dispositive é acionado pela aplicagao de Forgas axiais opostas aos discos enchavetados ‘externos, provocando o seu deslizamento c apertando o disco central entre eles, como mostrado, para ‘razer todos os discos para uma velocidade comum."* ener Revestimentocolado Tx Freie de disco Gnico ou embreagem nica. /w disco de enada Revestinento clade / (7 so ico de cada cH” Seidade potsdie | Beata de poten | Cr “a Zp" taterface 7 desta Visa (© valor seria dep, = 035/,0(100) =35 ps. ram foo, Ylosiade corm € nl. 606 / capitulo Dexesseis ‘Not: Como esbogato, 0 Diseos ranhurados pura potacia de ‘mero de interfaces entrada (sho mostrados 6 discos) se tta€ n= 10. Discos inhurads para 0 cixo de potncia de sada (so mostrados 5 dios) _ Entrada de potéacs Maneal ‘Qutras versdes do disco de freio ou de embreagem podem englobar apenas uma tinica interface de atrito, como mostrado na Figura 16.11 ou interfaces de atrito miitiplas, como mostrado na Figura 16.12. Os freios de disco sao normalmente considerados para prover a melhor performance ¢ a melhor resisténcia ao fendmeno de “fade” que qualquer tipo de freio. Visto que 2 configuragio de disco no 6 afetada pelos efeitos das forgas centrffugas,* é amplamente utilizada para aplicagdes de embre- ‘gem. Utilizando-se as versées de disco miltiplo, uma grande rca de atrito pode ser acomodada ‘em um espago pequeno, ¢ uma distribuigo favordvel de pressGes é usualmente gerada no periodo de acomodagio inicial. Devido & geragio de calor concentrada dentro do dispositive de freio de disco miltiplo e em fungao = pressfio de contato no raio r 5 Se or dipositivos tipo spats slo ulizados como embreagens (amos ox cncs giranda), ss xapatas eto seta x um campo de Forgas cet ‘Ho entre a spats eo ao (cpalasexeras), Verda para Iss de pings por exemplo, com esbogado na Figura 16.3. Veja (1629, “iio veare quindoo produo (pV) 6 nominalmente consume por toda ainterfce “ Freqhentemente raves de canegamento adequadamente distro por enla sxa ®Auposigd de desgase uniforme € mais conservativa pela vislo de rojecs. ‘Aconsanie do par de metrais px ser disponitlizada pelos abricantes de mateiis de ati Figura 16.12 Freio de disco miltiplo ou embreagem méltipla. Freios © Embreagens / 607 v ‘velocidade de destizamento tangencial relativo entre discos em contato, no raio r raio de qualquer érea elementar anular de espessura dr que localiza-se entre 0 raio intemo r,¢ o raio extemo r,, como ilustrado na Figura 16.11 n= velocidade angular relativa entre discos, na interface, em rpm Adotando-se a suposigio de desgaste uniforme, 8, =constante (16-83) ‘Combinando-se (16-82) ¢ (16-83) tem-se_ pr =constante 6-84) pode-t,entéo, observar que a pressZo méximap, ocomeré no rio interno, gerando, de (16-82) 8,= mbt, 16-85) Igualando-se (16-82) ¢ (16-85) leva a P= Pi (16-86) A partir da suposiggo de desgaste uniforme, referindo-se a Figura 16.11, a forca normal axial N, pode ser escrita como tae= [t= [Eran torque de atrto (torque de frenagem) pode ser determinado pela integragto do produto do difo- roncial da forca de arito tangencial, dF, versus o raio r, para uma érea clementar anular dA®, do raio intemo 1, até 0 raio extero Isto gera athe ~ 1) 6-87) (a = I rat, = f pee f ra" pa) 2rd (16-88) Realizando-se a integragio e utilizando-se (16-87), (Baa = HP mathe ~ 7) (16-89) Se um arranjo de disco mtliplo é utilizado como mostrado na Figura 16.12, 0 torque para cada interface de atrito & éado por (16-88). Portanto, se existem 1, interfaces de atrito em uma unidade ‘ultidisco, a capacidade de transmissio de torque de frenagetn ¢ dada por (Ta = BMP pact tz — 17) = mal e (16-90) Hipétese de Pressio Uniforme Para um proto baseado na suposiglo de pessdo uniforme, a as We I p= 2mrdr = pare — 7) (16-92) torque de atito para uma interface desta 6 de Cm = fF ts= [mpd = tema rOxrir) a 12 as.) 2 au? = 2) 2H Pa Ne rol") xe - A) Finalmente, se uma unidade de disco miltplo com n, ntefaces de atito 6 uilizad, : unde ~ 2) Tu = 2am, wal = ee N, 16-94) xe ja Figura 1611 608 / capitulo Dexesseis Pos fo nor Figura 1615 a f Frei de disco com pinga. ‘umade cada lade) i al Freios de disco com pinca, ilustrados na Figura 16.13, so freqjientemente utilizados em aplica- ‘ees automotives. Estes utilizam “pastilhas” de