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Eficiéncia Energética na Arquitetura — PROCEL ‘insert Curriculum redu: Roberto Lamberts Professor Titular do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Caterina {(UFSC),nesceu em Pore Alegre em 1857. Formou-se em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 1980, Obteve, Delamesma universidade,othulo de Mesire em Engenharia em 1989. Desanvolveu seu programa ‘Be Doutoraco no period de 1983 a 1988 no Department of Cll Engineering, The University of ‘Leeds, Inglaterra, Fol protessorvisitanie na UFSC em 1988 e 1989 eIngrossou no quacro permanente medianto ‘oneurse paleo realizado em 1989, Atualmente, participa dos cursos de pés-graduagso em Engenharia Gil (Mestrado), Engenharia Mecénica(Mestrado e Doutorado) e Engenharia se Producao estado e Doutorado) da UFSC, ralizando aividades de orientagao e pesquisa nas {reas “Eciénela Energética do Ambiente Constrvid, Arquitetura Bloelimatia, Conforto Termicoe Desempenno Térmico de Ediicacdes". Luciano Dutra Pesquisador na érea de Eficiéncia Energética do Ambiente Construido no Nicieo de Pesquisa em ‘Construgdo (NEC) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), nasceu em tai em 1967. Formou:se em Arqitiura ¢ Ufeenismo pela UFSC.em 1981, desenvolvendo trabalhos de pesquisa em ‘Conforte Ambiental jana fase académica. Sou Pojeto de Graduaci, 3000 thulo Agénc‘a Bancéria— alfislo Comerci,reoebeu Menge Honosa no Concurso Nacional “Opera Prima 1891", publcado ra revistaProjoto, edlgso 156cde eetembro.de 1292, edesenvoNvido em co-auloria com Ars Schit CObteve o tule de Mestre em Engenharia também pela UFSC em 1994. Foi professor de Conforto Ambiental na Fundacdo Universidade Ragional de Blumenau (FURB) tite 1988.0 1985. Nesta época desenvolveu diversos abalhos de design gro, entre oles ‘agao da logomarca do NPG, a oregso dos manuals de "Apicacao de Revestimentos Cerdmicos ‘Verso para Obra’ da Cordmica Portobello ea criagao das ustragbes para este livro. ‘Atwelmente esté finalizanda o desenvolvimento de um Mulimicia sobre Efciéncia Energétioa na ‘Arquitlura patrocinado polo RHAE @ pelo NPC. Fernando Oscar Ruttkay Pereira -rotessor Titular do Departamento de Arquiteturae Urbanismo da Universidade Federalde Santa (Catarina (UFSC), nasceu em Porto Alegre em 1956. Formou-se em Engenharia Cl pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 1979. Obteve, pela mesma unversicade,o tulo de Mestre om Engenharia em 1984. Namesma época recebou Mencao Honrosa no Prémio Jovem Cientista- 1982, CNP - “Conservagdo de Energia", como ‘tabaihoinitslado “Energia Ambiental: Um Catriepara Projto de Ealicagoes” Ingressou na carrera univeretria meciante concurso pico raelizado om 1882. Desenvolveu seu programa Ge Doutorado no period de 1988 a 1992 na School of Architectural Studies, University of ‘Shettel,inglatera. Atuelmante, participa em cardter permanente dos cursos de pés-graduagao em Engenharia Chl (Mestraco), Engenharia de Procucéo (Mestrado e Doutorado) e Engenharia de Segurengano Trabalno (Especializgéo) da UFSC, rcalzando alvidedes de orientagéo e pesquisa ras éreas “Insolagi lluminagao no Ambiente Urbano, Sisemas Inovatives de lluminagao Natural, Ecidncia Energética do Ambiente Construido ¢ Ensine de Conforto Ambiental ¢ Eficiéncia Energétioa em Eeooias de Arquitetura™. Eficiéncia Energética na Arquitetura Roberto Lamberts Luciano Dutra Fernando Oscar Ruttkay Pereira lustracées - Luciano Dutra io Pave 1807 Edigio PW Orifoos Eatores Assocados Lids, ores Al Wssondscs ‘valor Tounero Produgioedtoral Prokatores Astouados id, ‘Autores RoberoLamberts {eels Dave Fernando Oscar thay Poria Projet gre “cuusregdes | Luclane Dutra Lcbovignto 19 PW Getoon Eotores Asroiados Lita Coop 887 Lasane Duatuacsee |AMBERTS, Ropero oane NS sénetaenergétoa na arquietura) Roser Lamers, Lucian Duval Femando Oscar Ruteay Perea. ‘Sto Paul: Pu 1997 "825.1 rages Luciane Dora. 4, Aguila e ena. |. Dua, Lucian 1 Pereira, Franco Oscar Pues Tule 721001 (COU-FIDws16) EA Cuter PREFACIO ‘© PROCEL 6 um Programa de Combate 20 Desperdicio de Energia Elétrica, Institue ppelo Governo Federal, através da Portaria Interministerial n° 1.877 de 80/12/85, com o Objotivo de integrar as agses visando o combate 20 desperdicio de energia elétrica no pals. © despardicio de energia elétrica em nosso pais 6 bastante elevado, As estatisticas ‘mostram que 42% do consumo dessa energia se da nas edifleagoae resicenciais e comerciais ® que seu potencial de conservacdo om prédios ja consiruidos pode atingira casa dos 30% © ‘em novas construgdes esse valor pode chegar a 50%. ‘OPROCEL sabe que o principal elemento na execugdo de uma scificacao 60 arquteto. Portanto, um programa junto as escolas de arquitetura vem send desenvolvide, com o objetivo do esclarecer essa significante gama de profsslonais da importancia cada vez malor do uso racional 9 inteligente da energia. Dentro desse programa encontra-se a dlvuigacao do tema Uso efciente da energia, através do fornecimento de um conjunto de materiais cicaticos de ‘apoio a professores e estudantes de arquitetura, Est lvro faz parte desse conjunto. A idéia desta publicagéo nasceu de uma visita a UFSC, realizada em setembro de 1994, quando o PROCEL - Programa de Combate 20 Desperdicio de Energia Elétrica tomou conhecimento do trabalho de um jover e talentoso arquiteto, Luciano Dutra, que possul ‘dom da clareza na redagao e grande expressividade no desenho, O talento desse profissio- nal ea orientagdo dos protessores Roberto Lamberts e Fernando Ruttkay Pereira, arrbos pro- {undos conhecedores do tema abordacio neste trabalho, deram origem a este liv. A publica. {ga0 50 propée a transmit aos estudantes de arquitetura nogdes basicas Ge técricas de com. ‘bate a0 desperdicio de energia elétrica em ecificagoes, a fim de que daqui a algune anos os ‘novos ediicios possam ser projetados visando sua eficiéncia energética, ‘Se levarmos em consideraedo que nosso objetivo maior & que num futuro préximo os Projetos visem 0 conforto ambiental atrelado & reduc do consumo de energia, para que isso Scorra deveremos ter como pareeiros priortrios os arquitetos, icando entao caracterizada & ‘grande importancia de um livro como este para a formagdo dessa nova consciéncia, Esperamos ter atingido nosso propésito com a edicéo deste liv e contamos com 0 ‘apoio de vooés, fuluros percelros, para atingir nosso objetivo maior. MARIO FERNANDO DEMELO SANTOS ‘Seeretério Executvo do PROCEL APRESENTAGAO objetivo deste tv 60 de Introduzir 08 prncipais concetosraltivos 20 manojo @ controle do consumo de enerata nas ediicagdes, tendo come citrio central de projlo @ onforts dos usuarios. Um dos pressupostos ¢ de que os concetos fsicos bsicos precisam ser bern en- ‘tendidos @ assimilados quando so busca aplcar e implementar 0 contre ambiental de ‘modo intaigente. Para isso, 0 ivvo basela-se Intersamente em esquemas e diagramas Coneeltuals ¢ ansiogias pare gular leltor aa entenaimanto intulvo sobre como o aquecl ‘onto, resiamonto ¢ luminagao afetam as pessoas, oprojlo das ediicacoes e aenercla Ublizada pelos principals sistemas mecanicos e elévices. [Als moadios do século X, 0 arquiteto se via, de certo modo, obrigado a considerar as cconcigaes lmaions para o projelo do envoltrio ia eaieagoes: ora predis reoonna0et oom ‘ert dotano os ellie postvos @ nagatvos do cima, para 6 desenvolvimento de estates ‘sdequades ao seu eprovetiemien ou reeicao. Arépida evolust teenolégie pés-Revolugéo Indust] mudou quase tudo. Oarquteto fol toralmente iberado pera buscar outros paradigmas que no os reeultaias da coneidora- ‘seo dos elementos naturals Embova encontremos nesse perioco exerpios arqustonicos no- {veisnoe quais ss identifica a manutengao de pincipios bioclimaioos historcos, os desemN- vvimentos na area de sistemas estruturas, na producao do vero e, posteriormente, no avert ‘dalluz elética conirbuiram pera retrar a fungao térmica do envotirioe pesséla aos sistemas ‘macinicas de aquecimentoe retigeragdo, e para substitu as aberturasna fungéo de fontes doluz primaias. (Oambargo do patrsiao em 1979 # oconsequente aumento dos pregos ca anergias8- ‘ucltam a socledade,forgando todos os sotoes a reavaler suas pits de uso de ener. cides emergenciais, como conserver os recurses simplesmenta por nao ussoe, ot sis \desigando as lampades eajustando os termostlos, foram as mensagens paioticas 6o da, (© embargo coecou, mas os pregos co mantveram alte; além dio, a eociedad tem ‘Sido forcada a ncarar 0 apontar solugbes para a crosconta dogradardo ambiotal do panota. ‘Gom essa pressto ea oportunidad de uma resposta mas sensveleeltva para uma mudanice ‘de perspective no projeto do ambiente consirico, a aten¢do tem se votado para eealéclas e ‘fcidncla energéica através do uso mals clonal dos recureos natura. Enretanto, se para. clan ou investidor ineresse © 0 apoio a uma posigéo de uso ‘mais oficionte da snergia paasam apanas por uma anise de custofoenetia, para o arquitrs 3 questao 6 bom diferente. A tarefa assume outa magntde, exigindo uma reavalacso doe Imetocos eestategias de projet: iso exige a retomade de Um connesimanto Basico impres- opulagdes (nidrelétrcas), a poluigdo @ 08 Fiscos com a seguranca putea (ermosletrcas e nucloares).Além dleso, 2 suigencia de grandes investimenios do {governo nestes projetos implica arecucto fee invectimenton em outros aaae (ea, educagdo ¢ habtagéo), antagonizando a Idéla de progresso embutcs nessa politics. ae ‘tmpnda Incandencete 1 Puarssente Compocte ‘Aalterativa que se mostra mais adequada ‘2.osse quadro 6 aumentar a afeiéncia no Use do enorgia. Sogundo Gallor, 6 mais beraio ECONOMIZAR anergia do Gu FORNECE-LA, pols sereduz a necessidade ‘de gastos com 0 ator publica, passendo ‘206 fabrcantes de equipamontos © 206, ‘coneumidoros os investimontos necessérios Também se recuzem, com ‘66a solucto, 0s cusios de producao de ‘ateriais constrtivos, como 0290 80 ‘alumina, tornando sous pregos mais baios na marosdo interna s compstivo ‘enema, Valea pena rescatar que a energia ‘létrioa pesse por tes feses cistintas ate ‘chegar na edieacto: geragto, ‘eansmiseao, sinouigao e consumo. ‘Quanto malor foro Gesampenno dos ‘componanias do cada uma costas tases, menores serdo as pordas de enorgia do Brocesso como um toda. Ao arqutto cabs ‘concencso de projetos que possbiitem & ‘execugao de ecifcios mes e‘entes, Jogrando com esa postura © confor doe usuarios @ 0 uso racional ea energia. (© século xx tom sido partcularmente tél para a arcuftetura @ hoje, quando estamos ‘no final do séeulo, 0 panorama arquiteténico lover e pluralsa. Estos como o pés- ‘medemismo, ofigh-ech, 9 consinvismo e ‘ deconstnatvemo most experéncias ‘Sniicativas da preocupacao crescent ‘dor atguielos com a melhova éa qualidade das ediicagbes, inclusive considerando ‘sspectos de afciénea ancrpetioa 9 de ‘confor ambiental. A poderosa cascata no Pauihdo de Seviha do arquiteto Nicholas Grimshaw, por ‘exemplo, fez com que o eaticio ‘consumissa apenas um quarto da enargla (que seria necessari so fosse cimatizado ‘com ar condicionado™. Venn 0 (© instruto do Mundo Arabe de Jean Nowwel teve sua fachaca mais importante revestca ‘com dispostvos om forma de diatagma {que lambram a tapacaria arabe”. Esies tloments tam aus forma controiass ‘lotonicaments, erando dfrertos ‘condigdes de luminaglo e oferecendo protegao contra oso (use ea tuminagto natural & tame bastante explorado no Hong-Kong and —_> {nate de Mundo irabe com brie em deste ‘Shanghai Bank de Norman Foster, que se Ula linguagem high-ch eanstruindo elementos raietores dentro e fora do iio. Assim a luz 6 aistrbuide pelos verses andares, aumentance a qualicade {do ambiente sual no interior do acicloe ‘eduzindo o consumo de enersia para luminacao aril, ‘Shanga Bast Mas nem tudo 6 assim! Embore existam varios eattcios que respondem ae necessidades de desempanno termico @ visual, também exietom multos ‘exomplos ruin. A SITUAGAO aTUAL Da energiaelética coneumica no Bras (228 TWh em 1992), 42% 6 utlizada por cifcacdes residenciais, comerciais © ppblcas. Em 1992 isto epresentou 88 TWh e consumo, oque anlogamente equivale ‘2.um potencial de energia instalado semelhante a duse Mereltieasiguals ‘tspu. No setorresidonclal, 0 consume de onergia chega a 23% do tain nacional, ‘Senso qua nos sotores comercial ¢publico choga & 11% ¢ 8% respectivamente™ Consume de anargiaelétics no Bast So.0s arquitetos ¢ engenheiro tvessom ‘mais conhecimento sobre a sfléncia, energetics na arquiteura, 20 nivel do projet ou de especicagio de materiis © ‘equipamentos, estes valores poderiam ser Yeduzidos. Além de evitar a necessidade de Maior produdo de elevieidads no pas, {sto retemaria em benefice dos suarios ‘come eeonomia nos custos da obra emo ‘consume de energia, © consumo de enero eerie no setor Fesidoncial fi o que mais erescou nos titimos anos, sendo gue. consumo total de energia no pale quasetripicou nos ditmes ‘doz0it anos. Netto limo, opotoncial ‘létrco insiaado no Bra e torera insuftente em brave, tomando Inevitével a construgdo de novas usinas ¢ 0 ‘consequente impacto ambiental. TamBgm 4 importante rssaliar que as reservas de diminuindo com o tempo e que no & Possvel constuirusinas hdeolétricasindetinigamente, pole edo imitados o8 locale quo ‘Viabitzam eua implantagso. Este cendro tna evisente para 0 meroado futiro de enerGia ‘letrioa a necossiaade de conservagao, CONSUMO NOS SETORES RESIDENCIAL, COMERCIAL E PUBLICO £ importante que se entonda que em uma indivi @ malor pate éa enero erica ‘consumidia prover das maquinas (consumo que independ do projeto aquiteténien), limtanco a atuagao do arquiteto no sentiso ce economia enargia, Desia forma, 08 satores reskdencial, comercial ¢pablico concentram a parte signticatva 6a atuacao do projetsta, ‘em aumentar a eficéncia energétca nas edicagces (Como fi cto, do total da produgio nacional de anergia elética, 20% se destinam a0 use ‘om arquitoura resigencal A cisvbuigdo deste consumo pode se vista @ seguir. Observe-se que 2 malor parte da enersia consumida om res geladeiras, chuveiros lampadas. Ao ar concicionado, apenas 7% do total 6 Gestinado, ordm o uso deste aparaino a nivel nacional é ainda paqueno (apense 6% dae residéncias Possuem ar condlsionado). lec indiea que, com o dagenvolimento aocll ereecente 0a Pouca qualidade das consirucbes aluals, a aquisiggo desse aparolho cord cada vee male Significativa, podendo se tomar um problema em Brave. Do total da produedo nacional de energiaoldtrca, 19% sio usados om ediicos ‘somercias e pubicos. A distribuigdo dese consumo segundo o PROGEL™ pode ser vista na proxima pagina <—_P> bserva-se que iuminagdo @ ar condicionado sto os ‘esse aetor. Os dacos sobre 6 consumo por metro dus ‘2m aditcios comerciais © pibiicos no Brasil nao sae muito esis presenta os principals usos finals em ealicioe comerciais om Sao Pa (9m méda'o consumo com lluminaglo & de 48%, com ar condiciones ‘ober GELLER ule. Observase que 20% ecom oultos Em Savor os eiicos oomercais mais a ‘consomem ern media 80 kWh ao ano, ot fenvidracados) consomeorn ern mécia 139 Mi eifctos que consomem até 940 kWh rtigos (que possuem maior massa trmice) quanto que os mais rooeres(normalmente «Whvm" a0 ano © No Rio de Janeiro existe -20 ano (méala eta em quatro eaiiios comarca), => Se ‘endo 0 ar condlclonado rogponsével por |_normas de efciéncia energetica em ‘50% deste consumo". Jd.em Florandpots | odiicagéee. Atualmento o Braeil participa ‘ammécla so stua om 120 kWh ao ano, luntamente com Bangladesh, Sotsuana, ‘onde o ar conclcionad representa 0% India © Nicaragua, entr outros, da lista ‘Seat valor overdo, chogance 2 70% para | de niagdee que ainda no poss ‘eaicios envicragacos™. rormas de eficiencia energética em ‘odifcagdes. Para que este quadro se reverta 6 importante o desenvolvimento do normas ligadas & ediicagdo e 20s ‘equipamentoe responsave's pelo uso tinal {da energia. Tambam sao necessirios © troinamento e 2 stualzacto periécicos os protsslonals envaivicos com 2 feioagao com relagao 20 Sevenvolvimonto tesnalogico, pars que SoiicagSeeleverarn A mnplamentagao ce | possam somprreseas norms. A NECESSIDADE DE AATUAGAO DE CADA PROFISSIONAL E errénoa a ita de associa 0 trabalho do arqultsto apenas &elaboragdo do projeto ‘nruiteténieo, passando aos euros profislonais a responeabildade da excourao dos projets complomentares e, posteriormente, do eulfclo. Os problemas precisam ser 2 seh. rqitetn cone ceordenmdor do process ‘coretamente definides - um processo que tem sico enormemente negiigenciado. A matriz ‘Ge espostas para as ciferontos mas interaisctonadas quasioes ce projeto dave sor ‘Soordenaca para, #0 muss de procure reaullados uperpeston,cheger @ um resultado Integrado. O ideal © que o arquiteto tenha 0 conhecimente bésico ce todos 