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CAPITULO 16 Fisica dos raios X Figura 6: Wilheln Conrad Rantgen. De Freitas li 194, p. 9.) Figura 162 —Tubo de Crookes, Modi Sxiode Glaser 194, p. 1395.) e técnicas radiograficas [A descoberta dos raios X. A 8 de novembro de 1895 Wilhelm Con- rad Rénigen (Fig. 16.1) descobriu os raios X. Ble estava trabalhan- do com uma valvula de Hittorf no interior da qual havia sido feito ‘vacuo. Esse tipo de ampola era semelhante aquela usada por Crookes quando estudou as propriediades dos raios catdelicos. © tubo de Crookes tinha uma forma de péra ¢ possuia dois eletro- dos de aluminio: o catodo e 0 anodo (Fig, 16.2). A existéncia de ‘uma atmosfera rarefeita no interior da ampola foi decisiva para ‘que Rontgen tivesse produzido os raios X. A aplicaao de uma ele- vada diferenga de potencial entre os eletrodos provacou a ioniza- fo do gas remanescente, fazendo com que os cétions migrassem para 0 cétodo. O bombardeio dessas particulas contra 0 aluminio do cétedo arrancou elétrons, os quais foram acelerados pela alta tensio em direc & parede de vidro da ampola. Da colisso desse feixe de raios catédicos contra 0 vido geraram-se 0s raios X. Os fatos também ajudaram a Rontgen a perceber a existéncia de radiagao. E que ele havia recoberio a ampola com papel preto para evitar que a luz produzida na ampola escapasse. Naquela €poca era comum o uso do platino cianeta de brio como sensor de radia- Ges ionizantes e Réntgen havia colocado, cerca de um metro da ampola, um papel recoberto com essa substinicia. Ele observou que sempre que aplicava a alta tensto entre os eletrodos 0 pedaco de papel se tornava fluorescente. Logo concluit que algum tipo de radiacéo estranha conseguia escapar da ampola. Nao podia ser a radiagio catédica, pois ela, por sua natureza, nao € capaz de atra- vessar o vidro. Tampouco, poderia sera luz, visto que ela no atra- vessaria a fotha de papel preto. Dessa forma, decidiu-se por estu- dar 0s noves raios a0s quais chamou de raios X. Modificagdes na ampola de Crookes, Réntgen introduzi: modili- cages na ampola de Crookes. Substituiu 0 aluminio por platina na confecgio dos eletrados e colocou anodo como alvo do bombar- 275 Tuo de Crookes modifi A. Snodo;B, barra de co- Moditicado de Glasser, 1984, Figura 164 —Radiogrfia feta por Ront- ‘gen ca mio dara. Anns Berth Ludvig Rintgen (De Freitas ai, 184, p.6.) Pane V Biota das radigSes ionizantes dio dos elétrons. Com isso, Rontgen aumento a quantidade dos raios X produzidos. Todavia, essa ampola era rapidamente destruida porgue a alta temperatura que se desenvolvia no anodo acabava ppor levselo a fusi0. Assim, modificagGes posteriores foram feitas introduzindo-se o tungsténio como alvo. O tungsténio, por ter ele- vado ponto de fusdo, € um metal muito resistente ao aquecimento.. Para dissipar o calor gerado messe alvo (A), ele usou uma grossa barra (B) de cobre (Fig. 16.3), pois, sendo este metal um excelente ‘condutor de calor, permitia que a energia térmica fosse rapidamen- te dissipada para 0 meio ambiente. As primeiras radiografias. Rontgen observou que os raios X podiam. atravessar 05 corpos. Todavia, nao o fazia com a mesma facilidade ppara todos eles. Alguns materiais se apresentavam mais opacos € ‘outros mais transparentes. A Fig. 16.4 mostra uma das primeiras radiografias obtidas por Rontgen. Ele radiografou a mao da Sra. Anna Bertha Ludwig Réntgen, em novembro de 1895. Por seus tra- balhos, Wilhelm Conrad Réntgen recebeu o primeito Prémio Nobel de Fisica no ano de 1901. Produgao dos raios X Figura65—Ampoladealtovicuo.