revestimento de alrito que se estendem circunferen- cialmente por apenas um pequeno setor do disco, com pastlhas com formato de meis-Ina apertadas contra os dois lados do disco rotativo. Visto que a maior parte do disco rotativo esta dirctamente exposta & atmosfera ambiente, a dissipago de calor por convecgdo ¢ intensificads. Adicionalmente, uum disco varado com aletas inteprais€ elgumas vezes utilizado para “bombear” ar através de passa ‘gens no interior do disco, provendo resfriamento substancial adicional. A forea de acionamento F, mostrada na Figura 16.13, 6 usualmente provida por um atuador hidrulico. As equagies para @ orga normal axial N,¢ 0 torque de frenagem T, podem ser imediatamente desenvolvidas de (16-87), (16-89) ou (16.94), simplesmente multiplicando-se 2 equagio escolhida pela razio @/2z, onde © & ‘Angulo subentendido no setor da pastilha de freio. O fngulo © usualmente encontra-se na faixa de -1l4.a nf2. O raio interno, r, para freios de disco, incluindo freios de pinga, usualmente esté dentro a faina de 0,607, «0,807, Exemplo 16.3 Projeto de Frela de Disco Miitiplo Um guincho tipo tamber de meiatonelada, de baixo cust, foi projtado pera levantar ow baixar uma car- {ga tl amarrada no final de um cabo flexivel, que estéenrolado em tomo de um tambor de 16 polegadas 4e ditmetro, como mostrado na Figura E16.3. Um repulador de velocidad centrifuga constant limita a velocidade de descida para uma velocidade méxima de 10 fs. © tambor de fero fundido pesa 300 Ibf © tem um raio de giragto de 7,25 polegadas. ‘Propouha um freio de disco mdkplo do tipo mostado na Figura 16.12, montado coaxialmente ao tambor, (que tema capacidade de parat completamente a carga dil em descida em 0,2 s, Uma restig20 adicional & ‘que a forga normal de acionamento necessériaN, (veja a Figura 16.12) ndo deve exceder 2000 Ib. _- Cabo fextel (cabo de 50) Figura E165 _- Tabor d fof; 30, Esbogo de um tambor de {s polegadts de dinero guincho, =\ o. ey von 7) ' ye) Linitador de velocidad“ | \ak ee auras de governadar | == centfgo deze smiles Qurosformatos st algumas vezes uilzads par a pasta Freios e Embreagens / 609 Solugdo 1. Visto que esta éuma apicasio de velocidede lena, ¢ que o custo € um ftorrelevante,aselegko do par de materais prefiminaresrecaira sobre ferro fundio eantra ferro fundido (seco). Da Tabela 16.1, as propriedades do ferro fundid contra ferro fundido so w= 015402 (Pridnrnase = 1502250 psi w Ta, = 60°F Vou, = 3600 fvmin 1 Visto que os discos de fera fundido sfo rigidos, a sposigo de desgaste uniforme deve ser wtilizada Para ostimar a forga atuante W,¢ 0 torque de aito T;necessério para aleangar as especificagbes de pro- Jeto, Conseqilentemente, de (16-87) ¢ (16-90), respectivamente, (Vu = 2M ar =F 2 ©) ey, ® Os requisites de disigagto de ener podem se estimados come KE=(KE)nne + (KE)ominay = Sab + Smut =P8)G) ahs . Extimando numericamente esta express, = npmaariee = A) = ma lox ay 1000 | r= 1f3 any (WY 1M 0x ' 3 = Hoe + 37.306] = 23.249 1bein 4. Para parararotapio do tambor dentro do tempo especificado det = 0,2, supondo desaceleraglio cons- tante, o deslocamento angular do tambar @ durante o perioda de frenagem pode ser estimada em von = (8) (© trabalho que deve sor exccutado pelo torque de frenagem para aingir as especificagbes pode ser e3- timado utlizando-se (5) e (6) como Srad 3) KE _ 23.249 ois Para ser compativel com o rio do tambor de 8,0 polegadas, um rao externo um pouco menor seré es- colhido para os discos, por exemple, r.= 6,0 polegadas. Recordando uma regra préica”* para a relago entre 7,© 7, , 0 rai interno do disco sera escolhido como = 15.500 Ibfin oO 1. 06r, = 0,46,0) = 36 polegadas ® {Para preencher as especificagdes que exige WN, = 2000 Int o eresolvendo-se (2) para pac ullizando os resultados de (e) ___2000 Pri ~ 99(3.6)(6,0 — 3.6) Este valor dep. 37 psi € muito menor que o valor depress admissivel para o par de materiis de 150 250 psi, com visto em (2, sendo, porto, aeitve. s Resolvendo (3) para ng uilizando a presio mxima admissvel de 37 psi de (9, um valor conserva- liv de p= 0,15 de (1) edo resultado de (7) = 37 psi (10) ‘Vein tarbim a Tabla A.1 no Apne. “Veit o ultimo paggrfo de 16-9.

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