08 concaltos <=> Pcaprotot felativos a0 desempenno energético de tdifcagses para tomar possive eficiente ‘8 multelecipinaricect co e0u projet. (Os msterais de construeio tim uma forte Influsncia sore a conaigdes de contors io ambiente interior. A especticacao dos. ‘atorials exige 6 entondimento de suas propriedades ¢ de sua adequacdo as Caractorsticas plasticas do projeto. © uso {Se isolamento térmico ou proteego solar fom paredes,janclas @telhados, o tipo de tatha #0 tipo de vidro emprogado nas. Janolat devem ser estudaoe a fim de se teviiar ganhos temicos excessivos e obter ‘alhorlas nas concigoes de contorto no Interior Esta tarefa Gove sor balanceada nite engenhelros cvs 6 arqultotos, Sevendo aelos coneatos estar presents esde as etapas iniciais do projeto arquiteénico. Um melhor aproveitamento do cima pode ‘ser obtide pelo planejamento apropriado a detalhes da edficacao. O paisagismo, ‘ otlentagdo e a escolha da tipclogia ‘rquitetGnica sao fundamentals na ‘sdequacto do edie ao cima. Algumes deciades do arquteto quanto a lecalizagéo de abortures, pot exemlo, ‘Bodom molhorae a vontlagae cruzadia do lum ambiente @ 0 ganho de calor solar no invomo. Os eispositves ce ‘Sombreamento devem eer usados de ‘maneira a ovtar a penetragao co {adlagao solar durante 0 varao e permit S entrace da raciagao, aquecende passivamente as salas, nos periods ‘los. Além disso, a execugao da obra deve ser {9 acordo com 0 projet, garantindo 0 ‘bom desempenho da ediicacao. O fengenneiro mecanico Geve saber ‘lmensionar corretamanta osistoma de ‘ar congietondio do um edtioto ‘onsiderando oprojeto arquitetonico eos ‘uidados que o arqultetoteve para fedugdo das cargas termicas, Ge forma a cevitar desperdicio de onergia. © engenheito eletricista, ao elaborar 0 projeto de iluminagao, precisa considerer ‘blu natural ea ava intogragao com = Scifcial, Bom como eepeciicar luminarias, lampadas e reatores mais tcientes sistomae ce controls a liuminagso. Temaam # funcamental 2 listiouiggo correta dos pontos de luz, {que podem ser drecionacos para tluminagho de taretes, possibiitando maior efieléneia visual nos amblentos do trabalho e, conseqientemente, menor consumo de enargia. ‘Acnergla que ediicagao consumiré tom fe tornado um fore determinanie na ‘Secisio dos sistemas de controle ambiental uiizados. A analiso co to importante para o procasso de pojeto ‘Quanto qualquer das outras ferramentas Usades comumente pelos projetisas. (Gabe 20 arquiteto coordenar a Interlocugdo dos varios profissionais com objetivo de mothorar a eiciéncia ‘onargética de sua concopcéo arquitetonice, participou de diversos momentos Fistérioos, cade qual com suas especiicidades culturais, sociis @ Teenoiogions Se sdave-ge lombor quo a arguitotura co dads climiticos de diversas cidades ‘Sncontra hoje om um panorame que toma | bracloras 0 da earta bioelmatcs para ‘cada vez male nevessério 9 contole do. eciicacdes serao abordadas 2 ‘Consumo de energia isto, como fl ete, | ssirategias naturs para aumentar a Indu & novessidage de concaber Sfciéncia energética da arquitetura sob 0 ‘eifeagSes com melhor eicdncia onto de vista do tio @ do calor. ‘enorgétca, Para que esta realidad so {ome possiveléuigente aos arqutstosa No gexto capitulo sto Vistas 28 estatepias ‘compreensao do canforto ambiental {o projeto mals indicadas para a arquiteture Consogdentemente, oeonhecimento dae residence para a arqultolura comercial. € Interrolagdee de és catogorias distintas _esclarecida a importancia da uifeagan de ‘varavers olmatieas, vanavels sistemas naturas para resicéncias e ca varaveisarquiteténicas. O bmizagan dos sistemas ations 6e Segundo capitulo ceste Ivo apresentaré | climtizagto ¢ luminagéo para ecicios as principals vaiavels cimsticas do comercial. Ressalese 2 Imporancia dos Interesse para 2 arquttcture.Atemperatura, | recursos de simulacto para os estudos de ‘omovimento do at, a umicade rlatvaea | conguma de energia em eciicacdes tree 2 frciagso solar sto fnores cimaticas que complesidade de trabalnar races as, Docom eer aabiementeexplorasos na vargvels simuttaneamet rquitetura com o intuto de garantt 0 ‘confora dos usuarios aa consequenta ‘Ap6s as conclusbes sobre 0 assunto, sto ‘ecionalizagao do uso da energia. abrescentados nos anexos varios ‘oneettes sie e uma tabeia com {A seguir, no tereiro capitulo, s80 ‘ondutlvidades térmicas para dversos ‘ectudads os concatos de conforo térmico | materiais de construczo, ullizada para (visual do homer - varivels humanas ‘tlculos de trensmitaneta térmica, ‘romissas para a eflciéncia energetiea na arquiteture. No quarto capitulo estudam-se as Principals veréveisarquileténicas que Podom ser trabalhadas como fundamento Bara projtos de ecieagses male ‘adoguadas ao clima eas necessidades de ‘onforto do homem. Elements comoa forma ea fungae arquittenica, 0 ips de echamentoe uilizadoe na consinigao 8° Use de eistomes aticiais deluminagao © {Ge condicionamento 20 fatoves importantes © decisives com relagko 20 esempenho energético da arquitetura. [A seguir sort esclarecica aintervelagto 1 todos estes ftores atraves da Biocimatciogia, tems do quinto capitulo Go lvro. E ai quo afloram as questoos quo {ornam possivel o controle do consumo de conorgia de uma odficacdo. A partr dos => bcarmuiot REFERENCIAS | VITRUVIO, ML; [1982]. Los oz eros de arqultectura. Eaiore eri 8. ‘A, Barcolona 2, ENARCH'S3; [1889]. Architetture bioclmaticn-bioclmatic architecture. Be Luca Editore, Rome aly. 8 RUDOFSKY,, [1961]. Architecture tnithout architects a short introduction to1nen peeigread architecture. 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Tempo éa Varig clara das condicbes ‘tmostéreas, enquante quo cima 6a tondligio médka do tompo em uma dada regio, baseada em mecicoes (formalmente durants vinta ance). AS ‘varagoos cimétioes sao avibuidas a blamentoe de controle, ais como: proximidade & agua (pois agus se fguece ou estia mais rapidamente que ‘era; alttude (a temperatura do ar tendo a diminulr om o aumanto da altude): berreras montanhosas coerenies oeeanieas. Os fatores ciméticos atuam deforma Intinseca na natureza.A acao simultanea das verive's lations tera infudncia io fespago arqultotbrico construe. Enirotento, por necees.cade de omar esta ‘lapa de analise mais clara v organizace, $e achou convenients civic o cima em tres escalnscitinias porem inlssocidvele: rmacroctima, mesoctima e microcims. MACROCLIMA ‘As variévels do macrocima sto ‘Guantiicadas em estagbes meleorolégicas. Podem descrever as caracteristcas eras, ‘do.uma regao em temos de sol, ruvens, temperatura, ventos, umidade e precintagées. O conhecimonto dostas ‘arlavels éfundamontal para o projeto de ediicagées mals adequadas 20 contorto do seu ocupante @ mas eicientes em termes Se consumo de energie, Os dados climatioos mais itundidos no Bras sao as normals cimatoiogiens, publcadas pelo Instituto Nacional de Metecrologia ‘NAO “TENA MESO De BPE O.LockL = 0 Cima! A GUANTIDADE DE RESHISIAS ARQUITE TONICAS coUTINUAEA BENTO ENCRME E Ay ResteINGie€ "A CRIATIVIOADE. DO AOD TEND] Entretanto, ofato de estes serem ‘composios por valores mécios ¢ extremos: Timita bastante sua aplicagao no estuco da ‘eficéneia enorgética na arquitetura, Devido A varlablidade do tempo metaorologico de la para ca, © pelo fato de aresposta termica da ediicacao estas, multas vezes, ligada ao cia antrior, a andlise das ormais, de dias tipicos de verao einverno (04 de temperatures de projato, no 6 suficente para avaliaro desempenho tenergético de um eaificio. O Ano Climético {do Raferéncia (TRY, do inglés Test Reference Year) € a base de dados mais precisa para uma andlise completa da adequagao da edificacso ao clima local. Fomece a possibildade de simulagao horéria do consumo de energia durante um ano, possibiltando a avaliagao do custo- bboneficio de opedes mais efcientes. Em Floriandpolis oi eto 0 tretamento dos {adios climaticos para algumas cidades do Brasil", paraa detinicao do TRY. Estes B Poctgde retetiva do Sol poente #2 pine SO vaniaverscumaricas | nublado for 0 oéu. Nestes casos, a parcela rota da raciacao solar se reduz bastante fe todas as fachadas de um edifcio tenderio a recaber @ mesma quantidade e raciagto ditusa, Na escala macroclimtica, a obtencéo dos ‘dados de raciacso solar deveria ser feita or medicées, de proferéncia jé separando 2 radiagdo om suas parcelas direta e ‘itusa. Estos valores poderiam ser medidos diretamente para as superticies verticais © horizontals (0 idea) ou medidios apenas para as supertcies horizontals, sendo Corrigidos posteriormente para as verticals, atraves de métodos de célculo. Porém, 0 {ue ge utliza normalmente no Brasil sao as ‘ormais clmatolégicas (valores médios de horas de sol) ou estimatvas feitas a partir dos valores de nebulosidade do Ano’ Cimatico de Reteréncia, A modieao da radiagao solar poderia evita toda = Impreciséo de trabalhar com os dados de nebulosidade, que sao registrados de forma visual (Sem instrumentos), fcando & ‘meroé da eansiblidaca do olho de quem faz a observacio, Infelzmente ainda sé0 poucas as estacdes que medem a radiacdo Solar instantanea (Wim') no Brasil. Entre ‘outras pode-se destacar a estacéo do Labsolar da UFSC, que estéintegrada a uma rede internacional de medigées (SSRN Base Line Surface Radiation Networ) ‘Aluz solar dretaiumina uma superficie normal com 69,000 8 100,000 lux". Este valor & muito intenso para ser usado (Curso de Pés-graduacéo em Engenharia Givi, UFSC, Flosanépots, SC. FONSECA, M. R; [1988]. Desenho solar Ed. Projeto, AB, Bahia. SZOKOLAY, SV; [1980]. Environment ‘selene handbook for architects and builders. The Construction Press Ltd, Lancaster, UK EVANS, J. M; SCHILLER, §; (1904). Disero bioambientaly arquitectura ‘solar. 3 ed, Serie de Ediciones Provias. Facultad de Arquitectura y Urbanism, Buenos Aires, Argentina, KOENIGSBERGER, O.H.; INGERSOLL, T.G.s MAYHEW, A; SZOKOLAY, S. V; [1977]. Viviendas y editicios en zonas Ciélidesy tropicales. Peraninfo'S.A., Madrid, Espanna. PEREIRA, FO. [1993]. Luz sole crete: ‘Tecnologia para melhoria do ambiente luminico e economia da energia na ‘eicagao. In: Il Encontro Nacional de Contorto no Ambiente Construco. Florianopolis, SC, pp 257-287. ‘COMMISSION OF THE EUROPEAN COMMUNITIES; [1882]. Energy con- scious design: primer for architects. BLT. Batsford Lid, London, UK. OLGYAY,V; [1973]. 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CONFORTO TERMICO re) hhomem é um ser homeotérmico, ou sea, a temperatura interna do organismo tende ‘a permanecer constante independentemente das condigdes do ci ‘Com 0 uso do oxigénio, ‘© organismo promove a quaima das calorias exstentes nos alimentos (processo conhecido ‘como metabolism), ransformando-as em energia. Assim & gerade o calor interno do corpo. Entetanlo, sempre existom trocas temicas entre 0 corpo humano e 0 meio. Na figura abaixo ‘observa-se que estas trocas podem ocorre por condugdo, conveepéo,raciagéo e evaporagéo. ‘Troces termicas ante corpe humane 9 meio MECANISMOS TERMORREGULADORES Havendo ganho ou perda de calor, pode ‘ocorrer uma tend@ncia ao aumento ou & EE ‘aumentar sua rugosidade, evitando perdas {de calor por conveccéo. Apés o arrepio, se 0 fio ainda for agressivo, haverd 0 aumento do metabolisma entre 30% @ 100%, que pode se manifestar pelo tremor dos misculos. Assim o calor produzido Internamente seré maior, compensando as pperdas do organismo para o meio. A partir dal o homem ianga mao de mecanismos Instintivos (como curvar 0 corpo, ‘boa distribuigao de iuminaneias: * auséncia de ofuscamento; * contvastes adequados (proporcéo de lumindncias); ‘s bom padréo e diregio de sombras. Dove se restallar que a boa ditrbuigéo de lumindncias no 6 sindnimo de uniformidede = ‘que o contraste @ 6 padrao das sombras dependem da tarefa visual. NIVEL DE ILUMINAGAO importante balancear & qualidade e 2 quantidade de lluminagdo em um ambiente, bem ‘como escolner acequadamente a fonte de luz natural ou arfcial. Torna-se dificil, no entanto, festimar as preterdneias humanas @ luminecao, visto que ests fator 6 subjatvo o varia Conforme 0 sexo e a dade da pessoa, «hora do dia eas relagbes contoxtuais com o local. © ‘emprego preferencial da luz natural permite &s pessoas maior toleréncia &variagéo do nivel de iluminagéo. Também se pade dizer que, quanto mais complicada a tarefa a ser ‘desempenhada em um ambiente e quanto mais velha for a pessoa, tanto maior deverd ser 0 rive de iluminaedo de um local. A liuminagao insutlelente pode causar fadiga, dor de ccabeca eittablicade, além de provocar erros e acidentes ™. [No Brasil, a Associagdo Brasilera de Normas Técnicas (ABNT), través da NB 57, fxa as |Huminancias misimas a sorom atingldas om fungao do tipo de tarefa visual”. ‘De forma simpiiicada pode ser feta uma verticagso incial do nival de uminacéo ‘ecessério em um ambiente conforme a tabela ababxo. Entrtanto, para uma veriicagdo ‘mais precise, 08 valores constantse na NB 97 Gover Ser seguidos. O sensor a ser utlizado para desenvolver ‘as medigdee de nivel de lluminagao é uma fotocéluia (elemento sensivel az). ‘aparelho geralmonte destinado a estas, medigoes @ chamado luximetro, CONTRASTE CContraste 6 definide como a diferenca entre a luminéncia (briho) de um objoto © = Tuminaneia do entome imediato deste objeto. Em pleno dia podemos perceber ciferencas de lumindncies de até 19%, mas sob condig6es precirias de luminagdo até dferencas de 10% podem passar despercebidas. A sensibiidade a0 contraste melhora com o aumento da Fminancia, que por sua vez 6 fungao da iluminacao, até certos limites (possibilitade de ‘cootrerofuscamento), Uma aplicagso importante da sensiblldade ao contraste 6 a ‘tuminacdo de sinalizagao de emergéncia ipo “seida’. No caso de incéndio deve haver um alto ‘contraste entre osinal eo ambiente chelo de fumaca para permitr que o mesmo sea vsivel. ‘A avaliaco do contraste pode ser feita forma simplificada observando-se as seguintes ‘axas de proporeéo de luminancias: {As lumindneias podem ser medidas por um fotémetro especial chamado ‘uminancimetro Tal Instrumento mede luz proveniente de um Angulo seid que varia {Ge 20° alé 0,39". Os levantamentos da istibuigdo de luminancias no campo de ‘viedo mantido por uma pessoa, no desenvolvimento de determinada tareta ‘Visual, podem eer itels na solucao do problemas visuals existentes. OFUSCAMENTO Quando o processo de edaptacio ndo transcorre normalmente devido a uma variagio muito ‘grande da luminagao e/ou a uma velocidade muito grande, experimenta-se uma erturbagso, descanforto ou até perda na visibilidade, que & chamada ofuscamento. O ‘fuscamento pode corre devido a dois efeltos distintos: += contraste: caso a proporgdo ene as luminanclas de objetos do campo visual seja maior {do que 10:1; + saturagor o olho é saturado com luz em excesso; esta saturagio ocorre normalmente ‘quando a lumindnela média Ga cena excade 25.000 cali. (0s ofuscamentos podem eer clasificados como desconfortévels ou perturbadores © inabiitadores (igura abaixo). Os peimeios nao impedem nocossariamente © desenvolvimento da tarefa Visual. Sao aiibuidos a tendtncia do olho de se fixar em objetos ‘04 pontos brihhantes dentro do campo visual (ontes de luz au reflexos intensos em ‘superficies muito polidas).O grau de desconforto produzido por lumingrias @ tungao de ‘uatro parametros: umindncia da fonte, tamanho da fonte, ngulo entre afonte ea linha de visdo do observador @ a eapacidade de adaptacao do observador. O ofuscamento Inabitador impede o desenvolvimento da tarefa visual, o quo pode ser muito perigoso em Certas circunstancies. Este tipo de ofuseamento pode ovorrer de tres maneiras: * Expathamento de luz pelo crstalino, produzindo uma lumindncia na retina, encobrindo a Imagem da cena; + Tempo insuficiente para o olho adaptarse a uma diferenca de luminancias; * Imagens fantasmas procusidas por flash de cimerasfotogrétieas,visao do Sol, fais; 0 ‘provesso de adaplagao relinal lento sotte um dIstirbio devico & luz excessiva; 0 cérebro 5 confunde o continua a ver imagens da fonte de luz, altemnando o positive © negativo ‘numa frequéncia Georesconte; a visdo 6 restaurada apés cinco a dez minutos. ILUMINAGAO ESCALAR E VETOR ILUMINAGAO ‘As condigses de iluminacio S80 usualmente descritas, medidas ou ‘eepeciicadas em terros de fluminancia ‘hum dado plano, mals frequentomente num plano de vabalho horizontal (lomada a uma [ltura entre 0,75 20,80 m) e, em algumas vezes, vertical ou inclinado. Em outras palavras, duminagao planer Entretanto isto ‘ao desereve totalmente as condigoes de jtuminagae. Uma ceria iuminacao pode ser produzida por um astreito raio de luz, vindo Ge uma determinada girecso, ou por um ambiente onde a luz vem de todas as rages, Um sensor de luz plano registra a luz proveniente de um hemistério eno distingue entre um ralo de luz e um ‘ambiente difuso, Exster cortos amblentes, tals como pracas de esporte, paicos, rmuseus, estradas otc.,onde 0 objeto Cenival de tarefa visual 6 essencialmente teidimensional; nestes casos a luminagao planar oferece pouca informacao sobre as foals condig6es de iluminacéo. a * lluminagéo escalar 6a llumindncia média recobida por uma pequena esfere, proveniente de todas as drocoes, isto 6,0 Fuxo total ineidente na esfera civdico pela ‘sua eupericie (medio em lu). + Vetoriuminagao 6 uma figura composta, apresentando magnitude o diregao. Sua magnitude 6 a ciferenga méxima do iluminagao entre dois pontos slamotralmente opostos na superficie de luma pequena esfere. Sua direcao é dada pelo ddmetro que liga os dois pontos que ‘presentam a maxima diference Em goral a lluminacéo uniformemente Pcaptuios ‘Apts estes concatos,é importante ressatar ‘que 0 contort térmico eo conforto visual ‘dover ear considerados em conjunto no projet arquitetBnico. Esta viséo integrada Torna posswvel o bom desempenno cenergétice da arquitetura, que, sendo adequada as necessidades do usuiri, ‘consumiré menor quantidade de energia ‘para conéicionamento termico e luminacdo REFERENCIAS 28. RAMON, F; [1980]. Ropa, sudory architecturas. H. Slume Ediciones. Madrid, Espana. 