(Mo- siteado de Gasser 1944p 13%) (© surgimento de ampolas de elevado vacuo com cétodo aquecido estabeleceu um divisor fundamental na témnica de producio dos raios X (Fig. 16.5). Nelas, os elstrons do feixe eatédico provem do citodo (filamento) e nao do bombardeio dos fons positivos contra esse eletrodo. Na realidade, nessas ampolas 0 gas é tio rarefeito que no desempenha papel relevante na producao de fons nem de elétrons livres lament efeito termoiénico ea conveccao de elétrons. Quando um metal Eaquecido no vacuo, muitos elétrons se desprendem dele, forman- do uma nuvem negativa e deixando-o carregado positivamente. Esse fendmeno ¢ chamado efeito termoiénico. A aplicagio de uma diferenca de potencial elevada (kV) entre 0 catodo e o anodo (ele- trodo positivo) acclera os elétrons da nuvem catédica em diresao Figura166- feenagem prowmos o> Mio dete forma dee Figure 162 tons emia Intersidadeelatva Figurateg davenesd fotors de las). psi) Fisica dos alos Xetéenicasradiogrsficas 277 a0 nodo. Enquanto viajam, os elétrons ganham velocidade até que : ccolidem com 0 eletrodo positive. Ai, interagindo com os dtomos do metal do anodo, deslocam elétrons orbitais, promovendo um in- tenso movimento em cascata dos elétrons da eletrosfera desses ato- mos. Esse movimento, caracterizado pela passagem de elétrons de : uum orbital intemo para outro mais externo, quando 0 elétron ga- nha energia, associado ao retorno de elétrons de orbitais externos ! ee ee conveccio eletrénica, Raios X caracteristicos e “bremsstrahlung”. Para que se prods: intidade dos RaoX ee Shaan eee | zam 06 taios X é preciso que o feixe de radiagio catstica desloge Eos elétrons das camadas Le K dos dtomos-alvo. A interacio desse Boas xe com elétrons de outras camadas resulta na producio de luz visi- Pewee sels elo de als A eager sis X gee a ee Hicmena pela convecsio de elétrons, depende da natureza do étomo-alva pares pois cada dtomo tem quantidades definidas de energia entre seus Breese orbitals. Por isso, os raios X produzidos pelo salto de elétrons de Saitama ‘um orbital para outro sio chamados de raios X caracteristicos. Durante 0 bombardeio do feixe catddico contra 0 anodo, alguns elétrons desse feixe que estao dotados ce alta energia cinética con- 0s X podiam rigurats6-brenstablungemion de 28H aproximar-e do niéeleo dos étomos-alvoe sie atraidos por rafacilidade _—_fagem Eletanerapnionsque pasem —€l€- Contudo, como esto em alta velocidade, sofrem apenas um ‘ais opacos & priximos onl atimicooiremde _encurvamento na sta trajetsria, perdendo parte da sua energia sob {as primeiras io de raja, erdendo energaseb a forma de ftons de raios X. Esses raios sio chamados de raios X mao da Sra eee de frenagem (Fig. 16.6). A produgao de raios X em virtude da forca, Por seus tra- centripeta aplicada pelo micleo sobre elétrons-viajantes & chamada rémioNobel de “bremsstrahlung” " Os raios X produzidos no interior das ampolas s4o constituidos 3 por ondas eletromagnéticas de varias freqiiéncias e intensidades. A : maior parte (99%) da energia cinética dos raios catédicos é perdida , = sob a forma de calor e apenas 1% dela € convertida em raios X. © DD e ES A quantidade e a qualidade dos raios X produzidos por “bremss- so aquecido aoa) trahlung” dependem da: Bprven do Figura167-Espectro da enengiados fs. _¢ distancia entre a trajetdria do elétron eo mticleo atémico atr- Sees contra toe cio or Bething (De ee to rarefeito ay aero + energia do elétron; fons nem de + carga elétrica do micleo. » Expectros de energia. Por conta dessas varidveis, os raios X produ- z zidos por “bremsstrahlung” constituem um espectro continuo den- 2 tro de uma faixa de comprimentos de onda que vai de 0.1 2 0.54 ae Fig. 167). m2. Além do “bremsstrahlung”, cujo espectro de enerzia ¢ continuo, z existem os raios X caracteristicos. O espectro de enerzia destes € 2 discreto e pode ser visto na Fig. 168 somado ao espectro continuo 7 do “bremsstrahlung” sdoum metal “a dele, forman- 0 filamento-eitodo. A quantidade de raios X gerados depende do eee Figurai6$-Superporigiodosespecros fluxo de elétrons que colidem com o Anodo. Apesar de. tungsténio diem or temdernene