Vai Vivian, vai... Ache seus ovos de páscoa! – Disse o pai.
E lá foi Vivian ainda com seus nove anos de idade com um cesta do lado, coletar os ovos de páscoa deixada pela enorme residência dos avós. Era habitual todo ano os mais velhos espalharem as guloseimas pela antiga casa e os mais novos sairem procurando. Pela tenra idade, Vivian ainda não conhecia exatamente a extensão e todos os côm odos da casa. Começou a procurá-los pelos locais mais movimentados e conhecidos da casa. Ao se aproximar por detrás do enorme sofá de couro encontrou o primeiro ovo, peq ueno, e nele estava escrito: “Parabéns Vivian, encontrou um, devore-o assim que achar o último! Tio Teddy.” Animada prosseguiu em seu intento, fuçava dali, fuça va daqui e nada. Resolveu ir mais afundo, foi no segundo andar olhando de um lado para o outro e com a boca empapada de saliva procurava. Havia três locais que nunca havia adent rado na casa, o quarto dos avós, um quarto que nunca fora aberto por estar tranc ado e o quarto de seu tio. Optou pelo último. Era estranho, assustava Vivian. Mas os tais ovos de páscoa povoavam sua mente, a ssim entrou. Embaixo da cama achou um outro maior e nele estava escrito: “Mais u m e terá uma surpresa, mas só devore-o depois do último! Papai.” Mais afoita ain da entrou no quarto dos avós, viu que o local tinha cores aberrantes pelas pared es, velas e estranhas estátuas espalhadas. Esperta, pensou que era para espantá-la e começou a remexer nos pertences do avó s e nada. Por fim sentou na cama exausta, olhou para um único local que não havi a tocado, um antigo baú. Vagarosamente se aproximou...abriu-o lentamente. Lá est ava o grande prêmio, um enorme ovo de páscoa! Pulando de alegria, se recompôs pa ra ler o último bilhetinho. Assim: “Parabéns querida! Conquistou tudo que queria ! Quer o prêmio secreto? Vá para o quarto trancado! Sua família.” Emocionada partiu para o local. Abriu a porta, estava escuro. Lá no fundo viu al go branco cercado de velas. Aproximou-se, parecia um ovo branco...dava pra enxer gar dentro dele. Parecia ter uma boneca de porcelana por dentro, a passos lentos chegou mais perto, aquilo lhe era estranho. Ouviu um choro baixo, olhando por c ima do ovo viu uma mulher amarrada na parede sangrando. E dela saía um grosso “fio” que ligava ao ovo. Assustada logo percebeu, era uma placenta com um feto dentro. Repentinamente de afastou, mas curiosa, leu o bilhe te que estava colado ao “ovo”: “Querida não se assuste, esse é seu maior present e, o mais apetitoso, devore-o que terá os outros! A sua Seita.” Seu pai e o rest o da família saíram das sombras que a cercavam. E o seu progenitor disse: - Feliz páscoa filha, mostrou sua tenacidade, agora mostre a nós que nos ama, de vore o “ovo”. Ressuscite como todos nós fizemos, torna-te uma de nós.