27. _ASHRAE: [1999]. Handbook of Fundamentals. American Soclety of Heating Refrigerating and Air Conditioning Engineers, New York, USA, 28, _INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION -ISO 7730; [1984]. Moderate thermal ‘environments - Determination of the PMV and PPD indices and specification of the conditions for thermal comfort. Geneva, 29, FANGER. P.O.;[1972]. 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Para que Isto se tome possivel, 6 necessario o estuco Ge variaveis arquitetonioas como a forma, a funcao, 03 «fipes de fechamonto e os sistemas de condicionamento {(climatizagao e lluminaeso). Estas variévels interagom Simutancamente com 6 melo ambiente e com o homem, Do arquiteto dependem s adequagso da forma ‘arquiteténien & sua funedo (@ vice-versa) o a correte Sopecificagao dot fechamentos e sistemas de ‘Gondicionamento utllizados no projelo. O projeto Sonsciente deve bucear tirar partido de cada uma destas Verldveis para gerantir20 edificio uma perfelta interacéo entre © homem e 0 meio em lodas as escalas (urbana, arquiteténioa, construtiva e Imediata). A FORMA |: ‘grande infeneia no conforte ambiental, ‘9m uma ediicagto © no sou consumo de ‘nora visto que interfere dirtamente {80048 06 fuxos de ano interior eno ‘toler o, também, na quantidade de uz @ Calor solar recebidos pelo edifcio. A luz ‘natural, alm do sor uma variével ‘mbertal, ode sor enfocada como ‘elemento de projto, Seu carater simbdiico, por example fol exploraco com maestia nas catecrais do periodo geen, onde az tepresentava a prépria dvindade. ‘Com relacéo 20 contort térmico, a influencia da forma arqutetonia j fi ‘evideneiada em varios locas do mundo, ‘como na cidade de Marrakesh, em Marrocos, onde as eificacdes foram ‘consiraas de forma a candiizar para.o Interior da cidade a brisa que ver: do mar (imide erefrescante). Da mosma manotra, Vento quente continental desviedo pela forma das ediicagoes, possibiitando ‘A quantidade de raciacéo solar queincide cm cada euperficr externa de uma farquitotira ¢ varie segunco a onentagso ‘2 epoca do ano, Ito significa que 0 ‘mesmo volume de espaga interior pode ter ‘ormas diversas, apresentanco Comportamontos trmicose visuals Gistinlos (igura abaixo). Assim, a forma frquiteténica 6 uma importante varidvel ara as condleses inlriores de conforto ‘em conseaiéncia, para‘ desempenho {energétco da eeficagao. Apenas a ferentecistribvicao das janelas em um ‘volume daco, por exemplo, colocando-25 suporicio ou mouificando area amento, ja implica variacoes ‘érmicae ¢ visuals do mierocima interme Ainflunen da forma arqulteténica no Cantons térmico tamoém pode sor ‘bservada no ial (cua forma hemistrica iminuta supertcie de contato com oar ‘exterior minimizando perdas de cal eno halé das montanhas (cuja cobertura ‘atamente inclinaga evta © acimulo do ‘eve, promavence maior exposiggo sos ‘aioe sare). tatu cate nae montana [No nico do séeulo, Frank Lioyd Wright criou a expresso arquitetura orginica. Se projetos buscavam se adequar completamente ao entorno, respetando 08 element Paturais do local. Wright etabovou também as prairie houses (eases de campo), onde os {elhados generosos permiiam grandes draas de sombra co longo do dia, alm de serem ‘ principal elemento orquestrador da volumetria arquitetonica. Nos projetos de Wrght se pereebe 0 uso amo da iuminagao natural no sertide de evar espages aconchegantes © ‘Ge destacer elomentos da propria arqutetura de iterores. Le Corbusier, com a utlizagio depicts, ermitia& arquitetura descolar.se do sol, Incrementando a permecblicade &circulacao de pedestrese & ventiagao no trreo.Além <=> ZT do ete dos pilots, a arqultetura pode Interior no movimento do ar de ovtras formas. Um doe efatos do iuminacio male Interessantes nahietoria da argultetura foi ‘defencido pelo movimento De Sif, mais ‘conhecico come neoplasicsmo °°. Na Casa Sonréder de Rieteld no ha janotas, ‘mas sim aberturas com um papal avo em (potiedo a focharerio des superficios das Dareces. estes fochamentos sso planos quo fra so apreximam, ora se afastam, ‘algano rests para passagem da tuz ‘atl, que valria 0s espapesintorioces. [Alb da onentacto e da forma do volume, ‘os materais dos fechamentos externos so Important para defini a estratura térmica ‘ea qualidade da luminagao natural na habilagao, ‘ose projetar um conjunto de nabitagbos, Dodem ser dstinguldas varias solucoes \olumatricas. Por xemplo: & possivel ‘Compor todos os volumes separadamonto ‘come easas colada ou constuirum inico ciclo residencial Rae Exietom desigualdados formais nas duas ‘olugdee da Agura o, consequentemente, dosigualdaces tormicas 0 visuals. Na primeira solugao, todas as supericies ‘externas estao expostas @ radiagao solar ‘2a voriagao, Neste caso é possivel Fecaber luz @ calor solar também pela ‘obertura. Na segunda solueso existem Unidades mais expostas e outras menos fexpostas, de forma a criar ‘comporamentos térmicos o visuals Siferontes. Também € evidente que & ‘mudanga de orientacio das construcses alteraré mais 0 desempento térmico do elo do quo o da casa isolada Isto ‘Scomtece porque, om uma casa isolada, a ‘Cobertura ¢ responsivel pein maior parte ‘Sos ganhos de calor. Estes ganhos no sto influenciados pela mudanca de orientagao. Esta complexidade ce solugbes arquttetoniees liad & civersidade ‘limatica do Brasil oma ineviével a ‘ecassicade de simulacdo das eciicagoes. ‘Apenas assim so pode ter uma eta ‘rocisa do eal comportamento térmico @ ‘Siewonela energética de uma future arguitetura, AFUNGAO -Aigune arguitetos consideram que a jungle @ conseaténcia da forma, outros ‘ue forma segue a funcao, No entanto, 2alternativa mais correta seria Considerar ambas com a mesma prioridade desde © inicio do projeto. Embora a fungdo a que se destina um tedifclo possa estar atrelads a uma forma reconcebids, € capaz, no entanto, de Sofrer mociiieagoes apés a ocupagan e a feonsequente apropriacao espacial. E possivel que uma arqultetura funcional eabe por se tomar desconfortdvel ineficente durante 0 desempenho ‘arefae no sou intrir. Para evita fargulteto deve entender, além das ‘elagdes térmioes, acdsticas e visuals, a= {elagdes antropométricas o proxémicas ‘ents © Romam 0 0 espago *, ‘Afungdo arquiteténica, um dos vertices: do trangulo elassico viruviano, nterage ‘coma forma e com a efcioncia ‘Shargétioa do um ediicio. O mosmo proleto arquilotdnico, se destinac a ins {istintos como comerelo ou habiagdo, por exemplo, pode resultar em Eomportamentos energsticeselferentes. Isto Vem provar que o astudo da funcao arquitetdniea ¢ primordial na escolna de Seterminado cm ou estratégia Diosimaties a er adotada. As funcoes residencal, comercial e piblica s80 tatintas do porto de visa da dependéncia {co climae, conseqientemento, do ‘consumo de energia. © horrie de ‘unclonamento de um edicio comercial ou péblicn, em geal durante 0 da, expe talor do sol Ito alado a ganhos interno. flovades (uminacao e equipamentos) vem fefletrno uso quase constarte de ‘sparelhos deat eondicionado. Ofato usual ‘dango proviedo daincidencia da luz ‘natural ova as funcées comercial e pica ‘a dependerem excessivamente da iluminagao arifill, mesmo durante o dia, faumentand a conta de onergiaeltrica, ‘quo, no entanto, nao & page cretamente Bele g0u usuario. Em shopping centers, 2 ‘Broluedo da luz natural pode se justiicar fas irines, em funcao Ga possivel (eterioragao dos produlos expostos. Mas fh cirvlagbos a luz natural ceveri ser ‘explorada, reduzindo 0 consumo de ‘Snorgia com sistemas de tuminacao ffi, Em alguns ambientes, comm salas fe aula, bibiotecsse esciécos, = £2 boa definicdo de cores. Jé em uma esidéncia a luz natural é tatada com ‘maior mporanci, pols, aém do seu valor postion na doinigdo dos espacos, & fundamental para » economia de energia © {page siretamente pelo morador. Tamer Setorna mais viavel instalagao de ‘Sistemas passives do estiamento em ‘esiéneias, visto quo sua relacao com 0 ‘sepago exeror quase sempre mais tetra cue em ectleagses comercial © pleas. Resta entio a pergunta: de que forma. arquitoto deve aivar em cada um estes setores com rlacdo & eiciéncia, energética? Numa arguitetura residencial cabo 20 Aarquitoto sero conselheiro do seu cente, Slertande sobre o necessario uso de algunas estretegine de eatiamonto ou laquecimente passive ou ato ¢ explorando ‘Sblamente a luminagao natural, sempre ‘bernvinda peio uauério. Nos setores comercial e pbloo, embora a utlizagio de eistemas naturals de ‘condicionamento iluinagso nao seja 2 explorada, estes aparecem como opgéc ara economizar energia. O uso de Sstomas naturals de condicionamento, Sempre que possvel, evtaré a Sependéncia exclusiva dos sistomas fantiolas. € a luminagao natural poco sor Uutizada em praticamente toda a jornada de trabalho, visto quo o horéro de servico & Dormalments dlureo, Quanto aos sistemas ‘rials de tuminagso e| ‘condicionamento, sua uilizaedo pode sor ‘2xigid8 om vitude do algumas. Contiguragées 0 apropriacdos eepacisis do ambient interior. O arquieto deve ter em ‘ants 06 concetos dost sistemas, ‘conhecende sua efciinca e adequacdo para cada caso, Na arquitetur, asficencia ‘energética no significa desprover os ‘Sepagns intecores de luz arta ou de ar ‘condicionado (consumidores em potencil Ge eneraia), mas sim saber quando © 0 ‘quanto sac necessarios. FECHAMENTOS Em uma arquitetura, as rocas ce energia (luz.0u calor entre os meios exterior © Interior tm como cere 0 envelope Construtive, que envolve 0 ger humane. No estudo dese “envelope” deve-se Considerar, simultaneamente, todos 08 fatores que intervém no probiema. Um doles 6 a radiagdo solar, diante da qual os ‘materials de consiyuedo se comportam de modo distnte. €, portanto, convaniente Gitinguir 0 envelope consirutvo om cuas partes: 08 fechementas opacos 0 08 lransparentes. A principal cterenga entre 08 dois ¢ juslamente sua capacidade (transparentes) ou incapacidade (opaese) de tranemir a radiagdo golar para o ambiente intorno. [A parcel da raciaco transite para 0 Intrirstua nas eancigoes ce canforto do forma instannea, sendo portant a principal ‘ragto dos ganhostérmicos em ambiente. ‘ramet erating no cheer Entendendo os conceltos de tansmissio de calor e 0 comportamantatermico dos fechamentos, oarquteto poderé dimensionar e especiicar coretaments as berturas @ oe materials a sever ‘empregados na obra FECHAMENTOS OPACOS Em um fechamento opaco, atransmissio depondera da concutvidade térmica () « propriedace que depend da densidede ‘do matarial¢ representa sua capacidade de conduit malor ou menor quantace de flor por unidade de tempo (bela 4.2). (Quanto maior foro valor de tanto maior Sera a quantade de calor transtrida entre a8 euperices, No Anoxo A podem ser tncontrados oe valores de condutvidade ‘Grmica para dvorsos materia's de ‘constugao. utr varvel importante nesse processo a espessura do fechamento (L), que ‘dove ter medida em metros. Aravés da tespessura se pode calcular 0 valor da Feaistencia térmica (F) - propriadade do ‘material em resistr& passagem de calor. R=L/2 [KM] Pode-se reduzirconsideravelmento as {rocas de calor em um fechamento opacc ‘empregando materials com ‘condulvidados mals babeas ou até Construindo fechamentos com maitiplas ‘Camadas, podende uma das quale ser {ma camara de at Dentro da eimara as ttocas ermions #20 por conveceso & ragiagao, em vez da conciucao. A ‘Conveeedo depende da incinagée do fechamento eda diragdo do luxe. «a troea térmica por radlaose depende {a emigelidado ca superficie do material fem contato com a camada do ar().A misshicado ¢ uma propriodade fisca dos ‘materais que diz qual a quanticade ‘snorgiayermion &emiida por unidade de fempo. E importante destacar que esta propredade pertence @ camaca cuperticil ‘material emieeor. Os matrlals de ‘consinaclo podem sor erganizados em ‘le grupos bom dofinidos: os metalicos, ‘com emlesividades compreendidas entre 1,05 20,20; #08 nao metalicos, cujas ‘emissividacee variam do 0.85 20,90 (tabela 443), Se uma chapa metaia, por xemplo, ula omissividado 60,20 for pintada com {inta naowmealic de qualquer tipo, 8u8 tmissivdade passaré a ser 0,90, ‘orreepondente os materials ndo-metlioos. De torma simplifcada, pode-se ulizar os ‘oguintes valores de omissvidades: ‘abela 4. imleividade do sigune materiale [Aresisténcia de uma cémara de ar pode ser obtida na sequinte tabela: ‘Tebete 4.4 -Rosicténcia térmica de efmaras de ar naowontiladas, com largura multe maior quo a epessure ‘Suporiicie nao-refletora {caso geral) 2> 08 0.14 ot Uma superficie rofietora 0,29, 0.23, 029 P< 02 0.37 025 0.43, 0,34 oz7 61 * Fase 3 - troca de calor com meio interior Na terceira fase do processo, tal como na primeira, as trocas térmicas voltam a ser por ‘conveceao ¢ por radiacao. Com a chegada do calor, a temperatura da superficie intema do fechamento ira aumentar em relacdo & temperatura do ar. As perdas de calor por convecgao dependerao da resistencia superficial interna do fechamento (R,) e as perdas por radiacao, dda emissividade superficial do material (). O valor de R., pode ser obtido da tabelaa seguir ™. ‘Tabela 4.5-Resioténcie térmica superticlal Diogo do fluxo de calor reco do fluxo de calor Descendente Cada uma das camadas de um fechamento tem uma resisténcla térmica distinta. O inverso a resisténcia total do fechamento (que inciui a resisténcia das duas superficies: Re © Red) 6 ‘a sua tranemitancia térmica (U). O célculo da transmitanca térmica 6 0 ponto mals importante deste estudo, pois através desta variével se pode avaliar 0 comportamento de tum fechamento opaco frente a transmissao de calor, tendo subsidios inclusive para ‘comparar diversas opgdes de fechamentos. Te RT= Rse + Ra +R2+Ra +Rsi ue Lw/n?K] ae Na taboia 4.6, tém-se os valores de transmiténcia térmica para os principais fechamentos uiizados na construgao olvil™. ‘Tabols 4.6 -Transmitincia trmica das principais soluebes construtivas de uso corrente no Brasil Elemento | Tipo U (wim) Tijolo 6 furos espessura 12,6 em 239 Tilo 6 furos espessura 17 om (detado) 2.08 Tijolo 8 furos rebocado 12,5 cm 2.49 Paredes | Tijolo 4 furos rebocado 12,5 om 2159 Tijolo macigo aparente 9 cm 404 Tijolo macigo rebocado 12.¢m 357 Tijolo macigo rebocado 26 em 245 Janelas | Vidro comum 3mm 5,73 Laje conereto 10 cm + fibrocimento Verio -néo ventilado | 2,04 Verio bem ventilado | 2,04 Inverno-ndo ventilado | 2.86 Inverno-bem ventiiado | 3,89 Laje concreto 10 em + cerdmica \Veréo-ndo ventilado | 2,04 Verao-bem ventilado | 2,04 Invorno-naoventilado | 2.87 Inverno-bemventilado | 3.89 Forro pinus 1 om + fibrocimento \Verdo-noventilado | 2,00 Cobertura Verao-bem ventilado | 2,00, Inverno-naoventilado | 2,79 Inverno- bem ventilado | 3,75 Forro pinus 1 om + cerdmica Veréo-naoventilade | 201 Verdo-bem ventilado | 2,01 Invorno -néoventilado | 2,79 Inverno -bem ventilado | 3.75 Forro pinus 1 cm + fibrocimento + aluminio potido Veréo-néoventilado | 1,11 Vergo-bem ventilado | 1,11 Inverno -ndoventilado | 2,04 Inverno -bem ventilado | 3.75