de® ser muito resistente a0 calor, ele nio , contudo, um bom fornece- hs) (Mlodificade de Okuno ets, 1082, dor de elétrons para formar os raios catédicos. Por isso, nos tubos 0) modemnos de raios X, um outro elemento metalico (filamento) ca- 278 Parte VI-Biolisiea das radiagSestonizantes Figura 269 Faquema daalimentagio de sama ampola de ros X Rotor Figure 16.10 Faqucma de uma ampola ‘iatirio. (De Classe, 1944, = [ai Paes) CStodo-flamento — RaiosX paz de formar uma densa nuvem eletrénica quando aquecido serve de catodo. Filamento e catodo sé mantidos num mesmo potencial létrico e funcionam como um dos eletrodos da ampola (Fig. 169). © fluxo de raios catédicos varia com 0 aquecimento do filamento- cétodo. A temperatura desse eletrodo pode ser controlada variando- se a corrente elétrica que passa pelo filamento (corrente de filamen- to), Assim, uma ampola que trabatha com uma corrente de filamento de 200mA produz mais raios X do que uma ampola de 100mA. O filamento ter forma espiralada e comprimento varidvel. Ha ampolas que possuiem dois filamentos: um longo e um curto. Com isso, elas podem produzir diferentes feixes de raios catédicos, enriquecendo, quando necessério, a quantidade de raios X produzidos. O aquesi- ‘mento do filamento e 0 tempo de exposicio do objeto aos raios X determinam a densidade radiol6gica (grat de escurecimento) da pe- licula. Os equipamentos de raios X odontol6gicos, p. ex, utilizam correntes de filamento de 7mA a 10mA, enquanto, para fins de diag- ndstico médico, sio empregados aparethos que trabalham usualmen- te-com correntes de 100mA e 200mA. “Taga de focalizacio catédica. Os elétrons que migram do cétodo para o Anodlo tendem a produzir um feixe divergente. Isso se deve {a repulsio muitua entre eles. Se esse efeito nao fosse corrigido, 0 ‘nodo nao seria bombardeado por um feixe concentrado e, conse «qiientemente, perderia em eficiéncia para produzir raios X. A dis- persio dos elétrons é evitada nas ampolas pela taga de focalizacio catédica, Trato-se de uma estrutura em forma de parabola posta ‘em torno do filamento e mantida no mesmo potencial que esse cle- trodo. Ela gera um campo elétrico que se contrapée & tendéncia repulsiva do feixe catédico e, assim, focaliza os elétrons para que ‘bombarceiem uma area bem definida do anodo. O sistema de foca- lizagdo € geralmente feito com motibdénio. ‘Metalizagio das ampolas. 0 anodo, a0 ser bombardeado, sofre ‘grande aquecimento. As altas temperaturas que surgem no filamento eno nodo promovem a vaporizacao do tungsténio dessas estrutu- 1s. Os dtomos vaporizados sio depositados sobre o vidro da am- pola, envolvendo a sua superficie interna e conferindo ao vidro uma cor bronzeada, Trata-se da metalizacio da ampola. Ela geralmente indica que a ampola esta completando 0 seu ciclo de vida titi Anodos giratérios, Para evitar a répida destruigio do anodo, as. ampolas modemas possuem anodos girat6rios (3.000 a 10.000rpm) acoplados a uma barra de cobre de grande massa (Fig. 16.10). En- quanto gira, o dnodo oferece uma superficie extensa ao bombar- dleio e transfere para a barra de cobre o calor produzido pela coli- sio dos elétrons. scido serve > potencial ig, 169). filamento- ‘variando- ¢ filamen- »filamento 100mA. O {i ampolas 1 s80, elas iquecendo, © aqueci- os raios X ato) da pe- » utitizam ss de diag- dsm Fisica dos raios Xe técnicasradiogréficas 279 Isolamento e filtragem nas ampolas de raios X. As ampolas de raios X so acondicionadas em invélucros metdlicos que so conec- tados a terra para evitar a possibilidade de choques elétricos. Den- tro do invélucro ha dleo mineral, a fim de aumentar o isolamento elétrico e resfriar a ampola. O feixe de radiagdes eletromagnéticas produzido no interior das ampolas é complexo. Possui radiagies de grande comprimento de ‘onda (radiagbes calorificas), ondas luminosas e raios X. Entre estes, ‘existem