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O vento
O vento veio ao mundo num reino, num reino de que se perdeu o
nome. No sabias? E era muito estimado, alegre, at bonito. Vivia com os
pais. No palcio destes havia uma torre que chegava ao cu.
Os primeiros passos do vento foram dados nela, para cima e para
baixo. E j eram pesados. Os pais bem lhe recomendavam: cuidado, Vento!
Este era o seu nome, que nunca perdeu. Ainda hoje o tem. Cuidado no te
aleijes! Mas o vento, que j era bem travesso, nunca sossegava e cada vez
mais batia com os ps. Foi e mostrando bem o que havia de vir a ser:
turbulento, ambicioso e brigo.
Um belo dia o Vento abandonou os pais. E tal sumio levou que a
torre caiu e o reino se desfez (tanto que j ningum sabe onde eles ficaram)
e o seu prprio rasto se perdeu.
Se perdeu, no digo bem, emendou a velha; porque por onde ele
passava... o Vento, o Vento diziam todos. Ah! Ladro! Mas ele nunca
tornava atrs. Parece que tinha de dar a volta ao mundo; era o seu fado.
Debulhava as espigas, torcia os ramos, quebrava asd canas dos milhos,
encrespava as guas e chegou a derrubar punhada as mais velhas rvores
que havia. Rugia, assobiava, era indomvel.
Quem passou por aqui, quem me desgraou? Diziam os
desesperados.
Outros ameaavam-no: Ah! Ladro, que te apanho...
Mas o Vento ria, ria e a zenir por meio dos canaviais ainda metia mais
pavor. De noite, ento!
Tantos malefcios espalhou que j no tinha seno inimigos.
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