LE + Fluxo Térmico © objetivo principal de um arquiteto na ‘especificacao de um tipo de fechamento & ‘evitar as pordas de calor excessivas no inverno e também os ganhos elevados no vveréo. No inverno, considerando a ‘temperatura interior maior que a exterior, pode-se dizer que o fluxo de calor total por lum fechamento ¢ equacionado por: te t grote) ‘onde: a {q-> fluxo total de calor (Wim); Us transmitancia termica (Wim? ); At ~ iferenga entre as temperaturas fexteriore interior ('C ou K, jd que a variagao nas escalas Kelvin e Celsius ‘0 iguais) No verdo, a temperatura do ar exterior tence ‘a ser superior & do ar interior ea incidéncia do sol nos fechamentos opacos pode inerementar 0 fuxo de calor para dentro do ambiente. Por este motivo o equacionamento et timea pensar = Gp 0G tee ste-4) ee At i twihe Re onde: > absortvidade da superticie ‘externa do fechamonto 1 radiagao solar (Wim); ,,— resistencia superficial externa (em KNW) A radiagao solar é uma fungéo da Corientagdo do fechamento, da latitude do local do projeto, do dia do ano e da hora do dia, e pode ser obtida em tabelas com valores para céu claro ®. Também pode ‘ser obtida a partir do Ano Climatico de Referéncia (TRY) "9, desde que este ‘contenna valores de radiagao ou uma ‘estimativa da radiagéo solar horéria na superficie horizontal feita a partir da nebulosidade. Neste caso, a conversao dos valores de radiacéo para a superficie horizontal em valores corrigidos para a vertical pode ser feita atraves de algoritros como os descritos por Dutle & Bockman + Exemplo Numérico Para o entendimento do procedimento de ccalculo do fluxo térmico em fechamentos, 0 seguinte exemplo pode ser observado, em que se calcula 0 fuxo de calor através de lum fechamento de tjolo macigo com reboco. Consideraram-se as seguintes caracteristicas para este fechamento: Local: Florianépolis (latitude = 27°40" Sul) + Data: 22 de dezembro, 16:00 horas + Orientagao: oeste + Temperatura externa: 33°C = Temperatura Interna: 23°C (© primoiro passo ¢ descobriro valor da radiagao solar a que esté submetido 0 fechamento (). Adotou-se 0 valor encontrado nas tabelas para céu claro. A radiacao solar & dda ordem de 715 Wim para a orientacao ea data em questo. A data eo horério ‘escolhido representam o momento mais ‘exzromo de calor no ano, itil para o caleulo Posterior da carga térmica do ambiente, Pela ‘abela 4.6 0 valor da transmitancia térmica do fechamento (U) $3.57 Wim. Como o Ccéloulo € feito para o verdo, 0 fuxo térmico {que atravessa 0 fechamento opaco (Gq) € + gy = UG, +4, -4) Wim Tome entéo quer: + = 053 (supertcie de cor branea -tabela 49) 1 + 12718 wim? ; +R, = 0,04 mK; + 18 33°C (adotad: t= 23°C (adotada); U=3,57 Wim'k (tabela 4.6) Fazendo o céleulo chega-se 20 valor do fluxo térmie + Geo = 85:53 Wim G'fuxo térmico total que atravessa o fechamento seré: + Qj = Gyo XA IW] «onde: + A area do fechamento Isto significa que 65,33 watts de calor esto penetrando no ambiente para cada metro uadrado dofechamento. Obtendo os valores do fuxo térmico pode-e ter idéia br sua contrbuigao para a quantidade de Calor que entra ou sai de um ambiente por Condugao nos fechamentos. O valor deste cexomplo apareceré mais tarde no eéiculo da SS ica do ambiente onde ser ‘somado as trocas de calor pelas aberturas, ‘208 ganhos térmicos internos e ainfluéncia da infitragao de ar. Com isso se pode estimar ‘a quantidade total de calor que deverd ser retirada do ambiente por reigeracao. Materials como a cortica, 0 isopor, a lé de vidro @ 0 concreto celular, entre outros, 880 isolantes térmicos. Estes materiais possuem baixas densidades, ou seja, so bastante porosos. A capacidade de reduzir a transferéncia de calor se dé ao fato deo ar parado contido nesses poros ter baixa ‘condutividade térmica (2). + Inércia Térmica utra caracteristica importante dos fechamentos é sua inére'a térmica. EM principio, os fechamentos absorvern calor ‘tanto do exterior quanto do interior, Ingreiatermica (amortecimentoe retardo} FECHAMENTOS TRANSPARENTES [As principals trocas térmicas em uma ‘eificacéo acontecem geralmente nestes fechamentos, que compreendem janelas, clarabéias e qualquer outro elemento ‘wansparente na arquitetura. Nos fechamentos transparentes podem ‘carrer os 8s tipos basicos de trocas térmicas: condugeo, conveccao e radiacao. Com relagio as duas primeiras, 0 Ccomportamento semelhante 20 dos fechamentos opacos, acrescentando aos transparentes a possibilidade do controle ddas trocas de ar entre interior e exterior, basicamente a0 abriios ou feché-los. A radiacdo ¢ que se torna o principal fator devido & sua parcela diretamente transmitida para o interior (inexistente nos fechamentos opacos), que depende da ‘ransmissividade do vidro (1). SE CRGP Peosina HeaFeRcoe Guanes 2 \ (OORRE Pt acai ewe SERIES cron BAO RENO Plt No projeto arquiteténico, as principais variévels que podem alterar o aporte de calor pela abertura sao“: = otientagao e tamanho da abertura: tipo de video: — uso de protegées solares intemas ¢ externas. <_> ‘Verivols tn abertora + Orientagao e Tamanho ‘A orientacdo e 0 tamanho da abertura iréo eterminar sua exposicao ao sol. Quanto ‘maior uma abertura, maior a quantidade de ‘oalor que pode entrar ou sair do ambiente. Outro fator importante no dimensionamento 6 aluz natural. Deve-se pensar 0 calor ea luz de forma integrada. A orientacao da tachada, por exemplo, pode expor aberturas de dimensOes idénticas a uartidades de calor solar e iluminagéo distintas. A trajotéria do sol na abébada coleste 6 diferente para cada orientacao @ para cada latitude. O que normalmente se faz é obter 08 valores de radiagao solar para a abertura em questo diretamente de tabelas com valores para céu claro - ropresentativos dos valores méximos de radiagao solar para o local ®. De forma mais completa e precisa pode-se utilizar valores de radiagao horérios, como os ‘exisientes no Ano Climatico de Referéncia (TRY) para a localidade ©. Pode-se ter uma idéia visual sobre a Ingolagdo de uma fachada a partir da carta, solar. Analisando a altura @ 0 azimuto solar pode-se saber quando 0 sol esta incidindo diretamente em uma fachada. Também se pode saber qual o angulo de incidéncia da Fadiago solar, que interfere na quanticade de calor e de luz solar dieta quo entra pela aberturs. Na seguinte tem-se um exemplo para a carta de Florianépolis, feita por projecao istante (latitude = 27°40" Sul). ARS PM foot = = Neto a — \A ‘Garta solar para Florianépol Rorae doco! + Tipo de Vidro Vsrios propésitos podem servir de argumento na escolha do tipo de vidro a sor utiizado em uma abertura. Entre eles 0 controle da radiagao solar, que pode ser resumido + Admit ou bloquear a luz natural; > Admitir ou bloquear o calor solar: — Permitir ou bloquear as perdas de calor 40 interior, — Permit © contato visual entre interior @ ‘exterior. + LESTE -sol todas as manhas em todas as estagses; + OESTE-soltodasas tardes em todas as estagses; + NORTE- $01 mais baixo durante todo o dia no inverno e em boa parte da primavera e outono; sol mals alto no verdo, que incide poucas horas do dia; + SUL- sol inexistente no inverno; sol pouco presente no autono ena primavera, no Inicio e final do dia; sol mais presente no vero, no inicio ‘final do dia, desaparecendo por volta do meio-dia para a Tachada. ingule de inctasnciae Os vidros tém geralmente alta transmitancia térmica (U), ou seja, séo bons ccondutores de calor. Entretanto so os, ‘inicos materiais de construcde com ‘capacidade para controlar de forma racional a radiagto solar (luz e calor) ‘A radiagao solar incidente em um fechamento transparente pode ser absorvida, refltida ou transmitida para o interior, dependendo da absortividade (a), refletividade (p) e transmissividade (:) do vidro, respectivamente. A parcela absorvida se converte em calor no Interior do vidro e pode ser reemitida tanto para 0 exterior quanto para o interior na forma de radiagéo de onda longa. <—> Vidro x plrecte absorvide ‘Quanto maior foro angulo de incidénoia da radiagdo solar, maior tenderé a ser a parcela refletida pelo vidro. Uma parte da radiacao sotar é transmitida iretamente para o interior pela transparéncia do vidro. 6 Vidroxparcele transmit a Existem vidros dos mais diferentes tipos, que ossuem capacidades distintas em absorver, ‘efletr ou transmit aradiagao sola. Isto dopende das caractersticas épticas do ‘material (c, pe 7), que variam como ‘comprimento de onda da radiacao © com 0 Angulo de incidéncia, Alguns resultados de ‘medigdes para vidros nacionais $20 apresentados por Labaki et al. No espectro solar hd duas regides de particular importancia para o estudo do ‘comportamento dos fechamentos ‘transparentes: a regiao de onda curta (OC) ea de onda longa (OL). As ondas curtas se subdividem em visiveis (380 a 770 nm) @ infravermetnas (760 a 3.000 nm) e as ondas longas sao radiagées infravermelhas ‘emitidas por corpos aquecidos (>3.000.Am) Pode-se classi usados na construgao civil basicamente em cinco categorias + vidro simples (transparente); vidro verde; — peliculas © vidros absorventes (tumés); — peliculas © vidros refiexives; ~ plésticos. + Vidro Simples (transparente) Os vidros simples so 0s de emprego mais ‘comum nas edificagdes no Brasil, em virtude {de sou baixo custo e disponibilidade no ‘mercado, Entretanto, edo altamento transparentes a ondas curtas e opacos a ‘ondas longas. Isto se traduz em boa visibiidade, porém alta transmissividade da radiagao solar para o interior. Também ‘840 pouco reflexivos em ambas as regioes do espectro (ondas curtas ¢ longas). 0 fato de 0 vidro ser opaco & onda longa causa 0 fendmeno conhecido por efeito estufa. Em ‘outras palavras: uma ver transmitido para dentro, 0 calor encontra dificuldades em ‘sai pelo vidro, sendo entéo acumulado no ambiente interior. A figura ao lado sintetiza ‘© comportamento do vidro simples tronto a luz, as ondas curtas @ as ondas longas. Esto tipo de gréfico comparativo ilustrara cada. tipo de vidro a seguir, podendo servir de base para 2 escolha entre uma ou outta opto. + Vidro Verde Este vidro é também conhecide como absorvente. E levemente pigmentado para diminuir a transmisséo da onda curta com ‘somente um pequeno aumento na absorgao da parte visivel. [ag @S @ vit Sigdes ‘Compertemento do video simpice & onde ‘Sorta, onde longe © lus wsival + Peliculas e Vidros Absorventes (fumés) O objetivo do vidro ou da pelicula absorvente é diminuira transmisséo da ‘onda curta. Contudo, isto éfelto com o ‘aumento da absorego nesse comprimento {de onda, que diminui bastante a transmissividade visivel (vsibiidade). Esta solugao pode implicar gastos desnecessarios ce energia para lluminagao artificial. Como o vidro simples, estes tipos de pelicula e vidro sao também altamente ‘absorventes & radiagdo de onda longa e PoUco reflexivos tanto & onda longa quanto onda cura. + Peliculas e Vidros Refiexivos As peliculas reflexivas so compostas por uma camada metélica em um substrato ‘transparente, produzindo uma aparéncia de espelho. Os vidros reflexivos ja vm com uma espécie de pelicula retlexiva incorporada na sua constituiedo, Existem peliculas mais reflexivas & onda longa, outras mais reflexivas & onda curta, e também peliculas reflexivas em ambos os ‘espectros. Pode-se dizer que as peliculas Teflexivas & onda curta reduzem o ingresso de calor ao interior @ que as reflexivas ‘onda longa reduzem as perdas de calor para o exterior. Esto tipo de pelicula ou vvidro também tem redugdes na sua ‘eapacidade de transmitir a radiagao visivel, ‘Comportamente dae peliculas 0 vidros ahsorventes ‘3 onda curta, nds longa e lr vse! ‘Somportamento das peliculas ¢vidrosreflexivos ‘3 onda curta, nas longo uz vise! <—_-> + Plasticos ‘Atualmente, alguns materials plésticos como policarbonato ¢ 0 acrilico comegam a entrar no ‘mercado dos fochamentos. transparentes. S40 altamente transparentes & radiagio de onda longa. isto feduzo efeito estufa, comum avidros, ‘aumentando a perda de ‘calor para o exterior. + Camadas Miltiplas A rosposta espectral de miitiplas camadas de um mesmo material difere pouco da utiizagao de uma ‘86 camada. Entretanto, ‘combinando dois ou mais ‘ipos, como em um sanduiche, pode-se produzir uma resposta totalmente iferente. Por exemplo: uma ‘camada de vidro com palicula reflexiva Colocando-se a camada reflexiva na superficie ‘externa, a onda longa vinda do interior 6 absorvida e o ‘calor & dissipado para cada lado por conveceao e para 0 interior por reirradiagao (figura a). Ao contrario, colocando-se a camada reflexiva no lado de dentro, onda longa é refletida, evitando-se pordas de calor em climas fios (figura b). comportamento dos pléstices& onda curts, (onda longa cus wstvel extp yin. d (coitus effete cotforms cy filmit ‘Scomale de comedies mitiplas <> 2 & + Uso de Protegses Solares Internas ou Externas (uso de protegies solares em uma abertura 6 um recurso importante para reduzir os ganhos térmicos. Entretanto, deve-se tomar 0 devido cuidado com a ‘luminagao natural, que néo deve ser prejudicada. As protegoes solares internas ‘840 basicamente as cortinas e as persianas. Sao bastante flexiveis sob o Ponto de vista de operacao, bastando abri- las ou feché-las conforme a necessidade, Porém, as protegées internas nao evitam 0 ‘feito estufa, pois o calor solar que as atinge se transforma em radiacao de onda longa, permanecendo na sua maior parte ‘no ambiente interior. A op¢0 por uma protegéo externa pode ser a mais adequada se houver um dimensionamento ‘que garanta a redugéo da incidéncla da radiagdo solar, quando necesséria, sem interterir na uz natural. A protecao tipo light shett (figura abalxo) tem este objetivo. Olight shelf € um elemento que divide a abertura em duas poreSes horizontals, ssendo a superior destinada & iluminaggo e ierior a visdo e ventllacéo. Intercepta a radiacéo direta do sole redireciona a luz Para o forro; dessa forma, reduz 0 ganho {de calor solar e uniformiza a distribuigéo de luz natural nos interiores. rise prateleira de uz (ight shit) ‘A protegéo externa bloquela a radiagao direta antes de esta penetrar pelo vicro, ‘evitande 0 efelto estuta. Pode-se especiticar protegdes solares externas fixas ou méveis e seu projeto pode ser feito segundo diversos métodos, destacando-se de Olgyay . E importante sallentar que as protegses externas também interforem na definiggo da. fachada arquitetonica. Podem eer pensadas ‘como elemento compositive da fachada e se tirar partido desta idéia para conceber, inclusive, a inguagem arquiteténica do edificio, Eaiicio cogo do Ministerio de Saide Pablica ne ‘lode Janeiro ts Corbusier + Fator Solar Para saber a quantidade de calor que penetra em um ambiente através de uma janeia ou sistema de abertura (anela com brise ou cortina, por exempio) 6 importante conhecer 0 concelto de fator solar (F). (© fator solar de uma abortura pode ser ‘entendido como a razao entre a quantidade de enorgia solar que atravessa a janela pelo ‘que neta incide. Este valor & caracteristico ;para cada tipo de abertura e varia com o Angulo de incidéncia da radiacéo solar. Para © vidro simples, com a incidéncia data da radiagéo solar normal & superficie, o fator solar 6 aproximadamente 0,87 7. isto significa que 87% da radiagao solar incidente sobre a janela com vidro simples [carries sem protecdo penetra no interior. A maior parte é transmitida diretamente ao interior, somando-se a 50% da parcela da radiagao ‘absorvida pelo vidro (figura ae lado), Uiitzando sistemas Ge aboruras com {ators soles Daxoscontoia-se 8 entrada de calor pareoinieror Deve-se ponderar 8 Fe Thumanegdo natural nestes casos, que ngo %s pode sor edusida na mesma proporeao da Enea do calor. Ours formas de ‘ Sprovotamerto daz natural poder ser teadas (eit ov increta), ou mesmo P ORO fmorogaraigum tipo ce pratonde que Slogualeo calor mas permitaomoreseo a fe luz (ero especial brse tno light shel! Ot). Ge). Nas tbeles 474.3 80 Sprasontados os faores Soares para alguns pos de viroe protegdes soles externas © “ranean + ox sbsonca intemas mats comune, respectvamento, ‘Tabele 4.7-Velores de fator solar (F,) pare aberturas com citerentes euperticies soparadoras wR 0s valores das tabelas séo apenas para referéncia. Devido & grande evolugéo na tecnologia de vidros e a diversidade de tratamentos Opticos possiveis (fator solar; transmissividade visive), deve-se consuitar os catdlogos especticos de cada fabricanto. Errata: - ag, 72: a ustragdo, a equagao coreta Be ( +e Ors pag. 101: referéncia 44 BAKER, Nj FANCHIOTTI, A; STEEMERS, K.; [1999] Daylighting in architecture. James & James Lid, London, UK. ag. 133: na tabela 59, 0 valor correto de Conforto 6 14,7, 'pag. 165: na ilustragdo, onde se I6light-shelf, eia-se light shelf © onde se iéteihado com shed leia-20 telhado com shed. * Com vdro dupo, horizontal, metase da aberura com ineolapto Greta. ‘Com vidro dup, branca es azo larguralespacamento = 1,0, ‘++ Tosa a aberia est sombreada + Exemplo Numérico © exemplo numérico a seguir pode esclarecer como & 0 comportamento de um fechamento ‘transparente frente as trocas térmicas. Considerando uma abertura composta de um vidro ‘simples com 3 mm de espessura exposta & mesma situacao a que fol submetido o fechamento opaco do item anterior, tem-se qui + L=715Wine + F, = 0,87 (para vidro simples de Smm =; vie + U=5,79 Wink; ela 