ondas de alta energia (raios X duros), bem como radiagbes de grande comprimento de onda (raios X moles). Essa diversidade de ondlas exige que sejam colocados na saida das ampolas filtros ‘capazes de reter as radiagSes fracas, deixando passar apenas os raios X de alto poder de penetracio. Caracteristicas energéticas dos raios X Os rains X so radiagSes eletromagnéticas. Essas radiagSes trans- portam energia sob a forma de ondas eletromagnéticas. Essas radia- ‘Ges podem comportar-se como particulas ou como ondas e se pro- Pagam no vacuo. Entre os pardmetros de uma onda eletromagnéti- ca 0 que mais a caracteriza é a sua freqiiéncia (f). Quando essas ‘ondas trafegam num meio, a cada periodo (T) elas percorrem uma distancia igual a um comprimento de onda (2). A sua velocidade (©) pode ser calculada pela expressio: c=hk ‘As ondas eletromagnéticas viajam no vcuo com velocidade de 300.000km/s. Como todas elas tém essa velocidade, entao as suas freqiiéncias sao inversamente proporcionais acs seus comprimen- tos de onda, As radiagSes podem ser classificadas de acordo com o seu compri~ mento de onda. Uma emissora de réidio, por exemplo, que transmi- ta numa freqiléncia de 100kHz emite ondas cujo comprimento é& j= £ =300.000 £ 100.000 ‘Quando comparadas a uma onda de raios X, as ondas de rédio s0 extremamente longas. Os raios X tem comprimentos de ondas mui- to pequenos e para medi-los usa-se uma unidade chamada angs- trém (A) que vale 10-"'m. O comprimento de onda dos raios X esté situado na faixa entre 0,1A e 1A. =3km Familia eletromagnética. A Tabela 16:1 mostra a familia das tadia- bes eletromagnéticas. Fotons. As ondas eletromagnéticas podem interagir com a matéria como se fossem particulas. A energia radiante muitas vezes se com- porta como se estivesse compactada, formando pacotes aos quais se chama de quanta (singular: quentun) ou fétons. Os fotons se propagam com a velocidad da luz e transportam uma energia (E) ‘que é funcio da sua freqiiéncia (6) Esh-f onde h € a constante de Planck (4,1 10"! keV - 8) DSB Rate VE-Btisica das radiagBesionizantes “Tabela 16.1 ~ Comprimento de onda de algumas radiagbes Onda Comprimento de onda 0.) Ridio, TV, radar 3km a tem Raios infravermelhos 0.01 em a 8000A Luz visivel 7.5004 a 3.9008 Ultravioleta 3.9004 a 2.0008 Raios X moles 300A a 1A Raios X duros anid Raios X terapéuticos eraios gama___0.1A a 0,0001A Fontes: Halliday & Resnick, 1966, p. 129; Christensen, 1972, p.3; Knoche, 1991, p. 19; Rollo, 1971, p. 51 Energia transportada pelos ftons. A energia transportada pelos fétons é medica em elétron-volt (eV). Um eV corresponde a ene: gia cinética adquitida por um elétron quando ¢ acelerado, a partir do repouso, por uma diferenca de potencial de 1V. Fétons com ener- gia superior a 15eV sio capazes de ionizar atomos e moléculas € por isso se chamam radiagbes ionizantes. As radiagGes ultraviole- fa, 05 raios X e os raios gama sio radiagies desse tipo. Fatores que controlam a intensidade e a qualidade dos raios X.O fluxo e a qualidade dos raios X emitidos por uma ampola depen- dem: * da diferenga de potencial a ela aplicada: ‘+ do aquecimento do filamento; ‘* do material que constitui o anodo; ++ dos filtros a ela acoplados. A.alta tensdo aplicada a ampola serve para acelerar os elétrons do feixe catédico, conferindo-Ihes energia cinética suficiente para as interages com os étomos do anodo. Quanto mais energia possui 0 feixe catédico, maior &a quantidade de raios X de alta energia que so produzidos. O aquecimento do filamento enriquece 0 feixe de raios catédicos, aumentando a quantidade de elétrons que bom- bardeiam 0 anodo num dado intervalo de tempo. Quanto maior foro mimero atémico dos dtomos do énodo, maior sera a eficiéncia para a producao de raios X Elementos de um conjunto gerador de raios X A Fig. 16.11 mostra 0 esquema simplificado de um circuito usado