305 + sare coms 22/2 + b=2sc Hom 00 OREN: OEE © valor do fluxo térmico que atravessa a RAD SOLAR. SW abertura por condugao é: be | [we ote 33% a ie ene ase + q,=Ue-t) =57,9 Wine Tr coe Eo ganho solar polo video seré: Sam 0US5,79 What +g, = Fx1=622 Wim? ‘Rxomplo numeric! fechamentatronsparente Percebe-se que 0 fluxo por conducdo na abertura analisada é praticamente igual ao do fechamento opaco do exemplo anterior. A grande diferenca esta na radiacso que atravessa ovidro diretamente. Somando os dois valores tor-se que o ganho total pela janela (por, Condugao e radiacao) é quase oito vezes superior ao ganho do fechamento opaco, para cada metro quadrado de fechamento externo, Desta observagio se pode coneluir que oS fechamentos transparentes 20 os principais elementos de ganhos ou perdas térmicas em editicacées. ‘SISTEMAS DE AQUECIMENTO DE AGUA ‘O aquecimento de Agua pode representar uma grande fatia do consumo de eletricidade em edificagdes. Os sistemas mals comuns sao: * 0 chuveiro elétrico; + 0 aquecedor elétrico de passage; + 0 aquecedor elétrico de acumulacao; + 0 aquecedor a gas de passagem; + 0 aquecedor a gas de acumulacéo; ‘0 aquecedor solar de acumulagao com backup elétrico. A grande maloria das residéncias, brasileiras utllza chuveiro elétrico @ o seu ‘consumo representa cerca de 1/4 do consumo total da residéncia “. O nivel de conforto proporcionado pequeno, mas So inquestionaveis 0 baixo preco desse fequipamento e sua facilidade de instalagao ‘emanutencéo. Entretanto, a auséncia de Instalago de agua quente na maioria das ‘casas cificuta a incorporagao de outras formas de aquecimento de Agus. Isto faz ‘com que & medida que o usuario busque ‘maior conforto maiores poténcias sejam Instaladas, gerando sérios problemas para o setor elétrico. Os sistemas de aquecimento eétrico instanténeos (chuveio eltrico e ‘aquecedor eletrico de passagem) exigem investimentos elevados com infa-estrutura elética tanto por parle do usuério quanto por parte da oncessionéria de ener respectivamente pela sobrecerga na instalagao elétrica e pela concentracao do consumo em horétios de ponta (pormalmente as 19:00 horas), que representa um acréscimo considerével na emanda de energia. (0 arquiteto deveria prever a instalagao de ‘canalizagées para agua quente nos projetos, permitindo com isso 0 emprego de sistemas de aquecimento a gés ou solar Estas instalag6es devom ser bem isoladas termicamente, necessidace também presente no dapésito de agua em sistemas de acumulacao. No caso particular do aquecimento solar, ave-se orientar as superticies coletoras de ‘calor de forma a aproveltar a0 maximo a radiagao do sol, incorporando-as & arquitetura. Normalmente o coletor deve ‘ser orientado ao norte (para o hemisiério ‘sul), Sendo sua inclinago dependente da isponibilidade de sol da regiao e do periodo do ano. Na maioria das vozes a Inclinagao do coletor tem valor préximo a0, da latitude do local. SISTEMAS DE ILUMINACGAO ARTIFICIAL ‘Aluz natural sempre fol a principal fonte de luminacdo na arquitetura. Entretanto, apés. a doscoberta da elotricidade e a invencao. da lémpada por Edison, a liuminacéo artificial se torou cada vez mals inseparével da edificacao. Sem elanao ‘seriam possiveis os ecificios de grande ‘rea construida e muitos pavimentos, onde aluz natural ndo consegue vencer a profundidace em planta para iluminar alguns ambientes interiores. A luz artificial também permite ao homem Ulilizar as edificacoes & noite para dar Continuidade a suas atividades ou se dlivertt, indo a bares, shopping centers ou mesmo fondo um liv. E importante, no fentanto, salientar que nao é tao simples ‘empreger a luz artificial de forma eficiente. Um bom projeto de iluminacao deve {As incandescentes comuns sao 28 mais cconhecidas o de tecnologia mais antiga. ‘Apresentam-so om bulbos claros ou leitosos. ‘Aatta temperatura do flamento causa evaporacao do tungsténio, que se deposita fo bulbo, escurecendo-o e produzindo uma epreciagao do fluxo luminoso @ curacao ccurta (1.000 horas). Apesar do custo inicial baixo, seu custo global (operacéo, ‘manutencao ¢ nical) ¢ alto. Limpsda Insandesconte comur ‘As lampadas espelhadas possuem refletor interno para melhorar 0 directonamento da luz. A area espelhada funciona como uma luminérla, com a vantagem de nao necessitar limpeza ou sotrer deterioracéo. O refietor pode ter um perfil parabolico ou iptico, sendo este Lltimo especialmente importante quando a lampada esta embutida numa lumindria de corpo profundo e aletas antiofuscantes. 0 ‘edirecionamento da luz, que, ao contrério, Seria emitida para os lados ou para cima, pode meihorar a eficéncia da instalacao. ep ees Bene Lampada ncandesconte espotheda ‘As limpadas halégenas possuem, além dos gases tradicionals, um halogénio (normaimente iodo) no interior do bulbo. Goma ajuda do bulbo de quartzo, que suporta elevadas temperaluras, evitando ‘assim a condensacao, 0 tungsténio tevaporado combina-se com 0 halogénio. ‘Quando em contato com o flamento, o tungsténio da mistura ¢ redepositado no filamento ¢ 0 halogénio continua sua tareta, no ciclo regeneralivo. Estas lampades ‘apresentam um decaimento do fiuxo Tuminoso muito pequeno, uma maior eficiéncia, vida ttl de 2.000 horas © dimensées bem reduzidas. Algumas Vimpadas halégenss sao equipadas com tum reflotor multifacetado coberte com uma pelicula dierbica. Trata-se de um fitro Guimico que reflete grande parte da Fadiagao visivel e transmite para trés da lampada cerca de 65% da radiacdo infravermelha (térmica), proporcionando, desta forma, uma luz mais “ria” que aquela obtida com refietores comuns. AS lémpadas halégenas sao de 12Ve necessitam de transformaciores para uso na rede elétrica. Esta classificagéo inclu, para as cecificagdes comerciais ¢ residenciais, basicamente as lampadas fluorescentes ‘comuns, as compacias ¢ as lampadas de ‘Vapor de mereiiro, 0 filamento nao existe nas lampadas de descarga gasosa. A luz é produzida pela excitacdo de um gés (pela <> passagem de energia elétrica) contido entre dois eletrodos. Desta forma é produzida radiagéo ultravioleta (invisivel), que, 20 atingir as paredes internas do bulbo {fevestides por substancia fluorescente, como os crsiais de fésforo), 6 traneformada ‘em luz. Devio ao seu principio de funcionamento, as limpadas do descarga ‘gasosa requorem alguns dispositives auxliares, como reatores e starters. Uma das desvantagens das lampadas de descarga ¢ 0 efeito estroboscépico que roduzem. As lampadas piscam na mosma {reqiiéncia da tensao de alimentacao (60 Hz), Um motor cujo efxo gire am velocidade alta @.600 rpm, por exemplo) pode parecer estar parado e causar algum acidente de trabalho. Por este motivo, em locals onde haja a possibilidade de ocorrer este problema, é recomendado 0 uso de pelo menos duas lampadas ligadas em cirouites diferentes ou com reator duplo, que terdo ‘suas piscadas defasadas, evitando 0 efeito estroboseépico. ‘Atualmente, a qualidade do gas edo revestimento no interior das lémpadas tem sido aprimorada, proporcionando grande ‘melhoria na reproducao das cores ¢ na educdo do tamanho das lampadas. Produtos relativamente novos, como 0 heater cutout para restores magnéticos, ‘que desliga o circuito aquecido depois que a lémpada liga, ¢ 08 reatores eletrénicos de alta freqiiéncia, sao disponiveis e aceltos: no mercado, além de serem uma téoniea eficiente de economia de energia. + Fluorescentes As lampadas fluorescentes so geralmente de forma tubular, com um eletrodo em cada, pponta, contendo vapor de merciirio em balxa pressao. O reator tom a finalidade de fomecer alta voltagem inicial para comecar a descarga e rapidamente limitar a corrente para manter a descarga com seguranca. A funeso do starter & pproporcionar a tenso necessaria para haver a descarga inicial do gas, através de pulsagées de corrente, ionizando 0 ‘caminho da descarga para que a lampada passe a operar. em gorl, as limpadas ftuorescentes possuem bos efciéncia luminosa Gette S seis vezes Em gota a i candescentes) 0 vida mela alta (6.000 29,000 horas) O fate rer lerom bala luminancia 6 vantajoso, pole reduz e possibicens ofuscamento. A aprosentare als effet porter menor ciimetro, menor potencia (221) & teee fuorescente Tange ao da uoresconta comum (T12) de 40 W, sendo Boa atlernatva pare ceificagdes comerciais. Lampada fiuorescento 78 (02 0) xT12 (40 cute tipo de impada 6 a fuorescente compacta, que tem sido dosenvewide FAS 80 Ou oe agoes em que tradicionalmente se utitzam lampadas incandesrenes arer sass Danicamente de Um pequer Dulbo fuorescente, possuindo om Scare ‘modelos Se a de para (eafors estrters) incorporados ao seu nvoluero cOomPaSe oe poste se enconifam no mercado quatro tips basicos de fluorescente compacta: 1. forma eireular com diémetro padréo (26 ‘mm), com starter e reator incorporados; 2.torma compacta com dois ou mais tubos paraleios interconectados, com starter & reator incorporados; 3. forma compacta com invélucro adicional, ‘com reator @ starter inoorporados: 4. forma compacta com dois ou mals tubos paralelos interconectados, sem ispositivos de partida incorporados. ‘AS LAveADAS FDORESCENTES COMPICTAS TEM, B04 EFICENCIA ENERGETIAL ESS + Lampadas a Vapor de Merctirio Este tizo de lmpade 6 indicado pera a liuminagao de grandes reas internas (armazéns, depésitos etc.) ou externas. ‘Tem boa eficiéncia luminosa (45 a 65 Im/ W) e sua luz tem aparéncia branco- azulada. Nestas lampadas, o vapor de ‘mereirio esta submetido a alta presséo no interior de um pequeno tubo (tubo de descarga). Este tubo esta contide num bulbo, que ajuda a manter constante @ temperatura da lémpada, Também se ode revestir o bulbo com pos, fluorescentes para molhorar a qualidade ‘cromatica da luz emitida. Como as lampadas fluorescentes, as lmpadas a vapor de merctrio (exceto a do tipo mista) exigem aparelhagem auxillar para funcionamento. Um tipo especial destas lampadas & conhecido como luz mista e cconsiste da lémpada de bulbo fluorescente com o tubo de descarga ligado em série com um flamento de ‘tungsténio. A radiacao das duas fontes mmistura-se harmoniosamente, produzindo uma luz branca difusa de cor agradavel. 0 fflamento age como reator, dispensendo 0 emprego deste @ pormitindo que a lampada seja ligada diretamente na rede. leto facilita a modernizagao de instalacdes de lampadas incandescentes por lampadas de luz mista, que tm o dobro de efic I ‘As principals vantagens das lampadas a vapor de merciirio séo sua duragao (6.000 29.000 horas), a luminancia média (que evita 0 ofuscamento), 0 volume pequeno, a oa eficiéncia luminosa e o fato de serem oferecidas em poténcias elevadas. Uma lampada de mercirio do 400 W tem luminosidade equivalente a dez lampadas ‘luorescentes de 40 W e ocupa espaco bem mals reduzido, <> ‘Suas principals desvantagens s20 a poucs ‘qualidade na reproduc de cores, 0 custo inicil elevado (que pode ser, no entanto, ‘amortizado pela eficiéncla e vida tt) © 0 tempo longo de acendimento (pode levar de quatro a cinco minutos para atingir © fiuxe luinoso maximo) + Lampadas a Vapor de Sodio ‘A lampada a vapor de sodio pode ser de ‘paiva ou de alta pressao. Na de Daixa pregsao 0 tubo de descarga interno contém Socio e uma mistura de gases inertes (nednio e argénio) com os eletrodos nas extremidades, Esta lampada caracteriza-se por emitir uma radiagao monocromatica, Contrada no amarelo, elevada eficiéncia Tuminosa (160.2 180 im/W) e longa vida media. Desta forma, este tipo de lampaca tencontra sua aplicagdo em grandes lespagos externos, onde a reproducao da or nao é necesséria ¢ 0 reconhecimento por contrastes 6 predominante (auto~ Cetradas, vias de trafego, estaclonamentos, patios de manobras etc.). Na lampada a Vapor de sédio de alta pressao, 0 tubo de ‘descarga contém um excesso de S6di0. AO ‘contrario Gas lAmpadas de baixa pressao, a {de alta pressao proporciona uma foproducdo de cor razoavel © apresenta ma eficiéncia luninosa que pode chegar ‘até 120 mW. Com tonalidade alaranjada agradavel, estas lampadas tém um ‘Smprego eresoonte para todos 0s tipos de Tluminagao externa e iluminagao industrial de grande altura. ‘As lampadas a vapor de s6dio necessitam ‘de aparelhagem auxiliar para operacao, © ue representa um custo iniial elevado. Levam de eines 2 olto minutos para atinair {80% do seu fluxo luminoso maximo e tém ‘duracgao média notavel (6.000 8.000 horas) ‘Atuaimente es evolucdes tecnoloaicas tm fevado ao desenvolvimento de lampadas ‘sem eletrodos. Em outubro de 1994 fot apresentada uma nova limpada nos Estados Unidos: a lampada de microondas (Guifur microwave lamp), representando ma revolueae nas pesquisas de tecnologis de iluminagao ™. Esta lampada ‘uma mistura de gas argénio com enxofre, ‘que é convertida numa espécie de plasma fo ser submetida a microondas (2,45 Ghz), femitindo luz. Sua eficiéncia luminosa atinge a aixa de 110 im/W (equivalent & Griciancia da lampada a vapor de sédio de ‘lia presséo) e sua durabilidade atinge 0.000 horas. A luz emitida é de excelente qualidade e tem espectro semelhante 20 {Ga luz do sol. Quanto a aplicacao, pela sua (grande eficiéncia e pela semeihanca & luz 6 dia, seré indicaca em iluminagao de rua, Ge armazéns, tabricas, shopping centers, mercados ¢ teatros. ‘Baise ROA aa MIRROONDAS FERETOR TRA ENIORRE: chs. NORE Ampada a microonéas [A figura seguinte © e a tabela 4.9 podem ‘servir na oflentacao para escolha da lampada mais adequada para cada <_»p Vans sViS AROUITETONICAS | + @=15250ImW Vida média (horas): ‘+ @=mais de 10.000 ‘tebeta 4.9 - Orientagée para comparacie e escotha de lampadas | caPrutos 0 Le LUMINARIAS Uma luminéria eficiente otimiza o desempenho do sistoma de iluminacdo artifical. Ao avaliar uma luminéria, sua eficiéncia e suas caracteristicas de emisséo so de consideravel importancia, A eficléncia de uma lumindria pode ser obtida pela sua fragao de emissao de Juz (FEL) ou rendimento, dada por ®: __LUZENITIDA P/LDHINARA FEL LUZ EMIMIDA 9/ LAMPADA () Isto se explica pelo fato de uma parte da luz emitida pela lampada ser absorvida pela lumindria, enquanto o restante ¢ emilido 20 espaco. O valor da fragao de emissao da luz da luminaria depende dos materials empregados na sua construcao, da refleténcia das suas ‘superticies, de sua forma, dos dispositivos usados para proteger as lampadas e do seu estado de conservacao. Quando 2 avalia a distribuicao da luz a parti da lumindria, deve-se considerar como ela controla o brilho, assim como a proporedo dos lumens da lémpada que chegam ao plano de trabalho. A luminaria pode modificar (controlar, cistribuire fitrar) © sureReiie Ere hee sureRe(Ce TRANSLCIDA, = ao OB ‘Tpor de lumina ‘luxo luminoso emitido pelas lampadas: desvié-lo para cortas direcoes (defletores) ou reduzir a quantidade de luz em certas direedes para diminulr 0 ofuscamento (citusores). A figura 20 lado apresenta a clessicacto proposta pela CIE (Commission Intemacionale @Ectairage) de luminrias para luminagao geral, de acorde com o direcionamento de fluxo luminoso *, Ctassiticagao aas tumindrias conforme a IE See (Outro elemento importante no desempenho de uma lampada fluorescente ¢ 0 reator. Este ‘componente consome uma parcela significativa de energia por aquecimento. Basicamente trés modelos existem no mercado: o reator convencional, 0 reator de partida répida e © reator eletronico. O modelo convencional 6 utlizado para apenas uma lampada e exige ‘algum disposttivo auxiliar para o acendimento da lampada (interruptor auxilar ou starter). A lampada atendida por esse reator goralmente pisca por algum tempo antes de acender. O reator de partida répida (um pouco mais econdmico que 0 convencional) pode acender até ‘duas lampades e nao necessita de dispositivo auxliar para partida. A tabela 4.10 mostra 0 ‘consumo de energia para os dois tipos de reator. ‘Tabele 4.10 - Perdas do onorgis om restores (0) _Atualmente também existem no mercado reatores eletrGnicos, bem mais econémicos que os outros dois modelos. Estes equipamentos apresentam perdas reduzidas e até negativas, por funcionarem em aitas freqUénolas. Outra vantagem 6 a possibilidade de utlizacdo de um Unico reator para até quatro lampadas fluoroscentes. Pela tabela se percebe que a solucao mais comum em edificios-lumindria com dues lampadas de 40 W - pode eer eubstitulda por luma opcao bem mais econémica - luminéria com duas lampadas de $2 W (tipo TB) ereator eletrénico. Os consumos comparatvos de energia seréo: +2x40W-reator convencional > consumo de 104 W/h (40 W + 40W +24); + 2x 40 W- reator de partida répida > consumo de 103 Win (40 W + 40 W + 23 W); +2x32W-reator eletrénico > consumo de 64 Wih (82 W + 92 W). | caput s 0 CONTROLE DA LUZ ELETRICA ‘A tungao de um sistema de controle de luz ‘fomecer a quantidade adequada de luz onde e quando ela é necesséria, enquanto minimiza o consumo de energia elétrica. 0 controle da luz elétrica pode ser através de varios dispositivos. A distribuigéo racional dos circuitos permitiré acionamentos independentes das umindrias, proporcionando a reducéo do consumo de energia. O controle pode ser ainda automatico, através de sensores de ‘ocupacao, sistemas com controle fotoelétrico e sistemas de programagio de tempo. * Sensores de Ocupacéo Os sensores de ocupagio sto dispositives de controle que responiem a presenca © & auséncia de pessoas no campo de acao do sensor. O sistema consiste em um detector de movimento (que usa ondas ultra-sénicas 04 de radiacao infravermeth Unidad de controle eletrénica e um interruptor controldvel (relé). O detector de movimento sente o movimento e envia o sinal apropriado para a unidade de controle. A unidade de controle, entéo, processa o sinal de entrada para fechar ou abrir o rel6 que controla a poténcia da luz. + Sistema por Controle Fotoelétrico Esto sistoma possul sensores que identificam a presenca de luz natural, fazendo a devida diminuigao ou até mesmo bloqueto da luz artificial através de dimers controlados automaticamente. Quanto maior a quantidade de luz natural disponivel no ambiente, menor sera a poténcia elétrica ‘fomnecida as lampadas e vice-versa, + Sistema de Programagéo de Tempo Estes sistemas sdo projetados para reduzir © desperdicio de luz, gerenciando eficientemente o ligar e o desligar dos sistemas de iluminacdo em edificios. Funcionam através do desligamento ou diminuigao da luz durante os horarios quando nao ha ocupantes num ambiente do edificio ou quando ha trabalhadores desempenhando tarefas que nao requerem niveis mais altos de luz, isto 6, tarefas de limpeza apés 0 horério comercial. © controle da luz elétrica também pode ser {eito individualmente, através de ‘temporizadores e dimers. Os temporizadores ou minuterias sao multo usados nos corredores de edificios. A PS pessoa que entra no prédio ativa 0 temporizador, que acende as lampadas por um periodo ‘tempo preestabelecido, suficiente para o usuario chegar ao seu local de destino. Ap6s o tempo programado, 0 temporizador dasativa as lémpadas, evitando o desperdicio de energia. EDDA BALI SM ea Fenctonamento da minuteria (Os dimers sao bastante conhecides e controlam, através de um circulto eletronico, a ppoténcia forecida & lémpada. Da mesma forma como se controla o volume de um radio, ‘uma pessoa pode controlar o brilho de uma lampada de zero a 100% através do dimer. Este ~aparelho é normalmente encontrado para lampadas incandescentes. Com a utiizagao de reatores eletrOnicos e de alguns modelos de reatores eletromagnéticos, pode-se também ‘ompregar dimers espocifices para lampadas fluorescentes. E importante ressaltar que, na arquitetura residencial ©, principalmento, na arquitetura ‘comercial, 0 uso de sistemas de controle da iluminagao artificial e a adequada ‘especificagdo do tipo de lampada e de lumindria sao premissas bésicas ao bom projeto luminotéenico e, em conseqiléncia, 20 contforto visual das pessoas e a eficiencia energetica do eaificio. TEES a) CLIMATIZAGAO ARTIFICIAL s sistemas artficiais para restriamento ou aquecimento so estratégias de projeto que, tal ‘como os sistemas naturals, devem ser levadas em consideracao desde a decisao sobre o partido arquiteténico a ser adotado. Nom sompre ¢ possivel tirar partido apenas dos recursos naturais para promover 0 conforto térmico dos usuarios. Em fun¢éo do clima local e <éa propria funcao a que se destina a arquitetura, é multas vezes inevitavel o uso de sistemas arlfciais de climatizacéo, como ventiladores, aquecedores e ar condicionado. Em edifcios. Comerciais pablicos, por exemplo, o uso dé climatizacdo ativa praticamente obrigatério, pois 0 desconforto pode significar perda de clientes ou baixa produtividade. Por estes otivos 6 tao importante arquiteto saber empregar os sistemas artificials nos seus projetos. Uma vantagem de ter esta visdo 6 poder usar racionalmente os equipamentos, tevitando desperdicio de energia. Outro ponto importante 6 que, conhecendo os diversos ‘ipos de sistema de climatizacao existentes no mercado e as caracteristicas basicas de cada um, 0 arquiteto pode “falar” uma linguagem comum com os projetistas de cada sistema. Deve-se também entender a diferenca conceitual entre ventilacao e infitracao. A ‘ra representa uma exigéncia nos ambientes interiores, configurando-se como a renovagao de ar necesséria para os usuarios. Ao contrario, a infltracao (ar que penetra por frestas) aparece como um problema para 0 aquecimento artificial e a refrigeracao. O ar infitrado geralmente esta em condicoes indesejaveis de temperatura e umidade relativa, podendo causar a diminuigao da eficiéncia do equipamento de climatizagao. Os sistemas de Climatizacao artificial de uso mais comum na arquitetura sao os de ventilacao mecénnica, 08 ‘de aquecimento ¢ os de refrigeracao ®*. ‘Também existem aparelhos para fitrar 0 ar, ‘conhecidos como depuradores. A VENTILAGAO MECANICA Os sistemas de ventilagao mecénica S20 basicamente de dois tipos: os exaustores (0s vontiladores. A exaustéo é normalmente Utiizada em ambientes onde ha alguma ‘onte de contaminagdo do ar (cozinhas, banheiros, laboratorios etc). Os exaustores criam uma presséo negativa que suga o ar {quente ou impuro, arremessando-o para fora do ambiente. desvantagem destes sistemas é que apenas fltram o ar, deixando 0 calor no ‘ambiente. Colta de cozinna (dopurador) x ‘A ventilagao mecénica de um ambiente pode ser felta com ventiladores méveis ou {ios no toto, e estes tllimos podem ser ‘espectticades pelos arquitetos. Os vontiladores de teto, além de circular e refrescar 0 ar, podem funcionar como cexaustores, afastando insetos e fumaca. Vontiador de toto ‘As vantagens desse sistema sao a economia ‘do enargia, o baixo custo, a faciidade de Instalacao ¢ 0 fato de reftescar 0 usuario sem alterar a temperatura do ar. Isto ‘acontece porque a convecea0 criada pelo ventlador ajuda na evaporacao do suor ena remagéo do calor da pele, aumentando a ‘sensacao de conforto do usuério, AQUECIMENTO Para aquecer um ambiente de forma passiva se utlizam basicamente dois principios: evitar as perdas de calor e Incrementar os ganhos térmicos do ‘exterior. Porém, estes principios nem ‘sempre sd0 suficientes, levando 0 usuério. ‘a0 aquecimento arfcial do interior. A gama de aquecedores artiiciais ¢ enorme, indo desde lareiras até aparelhos de ‘ar condicionado (ciclo reverso).. (Os sistemas mais simples sao de ‘aquecimento local ou direto. A fonte de cenergia para estes sistemas pode ser a eletricidade, 0 gas, 0 6leo ou combustivels ‘sélidos (Ienha, carvao ete.), sendo estes Lltimos mais usados em sistemas de aquecimento central. No caso de lareiras 0 fogées.alenha, o calor continua sendo cemitide por radiagao mesmo apés 0 fogo ser apagado, devide a inércia térmica dos ‘materiais normalmente empregados na sua cconstrugao (peda ou til). Apasar dos varios tipos disponivets, 0 ‘aquecimento elétrico 6 hoje o mais Per * Painel Radiador de Baixa Temperatura Neste caso, a resisténcia olétrica se situa no interior de um tubo fino imerso em agua ou em leo que, aquecides, circulam pelo radiador. A principal vantagem desse aquecedor é sua baixa temperatura superficial (por volta de 50°C), que evita acidentes por queimaduras. Paine radiadorde baixa temperature * Convector Elétrico Existem basicamente dois tipos de convector elétrico: com ventilagao forgada ou natural. 0 ‘convestor elétrico com ventllacéo forcada funciona de manelra semelhante a um secador de ‘cabelos. O ar 6 forcado a passar por uma resisténcia aquecida, se aquece e é direcionado para o ambiente. © modelo com ventilacao natural consiste basicamente de uma resisténcia, ‘létrica aquecida situada no interior de um invélucro. O ar ambiente é induzido (por ‘conveegao natural) a passar pela resistencia, onde € aquecido e devolvido ao ambiente. * Bomba de Calor (ar condicionado de janela) ‘A bomba de calor é um sistema do mesmo tipo usado para refrigeracéo, porém em ciclo reverso. Seu prinefpio de funcionamento so basola na passagem de um gas retrigerante (normaimente o freon) por uma tubulacdo que o submete a uma alta pressao no lado quente do sistema (condensador) e a baixa pressao no lado trio do sistema (evaporador). Seo ar for forgado a passar pelo evaporador, se restr, © se for forcado @ passar pelo condensador (Ciclo reverso), se aquecera. A partic dai resta fazer o ar aquecido (ou restriado) circular, ppelo ambiente interno. As principals vantagens deste sistema so 0 baixo consumo de ‘energia em comparacdo com os aquecedores a resisténcia e a possibilidade de, so revertido o fluxo do ar, poder ser utlizado também para refrigeracao. A principal limitagdo dda bomba de calor é a impossibilidade de funcionamento em situagdes em que a temperatura do ar externo & inferior @ 4°C. [Eequoma da Bomba do oslor + Aquecedor Central Em algumas situac6es pode-se preferir o aquecimento central om vez do uso de aparelhos indviduais. O que se tem a fazer nestes casos basicamente aquecer Agua ou ar em local Esquoma de aquecimento central =e separado dos ambientes a serem aquecidos e distribuiro fluido para os ambientes através de tubulagdes. O fluido circula por radiadores instalados no interior dos ambientes, que emite calor para o ar por conveccao e por radiaco. A ‘escala do aquecedor central pode variar ‘dasde pequenas casas alé grandes ecificacées (hotéls, edificios piblicos ou comercials etc.). A produgao de calor 6 GArONS Wine © HORA: 16:00 aenow ons 2467.2 Wt ORIENT OBSTE LOCAL + Mee tune Teo ae ‘Sxomple numético de carga térmica + Candugdo pelo Fechamento Opaco (@,,) Como jé explicado no exemplo numérico de fechamentos opacos, tem-se que: + Gy9 = 65,98 Wire, ‘Area total de fochamento opaco da parede externa seré, descontando a érea de abertura: Ae = X2,70) - (5x 1.10) = 8m Entdo, o ganho de calor pelo fechamento opaco seré #5 = Gyo X Arg = 66,53 x8 = 580,64 W. Este ¢ 0 valor do ganho térmico pola parte opaca da parede externa para a situagéo analisada + Condugao pela Abertura (,) ‘Como jé calculado no exemplo numérico de fechamentos transparentes tem-se que: +, = 57,9 Wine. A Grea de abertura é: #A,= 5x 1,10 = 5,50 m7. TESS Entéo, o fluxo total de calor que atravessa a abertura por condugao sera: $= a, xA, = 57,9%5,5 18,45 W. + Ganho Solar pelo Vidro (@,) Eo ganho térmico solar pela janela serd, conforme j@ visto em fechamentos transparentes: 9g, = 622 Win. Fazendo 0 céloulo para toda a area envidragada da parede exterior tem #0, =, «A, = 6225.5 = 9.621 W. ‘A abertura contribul entio com 318,45 W de calor ganhos por condugao @ com 3.421 W de calor ganhos diretamente do sol, totalizando 3.738,45 W. + Ganho de Calor dos Ocupantes (@,) ‘Adotaram-se para a sala trés ocupantes. Segundo @ norma ISO 7730 ®, uma pessoa em atividade leve (normalmente exercida em ambientes desse tipo) produz aproximadamente 1180 W de calor. O calor total produzido pelos ocupantes da sala serd entao: 0, 150x3 = 450 W. + Ganho de Calor por Iluminagéo Artificial (Q,) ‘Como jé foi especificad, esta sala é iluminada por doze lémpadas fluorescentes de 40 W. Deve-se considerar,além do calor dissipado pelas lampadas (Q), 0 calor perdido pelos reatores (Q). Supondo reatores de partida répida para cada duas lampadas, tem-se pela tabela 4.10 que as perdas de calor sero da ordem de 28 W por reator. Entao: #0, =25x6= 138. E 0 calor dissipado polas lampadas seré: +0, = 12x40 = 480. © ganho de calor total portuminaco artificial seré: *Q.=0,+0,= 138 + 480 = 618 W. EE + Ganho de Calor por Equipamentos (@,) ‘Tamoém haveré uma certa quantidade de calor sendo ganha diretamente dos equipamentos instalados no ambiente. No caso do exemplo tem-se um computador cuja parcela de calor ccedido ao ambiente serd: +Q,=400W. = Ganho de Calor por Infiltrac4o de Ar (Q,,) ‘Adota-se regularmente um certo niimero de troces de ar para o ambiente, que depende da festanqueldade das aborturas ao ar. Neste caso se adotou uma infitracao de 10% do volume total de ar do ambiente a cada hora (0,1). importante compreender que esta infitracao acontecerd pelas irestas e ge traduziré em dois tipos distintos de ganhos de calor para efeito de céleulo de carga térmica: calor sensivele calor latente. Conforme explicado no Anaxo B, © calor sensivel esta relacionado basicamente & ciferenca de temperatura entre interior e exte- tor @ 0 calor latente incorpora o conceito de troca de estado da agua contida no ar. + Calor Sensivel (calor sensivel (Q,,) pode ser calculado por: #Q,.= peVat wy] onde: p = 1,2 ka/m? (densidade do ar); 1c = 1.000 J/kg K (calor especifico do ar); V = volume de ar trocado no ambiente a cada segundo; At = diferenga de temperatura entre interior e exterior. Ovalor de V seré: ‘+ V = (inftragao x volume da sala) + 3.600 + V = (0,1 x,00x8,00x2,70) = 3.600 = 0,003 mis. (© calor sensivel seré entio: #0, 2x 1.000 x 0,008 x (33 -23) = 38 W. + Calor Latente Um pouco mais complicado de calcular, 0 calor latente indica a quantidade de energia que overd ser gasta para alterar a temperatura e a umidade do ar que intfltra no ambiente a => ABIAVEIS ARQUITETONICAS partir do exterior de forma a deixé-lo em condig6es iguals 20 ar interior. Este célculo oxige ‘conhecimentos mals aprotundados da carta psicrométrica e dos conceitos de entalpia. Recumidamento, muitiplica-se a diferenca entalpica entre o ar externo eo interno pelo volume de ar trocado. Océlculo pode ser feito como a segul carta psierométriea com entalplas das duns ‘Sondigoes (extorior o imieror) 33°C; UR. 23°C; UR. 7.5% — Entalpia = 105 kulkg de ar seco 1 Ar externo:t, 5% -> Entalpia = 53 kilkg de ar seco. ‘= Arinterno: {A diferenca entélpica seré entéo: +105 - 59 = 52 kilkg = 52.000 kg de ar seco. Para calcular 0 calor latente (Q,,) se faz: #0, = 52,000xV xp=187.2W. 0 tote de calor que entra no ambiente por initragdo seré para este caso: °0,=0, +0,,=2232W. + Carga Térmica (CT) ‘A carga térmica (CT) para o ambiente ser entao: #0T=0,,+0,4+0,40,+0,+0,+0, CTs 5880 Wi Deve-se dizer que, embora esta seja.o valor de pico, é 0 que se ulilza para o ‘imensionamento de aparelnos de climatizacao. A partir dos valores explanados se pode Ientificar @ contribuigao de cada elemento analisado: <=» E importante ressaltar que o procedimento aqui descrito ¢ extremamente simplificado. Para avaliagdes mais precisas de carga térmica, deve-se consultar bibliografias especitioas ‘u utlizar um programa de simulacao sofisticado como, por exemplo, o DOE 2.1E, BLAST ou ESP No caso do ambiente acima, se paderia empregar um aparelho de ar condicionado de Janela com 24.000 BTUM ou 1,7 TR. A especificacdo de um sistema de ar condicionado dove também ponderar a rela¢ao custo/ beneficio. Um sistema central, por exemplo, consome menos energia para climatizar uma. ‘eificagie do que uma solugao equivalente com apareihos de janela. Suas vantagens S40, ‘entre outras, o menor consumo de energia, o ndo comprometimento da fachada arquttet6nica, maior durabllidade e confiabilidade, bem como o menor nivel de ruido no interior doe espagos condicionados. Entretanto, os aparelhos de janela tornam-se alrativos pela sua simplicidade. Qualquer pessoa pode comprar um aparelho de janela e instalé-lo ‘sem necessitar de um projeto especifico. No setor residencial, principalmente, o uso de aparelhos de janela possibilta clmatizar apenas alguns ambientes, considerados mais nabres (quarto e estar, por exemplo), justiicando esta alternativa. Outro fator a ser cconsiderado ¢ a versatilidade do uso do aparelho de janela em relacao as preferéncias pessoais dos usuérios. Em outras palavras: em um edificio comercial, por exemplo, algumes pessoas podem preferir nao usar 0 ar condicionado, deixando abertas as janelas, enquanio ‘outras podem usar 0 aparolho de sua sala de forma’ aquecer ou restriar o ambiente de acordo com suas necessidades de contorto. Ao nivel do consumo de energia, podle-se comparar de forma prética os aparelhos de ar ‘condicionado através do seu EER (energy efficient ratio), que 6 um conceito de indice de feficigncia. O EER relaciona a quantidade de energia elétrica consumida para gerar ‘enorgia térmica de aquecimento ou retrigeracdo @ sua unidade é BTU/h/W. Na década de ‘80, 0 EER para os aparelhos de ar condiclonado de janela no Brasil era da ordem de 6,5 a 7.8 BTU/RW°®, Atualmente, este valor subiu para a faixa de 8 a 9 BTU/IVW. As melhorias ‘tecnologicas recentes (como, por exemplo, a introdueo dos compressores rotatives) ‘mostram que a indistria busca melhorar ainda mais estes indices. O erescimento do EER significa menor quantidade de energia consumida para refrigeracao, o que denota a utlidade deste indice para a escolha de maquinas mais efcientes entre as disponiveis no mercado. Em breve serd lancado pelo PROCEL o solo de oficiéncia dos condicionadores de at, o que ‘tornara bem mais fécil 20 usuario optar por aparelhos mais eficientes. <> REFERENCIAS 82, ROMERO, M. A.B; [1988]. Princjpios bioclimaticos para o desenho urbano. Eaitora Projeto, So Paulo, SP 933. RIVERO, R.; [1985]. 