ppara a producio dos raios X. A fonte de energia é obtida, normal- ‘mente, na rede de alimentacao elétrica. O tubo (T) de raios X neces- sita dessa alimentacao para a produgao da nuvem eletrdnica em tomo do citodo e também para acelerar os raios catédicos, confe- rindo-hes energia suficiente para um bombardeio eficaz do anodo. PPor isso, acoplados ampola existem dois circuitos elétricos: 0 de baixa voltagem (BV), com corrente regulavel, que serve parao aque- ‘imento do filamento, e o de alta voltagem (AV) que, acoplado a ‘um retificador (R) de onda completa, serve para acelerar 0s raios catédicos. Além disso, 05 equipamentos de produgio dos raios X incluem um controlador eletrénico de tempo para regular a dura- 0 do bombardeamento anédico e, por conseguinte, servem para regular o tempo no qual sd produzidos os raios X. a Fisica dos raios X etnias radiogriticas Numa instalagio de raios X, pode-se observar 08 seguintes compo- nentes minimos: + transformador + painel de comando + ampola + mesa para o paciente Alguns equipamentos, além desses médulos, incorporam uma tec nologia de video para monitorizacao de imagens a distancia. A sala de raios X é um ambiente especial, Sas paredes sio recobertas por aE “eile se uma camada de chumbo e os vidros de observacao também con coer = tém chumbo na sua composigio, a fim de reduzir a passagem de radiagSes para os ambientes vizinhos. Figura 16.11 Esqueniade umconjunto © painel de controle dos equipamentos de raios X possui, além da ada pelos sgonidor de mos X (De Glaser 1944, chave principal para gar ou desligaro sistema, trés controles que ee p12) Serrems prateelertonme 9, a partir + a alta tensio (kV) nda Oh) com ener- + a corrente de aquecimento do filamento (mA) ome + 0 tempo de exposicio Para disparar a producao dos raios X existe um controle de exposi- ao chamado de preparo ou “stand-by”, e outro que inicia 0 pro- , cesso de bombardeamento do anodo. O “stand-by” prepara a am- ee Pls taeendia pieae @eneasearreenita beaks poy O transformador tem sua armadura aterrada para prevenir aciden- tes com choque elétrico. Os circuitos primario e secundario estao mergulhados em leo mineral de elevada constante dielétrica. Ble serve para isolar esses circuitos e para refrigers-los. Ha um circuito pata a baixa tensio e outro para a alta tensio. A baixa tensio & entregue a0 filamento sob a forma alternada, enguanto a alta ten- Poa sio € continua. Isso porque, enquanto esta se destina a acelerar 0 pe feixe de raios catédicos em um dado sentido, aquela gera uma cor- Baa § rente queserve para aquecer o filamento, a semelhanga do que ocor- spel a renas lampadas incandescentes. Assim, na saida do secundairio de eae alta tensdo existe um circuito retificador (R na Fig. 16.11) para que gee a alta voltagem seja continua. Os transformadores recebem urna pe alimentacao de 110/220V, 60Hz e fornecem ao filamento uma dife- poate renga de potencial de aproximadamente 10V e 20 catodo-Anodo urna ED tensdo varidvel entre 40kV e 150kV. A duragio do tempo de exposicao € controlada por um temporiza- dor (“timer”) eletrénico que controla o circuito de alta tensao dos transformadores. Seria pouco eficaz querer controlar 0 aquecimen- to do filamento uma vez que ele se aquece e se resfria com retardo, Ocircuito de alta tensao, por sua vez, responde quase que instanta- rneamente aos comandos de ligar e desligar. Interacao dos raios X com a matéria 0s, cone: Ho anodo. Ao tentar atravessar a matéria, os raios X interagem com os seus aba atomos. Essa interagio depende da estrutura molecular e do esta- ee do de agregagao em que se encontra 0 meio, So cinco os processos Bid fundamentais cessa interacio: r 0s raios + Espalhamento coerente 9s raios X + Efeito fotoelétrico ira dura- + Efeito Compton, vem para + Produgao de par + Fotodesintegracio |

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