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Pode-se tirar partido ou evitar os efeitos destas variaveis, por intermédio da edificacao, de forma a obter um ambiente interior com determinadas condigées de conforio para os usuarios. Isso pode ser feito de duas maneiras A primeira, com 0 emprego dos jé citatios sistemas de ‘climatizagao e iluminagdo artificial. A segunda, incorporando de sistemas naturais e artificiais, ponderando os limites de exegilibilidade e a relacao custo/beneficies de cada solucao. ‘Se as ostratégias naturals forem as mais adequadas, deve- vivos ©, Conhecendo os conceltos basicos que envolvem 0 lima e 0 conforto, pode-se compreender a importancia da bioclimatologia aplicada a arquitetura. = S cS) 5) = FS an 2) = a < Er aL A BIOCLIMATOLOGIA APLICADA A ARQUITETURA N a década de 60, os iemaos Olgyay aplicaram a biociimatologia na arquitetura considerando o conforto térmico humano e criaram a expressio projeto bioclimatico ™. Aarguitetura assim concebida busca utilizar, por meio de seus proprios elementos, as ccondigées favordvels do clima com 0 objetivo de satistazer as exigéncias de conforto térmico do homem. Também foi desenvolvido por Olgyay um diagrama bioclimatico que propée estratégias de adaptagéo da arquitetura ao clima. carta bioctimsticn de Olsyey Foi em 1969 que Givoni concebeu uma carta biocimatica para edicios que corrgia algumes limitagées do dlagrama idealizaco por Olgyay. A carta de Givoni se baseia em temperaturas internas do ediicio, ropondo estratégias construivas para adequacéo da arquitetura a0 cma, enquanto que Olayay aplicava sou ciagrame estitamente para as condicbes extemes. Em sou trabalho mais recente (1992), Givoni explica que o cima interno em edificios ngo condicionados reage mals largamento 8 variagao do cima exiomo e & experiéncia de uso dos habitantes ®". Pessoas que moram em edficios sem condicionamento e naturelmente ‘entilados acetam usualmente uma grande variagao de temperatura e velocidade do ar como Situagdo normal, demonstrando assim a sua acimalacéo. Givoni concebeu, entao, uma carta bioclimatica adequada para paises em desenvolvimento, na qual os limites méximos de cconforto da sua carta anterior foram expandidos. Recentomente fol desenvolvido um trabalho <> a aw EET que faz uma reviséo bibliogrifica abordando o tema bioclimatologia aplicada a arqultetura, com 0 objetivo de selecionar uma metodoiogia biocimética a ser adotada para o Brasil Neste estudo foram analisadas as metodologias de varios autores, entre eles Watson e Labs", Oigyay ®, Givoni ™? e Szokolay ©. Com base nas andlises concluiu-se que o trabalho de Givoni de 1992 para paises em desenvolvimento 6 o mais adequado as condicdes brasileres. carta bicetimdtica adotaga para oBrasit A carta da figura acima 6 construlda 1. zona de conforto: sobre o diagrama psicrométrico, que relaciona a temperatura do ar e a 2. zona de ventilagao; umidade relativa, Obtendo os valores destas varidvels para os 8. zona de restriamento evaporativo; principals periodos do ano climatico da localidade, 0 arquitoto poderé ter «4, zona de massa térmica para restriamento; indicagoes fundamentais sobre a strategie bioclimética a ser 5, adotada no desenho do edifcio. Os adios de temperatura e umidade 8 relativa do ar exterior podem ser . zona de ar-condicionado; . zona de umidificacéo; plotados diretamente sobre a carta 7. zona de massa térmica para (contorme seré explicado mais ‘aquecimento; adiante), onde séo identiicadas nove zonas de atuagao na carta, 8. zona de aquecimento solar passivo; conforme a sequéncia: 8. zona de aquecimento artificial. <> na 1.- ZONA DE CONFORTO Nas condic6es delimitads por esta zona havera uma grande probablidade do quo ‘8S pessoas se sintam em conforto térmico ro ambient interior. Percebe-se que o exganismo humana pode estar em conforio mesmo em diversos limites de umidade rolativa (entre 20% e 80%) e de tomperatura (entre 18°C e 23°C), em paises em desenvolvimento, segundo Givoi Quando o ambient interior estver com temperatura proxima a 16°C, deve-se evitar © impacto do vento, que pode produit esconforio, Em situagées de temperatura préxima a 29°C 6 importante controlar a inciéncia de radiagao solar sobre as pessoas, evitanco assim o excesso de Calor. Analsando esta situagéo pelo ‘método de Fanger ® conclu-se que 0 conforto térmico 86 ¢ possivel préximo aos 20°C se as pessoas estverem vestindo roupas loves o submetidas a pequena uantidade de ventlagao. Isto vem reforgar 2 idéia de Glvoni de que em paises em ‘desenvolvimento estes costumes permite 2 aclimatagao des pessoes a limites de temperatura e umidade reletiva mais amplos em relacéo aos paises desenvolvdos. Zona de ventilagbe Se a temperatura do interior ultrapassar 0 29°C ou a umidade relativa for superior 2 80%, a ventilacao pode melhorar a sensagéo térmica. No clima quente e timido, a ventilacao cruzada 6 a estratégia mais simples a ser adotada, fazendo, porém, que. ‘temperatura interior acompanhe a variagao da temperatura exterior. ‘Supondo que a velocidade maxima ppermitida para o ar interior 6 da ordem de 2 m/s, a ventilacao 6 aplicavel até o limite de temperatura exterior de 32°C, pois a partir daf os ganhos térmicos por ‘convecgéo tornam esta estratégia indesojével. Em todos os casos, os espacos exteriores devem ser amplos, evitando barreiras, cedificadas para favorecer a boa distribuigao do movimento do ar. Em regides onde a temperatura diurna 6 maior que 29°C @ a umidade relativa é Inferior a 60%, 0 restriamento convective oturno é mais adequado.

TAA 3 - RESFRIAMENTO EVAPORATIVO & aplicével principaimente em regides dridas, onde a temperatura diuma 6 de 30°C 2 36°C @ a temperatura ‘oturna se situa por volta de 20°C, Mesmo {ue soja mais confortavel, a ventiagao diuma 6 indesejavel nesta situacao, pols implica calor adicional a ser armazenado na edificagéo, aumentando a temperatura interior notuma. O principio bioclimatico se resume a controlar a ventilacdo durante 0 dia para reduziro ingresso do ar quente © Inerementar a ventilagdo noturna, aprovertando o ar mais fresco para restriar 0 interior, Em regiées éridas, onde a temperatura urna 6 superior a 36°C, a ventilacao nnoturna nao é suficiente para o conforto, (Outros sistomas do restriamonto (ar ‘condisionado, restriamento evaporative ou ‘massa térmica) 840 necessérios. Mesmo assim o resfriamento convective néo deve sser descartado, pois pode significar a redugdo do tempo de uso dos outros sistemas. As solugdes arquiteténicas mais utilizadas sao: ‘ventilagao da cobertura, ventilagao cruzada, ventlagéo s0b a casa e'0 uso de caplacores de vento, fod fertamente fuses em diversas bibliografias "76 =, ae Zona de rstriamonto evaporative A evaporagao da agua pode reduzir a temperatura e simultaneamente aumentar a. umidade relativa de um ambiente. Um exemplo deste recurso 6 a tipica fonte dos patios érabes. Em épocas quentes © secas também a vegetacao permite timizar as condigoes de conforto por resfriamento evaporative (evapotranspiragao do vegetal). ‘Com o resttiamento direto dos espacos Imeriores através da evaporacso se requer boa taxa de ventilagao para evitar 0 accimulo de vapor de 4gua. Levando em conta este fator, pode-se sugerir que o restriamento evaporative & aconselhavel apenss quando a temperatura de bulbo imide (TBU) rméxima ndo excede 0s 24°C @ a temperatura de bulbo seco (TBS) maxima nao ultrapassa (08 44°C para paises em desenvolvimento. Exemplos de restriamento evaporativo ineto so 0 uso de vegetacao, fontes de ‘gua ou outro recurso que se fundamente nna evaporagao da agua diretamonto no ambiente que se quer resfriar.

Da mesma forma, 0 uso dos sistemas naturals de restrlamento pode nao ser ‘suficionte nestas condigées extremas, mas eles poderéo, se empregados Conjuntamente ao ar condicionado, reduzira ‘dependéncia do ambiente ao uso deste e, conseqiientemente, ao consumo de energia. 6 - UMIDIFICAGAO Zona de umiaiioagto Quando a umidade relativa do ar for muito bbalxa e a temperatura interior @ 27°C, haveré desconforto térmico devido & ssocura do ar. Nostos casos, a umidificacdo do ar melhora a sensagao de conforto ainda que possa produzir um efeito de restriamento evaporativo indesejével. As baixas taxas de renavagao de ar permitem ‘manter 0 vapor de égua a nivels confortéveis com minima evaporagao restriamento. Alguns recursos simples podem ser empregacios no interior dos ambientes, como a utlizacao de recipientes com agua ea hermeticidade das aberturas, que ajuda ‘a conservar 0 vanor proveniente das Plantas das atividades domésticas. 7 - MASSA TERMICA E AQUECIMENTO SOLAR ow COM AQUECIMENTO SOLAR: MC DT ‘Zona de massa térmica © aquesimente colar Nessa regido da carta, situada entre 14°C 20°C, pode-se ulilzar @ massa térmica junto ‘20 aquecimento solar passivo ouo aquecimento solar passivo com isolamento térmico. A primeira alternativa (massa térmica com ganho solar) pode compensar ‘as baixas temperaturas pelo armazenamento do calor solar, que fica retido nas paredes da edificacao e pode ‘ser devolvido 20. interior nos horérios mais trios, geralmente & noite, Na segunda ‘opcdo (aquecimento solar com isolamento térmico), podo-se evitar as perdas de calor {a ediicagao para o exterior (normalmente ‘mals acentuades pela cobertura e aberturas) enquanto se aproveitam os 8 - AQUECIMENTO SOLAR Passivo AQURCIMENTO SOAR AT ‘Zona de aquecimente solar passive Entre 10,5°C © 14°C, 0 uso de aquocimento solar passivo 6 0 mais indicado. Nesta regia é recomendado o isolamento térmico do edificio de forma mais. rigorosa, pols as perdas de calor tenderao ‘a ser multo grandes, O edificio deve incorporar superticies envidracadas orientadas ao sol, aberturas reduzidas nas orientagses menos favoravets e proporcées apropriadas de espacos exterlores para conseguir sol no inverno. © aquecimento solar passivo pode ser feito utlizando-se diversas técnicas no projeto ‘arquitet6nico. A adequada orientacéo © cor dos fechamentos, 0 uso de aberturas: zenitais controlévels (para poder fechar & noite), 0 emprego de painéis refietores texters, a parede Trombe, os coletores de calor no telhado, a estuia e os coletores de ‘calor de aqua ou leo so alguns exempios encontrados nas diversas bibliografias sobreoassunto. 9 - AQUECIMENTO ARTIFICIAL “Rerrca WC Zona de aquectmonto artificial Em locais muito frios, com tempereturas rormalmente inferiores a 10,5°C, 0 ‘aquecimento solar passive pode nao ser ‘suficiente para conforto. Nestes casos, 0 uso de aquecimento artificial ¢ adequado. CConvém lemibrar que 0 uso em conjunte dos dois sistemas (artificial e solar passivo) ¢ aconselhavel, pois reduz a dependéncia do ‘consumo de energia para condicionamento. INTERSEGOES ENTRE ESTRATEGIAS Entre as zonas de ventilacdo (2), de restriamento evaporativo (8) ¢ de massa térmica para resfriamento (4) acontecem algumas intersecées, conforme a figura abaxo. INTERSEGBES ‘A regido A representa a intersecao entre a zona de ventllacdo @ a zona de massa térmica para restriamento, Para esta situacao se pode adotar ambas as estratégias, inclusive simultaneamonte. ‘Seguindo o mesmo raciocinio, na regio B se pode utlizar os beneficios da massa térmica para restriamento ou do resfriamento evaporativo. E, na regiao C, as trés estratégias podem ser aplicadas separadamente ou em conjunto. <> i © CLIMA DO BRASIL Devido ao seu imenso tertitério © a0 fato de se localizar entre 0s dois trépicos, 0 Brasil possui um clima bastante variado, Para simplificar o entendimento dessa variabilidace Glimatica adotou-se a diviséo do clima brasileiro em seis regides basicas, conforme a figura ‘abaixo As cidades que se apresentam no mapa séo as que ja possuer TRY. TROPICAL DE ALTITUDE Maps do Brasil com sols rogloesclimstioas ‘As caracteristicas basicas de cada tipo climatico sdo as seguintes: EQUATORIAL © clima equatorial comproonde toda a ‘Amazénia e possul temporaturas médias entre 24°C e 26°C, com amplitude térmica anual de até 3°C. Nesta regiéo a chuva 6 ‘abundante e bem distribuida (normalmente maior que 2,500 mm/ano). TROPICAL No clima tropical 0 verdo é quente & cchuvoso eo inverno quente e seco. presenta tomperaturas médias acima de 20°C 0 amplitude térmica anual de até 7°C. ‘As chuvas oscilam entre 1.000 mmiano e 1.500 mmjano. TROPICAL DE ALTITUDE Noste clima as temperaturas médias se situam na faixa de 18°C a 22°C. No verdo as ‘chuvas séo mais intensas (entre 1.000 mm ‘ano e 1.800 mm/ano) eno inverno pode (gear devido as massas frias que s° originam da massa polar atlantica. O clima ‘tropical de altitude se estende entre o norte do Parand ¢ 0 sul do Mato Grosso do Sul, ras regiées mais aitas do planaito atiantico. ‘SEMI-ARIDO Ea regido climatica mais seca do pai caracterizada por temperaturas médias ‘muito altas (em toro dos 27°C). As chuvas ‘so muito escassas (menos que 800 mm) ‘ano) @ a amplitude térmica anual é por volta de 5°. TROPICAL ATLANTICO Este tipo de clima é caracterfstico das regi6es ltoraneas do Brasil, onde as ‘temperaturas médias variam entre 18°C & 26°C. As chuvas so abundantes (1.200 ‘mm/ano), concentrando-se no verao para a8 regiées mais ao sul eno inverno e ‘utono para as regides de latitudes mais bbaixas (préximas 20 equador), A amplitude térmica varia de regiao para regigo. Mais. ‘a0 norte, a semelhanca ontre as estacoes de inverno e de verdo (diferenciadas apenas pela presenca da chuva, mais ‘constante no inverno) resulta em baixes: amplitudes térmicas ao longo do ano. Contorme a latitude aumenta, cresce ‘também a amplitude térmica anual, iferenciando bem as estagdes. ‘SUBTROPICAL Neste tipo climatico, as temperaturas ‘médias se situam, normaimente, abaixo dos: 20°C e a amplitude anual varia de 9°C a 419°C. As chuvas séo fartas e bem distribuidas (entre 1.500 mm/ano e 2.000 ‘mrn/ano). 0 inverno 6 rigoroso nas areas, mais elevadas, onde pode ocorrer neve. ap BIOCLIMATOLOGIA DO BRASIL ‘Apesar de se ter uma viséo panorémica sobre o clima brasileiro, isto néo ¢ suficiente para a aplicagdo de estratégias bioclimatices em projetos para uma determinada localidade. Enecessério fazer a andlise bioclimética do local a partir dos dados climaticos disponiveis. (deal 6 utilizar o Ano Climatico de Referéncia (TRY), que possul valores horérios. Caso nao ‘se disponha do TRY, pode-se também usar as normais climatolégicas ”®, que possuem valores médios para varias localidades do Brasil AVALIAGAO BIOCLIMATICA PELO ANO CLIMATICO DE REFERENCIA [través do Ano Climatico de Referéncia, que contém valores horérios de temperatura ¢ Umidade relativa, entre outros, pode-se plotar os dados de diversas cidades brasileiras iretamente sobre a carta bioclimatica, obtendo-se quais as estratégias mais adequades para ‘cada perfodo do ano. As cartas bioclimaticas com as estratégias foram construidas para cada ‘uma das cidades analisadas ¢ fornecem uma indicacdo visual sobre o comportamento Ventitagao RE . Resftiamento Evaporative mR > Massa térmica para Resfriamento ac > Ar Condicionado u S Umidificagao VIMR > Ventilagao/Massa térmica para Resfriamento VIMRJRE = Ventilacéo/Massa para Resfriamento/ Restriamento Evaporative MR/RE > Massa térmica para Resfriamento/ Resfriamento Evaporative MA/AS — > Masea térmica para Aquecimento/ Aquecimento Solar as > Aguecimento Solar aa > Aquecimento Artificial {As tabelas foram organizadas de forma a considerar as intersegoes. Para saber 0 total de horas em que é adequada a ventilacao, por exemplo, deve-se somar todos os campos onde ‘a palavra ventilacéo aparece. Da mesma forma deve-se proceder para as estratégias de restriamento evaporative, massa para resiriamento e aquecimento solar passivo. Passa-se a ‘seguir 8 andlise particular de cada uma das catorze cidades cujo Ano Climatico de Referéncia (TRY) ja é disponivel. 8 Razio de Umidade - wake) 736 20 ‘Temperatura de bulbo seco [°C] 34 30 40 30 Carta bioctimética com as extratégiasinsiondas para Porta Alegre CObservando a carta da figura acima, se porcebe a grande variagéo climatica a que se ‘submete Porto Alegre ao Iongo do ano. A mancha alongada, constituida por pontos vvermelhos que representam cada hora do ano, percorre desde a regido onde ¢ indicado © ‘aquecimento artificial até 0 inicio da zona de ar condicionado. Extraindo da carta os percentuais respectivas a cada zona, tem-se que em 22.4% das horas do ano haverd Conforto tgrmico em Porto Alegre, enquanto que no restante (77,5%) 0 descontforto se divide fom 25,9% provocade pelo calor @ 51,6% pelo fio. Segundo a tabela 5.1, as quatro principals estratégias a serem adotadas sao, em ordem de importancia: 1, Massa térmica para aquecimento com aquecimento solar passive (33.7%); 2. Ventllacao (19,5%); 8. Aquecimento solar passivo (11,7%); 4, Aquecimento artificial (6%). a CEE ‘Tabeta 5.1 - Eatrateginsbiocliméticns para Porte Alegre (%) Um projeto arquitet6nico que utilize a massa térmica para aquecimento, explorando 0 calor ‘solar, estaré resolvende o problema de descontorto por frio em pelo menos 33,7% des horas do ano. Nos periodos quentes, a ventilagao é a estratégia mais adequada em 19,5% das horas do ano. Também se pode dizer que o uso da ventilagao atendera as regides de lntersecao entre esta estratégia e duas outras (massa para restriamento e resfriamento ‘evaporativo),totalizando 23,4% (19,5% + 9,7% + 0,2%) das horas do ano, Em 11,7% das horas do ano ofrio 6 muito intenso e a massa térmica para aquecimento nao é ssuficiente. Nestes periados se sugerem o incremento dos ganhos solates e a utlizagao de Isolamento térmico para reduzir as perdas de calor, principalment & noite. Em alguns casos (6% das horas do ano) o aquecimento artificial serd necessério. ‘Aaarquitetura a ser projetada em Porto Alegre tem como premissas bésicas de conforto térmico duas estratégias antagénicas: massa térmica e ventiacdo. Deve-se considerar que {as solugdes que permitem 0 uso farto da ventlagao no verdo nao podem prejudicar 0 ‘armazenamento de calor por massa térmica no inverno, e vice-versa. Recomienda-se 0 ‘estudo de sisterias de aberturas que possam cumprir duas finalidades: ventilar a ecificago 1no vera e ser passiveis de isolamento térmico no inverno, evitando perdas de calor. i caprulos FLORIANOPOLIS 8 Rarlio de Umidade - w(g/kg) 938 6 “to 20 30 ‘40 30 ‘Temperatura de bulbo teco [°C] carta bioclimatien com ae estratégias indicadas para Forianéplls, ‘Tal como em Porte Alegre, a carta bioclimética para Florianépolis também possul os pontos que representam as horas do ano distibuidos na forma de uma mancha alongada entre as zonas de ‘aquecimento arifcial e ar condicionado. Ha conforto térmico em 20,8% das horas do ano. AS ‘estratSgias mais adequadas para os periodos de desconforto (79,1% das horas do anno) sao: 1. Ventilagao (35.5%); 2. Massa térr para aquecimento e aquecimento solar (25,4%). ‘Afiguram-se nesta cidade duas estratégias distintas: a necessidade de ventilagao nos periodos quentes e de massa térmica e aquecimento solar nos periodos trios. Como em Porto Alegre, a dificuldade em solucionar estas duas indicacées contrérias sublinha a iportancia de conceber o envelope construtivo a partir dos dois conceitos, de forma simulténea. Deve-se explorar o maximo possivel da ventilagao nos periodos de calor, proporcionando aberturas amplas e sombreadas e incluindo solugdes de projeto como a possibilidade de ventlacdo cruzada e outras alternatives ilustradas no capitulo ‘subsegdente, O uso da massa térmica para aquecimento raz a necessidade de instalar as, aberturas de forma a usufrulr o sol nos perfodos trios, com a incorporacdo de Isolamento ‘térmico para evitar perdas de calor & noite. 8 ‘Rarko de Umidade - w[g/kg) 9#8E 76 ; 3 10 20 ‘Teenperatura de bulbo t0c0 [°C] ‘carta bioctimétice com ae estratégias indioadas pars Curitibs A carta bioclimética para Curitiba indica visualmente maior necessidade de aquecimento ‘que nas duas cidades anteriores. Curitiba tem proporgées de horas de conforto e de ‘desconforto (20,9% © 79%, respectivamente) semelhantes as da cidade de Fiorianépolis. ‘Ocorre entretanto que a maior parte do desconforto é causada por frio (73,1% das horas do ‘ano) - 6 a cidade mais fra de todas as analisadas. Nesta cidade, um projeto arquiteténico deve garantir a utlizagao de quatro estratégias bioclimaticas principals: 1. Massa para aquecimento e aquecimento solar (424%); 2. Aquecimento solar (18,8%); 3. Aquacimento artificial (11,7%); 4. Ventilagao (6.1%). 3 CEE ‘Tabata 5.3- Estratéglas blocimtioas para Curitiba (8) E necessério aproveitar20 maximo 0 calor do sol, em combinagao com 0 uso de massa térmica nos fechamentos. Em 11.7% das hores do ano, 0 fio interno exigré aquecimento still, Neses casos devo-so observar a eiciéncia do equipamento utiizado eisolar ‘dequadamente 0 envelope constutvo, Quanto & ventilagao, poderd resolver os problemas de descontorto térmico por calor em 5.1% das horas do ano. sAo PAULO Rarko de Umidade - w(g/ka) 30 20 ES “Temporaca de bubo 20 (°C) carts bioclimética com as estratégias indicades pare Sé0 Paulo Na carta bioctimética hé uma grande concentraedo de pontos na regiao de aquecimento, principalmente na zona de massa térmica. A andlise na carta indica que 27,1% das horas do ‘ano sao confortdveis © 72,8% sao desconfortéveis por fro (59,3%) ou calor (13,4%), sendo as estratégias mais indicadas as seguintes: 1. Massa térmica para aquecimento e aquecimento solar (48,1%); 2, Ventilago (10.8%); 3. Aquecimento solar (10,4%). ‘Uma arquitetura que utilize massa térmica © que explore o calor do sol serd eficiente, or termos de conforto térmico, em 58,5% das horas do ano (48,1% + 10,4%). Deve-se também permitira ventilacao nas épocas mais quentes (10,8% das horas do ano). valido frisar que (0s dacos para a cidade so provenientas de estagses meteorologicas localizadas em aeroportes e, dessa manecira, expostas a condigoes climaticas diferentes das que existem no ambiente urbano. Nesta megalGpole € bastante comium 0 efeito conhecide como “ilha de calor”. Fatores como a alta densidade habitacional, a vertcalizacao dos edificios, a <-> z CE pequena quantidade de vegetacdo e a poluicdo presente na cidade, entre outros, so esponsaveis por alteracbes nas caracteristicas microclimaticas desse ambiente. O solo rormalmente construido com cimento ou asfalto 6 praticamente impermedvel as aguas da cchuva em comparacéo & terra ou a superticies cobertas com vegetais. A agua rapidamente G escoada para a rede de esgotos ¢, com isso, & perdida sua possibilidade de evaporacao, {que reduziria a temperatura da superficie do solo. Além disso, a rugosidade do terreno Urbano influencia 6 movimento de ar sobre a cidade, reduzindo a ventilagao e favorecendo o acimulo de calor -fato agravado pela poluicéo, que aumenta a densidade do ar e sua absorgéo da radiacéo solar. Nesse caso, pode-se dizer que 0s valores indicados na tabela certamente sofreriam ‘algumas alteragSes se os dados fossem modidos dirotamonte no ambiente urbano. Os percentuals expostos indiesrlam maior necessidade de ventilagao o monor necessidade do ‘massa térmica e de aquecimento solar. > 8 Rarko de Umidade - w(g/te) 3 20 30 40 30 ‘Temperatura de buibo seco [°C] Carta Bioctimétice com as estratéglas indioadas pers Rie de Janeiro Na carta bioclimética para 0 Rilo de Janeiro se percebe a concentragao de pontos: principalmente nas regides de massa térmica para aquecimento, ventilacao e conforto térmiee, com alguns pontos localizados na regio de ar condicionado. Nesta cidade, um projeto arquitetonico deve considerar, basicamente, duas principals estratégias: 41. Ventilagao (67%); 2, Massa térmica para aquecimento © aquecimento solar (14,8%). (Os mesmos ouldados jé comentados para as cidades de Porto Alegre, Florianépolis ¢ Séo Paulo a respeito da contradigao entre as duas principals ostratégias (ventilacao e massa ‘térmica para aquecimento) sao validos também para 0 Rio de Janeiro. O conceito de “Hina de calor” tambem é valido aqui. Tal como em Sao Paulo, o calor pode estar sendo subestimado em fungéo de medigées feitas em condicées diferentes da realidade do ambiente urbano, Porém, segundo a tabela de percentuals, uma arquitetura concebida para <—> EET ‘er muita ventilacdo natural possibilitara conforto térmico em 61% das horas do ano (57% + 0,4%% + 8,6%), que representam a quase totalidade das horas em que ha desconforto por calor. Esta solucao garante & arquitetura carioca a quase total independéncia de ar ‘condicionado, que passa a ser necessérlo em apenas 3% das horas do ano. Como a ventilagdo é uma das trés estratégias que solucionam a intersogao da figura a soguir, pode- se afirmar que sua adogao no projeto elimina a necessidade de utiizagao de massa para restriamento @ de restriamento evaporative. y/o) Intersegdo th, Ve RE (© uso de massa para aquecimento junto ao aquecimento solar 6 aconselhével em 14,8% das hhoras do ano. Para que essa estratégia néo seja anulada polas solugdes de projoto que favorecem a ventilagao, 6 necessério 0 uso de isolamento térmico operdvel nas aberturas © nna cobertura, ou também a adocéo de brises méveis ou vegetagao com folhas caducas, permitindo a insolagao das janelas no periodo fro. a> ETE E BRaAsiLIA » 3 5 3 ny 2928736 7 oS 10 oy 20 30 ‘Temperatura de bubo seco [°C] carta bioctimética com as estratégias Indicadas para Brasilia Percebe-se, na carta bioclimética para Brasilia, uma grande concentracéo de pontos na zona de conforto térmico, que se tracuz em percentual da ordem de 43.6% das horas do ‘ano - 6 a cidade mais confortavel das estudadas, segundo a analise feita a partir do TRY. Nas horas desconfortaveis, ofrio é mais problematico (41,1%). As principals estratégias indicadas pela tabela sao: 1. Massa térmica para aquecimento © aquecimento solar (33.9%); 2. Ventilago (12,6%); 8. Aquocimento solar (6,1%). ‘Tabola 5.6- Extrategiesbloclimations pars Brasilia 6) Percebe-se que Brasilia sugere a aplicacao de solucies de indicada para So Paulo, pois a mesma segitncia de estratécias principais sugerida. Deve-se priorizar 0 uso de massa térmica para aquecimento, associado ao ganho de calor Solar. Nos periodos quentes a ventilacao 6 a estratégia biociimatica mais indicada, resolvendo 15,1% (12,6% + 2,5%) das horas do ano. 8 Rarlo de Umidade - w(e/kg) 958E 736 ° 10 20 EJ 20 50 ‘Temperatura de bulbe £ec0 [°C] carta bloctimétion com as estratégins ndicadas pera Salvador Para a cidade de Salvador, a carta biociimética mostra uma mancha compacta de pontos vermelhos (representatives das horas do ano) situados na sua maior parte entre 20°C e 30°C ce acima de 50% de umidade rolativa. Visualmente ja se destaca a estratégia de ventilacao, ‘como a mais indicada para solucionar o desconforto térmico. Em percentuais, 0 conforio ‘térmico om Salvador representa 87,8% das horas do ano e o descontorto 62,1%, subcividido ‘0m 58,5% de calor e apenas 3,6% de fio. As principais estratégias bioclimaticas incicadas s40: 1. Ventilagao (45.5%); 2, Ventilagao e massa térmica para restriamento (11,6%). => EET ‘Tabela 5.7: EstratégiasBioclimatiens para Salvador (%) Em Salvador o calor é principal problema, ¢ pode ser resolvido aplicando-se & arquitetura a ventilagao natural. Esta estratégia pode ser utilizada para estabelecer conforto termico no ‘ambiente interior em 58% (45,5% + 0,9% + 11,6%) das horas do ano, resolvendo a quase {otalidade do descontorto por calor evitando a necessidade de aplicagao de outras estratégias de restriamento. Segundo a tabola, ha necessidade de aquecimento sola ‘massa térmica para aquecimento em 3% das horas do ano. Sendo esta estratégia| cconstrutivamente oposta em relacao a ventilagao e pelo fato de ser necesséria em um periodo de tempo desprezivel 2o iongo do ano (equivalente a apenas dez dias em média), ‘Ago se justiica sua adocao no projeto. SAo Luis 8 Razko de Umidade - w(g/kg) 98746" a 10 20 30. 40 30 ‘Temperatura de butbo seco [°C] Carta bioctimética com as ostratigias indieadas para So Luic A carta bioclimética para a cidade mostra uma enorme concentracéo de pontos na zona de ventilagdo mals superior e nas suas proximidades. J4 aqui fica clara a necessidade extrema desta estratégia em projeto. Segundo a tabela, o contorto térmico esta presente fem apenas 1,4% das horas do ano, sendo o restante das horas (98,5%) desconfortaveis por calor. © frio & praticamente ausente na cidade e as principais estratégias para resfriamento indicadas sao: 1. Ventilagao (82%); 2. Ar condicionado (10%). ‘abeta 5.8 - Estrategia bioctimatioas para Sho Luis (8) Considerando as intersegdes, a ventilagdo resolve 87,2% das horas do ano (82% + 1,7% + 34% + 0,198), Sendo indispensavel para conseguir conforto térmico no interior das tediicagSes. As edificacdes em Szo Luis devem possuir grandes aberturas sombreadas, que ppossibiltem ventiiaro interior ao longo de todo o dia e tambem & noite. Outras estratégias de Ventilagdo (ilustradas no préximo capitulo), como o uso de lantemins, a construgao de ‘espacos fluidos e a ventilagdo sob o piso, lambém sao aconselhaveis. Em segundo lugar, ‘surge a necessidade de ar condicionado em 10% das horas do ano. Neste caso deve-se isolar termicamente as abertures ¢ evitar a infitracao de ar. E interessante observar esta duplicidade de operagao necesséria as aberturas em Sao Luis: devem permitir ampla ‘ventilagéo em boa parte do ano e também ser estanques em alguns periodos (quando o ar condicionado é necessario) NATAL 8 Rarlo de Umidade - w(g/kg) TAG 3 20 30 20 ‘Temperatura de bulbo tec0 [°C] Carta Bioctimétice com acestratégias ndicadas para Natal De olima semeinante, porém um pouco mais ameno que o de Séo Luis, Natal também, presenta concentragoes de pontos na parte superior da zona de ventilagao na carta, bioclimatica. O conforto térmico é presente em 14,7% das horas anuais. O desconforto (@5,2% das horas do ano) ¢ provocado na sua grande maioria (84,7% das horas anus) por calor e apenas por um period insigniticante (0,5% das horas do ano) pelo frio. AS cestratégias mais destacadas segundo a tabela de percentuals so: 4. Ventilagao (68,4%); 2. Ventilagéo, massa para resfriamento e resfriamento evaporative (18,6%). => PE ‘Tabola 5.9 Eetratéglas blocimtioas para Mata 4) importante reconhecer que as intersegdes entre as estratéglas de ventilacso, massa para resfriamento e resfriamento evaporativo aceitam qualquer destas estratégias bioclimaticas para estabelecimento de conforto térmico. Isto significa que a ventilaco natural é adequada ‘em cada uma das trés principais zonas de atuacao indicadas na tabela. Uma arquitetura ‘com bea ventilacéo natural pode resolver os problemas de descontorto por calor em Natal, ‘sendo termicamente confortével em 83,5% das horas do ano (68,4% + 1,5% + 19.6%). 8 Razto de Umidade - w(g/ka) 1 938E 746 fa 20 = % % ‘Teasperatua de bulbe seco [°C] ‘Carta bioctimética comas estratdgias indicadas para Vitéria (© comportamento climatico de Viérla 6 semelhante ao do Rilo de Janeiro, fato explicével pola proximidade goografica entre as duas cidades © de ambas com o mar. A mancha de Pontos plotados na carta bioclimatica é alongada, distribuindo-se normalmente entre as ‘temperaturas de 14°C e 33°C e em umidades relativas superiores a 50%. O conforto é presente em 17,8% das horas do ano e o desconforto em 82, 1%, sendo 64% de calor e 18% de frio. As principals estratégias de projeto a serem adotadas na cidade sao: 1. Ventilagéo (56,9%); 2, Massa térmica com aquecimento solar (17,8%). <> rN ‘Tabela 5.10. EstratésiaeBioctimations para Vitéria (2) A ventilagdo resolverd os problemas de descontorto por calor em até 61% das horas do ano, ‘considerando-se as itersecdes entre estratégias. Os mesmos cuidados devem ser tomiados com a aplicacao das duas principais estratégias indicadas - ventilagao e massa com laquecimento solar -, evitando-se a diminuicao de eficiéncia da segunda com 0 emprego de |golamento térmico nas aberturas para os periodos fries. Eo aE MACEIO 92 8E 736 H é Fa 20 = 3 30 ‘Temperatura de bulbo seco [°C] Ccartabioclimation com as estrategias indlcadas para Macelé 'Na carta biociimatica para a cidade se percebe uma concentracao de pontos goralmento contro as temperaturas de 17°C e 32°C e com umidades relativas superiores a 40%. Novamente a estratégia de ventilagao se mostra a mais indicada, percebendo-se entretanto ‘anecessidade de aquecimento em algumas horas do ano. Em valores percentuals, o conforto se estabelece em 17,8% das horas do ano e o descontorto térmico, em 82,1% das horas do ano, subdivicindo-se em 76,1% de calor @ apenas 6% de fro. A andlise dos percentuais indica como estratégias mais recomendadas: 1. Ventilagao (60,4%); 2. Ventllacdo, massa para resfriamento e restriamento evaporative (14,1%): 3. Massa térmica com aquecimento solar (5,4%). => CET ‘Tabola 5.14 -EstratégiasBioctimaticas para Macelé (6) ‘Avventilagao continua sendo a grande solueso para o desconforto térmico, resolvendo 75% das horas do ano (60,4% +-0,5% + 14,1%). ‘Aeestratégia de massa térmica com aquecimento solar, indicada para 5.4% das horas do ‘ano, pode ter seu desempenho diminuido em funcao de se conceber o projeto de forma a Driorizar 2 ventlagao. O que se deve fazer, como ja descrto em andllses anteriores, 6

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